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DIREITO MEDIEVAL

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DIREITO MEDIEVAL

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DIREITO ERUDITO

• Durante a Baixa Idade Média, ocorre no ocidente europeu um renascimento que se manifesta em vários planos (econômico, cultural, etc.) e inclusive no Direito. Com o renascimento das cidades e do comércio percebe-se a necessidade do direito para assegurar a ordem e a segurança nesta nova realidade.

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• A partir do século XII, nas universidades medievais renasce a Ciência do Direito. Nestas Universidades o ensino do Direito é quase exclusivamente baseado no estudo do Direito Romano, especialmente o Código de Justiniano. • Essa Ciência do Direito não era idêntica à da época romana, pois a interpretação dos textos romanos se fazia a luz das idéias da época, principalmente a filosofia cristã.

• É importante destacar que esse direito é teórico, e por isso, de certa forma distante dos direitos locais da Idade Média (pautados nos costumes).

• o direito “erudito” penetrou no direito positivo dos diferentes Reinos da Europa. Esta penetração não foi uniforme, e o grau de romanização variou: foi maior na Península Itálica, na Península Ibérica, na região da Alemanha e regiões Belgo-Holandesas. O mesmo não ocorreu na França, nos países escandinavos e eslavos e na Inglaterra, este

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último país foi menor graças ao desenvolvimento do Common Law.

• Há assim, um renascimento do Direito Romano.

• Irnério deu início ao movimento chamado dos Glossadores, que fazem renascer o conteúdo do direito romano, sob o crivo da Igreja e levam-no para toda a Europa. Este direito aparece como expressão da sabedoria no meio da confusão dos privilégios e da barbárie dos costumes na Europa, à época.

• O Direito Romano renasce submetido aos preceitos do direito divino, e torna-se o Direito comum (ius commune) da cristandade, e serve de padrão para as legislações nacionais corrigindo as deficiências, suprindo as lacunas dos sistemas particulares. Foi o paradigma dos reis, que viram nele, inclusive um reforço de sua autoridade.

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• A penetração do D. erudito nos países europeus teve intensidade diferente, porém alguns elementos comuns se firmaram:

. terminologia conceitos romanos interpretados geram concepção comum das noções jurídicas;

. papel reconhecido à regra de Direito abstrata e geral;

. princípio: o Direito deve ser justo e razoável regras de Direito devem se basear em concepção racional de justiça.

* Direito Erudito foi elaborado (séc. XII ao XV) nas “escolas” dos glossadores e comentadores (+ tarde pelos humanistas):

. glossadores (sécs. XII e XIII) - comentário dos textos seguindo sua ordem; - estilo simples, inicial, com grande respeito ao texto Justinianeu; - consolidação das glossas (síntese) feita

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por Acúrsio, séc. XIII.

. comentadores ( final séc. XIII e séc. XIV) - tratam os temas sem seguir a ordem do Texto Justinianeu; - buscaram o Direito da Antiguidade Romana para seus próprios interesses e uso, sem paixão pelo texto puro, mas pelo seu valor contemporâneo ==> passaram da interpretação das regras individuais e singulares do D. Romano à investigação de princípios fundamentais ==> interpretação filosófica.

juristas das universidades medievais contribuíram:

. vitória do Estado racionalizado;

. atuaram: no direito privado; na administração da justiça;

. inovaram: diplomacia; administração

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(teoria da Soberania do Estado; aparelho administrativo; fundamentaram a laicização do Estado)