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Auditor Fiscal do Trabalho Direito do Trabalho Prof. Fabrício Aita

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Auditor Fiscal do Trabalho

Direito do Trabalho

Prof. Fabrício Aita

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Direito do Trabalho

Professor Fabrício Aita

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Edital

DIREITO DO TRABALHO: 24 Combate ao trabalho infantil e às condições análogas à de escravidão. 25 Regulamento da Inspeção do Trabalho. 25.1 Lei nº 10.593/2002. 25.2 Lei nº 11.890/2008. 25.3 Decreto nº 4.552/2002. 27 Trabalho Portuário. 28 Aprendizagem Profissional. 28.1 Lei nº 10.097/2000. 28.2 Decreto nº 5. 598/2005.

BANCA: Cespe

CARGO: Auditor Fiscal do Trabalho

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Direito do Trabalho

DECRETO Nº 4.552, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002

Aprova o Regulamento da Inspeção do Trabalho.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atri-buição que lhe confere o art. 84, inciso IV, e con-siderando o disposto no art. 21, inciso XXIV, am-bos da Constituição, na Lei nº 10.593, de 06 de dezembro de 2002, e na Convenção 81 da Or-ganização Internacional do Trabalho, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 24, de 29 de maio de 1956, promulgada pelo Decreto nº 41.721, de 25 de junho de 1957, e revigorada pelo Decre-to nº 95.461, de 11 de dezembro de 1987, bem como o disposto na Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,

DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento da Inspe-ção do Trabalho, que a este Decreto acompa-nha.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 3º Revogam-se os Decretos nºs 55.841, de 15 de março de 1965, 57.819, de 15 de fevereiro de 1966, 65.557, de 21 de outubro de 1969, e 97.995, de 26 de julho de 1989.

Brasília, 27 de dezembro de 2002; 181º da Inde-pendência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSOPaulo Jobim Filho

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 30.12.2002

REGULAMENTO DA INSPEÇÃO DO TRABALHO

CAPÍTULO IDA FINALIDADE

Art. 1º O Sistema Federal de Inspeção do Tra-balho, a cargo do Ministério do Trabalho e Em-prego, tem por finalidade assegurar, em todo o território nacional, a aplicação das disposições legais, incluindo as convenções internacionais ratificadas, os atos e decisões das autoridades competentes e as convenções, acordos e con-tratos coletivos de trabalho, no que concerne à proteção dos trabalhadores no exercício da ati-vidade laboral.

CAPÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO

Art. 2º Compõem o Sistema Federal de Inspe-ção do Trabalho:

I – autoridades de direção nacional, regional ou local: aquelas indicadas em leis, regula-mentos e demais atos atinentes à estrutura administrativa do Ministério do Trabalho e Emprego;

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II – Auditores-Fiscais do Trabalho; (Redação dada pelo Decreto nº 4.870, de 30.10.2003)

III – Agentes de Higiene e Segurança do Tra-balho, em funções auxiliares de inspeção do trabalho.

Art. 3º Os Auditores-Fiscais do Trabalho são su-bordinados tecnicamente à autoridade nacional competente em matéria de inspeção do traba-lho.

Art. 4º Para fins de inspeção, o território de cada unidade federativa será dividido em circunscri-ções, e fixadas as correspondentes sedes.

Parágrafo único. As circunscrições que tive-rem dois ou mais Auditores-Fiscais do Tra-balho poderão ser divididas em áreas de inspeção delimitadas por critérios geográfi-cos.

Art. 5º A distribuição dos Auditores-Fiscais do Trabalho pelas diferentes áreas de inspeção da mesma circunscrição obedecerá ao sistema de rodízio, efetuado em sorteio público, vedada a recondução para a mesma área no período se-guinte.

§ 1º Os Auditores-Fiscais do Trabalho per-manecerão nas diferentes áreas de inspe-ção pelo prazo máximo de doze meses.

§ 2º É facultado à autoridade de direção re-gional estabelecer programas especiais de fiscalização que contemplem critérios di-versos dos estabelecidos neste artigo, des-de que aprovados pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do tra-balho.

Art. 6º Atendendo às peculiaridades ou circuns-tâncias locais ou, ainda, a programas especiais de fiscalização, poderá a autoridade nacional competente em matéria de inspeção do tra-balho alterar os critérios fixados nos arts. 4º e 5º para estabelecer a fiscalização móvel, inde-pendentemente de circunscrição ou áreas de inspeção, definindo as normas para sua realiza-ção. (Redação dada pelo Decreto nº 4.870, de 30.10.2003)

Art 7º Compete às autoridades de direção do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho:

I – organizar, coordenar, avaliar e controlar as atividades de auditoria e as auxiliares da inspeção do trabalho.

II – elaborar planejamento estratégico das ações da inspeção do trabalho no âmbito de sua competência;

III – proferir decisões em processo adminis-trativo resultante de ação de inspeção do trabalho; e

IV – receber denúncias e, quando for o caso, formulá-las e encaminhá-las aos demais ór-gãos do poder público.

§ 1º As autoridades de direção local e re-gional poderão empreender e supervisionar projetos consoante diretrizes emanadas da autoridade nacional competente em maté-ria de inspeção do trabalho.

§ 2º Cabe à autoridade nacional competen-te em matéria de inspeção do trabalho ela-borar e divulgar os relatórios previstos em convenções internacionais.

Art. 8º O planejamento estratégico das ações de inspeção do trabalho será elaborado pelos ór-gãos competentes, considerando as propostas das respectivas unidades descentralizadas.

§ 1º O planejamento de que trata este arti-go consistirá na descrição das atividades a serem desenvolvidas nas unidades descen-tralizadas, de acordo com as diretrizes fixa-das pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho.

CAPÍTULO IIIDA INSPEÇÃO

Art. 9º A inspeção do trabalho será promovida em todas as empresas, estabelecimentos e lo-cais de trabalho, públicos ou privados, esten-dendo-se aos profissionais liberais e instituições

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sem fins lucrativos, bem como às embarcações estrangeiras em águas territoriais brasileiras.

Art. 10. Ao Auditor-Fiscal do Trabalho será for-necida Carteira de Identidade Fiscal (CIF), que servirá como credencial privativa, com renova-ção qüinqüenal.

§ 1º Além da credencial aludida no caput, será fornecida credencial transcrita na lín-gua inglesa ao Auditor-Fiscal do Trabalho, que tenha por atribuição inspecionar em-barcações de bandeira estrangeira.

§ 2º A autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho fará publi-car, no Diário Oficial da União, relação nomi-nal dos portadores de Carteiras de Identida-de Fiscal, com nome, número de matrícula e órgão de lotação.

§ 3º É proibida a outorga de identidade fis-cal a quem não seja integrante da Carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho.

Art. 11. A credencial a que se refere o art. 10 deverá ser devolvida para inutilização, sob pena de responsabilidade administrativa, nos seguin-tes casos:

I – posse em outro cargo público efetivo ina-cumulável;

II – posse em cargo comissionado de qua-dro diverso do Ministério do Trabalho e Em-prego;

III – exoneração ou demissão do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho;

IV – aposentadoria; ou

V – afastamento ou licenciamento por prazo superior a seis meses.

Art. 12. A exibição da credencial é obrigatória no momento da inspeção, salvo quando o Auditor--Fiscal do Trabalho julgar que tal identificação prejudicará a eficácia da fiscalização, hipótese em que deverá fazê-lo após a verificação física.

Parágrafo único. O Auditor-Fiscal somen-te poderá exigir a exibição de documentos após a apresentação da credencial.

Art. 13. O Auditor-Fiscal do Trabalho, munido de credencial, tem o direito de ingressar, livremen-te, sem prévio aviso e em qualquer dia e horá-rio, em todos os locais de trabalho mencionados no art. 9º.

Art. 14. Os empregadores, tomadores e inter-mediadores de serviços, empresas, instituições, associações, órgãos e entidades de qualquer natureza ou finalidade são sujeitos à inspeção do trabalho e ficam, pessoalmente ou por seus prepostos ou representantes legais, obrigados a franquear, aos Auditores-Fiscais do Trabalho, o acesso aos estabelecimentos, respectivas de-pendências e locais de trabalho, bem como exi-bir os documentos e materiais solicitados para fins de inspeção do trabalho.

Art. 15. As inspeções, sempre que necessário, serão efetuadas de forma imprevista, cercadas de todas as cautelas, na época e horários mais apropriados a sua eficácia.

Art. 16. As determinações para o cumprimento de ação fiscal deverão ser comunicadas por es-crito, por meio de ordens de serviço.

Parágrafo único. As ordens de serviço po-derão prever a realização de inspeções por grupos de Auditores-Fiscais do Trabalho.

Art. 17. Os órgãos da administração pública di-reta ou indireta e as empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos ficam obrigadas a proporcionar efetiva cooperação aos Auditores-Fiscais do Trabalho.

Art. 18. Compete aos Auditores-Fiscais do Tra-balho, em todo o território nacional:

I – verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive as rela-cionadas à segurança e à saúde no trabalho, no âmbito das relações de trabalho e de emprego, em especial:

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a) os registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), visando à redu-ção dos índices de informalidade;

b) o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), objetivando maxi-mizar os índices de arrecadação;

c) o cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho celebrados entre empregados e empregadores; e

d) o cumprimento dos acordos, tratados e convenções internacionais ratificados pelo Brasil;

II – ministrar orientações e dar informações e conselhos técnicos aos trabalhadores e às pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, atendidos os critérios administrativos de oportunidade e conveniência;

III – interrogar as pessoas sujeitas à inspe-ção do trabalho, seus prepostos ou repre-sentantes legais, bem como trabalhadores, sobre qualquer matéria relativa à aplicação das disposições legais e exigir-lhes docu-mento de identificação;

IV – expedir notificação para apresentação de documentos;

V – examinar e extrair dados e cópias de livros, arquivos e outros documentos, que entenda necessários ao exercício de suas atribuições legais, inclusive quando manti-dos em meio magnético ou eletrônico;

VI – proceder a levantamento e notificação de débitos;

VII – apreender, mediante termo, materiais, livros, papéis, arquivos e documentos, in-clusive quando mantidos em meio magnéti-co ou eletrônico, que constituam prova ma-terial de infração, ou, ainda, para exame ou instrução de processos;

VIII – inspecionar os locais de trabalho, o funcionamento de máquinas e a utilização de equipamentos e instalações;

IX – averiguar e analisar situações com ris-co potencial de gerar doenças ocupacionais e acidentes do trabalho, determinando as medidas preventivas necessárias;

X – notificar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho para o cumprimento de obriga-ções ou a correção de irregularidades e ado-ção de medidas que eliminem os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, nas instalações ou métodos de trabalho;

XI – quando constatado grave e iminente risco para a saúde ou segurança dos traba-lhadores, expedir a notificação a que se re-fere o inciso X deste artigo, determinando a adoção de medidas de imediata aplicação;

XII – coletar materiais e substâncias nos lo-cais de trabalho para fins de análise, bem como apreender equipamentos e outros itens relacionados com a segurança e saúde no trabalho, lavrando o respectivo termo de apreensão;

XIII – propor a interdição de estabeleci-mento, setor de serviço, máquina ou equi-pamento, ou o embargo de obra, total ou parcial, quando constatar situação de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador, por meio de emissão de laudo técnico que indique a situação de risco verificada e especifique as medidas corretivas que deverão ser adotadas pelas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, co-municando o fato de imediato à autoridade competente;

XIV – analisar e investigar as causas dos aci-dentes do trabalho e das doenças ocupacio-nais, bem como as situações com potencial para gerar tais eventos;

XV – realizar auditorias e perícias e emitir laudos, pareceres e relatórios; (Redação dada pelo Decreto nº 4.870, de 30.10.2003)

XVI – solicitar, quando necessário ao de-sempenho de suas funções, o auxílio da au-toridade policial;

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XVII – lavrar termo de compromisso decor-rente de procedimento especial de inspe-ção;

XVIII – lavrar autos de infração por inobser-vância de disposições legais;

XIX – analisar processos administrativos de auto de infração, notificações de débitos ou outros que lhes forem distribuídos;

XX – devolver, devidamente informados os processos e demais documentos que lhes forem distribuídos, nos prazos e formas pre-vistos em instruções expedidas pela autori-dade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho;

XXI – elaborar relatórios de suas atividades, nos prazos e formas previstos em instruções expedidas pela autoridade nacional compe-tente em matéria de inspeção do trabalho;

XXII – levar ao conhecimento da autoridade competente, por escrito, as deficiências ou abusos que não estejam especificamente compreendidos nas disposições legais;

XXIII – atuar em conformidade com as prio-ridades estabelecidas pelos planejamentos nacional e regional, nas respectivas áreas de especialização;

XXIII – atuar em conformidade com as prio-ridades estabelecidas pelos planejamentos nacional e regional. (Redação dada pelo De-creto nº 4.870, de 30.10.2003)

§ 2º Aos Auditores-Fiscais do Trabalho se-rão ministrados regularmente cursos neces-sários à sua formação, aperfeiçoamento e especialização, observadas as peculiarida-des regionais, conforme instruções do Mi-nistério do Trabalho e Emprego, expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho.

Art. 19. É vedado às autoridades de direção do Ministério do Trabalho e Emprego:

I – conferir aos Auditores-Fiscais do Traba-lho encargos ou funções diversas das que

lhes são próprias, salvo se para o desem-penho de cargos de direção, de funções de chefia ou de assessoramento;

II – interferir no exercício das funções de inspeção do trabalho ou prejudicar, de qual-quer maneira, sua imparcialidade ou a auto-ridade do Auditor-Fiscal do Trabalho; e

III – conferir qualquer atribuição de inspe-ção do trabalho a servidor que não perten-ça ao Sistema Federal de Inspeção do Tra-balho.

Art. 20. A obrigação do Auditor-Fiscal do Traba-lho de inspecionar os estabelecimentos e locais de trabalho situados na área de inspeção que lhe compete, em virtude do rodízio de que trata o art. 6º, § 1º, não o exime do dever de, sempre que verificar, em qualquer estabelecimento, a existência de violação a disposições legais, co-municar o fato, imediatamente, à autoridade competente.

Parágrafo único. Nos casos de grave e imi-nente risco à saúde e segurança dos tra-balhadores, o Auditor-Fiscal do Trabalho atuará independentemente de sua área de inspeção.

Art. 21. Caberá ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego promover a investigação das causas de acidentes ou doenças relaciona-das ao trabalho, determinando as medidas de proteção necessárias.

Art. 22. O Auditor-Fiscal do Trabalho poderá so-licitar o concurso de especialistas e técnicos de-vidamente qualificados, assim como recorrer a laboratórios técnico-científicos governamentais ou credenciados, a fim de assegurar a aplicação das disposições legais e regulamentares relati-vas à segurança e saúde no trabalho.

Art. 23. Os Auditores-Fiscais do Trabalho têm o dever de orientar e advertir as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho e os trabalhadores quan-to ao cumprimento da legislação trabalhista, e observarão o critério da dupla visita nos seguin-tes casos:

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I – quando ocorrer promulgação ou expedi-ção de novas leis, regulamentos ou instru-ções ministeriais, sendo que, com relação exclusivamente a esses atos, será feita ape-nas a instrução dos responsáveis;

II – quando se tratar de primeira inspeção nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendi-dos;

III – quando se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com até dez trabalha-dores, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou de anotação da CTPS, bem como na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou em-baraço à fiscalização; e

IV – quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte, na forma da lei específica.

§ 1º A autuação pelas infrações não depen-derá da dupla visita após o decurso do prazo de noventa dias da vigência das disposições a que se refere o inciso I ou do efetivo fun-cionamento do novo estabelecimento ou local de trabalho a que se refere o inciso II.

§ 2º Após obedecido o disposto no inciso III, não será mais observado o critério de dupla visita em relação ao dispositivo infringido.

§ 3º A dupla visita será formalizada em no-tificação, que fixará prazo para a visita se-guinte, na forma das instruções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho.

Art. 24. A toda verificação em que o Auditor-Fis-cal do Trabalho concluir pela existência de vio-lação de preceito legal deve corresponder, sob pena de responsabilidade, a lavratura de auto de infração, ressalvado o disposto no art. 23 e na hipótese de instauração de procedimento es-pecial de fiscalização.

Parágrafo único. O auto de infração não terá seu valor probante condicionado à assi-natura do infrator ou de testemunhas e será

lavrado no local da inspeção, salvo havendo motivo justificado que será declarado no próprio auto, quando então deverá ser la-vrado no prazo de vinte e quatro horas, sob pena de responsabilidade.

Art. 25. As notificações de débitos e outras de-correntes da ação fiscal poderão ser lavradas, a critério do Auditor-Fiscal do Trabalho, no local que oferecer melhores condições.

Art. 26. Aqueles que violarem as disposições le-gais ou regulamentares, objeto da inspeção do trabalho, ou se mostrarem negligentes na sua aplicação, deixando de atender às advertências, notificações ou sanções da autoridade compe-tente, poderão sofrer reiterada ação fiscal.

Parágrafo único. O reiterado descumpri-mento das disposições legais, comprovado mediante relatório emitido pelo Auditor--Fiscal do Trabalho, ensejará por parte da autoridade regional a denúncia do fato, de imediato, ao Ministério Público do Trabalho.

CAPÍTULO IVDO PROCEDIMENTO ESPECIAL

PARA A AÇÃO FISCAL

Art. 27. Considera-se procedimento especial para a ação fiscal aquele que objetiva a orienta-ção sobre o cumprimento das leis de proteção ao trabalho, bem como a prevenção e o sanea-mento de infrações à legislação.

Art. 28. O procedimento especial para a ação fiscal poderá ser instaurado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho quando concluir pela ocorrência de motivo grave ou relevante que impossibilite ou dificulte o cumprimento da legislação traba-lhista por pessoas ou setor econômico sujeito à inspeção do trabalho, com a anuência da chefia imediata.

§ 1º O procedimento especial para a ação fiscal iniciará com a notificação, pela chefia da fiscalização, para comparecimento das pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, à

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sede da unidade descentralizada do Minis-tério do Trabalho e Emprego.

§ 2º A notificação deverá explicitar os moti-vos ensejadores da instauração do procedi-mento especial.

§ 3º O procedimento especial para a ação fiscal destinado à prevenção ou saneamen-to de infrações à legislação poderá resultar na lavratura de termo de compromisso que estipule as obrigações assumidas pelo com-promissado e os prazos para seu cumpri-mento.

§ 4º Durante o prazo fixado no termo, o compromissado poderá ser fiscalizado para verificação de seu cumprimento, sem preju-ízo da ação fiscal em atributos não contem-plados no referido termo.

§ 5º Quando o procedimento especial para a ação fiscal for frustrado pelo não--atendimento da convocação, pela recusa de firmar termo de compromisso ou pelo descumprimento de qualquer cláusula com-promissada, serão lavrados, de imediato, os respectivos autos de infração, e poderá ser encaminhando relatório circunstanciado ao Ministério Público do Trabalho.

§ 6º Não se aplica o procedimento especial de saneamento às situações de grave e imi-nente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador.

Art. 29. A chefia de fiscalização poderá, na for-ma de instruções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho, instaurar o procedimento especial sempre que identificar a ocorrência de:

I – motivo grave ou relevante que impossi-bilite ou dificulte o cumprimento da legis-lação trabalhista pelo tomador ou interme-diador de serviços;

II – situação reiteradamente irregular em setor econômico.

Parágrafo único. Quando houver ação fiscal em andamento, o procedimento especial de

fiscalização deverá observar as instruções expedidas pela autoridade nacional compe-tente em matéria de inspeção do trabalho.

Art. 30. Poderão ser estabelecidos procedimen-tos de fiscalização indireta, mista, ou outras que venham a ser definidas em instruções expedi-das pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho.

§ 1º Considera-se fiscalização indireta aque-la realizada por meio de sistema de notifica-ções para apresentação de documentos nas unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego.

§ 2º Poderá ser adotada fiscalização indire-ta:

I – na execução de programa especial para a ação fiscal; ou

II – quando o objeto da fiscalização não im-portar necessariamente em inspeção no lo-cal de trabalho.

§ 3º Considera-se fiscalização mista aquela iniciada com a visita ao local de trabalho e desenvolvida mediante notificação para apresentação de documentos nas unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego.

CAPÍTULO VDAS ATIVIDADES AUXILIARES À

INSPEÇÃO DO TRABALHO

Art. 31. São atividades auxiliares de apoio ope-racional à inspeção do trabalho, a cargo dos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho:

I – levantamento técnico das condições de segurança nos locais de trabalho, com vistas à investigação de acidentes do trabalho;

II – levantamento de dados para fins de cál-culo dos coeficientes de freqüência e gravi-dade dos acidentes;

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III – avaliação qualitativa ou quantitativa de riscos ambientais;

IV – levantamento e análise das condições de risco nas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho;

V – auxílio à realização de perícias técnicas para caracterização de insalubridade ou de periculosidade;

VI – comunicação, de imediato e por escri-to, à autoridade competente de qualquer si-tuação de risco grave e iminente à saúde ou à integridade física dos trabalhadores;

VII – participação em estudos e análises so-bre as causas de acidentes do trabalho e de doenças profissionais;

VIII – colaboração na elaboração de reco-mendações sobre segurança e saúde no tra-balho;

IX – acompanhamento das ações de preven-ção desenvolvidas pela unidade descentrali-zada do Ministério do Trabalho e Emprego;

X – orientação às pessoas sujeitas à inspe-ção do trabalho sobre instalação e funciona-mento das Comissões Internas de Preven-ção de Acidentes (CIPA) e dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT);

XI – prestação de assistência às CIPA;

XII – participação nas reuniões das CIPA das pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, como representantes da unidade descen-tralizada do Ministério do Trabalho e Em-prego;

XIII – devolução dos processos e demais do-cumentos que lhes forem distribuídos, de-vidamente informados, nos prazos assinala-dos;

XIV – elaboração de relatório mensal de suas atividades, nas condições e nos prazos fixados pela autoridade nacional em maté-ria de inspeção do trabalho; e

XV – prestação de informações e orien-tações em plantões fiscais na área de sua competência.

§ 1º As atividades externas de que trata este artigo somente poderão ser exercidas mediante ordem de serviço expedida pela chefia de fiscalização.

§ 2º Para o desempenho das atribuições previstas neste artigo, será fornecida aos Agentes de Higiene e Segurança do Traba-lho credencial específica que lhes possibilite o livre acesso aos estabelecimentos e locais de trabalho.

Art. 32. Aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho poderão ser ministrados cursos ne-cessários à sua formação, aperfeiçoamento e especialização, conforme instruções a serem ex-pedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, expedidas pela autoridade nacional competen-te em matéria de inspeção do trabalho.

CAPÍTULO VIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 33. Os Auditores-Fiscais do Trabalho pode-rão participar de atividades de coordenação, planejamento, análise de processos e de desen-volvimento de programas especiais e de outras atividades internas e externas relacionadas com a inspeção do trabalho, na forma das instruções expedidas pela autoridade nacional competen-te em matéria de inspeção do trabalho.

Art. 34. As empresas de transportes de qual-quer natureza, inclusive as exploradas pela União, Distrito Federal, Estados e Municípios, bem como as concessionárias de rodovias que cobram pedágio para o trânsito concederão pas-se livre aos Auditores-Fiscais do Trabalho e aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho, no território nacional em conformidade com o dis-posto no art. 630, § 5º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mediante a apresentação da Carteira de Identidade Fiscal.

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Parágrafo único. O passe livre a que se refe-re este artigo abrange a travessia realizada em veículos de transporte aquaviário.

Art. 35. É vedado aos Auditores-Fiscais do Tra-balho e aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho:

I – revelar, sob pena de responsabilidade, mesmo na hipótese de afastamento do car-go, os segredos de fabricação ou comércio, bem como os processos de exploração de que tenham tido conhecimento no exercício de suas funções;

II – revelar informações obtidas em decor-rência do exercício das suas competências;

III – revelar as fontes de informações, recla-mações ou denúncias; e

IV – inspecionar os locais em que tenham qualquer interesse direto ou indireto, caso em que deverão declarar o impedimento.

Parágrafo único. Os Auditores Fiscais do Trabalho e os Agentes de Higiene e Segu-rança do Trabalho responderão civil, penal e administrativamente pela infração ao dis-posto neste artigo.

Art. 36. Configura falta grave o fornecimento ou a requisição de Carteira de Identidade Fiscal para qualquer pessoa não integrante do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho.

Parágrafo único. É considerado igualmente falta grave o uso da Carteira de Identidade Fiscal para fins outros que não os da fisca-lização.

Art. 37. Em toda unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego em que hou-ver Auditores-Fiscais do Trabalho deverá ser reservada uma sala para o uso exclusivo desses servidores.

Art. 38. A autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho expedirá as instruções necessárias à execução deste Regula-mento.

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LEI Nº 10.593, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2002

Conversão da MPv nº 46, de 2002

Vide Lei nº 12.855, de 2013

Dispõe sobre a reestruturação da Carreira Au-ditoria do Tesouro Nacional, que passa a deno-minar-se Carreira Auditoria da Receita Federal – ARF, e sobre a organização da Carreira Audi-toria-Fiscal da Previdência Social e da Carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho, e dá outras provi-dências.

Faço saber que o Congresso Nacional decretou, o PRESIDENTE DA REPÚBLICA, nos termos dos § 3º do art. 66 da Constituição sancionou, e eu, Ramez Tebet, Presidente do Senado Federal, nos termos do § 7º do mesmo artigo, promulgo a seguinte

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a reestruturação da Carreira Auditoria do Tesouro Nacional, de que trata o Decreto-Lei nº 2.225, de 10 de ja-neiro de 1985, que passa a denominar-se Car-reira Auditoria da Receita Federal – ARF, e so-bre a organização da Carreira Auditoria-Fiscal da Previdência Social e da Carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho. (Vide Medida Provisória nº 258, de 2005)

Art. 3º O ingresso nos cargos das Carreiras dis-ciplinadas nesta Lei far-se-á no primeiro padrão da classe inicial da respectiva tabela de venci-mentos, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, exigindo-se curso supe-rior em nível de graduação concluído ou habili-tação legal equivalente. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

§ 1º O concurso referido no caput poderá ser realizado por áreas de especialização.

§ 2º Para investidura no cargo de Auditor--Fiscal do Trabalho, nas áreas de especializa-ção em segurança e medicina do trabalho, será exigida a comprovação da respectiva capacitação profissional, em nível de pós--graduação, oficialmente reconhecida.

§ 3º Sem prejuízo dos requisitos estabelecidos neste artigo, o ingresso nos cargos de que trata o caput deste artigo depende da inexistência de: (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

I – registro de antecedentes criminais de-correntes de decisão condenatória transi-tada em julgado de crime cuja descrição envolva a prática de ato de improbidade ad-ministrativa ou incompatível com a idonei-dade exigida para o exercício do cargo;

II – punição em processo disciplinar por ato de improbidade administrativa mediante decisão de que não caiba recurso hierárqui-co.

§ 4º Para fins de investidura nos cargos das Carreiras Tributária e Aduaneira da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, o concurso público será realizado em duas etapas, sendo a segunda constitu-ída de curso de formação, de caráter elimi-natório e classificatório ou somente elimi-natório. (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

Art. 4º O desenvolvimento do servidor nas car-reiras de que trata esta Lei ocorrerá mediante progressão funcional e promoção.

§ 1º Para os fins desta Lei, progressão fun-cional é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamente su-perior dentro de uma mesma classe, e pro-moção, a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro da classe imediatamente superior.

§ 2º A progressão funcional e a promoção observarão requisitos e condições fixados em regulamento.

§ 3º O servidor em estágio probatório será objeto de avaliação específica, sem prejuí-zo da progressão funcional durante o perí-odo, observados o interstício mínimo de 12

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(doze) e máximo de 18 (dezoito) meses em cada padrão e o resultado de avaliação de desempenho efetuada para esta finalidade, na forma do regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

§ 4º Os critérios e procedimentos especí-ficos para o desenvolvimento nos cargos das Carreiras Tributária e Aduaneira da Re-ceita Federal do Brasil e de Auditoria Fiscal do Trabalho serão regulamentados por ato do Poder Executivo federal, observados os seguintes requisitos: (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

I – para fins de progressão funcional: (Inclu-ído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

a) cumprir o interstício de doze meses de efetivo exercício em cada padrão; e (Incluí-do pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

b) atingir percentual mínimo na avaliação de desempenho individual, nos termos de ato do Poder Executivo federal; e (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

II – para fins de promoção: (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

a) cumprir o interstício de doze meses de efetivo exercício no último padrão de cada classe; (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

b) atingir percentual mínimo na avaliação de desempenho individual realizada no úl-timo padrão da classe, nos termos do regu-lamento; e (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

c) acumular pontuação mínima mediante participação em cursos de aperfeiçoamen-to e especialização, além da comprovação de experiência profissional e acadêmica em temas relacionados às atribuições do cargo, nos termos do regulamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

§ 5º O regulamento de que trata o § 4º po-derá prever regras de transição necessárias para a progressão e a promoção nas Car-

reiras Tributária e Aduaneira da Receita Fe-deral do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Tra-balho. (Incluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

§ 6º Não haverá progressão funcional ou promoção dos servidores das Carreiras Tri-butária e Aduaneira da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho du-rante o período de estágio probatório. (In-cluído pela Medida Provisória nº 765, de 2016)

Carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil (Redação dada pela

Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

Art. 5º Fica criada a Carreira de Auditoria da Re-ceita Federal do Brasil, composta pelos cargos de nível superior de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e de Analista-Tributário da Re-ceita Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

Art. 6º São atribuições dos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil: (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vi-gência)

I – no exercício da competência da Secreta-ria da Receita Federal do Brasil e em caráter privativo: (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

a) constituir, mediante lançamento, o cré-dito tributário e de contribuições; (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

b) elaborar e proferir decisões ou delas par-ticipar em processo administrativo-fiscal, bem como em processos de consulta, resti-tuição ou compensação de tributos e contri-buições e de reconhecimento de benefícios fiscais;(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

c) executar procedimentos de fiscalização, praticando os atos definidos na legislação específica, inclusive os relacionados com o controle aduaneiro, apreensão de merca-dorias, livros, documentos, materiais, equi-

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pamentos e assemelhados; (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

d) examinar a contabilidade de sociedades empresariais, empresários, órgãos, entida-des, fundos e demais contribuintes, não se lhes aplicando as restrições previstas nos arts. 1.190 a 1.192 do Código Civil e obser-vado o disposto no art. 1.193 do mesmo diploma legal; (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

e) proceder à orientação do sujeito passi-vo no tocante à interpretação da legislação tributária;(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

f) supervisionar as demais atividades de orientação ao contribuinte; (Incluída pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

II – em caráter geral, exercer as demais ati-vidades inerentes à competência da Secre-taria da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

§ 1º O Poder Executivo poderá cometer o exercício de atividades abrangidas pelo inci-so II do caput deste artigo em caráter priva-tivo ao Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

§ 2º Incumbe ao Analista-Tributário da Re-ceita Federal do Brasil, resguardadas as atri-buições privativas referidas no inciso I do caput e no § 1º deste artigo: (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

I – exercer atividades de natureza técnica, acessórias ou preparatórias ao exercício das atribuições privativas dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil; (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

II – atuar no exame de matérias e proces-sos administrativos, ressalvado o disposto na alínea b do inciso I do caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vi-gência)

III – exercer, em caráter geral e concorrente, as demais atividades inerentes às compe-tências da Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)

§ 3º Observado o disposto neste artigo, o Poder Executivo regulamentará as atribui-ções dos cargos de Auditor-Fiscal da Recei-ta Federal do Brasil e Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência) (Re-gulamento)

§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

Art. 9º A Carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho será composta de cargos de Auditor-Fiscal do Trabalho.

§ 1º É de 40 (quarenta) horas semanais a jornada de trabalho dos integrantes da Car-reira Auditoria-Fiscal do Trabalho, não se lhes aplicando a jornada de trabalho a que se refere o art. 1º,, caput e § 2º, da Lei nº 9.436, de 5 de fevereiro de 1997, e não mais se admitindo a percepção de 2 (dois) venci-mentos básicos

§ 2º Os atuais ocupantes do cargo de Mé-dico do Trabalho que optarem por perma-necer na situação atual deverão fazê-lo, de forma irretratável, até 30 de setembro de 1999, ficando, neste caso, em quadro em extinção.

Art. 10. São transformados em cargo de Audi-tor-Fiscal do Trabalho, na Carreira Auditoria-Fis-cal do Trabalho, os seguintes cargos efetivos do quadro permanente do Ministério do Trabalho e Emprego:

I – Fiscal do Trabalho;

II – Assistente Social, encarregado da fisca-lização do trabalho da mulher e do menor;

III – Engenheiros e Arquitetos, com a espe-cialização prevista na Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, encarregados da fiscali-zação da segurança no trabalho;

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IV – Médico do Trabalho, encarregado da fiscalização das condições de salubridade do ambiente do trabalho.

Art. 11. Os ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho têm por atribuições assegurar, em todo o território nacional:

I – o cumprimento de disposições legais e regulamentares, inclusive as relacionadas à segurança e à medicina do trabalho, no âm-bito das relações de trabalho e de emprego;

II – a verificação dos registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, vi-sando a redução dos índices de informalida-de;

III – a verificação do recolhimento do Fun-do de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, objetivando maximizar os índices de arreca-dação;

IV – o cumprimento de acordos, conven-ções e contratos coletivos de trabalho cele-brados entre empregados e empregadores;

V – o respeito aos acordos, tratados e con-venções internacionais dos quais o Brasil seja signatário;

VI – a lavratura de auto de apreensão e guarda de documentos, materiais, livros e assemelhados, para verificação da existên-cia de fraude e irregularidades, bem como o exame da contabilidade das empresas, não se lhes aplicando o disposto nos arts. 17 e 18 do Código Comercial.

Parágrafo único. O Poder Executivo regula-mentará as atribuições privativas previstas neste artigo, podendo cometer aos ocupan-tes do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho outras atribuições, desde que compatíveis com atividades de auditoria e fiscalização.

Remuneração das Carreiras Vigente a Partir de 30 de Junho de 1999

Art. 11-A. A verificação, pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, do cumprimento das normas que re-gem o trabalho do empregado doméstico, no

âmbito do domicílio do empregador, depende-rá de agendamento e de entendimento prévios entre a fiscalização e o empregador. (Incluído pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

§ 1º A fiscalização deverá ter natureza prio-ritariamente orientadora. (Incluído pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

§ 2º Será observado o critério de dupla vi-sita para lavratura de auto de infração, sal-vo quando for constatada infração por falta de anotação na Carteira de Trabalho e Pre-vidência Social ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embara-ço à fiscalização. (Incluído pela Lei Comple-mentar nº 150, de 2015)

§ 3º Durante a inspeção do trabalho refe-rida no caput, o Auditor-Fiscal do Trabalho far-se-á acompanhar pelo empregador ou por alguém de sua família por este designa-do. (Incluído pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

Art. 12. Fica extinta a Retribuição Adicional Va-riável de que trata o art. 5º da Lei nº 7.711, de 22 de dezembro de 1988, devida aos ocupantes dos cargos da Carreira Auditoria do Tesouro Na-cional.

Art. 13. Os integrantes da Carreira Auditoria--Fiscal da Previdência Social e da Carreira Audi-toria-Fiscal do Trabalho não fazem jus à percep-ção da Gratificação de Estímulo à Fiscalização e Arrecadação – GEFA, criada pelo Decreto-Lei nº 2.371, de 18 de novembro de 1987.

Art. 14. Os integrantes das Carreiras de que tra-ta esta Lei não fazem jus à percepção da Gratifi-cação de Atividade de que trata a Lei Delegada no 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 17. Os ocupantes dos cargos de Auditor-Fis-cal do Tesouro Nacional e de Técnico do Tesouro Nacional são transpostos, a partir de 1º de julho de 1999, na forma dos Anexos V e VI.

§ 1º Os ocupantes dos cargos de Fiscal de Contribuições Previdenciárias; Fiscal do Tra-balho; Assistente Social, encarregados da

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fiscalização do trabalho da mulher e do me-nor; Engenheiro, encarregados da fiscaliza-ção da segurança no trabalho; e Médico do Trabalho, encarregados da fiscalização das condições de salubridade do ambiente do trabalho, são transpostos, a partir de 1º de agosto de 1999, na forma do Anexo V.

§ 2º Os ocupantes do cargo de Arquiteto, encarregados da fiscalização da segurança no trabalho, são transpostos, a partir de 1º de setembro de 2001, na forma do Anexo V.

§ 3º Constatada a redução de remuneração decorrente da transposição de que trata este artigo, a diferença será paga a título de vantagem pessoal nominalmente identifica-da, a ser absorvida por ocasião do desenvol-vimento na Carreira.

Art. 18. O ingresso nos cargos de Auditor-Fis-cal da Receita Federal, Auditor-Fiscal da Previ-dência Social e Auditor-Fiscal do Trabalho dos aprovados em concurso, cujo edital tenha sido publicado até 30 de junho de 1999, dar-se-á, ex-cepcionalmente, na classe A, padrão V.

Art. 19. Aplicam-se as disposições desta Lei a aposentadorias e pensões.

Parágrafo único. Constatada a redução de proventos ou pensão decorrente da aplica-ção do disposto nesta Lei, a diferença será paga a título de vantagem pessoal nominal-mente identificada.

Art. 20. O regime jurídico das Carreiras a que se refere esta Lei é exclusivamente o da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Remuneração das Carreiras Vigente a Partir de 1º de Junho de 2002

Art. 20-A. O Poder Executivo regulamentará a forma de transferência de informações entre a Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Secre-taria de Inspeção do Trabalho para o desenvol-vimento coordenado das atribuições a que se referem os arts. 6º e 11 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

Disposições Finais

Art. 23. Ficam convalidados os atos praticados com base nas Medidas Provisórias nºs 2.175-29, de 24 de agosto de 2001, e 46, de 25 de junho de 2002.

Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 25. Ficam revogados o art. 5º da Lei nº 7.711, de 22 de dezembro de 1988, o parágra-fo único do art. 1º da Lei nº 8.448, de 21 de ju-lho de 1992, e nos termos do art. 2º da Emen-da Constitucional no 32, de 11 de setembro de 2001, a Medida Provisória no 2.175-29, de 24 de agosto de 2001.

Senado Federal, em 6 de dezembro de 2002.

Senador RAMEZ TEBETPresidente do Senado Federal

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LEI Nº 11.890, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Conversão da MPv nº 440, de 2008.Mensagem de vetoVide Lei nº 12.702, de 2012Vide Decreto nº 7.133, de 2010(Vide Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Dispõe sobre a reestruturação da composição remuneratória das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e Auditoria-Fiscal do Trabalho, de que trata a Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, das Carreiras da Área Jurídica, de que trata a Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, das Carreiras de Gestão Governamental, de que trata a Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; das Carreiras do Banco Central do Brasil – BACEN, de que trata a Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998; e da Carreira de Diplomata, de que trata a Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006; cria o Plano de Carreiras e Cargos da Susep, o Plano de Carreiras e Car-gos da CVM e o Plano de Carreiras e Cargos do IPEA; dispõe sobre a remuneração dos titulares dos cargos de Técnico de Planejamento P-1501 do Grupo P-1500, de que trata a Lei nº 9.625, de 7 de abril de 1998, e dos integrantes da Carreira Policial Civil dos extintos Territórios Federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima de que tra-ta a Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, sobre a criação de cargos de Defensor Público da União e a criação de cargos de Analista de Planejamento e Orçamento, e sobre o Sistema de Desenvolvimento na Carreira – SIDEC; alte-ra as Leis nos 10.910, de 15 de julho de 2004, 11.358, de 19 de outubro de 2006, e 9.650, de 27 de maio de 1998, 11.457, de 16 de março de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, das Leis nos 9.650, de 27 de maio de 1998, 10.593, de 6 de dezembro de 2002, 10.910, de 15 de julho de 2004, 11.094, de 13 de janeiro de 2005, 11.344, de 8 de setembro de 2006, e 11.356, de 19 de outubro de 2006; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

CAPÍTULO IDAS CARREIRAS E DOS CARGOS DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Seção IDAS CARREIRAS DE

AUDITORIA FEDERAL

Art. 1º A Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, passa a vigorar acrescida dos Anexos III e IV, na forma dos Anexos I e II desta Lei, respectiva-mente.

Art. 2º A Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, passa a vigorar com o art. 1º acrescido do se-guinte parágrafo único e acrescida dos seguin-tes dispositivos:

“Art. 1º ...........................................................................................................................

Parágrafo único. Os titulares de cargos de provimento efetivo das Carreiras de que tra-ta o caput deste artigo serão reenquadra-dos, a contar de 1º de julho de 2009, con-forme disposto no Anexo III desta Lei.” (NR)

“Art. 2º-A. A partir de 1º de julho de 2008, os titulares dos cargos de provimento efeti-vo integrantes das Carreiras a que se refere o art. 1º desta Lei passam a ser remunera-dos, exclusivamente, por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prê-mio, verba de representação ou outra espé-cie remuneratória.

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput

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deste artigo são os fixados no Anexo IV des-ta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.”

“Art. 2º-B. Estão compreendidas no subsí-dio e não são mais devidas aos titulares dos cargos a que se refere o art. 1º desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes espécies remuneratórias:

I – Vencimento Básico;

II – Gratificação de Atividade Tributária – GAT, de que trata o art. 3º desta Lei;

III – Gratificação de Incremento da Fiscaliza-ção e da Arrecadação – GIFA, de que trata o art. 4º desta Lei; e

IV – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no art. 2º-A desta Lei, os titulares dos cargos nele referidos não fazem jus à percepção das seguintes vantagens remuneratórias:

I – Gratificação de Desempenho de Ativi-dade Tributária – GDAT, de que trata o art. 15 da Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002;

II – retribuição adicional variável, de que trata o art. 5º da Lei nº 7.711, de 22 de de-zembro de 1988;

III – Gratificação de Estímulo à Fiscalização e Arrecadação – GEFA, criada pelo Decreto--Lei nº 2.371, de 18 de novembro de 1987; e

IV – Gratificação de Atividade – GAE, de que trata a Lei Delegada no 13, de 27 de agosto de 1992.”

“Art. 2º-C. Além das parcelas e vantagens de que trata o art. 2º-B desta Lei, não são devi-das aos titulares dos cargos a que se refere o art. 1º desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes espécies remunerató-rias:

I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário; e

XII – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não este-jam explicitamente mencionados no art. 2º-E.”

“Art. 2º-D. Os servidores integrantes das Carreiras de que trata o art. 1º desta Lei não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão administrativa, judicial ou extensão admi-nistrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.”

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“Art. 2º-E. O subsídio dos integrantes das Carreiras de que trata o art. 1º desta Lei não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, de:

I – gratificação natalina;

II – adicional de férias;

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003;

IV – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e

V – parcelas indenizatórias previstas em lei.”

“Art. 2º-F. A aplicação das disposições desta Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos pensionistas não poderá implicar redução de remuneração, de proventos e de pen-sões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nesta Lei, eventual diferença será paga a título de parcela complementar de subsídio, de na-tureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimen-to no cargo ou na Carreira por progressão ou promoção ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos cargos e das Carreiras ou das remunerações previstas nesta Lei, da concessão de reajus-te ou vantagem de qualquer natureza, bem como da implantação dos valores constan-tes do Anexo IV desta Lei.

§ 2º A parcela complementar de subsídio referida no § 1º deste artigo estará sujeita exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servido-res públicos federais.”

“Art. 2º-G. Aplica-se às aposentadorias con-cedidas aos servidores integrantes das Car-reiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho de

que trata o art. 1º desta Lei e às pensões, ressalvadas as aposentadorias e pensões re-guladas pelos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, no que couber, o disposto nesta Lei em relação aos servido-res que se encontram em atividade.”

Art. 2º-A. Serão concedidas, com efeitos finan-ceiros a partir da vigência do art. 9º da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, aos servidores ativos das Carreiras de que trata a Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, que a elas façam jus, as progressões funcionais que não tenham sido concedidas entre 30 de junho de 1999 e 16 de março de 2007, em virtude da vedação contida no § 3º do art. 4º da Lei nº 10.593, de 6 de de-zembro de 2002, na sua redação original. (Inclu-ído Lei nº 12.269, de 2010)

§ 1º Para os fins do disposto no caput, caso não tenham sido aplicadas as respectivas avaliações de desempenho individual, serão consideradas as avaliações efetuadas para fins do pagamento das respectivas Gratifi-cações de Desempenho, em cada período. (Incluído Lei nº 12.269, de 2010)

§ 2º Para os fins do disposto no Anexo III da Lei nº 10.910, de 2004, com a redação dada pelo Anexo I desta Lei, será considerada a posição do servidor na respectiva tabela re-sultante da aplicação do disposto neste arti-go. (Incluído Lei nº 12.269, de 2010)

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se aos servidores inativos que no período de que trata o caput encontravam-se na atividade. (Incluído Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 3º Os ocupantes dos cargos integrantes das carreiras de que trata o art. 1º da Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, são impedidos de exer-cer outra atividade, pública ou privada, poten-cialmente causadora de conflito de interesses, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 1º Na hipótese em que o exercício de ou-tra atividade não configure conflito de inte-resses, o servidor deverá observar o cum-

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primento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 2º O plantão e a escala ou o regime de turnos alternados por revezamento serão regulados em ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Ges-tão, da Fazenda e do Trabalho e Emprego, observada a legislação vigente.

§ 3º Nos casos aos quais se aplique o regi-me de trabalho por plantões, escala ou regi-me de turnos alternados por revezamento, é de, no máximo, 192 (cento e noventa e duas) horas mensais a jornada de trabalho dos integrantes dos cargos referidos no ca-put deste artigo.

Art. 4º Os integrantes das Carreiras a que se re-fere o art. 1º da Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, somente poderão ser cedidos ou ter exer-cício fora do respectivo órgão de lotação nas se-guintes situações:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

IV – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal;

V – ocupantes dos cargos efetivos da Carrei-ra de Auditoria da Receita Federal do Brasil, nos seguintes órgãos do Ministério da Fa-zenda:

a) Gabinete do Ministro de Estado;

b) Secretaria-Executiva;

c) Escola de Administração Fazendária;

d) Conselho de Contribuintes; e

e) Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;

VI – ocupantes dos cargos de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil da Carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil, no Ministério da Previdência Social e no Insti-tuto Nacional do Seguro Social – INSS;

VII – ocupantes dos cargos efetivos da Car-reira Auditoria-Fiscal do Trabalho, no Minis-tério do Trabalho e Emprego, exclusivamen-te nas unidades não integrantes do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho definidas em regulamento; e

VIII – (VETADO)

Seção IIDAS CARREIRAS DA ÁREA JURÍDICA

Art. 5º O Anexo I da Lei nº 11.358, de 19 de ou-tubro de 2006, passa a vigorar na forma do Ane-xo III desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 6º Os ocupantes dos cargos de que tratam os incisos I a III e V do caput e o § 1º do art. 1º da Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, são impedidos de exercer outra atividade, pública ou privada, potencialmente causadora de con-flito de interesses, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Parágrafo único. Na hipótese em que o exercício de outra atividade não configure conflito de interesses, o servidor deverá ob-servar o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da

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entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 7º Os integrantes das Carreiras e os titula-res de cargos a que se referem os incisos I, II, III e V do caput e o § 1º do art. 1º da Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, somente poderão ser cedidos ou ter exercício fora do respectivo órgão de lotação nas seguintes hipóteses:

I – requisição pela Presidência ou Vice-Pre-sidência da República;

II – cessões para o exercício de cargo em co-missão de nível CJ-3 ou superior em gabine-te de Ministro do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior;

III – cessões para o exercício de cargo em comissão de nível CC-6 ou superior no Gabi-nete do Procurador-Geral da República;

IV – cessões para o exercício de cargo de Natureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em órgãos do Poder Executi-vo ou do Poder Legislativo da União, ou de suas autarquias e fundações públicas;

V – exercício de cargo em comissão nos ór-gãos da Advocacia-Geral da União, da Pro-curadoria-Geral Federal, da Procuradoria do Banco Central do Brasil e da Procuradoria--Geral da Fazenda Nacional;

VI – exercício de cargo, função ou encargo de titular de órgão jurídico da administra-ção pública federal direta, autárquica ou fundacional;

VII – exercício provisório ou prestação de colaboração temporária, pelo prazo máxi-mo de 180 (cento e oitenta) dias, em órgãos da Advocacia-Geral da União, da Procura-doria Geral Federal, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou da Procuradoria do Banco Central do Brasil;

VIII – exercício de cargo de diretor ou de presidente de empresa pública ou socieda-de de economia mista federal;

IX – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

X – no caso de ocupantes dos cargos efe-tivos de Procurador Federal, para atuar no Conselho de Recursos da Previdência Social; e

XI – no caso de Procurador da Fazenda Na-cional, nos seguintes órgãos do Ministério da Fazenda:

a) Gabinete do Ministro de Estado;

b) Secretaria-Executiva;

c) Escola de Administração Fazendária; e

d) Conselho de Contribuintes.

§ 1º Ressalvado o disposto no inciso I do ca-put deste artigo, não se aplicam as hipóte-ses de requisição previstas em lei nºs casos em que a cessão não esteja autorizada por este artigo. (Renumerado do parágrafo úni-co pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 2º Durante o estágio probatório os inte-grantes das carreiras de que trata este arti-go somente poderão ser cedidos para ocu-par cargo em comissão de nível DAS-6 do Grupo-Direção e Assessoramento Superio-res e superiores, ou equivalentes. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 8º Os Defensores Públicos da União somen-te poderão ser cedidos ou ter exercício fora do respectivo órgão de lotação nas seguintes hipó-teses:

I – requisição pela Presidência ou Vice-Pre-sidência da República;

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II – cessões para o exercício de cargo em co-missão de nível CJ-3 ou superior em gabine-te de Ministro do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior;

III – cessões para o exercício de cargo em comissão de nível CC-6 ou superior no Gabi-nete do Procurador-Geral da República;

IV – cessões para o exercício de cargo de Natureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

V – exercício de cargo em comissão ou en-cargo nos órgãos da Defensoria Pública da União;

VI – exercício provisório ou prestação de co-laboração temporária, pelo prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, em órgãos da Defensoria Pública da União;

VII – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal;

VIII – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

IX – exercício no Gabinete do Ministro de Estado ou na Secretaria-Executiva do Minis-tério da Justiça.

Parágrafo único. Ressalvado o disposto no inciso I do caput deste artigo, não se apli-cam as hipóteses de requisição previstas em lei nºs casos em que a cessão não esteja au-torizada por este artigo.

Art. 9º O inciso VI do caput do art. 5º da Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, passa a vigo-rar com a seguinte redação:

“Art. 5º ...........................................................................................................................

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

............................................................................

.......................................................” (NR)

Seção IIIDAS CARREIRAS DE GESTÃO

GOVERNAMENTAL

Art. 10. A partir de 1º de julho de 2008, passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remu-neratória, os titulares dos seguintes cargos de provimento efetivo:

I – Analista de Finanças e Controle e Técnico de Finanças e Controle, da Carreira de Fi-nanças e Controle;

II – Analista de Planejamento e Orçamento e Técnico de Planejamento e Orçamento, da Carreira de Planejamento e Orçamento;

III – Analista de Comércio Exterior da Carrei-ra de Analista de Comércio Exterior; e

IV – Especialista em Políticas Públicas e Ges-tão Governamental da Carreira de Especia-lista em Políticas Públicas e Gestão Gover-namental.

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo são os fixados no Anexo IV des-ta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 11. Estão compreendidas no subsídio e não são mais devidas aos titulares dos cargos a que

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se refere o art. 10 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes espécies remunera-tórias:

I – Vencimento Básico;

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-de do Ciclo de Gestão – GCG, de que trata o art. 8º da Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e

III – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no art. 10 desta Lei, os titulares dos cargos nele referidos, conforme a Carreira a que pertençam, não fazem jus à percepção das seguintes vantagens remuneratórias:

I – Gratificação de Desempenho e Produtivi-dade – GDP, de que trata o art. 1º da Lei nº 9.625, de 7 de abril de 1998;

II – Gratificação de Planejamento, Orçamen-to e de Finanças e Controle, de que trata o art. 7º da Lei nº 8.538, de 21 de dezembro de 1992;

III – Gratificação de Desempenho e Eficiên-cia – GDE, de que trata o art. 10 da Lei nº 9.620, de 2 de abril de 1998; e

IV – Gratificação de Atividade – GAE, de que trata a Lei Delegada nº 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 12. Além das parcelas e vantagens de que trata o art. 11 desta Lei, não são devidas aos ti-tulares dos cargos a que se refere o art. 10 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes parcelas:

I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-

ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário; e

XII – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não este-jam explicitamente mencionados no art. 14 desta Lei.

Art. 13. Os servidores integrantes das Carrei-ras de que trata o art. 10 desta Lei não pode-rão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão administrativa, judi-cial ou extensão administrativa de decisão judi-cial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.

Art. 14. O subsídio dos integrantes das Carrei-ras de que trata o art. 10 desta Lei não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, de:

I – gratificação natalina;

II – adicional de férias;

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o §

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5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003;

IV – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e

V – parcelas indenizatórias previstas em lei.

Art. 15. A aplicação das disposições contidas nos arts. 10 a 14 desta Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos pensionistas não poderá im-plicar redução de remuneração, de proventos e de pensões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nesta Lei, eventual diferença será paga a título de par-cela complementar de subsídio, de nature-za provisória, que será gradativamente ab-sorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na Carreira por progressão ou pro-moção, ordinária ou extraordinária, da reor-ganização ou da reestruturação dos cargos e das Carreiras ou das remunerações, de que trata o art. 10 desta Lei, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natu-reza, bem como da implantação dos valores constantes do Anexo IV desta Lei.

§ 2º A parcela complementar de subsídio referida no § 1º deste artigo estará sujeita exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servido-res públicos federais.

Art. 16. Aplica-se às aposentadorias concedidas aos servidores integrantes das Carreiras de que trata o art. 10 desta Lei e às pensões, ressalva-das as aposentadorias e pensões reguladas pe-los arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, no que couber, o disposto nos arts. 10 a 15 desta Lei em relação aos servidores que se encontram em atividade.

Art. 17. Os ocupantes dos cargos de que trata o art. 10 desta Lei são impedidos de exercer outra atividade, pública ou privada, potencialmente causadora de conflito de interesses, nos termos

da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Reda-ção dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Parágrafo único. Na hipótese em que o exercício de outra atividade não configure conflito de interesses, o servidor deverá ob-servar o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 18. Os integrantes das Carreiras a que se re-fere o art. 10 desta Lei somente poderão ser ce-didos ou ter exercício fora do respectivo órgão de lotação nas situações definidas no art. 1º da Lei nº 9.625, de 7 de abril de 1998, e, ainda, nas seguintes:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – ocupantes dos cargos efetivos da Carrei-ra de Analista de Comércio Exterior:

a) cedidos para o exercício de cargos em co-missão nos seguintes órgãos:

1. Ministério do Turismo;

2. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

3. Ministério da Fazenda; e

4. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

5. Secretaria Executiva da Câmara de Co-mércio Exterior; (Incluído pela Lei nº 13.341, de 2016)

b) exercício provisório ou prestação de co-laboração temporária, para a realização de outras atividades consideradas estratégicas de Governo relacionadas ao comércio exte-rior, expressamente definidas, mediante ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior;

III – ocupantes dos cargos efetivos da Car-reira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, independentemen-

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te de cessão ou requisição, mediante auto-rização do Ministro de Estado do Planeja-mento, Orçamento e Gestão, nos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional;

IV – cessões para o exercício de cargo de Natureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

V – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

VI – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal.

VII – exercício de cargo de auditor-chefe ou equivalente de empresa pública ou socie-dade de economia mista federal, exclusiva-mente para servidor da Carreira de Finanças e Controle. (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

Seção IVDAS CARREIRAS DO

BANCO CENTRAL DO BRASIL

Art. 19. O Anexo II da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, passa a vigorar nos termos do Anexo V desta Lei, produzindo efeitos financei-ros a partir da data nele especificada.

Art. 20. A Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, passa a vigorar acrescida dos seguintes disposi-tivos:

“Art. 9º-A. A partir de 1º de julho de 2008, passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, ve-

dado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de repre-sentação ou outra espécie remuneratória, os titulares dos seguintes cargos de provi-mento efetivo da Carreira de Especialista do Banco Central do Brasil:

I – Analista do Banco Central do Brasil; e

II – Técnico do Banco Central do Brasil.

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo são os fixados no Anexo II-A, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.”

“Art. 9º-B. Estão compreendidas no subsídio e não são mais devidas aos titulares dos car-gos a que se refere o art. 9º-A desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes espécies remuneratórias:

I – Vencimento Básico;

II – Gratificação de Qualificação – GQ, de que trata o art. 10 desta Lei;

III – Gratificação de Atividade do Banco Cen-tral – GABC, de que trata o art. 11 desta Lei; e

IV – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no art. 9º-A desta Lei, os titulares dos car-gos nele referidos não fazem jus à percep-ção das vantagens de que trata a Lei Delega-da no 13, de 27 de agosto de 1992.”

“Art. 9º-C. Além das parcelas e vantagens de que trata o art. 9º-B, não são devidas aos ti-tulares dos cargos a que se refere o art. 9º-A desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes parcelas:

I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

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II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário; e

XII – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não es-tejam explicitamente mencionados no art. 9º-E desta Lei.

“Art. 9º-D. Os servidores integrantes da Car-reira de que trata o art. 9º-A desta Lei não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão administrativa, judicial ou extensão admi-nistrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.”

“Art. 9º-E. O subsídio dos integrantes da Carreira de que trata o art. 9º-A desta Lei não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, de:

I – gratificação natalina;

II – adicional de férias;

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003;

IV – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e

V – parcelas indenizatórias previstas em lei.”

“Art. 9º-F. A aplicação das disposições conti-das nos arts. 9º-A a 9º-E desta Lei aos servi-dores ativos, aos inativos e aos pensionistas não poderá implicar redução de remunera-ção, de proventos e de pensões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nesta Lei, eventual diferença será paga a título de parcela complementar de subsídio, de na-tureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na Carreira por progressão ou promoção, ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos car-gos e da Carreira ou das remunerações, de que trata o art. 9º-A desta Lei, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natu-reza, bem como da implantação dos valores constantes do Anexo II-A desta Lei.

§ 2º A parcela complementar de subsídio referida no § 1º deste artigo estará sujeita exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servido-res públicos federais.”

“Art. 9º-G. Aplica-se às aposentadorias con-cedidas aos servidores integrantes da Car-reira de que trata o art. 9º-A desta Lei e às pensões, ressalvadas as aposentadorias e pensões reguladas pelos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, no que couber, o disposto nos arts. 9º-A a 9º-F em

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relação aos servidores que se encontram em atividade.”

Art. 21. O parágrafo único do art. 11 da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 11. ..........................................................................................................................

Parágrafo único. A partir de 1º de março de 2008 e até 30 de junho de 2008, a gratifica-ção de que trata o caput deste artigo será paga aos servidores que a ela fazem jus em valor correspondente a 75% (setenta e cin-co por cento) incidentes sobre o maior ven-cimento básico do respectivo cargo.” (NR)

Art. 22. Os ocupantes dos cargos integrantes da carreira de Especialista do Banco Central do Brasil são impedidos de exercer outra atividade, pública ou privada, potencialmente causadora de conflito de interesses, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Parágrafo único. Na hipótese em que o exercício de outra atividade não configure conflito de interesses, o servidor deverá ob-servar o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 23. Os integrantes da Carreira de Especialis-ta do Banco Central do Brasil somente poderão ser cedidos ou ter exercício fora do Banco Cen-tral do Brasil e de suas unidades nas seguintes situações:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – cessão para o exercício de cargos em comissão nos seguintes órgãos do Ministé-rio da Fazenda:

a) Gabinete do Ministro de Estado;

b) Secretaria-Executiva;

c) Secretaria de Política Econômica;

d) Secretaria de Acompanhamento Econô-mico;

e) Secretaria de Assuntos Internacionais;

f) Secretaria do Tesouro Nacional;

g) Secretaria Extraordinária de Reformas Econômicas e Fiscais;

h) Conselho de Recursos do Sistema Finan-ceiro Nacional; e

i) Conselho de Controle de Atividades Fi-nanceiras – COAF;

IV – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal; e

V – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes. (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 24. A Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, passa a vigorar acrescida do Anexo II-A, na for-ma do Anexo VI desta Lei.

Seção VDA CARREIRA DE DIPLOMATA

Art. 25. Os titulares dos cargos de provimento efetivo da Carreira de Diplomata, que integra o Serviço Exterior Brasileiro nos termos do art. 2º da Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006, passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o

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acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou ou-tra espécie remuneratória.

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo são os fixados no Anexo VII des-ta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 26. Estão compreendidas no subsídio e não são mais devidas aos titulares dos cargos a que se refere o art. 25 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes espécies remunera-tórias:

I – Vencimento Básico;

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-de Diplomática – GDAD, de que trata o art. 3º da Lei nº 10.479, de 28 de junho de 2002; e

III – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no art. 25 desta Lei, os titulares dos cargos nele referidos não fazem jus à percepção das seguintes vantagens remuneratórias:

I – Gratificação de Habilitação Profissional e Acesso, de que tratam o inciso V do caput do art. 3º do Decreto-Lei nº 2.405, de 29 de dezembro de 1987, e o inciso IV do § 5º do art. 2º da Lei nº 7.923, de 12 de dezembro de 1989; e

II – Gratificação de Atividade – GAE, de que trata a Lei Delegada nº 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 27. Além das parcelas e vantagens de que trata o art. 26 desta Lei, não são devidas aos ti-tulares dos cargos a que se refere o art. 25 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes parcelas:

I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário; e

XII – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não este-jam explicitamente mencionados no art. 29 desta Lei.

Art. 28. Os servidores integrantes da Carreira de que trata o art. 25 desta Lei não poderão per-ceber cumulativamente com o subsídio quais-quer valores ou vantagens incorporadas à remu-neração por decisão administrativa, judicial ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decor-rentes de sentença judicial transitada em julga-do.

Art. 29. O subsídio dos integrantes da Carreira de que trata o art. 25 desta Lei não exclui o di-reito à percepção, nos termos da legislação e re-gulamentação específica, de:

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I – gratificação natalina;

II – adicional de férias;

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003;

IV – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e

V – parcelas indenizatórias previstas em lei.

Art. 30. Aplica-se às aposentadorias concedidas aos servidores integrantes da Carreira a que se refere o art. 25 desta Lei e às pensões, ressal-vadas as aposentadorias e pensões reguladas pelos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, no que couber, o disposto nesta Lei em relação aos servidores que se encontram em atividade.

Art. 31. Os ocupantes dos cargos integrantes da carreira de Diplomata são impedidos de exercer outra atividade, pública ou privada, potencial-mente causadora de conflito de interesses, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Parágrafo único. Na hipótese em que o exercício de outra atividade não configure conflito de interesses, o servidor deverá ob-servar o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 32. Os integrantes da Carreira de Diploma-ta somente poderão ser cedidos ou ter exercício fora do respectivo órgão de lotação nas seguin-tes situações:

I – requisição prevista em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou

equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal;

IV – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

V – cessão para o exercício de cargos em comissão em Secretarias de Assuntos Inter-nacionais e órgãos equivalentes da adminis-tração direta do Poder Executivo.

Art. 33. A aplicação das disposições contidas nos arts. 25 a 28 desta Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos pensionistas não poderá im-plicar redução de remuneração, de proventos e de pensões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nesta Lei, eventual diferença será paga a título de parcela complementar de subsídio, de na-tureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na Carreira por progressão ou promoção, ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos car-gos e das Carreiras ou das remunerações, de que trata esta Seção, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer nature-za, bem como da implantação dos valores constantes do Anexo VII desta Lei.

§ 2º A parcela complementar de subsídio referida no § 1º deste artigo estará sujeita exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servido-res públicos federais.

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Seção VIDO PLANO DE CARREIRAS E CARGOS DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS

PRIVADOS – SUSEP

Art. 34. Fica estruturado o Plano de Carreiras e Cargos da Superintendência de Seguros Priva-dos – SUSEP, abrangendo os titulares de cargos de provimento efetivo do Quadro de Pessoal da Susep, de que tratam o art. 38 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei nº 9.015, de 30 de março de 1995, composto pelas seguintes Carreiras e cargos:

I – de nível superior, Carreira de Analista Técnico da Susep, composta pelos cargos de Analista Técnico da Susep; e

II – de nível intermediário, cargos de pro-vimento efetivo de nível intermediário do Quadro de Pessoal da Susep.

Parágrafo único. A partir de 1º de janeiro de 2017, o cargo de nível intermediário de Agente Executivo fica reorganizado na car-reira de Agente Executivo da Susep. (Reda-ção dada pela Le nº 13.327, de 2016) (Pro-dução de efeito)

Art. 35. Os cargos de nível superior e interme-diário do Plano de Carreiras e Cargos da Susep são agrupados em classes e padrões, conforme estabelecido no Anexo VIII desta Lei.

§ 1º Os atuais cargos ocupados cujos titu-lares tenham observado o disposto no § 3º do art. 52 desta Lei, bem como os cargos vagos e os demais, à medida que vagarem, de Analista Técnico da Susep do quadro de Pessoal da Susep passam a integrar a Carrei-ra de que trata o inciso I do caput do art. 34 desta Lei.

§ 2º O disposto no § 1º deste artigo não representa, para qualquer efeito legal, in-clusive para efeito de aposentadoria, des-continuidade em relação ao cargo e às atri-buições desenvolvidas pelos seus titulares.

§ 3º Os cargos de nível intermediário do Quadro de Pessoal da Susep, de que trata o inciso II do caput do art. 34 desta Lei, vagos em 29 de agosto de 2008 e os que vierem a vagar, são transformados em cargos de Agente Executivo da Susep.

§ 4º A partir de 1º de janeiro de 2017, os cargos ocupados de Agente Executivo do quadro de pessoal da Susep cuja investidu-ra tenha observado as pertinentes normas constitucionais e ordinárias anteriores a 5 de outubro de 1988 e, se posterior a essa data, tenha decorrido de aprovação em concurso público, bem como os cargos va-gos e os demais cargos, à medida que va-garem, passam a integrar a carreira de que trata o parágrafo único do art. 34 desta Lei. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Pro-dução de efeito)

§ 5º O enquadramento a que se refere o § 4º não representa, para qualquer efeito le-gal, inclusive para efeito de aposentadoria, descontinuidade em relação à carreira, ao cargo e às atribuições atuais desenvolvi-das por seus titulares. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 6º Os efeitos decorrentes do enquadra-mento a que se refere o § 4º aplicar-se-ão ao posicionamento dos aposentados e dos pensionistas nas tabelas remuneratórias da carreira de Agente Executivo, nos casos em que a aposentadoria ou a instituição da pensão tenha ocorrido com fundamento nos arts. 3º, 6º ou 6º-A da Emenda Consti-tucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 7º O posicionamento dos aposentados e dos pensionistas a que se refere o § 6º na Tabela de Subsídios da carreira de Agente Executivo será referenciado à situação em que o servidor se encontrava na data de aposentadoria ou na data em que se origi-nou a pensão, respeitadas as alterações re-lativas a posicionamentos decorrentes de

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legislação específica. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 36. A Carreira e os cargos do Plano de Car-reiras e Cargos da Susep destinam-se ao exer-cício das respectivas atribuições em diferentes níveis de complexidade e responsabilidade, bem como ao exercício de atividades de natu-reza técnica, administrativa e de gestão relativas à regulação, supervisão, fiscalização e incentivo das atividades de seguros, previdência comple-mentar aberta, capitalização e resseguros.

Art. 37. É de 40 (quarenta) horas semanais a carga horária de trabalho dos titulares dos car-gos integrantes do Plano de Carreiras e Cargos da Susep, ressalvadas as hipóteses amparadas em legislação específica.

Art. 38. Incumbe aos titulares dos cargos de Analista Técnico da Susep o desenvolvimento de atividades ligadas a controle econômico, finan-ceiro e contábil das entidades supervisionadas; fiscalização, controle e orientação às entidades supervisionadas; execução das atividades rela-cionadas a regimes especiais; realização de es-tudos atuariais e de normas técnicas no âmbito das operações realizadas pelas entidades super-visionadas; análise da autorização de produtos; implantação, administração e gerenciamento de sistemas informatizados; prestação de suporte técnico e operacional aos usuários; execução de outras atividades compatíveis com o nível de complexidade das atribuições do cargo e o exer-cício das atribuições previstas em leis e regula-mentos específicos, em especial o disposto no art. 1º da Lei nº 9.015, de 30 de março de 1995.

Art. 39. Sem prejuízo das atuais atribuições, é atribuição geral dos cargos de nível intermedi-ário do Quadro de Pessoal da Susep oferecer suporte especializado às atividades decorrentes das atribuições definidas no art. 38 desta Lei.

Art. 40. São requisitos para ingresso na classe inicial dos cargos de que tratam os incisos I e II do caput do art. 34 desta Lei:

I – aprovação em concurso público de pro-vas ou de provas e títulos;

II – diploma de conclusão de ensino supe-rior em nível de graduação, em cursos reco-nhecidos pelo Ministério da Educação e, se for o caso, habilitação legal específica, con-forme definido no edital do concurso, para os cargos de nível superior; e

III – certificado de conclusão de ensino médio ou equivalente e habilitação legal específica, se for o caso, fornecido por ins-tituição de ensino oficialmente autorizada, conforme definido no edital do concurso, para os cargos de nível intermediário.

§ 1º O concurso público referido no inciso I do caput deste artigo poderá ser organizado em uma ou mais etapas, incluindo curso de formação quando julgado pertinente, con-forme dispuser o edital de abertura do cer-tame e observada a legislação pertinente.

§ 2º O concurso público a que se refere o § 1º deste artigo poderá ser realizado por áreas de especialização referentes à área de formação do candidato, conforme dispuser o edital de abertura do certame.

Art. 41. O desenvolvimento do servidor nas Car-reiras e cargos que integram o Plano de Carrei-ras e Cargos da Susep ocorrerá mediante pro-gressão funcional e promoção.

§ 1º Para os fins do disposto no caput deste artigo, progressão é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamen-te superior dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor do últi-mo padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente superior.

§ 2º Ato do Poder Executivo regulamenta-rá os critérios de concessão de progressão funcional e promoção de que trata o caput deste artigo.

Art. 42. O desenvolvimento do servidor nas Car-reiras e cargos que integram o Plano de Carrei-ras e Cargos da Susep obedecerá às seguintes regras:

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I – interstício mínimo de 12 (doze) meses entre cada progressão;

II – habilitação em avaliação de desempe-nho individual correspondente a, no míni-mo, 70% (setenta por cento) do limite máxi-mo da pontuação das avaliações realizadas no interstício considerado para a progres-são; e

III – competência e qualificação profissio-nal.

§ 1º O interstício para fins de progressão funcional será:

I – computado em dias, descontados os afastamentos que não forem legalmente considerados de efetivo exercício; e

II – suspenso nos casos em que o servidor se afastar sem remuneração, sendo retomado o cômputo a partir do retorno à atividade.

§ 2º Enquanto não forem regulamentadas as progressões e promoções dos titulares de cargos integrantes do Plano de Carreiras e Cargos da Susep, elas serão concedidas observando-se as normas vigentes em 28 de agosto de 2008.

§ 3º Na contagem do interstício necessário à promoção e à progressão, será aproveita-do o tempo computado até 28 de agosto de 2008.

Art. 43. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes dos cargos de nível superior do Plano de Carreiras e Cargos da Susep:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 160 (cento e sessenta) horas, e qua-lificação profissional com experiência mí-nima de 5 (cinco) anos, ambas no campo específico de atuação do cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 240 (duzentas e quarenta) horas, e qualificação profissional com experiência

mínima de 8 (oito) anos, ambas no campo específico de atuação do cargo; e

III – para a Classe Especial, ser detentor de certificado de conclusão de curso de especialização ou de formação específica equivalente a, no mínimo, 360 (trezentas e sessenta) horas, e qualificação profissional com experiência mínima de 11 (onze) anos, ambos no campo específico de atuação do cargo.

Art. 44. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes dos cargos de nível interme-diário do Plano de Carreiras e Cargos da Susep:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 120 (cento e vinte) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualifica-ção profissional com experiência mínima de 5 (cinco) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 200 (duzentas) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de (oito) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo; e

III – para a Classe Especial, possuir certifica-ção em eventos de capacitação, totalizando, no mínimo, 280 (duzentas e oitenta) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 11 (onze) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo.

Art. 45. Cabe à Susep implementar programa permanente de capacitação, treinamento e de-senvolvimento, destinado a assegurar a profis-sionalização dos titulares dos cargos integrantes do seu Plano de Carreiras e Cargos.

Parágrafo único. Para fins de promoção, cada evento de capacitação poderá ser computado uma única vez.

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Art. 46. Os titulares dos cargos integrantes da Carreira a que se refere o inciso I do caput do art. 34 desta Lei passam a ser remunerados ex-clusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer grati-ficação, adicional, abono, prêmio, verba de re-presentação ou outra espécie remuneratória.

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo são os fixados no Anexo IX des-ta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 47. Estão compreendidas no subsídio e não são mais devidas aos titulares dos cargos a que se refere o inciso I do caput do art. 34 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes es-pécies remuneratórias:

I – Vencimento Básico;

II – Gratificação de Desempenho de Ativi-dade de Auditoria de Seguros Privados – GDSUSEP, de que trata o art. 13 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e

III – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no art. 46 desta Lei, os titulares dos cargos nele referidos não fazem jus à percepção das seguintes vantagens remuneratórias:

I – Retribuição Variável da Superintendência de Seguros Privados, de que trata a Lei nº 9.015, de 30 de março de 1995; e

II – Gratificação de Atividade – GAE, de que trata a Lei Delegada nº 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 48. Além das parcelas e vantagens de que trata o art. 47 desta Lei, não são devidas aos ti-tulares dos cargos a que se refere o inciso I do caput do art. 34 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes parcelas:

I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário; e

XII – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não este-jam explicitamente mencionados no art. 50 desta Lei.

Art. 49. Os servidores integrantes da Carreira de que trata o inciso I do caput do art. 34 des-ta Lei não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão admi-nistrativa, judicial ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial tran-sitada em julgado.

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Art. 50. O subsídio dos integrantes das Carreiras de que trata o inciso I do caput do art. 34 desta Lei não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, de:

I – gratificação natalina;

II – adicional de férias;

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003;

IV – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e

V – parcelas indenizatórias previstas em lei.

Art. 51. A estrutura remuneratória dos titulares dos cargos de nível intermediário a que se refe-re o inciso II do caput do art. 34 desta Lei e dos cargos de nível superior integrantes do quadro suplementar a que se refere o § 5º do art. 52 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, terá a seguinte composição:

I – Vencimento Básico; e

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-des de Suporte na Susep – GDASUSEP.

§ 1º Os padrões de vencimento básico dos cargos referidos no caput deste artigo são os constantes do Anexo X desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

§ 2º Os titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo não farão jus, a partir de 1º de julho de 2008, à percepção das se-guintes gratificações e vantagens:

I – Gratificação de Desempenho de Ativida-de de Auditoria de Seguros Privados – GD-SUSEP, de que trata o art. 13 da Medida Pro-visória nº 2.229-43, de 6 de setembro de de 2001; e

II – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Art. 51-A. A partir de 1º de janeiro de 2017, os titulares dos cargos integrantes da carreira de Agente Executivo passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratifi-cação, adicional, abono, prêmio, verba de re-presentação ou outra espécie remuneratória. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 1º Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput são os fixados no Anexo X-A desta Lei, com efeitos finan-ceiros a partir das datas nele especificadas. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Pro-dução de efeito)

§ 2º A partir de 1º de janeiro de 2017, esta-rão compreendidas no subsídio e não serão mais devidas aos titulares dos cargos da car-reira de Agente Executivo as seguintes es-pécies remuneratórias: (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

I – Vencimento Básico; (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-de Específica da Susep (GDASUSEP), de que trata o art. 55 desta Lei. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 51-B. Aplica-se o disposto nos arts. 48 a 50 em relação à percepção do subsídio pelos inte-grantes da carreira de Agente Executivo da Su-sep. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Pro-dução de efeito)

Art. 51-C. A aplicação do disposto nos arts. 51-A e 51-B aos servidores ativos, bem como aos ina-tivos e aos pensionistas referidos no § 6º do art. 35, não poderá implicar redução de remunera-ção, de provento e de pensão. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Parágrafo único. Na hipótese de redução de remuneração, de provento ou de pensão, eventual diferença será paga aos servidores integrantes da carreira de Agente Executivo, a título de parcela complementar de sub-sídio, de natureza provisória, que será gra-

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dativamente absorvida por ocasião do de-senvolvimento no cargo por progressão ou promoção, da reorganização ou da reestru-turação do cargo e da carreira, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natu-reza ou da implantação dos valores constan-tes do Anexo X-A desta Lei. (Incluído pela Le nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 52. Os servidores titulares dos cargos de ní-veis superior e intermediário do Quadro de Pes-soal da Susep serão enquadrados nos cargos do Plano de Carreiras e Cargos da Susep, de acor-do com as respectivas atribuições, os requisitos de formação profissional e a posição relativa na Tabela remuneratória, nos termos do Anexo XI desta Lei.

§ 1º É vedada a mudança do nível do cargo ocupado pelo servidor em decorrência do disposto no caput deste artigo.

§ 2º O posicionamento dos aposentados e dos pensionistas nas Tabelas remunerató-rias constantes dos Anexos IX e X desta Lei será referenciado à situação em que o servi-dor se encontrava na data da aposentadoria ou em que se originou a pensão, respeita-das as alterações relativas a posicionamen-tos decorrentes de legislação específica.

§ 3º Serão enquadrados, na Carreira de que trata o inciso I do caput do art. 34 desta Lei, os cargos que tenham titulares cuja investi-dura haja observado as pertinentes normas constitucionais e ordinárias anteriores a 5 de outubro de 1988 e, se posterior a essa data, tenha decorrido de aprovação em concurso público.

§ 4º À Susep incumbe verificar, caso a caso, a regularidade da aplicação do disposto no § 3º deste artigo, quanto aos enquadra-mentos efetivados.

§ 5º Os cargos efetivos ocupados de nível superior do Quadro de Pessoal da Susep que, em decorrência do disposto no § 3º deste artigo, não puderam ser transpostos para a Carreira de que trata o inciso I do ca-

put do art. 34 desta Lei comporão quadro suplementar em extinção.

§ 6º O quadro suplementar a que se refere o § 5º deste artigo inclui-se no Plano de Car-reiras e Cargos da Susep.

Art. 53. A aplicação das disposições desta Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos pensio-nistas não poderá implicar redução de remune-ração, de proventos e de pensões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nos arts. 46 e 51 desta Lei, eventual diferença será paga:

I – aos servidores integrantes da Carreira de que trata o inciso I do caput do art. 34 desta Lei, a título de parcela complemen-tar de subsídio, de natureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na Carrei-ra por progressão ou promoção ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos cargos e das Carreiras ou das remunerações previstas nesta Lei, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natureza, bem como da implanta-ção dos valores constantes do Anexo IX des-ta Lei; e

II – aos servidores de que trata o inciso II do caput do art. 34 desta Lei e aos integrantes do quadro suplementar a que se refere o § 5º do art. 52 desta Lei, a título de vantagem pessoal nominalmente identificada, de na-tureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo por progressão ou promoção or-dinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos cargos ou das re-munerações previstas nesta Lei, da conces-são de reajuste ou vantagem de qualquer natureza, bem como da implantação dos va-lores constantes do Anexo X desta Lei.

§ 2º A parcela complementar de subsídio e a vantagem pessoal nominalmente identifi-cada referidas nos incisos I e II do § 1º des-te artigo estarão sujeitas exclusivamente à

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atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servidores públicos fede-rais.

Art. 54. Aplica-se às aposentadorias concedidas aos servidores integrantes do Plano de Carreiras e Cargos da Susep de que trata o art. 34 desta Lei e às pensões, ressalvadas as aposentadorias e pensões reguladas pelos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, no que couber, o disposto nesta Lei em relação aos servidores que se encontram em atividade.

Art. 55. Fica instituída, a partir de 1º de julho de 2008, a Gratificação de Desempenho de Ati-vidade Específica da Susep – GDASUSEP, devida exclusivamente aos servidores de nível interme-diário do Quadro de Pessoal da Susep, de que trata o inciso II do caput do art. 34 desta Lei e aos titulares de cargos integrantes do quadro suplementar a que se refere o § 5º do art. 52 desta Lei, quando em exercício de atividades na Susep.

Art. 56. A GDASUSEP será atribuída em função do alcance de metas de desempenho individual do servidor e de desempenho institucional da Susep.

§ 1º A avaliação de desempenho individual visa a aferir o desempenho do servidor no exercício das atribuições do cargo ou fun-ção, com foco na contribuição individual para o alcance dos objetivos organizacio-nais.

§ 2º A avaliação de desempenho institucio-nal visa a aferir o desempenho coletivo no alcance dos objetivos organizacionais.

§ 3º A GDASUSEP será paga com observân-cia dos seguintes limites:

I – máximo, 100 (cem) pontos por servidor; e

II – mínimo, 30 (trinta) pontos por servidor, correspondendo cada ponto ao valor esta-belecido no Anexo XII desta Lei.

§ 4º Considerando o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, a pontuação referente à GDA-SUSEP terá a seguinte distribuição:

I – até 20 (vinte) pontos percentuais de seu limite máximo serão atribuídos em função dos resultados obtidos na avaliação de de-sempenho individual; e

II – até 80 (oitenta) pontos percentuais de seu limite máximo serão atribuídos em fun-ção dos resultados obtidos na avaliação de desempenho institucional.

§ 5º Os valores a serem pagos a título de GDASUSEP serão calculados multiplicando--se o somatório dos pontos auferidos nas avaliações de desempenho individual e ins-titucional pelo valor do ponto constante do Anexo XII desta Lei, observada a classe e o padrão em que se encontra posicionado o servidor.

§ 6º Ato do Poder Executivo disporá sobre os critérios gerais a serem observados para a realização das avaliações de desempenho individual e institucional da GDASUSEP.

§ 7º Os critérios e procedimentos específi-cos de avaliação de desempenho individual e institucional e de atribuição da GDASUSEP serão estabelecidos em ato do Presidente da Susep, observada a legislação vigente.

§ 8º As metas referentes à avaliação de de-sempenho institucional serão fixadas em ato do Ministro de Estado da Fazenda, ob-servada a legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 57. Até que seja instituído o ato a que se refere o § 6º do art. 56 desta Lei e processados os resultados da primeira avaliação individual e institucional, todos os servidores que fizerem jus à GDASUSEP deverão percebê-la em valor correspondente ao último percentual recebido a título de Gratificação de Desempenho de Ati-vidade de Auditoria de Seguros Privados – GD-SUSEP, convertido em pontos que serão multi-plicados pelo valor constante do Anexo XII desta

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Lei, conforme disposto no § 5º do art. 56 desta Lei.

§ 1º O resultado da primeira avaliação gera efeitos financeiros a partir da data de publi-cação do ato a que se refere o § 6º do art. 56 desta Lei, devendo ser compensadas even-tuais diferenças pagas a maior ou a menor.

§ 2º O disposto no caput deste artigo e no seu § 1º aplica-se aos ocupantes de cargos comissionados que fazem jus à GDASUSEP.

Art. 58. A GDASUSEP não servirá de base de cál-culo para quaisquer outros benefícios ou vanta-gens.

Art. 59. O titular de cargo efetivo de que trata o inciso II do caput do art. 34 desta Lei e o titular de cargo de nível superior integrante do quadro suplementar a que se refere o § 5º do art. 52 desta Lei, em exercício na Susep, quando inves-tido em cargo em comissão ou função de con-fiança fará jus à GDASUSEP da seguinte forma:

I – os investidos em função de confiança ou cargos em comissão do Grupo-Direção e As-sessoramento Superiores – DAS, níveis 3, 2, 1, ou equivalentes, perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada con-forme disposto no § 5º do art. 56 desta Lei; e

II – os investidos em cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Supe-riores – DAS, níveis 6, 5, 4, ou equivalen-tes, perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada com base no valor máximo da parcela individual, somado ao resultado da avaliação institucional do perí-odo.

Art. 60. O titular de cargo efetivo de que trata o inciso II do caput do art. 34 desta Lei e o titular de cargo de nível superior integrante do quadro suplementar a que se refere o § 5º do art. 52 desta Lei, quando não se encontrar em exercício na Susep, somente fará jus à GDASUSEP nas se-guintes situações:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o Ministério da Fazenda ou para entidades a ele vinculadas, situação na qual perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada com base nas re-gras aplicáveis como se estivesse em efetivo exercício na Susep;

III – cessões para o exercício de cargo de Natureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

IV – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal; e

V – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 1º Nas situações referidas nos incisos I e II do caput deste artigo, o servidor percebe-rá a GDASUSEP calculada com base nas re-gras aplicáveis como se estivesse em efetivo exercício na Susep.

§ 2º Na situação referida no inciso III do ca-put, o servidor perceberá a GDASUSEP cal-culada com base no resultado da avaliação institucional do período. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 3º Nas situações referidas nos incisos IV e V do caput, o servidor perceberá a GDA-SUSEP calculada com base no resultado da avaliação institucional da Susep no período. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

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§ 4º A avaliação institucional considera-da para o servidor alcançado pelos incisos I, II e III do caput será: (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

I – a do órgão ou entidade onde o servidor permaneceu em exercício por mais tempo; (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

II – a do órgão ou entidade onde o servidor se encontrar em exercício ao término do ci-clo, caso ele tenha permanecido o mesmo número de dias em diferentes órgãos ou en-tidades; ou (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

III – a do órgão de origem, quando requisi-tado ou cedido para órgão diverso da admi-nistração pública federal direta, autárquica ou fundacional. (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 5º A avaliação individual do servidor al-cançado pelos incisos I e II do caput será re-alizada somente pela chefia imediata quan-do a regulamentação da sistemática para avaliação de desempenho a que se refere o § 6º do art. 56 não for igual à aplicável ao órgão ou entidade de exercício do servidor. (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 61. O servidor ativo beneficiário da GDA-SUSEP que obtiver na avaliação de desempenho individual pontuação inferior a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo dessa parcela será imediatamente submetido a processo de capa-citação ou de análise da adequação funcional, conforme o caso, sob responsabilidade da Su-sep.

Parágrafo único. A análise de adequação funcional visa a identificar as causas dos re-sultados obtidos na avaliação do desempe-nho e a servir de subsídio para a adoção de medidas que possam propiciar a melhoria do desempenho do servidor.

Art. 62. Ocorrendo exoneração do cargo em comissão com manutenção do cargo efetivo, o servidor que faça jus a GDASUSEP continuará a percebê-la em valor correspondente ao da últi-

ma pontuação que lhe foi atribuída, na condição de ocupante de cargo em comissão, até que seja processada a sua primeira avaliação após a exo-neração.

Art. 63. Em caso de afastamentos e licenças considerados como de efetivo exercício, sem prejuízo da remuneração e com direito à per-cepção de gratificação de desempenho, o ser-vidor continuará percebendo a GDASUSEP em valor correspondente ao da última pontuação obtida, até que seja processada a sua primeira avaliação após o retorno.

§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de cessão.

§ 2º Até que seja processada a primeira ava-liação de desempenho individual que venha a surtir efeito financeiro, o servidor nomea-do para cargo efetivo e aquele que tenha re-tornado de licença sem vencimento, de ces-são ou de outros afastamentos sem direito à percepção da GDASUSEP, no decurso do ciclo de avaliação, receberá a gratificação no valor correspondente a oitenta pontos.(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 64. Para fins de incorporação da GDASUSEP aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão adotados os seguintes critérios:

I – para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas até 19 de fevereiro de 2004, a gratificação será correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo do respectivo nível, classe e padrão; e

II – para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas após 19 de fevereiro de 2004:

a) quando ao servidor que deu origem à aposentadoria ou à pensão se aplicar o dis-posto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitu-cional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, aplicar-se-á o per-centual constante do inciso I do caput deste artigo; e

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b) aos demais casos aplicar-se-á, para fins de cálculo das aposentadorias e pensões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

Art. 64-A. A partir de 1º de julho de 2012, para fins de incorporação da GDASUSEP aos proven-tos de aposentadoria ou às pensões, serão ado-tados os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

I – para as aposentadorias e pensões insti-tuídas até 19 de fevereiro de 2004, a GDA-SUSEP será correspondente a 50 (cinquen-ta) pontos, considerados o nível, classe e padrão do servidor;(Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

II – para as aposentadorias e pensões insti-tuídas após 19 de fevereiro de 2004: (Incluí-do pela Lei nº 12.702, de 2012)

a) quando percebidas por período igual ou superior a 60 (sessenta) meses e aos servi-dores que deram origem à aposentadoria ou à pensão se aplicar o disposto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 3º da Emenda Constitucional no 47, de 5 de julho de 2005, aplicar-se-á a média dos pontos re-cebidos nos últimos 60 (sessenta) meses; e (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

b) quando percebidas por período inferior a 60 (sessenta) meses, aos servidores de que trata a alínea a deste inciso aplicar-se-ão os pontos constantes do inciso I do caput; e (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

III – para as aposentadorias e pensões que não se enquadrem nas hipóteses previstas nos incisos I e II do caput, aplicar-se-á, para fins de cálculo das aposentadorias e pen-sões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

Art. 65. Os ocupantes dos cargos integrantes da carreira de Analista Técnico da Susep são im-pedidos de exercer outra atividade, pública ou privada, potencialmente causadora de conflito

de interesses, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Parágrafo único. Na hipótese em que o exercício de outra atividade não configure conflito de interesses, o servidor deverá ob-servar o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 66. Os integrantes da Carreira de Analista Técnico da Susep somente poderão ser cedidos ou ter exercício fora do respectivo órgão de lo-tação nas seguintes situações:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal;

IV – cessões para o exercício dos cargos de Secretário de Estado, do Distrito Federal, de prefeitura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitan-tes, de cargos em comissão de nível equi-valente ou superior ao de DAS-4 no âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios, e de dirigente máximo de entidade da admi-nistração pública desses entes federados; e

V – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de

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500.000 (quinhentos mil) habitantes. (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Seção VIIDO PLANO DE CARREIRAS E

CARGOS DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM

Art. 67. Fica estruturado o Plano de Carreiras e Cargos da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, abrangendo os titulares de cargos de pro-vimento efetivo do Quadro de Pessoal da CVM, de que trata o art. 3º da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e a Lei nº 9.015, de 30 de março de 1995, composto pelas seguintes Car-reiras e cargos:

I – de nível superior:

a) Carreira de Analista da CVM, composta pelos cargos de Analista da CVM; e

b) Carreira de Inspetor da CVM, composta pelos cargos de Inspetor da CVM;

II – de nível intermediário, cargos de Agente Executivo da CVM e de Auxiliar de Serviços Gerais do Quadro de Pessoal da CVM.

Parágrafo único. A partir de 1º de janeiro de 2017, o cargo de nível intermediário de Agente Executivo fica reorganizado na car-reira de Agente Executivo da CVM. (Reda-ção dada pela Lei nº 13.327, de 2016) (Pro-dução de efeito)

Art. 68. Os cargos de nível superior e intermedi-ário do Plano de Carreiras e Cargos da CVM são agrupados em classes e padrões, conforme es-tabelecido no Anexo XIII desta Lei.

§ 1º Os atuais cargos ocupados cujos titula-res tenham observado o disposto no § 3º do art. 87 desta Lei, bem como os cargos vagos e os demais à medida que vagarem, de Ana-lista da CVM e de Inspetor da CVM passam a integrar as Carreiras de que tratam, res-pectivamente, as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei.

§ 2º O disposto no § 1º deste artigo não representa, para qualquer efeito legal, in-clusive para efeito de aposentadoria, des-continuidade em relação ao cargo e às atri-buições desenvolvidas pelos seus titulares.

§ 3º Os cargos de Auxiliar de Serviços Ge-rais vagos em 29 de agosto de 2008 e os que vierem a vagar são transformados em car-gos de Agente Executivo.

§ 4º A partir de 1º de janeiro de 2017, os cargos ocupados de Agente Executivo do quadro de pessoal da CVM cuja investidu-ra tenha observado as pertinentes normas constitucionais e ordinárias anteriores a 5 de outubro de 1988 e, se posterior a essa data, tenha decorrido de aprovação em con-curso público, bem como os cargos vagos e os demais cargos, à medida que vagarem, passam a integrar a carreira de que trata o parágrafo único do art. 67. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 5º O enquadramento a que se refere o § 4º não representa, para qualquer efeito le-gal, inclusive para efeito de aposentadoria, descontinuidade em relação à carreira, ao cargo e às atribuições atuais desenvolvi-das por seus titulares. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 6º Os efeitos decorrentes do enquadra-mento a que se refere o § 4º aplicar-se-ão ao posicionamento dos aposentados e dos pensionistas nas tabelas remuneratórias da carreira de Agente Executivo, nos casos em que a aposentadoria ou a instituição da pensão tenha ocorrido com fundamento nos arts. 3º, 6º ou 6º-A da Emenda Consti-tucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da Emenda Constitucional no 47, de 5 de julho de 2005. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 7º O posicionamento dos aposentados e dos pensionistas a que se refere o § 6º na Tabela de Subsídios da carreira de Agente Executivo será referenciado à situação em que o servidor se encontrava na data de

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aposentadoria ou na data em que se origi-nou a pensão, respeitadas as alterações re-lativas a posicionamentos decorrentes de legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 69. As Carreiras e os cargos do Plano de Carreiras e Cargos da CVM destinam-se ao exer-cício das respectivas atribuições em diferentes níveis de complexidade e responsabilidade, bem como ao exercício de atividades de nature-za técnica, administrativa e de gestão relativas à regulação, supervisão e fiscalização dos merca-dos de valores mobiliários.

Art. 70. É de 40 (quarenta) horas semanais a carga horária de trabalho dos titulares dos car-gos integrantes do Plano de Carreiras e Cargos da CVM, ressalvadas as hipóteses amparadas em legislação específica.

Art. 71. Incumbe aos titulares dos cargos inte-grantes das Carreiras de Analista e de Inspetor da CVM:

I – Cargo de Analista da CVM: desenvolvi-mento de atividades ligadas ao controle, normatização, registro de eventos e aper-feiçoamento do mercado de valores mobi-liários, elaboração de normas de contabili-dade e de auditoria; elaboração de normas contábeis e de auditoria e acompanha-mento de auditores independentes; de-senvolvimento e auditoria de sistemas de processamento eletrônico de dados e de racionalização de métodos, procedimentos e tratamento de informações; planejamen-to e controle nas áreas de administração, recursos humanos, orçamento, finanças e auditoria; e o exercício das atribuições pre-vistas em leis e regulamentos específicos, em especial o disposto no art. 1º da Lei nº 9.015, de 30 de março de 1995; e

II – Cargo de Inspetor da CVM: fiscalização das entidades atuantes no mercado de va-lores mobiliários, apurando e identifican-do irregularidades; orientar instituições na adoção de controles e procedimentos ade-quados; coletar elementos para a avalia-

ção da situação econômico-financeira das entidades fiscalizadas; instruir inquéritos instaurados pela CVM no exercício de suas competências; e o exercício das atribuições previstas em leis e regulamentos específi-cos, em especial o disposto no art. 1º da Lei nº 9.015, de 30 de março de 1995.

Art. 72. Sem prejuízo das atuais atribuições, é atribuição geral do cargo de Agente Executivo da CVM oferecer suporte especializado às ativi-dades decorrentes das atribuições definidas no art. 71 desta Lei.

Art. 73. São requisitos para ingresso na classe inicial dos cargos de que tratam as alíneas a e b do inciso I e o inciso II do art. 67 desta Lei:

I – aprovação em concurso público de pro-vas ou de provas e títulos;

II – diploma de conclusão de ensino supe-rior em nível de graduação, em cursos reco-nhecidos pelo Ministério da Educação e, se for o caso, habilitação legal específica, con-forme definido no edital do concurso, para os cargos de nível superior; e

III – certificado de conclusão de ensino médio ou equivalente e habilitação legal específica, se for o caso, fornecido por ins-tituição de ensino oficialmente autorizada, conforme definido no edital do concurso, para os cargos de nível intermediário.

Art. 74. O concurso público referido no inciso I do caput do art. 73 desta Lei poderá ser orga-nizado em uma ou mais etapas, incluindo curso de formação, quando julgado pertinente, con-forme dispuser o edital de abertura do certame e observada a legislação pertinente.

Parágrafo único. O concurso público a que se refere o caput deste artigo poderá ser realizado por áreas de especialização refe-rentes à área de formação do candidato, conforme dispuser o edital de abertura do certame.

Art. 75. O desenvolvimento do servidor nas Carreiras e cargos que integram o Plano de Car-

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reiras e Cargos da CVM ocorrerá mediante pro-gressão funcional e promoção.

§ 1º Para os fins do disposto no caput deste artigo, progressão é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamen-te superior dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor do últi-mo padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente superior.

§ 2º Ato do Poder Executivo regulamenta-rá os critérios de concessão de progressão funcional e promoção de que trata o caput deste artigo.

Art. 76. O desenvolvimento do servidor nas Carreiras e cargos que integram o Plano de Car-reiras e Cargos da CVM obedecerá às seguintes regras:

I – interstício mínimo de 12 (doze) meses entre cada progressão;

II – habilitação em avaliação de desempe-nho individual correspondente a, no míni-mo, 70% (setenta por cento) do limite máxi-mo da pontuação das avaliações realizadas no interstício considerado para a progres-são; e

III – competência e qualificação profissio-nal.

§ 1º O interstício para fins de progressão funcional será:

I – computado em dias, descontados os afastamentos que não forem legalmente considerados de efetivo exercício; e

II – suspenso nos casos em que o servidor se afastar sem remuneração, sendo retomado o cômputo a partir do retorno à atividade.

§ 2º Enquanto não forem regulamentadas, as progressões e promoções dos titulares de cargos integrantes do Plano de Carreiras e Cargos da CVM, as progressões funcionais e promoções de que trata o art. 75 desta Lei serão concedidas observando-se as normas vigentes em 28 de agosto de 2008.

§ 3º Na contagem do interstício necessário à promoção e à progressão, será aproveita-do o tempo computado até 28 de agosto de 2008.

Art. 77. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes dos cargos de nível superior do Plano de Carreiras e Cargos da CVM:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 160 (cento e sessenta) horas, e qua-lificação profissional com experiência mí-nima de 5 (cinco) anos, ambas no campo específico de atuação do cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 240 (duzentas e quarenta) horas, e qualificação profissional com experiência mínima de 8 (oito) anos, ambas no campo específico de atuação do cargo; e

III – para a Classe Especial, ser detentor de certificado de conclusão de curso de especialização ou de formação específica equivalente a, no mínimo, 360 (trezentas e sessenta) horas, e qualificação profissional com experiência mínima de 11 (onze) anos, ambos no campo específico de atuação do cargo.

Art. 78. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes do cargo de nível intermediá-rio de Agente Executivo da CVM de que trata o inciso II do caput do art. 67 desta Lei:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 120 (cento e vinte) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualifica-ção profissional com experiência mínima de 5 (cinco) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 200 (duzentas) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 8

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(oito) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo; e

III – para a Classe Especial, possuir certifica-ção em eventos de capacitação, totalizando, no mínimo, 280 (duzentas e oitenta) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 11 (onze) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo.

Art. 79. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes dos cargos de nível interme-diário de Auxiliar de Serviços Gerais da CVM, de que trata o inciso II do caput do art. 67 desta Lei:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 40 (quarenta) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 7 (sete) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mínimo, 80 (oitenta) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 13 (treze) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo; e

III – para a Classe Especial, possuir certifica-ção em eventos de capacitação, totalizan-do, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 19 (dezenove) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo.

Art. 80. Cabe à CVM implementar programa permanente de capacitação, treinamento e de-senvolvimento, destinado a assegurar a profis-sionalização dos titulares dos cargos integrantes do seu Plano de Carreiras e Cargos.

Parágrafo único. Para fins de promoção, cada evento de capacitação poderá ser computado uma única vez.

Art. 81. Os titulares dos cargos integrantes das Carreiras a que se referem as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remu-neratória.

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo são os fixados no Anexo XIV desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 82. Estão compreendidas no subsídio e não são mais devidas aos titulares dos cargos a que se referem as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes espécies remuneratórias:

I – Vencimento Básico;

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-de de Auditoria de Valores Mobiliários, de que trata o art. 13 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e

III – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no art. 81 desta Lei, os titulares dos cargos nele referidos não fazem jus à percepção das seguintes vantagens remuneratórias:

I – Retribuição Variável da Comissão de Valores Mobiliários, de que trata a Lei nº 9.015, de 30 de março de 1995; e

II – Gratificação de Atividade – GAE, de que trata a Lei Delegada nº 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 83. Além das parcelas e vantagens de que trata o art. 82 desta Lei, não são devidas aos ti-tulares dos cargos a que se referem as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes par-celas:

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I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário; e

XII – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não este-jam explicitamente mencionados no art. 85 desta Lei.

Art. 84. Os servidores integrantes das Carreiras de que tratam as alíneas a e b do inciso I do ca-put do art. 67 desta Lei não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer va-lores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão administrativa, judicial ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.

Art. 85. O subsídio dos integrantes das Carrei-ras de que tratam as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regula-mentação específica, de:

I – gratificação natalina;

II – adicional de férias;

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003;

IV – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e

V – parcelas indenizatórias previstas em lei.

Art. 86. A estrutura remuneratória dos titulares dos cargos de nível intermediário a que se refe-re o inciso II do caput do art. 67 desta Lei e dos cargos de nível superior que integram o quadro suplementar de que trata o § 5º do art. 87 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, terá a se-guinte composição:

I – Vencimento Básico; e

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-des Específicas da CVM – GDECVM ou Gra-tificação de Desempenho de Atividades de Suporte da CVM – GDASCVM, conforme o caso.

§ 1º Os padrões de vencimento básico dos cargos referidos no caput deste artigo são os constantes do Anexo XV desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

§ 2º Os titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo, conforme o cargo ocu-pado, deixarão de fazer jus, a partir de 1º de julho de 2008, à percepção das seguintes gratificações e vantagens:

I – Gratificação de Desempenho de Ativi-dade de Auditoria de Valores Mobiliários – GDCVM, de que trata o art. 13 da Medida

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Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001;

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-de de Apoio Técnico-Administrativo da Co-missão de Valores Mobiliários – GDACVM, de que trata o art. 8º da Lei nº 11.094, de 13 de janeiro de 2005; e

III – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Art. 86-A. A partir de 1º de janeiro de 2017, os titulares dos cargos integrantes da carreira de Agente Executivo passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratifi-cação, adicional, abono, prêmio, verba de re-presentação ou outra espécie remuneratória. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 1º Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo são os fixados no Anexo XV-A desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

§ 2º A partir de 1º de janeiro de 2017, es-tarão compreendidas no subsídio e não se-rão mais devidas aos titulares dos cargos da carreira de Agente Executivo as seguintes espécies remuneratórias: (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

I – Vencimento Básico; (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-des Específicas da CVM (GDECVM), de que trata o inciso I do art. 90 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 86-B. Aplica-se o disposto nos arts. 83 a 85 em relação à percepção do subsídio pelos inte-grantes da carreira de Agente Executivo da CVM. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 86-C. A aplicação do disposto nos arts. 86-A e 86-B aos servidores ativos, bem como aos ina-tivos e aos pensionistas referidos no § 6º do art. 68, não poderá implicar redução de remunera-ção, de provento e de pensão. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Parágrafo único. Na hipótese de redução de remuneração, de provento ou de pensão, eventual diferença será paga aos servidores integrantes da carreira de Agente Executivo a título de parcela complementar de sub-sídio, de natureza provisória, que será gra-dativamente absorvida por ocasião do de-senvolvimento no cargo por progressão ou promoção, da reorganização ou da reestru-turação do cargo e da carreira, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natu-reza ou da implantação dos valores constan-tes do Anexo XV-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 87. Os servidores titulares dos cargos de ní-veis superior e intermediário do Quadro de Pes-soal da CVM serão enquadrados nos cargos do Plano de Carreiras e Cargos da CVM, de acordo com as respectivas atribuições, os requisitos de formação profissional e a posição relativa na Ta-bela, nos termos do Anexo XVI desta Lei.

§ 1º É vedada a mudança do nível do cargo ocupado pelo servidor em decorrência do disposto no caput deste artigo.

§ 2º O posicionamento dos aposentados e dos pensionistas nas Tabelas remunerató-rias, constantes dos Anexos XIV e XV desta Lei, será referenciado à situação em que o servidor se encontrava na data da aposen-tadoria ou em que se originou a pensão, respeitadas as alterações relativas a posicio-namentos decorrentes de legislação especí-fica.

§ 3º Serão enquadrados nas Carreiras de que tratam as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei, os cargos que te-nham titulares cuja investidura haja obser-vado as pertinentes normas constitucionais e ordinárias anteriores a 5 de outubro de

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1988 e, se posterior a essa data, tenha de-corrido de aprovação em concurso público.

§ 4º À CVM incumbe verificar, caso a caso, a regularidade da aplicação do disposto no § 3º deste artigo, quanto aos enquadramen-tos efetivados.

§ 5º Os cargos efetivos de nível superior do Quadro de Pessoal da CVM que não foram transpostos para as Carreiras de que tratam as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei comporão quadro suplementar em extinção.

§ 6º O quadro suplementar a que se refere o § 5º inclui-se no Plano de Carreiras e Car-gos da CVM.

Art. 88. A aplicação das disposições desta Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos pensio-nistas não poderá implicar redução de remune-ração, de proventos e de pensões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nesta Lei, eventual diferença será paga:

I – aos servidores integrantes das Carreiras de que tratam as alíneas a e b do inciso I do caput do art. 67 desta Lei, a título de par-cela complementar de subsídio, de natureza provisória, que será gradativamente absor-vida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na Carreira por progressão ou pro-moção ordinária ou extraordinária, da reor-ganização ou da reestruturação dos cargos e das Carreiras ou das remunerações previs-tas nesta Lei, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natureza, bem como da implantação dos valores constantes do Anexo XIV desta Lei; e

II – aos servidores de que tratam o inciso II do caput do art. 67 e o § 5º do art. 87 des-ta Lei, a título de vantagem pessoal nomi-nalmente identificada, de natureza provi-sória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo por progressão ou promoção ordinária ou

extraordinária, da reorganização ou da rees-truturação dos cargos ou das remunerações previstas nesta Lei, da concessão de reajus-te ou vantagem de qualquer natureza, bem como da implantação dos valores constan-tes do Anexo XV desta Lei.

§ 2º A parcela complementar de subsídio e a vantagem pessoal nominalmente identifi-cada referidas nos incisos I e II do § 1º des-te artigo estarão sujeitas exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servidores públicos fede-rais.

Art. 89. Aplica-se às aposentadorias concedidas aos servidores integrantes do Plano de Carreiras e Cargos da CVM, de que tratam o art. 67 desta Lei e o § 5º do art. 87 desta Lei e às pensões, ressalvadas as aposentadorias e pensões regu-ladas pelos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, no que couber, o disposto nesta Lei em relação aos servidores que se en-contram em atividade.

Art. 90. Ficam instituídas as seguintes gratifica-ções, a serem percebidas pelos servidores que a elas fazem jus quando em exercício de ativida-des na CVM:

I – Gratificação de Desempenho de Ativida-des Específicas da CVM – GDECVM, devida exclusivamente aos servidores de nível in-termediário titulares dos cargos de Agente Executivo de que trata o inciso II do caput do art. 67 e aos servidores de nível supe-rior de que trata o § 5º do art. 87 desta Lei, do Quadro de Pessoal da CVM, quando em exercício de atividades nas unidades da CVM; e

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-des de Suporte da CVM – GDASCVM, devida exclusivamente aos servidores de nível in-termediário titulares dos cargos de Auxiliar de Serviços Gerais de que trata o inciso II do caput do art. 67 desta Lei.

Art. 91. A GDECVM e a GDASCVM serão atribu-ídas em função do alcance de metas de desem-

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penho individual do servidor e de desempenho institucional da CVM.

§ 1º A avaliação de desempenho individual visa a aferir o desempenho do servidor no exercício das atribuições do cargo ou fun-ção, com foco na contribuição individual para o alcance dos objetivos organizacio-nais.

§ 2º A avaliação de desempenho institucio-nal visa a aferir o desempenho coletivo no alcance dos objetivos organizacionais.

§ 3º A GDECVM e a GDASCVM serão pagas com observância dos seguintes limites:

I – máximo, 100 (cem) pontos por servidor; e

II – mínimo, 30 (trinta) pontos por servidor, correspondendo cada ponto ao valor esta-belecido no Anexo XVII desta Lei.

§ 4º Considerando o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, a pontuação referente à GDE-CVM e à GDASCVM terá a seguinte distribui-ção:

I – até 20 (vinte) pontos de seu limite má-ximo serão atribuídos em função dos resul-tados obtidos na avaliação de desempenho individual; e

II – até 80 (oitenta) pontos de seu limite má-ximo serão atribuídos em função dos resul-tados obtidos na avaliação de desempenho institucional.

§ 5º Os valores a serem pagos a título de GDECVM ou GDASCVM serão calculados multiplicando-se o somatório dos pontos auferidos nas avaliações de desempenho in-dividual e institucional pelo valor do ponto constante do Anexo XVII desta Lei, observa-da a classe e o padrão em que se encontra posicionado o servidor.

§ 6º Os critérios e procedimentos gerais de avaliação de desempenho individual e ins-titucional e de atribuição da GDECVM e da GDASCVM serão estabelecidos em ato do

Poder Executivo, observada a legislação vi-gente.

§ 7º Os critérios e procedimentos específi-cos de avaliação de desempenho individual e institucional e de atribuição da GDECVM e da GDASCVM serão estabelecidos em ato do Presidente da CVM, observada a legisla-ção vigente.

§ 8º As metas referentes à avaliação de de-sempenho institucional serão fixadas em ato do Ministro de Estado da Fazenda, ob-servada a legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 92. Até que seja instituído o ato a que se re-fere o § 6º do art. 91 desta Lei e processados os resultados da primeira avaliação individual e ins-titucional, todos os servidores que fizerem jus à GDECVM ou GDASCVM deverão percebê-la em valor correspondente ao último percentual re-cebido a título de Gratificação de Desempenho de Atividade de Auditoria de Valores Mobiliá-rios – GDCVM ou Gratificação de Desempenho de Atividade de Apoio Técnico-Administrativo da Comissão de Valores Mobiliários – GDACVM, convertido em pontos que serão multiplicados pelo valor constante do Anexo XVII desta Lei, conforme disposto no § 5º do art. 91 desta Lei.

§ 1º O resultado da primeira avaliação gera efeitos financeiros a partir da data de publi-cação do ato a que se refere o § 6º do art. 91 desta Lei, devendo ser compensadas even-tuais diferenças pagas a maior ou a menor.

§ 2º O disposto no caput deste artigo e no seu § 1º aplica-se aos ocupantes de cargos comissionados que fazem jus à GDECVM ou GDASCVM.

Art. 93. A GDECVM e a GDASCVM não servirão de base de cálculo para quaisquer outros bene-fícios ou vantagens.

Art. 94. O titular de cargo efetivo de que trata o inciso II do art. 67 e o § 5º do art. 87 desta Lei, em exercício nas unidades da CVM, quando investido em cargo em comissão ou função de

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confiança fará jus à GDECVM ou GDASCVM da seguinte forma:

I – os investidos em função de confiança ou cargos em comissão do Grupo-Direção e As-sessoramento Superiores – DAS, níveis 3, 2, 1 ou equivalentes, perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada con-forme disposto no § 5º do art. 91 desta Lei; e

II – os investidos em cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superio-res – DAS, níveis 6, 5, 4 ou equivalentes, per-ceberão a respectiva gratificação de desem-penho calculada com base no valor máximo da parcela individual, somado ao resultado da avaliação institucional do período.

Art. 95. O titular de cargo efetivo de que tratam o inciso II do art. 67 e o § 5º do art. 87 desta Lei quando não se encontrar em exercício nas uni-dades da CVM somente fará jus à GDECVM ou GDASCVM nas seguintes situações:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o Ministério da Fazenda ou para entidades a ele vinculadas, situação na qual perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada com base nas re-gras aplicáveis como se estivesse em efetivo exercício na CVM;

III – cessões para o exercício de cargo de Natureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

IV – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal; e

V – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-

tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 1º Nas situações referidas nos incisos I e II do caput deste artigo, o servidor percebe-rá a GDECVM ou GDASCVM calculada com base nas regras aplicáveis como se estivesse em efetivo exercício na CVM.

§ 2º Na situação referida no inciso III do ca-put, o servidor perceberá a GDECVM ou a GDASCVM calculada com base no resultado da avaliação institucional do período. (Re-dação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 3º Nas situações referidas nos incisos IV e V do caput, o servidor perceberá a GDE-CVM ou a GDASCVM calculada com base no resultado da avaliação institucional da CVM no período. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 4º A avaliação institucional considera-da para o servidor alcançado pelos incisos I, II e III do caput será: (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

I – a do órgão ou entidade onde o servidor permaneceu em exercício por mais tempo; (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

II – a do órgão ou entidade onde o servidor se encontrar em exercício ao término do ci-clo, caso ele tenha permanecido o mesmo número de dias em diferentes órgãos ou en-tidades; ou (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

III – a do órgão de origem, quando requisi-tado ou cedido para órgão diverso da admi-nistração pública federal direta, autárquica ou fundacional. (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 5º A avaliação individual do servidor al-cançado pelos incisos I e II do caput será re-alizada somente pela chefia imediata quan-do a regulamentação da sistemática para

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avaliação de desempenho a que se refere o § 6º do art. 91 não for igual à aplicável ao órgão ou entidade de exercício do servidor. (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 96. O servidor ativo beneficiário da GDE-CVM ou GDASCVM que obtiver na avaliação de desempenho individual pontuação inferior a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo desta parcela será imediatamente submetido a processo de capacitação ou de análise da ade-quação funcional, conforme o caso, sob respon-sabilidade da CVM.

Parágrafo único. A análise de adequação funcional visa a identificar as causas dos re-sultados obtidos na avaliação do desempe-nho e servir de subsídio para a adoção de medidas que possam propiciar a melhoria do desempenho do servidor.

Art. 97. Ocorrendo exoneração do cargo em co-missão com manutenção do cargo efetivo o ser-vidor que faça jus à GDECVM ou GDASCVM con-tinuará a percebê-la em valor correspondente ao da última pontuação que lhe foi atribuída, na condição de ocupante de cargo comissionado, até que seja processada a sua primeira avalia-ção após a exoneração.

Art. 98. Em caso de afastamentos e licenças con-siderados como de efetivo exercício, sem preju-ízo da remuneração e com direito à percepção de gratificação de desempenho, o servidor con-tinuará percebendo a GDECVM ou GDASCVM em valor correspondente ao da última pontua-ção obtida, até que seja processada a sua pri-meira avaliação após o retorno.

§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de cessão.

§ 2º Até que seja processada a primeira ava-liação de desempenho individual que venha a surtir efeito financeiro, o servidor nomea-do para cargo efetivo e aquele que tenha re-tornado de licença sem vencimento, de ces-são ou de outros afastamentos sem direito à percepção da GDECVM ou GDASCVM, no decurso do ciclo de avaliação, receberá a respectiva gratificação no valor correspon-

dente a 80 (oitenta) pontos. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 99. Para fins de incorporação da GDECVM ou GDASCVM aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão adotados os seguintes cri-térios:

I – para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas até 19 de fevereiro de 2004, a gratificação será correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo do respectivo nível, classe e padrão; e

II – para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas após 19 de fevereiro de 2004:

a) quando ao servidor que deu origem à aposentadoria ou à pensão se aplicar o dis-posto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitu-cional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, aplicar-se-á o per-centual constante no inciso I do caput deste artigo; e

b) aos demais casos aplicar-se-á, para fins de cálculo das aposentadorias e pensões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

Art. 99-A. A partir de 1º de julho de 2012, para fins de incorporação da GDECVM ou GDASCVM aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão adotados os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

I – para as aposentadorias e pensões insti-tuídas até 19 de fevereiro de 2004, as gra-tificações serão correspondentes a 50 (cin-quenta) pontos, considerados o nível, classe e padrão do servidor; (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

II – para as aposentadorias e pensões insti-tuídas após 19 de fevereiro de 2004: ( (In-cluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

a) quando percebidas por período igual ou superior a 60 (sessenta) meses e aos servi-dores que deram origem à aposentadoria

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ou à pensão se aplicar o disposto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 3º da Emenda Constitucional no 47, de 5 de julho de 2005, aplicar-se-á a média dos pontos re-cebidos nos últimos 60 (sessenta) meses; e ((Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

b) quando percebidas por período inferior a 60 (sessenta) meses, aos servidores de que trata a alínea a deste inciso aplicar-se-ão os pontos constantes do inciso I do caput; e ((Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

III – para as aposentadorias e pensões que não se enquadrem nas hipóteses previs-tas nos incisos I e II do caput, aplicar-se--á, para fins de cálculo das aposentadorias e pensões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. ( (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

Art. 100. Os ocupantes dos cargos integrantes das carreiras de Analista da CVM e de Inspetor da CVM são impedidos de exercer outra ativi-dade, pública ou privada, potencialmente cau-sadora de conflito de interesses, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Parágrafo único. Na hipótese em que o exercício de outra atividade não configure conflito de interesses, o servidor deverá ob-servar o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 101. Os integrantes das Carreiras de Analis-ta da CVM e de Inspetor da CVM somente pode-rão ser cedidos ou ter exercício fora do respecti-vo órgão de lotação nas seguintes situações:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou

equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou de socieda-de de economia mista federal;

IV – cessões para o exercício dos cargos de Secretário de Estado, do Distrito Federal, de prefeitura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitan-tes, de cargos em comissão de nível equi-valente ou superior ao de DAS-4 no âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios, e de dirigente máximo de entidade da admi-nistração pública desses entes federados; e

V – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes. (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Seção VIIIDO PLANO DE CARREIRAS E CARGOS

DA FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA –

IPEA

Art. 102. Fica estruturado o Plano de Carreiras e Cargos da Fundação Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada – IPEA, composto pelas seguin-tes Carreiras e cargos:

I – Carreira de Planejamento e Pesquisa do Ipea, composta pelo cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa, de nível superior, com atribuições voltadas às atividades de gestão governamental, nos aspectos relati-vos ao planejamento, à realização de pes-quisas econômicas e sociais e à avaliação de ações governamentais para subsidiar a for-mulação de políticas públicas;

II – (VETADO)

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III – (VETADO)

IV – (VETADO)

V – demais cargos de nível superior e os car-gos de nível intermediário integrantes do Quadro de Pessoal do Ipea.

§ 1º Os cargos a que se refere o caput deste artigo são de provimento efetivo e regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

§ 2º (VETADO)

§ 3º (VETADO)

§ 4º (VETADO)

Art. 103. Os cargos de níveis superior e inter-mediário do Plano de Carreiras e Cargos do IPEA são agrupados em classes e padrões, conforme estabelecido no Anexo XX-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 1º Os atuais cargos ocupados cujos titu-lares tenham observado o disposto no § 3º do art. 120 desta Lei, bem como os cargos vagos e os demais, à medida que vagarem, de Técnico de Planejamento e Pesquisa pas-sam a integrar a carreira de que trata o inci-so I do caput do art. 102 desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 2º O disposto no § 1º deste artigo não representa, para qualquer efeito legal, in-clusive para efeito de aposentadoria, des-continuidade em relação ao cargo e às atri-buições desenvolvidas pelos seus titulares.

Art. 104. É de 40 (quarenta) horas semanais a carga horária de trabalho dos titulares dos car-gos integrantes do Plano de Carreiras e Cargos do Ipea, ressalvadas as hipóteses amparadas em legislação específica.

Art. 105. São requisitos para ingresso na classe inicial dos cargos do Plano de Carreiras e Cargos do Ipea:

I – aprovação em concurso público de pro-vas ou de provas e títulos;

II – diploma de conclusão de ensino supe-rior em nível de graduação, em cursos reco-nhecidos pelo Ministério da Educação e, se for o caso, habilitação legal específica, con-forme definido no edital do concurso, para os cargos de nível superior; e

III – certificado de conclusão de ensino mé-dio ou equivalente e habilitação legal espe-cífica, quando for o caso, fornecido por ins-tituição de ensino oficialmente autorizada, conforme definido no edital do concurso, para os cargos de nível intermediário.

Art. 106. O concurso público referido no inciso I do caput do art. 105 desta Lei poderá ser orga-nizado em uma ou mais etapas, incluindo curso de formação quando julgado pertinente, con-forme dispuser o edital de abertura do certame e observada a legislação pertinente.

Parágrafo único. O concurso público a que se refere o caput deste artigo poderá ser realizado por áreas de especialização refe-rentes à área de formação do candidato, conforme dispuser o edital de abertura do certame.

Art. 107. O desenvolvimento do servidor nas Carreiras e cargos que integram o Plano de Car-reiras e Cargos do Ipea ocorrerá mediante pro-gressão funcional e promoção.

§ 1º Para os fins do disposto no caput deste artigo, progressão é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamen-te superior dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor do últi-mo padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente superior.

§ 2º Ato do Poder Executivo regulamenta-rá os critérios de concessão de progressão funcional e promoção de que trata o caput deste artigo.

Art. 108. O desenvolvimento do servidor nas Carreiras e nos cargos que integram o Plano de Carreiras e Cargos do Ipea obedecerá às seguin-tes regras:

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I – interstício mínimo de 12 (doze) meses entre cada progressão;

II – habilitação em avaliação de desempe-nho individual correspondente a, no míni-mo, 70% (setenta por cento) do limite máxi-mo da pontuação das avaliações realizadas no interstício considerado para a progres-são; e

III – competência e qualificação profissio-nal.

§ 1º O interstício para fins de progressão funcional será:

I – computado em dias, descontados os afastamentos que não forem legalmente considerados de efetivo exercício; e

II – suspenso nos casos em que o servidor se afastar sem remuneração, sendo retomado o cômputo a partir do retorno à atividade.

§ 2º Enquanto não forem regulamentadas, as progressões e promoções dos titulares de cargos integrantes do Plano de Carreiras e Cargos do Ipea, as progressões funcionais e promoções de que trata o art. 107 desta Lei serão concedidas observando-se as nor-mas vigentes em 28 de agosto de 2008.

§ 3º Na contagem do interstício necessário à promoção e à progressão, será aproveita-do o tempo computado até 28 de agosto de 2008.

Art. 109. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes do cargo de nível superior de Técnico de Planejamento e Pesquisa referido no inciso I do caput do art. 102 desta Lei:(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 360 (trezentas e sessenta) horas, e qualificação profissional com experiência mínima de 5 (cinco) anos, ambas no campo específico de atuação do cargo;

II – para a Classe C, ter o grau de Mestre e qualificação profissional com experiência

mínima de 8 (oito) anos, ambos no campo específico de atuação do cargo ou possuir a qualificação profissional com experiência mínima de 11 (onze) anos no campo especí-fico de atuação do cargo; e

III – para a Classe Especial, ter o título de Doutor e qualificação profissional com ex-periência mínima de 11 (onze) anos, ambos no campo específico de atuação do cargo ou qualificação profissional com experiên-cia mínima de 14 (quatorze) anos no campo específico de atuação do cargo.

Art. 110. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes dos demais cargos de nível su-perior do Quadro de Pessoal do Ipea, referidos no inciso V do caput do art. 102 desta Lei:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 160 (cento e sessenta) horas, e qua-lificação profissional com experiência mí-nima de 5 (cinco) anos, ambas no campo específico de atuação do cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 240 (duzentas e quarenta) horas, e qualificação profissional com experiência mínima de 8 (oito) anos, ambas no campo específico de atuação do cargo; e

III – para a Classe Especial, ser detentor de certificado de conclusão de curso de especialização ou de formação específica equivalente a, no mínimo, 360 (trezentas e sessenta) horas, e qualificação profissional com experiência mínima de 11 (onze) anos, ambos no campo específico de atuação do cargo.

Art. 110-A. São pré-requisitos mínimos para a promoção às classes dos cargos de nível inter-mediário de Auxiliar Técnico do Quadro de Pes-soal do IPEA:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, cento e vinte horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação

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profissional com experiência mínima de cin-co anos, ambas no campo específico de atu-ação de cada cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, duzentas horas, ou diploma de con-clusão de curso superior e qualificação pro-fissional com experiência mínima de oito anos, ambas no campo específico de atua-ção de cada cargo; e

III – para a Classe Especial, possuir certifica-ção em eventos de capacitação, totalizan-do, no mínimo, duzentos e oitenta horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de onze anos, ambas no campo es-pecífico de atuação de cada cargo. (Incluído Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 111. (VETADO)

Art. 112. São pré-requisitos mínimos para pro-moção às classes dos demais cargos de nível in-termediário do Quadro de Pessoal do Ipea:

I – para a Classe B, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mí-nimo, 40 (quarenta) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 5 (cinco) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo;

II – para a Classe C, possuir certificação em eventos de capacitação, totalizando, no mínimo, 80 (oitenta) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 8 (oito) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo; e

III – para a Classe Especial, possuir certifica-ção em eventos de capacitação, totalizan-do, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas, ou diploma de conclusão de curso superior e qualificação profissional com experiência mínima de 11 (onze) anos, ambas no campo específico de atuação de cada cargo.

Art. 113. Cabe ao Ipea implementar programa permanente de capacitação, treinamento e de-senvolvimento, destinado a assegurar a profis-sionalização dos titulares dos cargos integrantes do seu Plano de Carreiras e Cargos.

Parágrafo único. Para fins de promoção, cada evento de capacitação poderá ser computado uma única vez.

Art. 114. Os titulares dos cargos integrantes da carreira de que trata o inciso I do caput do art. 102 desta Lei passam a ser remunerados exclusi-vamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representa-ção ou outra espécie remuneratória. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo são os fixados no Anexo XX des-ta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 115. Estão compreendidas no subsídio e não são mais devidas aos titulares dos cargos a que se refere o inciso I do caput do art. 102 des-ta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguin-tes espécies remuneratórias: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I – Vencimento Básico;

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-de do Ciclo de Gestão – GCG, de que trata o art. 8º da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e

III – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no art. 114 desta Lei, os titulares dos cargos nele referidos não fazem jus à percepção das seguintes vantagens remuneratórias:

I – Gratificação de Desempenho e Produtivi-dade – GDP, de que trata o art. 1º da Lei nº 9.625, de 7 de abril de 1998; e

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II – Gratificação de Atividade – GAE, de que trata a Lei Delegada nº 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 116. Além das parcelas e vantagens de que trata o art. 115 desta Lei, não são devidas aos titulares dos cargos a que se refere o inciso I do caput do art. 102 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, as seguintes parcelas: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário; e

XII – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não es-tejam explicitamente mencionados no art. 118 desta Lei.

Art. 117. Os servidores integrantes da carreira de que trata o inciso I do caput do art. 102 des-ta Lei não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão admi-nistrativa, judicial ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial tran-sitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 118. O subsídio dos integrantes da carreira de que trata o inciso I do caput do art. 102 desta Lei não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, de: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I – gratificação natalina;

II – adicional de férias;

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003;

IV – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e

V – parcelas indenizatórias previstas em lei.

Art. 119. A estrutura remuneratória dos titula-res dos cargos de níveis superior e intermediá-rio a que se refere o inciso V do caput do art. 102 desta Lei e dos cargos de nível superior inte-grantes do quadro suplementar a que se refere o § 5º do art. 120 desta Lei, a partir de 1º de julho de 2008, terá a seguinte composição:

I – Vencimento Básico; e

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-des Específicas do Ipea – GDAIPEA.

§ 1º Os padrões de vencimento básico dos cargos referidos no caput deste artigo são os constantes do Anexo XXI, com efeitos fi-nanceiros a partir das datas nele especifica-das.

§ 2º Os titulares dos cargos a que se refere o caput deste artigo não farão jus, a partir

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de 1º de julho de 2008, à percepção das se-guintes gratificações e vantagens:

I – Gratificação de Desempenho de Ativida-de do Ciclo de Gestão – GCG, de que trata o art. 8º da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e

II – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Art. 120. Os servidores titulares dos cargos de níveis superior e intermediário do Quadro de Pessoal do IPEA serão enquadrados nos cargos do Plano de Carreiras e Cargos do IPEA, de acor-do com as respectivas atribuições, com os requi-sitos de formação profissional e com a posição relativa na Tabela, nos termos do Anexo XX-B desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 1º É vedada a mudança do nível do cargo ocupado pelo servidor em decorrência do disposto no caput deste artigo.

§ 2º O posicionamento dos aposentados e dos pensionistas nas tabelas remunerató-rias constantes dos Anexos XX e XXI desta Lei será referenciado à situação em que o servidor se encontrava na data da aposen-tadoria ou em que se originou a pensão, respeitadas as alterações relativas a posicio-namentos decorrentes de legislação especí-fica.

§ 3º Serão enquadrados na carreira de que trata o inciso I do caput do art. 102 desta Lei os cargos de Técnico de Planejamento e Pesquisa que tenham titulares cuja investi-dura haja observado as pertinentes normas constitucionais e ordinárias anteriores a 5 de outubro de 1988 e, se posterior a essa data, tenha decorrido de aprovação em concurso público.(Redação dada pela Medi-da Provisória nº 479, de 2009)

§ 3º Serão enquadrados na carreira de que trata o inciso I do caput do art. 102 desta Lei os cargos de Técnico de Planejamento e Pesquisa que tenham titulares cuja investi-

dura haja observado as pertinentes normas constitucionais e ordinárias anteriores a 5 de outubro de 1988 e, se posterior a essa data, tenha decorrido de aprovação em concurso público.(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 4º Ao Ipea incumbe verificar, caso a caso, a regularidade da aplicação do disposto no § 3º deste artigo quanto aos enquadramen-tos efetivados.

§ 5º Os cargos efetivos de nível superior do Quadro de Pessoal do IPEA que não foram transpostos para a carreira de que trata o inciso I do caput do art. 102 desta Lei com-porão quadro suplementar em extinção.(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 6º O quadro suplementar a que se refere o § 5º deste artigo inclui-se no Plano de Car-reiras e Cargos do Ipea.

Art. 121. A aplicação das disposições desta Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos pensio-nistas não poderá implicar redução de remune-ração, de proventos e de pensões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nesta Lei, eventual diferença será paga:

I – aos servidores integrantes da carreira de que trata o inciso I do caput do art. 102 des-ta Lei, a título de parcela complementar de subsídio, de natureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na Carreira por progressão ou promoção ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da rees-truturação dos cargos e das Carreiras ou das remunerações previstas nesta Lei, da con-cessão de reajuste ou vantagem de qual-quer natureza, bem como da implantação dos valores constantes do Anexo XX desta Lei; e(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

II – aos servidores de que trata o inciso V do caput do art. 102 desta Lei, a título de

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vantagem pessoal nominalmente identi-ficada, de natureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo por progressão ou promoção ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos cargos ou das remunerações previstas nesta Lei, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natureza, bem como da im-plantação dos valores constantes do Anexo XXI desta Lei.

§ 2º A parcela complementar de subsídio e a vantagem pessoal nominalmente identifi-cada referidas nos incisos I e II do § 1º des-te artigo estarão sujeitas exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servidores públicos fede-rais.

Art. 122. Aplica-se às aposentadorias concedi-das aos servidores integrantes do Plano de Car-reiras e Cargos do Ipea, de que trata o art. 102 e às pensões, ressalvadas as aposentadorias e pensões reguladas pelos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, no que couber, o disposto nesta Lei em relação aos servidores integrantes do Plano de Carreiras e Cargos do Ipea que se encontram em atividade.

Art. 123. Fica instituída a Gratificação de De-sempenho de Atividades Específicas do Ipea – GDAIPEA, devida exclusivamente aos titulares de cargos de níveis superior e intermediário do Plano de Carreiras e Cargos do Ipea, de que tra-ta o inciso V do caput do art. 102 desta Lei e o § 5º do art. 120 desta Lei, quando em exercício de atividades no Ipea.

Art. 124. A GDAIPEA será atribuída em função do alcance de metas de desempenho individual do servidor e de desempenho institucional do Ipea.

§ 1º A avaliação de desempenho individual visa a aferir o desempenho do servidor no exercício das atribuições do cargo ou fun-ção, com foco na contribuição individual para o alcance dos objetivos organizacio-nais.

§ 2º A avaliação de desempenho institucio-nal visa a aferir o desempenho coletivo no alcance dos objetivos organizacionais.

§ 3º A GDAIPEA será paga com observância dos seguintes limites:

I – máximo, 100 (cem) pontos por servidor; e

II – mínimo, 30 (trinta) pontos por servidor, correspondendo cada ponto ao valor esta-belecido no Anexo XXII desta Lei.

§ 4º Considerando o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, a pontuação referente à GDAI-PEA terá a seguinte distribuição:

I – até 20 (vinte) pontos de seu limite má-ximo serão atribuídos em função dos resul-tados obtidos na avaliação de desempenho individual; e

II – até 80 (oitenta) pontos de seu limite má-ximo serão atribuídos em função dos resul-tados obtidos na avaliação de desempenho institucional.

§ 5º Os valores a serem pagos a título de GDAIPEA serão calculados multiplicando--se o somatório dos pontos auferidos nas avaliações de desempenho individual e ins-titucional pelo valor do ponto constante do Anexo XXII desta Lei, observada a classe e o padrão em que se encontra posicionado o servidor.

§ 6º Os critérios e procedimentos gerais de avaliação de desempenho individual e ins-titucional da GDAIPEA serão estabelecidos em ato do Poder Executivo, observada a le-gislação vigente.

§ 7º Os critérios e procedimentos específi-cos de avaliação de desempenho individual e institucional da GDAIPEA serão estabeleci-dos em ato do Presidente do Ipea, observa-da a legislação vigente.

§ 8º As metas referentes à avaliação de de-sempenho institucional serão fixadas em ato do Ministro de Estado do Planejamento,

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Orçamento e Gestão, observada a legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 125. Até que seja instituído o ato a que se refere o § 6º do art. 124 desta Lei e processados os resultados da primeira avaliação individual e institucional, todos os servidores que fizerem jus à GDAIPEA deverão percebê-la em valor cor-respondente ao último percentual recebido a título de Gratificação de Desempenho de Ativi-dade do Ciclo de Gestão – GCG, convertido em pontos que serão multiplicados pelo valor cons-tante do Anexo XXII desta Lei, conforme dispos-to no § 5º do art. 124 desta Lei.

§ 1º O resultado da primeira avaliação gera efeitos financeiros a partir da data de publi-cação do ato a que se refere o § 6º do art. 124 desta Lei, devendo ser compensadas eventuais diferenças pagas a maior ou a menor.

§ 2º O disposto no caput e no § 1º deste ar-tigo aplica-se aos ocupantes de cargos co-missionados que fazem jus à GDAIPEA.

Art. 126. A GDAIPEA não servirá de base de cál-culo para quaisquer outros benefícios ou vanta-gens.

Art. 127. O titular de cargo efetivo de que tra-tam o inciso V do art. 102 e o § 5º do art. 120 desta Lei, em exercício no Ipea, quando investi-do em cargo em comissão ou função de confian-ça fará jus à GDAIPEA da seguinte forma:

I – os investidos em função de confiança ou cargos em comissão do Grupo-Direção e As-sessoramento Superiores – DAS, níveis 3, 2, 1 ou equivalentes, perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada con-forme disposto no § 5º do art. 124 desta Lei; e

II – os investidos em cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Supe-riores – DAS, níveis 6, 5, 4, ou equivalen-tes, perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada com base no valor máximo da parcela individual, somado ao

resultado da avaliação institucional do perí-odo.

Art. 128. O titular de cargo efetivo de que tra-tam o inciso V do caput do art. 102 e o § 5º do art. 120 desta Lei, quando não se encontrar em exercício no Ipea, somente fará jus à GDAI-PEA nas situações definidas no art. 1º da Lei nº 9.625, de 7 de abril de 1998, e, ainda, nas se-guintes:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal; e

IV – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou su-perior ao de DAS-4 ou de dirigente máxi-mo de entidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Fede-ral, de prefeitura de capital ou de municí-pio com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes;(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 1º Na situação referida no inciso I do caput deste artigo, o servidor perceberá a GDAI-PEA calculada com base nas regras aplicá-veis como se estivesse em efetivo exercício no Ipea.

§ 2º Na situação referida no inciso II do ca-put, o servidor perceberá a GDAIPEA cal-culada com base no resultado da avaliação institucional do período. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 3º Nas situações referidas nos incisos III e IV do caput, o servidor perceberá a GDAI-

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PEA calculada com base no resultado da avaliação institucional do Ipea no período. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 4º A avaliação institucional considerada para o servidor alcançado pelos incisos I e II do caput será: (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

I – a do órgão ou entidade onde o servidor permaneceu em exercício por mais tempo; (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

II – a do órgão ou entidade onde o servidor se encontrar em exercício ao término do ci-clo, caso ele tenha permanecido o mesmo número de dias em diferentes órgãos ou en-tidades; ou (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

III – a do órgão de origem, quando requisi-tado ou cedido para órgão diverso da admi-nistração pública federal direta, autárquica ou fundacional. (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 5º A avaliação individual do servidor al-cançado pelo inciso I do caput será realiza-da somente pela chefia imediata quando a regulamentação da sistemática para avalia-ção de desempenho a que se refere o § 6º do art. 124 não for igual à aplicável ao órgão ou entidade de exercício do servidor. (Inclu-ído pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 129. O servidor ativo beneficiário da GDAI-PEA que obtiver na avaliação de desempenho individual pontuação inferior a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo desta parcela será imediatamente submetido a processo de capa-citação ou de análise da adequação funcional, conforme o caso, sob responsabilidade do Ipea.

Parágrafo único. A análise de adequação funcional visa a identificar as causas dos re-sultados obtidos na avaliação do desempe-nho e servir de subsídio para a adoção de medidas que possam propiciar a melhoria do desempenho do servidor.

Art. 130. Ocorrendo exoneração do cargo em comissão com manutenção do cargo efetivo, o servidor que faça jus à GDAIPEA continuará a percebê-la em valor correspondente ao da últi-ma pontuação atribuída, até que seja processa-da a sua primeira avaliação após a exoneração.

Art. 131. Em caso de afastamentos e licenças considerados como de efetivo exercício, sem prejuízo da remuneração e com direito à per-cepção de gratificação de desempenho, o servi-dor continuará percebendo a GDAIPEA em valor correspondente ao da última pontuação obtida, até que seja processada a sua primeira avalia-ção após o retorno.

§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de cessão.

§ 2º Até que seja processada a sua primei-ra avaliação de desempenho que venha a surtir efeito financeiro, o servidor nomeado para cargo efetivo e aquele que tenha retor-nado de licença sem vencimento ou cessão ou outros afastamentos sem direito à per-cepção da GDAIPEA no decurso do ciclo de avaliação receberá a gratificação no valor correspondente a 80 (oitenta) pontos.

Art. 132. Para fins de incorporação da GDAIPEA aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão adotados os seguintes critérios:

I – para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas até 19 de fevereiro de 2004, a gratificação será correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo do respectivo nível, classe e padrão; e

II – para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas após 19 de fevereiro de 2004:

a) quando ao servidor que deu origem à aposentadoria ou à pensão se aplicar o dis-posto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitu-cional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, aplicar-se-á o per-centual constante no inciso I do caput deste artigo; e

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b) aos demais casos aplicar-se-á, para fins de cálculo das aposentadorias e pensões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

Art. 132-A. A partir de 1º de julho de 2012, para fins de incorporação da GDAIPEA aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão adota-dos os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

I – para as aposentadorias e pensões institu-ídas até 19 de fevereiro de 2004, a GDAIPEA será correspondente a 50 (cinquenta) pon-tos, considerados o nível, classe e padrão do servidor; (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

II – para as aposentadorias e pensões insti-tuídas após 19 de fevereiro de 2004: (Incluí-do pela Lei nº 12.702, de 2012)

a) quando percebidas por período igual ou superior a 60 (sessenta) meses e aos servi-dores que deram origem à aposentadoria ou à pensão se aplicar o disposto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, aplicar-se-á a média dos pontos recebidos nos últimos 60 (sessenta) meses; e(Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

b) quando percebidas por período inferior a 60 (sessenta) meses, aos servidores de que trata a alínea a deste inciso aplicar-se-ão os pontos constantes do inciso I do caput; e(Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

III – para as aposentadorias e pensões que não se enquadrem nas hipóteses previstas nos incisos I e II do caput, aplicar-se-á, para fins de cálculo das aposentadorias e pen-sões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. (Incluído pela Lei nº 12.702, de 2012)

Art. 133. Os ocupantes dos cargos integran-tes da carreira de Planejamento e Pesquisa do IPEA são impedidos de exercer outra atividade, pública ou privada, potencialmente causadora

de conflito de interesses, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Parágrafo único. Na hipótese em que o exercício de outra atividade não configure conflito de interesses, o servidor deverá ob-servar o cumprimento da jornada do cargo, o horário de funcionamento do órgão ou da entidade e o dever de disponibilidade ao serviço público. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 134. Os integrantes da Carreira de Planeja-mento e Pesquisa do IPEA somente poderão ser cedidos ou ter exercício fora do respectivo ór-gão de lotação nas situações definidas no art. 1º da Lei nº 9.625, de 7 de abril de 1998, e, ainda, nas seguintes:(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal; e

IV – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes.(Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

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Seção IXDO CARGO DE TÉCNICO DE PLANEJAMENTO P-1501 DO

GRUPO P-1500

Art. 135. A estrutura remuneratória dos titula-res do cargo de provimento efetivo de Técnico de Planejamento P-1501 do Grupo P-1500, de que trata a Lei nº 9.625, de 7 de abril de 1998, será composta de:

I – Vencimento Básico; e

II – Gratificação de Desempenho de Ativida-de Técnica de Planejamento – GDATP.

Art. 136. A partir de 29 de agosto de 2008, os titulares dos cargos de que trata o art. 135 dei-xam de fazer jus à percepção das seguintes van-tagens:

I – Gratificação de Desempenho de Ativida-de do Ciclo de Gestão – GCG, de que trata o art. 8º da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e

II – Vantagem Pecuniária Individual – VPI, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

Art. 137. O valor do Vencimento Básico dos ti-tulares do cargo a que se refere o art. 135 des-ta Lei é o estabelecido no Anexo XXIII desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 138. Fica instituída a Gratificação de De-sempenho de Atividade Técnica de Planejamen-to – GDATP, devida aos servidores titulares dos cargos de provimento efetivo de que trata o art. 135, quando em exercício de atividades ineren-tes às atribuições do respectivo cargo no órgão ou entidade de lotação.(Redação dada pela Lei nº 12.702, de 2012)

Art. 139. A GDATP será atribuída em função do alcance das metas de desempenho individual e do alcance das metas de desempenho institu-cional do órgão de lotação do servidor.

§ 1º A avaliação de desempenho individual visa a aferir o desempenho do servidor no exercício das atribuições do cargo ou fun-ção, para o alcance das metas de desempe-nho institucional.

§ 2º A avaliação de desempenho institucio-nal visa a aferir o alcance das metas orga-nizacionais, podendo considerar projetos e atividades prioritárias e condições especiais de trabalho, além de outras características específicas.

Art. 140. A GDATP será paga observado o limi-te máximo de 100 (cem) pontos e o mínimo de 30 (trinta) pontos por servidor, correspondendo cada ponto ao valor estabelecido no Anexo XXIV desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

Art. 141. A pontuação referente à GDATP será assim distribuída:

I – até 20 (vinte) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na avaliação de desempenho individual; e

II – até 80 (oitenta) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na avalia-ção de desempenho institucional.

Art. 142. Os critérios e procedimentos gerais de avaliação individual e institucional e de conces-são da GDATP serão estabelecidos em ato do Poder Executivo.

§ 1º Os critérios e procedimentos específi-cos de avaliação individual e institucional serão estabelecidos em ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Ges-tão.

§ 2º As metas referentes à avaliação de de-sempenho institucional serão fixadas em ato do titular do órgão de lotação ou do ór-gão ao qual se vincula a entidade de lota-ção do servidor ocupante do cargo a que se refere o art. 135. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 143. Os valores a serem pagos a título de GDATP serão calculados multiplicando-se o so-

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matório dos pontos auferidos nas avaliações de desempenho individual e institucional pelo va-lor do ponto constante do Anexo XXIV desta Lei, observada a classe e o padrão em que se encon-tra posicionado o servidor.

Art. 144. Até que sejam publicados os atos a que se refere o art. 142 desta Lei e processados os resultados da primeira avaliação individu-al e institucional, todos os servidores que fize-rem jus à GDATP deverão percebê-la em valor correspondente ao último percentual recebido a título de GCG, convertido em pontos que se-rão multiplicados pelo valor constante do Anexo XXIV desta Lei, conforme disposto no art. 143 desta Lei.

§ 1º O resultado da primeira avaliação gera efeitos financeiros a partir da data de publi-cação do ato a que se refere o art. 142 desta Lei, devendo ser compensadas eventuais di-ferenças pagas a maior ou a menor.

§ 2º O disposto no caput deste artigo apli-ca-se aos ocupantes de cargos comissiona-dos e funções de confiança que fazem jus à GDATP.

Art. 145. Em caso de afastamentos e licenças considerados como de efetivo exercício, sem prejuízo da remuneração e com direito à per-cepção de gratificação de desempenho, o ser-vidor continuará percebendo a GDATP corres-pondente ao último percentual obtido, até que seja processada a sua primeira avaliação após o retorno.

§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de cessão.

§ 2º Até que seja processada a primeira ava-liação de desempenho que venha a surtir efeito financeiro, o servidor recém nome-ado para cargo efetivo e aquele que tenha retornado de licença sem vencimento, de cessão ou de outros afastamentos sem di-reito à percepção da GDATP, no decurso do ciclo de avaliação receberá a gratificação no valor correspondente a oitenta pontos.(Re-dação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

Art. 146. O titular de cargo efetivo de que trata o art. 135 desta Lei, em exercício no órgão ou entidade de lotação, quando investido em cargo em comissão ou função de confiança fará jus à GDATP da seguinte forma:

I – os investidos em função de confiança ou cargos em comissão do Grupo-Direção e As-sessoramento Superiores – DAS, níveis 3, 2, 1 ou equivalentes, perceberão a respectiva gratificação de desempenho calculada con-forme disposto no art. 143 desta Lei; e

II – os investidos em cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superio-res – DAS, níveis 6, 5, 4 ou equivalentes, per-ceberão a respectiva gratificação de desem-penho calculada com base no valor máximo da parcela individual, somado ao resultado da avaliação institucional do período.

Art. 147. O titular de cargo efetivo de que tra-ta o art. 135 desta Lei quando não se encontrar em exercício no órgão ou entidade de lotação, no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ou nos órgãos e nas unidades dos Siste-mas de Planejamento e Orçamento, de Adminis-tração Financeira Federal, de Contabilidade Fe-deral e de Controle Interno do Poder Executivo Federal somente fará jus à GDATP nas seguintes situações:

I – requisições previstas em lei para órgãos e entidades da União;

II – cessões para o exercício de cargo de Na-tureza Especial ou cargos em comissão de nível igual ou superior a DAS-4 do Grupo--Direção e Assessoramento Superiores, ou equivalentes, em outros órgãos da União, em autarquias ou em fundações públicas federais;

III – exercício de cargo de diretor ou de pre-sidente de empresa pública ou sociedade de economia mista federal; e

IV – exercício dos cargos de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, de cargos em comissão de nível equivalente ou superior ao de DAS-4 ou de dirigente máximo de en-

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tidade da administração pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, de prefei-tura de capital ou de município com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 1º Na situação referida no inciso I do ca-put deste artigo, o servidor perceberá a GDATP calculada com base nas regras apli-cáveis como se estivesse em efetivo exercí-cio no órgão de lotação.

§ 2º Na situação referida no inciso II do ca-put, o servidor perceberá a GDATP calcula-da com base no resultado da avaliação insti-tucional do período. (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 3º Nas situações referidas nos incisos III e IV do caput, o servidor perceberá a GDATP calculada com base no resultado da avalia-ção institucional do órgão ou entidade de lotação no período. (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 4º A avaliação institucional considerada para o servidor alcançado pelos incisos I e II do caput será: (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

I – a do órgão ou entidade onde o servidor permaneceu em exercício por mais tempo; (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

II – a do órgão ou entidade onde o servidor se encontrar em exercício ao término do ci-clo, caso ele tenha permanecido o mesmo número de dias em diferentes órgãos ou en-tidades; ou (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

III – a do órgão de origem, quando requisi-tado ou cedido para órgão diverso da admi-nistração pública federal direta, autárquica ou fundacional. (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)

§ 5º A avaliação individual do servidor al-cançado pelo inciso I do caput será realiza-da somente pela chefia imediata quando a regulamentação da sistemática para avalia-

ção de desempenho a que se refere o caput do art. 142 não for igual à aplicável ao órgão ou entidade de exercício do servidor. (Inclu-ído pela Lei nº 13.328, de 2016)

Art. 148. Ocorrendo exoneração do cargo em comissão com manutenção do cargo efetivo, o servidor que faça jus à GDATP continuará a per-cebê-la em valor correspondente ao da última pontuação que lhe foi atribuída, na condição de ocupante de cargo em comissão, até que seja processada a sua primeira avaliação após a exo-neração.

Art. 149. O servidor ativo beneficiário da GDATP que obtiver pontuação inferior a 50% (cinqüen-ta por cento) da pontuação destinada à avalia-ção de desempenho individual será imediata-mente submetido a processo de capacitação ou de análise da adequação funcional, conforme o caso, sob responsabilidade do órgão ou entida-de de lotação.

Parágrafo único. A análise de adequação funcional visa a identificar as causas dos re-sultados obtidos na avaliação do desempe-nho e servir de subsídio para a adoção de medidas que possam propiciar a melhoria do desempenho do servidor.

Art. 150. A GDATP não poderá ser paga cumu-lativamente com qualquer outra gratificação de desempenho de atividade ou de produtividade, independentemente da sua denominação ou base de cálculo.

Art. 151. A aplicação das disposições relativas à estrutura remuneratória dos titulares dos car-gos de que trata o art. 135 desta Lei aos servi-dores ativos, aos inativos e aos pensionistas não poderá implicar redução de remuneração, de proventos e de pensões.

§ 1º Na hipótese de redução de remunera-ção, de provento ou de pensão, em decor-rência da aplicação do disposto nesta Seção, eventual diferença será paga aos servidores de que trata o art. 135 desta Lei, a título de Vantagem Pessoal Nominalmente Identi-ficada – VPNI, de natureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião

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do desenvolvimento no cargo por progres-são ou promoção ordinária ou extraordiná-ria, da reorganização ou da reestruturação dos cargos ou das remunerações previstas nesta Lei, da concessão de reajuste ou van-tagem de qualquer natureza, bem como da implantação dos valores constantes dos Anexos XXIII e XXIV desta Lei.

§ 2º A VPNI de que trata o § 1º deste artigo estará sujeita exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remunera-ção dos servidores públicos federais.

Art. 152. Para fins de incorporação da GDATP aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão adotados os seguintes critérios:

I – para as aposentadorias e pensões insti-tuídas até 19 de fevereiro de 2004, a GDATP será, a partir de 1º de julho de 2008, corres-pondente a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo do respectivo nível; e

II – para as aposentadorias e pensões insti-tuídas após 19 de fevereiro de 2004:

a) quando aos servidores que lhes deram origem se aplicar o disposto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e o art. 3º da Emen-da Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, aplicar-se-á o percentual constante do inciso I do caput deste artigo; e

b) aos demais aplicar-se-á, para fins de cál-culo das aposentadorias e pensões, o dis-posto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

Seção XDA CARREIRA POLICIAL CIVIL DOS EXTINTOS TERRITÓRIOS FEDERAIS DO ACRE, AMAPÁ, RONDÔNIA E

RORAIMA

Art. 153. O Anexo VI da Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, passa a vigorar na forma do Anexo XXV desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas.

CAPÍTULO IIDO SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO

NA CARREIRA – SIDEC

Art. 154. O desenvolvimento na Carreira dos ti-tulares dos cargos que integram as Carreiras a seguir se dará por progressão e promoção, em virtude do mérito de seus integrantes e do de-sempenho no exercício das respectivas atribui-ções:

III – Analista do Banco Central do Brasil e Técnico do Banco Central do Brasil, da Car-reira de Especialista do Banco Central do Brasil;

IV – Auditor Federal de Finanças e Controle e Técnico Federal de Finanças e Controle, da carreira de Finanças e Controle; (Redação dada pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produ-ção de efeito)

V – Analista de Planejamento e Orçamento e Técnico de Planejamento e Orçamento, da Carreira de Planejamento e Orçamento;

VI – Analista de Comércio Exterior da Car-reira de Analista de Comércio Exterior;

VII – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental da Carreira de Espe-cialista em Políticas Públicas e Gestão Go-vernamental;

VIII – Analista Técnico e Agente Executivo da Susep, das carreiras de Analista Técnico da Susep e de Agente Executivo da Susep, respectivamente; (Redação dada pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

IX – Analista da CVM e Agente Executivo, das carreiras de Analista da CVM e de Agen-te Executivo da CVM, respectivamente; (Redação dada pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

X – Inspetor da CVM da Carreira de Inspetor da CVM;

XI – Técnico de Planejamento e Pesquisa, da Carreira de Planejamento e Pesquisa;

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XII – (VETADO)

XIII – (VETADO)

XIV – (VETADO)

XV – Fiscal Federal Agropecuário da Carrei-ra de Fiscal Federal Agropecuário. (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)

XVI – Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações, integrante da carreira de Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos de Telecomunicações; (In-cluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produ-ção de efeito)

XVII – Especialista em Regulação da Ati-vidade Cinematográfica e Audiovisual, in-tegrante da carreira de Regulação e Fis-calização da Atividade Cinematográfica e Audiovisual;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XVIII – Especialista em Regulação de Servi-ços Públicos de Energia, integrante da car-reira de Regulação e Fiscalização de Recur-sos Energéticos;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XIX – Especialista em Geologia e Geofísica do Petróleo e Gás Natural, integrante da carreira de Especialista em Geologia e Ge-ofísica do Petróleo e Gás Natural;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XX – Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Na-tural, integrante da carreira de Regulação e Fiscalização de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXI – Especialista em Regulação de Saú-de Suplementar, integrante da carrei-ra de Regulação e Fiscalização de Saúde Suplementar;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXII – Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários, integrante da

carreira de Regulação e Fiscalização de Ser-viços de Transportes Aquaviários;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXIII – Especialista em Regulação de Servi-ços de Transportes Terrestres, integrante da carreira de Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes Terrestres;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXIV – Especialista em Regulação e Vigilân-cia Sanitária, integrante da carreira de Re-gulação e Fiscalização de Locais, Produtos e Serviços sob Vigilância Sanitária;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXV – Especialista em Regulação de Aviação Civil, integrante da carreira de Regulação e Fiscalização de Aviação Civil;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXVI – Especialista em Recursos Hídricos, integrante da carreira de Especialista em Re-cursos Hídricos;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXVII – Especialista em Geoprocessamen-to, integrante da carreira de Especialista em Geoprocessamento;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXVIII – Analista Administrativo, integrante das carreiras de Analista Administrativo das autarquias referidas no Anexo I da Lei nº 10.871, 20 de maio de 2004;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXIX – Analista Administrativo, integrante da carreira de Analista Administrativo de que trata a Lei nº 10.768, 19 de novembro de 2003;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXX – Técnico em Regulação de Servi-ços Públicos de Telecomunicações, inte-grante da carreira de Suporte à Regula-ção e Fiscalização de Serviços Públicos de

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Telecomunicações;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXI – Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, integrante da carreira de Suporte à Regulação e Fis-calização da Atividade Cinematográfica e Audiovisual;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXII – Técnico em Regulação de Petró-leo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural, integrante da carreira de Supor-te à Regulação e Fiscalização de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXIII – Técnico em Regulação de Saúde Suplementar, integrante da carreira de Su-porte à Regulação e Fiscalização de Saúde Suplementar;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXIV – Técnico em Regulação de Servi-ços de Transportes Aquaviários, integran-te da carreira de Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes Aquaviários;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXV – Técnico em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres, integrante da carrei-ra de Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes Terrestres;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXVI – Técnico em Regulação e Vigilân-cia Sanitária, integrante da carreira de Suporte à Regulação e Fiscalização de Lo-cais, Produtos e Serviços sob Vigilância Sanitária;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXVII – Técnico em Regulação de Avia-ção Civil, integrante da carreira de Supor-te à Regulação e Fiscalização de Aviação Civil;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXVIII – Técnico Administrativo, integran-te das carreiras de Técnico Administrativo das autarquias referidas no Anexo I da Lei nº 10.871, de 20 de maio de 2004;(Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XXXIX – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

XL – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

§ 1º Para os fins do disposto neste Capítulo, progressão é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamente su-perior dentro de uma mesma classe, e pro-moção, a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro pa-drão da classe imediatamente superior.

§ 2º A participação, com aproveitamento, em programas e cursos de aperfeiçoamento ministrados por escola de governo consti-tuirá requisito obrigatório para a promoção nas carreiras de que tratam os incisos I a XL do caput. (Redação dada pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 155. Para fins de progressão, serão conside-rados os resultados da avaliação de desempe-nho individual do servidor.

§ 1º Ato do Poder Executivo determinará o percentual obtido na avaliação de desem-penho individual:

I – a partir do qual o servidor poderá pro-gredir com 12 (doze) meses de efetivo exer-cício no padrão em que se encontrar; e

II – abaixo do qual o interstício mínimo para progressão será de pelo menos 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exercício no pa-drão em que se encontrar.

§ 2º A obtenção de percentual situado en-tre os limites referidos nos incisos I e II do § 1º deste artigo fará com que o servidor pos-sa progredir, desde que cumprido o interstí-cio mínimo de 18 (dezoito) meses de efetivo exercício no padrão em que se encontrar.

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Art. 156. Para fins de promoção, será estrutura-do o Sistema de Desenvolvimento na Carreira – SIDEC, baseado no acúmulo de pontos a serem atribuídos ao servidor em virtude dos seguintes fatores:

I – resultados obtidos em avaliação de de-sempenho individual;

II – freqüência e aproveitamento em ativi-dades de capacitação;

III – titulação;

IV – ocupação de funções de confiança, car-gos em comissão ou designação para coor-denação de equipe ou unidade;

V – tempo de efetivo exercício no cargo;

VI – produção técnica ou acadêmica na área específica de exercício do servidor;

VII – exercício em unidades de lotação prio-ritárias; e

VIII – participação regular como instrutor em cursos técnicos ofertados no plano anu-al de capacitação do órgão.

§ 1º Além dos fatores enumerados nos in-cisos I a VIII do caput deste artigo, outros fatores poderão ser estabelecidos, na forma do regulamento, considerando projetos e atividades prioritárias, condições especiais de trabalho e características específicas das Carreiras ou cargos.

§ 2º Ato do Poder Executivo definirá o peso de cada um dos fatores, os critérios de sua aplicação e a forma de cálculo do resultado final.

Art. 157. O quantitativo de cargos por classe das Carreiras de que trata o art. 154 desta Lei, ob-servado o total de cada cargo da Carreira, obe-decerá aos seguintes limites:

I – para as carreiras de que tratam os incisos I, II e XVI a XL do caput do art. 154: (Redação dada pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produ-ção de efeito)

a) 45% (quarenta e cinco por cento) do total de cada cargo da Carreira na classe A;

b) até 35% (trinta e cinco por cento) do total de cada cargo da Carreira na classe B; e

c) até 20% (vinte por cento) do total de cada cargo da Carreira na classe Especial; e

II – para as Carreiras de que tratam os inci-sos III a XV do caput do art. 154:(Redação dada pela Lei nº 12.775, de 2012)

a) 30% (trinta por cento) do total de cada cargo da Carreira na classe A;

b) até 27% (vinte e sete por cento) do total de cada cargo da Carreira na classe B;

c) até 23% (vinte e três por cento) do total de cada cargo da Carreira na classe C; e

d) até 20% (vinte por cento) do total de cada cargo da Carreira na classe Especial.

§ 1º Para fins do cálculo do total de vagas disponíveis por classe para promoção, o quantitativo de cargos cujos titulares este-jam posicionados na classe há mais de 10 (dez) anos será somado às vagas existentes, observado o limite de cada classe conforme estabelecido nas alíneas a, b e c do inciso I e a, b, c e d do inciso II do caput deste artigo.

§ 2º O titular de cargo integrante das Car-reiras de que trata o art. 154 desta Lei que permanecer por mais de 15 (quinze) anos posicionado em uma mesma classe, desde que tenha obtido, durante pelo menos 2/3 (dois terços) do período de permanência na classe, percentual na avaliação de desem-penho individual suficiente para progressão com 12 (doze) meses de efetivo exercício, será automaticamente promovido à classe subseqüente.

§ 3º O disposto no § 2º deste artigo não se aplica à promoção para a classe Especial.

§ 4º Os limites estabelecidos nas alíneas a e c do inciso I do caput e a e d do inciso II do caput poderão ser aumentados para 60% (sessenta por cento) e 25% (vinte e cin-

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co por cento), respectivamente: (Redação dada pela Lei nº 12.775, de 2012)

I – até 31 de agosto de 2013, no caso dos cargos referidos nos incisos I a XIV do caput do art. 154, visando a permitir maior aloca-ção de vagas nas classes iniciais e o ajuste gradual do quadro de distribuição de car-gos por classe existente em 28 de agosto de 2008; e (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)

II – até 31 de agosto de 2016, no caso dos cargos referidos no inciso XV do caput do art. 154, visando a permitir maior alocação de vagas nas classes iniciais e o ajuste gra-dual do quadro de distribuição de cargos por classe existente em 30 de agosto de 2012. (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)

III – até 31 de agosto de 2020, no caso dos cargos referidos nos incisos XVI a XXXVIII do art. 154 desta Lei, visando a permitir maior alocação de vagas nas classes iniciais e ajus-te gradual do quadro de distribuição de car-gos por classe existente em 31 de dezembro de 2015. (Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

§ 5º Os limites estabelecidos nas alíneas “a” e “d” do inciso II do caput poderão ser aumentados, até 31 de agosto de 2020, para 60% (sessenta por cento) e para 25% (vinte e cinco por cento), respectivamente, no caso dos cargos de Agente Executivo da CVM e de Agente Executivo da Susep, visan-do a permitir maior alocação de vagas nas classes iniciais e o ajuste gradual do quadro de distribuição de cargos por classe existen-te em 31 de dezembro de 2015. (Incluído pela Lei nº 13.327, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 158. Enquanto não forem publicados os atos a que se referem o § 1º do art. 155 e o § 2º do art. 156 desta Lei, as progressões e as pro-moções dos ocupantes dos cargos que integram as carreiras referidas no art. 154 desta Lei serão concedidas observando-se as normas vigentes:

(Redação dada pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

I – em 28 de agosto de 2008, para os cargos referidos nos incisos I a XI do caput do art. 154; e (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)

II – em 30 de agosto de 2012, para o cargo referido no inciso XV do caput do art. 154. (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)

III – em 31 de dezembro de 2015, para os cargos referidos nos incisos XVI a XL do ca-put do art. 154. (Incluído pela Lei nº 13.326, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 159. O índice de pontuação do servidor no SIDEC poderá ser usado como critério de prefe-rência em:

I – concurso de remoção;

II – custeio e liberação para curso de longa duração;

III – seleção pública para função de confian-ça; e

IV – premiação por desempenho destacado.

Parágrafo único. Ato do Poder Executivo de-finirá em que casos será utilizado o índice de pontos do SIDEC e a forma de sua apli-cação.

CAPÍTULO IIIDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 160. Não são cumulativos os valores even-tualmente percebidos pelos servidores ativos ou aposentados ou pelos pensionistas abrangi-dos por esta Lei com base na legislação vigente em 28 de agosto de 2008 com os valores decor-rentes da aplicação desta Lei aos vencimentos ou subsídio ou proventos de aposentadoria ou pensão.

§ 1º Observado o disposto no caput deste artigo, os valores eventualmente percebi-dos pelo servidor ou pensionista a título de

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vencimentos, subsídio ou proventos da apo-sentadoria ou pensões, de 1º de julho de 2008 até 28 de agosto de 2008 deverão ser deduzidos dos valores devidos a partir de 1º de julho de 2008, conforme a Carreira ou plano de Carreiras e cargos a que pertença o servidor ou o instituidor da pensão.

§ 2º Para fins do disposto neste artigo, os vencimentos compreendem a soma do ven-cimento básico com as vantagens perma-nentes relativas ao cargo, conforme dispos-to na Lei nº 8.852, de 4 de fevereiro de 1994 e, ainda, as seguintes parcelas:

I – vantagens pessoais e Vantagens Pesso-ais Nominalmente Identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

V – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

VI – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 192 e 193 da Lei nº 8.112, de 11 dezembro de 1990;

VII – abonos;

VIII – valores pagos a título de representa-ção;

IX – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

X – adicional noturno;

XI – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário;

XII – outras gratificações adicionais, ou par-celas remuneratórias complementares de qualquer origem ou natureza; e

XIII – valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão administrativa, judicial ou extensão administrativa de deci-são judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.

Art. 161. As limitações a cessões veiculadas nes-ta Lei não implicam revogação de normas espe-cíficas no que elas forem mais restritivas.

Art. 162. Os servidores que em 28 de agosto de 2008 se encontravam cedidos, em conformi-dade com a legislação então vigente, poderão permanecer nessa condição até o final do pra-zo estipulado no ato de cessão e, ainda, terem a cessão renovada 1 (uma) vez pelo prazo de até 1 (um) ano.

Parágrafo único. No caso de o ato de cessão não prever prazo, será considerado como data final 31 de agosto de 2009.

Art. 163. As limitações ao exercício de outras atividades pelos servidores, constantes desta Lei, não implicam afastamento de restrições constantes de outras normas.

Art. 164. São criados, para provimento gradual, no Quadro de Pessoal:

I – do Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão, 200 (duzentos) cargos de Analista de Planejamento e Orçamento da Carreira de Planejamento e Orçamento, de que trata a Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e

II – da Defensoria Pública da União:

a) 7 (sete) cargos de Defensor Público de Categoria Especial;

b) 20 (vinte) cargos de Defensor Público de Primeira Categoria; e

c) 173 (cento e setenta e três) cargos de De-fensor Público de Segunda Categoria.

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Art. 165. O total de cargos de Defensor Público da Carreira de Defensor Público, a partir da data de publicação da Medida Provisória no 440, de 29 de agosto de 2008, passa a ser de 481 (qua-trocentos e oitenta e um) cargos, assim distribu-ídos:

I – 41 (quarenta e um) cargos de Defensor Público de Categoria Especial;

II – 76 (setenta e seis) cargos de Defensor Público de Primeira Categoria; e

III – 364 (trezentos e sessenta e quatro) car-gos de Defensor Público de Segunda Cate-goria.

Art. 166. Ficam criados na Carreira Policial Fe-deral de que tratam o art. 1º do Decreto-Lei nº 2.251, de 26 de fevereiro de 1985, e a Lei nº 9.266, de 15 de março de 1996:

I – 500 (quinhentos) cargos de Delegado de Polícia Federal;

II – 300 (trezentos) cargos de Perito Crimi-nal Federal;

III – 750 (setecentos e cinqüenta) cargos de Agente de Polícia Federal;

IV – 400 (quatrocentos) cargos de Escrivão de Polícia Federal; e

V – 50 (cinqüenta) cargos de Papiloscopista de Polícia Federal.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 167. (VETADO)

Art. 168. (VETADO)

Art. 169. Ficam revogados:

I – os arts. 9º, 10 e 11-A da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998;

II – os arts. 8º, 8º-A, 9º, 10, 13, 13-A, 15 e 16 e os Anexos VII, VII-A, VIII e VIII-A da Me-dida Provisória no 2.229-43, de 6 de setem-bro de 2001;

III – os arts. 7º, 8º, 15 e 21 e os Anexos IV-A, V e VI da Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002;

IV – os arts. 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10, 11, 12, 13, 14, 14-A, 15 e 16 e o Anexo II da Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004;

V – os arts. 7º a 15 e o Anexo IV da Lei nº 11.094, de 13 de janeiro de 2005;

VI – o art. 2º da Lei nº 11.344, de 8 de se-tembro de 2006; e

VII – o art. 20 da Lei nº 11.356, de 19 de ou-tubro de 2006.

Art. 170. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de dezembro de 2008; 187º da Inde-pendência e 120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAPaulo Bernardo Silva

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LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013

Mensagem de veto

Conversão da Medida Provisória nº 595

Regulamenta

Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários; altera as Leis nos 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e 8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis nos 8.630, de 25 de feve-reiro de 1993, e 11.610, de 12 de dezembro de 2007, e dispositivos das Leis nos 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de 2007; e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

CAPÍTULO IDEFINIÇÕES E OBJETIVOS

Art. 1º Esta Lei regula a exploração pela União, direta ou indiretamente, dos portos e instalações portuárias e as atividades de-sempenhadas pelos operadores portuários.

§ 1º A exploração indireta do porto organi-zado e das instalações portuárias nele loca-lizadas ocorrerá mediante concessão e ar-rendamento de bem público.

§ 2º A exploração indireta das instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado ocorrerá mediante autorização, nos termos desta Lei.

§ 3º As concessões, os arrendamentos e as autorizações de que trata esta Lei serão ou-torgados a pessoa jurídica que demonstre

capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I – porto organizado: bem público constru-ído e aparelhado para atender a necessi-dades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e arma-zenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade portuária;

II – área do porto organizado: área delimi-tada por ato do Poder Executivo que com-preende as instalações portuárias e a infra-estrutura de proteção e de acesso ao porto organizado;

III – instalação portuária: instalação loca-lizada dentro ou fora da área do porto or-ganizado e utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou armaze-nagem de mercadorias, destinadas ou pro-venientes de transporte aquaviário;

IV – terminal de uso privado: instalação por-tuária explorada mediante autorização e lo-calizada fora da área do porto organizado;

V – estação de transbordo de cargas: ins-talação portuária explorada mediante au-torização, localizada fora da área do porto organizado e utilizada exclusivamente para operação de transbordo de mercadorias em embarcações de navegação interior ou ca-botagem;

VI – instalação portuária pública de peque-no porte: instalação portuária explorada mediante autorização, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimen-tação de passageiros ou mercadorias em embarcações de navegação interior;

VII – instalação portuária de turismo: ins-talação portuária explorada mediante ar-

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rendamento ou autorização e utilizada em embarque, desembarque e trânsito de pas-sageiros, tripulantes e bagagens, e de insu-mos para o provimento e abastecimento de embarcações de turismo;

VIII – (VETADO):

a) (VETADO);

b) (VETADO); e

c) (VETADO);

IX – concessão: cessão onerosa do porto organizado, com vistas à administração e à exploração de sua infraestrutura por prazo determinado;

X – delegação: transferência, mediante con-vênio, da administração e da exploração do porto organizado para Municípios ou Esta-dos, ou a consórcio público, nos termos da Lei nº 9.277, de 10 de maio de 1996;

XI – arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públicas localizadas dentro do porto organizado, para exploração por prazo determinado;

XII – autorização: outorga de direito à ex-ploração de instalação portuária localizada fora da área do porto organizado e formali-zada mediante contrato de adesão; e

XIII – operador portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as atividades de movimentação de passageiros ou movi-mentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto organi-zado.

Art. 3º A exploração dos portos organizados e instalações portuárias, com o objetivo de au-mentar a competitividade e o desenvolvimento do País, deve seguir as seguintes diretrizes:

I – expansão, modernização e otimização da infraestrutura e da superestrutura que in-tegram os portos organizados e instalações portuárias;

II – garantia da modicidade e da publicidade das tarifas e preços praticados no setor, da qualidade da atividade prestada e da efeti-vidade dos direitos dos usuários;

III – estímulo à modernização e ao aprimo-ramento da gestão dos portos organizados e instalações portuárias, à valorização e à qualificação da mão de obra portuária e à eficiência das atividades prestadas;

IV – promoção da segurança da navegação na entrada e na saída das embarcações dos portos; e

V – estímulo à concorrência, incentivando a participação do setor privado e asseguran-do o amplo acesso aos portos organizados, instalações e atividades portuárias.

CAPÍTULO IIDA EXPLORAÇÃO DOS PORTOS E

INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

Seção IDA CONCESSÃO DE PORTO

ORGANIZADO E DO ARRENDAMENTO DE INSTALAÇÃO PORTUÁRIA

Art. 4º A concessão e o arrendamento de bem público destinado à atividade portuária serão realizados mediante a celebração de contrato, sempre precedida de licitação, em conformi-dade com o disposto nesta Lei e no seu regula-mento.

Art. 5º São essenciais aos contratos de conces-são e arrendamento as cláusulas relativas:

I – ao objeto, à área e ao prazo;

II – ao modo, forma e condições da explora-ção do porto organizado ou instalação por-tuária;

III – aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade da atividade prestada, assim como às metas e

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prazos para o alcance de determinados ní-veis de serviço;

IV – ao valor do contrato, às tarifas pratica-das e aos critérios e procedimentos de revi-são e reajuste;

V – aos investimentos de responsabilidade do contratado;

VI – aos direitos e deveres dos usuários, com as obrigações correlatas do contratado e as sanções respectivas;

VII – às responsabilidades das partes;

VIII – à reversão de bens;

IX – aos direitos, garantias e obrigações do contratante e do contratado, inclusive os relacionados a necessidades futuras de su-plementação, alteração e expansão da ativi-dade e consequente modernização, aperfei-çoamento e ampliação das instalações;

X – à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos e dos métodos e práticas de execução das atividades, bem como à in-dicação dos órgãos ou entidades competen-tes para exercê-las;

XI – às garantias para adequada execução do contrato;

XII – à responsabilidade do titular da insta-lação portuária pela inexecução ou deficien-te execução das atividades;

XIII – às hipóteses de extinção do contrato;

XIV – à obrigatoriedade da prestação de informações de interesse do poder conce-dente, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ e das demais autori-dades que atuam no setor portuário, inclu-sive as de interesse específico da Defesa Na-cional, para efeitos de mobilização;

XV – à adoção e ao cumprimento das me-didas de fiscalização aduaneira de mercado-rias, veículos e pessoas;

XVI – ao acesso ao porto organizado ou à instalação portuária pelo poder conceden-te, pela Antaq e pelas demais autoridades que atuam no setor portuário;

XVII – às penalidades e sua forma de aplica-ção; e

XVIII – ao foro.

§ 1º (VETADO).

§ 2º Findo o prazo dos contratos, os bens vinculados à concessão ou ao arrendamen-to reverterão ao patrimônio da União, na forma prevista no contrato.

Art. 6º Nas licitações dos contratos de conces-são e arrendamento, serão considerados como critérios para julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimenta-ção, a menor tarifa ou o menor tempo de mo-vimentação de carga, e outros estabelecidos no edital, na forma do regulamento.

§ 1º As licitações de que trata este artigo poderão ser realizadas na modalidade lei-lão, conforme regulamento.

§ 2º Compete à Antaq, com base nas dire-trizes do poder concedente, realizar os pro-cedimentos licitatórios de que trata este ar-tigo.

§ 3º Os editais das licitações de que trata este artigo serão elaborados pela Antaq, ob-servadas as diretrizes do poder concedente.

§ 4º (VETADO).

§ 5º Sem prejuízo das diretrizes previstas no art. 3º, o poder concedente poderá de-terminar a transferência das competências de elaboração do edital e a realização dos procedimentos licitatórios de que trata este artigo à Administração do Porto, delegado ou não.

§ 6º O poder concedente poderá autorizar, mediante requerimento do arrendatário, na forma do regulamento, expansão da área arrendada para área contígua dentro da po-ligonal do porto organizado, sempre que a

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medida trouxer comprovadamente eficiên-cia na operação portuária.

Art. 7º A Antaq poderá disciplinar a utilização em caráter excepcional, por qualquer interes-sado, de instalações portuárias arrendadas ou exploradas pela concessionária, assegurada a remuneração adequada ao titular do contrato.

Seção IIDA AUTORIZAÇÃO DE

INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

Art. 8º Serão exploradas mediante autorização, precedida de chamada ou anúncio públicos e, quando for o caso, processo seletivo público, as instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado, compreendendo as se-guintes modalidades:

I – terminal de uso privado;

II – estação de transbordo de carga;

III – instalação portuária pública de peque-no porte;

IV – instalação portuária de turismo;

V – (VETADO).

§ 1º A autorização será formalizada por meio de contrato de adesão, que conterá as cláusulas essenciais previstas no caput do art. 5º, com exceção daquelas previstas em seus incisos IV e VIII.

§ 2º A autorização de instalação portuária terá prazo de até 25 (vinte e cinco) anos, prorrogável por períodos sucessivos, desde que:

I – a atividade portuária seja mantida; e

II – o autorizatário promova os investimen-tos necessários para a expansão e moderni-zação das instalações portuárias, na forma do regulamento.

§ 3º A Antaq adotará as medidas para asse-gurar o cumprimento dos cronogramas de investimento previstos nas autorizações e

poderá exigir garantias ou aplicar sanções, inclusive a cassação da autorização.

§ 4º (VETADO).

Art. 9º Os interessados em obter a autorização de instalação portuária poderão requerê-la à Antaq a qualquer tempo, na forma do regula-mento.

§ 1º Recebido o requerimento de autoriza-ção de instalação portuária, a Antaq deverá:

I – publicar o extrato do requerimento, in-clusive na internet; e

II – promover a abertura de processo de anúncio público, com prazo de 30 (trinta) dias, para identificar a existência de outros interessados na obtenção de autorização de instalação portuária na mesma região e com características semelhantes.

§ 2º (VETADO).

§ 3º (VETADO).

Art. 10. O poder concedente poderá determinar à Antaq, a qualquer momento e em consonân-cia com as diretrizes do planejamento e das polí-ticas do setor portuário, a abertura de processo de chamada pública para identificar a existência de interessados na obtenção de autorização de instalação portuária, na forma do regulamento e observado o prazo previsto no inciso II do § 1º do art. 9º.

Art. 11. O instrumento da abertura de chamada ou anúncio público indicará obrigatoriamente os seguintes parâmetros:

I – a região geográfica na qual será implan-tada a instalação portuária;

II – o perfil das cargas a serem movimenta-das; e

III – a estimativa do volume de cargas ou de passageiros a ser movimentado nas instala-ções portuárias.

Parágrafo único. O interessado em autori-zação de instalação portuária deverá apre-

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sentar título de propriedade, inscrição de ocupação, certidão de aforamento, cessão de direito real ou outro instrumento jurídi-co que assegure o direito de uso e fruição do respectivo terreno, além de outros docu-mentos previstos no instrumento de aber-tura.

Art. 12. Encerrado o processo de chamada ou anúncio público, o poder concedente deverá analisar a viabilidade locacional das propostas e sua adequação às diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário.

§ 1º Observado o disposto no regulamento, poderão ser expedidas diretamente as au-torizações de instalação portuária quando:

I – o processo de chamada ou anúncio pú-blico seja concluído com a participação de um único interessado; ou

II – havendo mais de uma proposta, não haja impedimento locacional à implantação de todas elas de maneira concomitante.

§ 2º Havendo mais de uma proposta e im-pedimento locacional que inviabilize sua implantação de maneira concomitante, a Antaq deverá promover processo seletivo público, observados os princípios da legali-dade, impessoalidade, moralidade, publici-dade e eficiência.

§ 3º O processo seletivo público de que trata o § 2º atenderá ao disposto no regu-lamento e considerará como critério de jul-gamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimentação, a me-nor tarifa ou o menor tempo de movimen-tação de carga, e outros estabelecidos no edital.

§ 4º Em qualquer caso, somente poderão ser autorizadas as instalações portuárias compatíveis com as diretrizes do planeja-mento e das políticas do setor portuário, na forma do caput.

Art. 13. A Antaq poderá disciplinar as condições de acesso, por qualquer interessado, em caráter

excepcional, às instalações portuárias autoriza-das, assegurada remuneração adequada ao titu-lar da autorização.

Seção IIIDOS REQUISITOS PARA A

INSTALAÇÃO DOS PORTOS E INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

Art. 14. A celebração do contrato de concessão ou arrendamento e a expedição de autorização serão precedidas de:

I – consulta à autoridade aduaneira;

II – consulta ao respectivo poder público municipal; e

III – emissão, pelo órgão licenciador, do ter-mo de referência para os estudos ambien-tais com vistas ao licenciamento.

Seção IVDA DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PORTO ORGANIZADO

Art. 15. Ato do Presidente da República disporá sobre a definição da área dos portos organiza-dos, a partir de proposta da Secretaria de Portos da Presidência da República.

Parágrafo único. A delimitação da área de-verá considerar a adequação dos acessos marítimos e terrestres, os ganhos de efici-ência e competitividade decorrente da es-cala das operações e as instalações portuá-rias já existentes.

CAPÍTULO IIIDO PODER CONCEDENTE

Art. 16. Ao poder concedente compete:

I – elaborar o planejamento setorial em conformidade com as políticas e diretrizes de logística integrada;

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II – definir as diretrizes para a realização dos procedimentos licitatórios, das chamadas públicas e dos processos seletivos de que trata esta Lei, inclusive para os respectivos editais e instrumentos convocatórios;

III – celebrar os contratos de concessão e arrendamento e expedir as autorizações de instalação portuária, devendo a Antaq fisca-lizá-los em conformidade com o disposto na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001; e

IV – estabelecer as normas, os critérios e os procedimentos para a pré-qualificação dos operadores portuários.

§ 1º Para os fins do disposto nesta Lei, o po-der concedente poderá celebrar convênios ou instrumentos congêneres de cooperação técnica e administrativa com órgãos e enti-dades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios, inclusive com repasse de recursos.

§ 2º No exercício da competência prevista no inciso II do caput, o poder concedente deverá ouvir previamente a Agência Nacio-nal do Petróleo, Gás Natural e Biocombus-tíveis sempre que a licitação, a chamada pública ou o processo seletivo envolver ins-talações portuárias voltadas à movimenta-ção de petróleo, gás natural, seus derivados e biocombustíveis.

CAPÍTULO IVDA ADMINISTRAÇÃO DO

PORTO ORGANIZADO

Seção IDAS COMPETÊNCIAS

Art. 17. A administração do porto é exercida di-retamente pela União, pela delegatária ou pela entidade concessionária do porto organizado.

§ 1º Compete à administração do porto or-ganizado, denominada autoridade portuá-ria:

I – cumprir e fazer cumprir as leis, os regula-mentos e os contratos de concessão;

II – assegurar o gozo das vantagens decor-rentes do melhoramento e aparelhamento do porto ao comércio e à navegação;

III – pré-qualificar os operadores portuá-rios, de acordo com as normas estabeleci-das pelo poder concedente;

IV – arrecadar os valores das tarifas relati-vas às suas atividades;

V – fiscalizar ou executar as obras de cons-trução, reforma, ampliação, melhoramento e conservação das instalações portuárias;

VI – fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das atividades com regula-ridade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente;

VII – promover a remoção de embarcações ou cascos de embarcações que possam pre-judicar o acesso ao porto;

VIII – autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desatracação, o fundeio e o trá-fego de embarcação na área do porto, ouvi-das as demais autoridades do porto;

IX – autorizar a movimentação de carga das embarcações, ressalvada a competência da autoridade marítima em situações de assis-tência e salvamento de embarcação, ouvi-das as demais autoridades do porto;

X – suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento do porto, ressalvados os aspectos de interesse da au-toridade marítima responsável pela segu-rança do tráfego aquaviário;

XI – reportar infrações e representar peran-te a Antaq, visando à instauração de proces-so administrativo e aplicação das penalida-des previstas em lei, em regulamento e nos contratos;

XII – adotar as medidas solicitadas pelas de-mais autoridades no porto;

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XIII – prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de autoridade portuária e ao órgão de gestão de mão de obra;

XIV – estabelecer o horário de funciona-mento do porto, observadas as diretrizes da Secretaria de Portos da Presidência da Re-pública, e as jornadas de trabalho no cais de uso público; e

XV – organizar a guarda portuária, em con-formidade com a regulamentação expedida pelo poder concedente.

§ 2º A autoridade portuária elaborará e sub-meterá à aprovação da Secretaria de Portos da Presidência da República o respectivo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.

§ 3º O disposto nos incisos IX e X do § 1º não se aplica à embarcação militar que não esteja praticando comércio.

§ 4º A autoridade marítima responsável pela segurança do tráfego pode intervir para assegurar aos navios da Marinha do Brasil a prioridade para atracação no porto.

§ 5º (VETADO).

Art. 18. Dentro dos limites da área do porto or-ganizado, compete à administração do porto:

I – sob coordenação da autoridade maríti-ma:

a) estabelecer, manter e operar o baliza-mento do canal de acesso e da bacia de evolução do porto;

b) delimitar as áreas de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de inspeção sanitária e de polícia marítima;

c) delimitar as áreas destinadas a navios de guerra e submarinos, plataformas e demais embarcações especiais, navios em reparo ou aguardando atracação e navios com car-gas inflamáveis ou explosivas;

d) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos navios, em função dos le-

vantamentos batimétricos efetuados sob sua responsabilidade; e

e) estabelecer e divulgar o porte bruto má-ximo e as dimensões máximas dos navios que trafegarão, em função das limitações e características físicas do cais do porto;

II – sob coordenação da autoridade adua-neira:

a) delimitar a área de alfandegamento; e

b) organizar e sinalizar os fluxos de merca-dorias, veículos, unidades de cargas e de pessoas.

Art. 19. A administração do porto poderá, a cri-tério do poder concedente, explorar direta ou indiretamente áreas não afetas às operações portuárias, observado o disposto no respectivo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.

Parágrafo único. O disposto no caput não afasta a aplicação das normas de licitação e contratação pública quando a administra-ção do porto for exercida por órgão ou enti-dade sob controle estatal.

Art. 20. Será instituído em cada porto organiza-do um conselho de autoridade portuária, órgão consultivo da administração do porto.

§ 1º O regulamento disporá sobre as atri-buições, o funcionamento e a composição dos conselhos de autoridade portuária, as-segurada a participação de representantes da classe empresarial, dos trabalhadores portuários e do poder público.

§ 2º A representação da classe empresarial e dos trabalhadores no conselho a que alu-de o caput será paritária.

§ 3º A distribuição das vagas no conselho a que alude o caput observará a seguinte pro-porção:

I – 50% (cinquenta por cento) de represen-tantes do poder público;

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II – 25% (vinte e cinco por cento) de repre-sentantes da classe empresarial; e

III – 25% (vinte e cinco por cento) de repre-sentantes da classe trabalhadora.

Art. 21. Fica assegurada a participação de um representante da classe empresarial e outro da classe trabalhadora no conselho de administra-ção ou órgão equivalente da administração do porto, quando se tratar de entidade sob contro-le estatal, na forma do regulamento.

Parágrafo único. A indicação dos represen-tantes das classes empresarial e trabalha-dora a que alude o caput será feita pelos respectivos representantes no conselho de autoridade portuária.

Art. 22. A Secretaria de Portos da Presidência da República coordenará a atuação integrada dos órgãos e entidades públicos nos portos organi-zados e instalações portuárias, com a finalidade de garantir a eficiência e a qualidade de suas atividades, nos termos do regulamento.

Seção IIDA ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA

NOS PORTOS ORGANIZADOS E NAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

ALFANDEGADAS

Art. 23. A entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas so-mente poderá efetuar-se em portos ou instala-ções portuárias alfandegados.

Parágrafo único. O alfandegamento de por-tos organizados e instalações portuárias destinados à movimentação e armazena-gem de mercadorias importadas ou à ex-portação será efetuado após cumpridos os requisitos previstos na legislação específica.

Art. 24. Compete ao Ministério da Fazenda, por intermédio das repartições aduaneiras:

I – cumprir e fazer cumprir a legislação que regula a entrada, a permanência e a saída de quaisquer bens ou mercadorias do País;

II – fiscalizar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veícu-los, unidades de carga e mercadorias, sem prejuízo das atribuições das outras autori-dades no porto;

III – exercer a vigilância aduaneira e reprimir o contrabando e o descaminho, sem prejuí-zo das atribuições de outros órgãos;

IV – arrecadar os tributos incidentes sobre o comércio exterior;

V – proceder ao despacho aduaneiro na im-portação e na exportação;

VI – proceder à apreensão de mercadoria em situação irregular, nos termos da legis-lação fiscal;

VII – autorizar a remoção de mercadorias da área portuária para outros locais, alfan-degados ou não, nos casos e na forma pre-vista na legislação aduaneira;

VIII – administrar a aplicação de regimes suspensivos, exonerativos ou devolutivos de tributos às mercadorias importadas ou a exportar;

IX – assegurar o cumprimento de tratados, acordos ou convenções internacionais no plano aduaneiro; e

X – zelar pela observância da legislação adu-aneira e pela defesa dos interesses fazendá-rios nacionais.

§ 1º No exercício de suas atribuições, a au-toridade aduaneira terá livre acesso a quais-quer dependências do porto ou instalação portuária, às embarcações atracadas ou não e aos locais onde se encontrem merca-dorias procedentes do exterior ou a ele des-tinadas.

§ 2º No exercício de suas atribuições, a au-toridade aduaneira poderá, sempre que julgar necessário, requisitar documentos e informações e o apoio de força pública fe-deral, estadual ou municipal.

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CAPÍTULO VDA OPERAÇÃO PORTUÁRIA

Art. 25. A pré-qualificação do operador portu-ário será efetuada perante a administração do porto, conforme normas estabelecidas pelo po-der concedente.

§ 1º As normas de pré-qualificação devem obedecer aos princípios da legalidade, im-pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

§ 2º A administração do porto terá prazo de 30 (trinta) dias, contado do pedido do inte-ressado, para decidir sobre a pré-qualifica-ção.

§ 3º Em caso de indeferimento do pedido mencionado no § 2º, caberá recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, dirigido à Secre-taria de Portos da Presidência da República, que deverá apreciá-lo no prazo de 30 (trin-ta) dias, nos termos do regulamento.

§ 4º Considera-se pré-qualificada como operador portuário a administração do por-to.

Art. 26. O operador portuário responderá pe-rante:

I – a administração do porto pelos danos culposamente causados à infraestrutura, às instalações e ao equipamento de que a administração do porto seja titular, que se encontre a seu serviço ou sob sua guarda;

II – o proprietário ou consignatário da mer-cadoria pelas perdas e danos que ocorre-rem durante as operações que realizar ou em decorrência delas;

III – o armador pelas avarias ocorridas na embarcação ou na mercadoria dada a trans-porte;

IV – o trabalhador portuário pela remune-ração dos serviços prestados e respectivos encargos;

V – o órgão local de gestão de mão de obra do trabalho avulso pelas contribuições não recolhidas;

VI – os órgãos competentes pelo recolhi-mento dos tributos incidentes sobre o tra-balho portuário avulso; e

VII – a autoridade aduaneira pelas mer-cadorias sujeitas a controle aduaneiro, no período em que lhe estejam confiadas ou quando tenha controle ou uso exclusivo de área onde se encontrem depositadas ou de-vam transitar.

Parágrafo único. Compete à administração do porto responder pelas mercadorias a que se referem os incisos II e VII do caput quando estiverem em área por ela contro-lada e após o seu recebimento, conforme definido pelo regulamento de exploração do porto.

Art. 27. As atividades do operador portuário es-tão sujeitas às normas estabelecidas pela Antaq.

§ 1º O operador portuário é titular e res-ponsável pela coordenação das operações portuárias que efetuar.

§ 2º A atividade de movimentação de carga a bordo da embarcação deve ser executada de acordo com a instrução de seu coman-dante ou de seus prepostos, responsáveis pela segurança da embarcação nas ativi-dades de arrumação ou retirada da carga, quanto à segurança da embarcação.

Art. 28. É dispensável a intervenção de opera-dores portuários em operações:

I – que, por seus métodos de manipulação, suas características de automação ou meca-nização, não requeiram a utilização de mão de obra ou possam ser executadas exclusi-vamente pela tripulação das embarcações;

II – de embarcações empregadas:

a) em obras de serviços públicos nas vias aquáticas do País, executadas direta ou indi-retamente pelo poder público;

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b) no transporte de gêneros de pequena la-voura e da pesca, para abastecer mercados de âmbito municipal;

c) na navegação interior e auxiliar;

d) no transporte de mercadorias líquidas a granel; e

e) no transporte de mercadorias sólidas a granel, quando a carga ou descarga for feita por aparelhos mecânicos automáticos, sal-vo quanto às atividades de rechego;

III – relativas à movimentação de:

a) cargas em área sob controle militar, quan-do realizadas por pessoal militar ou vincula-do a organização militar;

b) materiais por estaleiros de construção e reparação naval; e

c) peças sobressalentes, material de bordo, mantimentos e abastecimento de embarca-ções; e

IV – relativas ao abastecimento de aguada, combustíveis e lubrificantes para a navega-ção.

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 29. As cooperativas formadas por trabalha-dores portuários avulsos, registrados de acordo com esta Lei, poderão estabelecer-se como ope-radores portuários.

Art. 30. A operação portuária em instalações lo-calizadas fora da área do porto organizado será disciplinada pelo titular da respectiva autoriza-ção, observadas as normas estabelecidas pelas autoridades marítima, aduaneira, sanitária, de saúde e de polícia marítima.

Art. 31. O disposto nesta Lei não prejudica a aplicação das demais normas referentes ao transporte marítimo, inclusive as decorrentes de convenções internacionais ratificadas, en-quanto vincularem internacionalmente o País.

CAPÍTULO VIDO TRABALHO PORTUÁRIO

Art. 32. Os operadores portuários devem cons-tituir em cada porto organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a:

I – administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do traba-lhador portuário avulso;

II – manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do tra-balhador portuário avulso;

III – treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, inscrevendo-o no ca-dastro;

IV – selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso;

V – estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário avulso;

VI – expedir os documentos de identifica-ção do trabalhador portuário; e

VII – arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores portu-ários relativos à remuneração do trabalha-dor portuário avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários.

Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de servi-ços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no por-to.

Art. 33. Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso:

I – aplicar, quando couber, normas discipli-nares previstas em lei, contrato, convenção ou acordo coletivo de trabalho, no caso de transgressão disciplinar, as seguintes pena-lidades:

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a) repreensão verbal ou por escrito;

b) suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou

c) cancelamento do registro;

II – promover:

a) a formação profissional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avul-so, adequando-a aos modernos processos de movimentação de carga e de operação de aparelhos e equipamentos portuários;

b) o treinamento multifuncional do traba-lhador portuário e do trabalhador portuário avulso; e

c) a criação de programas de realocação e de cancelamento do registro, sem ônus para o trabalhador;

III – arrecadar e repassar aos beneficiários contribuições destinadas a incentivar o can-celamento do registro e a aposentadoria vo-luntária;

IV – arrecadar as contribuições destinadas ao custeio do órgão;

V – zelar pelas normas de saúde, higiene e segurança no trabalho portuário avulso; e

VI – submeter à administração do porto propostas para aprimoramento da opera-ção portuária e valorização econômica do porto.

§ 1º O órgão não responde por prejuízos causados pelos trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros.

§ 2º O órgão responde, solidariamente com os operadores portuários, pela remunera-ção devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações decorrentes de aciden-te de trabalho.

§ 3º O órgão pode exigir dos operadores portuários garantia prévia dos respectivos

pagamentos, para atender a requisição de trabalhadores portuários avulsos.

§ 4º As matérias constantes nas alíneas a e b do inciso II deste artigo serão discutidas em fórum permanente, composto, em cará-ter paritário, por representantes do gover-no e da sociedade civil.

§ 5º A representação da sociedade civil no fórum previsto no § 4º será paritária entre trabalhadores e empresários.

Art. 34. O exercício das atribuições previstas nos arts. 32 e 33 pelo órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso não implica vínculo empregatício com trabalhador portuário avulso.

Art. 35. O órgão de gestão de mão de obra pode ceder trabalhador portuário avulso, em caráter permanente, ao operador portuário.

Art. 36. A gestão da mão de obra do trabalho portuário avulso deve observar as normas do contrato, convenção ou acordo coletivo de tra-balho.

Art. 37. Deve ser constituída, no âmbito do ór-gão de gestão de mão de obra, comissão paritá-ria para solucionar litígios decorrentes da apli-cação do disposto nos arts. 32, 33 e 35.

§ 1º Em caso de impasse, as partes devem recorrer à arbitragem de ofertas finais.

§ 2º Firmado o compromisso arbitral, não será admitida a desistência de qualquer das partes.

§ 3º Os árbitros devem ser escolhidos de comum acordo entre as partes, e o laudo arbitral proferido para solução da pendên-cia constitui título executivo extrajudicial.

§ 4º As ações relativas aos créditos decor-rentes da relação de trabalho avulso pres-crevem em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após o cancelamento do registro ou do cadastro no órgão gestor de mão de obra.

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Art. 38. O órgão de gestão de mão de obra terá obrigatoriamente 1 (um) conselho de supervi-são e 1 (uma) diretoria executiva.

§ 1º O conselho de supervisão será compos-to por 3 (três) membros titulares e seus su-plentes, indicados na forma do regulamen-to, e terá como competência:

I – deliberar sobre a matéria contida no inci-so V do caput do art. 32;

II – editar as normas a que se refere o art. 42; e

III – fiscalizar a gestão dos diretores, exami-nar, a qualquer tempo, os livros e papéis do órgão e solicitar informações sobre quais-quer atos praticados pelos diretores ou seus prepostos.

§ 2º A diretoria executiva será composta por 1 (um) ou mais diretores, designados e destituíveis na forma do regulamento, cujo prazo de gestão será de 3 (três) anos, per-mitida a redesignação.

§ 3º Até 1/3 (um terço) dos membros do conselho de supervisão poderá ser designa-do para cargos de diretores.

§ 4º No silêncio do estatuto ou contrato so-cial, competirá a qualquer diretor a repre-sentação do órgão e a prática dos atos ne-cessários ao seu funcionamento regular.

Art. 39. O órgão de gestão de mão de obra é re-putado de utilidade pública, sendo-lhe vedado ter fins lucrativos, prestar serviços a terceiros ou exercer qualquer atividade não vinculada à ges-tão de mão de obra.

Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, es-tiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos.

§ 1º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I – capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, con-ferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, ma-nipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarca-ções, quando efetuados por aparelhamento portuário;

II – estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga, quando realizados com equipa-mentos de bordo;

III – conferência de carga: contagem de vo-lumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação do esta-do das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações;

IV – conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas opera-ções de carregamento e descarga de embar-cações, reembalagem, marcação, remarca-ção, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recompo-sição;

V – vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fun-deadas ao largo, bem como da movimenta-ção de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; e

VI – bloco: atividade de limpeza e conser-vação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e servi-ços correlatos.

§ 2º A contratação de trabalhadores portu-ários de capatazia, bloco, estiva, conferên-cia de carga, conserto de carga e vigilância

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de embarcações com vínculo empregatício por prazo indeterminado será feita exclusi-vamente dentre trabalhadores portuários avulsos registrados.

§ 3º O operador portuário, nas atividades a que alude o caput, não poderá locar ou to-mar mão de obra sob o regime de trabalho temporário de que trata a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974.

§ 4º As categorias previstas no caput consti-tuem categorias profissionais diferenciadas.

Art. 41. O órgão de gestão de mão de obra:

I – organizará e manterá cadastro de traba-lhadores portuários habilitados ao desem-penho das atividades referidas no § 1º do art. 40; e

II – organizará e manterá o registro dos tra-balhadores portuários avulsos.

§ 1º A inscrição no cadastro do trabalhador portuário dependerá exclusivamente de prévia habilitação profissional do trabalha-dor interessado, mediante treinamento re-alizado em entidade indicada pelo órgão de gestão de mão de obra.

§ 2º O ingresso no registro do trabalhador portuário avulso depende de prévia seleção e inscrição no cadastro de que trata o inciso I do caput, obedecidas a disponibilidade de vagas e a ordem cronológica de inscrição no cadastro.

§ 3º A inscrição no cadastro e o registro do trabalhador portuário extinguem-se por morte ou cancelamento.

Art. 42. A seleção e o registro do trabalhador portuário avulso serão feitos pelo órgão de ges-tão de mão de obra avulsa, de acordo com as normas estabelecidas em contrato, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Art. 43. A remuneração, a definição das funções, a composição dos ternos, a multifuncionalidade e as demais condições do trabalho avulso serão objeto de negociação entre as entidades repre-

sentativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos operadores portuários.

Parágrafo único. A negociação prevista no caput contemplará a garantia de renda mí-nima inserida no item 2 do Artigo 2 da Con-venção no 137 da Organização Internacio-nal do Trabalho – OIT.

Art. 44. É facultada aos titulares de instalações portuárias sujeitas a regime de autorização a contratação de trabalhadores a prazo indeter-minado, observado o disposto no contrato, con-venção ou acordo coletivo de trabalho.

Art. 45. (VETADO).

CAPÍTULO VIIDAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 46. Constitui infração toda ação ou omis-são, voluntária ou involuntária, que importe em:

I – realização de operações portuárias com infringência ao disposto nesta Lei ou com inobservância dos regulamentos do porto;

II – recusa injustificada, por parte do órgão de gestão de mão de obra, da distribuição de trabalhadores a qualquer operador por-tuário; ou

III – utilização de terrenos, área, equipa-mentos e instalações portuárias, dentro ou fora do porto organizado, com desvio de finalidade ou com desrespeito à lei ou aos regulamentos.

Parágrafo único. Responde pela infração, conjunta ou isoladamente, qualquer pessoa física ou jurídica que, intervindo na opera-ção portuária, concorra para sua prática ou dela se beneficie.

Art. 47. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamen-te, de acordo com a gravidade da falta:

I – advertência;

II – multa;

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III – proibição de ingresso na área do porto por período de 30 (trinta) a 180 (cento e oi-tenta) dias;

IV – suspensão da atividade de operador portuário, pelo período de 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta) dias; ou

V – cancelamento do credenciamento do operador portuário.

Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, aplicam-se subsidiariamente às infrações previstas no art. 46 as penalidades estabelecidas na Lei nº 10.233, de 5 de ju-nho de 2001, separada ou cumulativamen-te, de acordo com a gravidade da falta.

Art. 48. Apurada, no mesmo processo, a prá-tica de 2 (duas) ou mais infrações pela mesma pessoa física ou jurídica, aplicam-se cumulati-vamente as penas a elas cominadas, se as infra-ções não forem idênticas.

§ 1º Serão reunidos em um único processo os diversos autos ou representações de in-fração continuada, para aplicação da pena.

§ 2º Serão consideradas continuadas as in-frações quando se tratar de repetição de falta ainda não apurada ou objeto do pro-cesso, de cuja instauração o infrator não te-nha conhecimento, por meio de intimação.

Art. 49. Na falta de pagamento de multa no pra-zo de 30 (trinta) dias, contado da ciência pelo infrator da decisão final que impuser a penali-dade, será realizado processo de execução.

Art. 50. As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação das multas previstas nesta Lei re-verterão para a Antaq, na forma do inciso V do caput do art. 77 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001.

Art. 51. O descumprimento do disposto nos arts. 36, 39 e 42 desta Lei sujeitará o infrator à multa prevista no inciso I do art. 10 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem prejuí-zo das demais sanções cabíveis.

Art. 52. O descumprimento do disposto no ca-put e no § 3º do art. 40 desta Lei sujeitará o in-frator à multa prevista no inciso III do art. 10 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.

CAPÍTULO VIIIDO PROGRAMA NACIONAL

DE DRAGAGEM PORTUÁRIA E HIDROVIÁRIA II

Art. 53. Fica instituído o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II, a ser im-plantado pela Secretaria de Portos da Presidên-cia da República e pelo Ministério dos Transpor-tes, nas respectivas áreas de atuação.

§ 1º O Programa de que trata o caput abran-ge, dentre outras atividades:

I – as obras e serviços de engenharia de dra-gagem para manutenção ou ampliação de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive ca-nais de navegação, bacias de evolução e de fundeio, e berços de atracação, compreen-dendo a remoção do material submerso e a escavação ou derrocamento do leito;

II – o serviço de sinalização e balizamento, incluindo a aquisição, instalação, reposição, manutenção e modernização de sinais náu-ticos e equipamentos necessários às hidro-vias e ao acesso aos portos e terminais por-tuários;

III – o monitoramento ambiental; e

IV – o gerenciamento da execução dos ser-viços e obras.

§ 2º Para fins do Programa de que trata o caput, consideram-se:

I – dragagem: obra ou serviço de engenha-ria que consiste na limpeza, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de material do fundo de rios, lagos, mares, ba-ías e canais;

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II – draga: equipamento especializado aco-plado à embarcação ou à plataforma fixa, móvel ou flutuante, utilizado para execução de obras ou serviços de dragagem;

III – material dragado: material retirado ou deslocado do leito dos corpos d’água decor-rente da atividade de dragagem e transfe-rido para local de despejo autorizado pelo órgão competente;

IV – empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização ou não de embarcação; e

V – sinalização e balizamento: sinais náuti-cos para o auxílio à navegação e à transmis-são de informações ao navegante, de forma a possibilitar posicionamento seguro de acesso e tráfego.

Art. 54. A dragagem por resultado compreende a contratação de obras de engenharia destina-das ao aprofundamento, alargamento ou ex-pansão de áreas portuárias e de hidrovias, in-clusive canais de navegação, bacias de evolução e de fundeio e berços de atracação, bem como os serviços de sinalização, balizamento, monito-ramento ambiental e outros com o objetivo de manter as condições de profundidade e segu-rança estabelecidas no projeto implantado.

§ 1º As obras ou serviços de dragagem por resultado poderão contemplar mais de um porto, num mesmo contrato, quando essa medida for mais vantajosa para a adminis-tração pública.

§ 2º Na contratação de dragagem por resul-tado, é obrigatória a prestação de garantia pelo contratado.

§ 3º A duração dos contratos de que trata este artigo será de até 10 (dez) anos, im-prorrogável.

§ 4º As contratações das obras e serviços no âmbito do Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II poderão ser feitas por meio de licitações internacionais e utili-

zar o Regime Diferenciado de Contratações Públicas, de que trata a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011.

§ 5º A administração pública poderá con-tratar empresa para gerenciar e auditar os serviços e obras contratados na forma do caput.

Art. 55. As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas específicas de seguran-ça da navegação estabelecidas pela autoridade marítima e não se submetem ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

CAPÍTULO IXDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 56. (VETADO).

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 57. Os contratos de arrendamento em vi-gor firmados sob a Lei n° 8.630, de 25 de feve-reiro de 1993, que possuam previsão expressa de prorrogação ainda não realizada, poderão ter sua prorrogação antecipada, a critério do poder concedente.

§ 1º A prorrogação antecipada de que tra-ta o caput dependerá da aceitação expressa de obrigação de realizar investimentos, se-gundo plano elaborado pelo arrendatário e aprovado pelo poder concedente em até 60 (sessenta) dias.

§ 2º (VETADO).

§ 3º Caso, a critério do poder concedente, a antecipação das prorrogações de que trata o caput não seja efetivada, tal decisão não implica obrigatoriamente na recusa da pror-rogação contratual prevista originalmente.

§ 4º (VETADO).

§ 5º O Poder Executivo deverá encaminhar ao Congresso Nacional, até o último dia útil do mês de março de cada ano, relatório de-talhado sobre a implementação das iniciati-

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vas tomadas com base nesta Lei, incluindo, pelo menos, as seguintes informações:

I – relação dos contratos de arrendamento e concessão em vigor até 31 de dezembro do ano anterior, por porto organizado, indican-do data dos contratos, empresa detentora, objeto detalhado, área, prazo de vigência e situação de adimplemento com relação às cláusulas contratuais;

II – relação das instalações portuárias ex-ploradas mediante autorizações em vigor até 31 de dezembro do ano anterior, segun-do a localização, se dentro ou fora do porto organizado, indicando data da autorização, empresa detentora, objeto detalhado, área, prazo de vigência e situação de adimple-mento com relação às cláusulas dos termos de adesão e autorização;

III – relação dos contratos licitados no ano anterior com base no disposto no art. 56 desta Lei, por porto organizado, indicando data do contrato, modalidade da licitação, empresa detentora, objeto, área, prazo de vigência e valor dos investimentos realiza-dos e previstos nos contratos de concessão ou arrendamento;

IV – relação dos termos de autorização e os contratos de adesão adaptados no ano anterior, com base no disposto nos arts. 58 e 59 desta Lei, indicando data do contrato de autorização, empresa detentora, objeto, área, prazo de vigência e valor dos investi-mentos realizados e previstos nos termos de adesão e autorização;

V – relação das instalações portuárias ope-radas no ano anterior com base no previs-to no art. 7º desta Lei, indicando empresa concessionária, empresa que utiliza efetiva-mente a instalação portuária, motivo e jus-tificativa da utilização por interessado não detentor do arrendamento ou concessão e prazo de utilização.

Art. 58. Os termos de autorização e os contratos de adesão em vigor deverão ser adaptados ao disposto nesta Lei, em especial ao previsto nos

§§ 1º a 4º do art. 8º, independentemente de chamada pública ou processo seletivo.

Parágrafo único. A Antaq deverá promover a adaptação de que trata o caput no prazo de 1 (um) ano, contado da data de publica-ção desta Lei.

Art. 59. As instalações portuárias enumeradas nos incisos I a IV do caput do art. 8º, localiza-das dentro da área do porto organizado, terão assegurada a continuidade das suas atividades, desde que realizada a adaptação nos termos do art. 58.

Parágrafo único. Os pedidos de autorização para exploração de instalações portuárias enumeradas nos incisos I a IV do art. 8º, localizadas dentro da área do porto organi-zado, protocolados na Antaq até dezembro de 2012, poderão ser deferidos pelo poder concedente, desde que tenha sido compro-vado até a referida data o domínio útil da área.

Art. 60. Os procedimentos licitatórios para con-tratação de dragagem homologados e os contra-tos de dragagem em vigor na data da publicação desta Lei permanecem regidos pelo disposto na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007.

Art. 61. Até a publicação do regulamento previs-to nesta Lei, ficam mantidas as regras para com-posição dos conselhos da autoridade portuária e dos conselhos de supervisão e diretorias exe-cutivas dos órgãos de gestão de mão de obra.

Art. 62. O inadimplemento, pelas concessioná-rias, arrendatárias, autorizatárias e operadoras portuárias no recolhimento de tarifas portuárias e outras obrigações financeiras perante a admi-nistração do porto e a Antaq, assim declarado em decisão final, impossibilita a inadimplente de celebrar ou prorrogar contratos de conces-são e arrendamento, bem como obter novas au-torizações.

§ 1º Para dirimir litígios relativos aos débitos a que se refere o caput, poderá ser utilizada a arbitragem, nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Regulamento)

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§ 2º O impedimento previsto no caput tam-bém se aplica às pessoas jurídicas, direta ou indiretamente, controladoras, controladas, coligadas, ou de controlador comum com a inadimplente.

Art. 63. As Companhias Docas observarão re-gulamento simplificado para contratação de serviços e aquisição de bens, observados os princípios constitucionais da publicidade, im-pessoalidade, moralidade, economicidade e efi-ciência.

Art. 64. As Companhias Docas firmarão com a Secretaria de Portos da Presidência da Repú-blica compromissos de metas e desempenho empresarial que estabelecerão, nos termos do regulamento:

I – objetivos, metas e resultados a serem atingidos, e prazos para sua consecução;

II – indicadores e critérios de avaliação de desempenho;

III – retribuição adicional em virtude do seu cumprimento; e

IV – critérios para a profissionalização da gestão das Docas.

Art. 65. Ficam transferidas à Secretaria de Por-tos da Presidência da República as competên-cias atribuídas ao Ministério dos Transportes e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT em leis gerais e específicas relativas a portos fluviais e lacustres, exceto as competências relativas a instalações portuárias públicas de pequeno porte.

Art. 66. Aplica-se subsidiariamente às licitações de concessão de porto organizado e de arren-damento de instalação portuária o disposto nas Leis nºs 12.462, de 4 de agosto de 2011, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 67. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o disposto na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, em especial no que se refere às compe-tências e atribuições da Antaq.

Art. 68. As poligonais de áreas de portos orga-nizados que não atendam ao disposto no art. 15 deverão ser adaptadas no prazo de 1 (um) ano.

Art. 69. (VETADO).

Art. 70. O art. 29 da Lei nº 5.025, de 10 de junho de 1966, passa a vigorar com a seguinte reda-ção:

“Art. 29. Os serviços públicos necessários à importação e exportação deverão ser cen-tralizados pela administração pública em to-dos os portos organizados.

§ 1º Os serviços de que trata o caput serão prestados em horário corrido e coincidente com a operação de cada porto, em turnos, inclusive aos domingos e feriados.

§ 2º O horário previsto no § 1º poderá ser reduzido por ato do Poder Executivo, desde que não haja prejuízo à segurança nacional e à operação portuária.

......................................................................

.............” (NR)

Art. 71. A Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 13. Ressalvado o disposto em legisla-ção específica, as outorgas a que se refere o inciso I do caput do art. 12 serão realizadas sob a forma de:

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 14. Ressalvado o disposto em legisla-ção específica, o disposto no art. 13 aplica--se conforme as seguintes diretrizes:

......................................................................

.......................

III – depende de autorização:

......................................................................

.......................

c) a construção e a exploração das instala-ções portuárias de que trata o art. 8º da Lei

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na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;

......................................................................

.......................

g) (revogada);

h) (revogada);

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 20. ...........................................................

I – implementar, nas respectivas esferas de atuação, as políticas formuladas pelo Con-selho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, pelo Ministério dos Transportes e pela Secretaria de Portos da Presidência da República, nas respectivas áreas de com-petência, segundo os princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei;

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 21. Ficam instituídas a Agência Na-cional de Transportes Terrestres – ANTT e a Agência Nacional de Transportes Aqua-viários – ANTAQ, entidades integrantes da administração federal indireta, submetidas ao regime autárquico especial e vinculadas, respectivamente, ao Ministério dos Trans-portes e à Secretaria de Portos da Presidên-cia da República, nos termos desta Lei.

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 23. Constituem a esfera de atuação da Antaq:

......................................................................

.......................

II – os portos organizados e as instalações portuárias neles localizadas;

III – as instalações portuárias de que trata o art. 8º da Lei na qual foi convertida a Medi-

da Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012;

......................................................................

.......................

§ 1º A Antaq articular-se-á com órgãos e entidades da administração, para resolução das interfaces do transporte aquaviário com as outras modalidades de transporte, com a finalidade de promover a movimentação in-termodal mais econômica e segura de pes-soas e bens.

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 27. ...........................................................

I – promover estudos específicos de deman-da de transporte aquaviário e de atividades portuárias;

......................................................................

.......................

III – propor ao Ministério dos Transportes o plano geral de outorgas de exploração da infraestrutura aquaviária e de prestação de serviços de transporte aquaviário;

a) (revogada);

b) (revogada);

......................................................................

.......................

VII – promover as revisões e os reajustes das tarifas portuárias, assegurada a comuni-cação prévia, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis, ao poder concedente e ao Ministério da Fazenda;

......................................................................

.......................

XIV – estabelecer normas e padrões a se-rem observados pelas administrações por-tuárias, concessionários, arrendatários, au-torizatários e operadores portuários, nos termos da Lei na qual foi convertida a Me-

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dida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;

XV – elaborar editais e instrumentos de con-vocação e promover os procedimentos de licitação e seleção para concessão, arren-damento ou autorização da exploração de portos organizados ou instalações portuá-rias, de acordo com as diretrizes do poder concedente, em obediência ao disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisó-ria nº 595, de 6 de dezembro de 2012;

XVI – cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos contratos de concessão de porto organizado ou dos contratos de arren-damento de instalações portuárias quanto à manutenção e reposição dos bens e equi-pamentos reversíveis à União de que trata o inciso VIII do caput do art. 5º da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;

......................................................................

.......................

XXII – fiscalizar a execução dos contratos de adesão das autorizações de instalação por-tuária de que trata o art. 8º da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;

......................................................................

.......................

XXV – celebrar atos de outorga de conces-são para a exploração da infraestrutura aquaviária, gerindo e fiscalizando os respec-tivos contratos e demais instrumentos ad-ministrativos;

XXVI – fiscalizar a execução dos contratos de concessão de porto organizado e de ar-rendamento de instalação portuária, em conformidade com o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;

XXVII – (revogado).

§ 1º .......................................................................

......................................................................

.......................

II – participar de foros internacionais, sob a coordenação do Poder Executivo; e

......................................................................

.......................

§ 3º (Revogado).

§ 4º (Revogado).” (NR)

“Art. 33. Ressalvado o disposto em legisla-ção específica, os atos de outorga de auto-rização, concessão ou permissão editados e celebrados pela ANTT e pela Antaq obede-cerão ao disposto na Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nas Subseções II, III, IV e V desta Seção e nas regulamentações com-plementares editadas pelas Agências.” (NR)

“Art. 34-A. ...........................................................

......................................................................

.......................

§ 2º O edital de licitação indicará obrigato-riamente, ressalvado o disposto em legisla-ção específica:

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 35. O contrato de concessão deverá re-fletir fielmente as condições do edital e da proposta vencedora e terá como cláusulas essenciais, ressalvado o disposto em legisla-ção específica, as relativas a:

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 43. A autorização, ressalvado o dispos-to em legislação específica, será outorga-da segundo as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e apresenta as seguintes carac-terísticas:

......................................................................

.............” (NR)

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“Art. 44. A autorização, ressalvado o dispos-to em legislação específica, será disciplina-da em regulamento próprio e será outorga-da mediante termo que indicará:

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 51-A. Fica atribuída à Antaq a com-petência de fiscalização das atividades de-senvolvidas pelas administrações de portos organizados, pelos operadores portuários e pelas arrendatárias ou autorizatárias de ins-talações portuárias, observado o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Pro-visória no 595, de 6 de dezembro de 2012.

§ 1º Na atribuição citada no caput incluem--se as administrações dos portos objeto de convênios de delegação celebrados nos ter-mos da Lei nº 9.277, de 10 de maio de 1996.

§ 2º A Antaq prestará ao Ministério dos Transportes ou à Secretaria de Portos da Presidência da República todo apoio neces-sário à celebração dos convênios de delega-ção.” (NR)

“Art. 56. ...........................................................

Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidên-cia da República, conforme o caso, instaurar o processo administrativo disciplinar, com-petindo ao Presidente da República deter-minar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento.” (NR)

“Art. 67. As decisões das Diretorias serão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e serão registradas em atas.

Parágrafo único. As datas, as pautas e as atas das reuniões de Diretoria, assim como os documentos que as instruam, deverão ser objeto de ampla publicidade, inclusive

por meio da internet, na forma do regula-mento.” (NR)

“Art. 78. A ANTT e a Antaq submeterão ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de Portos da Presidência da República, respec-tivamente, suas propostas orçamentárias anuais, nos termos da legislação em vigor.

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 78-A. ...........................................................

§ 1º Na aplicação das sanções referidas no caput, a Antaq observará o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012.

§ 2º A aplicação da sanção prevista no inci-so IV do caput, quando se tratar de conces-são de porto organizado ou arrendamento e autorização de instalação portuária, caberá ao poder concedente, mediante proposta da Antaq.” (NR)

“Art. 81. ...........................................................

......................................................................

.......................

III – instalações e vias de transbordo e de in-terface intermodal, exceto as portuárias;

IV – (revogado).” (NR)

“Art. 82. ...........................................................

......................................................................

.......................

§ 2º No exercício das atribuições previstas neste artigo e relativas a vias navegáveis, o DNIT observará as prerrogativas específicas da autoridade marítima.

......................................................................

.............” (NR)

Art. 72. A Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

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“Art. 24-A. À Secretaria de Portos compete assessorar direta e imediatamente o Presi-dente da República na formulação de polí-ticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor de portos e instalações portuárias marítimos, fluviais e lacustres e, especialmente, promover a execução e a avaliação de medidas, programas e proje-tos de apoio ao desenvolvimento da infra-estrutura e da superestrutura dos portos e instalações portuárias marítimos, fluviais e lacustres.

......................................................................

.......................

§ 2º ...........................................................

......................................................................

.......................

III – a elaboração dos planos gerais de ou-torgas;

......................................................................

.......................

V – o desenvolvimento da infraestrutura e da superestrutura aquaviária dos portos e instalações portuárias sob sua esfera de atuação, com a finalidade de promover a segurança e a eficiência do transporte aqua-viário de cargas e de passageiros.

......................................................................

.............” (NR)

“Art. 27. ...........................................................

......................................................................

.......................

XXII – ...............................................................

a) política nacional de transportes ferroviá-rio, rodoviário e aquaviário;

b) marinha mercante e vias navegáveis; e

c) participação na coordenação dos trans-portes aeroviários;

......................................................................

.............” (NR)

Art. 73. A Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:

“Art. 10-A. É assegurado, na forma do regu-lamento, benefício assistencial mensal, de até 1 (um) salário mínimo, aos trabalhado-res portuários avulsos, com mais de 60 (ses-senta) anos, que não cumprirem os requi-sitos para a aquisição das modalidades de aposentadoria previstas nos arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e que não possuam meios para prover a sua subsistência.

Parágrafo único. O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbi-to da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.”

Art. 74. (VETADO).

Art. 75. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 76. Ficam revogados:

I – a Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993;

II – a Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007;

III – o art. 21 da Lei nº 11.314, de 3 de julho de 2006;

IV – o art. 14 da Lei nº 11.518, de 5 de se-tembro de 2007;

V – os seguintes dispositivos da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001:

a) as alíneas g e h do inciso III do caput do art. 14;

b) as alíneas a e b do inciso III do caput do art. 27;

c) o inciso XXVII do caput do art. 27;

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d) os §§ 3º e 4º do art. 27; e

e) o inciso IV do caput do art. 81; e

VI – o art. 11 da Lei nº 9.719, de 27 de no-vembro de 1998.

Brasília, 5 de junho de 2013; 192º da Indepen-dência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFFJosé Eduardo CardozoGuido MantegaCésar BorgesManoel DiasMiriam BelchiorGaribaldi Alves FilhoLuis Inácio Lucena AdamsMário Lima Júnior

Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.6.2013 – edição extra

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LEI Nº 10.097, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

Mensagem de veto

Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

Art. 1º Os arts. 402, 403, 428, 429, 430, 431, 432 e 433 da Consolidação das Leis do Traba-lho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 402. Considera-se menor para os efei-tos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos." (NR)

"Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos qua-torze anos." (NR)

"Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físi-co, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a freqüência à es-cola." (NR)

"a) revogada;"

"b) revogada."

"Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, for-mação técnico-profissional metódica, com-patível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a execu-tar, com zelo e diligência, as tarefas neces-sárias a essa formação." (NR) (Vide art. 18 da Lei nº 11.180, de 2005)

"§ 1º A validade do contrato de aprendiza-gem pressupõe anotação na Carteira de Tra-balho e Previdência Social, matrícula e fre-qüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvi-do sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódi-ca." (AC)*

"§ 2º Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mí-nimo hora." (AC)

"§ 3º O contrato de aprendizagem não pode-rá ser estipulado por mais de dois anos." (AC)

"§ 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodi-camente organizadas em tarefas de com-plexidade progressiva desenvolvidas no am-biente de trabalho." (AC)

"Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matri-cular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equiva-lente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores exis-tentes em cada estabelecimento, cujas fun-ções demandem formação profissional." (NR)

"a) revogada;"

"b) revogada."

"§ 1º-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional." (AC)

"§ 1º As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lu-gar à admissão de um aprendiz." (NR)

"Art. 430. Na hipótese de os Serviços Na-cionais de Aprendizagem não oferecerem

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cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta po-derá ser suprida por outras entidades qua-lificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber:" (NR)

"I – Escolas Técnicas de Educação;" (AC)

"II – entidades sem fins lucrativos, que te-nham por objetivo a assistência ao adoles-cente e à educação profissional, registra-das no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente." (AC)

"§ 1º As entidades mencionadas neste ar-tigo deverão contar com estrutura adequa-da ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qua-lidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados." (AC)

"§ 2º Aos aprendizes que concluírem os cur-sos de aprendizagem, com aproveitamento, será concedido certificado de qualificação profissional." (AC)

"§ 3º O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competên-cia das entidades mencionadas no inciso II deste artigo." (AC)

"Art. 431. A contratação do aprendiz pode-rá ser efetivada pela empresa onde se rea-lizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços." (NR)

"a) revogada;"

"b) revogada;"

"c) revogada."

"Parágrafo único." (VETADO)

"Art. 432. A duração do trabalho do apren-diz não excederá de seis horas diárias, sen-do vedadas a prorrogação e a compensação de jornada." (NR)

"§ 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendi-

zes que já tiverem completado o ensino fun-damental, se nelas forem computadas as ho-ras destinadas à aprendizagem teórica." (NR)

"§ 2º Revogado."

"Art. 433. O contrato de aprendizagem extin-guir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar dezoito anos, ou ainda antecipa-damente nas seguintes hipóteses:" (NR)

"a) revogada;"

"b) revogada."

"I – desempenho insuficiente ou inadapta-ção do aprendiz;" (AC)

"II – falta disciplinar grave;" (AC)

"III – ausência injustificada à escola que im-plique perda do ano letivo; ou" (AC)

"IV – a pedido do aprendiz." (AC)

"Parágrafo único. Revogado."

"§ 2º Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste ar-tigo." (AC)

Art. 2º O art. 15 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 7º:

"§ 7º Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo reduzida para dois por cento." (AC)

Art. 3º São revogados o art. 80, o § 1º do art. 405, os arts. 436 e 437 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179º da Inde-pendência e 112º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSOFrancisco Dornelles

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 20.12.2000

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DECRETO Nº 5.598, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2005

Regulamenta a contratação de aprendizes e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atri-buição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Tí-tulo III, Capítulo IV, Seção IV, do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, e no Livro I, Título II, Ca-pítulo V, da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente,

DECRETA:

Art. 1º Nas relações jurídicas pertinentes à con-tratação de aprendizes, será observado o dis-posto neste Decreto.

CAPÍTULO IDO APRENDIZ

Art. 2º Aprendiz é o maior de quatorze anos e menor de vinte e quatro anos que celebra con-trato de aprendizagem, nos termos do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Parágrafo único. A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a apren-dizes portadores de deficiência.

CAPÍTULO IIDO CONTRATO DE APRENDIZAGEM

Art. 3º Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado não superior a dois anos, em que o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz, inscrito em programa de aprendi-zagem, formação técnico-profissional metódica compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz se comprome-te a executar com zelo e diligência as tarefas ne-cessárias a essa formação.

Parágrafo único. Para fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escola-ridade de aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habi-lidades e competências relacionadas com a profissionalização.

Art. 4º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o en-sino fundamental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-pro-fissional metódica.

Art. 5º O descumprimento das disposições le-gais e regulamentares importará a nulidade do contrato de aprendizagem, nos termos do art. 9º da CLT, estabelecendo-se o vínculo emprega-tício diretamente com o empregador responsá-vel pelo cumprimento da cota de aprendizagem.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica, quanto ao vínculo, a pessoa jurídica de direito público.

CAPÍTULO IIIDA FORMAÇÃO TÉCNICO-

PROFISSIONAL E DAS ENTIDADES QUALIFICADAS EM FORMAÇÃO

TÉCINICO-PROFISSIONAL MÉTODICA

Seção IDA FORMAÇÃO

TÉCNICO-PROFISSIONAL

Art. 6º Entendem-se por formação técnico-pro-fissional metódica para os efeitos do contrato de aprendizagem as atividades teóricas e prá-ticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho.

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Parágrafo único. A formação técnico-profis-sional metódica de que trata o caput deste artigo realiza-se por programas de aprendi-zagem organizados e desenvolvidos sob a orientação e responsabilidade de entidades qualificadas em formação técnico-profissio-nal metódica definidas no art. 8º deste De-creto.

Art. 7º A formação técnico-profissional do aprendiz obedecerá aos seguintes princípios:

I – garantia de acesso e freqüência obrigató-ria ao ensino fundamental;

II – horário especial para o exercício das ati-vidades; e

III – capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

Parágrafo único. Ao aprendiz com idade inferior a dezoito anos é assegurado o res-peito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

Seção IIDAS ENTIDADES QUALIFICADAS EM

FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL METÓDICA

Art. 8º Consideram-se entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica:

I – os Serviços Nacionais de Aprendizagem, assim identificados:

a) Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial – SENAI;

b) Serviço Nacional de Aprendizagem Co-mercial – SENAC;

c) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR;

d) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT; e

e) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP;

II – as escolas técnicas de educação, inclusi-ve as agrotécnicas; e

III – as entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivos a assistência ao ado-lescente e à educação profissional, registra-das no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

§ 1º As entidades mencionadas nos incisos deste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos progra-mas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados.

§ 2º O Ministério do Trabalho e Emprego editará, ouvido o Ministério da Educação, normas para avaliação da competência das entidades mencionadas no inciso III.

CAPÍTULO IV

Seção IDA OBRIGATORIEDADE DA

CONTRATAÇÃO DE APRENDIZES

Art. 9º Os estabelecimentos de qualquer natu-reza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máxi-mo, dos trabalhadores existentes em cada esta-belecimento, cujas funções demandem forma-ção profissional.

§ 1º No cálculo da percentagem de que tra-ta o caput deste artigo, as frações de unida-de darão lugar à admissão de um aprendiz.

§ 2º Entende-se por estabelecimento todo complexo de bens organizado para o exercí-cio de atividade econômica ou social do em-pregador, que se submeta ao regime da CLT.

Art. 10. Para a definição das funções que deman-dem formação profissional, deverá ser considera-da a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

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§ 1º Ficam excluídas da definição do caput deste artigo as funções que demandem, para o seu exercício, habilitação profissional de nível técnico ou superior, ou, ainda, as funções que estejam caracterizadas como cargos de direção, de gerência ou de con-fiança, nos termos do inciso II e do parágra-fo único do art. 62 e do § 2º do art. 224 da CLT.

§ 2º Deverão ser incluídas na base de cál-culo todas as funções que demandem for-mação profissional, independentemente de serem proibidas para menores de dezoito anos.

Art. 11. A contratação de aprendizes deverá atender, prioritariamente, aos adolescentes en-tre quatorze e dezoito anos, exceto quando:

I – as atividades práticas da aprendizagem ocorrerem no interior do estabelecimento, sujeitando os aprendizes à insalubridade ou à periculosidade, sem que se possa elidir o risco ou realizá-las integralmente em am-biente simulado;

II – a lei exigir, para o desempenho das ativi-dades práticas, licença ou autorização veda-da para pessoa com idade inferior a dezoito anos; e

III – a natureza das atividades práticas for incompatível com o desenvolvimento físico, psicológico e moral dos adolescentes apren-dizes.

Parágrafo único. A aprendizagem para as atividades relacionadas nos incisos deste artigo deverá ser ministrada para jovens de dezoito a vinte e quatro anos.

Art. 12. Ficam excluídos da base de cálculo de que trata o caput do art. 9º deste Decreto os empregados que executem os serviços presta-dos sob o regime de trabalho temporário, insti-tuído pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1973, bem como os aprendizes já contratados.

Parágrafo único. No caso de empresas que prestem serviços especializados para ter-

ceiros, independentemente do local onde sejam executados, os empregados serão incluídos na base de cálculo da prestadora, exclusivamente.

Art. 13. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabe-lecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico--profissional metódica previstas no art 8º.

Parágrafo único. A insuficiência de cursos ou vagas a que se refere o caput será verifi-cada pela inspeção do trabalho.

Art. 14. Ficam dispensadas da contratação de aprendizes:

I – as microempresas e as empresas de pe-queno porte; e

II – as entidades sem fins lucrativos que te-nham por objetivo a educação profissional.

Seção IIDAS ESPÉCIES DE CONTRATAÇÃO

DO APRENDIZ

Art. 15. A contratação do aprendiz deverá ser efetivada diretamente pelo estabelecimen-to que se obrigue ao cumprimento da cota de aprendizagem ou, supletivamente, pelas entida-des sem fins lucrativos mencionadas no inciso III do art. 8º deste Decreto.

§ 1º Na hipótese de contratação de apren-diz diretamente pelo estabelecimento que se obrigue ao cumprimento da cota de aprendizagem, este assumirá a condição de empregador, devendo inscrever o aprendiz em programa de aprendizagem a ser minis-trado pelas entidades indicadas no art. 8º deste Decreto.

§ 2º A contratação de aprendiz por inter-médio de entidade sem fins lucrativos, para efeito de cumprimento da obrigação estabelecida no caput do art. 9º, somente deverá ser formalizada após a celebração de contrato entre o estabelecimento e a en-

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tidade sem fins lucrativos, no qual, dentre outras obrigações recíprocas, se estabelece-rá as seguintes:

I – a entidade sem fins lucrativos, simulta-neamente ao desenvolvimento do progra-ma de aprendizagem, assume a condição de empregador, com todos os ônus dela decor-rentes, assinando a Carteira de Trabalho e Previdência Social do aprendiz e anotando, no espaço destinado às anotações gerais, a informação de que o específico contrato de trabalho decorre de contrato firmado com determinado estabelecimento para efeito do cumprimento de sua cota de aprendiza-gem ; e

II – o estabelecimento assume a obrigação de proporcionar ao aprendiz a experiência prática da formação técnico-profissional metódica a que este será submetido.

Art. 16. A contratação de aprendizes por em-presas públicas e sociedades de economia mista dar-se-á de forma direta, nos termos do § 1º do art. 15, hipótese em que será realizado proces-so seletivo mediante edital, ou nos termos do § 2º daquele artigo.

Parágrafo único. A contratação de aprendi-zes por órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional observará regulamento específico, não se aplicando o disposto neste Decreto.

CAPÍTULO VDOS DIREITOS TRABALHISTAS E

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Seção IDA REMUNERAÇÃO

Art. 17. Ao aprendiz, salvo condição mais favo-rável, será garantido o salário mínimo hora.

Parágrafo único. Entende-se por condição mais favorável aquela fixada no contrato de aprendizagem ou prevista em convenção ou

acordo coletivo de trabalho, onde se espe-cifique o salário mais favorável ao aprendiz, bem como o piso regional de que trata a Lei Complementar no 103, de 14 de julho de 2000.

Seção II DA JORNADA

Art. 18. A duração do trabalho do aprendiz não excederá seis horas diárias.

§ 1º O limite previsto no caput deste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tenham concluído o en-sino fundamental, se nelas forem compu-tadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.

§ 2º A jornada semanal do aprendiz, inferior a vinte e cinco horas, não caracteriza tra-balho em tempo parcial de que trata o art. 58-A da CLT.

Art. 19. São vedadas a prorrogação e a compen-sação de jornada.

Art. 20. A jornada do aprendiz compreende as horas destinadas às atividades teóricas e prá-ticas, simultâneas ou não, cabendo à entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica fixá-las no plano do curso.

Art. 21. Quando o menor de dezoito anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas.

Parágrafo único. Na fixação da jornada de trabalho do aprendiz menor de dezoito anos, a entidade qualificada em forma-ção técnico-profissional metódica levará em conta os direitos assegurados na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

Seção IIIDAS ATIVIDADES

TEÓRICAS E PRÁTICAS

Art. 22. As aulas teóricas do programa de apren-dizagem devem ocorrer em ambiente físico ade-

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quado ao ensino, e com meios didáticos apro-priados.

§ 1º As aulas teóricas podem se dar sob a forma de aulas demonstrativas no ambien-te de trabalho, hipótese em que é vedada qualquer atividade laboral do aprendiz, res-salvado o manuseio de materiais, ferramen-tas, instrumentos e assemelhados.

§ 2º É vedado ao responsável pelo cumpri-mento da cota de aprendizagem cometer ao aprendiz atividades diversas daquelas previstas no programa de aprendizagem.

Art. 23. As aulas práticas podem ocorrer na pró-pria entidade qualificada em formação técnico--profissional metódica ou no estabelecimento contratante ou concedente da experiência prá-tica do aprendiz.

§ 1º Na hipótese de o ensino prático ocor-rer no estabelecimento, será formalmente designado pela empresa, ouvida a entidade qualificada em formação técnico-profissio-nal metódica, um empregado monitor res-ponsável pela coordenação de exercícios práticos e acompanhamento das atividades do aprendiz no estabelecimento, em con-formidade com o programa de aprendiza-gem.

§ 2º A entidade responsável pelo programa de aprendizagem fornecerá aos emprega-dores e ao Ministério do Trabalho e Empre-go, quando solicitado, cópia do projeto pe-dagógico do programa.

§ 3º Para os fins da experiência prática se-gundo a organização curricular do progra-ma de aprendizagem, o empregador que mantenha mais de um estabelecimento em um mesmo município poderá centralizar as atividades práticas correspondentes em um único estabelecimento.

§ 4º Nenhuma atividade prática poderá ser desenvolvida no estabelecimento em desa-cordo com as disposições do programa de aprendizagem.

Art. 23-A. O estabelecimento contratante cujas peculiaridades da atividade ou dos locais de trabalho constituam embaraço à realização das aulas práticas, além de poderem ministrá-las exclusivamente nas entidades qualificadas em formação técnico profissional, poderão reque-rer junto à respectiva unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Previdência Social a assinatura de termo de compromisso para o cumprimento da cota em entidade conceden-te da experiência prática do aprendiz. (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

§ 1º Caberá ao Ministério do Trabalho e Pre-vidência Social definir: (Incluído pelo Decre-to nº 8.740, de 2016)

I – os setores da economia em que a aula prática poderá se dar nas entidades conce-dentes; e (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

II – o processamento do pedido de assinatu-ra de termo de compromisso. (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

§ 2º Consideram-se entidades concedentes da experiência prática do aprendiz: (Incluí-do pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

I – órgãos públicos; (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

II – organizações da sociedade civil, nos ter-mos do art. 2º da Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014; e (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

III – unidades do Sistema Nacional de Aten-dimento Socioeducativo – Sinase. (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

§ 3º Firmado o termo de compromisso com o Ministério do Trabalho e Previdência So-cial, o estabelecimento contratante e a en-tidade qualificada por ele já contratada de-verão firmar conjuntamente parceria com uma das entidades concedentes para a rea-lização das aulas práticas. (Incluído pelo De-creto nº 8.740, de 2016)

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§ 4º Caberá à entidade qualificada o acom-panhamento pedagógico da etapa prática. (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

§ 5º A seleção de aprendizes será realizada a partir do cadastro público de emprego, disponível no portal eletrônico Mais Empre-go e deverá priorizar a inclusão de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilida-de ou risco social, tais como: (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

I – adolescentes egressos do sistema socio-educativo ou em cumprimento de medidas socioeducativas; (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

II – jovens em cumprimento de pena no sis-tema prisional; (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

III – jovens e adolescentes cujas famílias se-jam beneficiárias de programas de transfe-rência de renda; (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

IV – jovens e adolescentes em situação de acolhimento institucional; (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

V – jovens e adolescentes egressos do tra-balho infantil; (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

VI – jovens e adolescentes com deficiência; (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

VII – jovens e adolescentes matriculados na rede pública de ensino, em nível fundamen-tal, médio regular ou médio técnico, inclusi-ve na modalidade de Educação de Jovens e Adultos; e, (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

VIII – jovens desempregados e com ensino fundamental ou médio concluído na rede pública. (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

§ 6º Os percentuais a serem cumpridos na forma alternativa e no sistema regular de-verão constar do termo de compromisso fir-

mado com o Ministério do Trabalho e Previ-dência Social, com vistas ao adimplemento integral da cota de aprendizagem, observa-dos, em todos os casos, os limites previs-tos na Seção IV do Capítulo IV do Título III do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho e a contratação do percentual mínimo no sistema regular, (Incluído pelo Decreto nº 8.740, de 2016)

Seção IVDO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 24. Nos contratos de aprendizagem, apli-cam-se as disposições da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990.

Parágrafo único. A Contribuição ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço corres-ponderá a dois por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, ao apren-diz.

Seção VDAS FÉRIAS

Art. 25. As férias do aprendiz devem coincidir, preferencialmente, com as férias escolares, sen-do vedado ao empregador fixar período diverso daquele definido no programa de aprendiza-gem.

Seção VIDOS EFEITOS DOS INSTRUMENTOS

COLETIVOS DE TRABALHO

Art. 26. As convenções e acordos coletivos ape-nas estendem suas cláusulas sociais ao aprendiz quando expressamente previsto e desde que não excluam ou reduzam o alcance dos disposi-tivos tutelares que lhes são aplicáveis.

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Seção VIIDO VALE-TRANSPORTE

Art. 27. É assegurado ao aprendiz o direito ao benefício da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, que institui o vale-transporte.

Seção VIIIDAS HIPÓTESES DE EXTINÇÃO E RESCISÃO DO CONTRATO DE

APRENDIZAGEM

Art. 28. O contrato de aprendizagem extinguir--se-á no seu termo ou quando o aprendiz com-pletar vinte e quatro anos, exceto na hipótese de aprendiz deficiente, ou, ainda antecipada-mente, nas seguintes hipóteses:

I – desempenho insuficiente ou inadapta-ção do aprendiz;

II – falta disciplinar grave;

III – ausência injustificada à escola que im-plique perda do ano letivo; e

IV – a pedido do aprendiz.

Parágrafo único. Nos casos de extinção ou rescisão do contrato de aprendizagem, o empregador deverá contratar novo apren-diz, nos termos deste Decreto, sob pena de infração ao disposto no art. 429 da CLT.

Art. 29. Para efeito das hipóteses descritas nos incisos do art. 28 deste Decreto, serão observa-das as seguintes disposições:

I – o desempenho insuficiente ou inadapta-ção do aprendiz referente às atividades do programa de aprendizagem será caracteri-zado mediante laudo de avaliação elabora-do pela entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica;

II – a falta disciplinar grave caracteriza-se por quaisquer das hipóteses descritas no art. 482 da CLT; e

III – a ausência injustificada à escola que im-plique perda do ano letivo será caracteriza-

da por meio de declaração da instituição de ensino.

Art. 30. Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 da CLT às hipóteses de extinção do con-trato mencionadas nos incisos do art. 28 deste Decreto.

CAPÍTULO VIDO CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DE APRENDIZAGEM

Art. 31. Aos aprendizes que concluírem os pro-gramas de aprendizagem com aproveitamento, será concedido pela entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica o certi-ficado de qualificação profissional.

Parágrafo único. O certificado de qualifica-ção profissional deverá enunciar o título e o perfil profissional para a ocupação na qual o aprendiz foi qualificado.

CAPÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32. Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego organizar cadastro nacional das enti-dades qualificadas em formação técnico-profis-sional metódica e disciplinar a compatibilidade entre o conteúdo e a duração do programa de aprendizagem, com vistas a garantir a qualidade técnico-profissional.

Art. 33. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 34. Revoga-se o Decreto no 31.546, de 6 de outubro de 1952.

Brasília, 1º de dezembro de 2005; 184º da Inde-pendência e 117º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVALuiz Marinho

Este texto não substitui o publicado no DOU de 2.12.2005

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COMBATE AO TRABALHO INFANTIL E ÀS CONDIÇÕES ANÁLOGAS À DE ESCRAVIDÃO

As referências quanto a este tópico são retiradas de textos disponíveis no site do Ministério do Trabalho (trabalho.gov.br), quanto ao combate ao trabalho infantil e do manual de combate ao trabalho em condições análogas às de escravo.

Para o Ministério do Trabalho o termo “trabalho infantil” é entendido, no âmbito do combate ao trabalho infantil, como sendo aquelas atividades econômicas e/ou atividades de sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remuneradas ou não, realizadas por crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 (dezesseis) anos, ressalvada a condição de aprendiz a partir dos 14 (quatorze) anos, independentemente da sua condição ocupacional. Para efeitos de proteção ao trabalhador adolescente, será considerado todo trabalho desempenhado por pessoa com idade entre 16 e 18 anos incompletos e, na condição de aprendiz, de 14 a 18 anos incompletos.

A legislação brasileira, de maneira distinta das convenções internacionais que definem criança como todo aquele com idade inferior a 18, considera criança a pessoa com idade até 12 anos e adolescente a que tem idade entre 12 e 18 anos incompletos. Optou-se pela utilização do termo “trabalho infantil” para facilitar a distinção do trabalho dos adolescentes com a idade na qual o trabalho é permitido, desde que não comprometa seu processo de formação e desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, nem prejudique sua freqüência à escola.

De acordo com o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente toda legislação brasileira a respeito do trabalho infantil está orientada segundo os princípios estabelecidos na Constituição de 1988, que estão harmonizados com as atuais disposições da Convenção dos Direitos da Criança, da Organização das Nações Unidas (ONU), e das Convenções 138 e 182, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Na Convenção da ONU de 1989, o art. 32 estabelece que não será permitido nenhum tipo de exploração econômica da criança (até os 18 anos), considerando como exploração qualquer espécie de trabalho que prejudique a escolaridade básica.

A Convenção nº 138, ratificada pelo Brasil em 28 de junho de 2001, estabelece que todo país que a ratifica deve especificar, em declaração, a idade mínima para admissão ao emprego ou trabalho em qualquer ocupação, não se admitindo nenhuma pessoa com idade inferior à definida em qualquer espécie de trabalho.

Em 1999, a OIT aprovou a Convenção nº 182 sobre as piores formas de trabalho infantil com o propósito de suplementar e priorizar (e não de substituir) os esforços de erradicação e prevenção no âmbito da Convenção nº 138 sobre a idade mínima de acesso ao trabalho. A Convenção nº 182, que passou também a fazer parte da lista das convenções fundamentais da Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho da OIT, nasceu da consciência de que, embora todas as formas de trabalho infantil sejam indesejáveis, algumas são hoje absolutamente intoleráveis, demandando ações imediatas por parte dos países-membros que a ratifiquem.

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Sendo assim, a adoção dessa Convenção foi praticamente unânime. O Brasil a ratificou em 2 de fevereiro de 2000. Seu texto é bastante preciso em pontos essenciais. O art. 1º estabelece que os Estados-Membros que tenham ratificado essa Convenção “devem tomar medidas imediatas e eficazes”, e o art. 3º estabelece quatro categorias claras de piores formas de trabalho infanto-juvenil que devem ser abolidas:

a) todas as formas de escravidão ou práticas análogas à escravidão, como vendas e tráfico de crianças, sujeição por dívida e servidão, trabalho forçado ou compulsório, inclusive recrutamento forçado ou compulsório de crianças para serem utilizadas em conflitos armados;

b) utilização, procura e oferta de criança para fins de prostituição, de produção de material pornográfico ou espetáculos pornográficos;

c) utilização, procura e oferta de crianças para atividades ilícitas, particularmente para produção e tráfico de drogas, conforme definidos nos tratados internacionais pertinentes;

d) trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são executados, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança.

O texto estabelece ainda atividades que, por sua natureza ou pelas condições em que são realizadas, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança ou a moral das crianças, e que deverão ser determinadas por uma comissão tripartite que, no caso brasileiro, elaborou uma lista de atividades, contempladas pela Portaria nº 20/2001, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, que discriminou 81 condições de trabalho consideradas insalubres ou perigosas, nas quais o trabalho do adolescente é proibido. A Convenção entrou em vigor no País em 2 de fevereiro de 2001, um ano após sua ratificação pelo governo brasileiro.

Vale ressaltar que persiste discussão sobre o estabelecimento de quais são as piores formas de trabalho infantil. Distinguir qual é a pior pode ser complicado à medida que todas elas (exceto as protegidas) têm o caráter de serem forçadas para a criança. Daí se pode concluir que estabelecer as piores não afasta a proibição genérica para qualquer outra forma de trabalho prevista na legislação nacional, apenas delimita um feixe de atividades intoleráveis com potencial para causar prejuízos mais graves à criança e ao adolescente.

As Convenções da OIT procuram disciplinar situações, estabelecendo normas com limites concretos e sugerindo mudanças na lei no que diz respeito aos casos necessários. Buscam uma harmonização das leis nacionais com seus princípios fundamentais e, uma vez ratificadas pelo país-membro, tem início o processo de adequação das leis nacionais.

Além das convenções internacionais, o Brasil conta com uma estrutura jurídica bastante desenvolvida para reger o trabalho infanto-juvenil. Em particular, figuram como fundamentais o art. 7º, inciso XXXIII; o art. 227 da Constituição Federal; os arts. 60 a 69 e 248 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como o Capítulo IV, “Da Proteção do Trabalho do Menor”, do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A Emenda nº 20, de 15 de dezembro de 1998, alterou o art. 7º da Constituição Federal, estabelecendo em 16 anos a idade mínima de acesso ao trabalho. Assim, a norma constitucional proíbe qualquer emprego ou trabalho abaixo dos 16 anos, exceção feita apenas ao emprego em regime de aprendizagem, permitido a partir de 14 anos. Abaixo de 18 anos, o trabalho

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é proibido, sem exceção, quando é perigoso, insalubre, penoso, noturno e prejudicial ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.

O art. 227 da Constituição Federal determina que são deveres da família, da sociedade e do Estado: “Assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

O direito à proteção especial deve abranger o respeito à idade mínima, a garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola, dentre outros. O mesmo artigo sinaliza, ainda, os princípios gerais que devem orientar o legislador ordinário e as políticas públicas e ações governamentais e não-governamentais concernentes aos direitos de crianças e adolescentes.

Os arts. 60 a 69 do ECA tratam da proteção ao trabalhador adolescente. O art. 248, inserido no Capítulo II, “Das Infrações Administrativas”, do Título VII do ECA, sobre a guarda de adolescente trazido de outra comarca para prestação de serviços domésticos.

Em termos gerais, nossa legislação consagra a doutrina da proteção integral, colocando a criança e o adolescente como prioridade absoluta. Esses elementos foram desenvolvidos privilegiadamente no ECA, que é uma legislação bastante completa.

O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a implementação de um Sistema de Garantia de Direitos (SGD) e de um Sistema de Proteção, detalhando como se podem implementar os direitos das crianças e adolescentes, a quem cabe garantir esses direitos, estabelecendo também um sistema de denúncias. Por outra parte, encontra-se a CLT, que apresenta dispositivos específicos que regulando o trabalho dos adolescentes, que também privilegia a questão da freqüência escolar.

Os Conselhos de Direitos, de âmbito nacional, estadual e municipal, e os Conselhos Tutelares, criados pelos arts. 88, 131 e 132 do ECA, são co-responsáveis na ação de combate ao trabalho infantil, cabendo a eles cuidar dos direitos das crianças e adolescentes em geral, em parceria com o Ministério Público e o Juizado da Infância e da Adolescência.

Implicitamente, o Estatuto espera que os governos municipais, estaduais e federal adotem políticas públicas que afastem as crianças, com idades inferiores a 16 anos, do mercado de trabalho. Podem ser mencionados os programas de transferência de renda com vinculação à freqüência escolar e ao não-trabalho infantil, especialmente aqueles que prevêem a implementação de jornadas ampliadas, adotados por alguns municípios, estados da Federação e Governo Federal com essa finalidade. Além das iniciativas governamentais, os sindicatos, organizações não-governamentais e entidades privadas e representativas da sociedade civil têm colaborado para a erradicação do trabalho infantil.

No caso brasileiro, uma tarefa ainda a ser cumprida no âmbito da implementação das Convenções Internacionais é a de promover a definição de mecanismos de punição mais severos àqueles que exploram o trabalho infantil, como estabelecem as Convenções nºs 138 e 182.

A legislação brasileira ainda não contemplou uma punição mais severa nesse sentido. Não existe no País nenhum dispositivo legal que considere crime explorar o trabalho da criança.

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Na atualidade, a fiscalização tem o poder de lavrar autos de infração que podem resultar em uma imposição de multa, mas esta não é uma penalidade no sentido criminal. Não constitui uma criminalização.

Outra questão diz respeito ao estatuto da guarda, da maneira como está previsto no ECA.

O art. 248 prevê multa àquele que “deixar de apresentar à autoridade judiciária de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de regularizar a guarda, adolescente trazido de outra comarca para a prestação de serviço doméstico, mesmo que autorizado pelos pais ou responsável”.

É possível que esse problema concernente à figura da guarda, em sua origem, esteja relacionado com a idealização da família que acolhe uma criança ou um adolescente. Parte-se do princípio de que, sendo uma família, necessariamente o adolescente estará em um ambiente seguro, que lhe fornecerá meios para seu desenvolvimento integral. Mas, em grande parte dos casos, acontece justamente o contrário: o adolescente não é tratado como membro dessa nova família, e sim como um trabalhador, completamente destituído de direitos, sem salário, sem possibilidade de estudar, sem garantia alguma. Dentro daquele “lar”, ele se torna um ser invisível para o sistema de garantia de direitos, dado que não existe monitoramento.

A grande questão de fundo que se impõe ao analisar o marco legal brasileiro na área do trabalho infantil diz respeito ao fato de que a Constituição Federal e o ECA não são completamente aplicados nem totalmente compreendidos. Muitas vezes, o Estatuto é aplicado sob conceitos antigos, como os estabelecidos no Código do Menor (que já foi revogado), em que a visão predominante era a de punir as crianças e adolescentes em conflito com a lei.

Muitos dos problemas de exploração sexual e de abuso intrafamiliar ficam sem resolução porque, mesmo que o agente do Sistema de Garantia de Direitos identifique o problema e seja sensível a ele, não tem como efetivamente mudar as condições dessas crianças. O agente trabalha sem condições práticas de solução, desarticulado institucionalmente. Ele esbarra nas mazelas de um sistema ainda não consolidado, que lhe impossibilita dar a proteção devida tal como estabelecida por lei.

Na maioria dos casos, o SGD, que deveria garantir a efetividade dos direitos das crianças previstos em lei, funciona com precários recursos humanos, institucionais, materiais e financeiros. Funciona em um contexto em que ainda fazem falta mais e melhores políticas de proteção. Na verdade, falta tornar prioridade o problema da criança e do adolescente tal como estabelecido na Constituição. Se a criança fosse tratada como prioridade absoluta, não existiriam tantas lacunas, não seria uma discussão constante a escassez de recursos financeiros, sempre submetidos a cortes nos orçamentos públicos.

Em geral, a sociedade tem optado por subordinar a área social ao setor econômico. Há um consenso de que não havendo crescimento econômico, não há como sustentar e desenvolver o social. No entanto, possivelmente, se a área social fosse priorizada, seria construída uma base sólida, um lastro social com capacidade para desenvolver e sustentar a dimensão econômica. É uma questão de inversão do olhar. Faz parte da nossa mentalidade dizer que sem o econômico não se pode atender ao social. O agir econométrico erra ao pensar que, se a economia cresce, automaticamente o social se desenvolve.

Muitas pessoas defendem ainda que o ECA, bem como toda a legislação do País nessa área, é muito avançado e que, assim, está dissociado da realidade brasileira. Esses atores acreditam que seria necessário reformular as leis vigentes para adaptá-las às condições reais do País, ou

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ainda, primeiro mudar suas condições reais, para depois trazer essas leis novamente à tona. Mas transformar a utopia em lei não pode ser um meio eficaz de estimular mudanças que são inegavelmente necessárias?

A questão do trabalho infantil deve ser sempre enfocada na perspectiva dos Direitos Humanos. Estes direitos são fundamentais e inalienáveis e, portanto, não são negociáveis. As leis vigentes são instrumentos legais que buscam garantir esses direitos. Por esse motivo, não se pode aceitar uma discussão sobre a inadequação de instrumentos que são muito avançados.

Outro aspecto dessa mesma discussão enfatiza que, no caso brasileiro, todo trabalho insalubre, degradante ou perigoso é considerado uma pior forma de trabalho infantil, inclusive para os adolescentes com idade entre 16 e 18 anos, aos quais já é garantido o acesso legal ao mercado de trabalho.

DO TRABALHO EM CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO

Por meio da assinatura dos seguintes instrumentos do direito internacional, o Brasil se comprometeu a combater o trabalho em condição análoga à de escravo:

• Convenção das nações Unidas sobre Escravatura de 1926, emendada pelo Protocolo de 1953 e a Convenção suplementar sobre a Abolição da Escravatura de 1956: ratificadas pelo Brasil em 1966, estabelecem o compromisso de seus signatários de abolir completamente a escravidão em todas as suas formas;

• Convenção no 29 sobre o Trabalho Forçado ou obrigatório (1930) da oIT: ratificada pelo Brasil em 1957, estabelece que os países signatários se comprometem a abolir a utilização do trabalho forçado ou obrigatório, em todas as suas formas, no mais breve espaço de tempo possível;

• Convenção no 105 sobre a Abolição do Trabalho Forçado (1957) da oIT: ratificada pelo Brasil em 1965. os países signatários se comprometem a adequar sua legislação nacional às circunstâncias da prática de trabalho forçado neles presentes, de modo que seja tipificada de acordo com as particularidades econômicas, sociais e culturais do contexto em que se insere.

Ademais, a Convenção estipula que a legislação deve prever sanções realmente eficazes;

• Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos das nações Unidas de 1966: ratificado pelo Brasil em 1992, proíbe, no seu artigo 8º, todas as formas de escravidão;

• Pacto Internacional de Direitos Econômicos, sociais e Culturais das nações Unidas de 1966: ratificado pelo Brasil em 1992, garante, no seu artigo 7º, o direito de todos a condições de trabalho equitativas e satisfatórias;

• Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de são José da Costa Rica) de 1969: ratificada pelo Brasil em 1992, no qual os signatários firmaram um compromisso de repressão à servidão e à escravidão em todas as suas formas;

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• Declaração da Conferência das nações Unidas sobre o Ambiente Humano ou Declaração de Estocolmo de 1972, cujo 1º princípio estabelece que: “o homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao gozo de condições de vida adequadas num meio ambiente de tal qualidade que lhe permita levar uma vida digna de gozar do bem-estar”;

• Protocolo para Prevenir, suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, Especialmente Mulheres e Crianças ou “Protocolo do Tráfico” (Palermo, 2000): é um dos protocolos suplementares à Convenção das nações Unidas contra o Crime organizado Transnacional e prevê a criminalização do tráfico de pessoas voltado a qualquer forma de exploração sexual. Este protocolo está em vigor internacionalmente desde 2003 e foi ratificado pelo Brasil em 2004. o aliciamento de trabalhadores rurais no Brasil e de trabalhadores estrangeiros irregulares no intuito de submetê-los ao trabalho em condição análoga à de escravo iguala-se à definição de tráfico de seres humanos nele contida.

Independente dos instrumentos internacionais, a legislação brasileira tutela de forma objetiva a dignidade da pessoa humana, os direitos humanos, a igualdade de pessoas, os valores sociais do trabalho e a proibição da tortura e de tratamento desumano ou degradante. o conceito de trabalho em condição análoga à de escravo, bem como sua vedação no território nacional, decorrem dos preceitos da Constituição Federal, como se vê:

Art. 1º A república Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

(...)

III – a dignidade da pessoa humana

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

(...)

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

(...)

II – prevalência dos direitos humanos

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

(...)

XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

(...)

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III – função social da propriedade;

(...)

VII – redução das desigualdades regionais e sociais;

Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

(...)

III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Importante ressaltar a íntegra do artigo 7º da Carta Magna que prevê os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais “além de outros que visem à melhoria de sua condição social” (in verbis). os excertos acima induzem a uma reflexão sobre a realidade das relações de trabalho verificadas nas ações fiscais executadas por meio da auditoria-fiscal do trabalho em todo o país.

Como se caracteriza, então, a redução do trabalhador a condição análoga à de escravos?

Diversas são as denominações dadas ao fenômeno de exploração ilícita e precária do trabalho, ora chamado de trabalho forçado, trabalho escravo, exploração do trabalho, semiescravidão, trabalho degradante, entre outros, que são utilizados indistintamente para tratar da mesma realidade jurídica. Malgrado as diversas denominações, qualquer trabalho que não reúna as mínimas condições necessárias para garantir os direitos do trabalhador, ou seja, cerceie sua liberdade, avilte a sua dignidade, sujeite-o a condições degradantes, inclusive em relação ao meio ambiente de trabalho, há que ser considerado trabalho em condição análoga à de escravo.

A degradação mencionada vai desde o constrangimento físico e/ou moral a que é submetido o trabalhador – seja na deturpação das formas de contratação e do consentimento do trabalhador ao celebrar o vínculo, seja na impossibilidade desse trabalhador de extinguir o vínculo conforme sua vontade, no momento e pelas razões que entender apropriadas – até as péssimas condições de trabalho e de remuneração: alojamentos sem condições de habitação, falta de instalações sanitárias e de água potável, falta de fornecimento gratuito de equipamentos de proteção individual e de boas condições de saúde, higiene e segurança no trabalho; jornadas exaustivas; remuneração irregular, promoção do endividamento pela venda de mercadorias aos trabalhadores (truck system).

Assim, ao contrário do estereótipo que surge no imaginário da maioria das pessoas, no qual o trabalho escravo é ilustrado pelo trabalhador acorrentado, morando na senzala, açoitado e ameaçado constantemente, o trabalho em condição análoga à de escravo não se caracteriza apenas pela restrição da liberdade de ir e vir, pelo trabalho forçado ou pelo endividamento ilegal, mas também pelas más condições de trabalho impostas ao trabalhador.

À luz do artigo 149, do Código Penal, verifica-se que, de forma simplificada, o trabalho em condição análoga à de escravo é tipificado penalmente diante de quatro condutas específicas:

a) sujeição da vítima a trabalhos forçados;

b) sujeição da vítima a jornada exaustiva;

c) sujeição da vítima a condições degradantes de trabalho;

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d) restrição, por qualquer meio, da locomoção da vítima em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.

Cada um dos modos de execução, embora seja caracterizado de maneira distinta, pode ser verificado, na realidade das relações de trabalho combinados entre si.

a) Sujeição da vítima a trabalhos forçados

A Convenção nº 29 da oIT, no item 1 do artigo 2º define trabalho forçado ou obrigatório como “todo trabalho ou serviço exigido de um indivíduo sob ameaça de qualquer penalidade e para o qual ele não se ofereceu de espontânea vontade”.

Verifica-se, então, que se o trabalhador não pode decidir sobre a aceitação do trabalho ou sobre sua permanência nele, há trabalho forçado. na mesma definição incorre o trabalho inicialmente consentido que, posteriormente, revela-se forçado.

No trabalho forçado não se fere somente o princípio da liberdade, mas também o da legalidade, o da igualdade e o da dignidade da pessoa humana, na medida em que a prática afronta as normas legais, concede ao trabalhador em questão, tratamento diverso do concedido a outros; e retira dele o direito de escolha. A coação – elemento que possibilita essa modalidade de sujeição do trabalhador à condição análoga à de escravo – pode ser moral, psicológica ou física. A coação é moral quando o trabalhador é induzido a acreditar ser um dever a permanência no trabalho; é psicológica quando a coação decorre de ameaças; e física, quando é consequência de violência física.

Mencione-se, como citado, que o trabalho forçado não inicia, necessariamente, na contratação/arregimentação. na maioria dos casos verificados, é a própria condição de vida do trabalhador o elemento “coercitivo” utilizado na arregimentação. A situação de miséria do obreiro é o que o leva espontaneamente à aceitação das condições de trabalho propostas. Ela é estímulo para o estabelecimento da relação e costuma ser a origem da escravidão por dívida, já que, via de regra, no momento da “contratação”, o obreiro recebe antecipação em dinheiro com o objetivo de suprir minimamente a família por um pequeno período ou com o fim de quitar dívidas com alimentação e estada nas pensões, onde permanece à espera de trabalho.

Ao longo do tempo, esse trabalho aceito voluntariamente pode se constituir em trabalho forçado, a partir do momento em que houver cerceamento da liberdade do trabalhador; seja quando o trabalhador permanece no trabalho porque se sente obrigado a saldar a dívida, seja ela lícita ou não (coação moral); seja quando o trabalhador não pode deixar o trabalho por conta de vigilância ostensiva, ameaças ou outras represálias (coação psicológica); seja, finalmente, quando o trabalhador é fisicamente impedido de deixar o trabalho, por cerceamento de sua liberdade de locomoção ou com prejuízo direto à sua integridade física e à sua própria vida (coação física).

b) Sujeição da vítima a jornada exaustiva

Note-se que jornada exaustiva não se refere exclusivamente à duração da jornada, mas à submissão do trabalhador a um esforço excessivo ou a uma sobrecarga de trabalho – ainda que em espaço de tempo condizente com a jornada de trabalho legal – que o leve ao limite de sua capacidade.

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É dizer que se negue ao obreiro o direito de trabalhar em tempo e modo razoáveis, de forma a proteger sua saúde, garantir o descanso e permitir o convívio social.

Nessa modalidade de trabalho em condição análoga à de escravo, assume importância a análise do ritmo de trabalho imposto ao trabalhador, quer seja pela exigência de produtividade mínima por parte do empregador, quer seja pela indução ao esgotamento físico como forma de conseguir algum prêmio ou melhora na remuneração.

Ressalte-se que as normas que preveem limite à jornada de trabalho (e, no mesmo sentido, a garantia do gozo do repouso) caracterizam-se como normas de saúde pública, que visam a tutelar a saúde e a segurança dos trabalhadores, possuindo fundamento de ordem biológica, haja vista que a limitação da jornada – tanto no que tange à duração quanto no que se refere ao esforço despendido – tem por objetivo restabelecer as forças físicas e psíquicas do obreiro, assim como prevenir a fadiga física e mental do trabalhador, proporcionando também a redução dos riscos de acidentes de trabalho.

Os excessos de jornada são especialmente significativos nas atividades remuneradas por produção, como é o caso, por exemplo, do corte de cana-de-açúcar, derrubada de árvores, oficinas de costura e carvoejamento.

No intuito de melhorar a remuneração, os trabalhadores laboram ininterruptamente e de forma esgotante, desde o início da manhã até o início da noite, de segunda--feira a domingo, aumentando os riscos de acidentes e doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e chegando, em casos mais extremos, à morte por exaustão.

c) Sujeição da vítima a condições degradantes de trabalho

A realidade das atividades laborais, nas áreas urbanas e rurais, tem demonstrado que essa é, atualmente, a conduta típica mais verificada na configuração da redução de trabalhadores a condição análoga à de escravo.

As condições degradantes de trabalho têm-se revelado uma das formas contemporâneas de escravidão, pois retiram do trabalhador os direitos mais fundamentais. Dessa forma, o trabalhador passa a ser tratado como se fosse uma coisa, um objeto, e negociado como uma mercadoria barata. o trabalho degradante possui diversas formas de expressão sendo a mais comum delas a

subtração dos mais básicos direitos à segurança e à saúde no trabalho. são exemplos desse tipo de vulneração a jornada de trabalho que não seja razoável e que ponha em risco a saúde do trabalhador, negando-lhe o descanso necessário e o convívio social, as limitações à uma correta e saudável alimentação, à higiene e à moradia.

Vê-se que não é o cerceamento da liberdade o elemento configurador dessa modalidade de trabalho análogo ao de escravo, mas a supressão dos direitos mais essenciais do trabalhador, de seu livre arbítrio, de sua liberdade de escolha, mesmo de sua condição de ser humano. Dessa forma, a jurisprudência tem fixado e configurado o trabalho em condição degradante na negação dos direitos de segurança e saúde no trabalho:

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TST – AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA: AIRR

32496320105080000 3249-63.2010.5.08.0000 Agravo de Instrumento em Recurso de Revista. Dano Moral. Trabalho em Condições Degradantes. Convenção 29 Da OIT. Valor Da Indenização. Critérios de Fixação. A prestação de serviços em instalações inadequadas, capazes de gerar situações de manifesta agressão à intimidade, à segurança e à saúde, como a falta de instalações sanitárias, a precariedade de abrigos e de água potável, incompatíveis com as necessidades dos trabalhadores, constituem, inequivocadamente, trabalho degradante, repudiado pela Convenção nº 29, da organização do Trabalho e ratificada pelo Brasil. Quanto ao valor da indenização, constata-se que o decisum observou os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, atento às circunstâncias fáticas geradoras do dano, do grau de responsabilidade e da capacidade econômica da empresa, sem se afastar, igualmente, de seu caráter desestimulador de ações dessa natureza, que comprometem a dignidade dos trabalhadores. Agravo conhecido e não provido.

d) Restrição, por qualquer meio, da locomoção da vítima em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto

O último tipo, considerado na parte final do caput do artigo 149, traduz uma das mais conhecidas e reiteradas formas de escravidão, o sistema de barracão ou “truck system”.

Nessa conduta, o trabalhador é induzido a contrair dívidas com o empregador ou preposto deste e é impedido de deixar o trabalho em razão do débito. A contração das dívidas pode ocorrer de formas distintas:

• No momento da arregimentação

Quando o “gato”, preposto do empregador ou o próprio empregador financia débitos pendentes do trabalhador (a exemplo das dívidas com alimentação e pousadas onde permanecem à espera de trabalho); ou antecipa (“adiantamento”) parte do salário que garanta as mínimas condições de subsistência da família do trabalhador por algum período de tempo. Ainda, cobra do trabalhador as despesas efetuadas a título de transporte e alimentação desde o local da contratação até o local de trabalho.

• No curso da prestação laboral

Quando o trabalhador é obrigado a pagar pelas ferramentas utilizadas no trabalho, pelos equipamentos de proteção individual, vestuário, alojamento, alimentação e/ou quaisquer outros gêneros de que necessite. nessa forma de endividamento os produtos são vendidos pelo empregador, por preposto deste ou pelo “gato”, a preços sempre superiores aos praticados no mercado.

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• Aval do empregador em estabelecimento comercial

O endividamento também pode ocorrer através de aval do empregador, preposto ou “gato”, para abertura de crédito, em estabelecimento comercial de sua escolha, onde o trabalhador é compelido a comprar “fiado” todo produto de que necessite.

Em qualquer dos casos, a garantia para saldar a dívida é a remuneração a ser auferida pelo trabalhador. Ocorre que tal remuneração ou não é paga ou é paga de forma irregular, sem obediência aos prazos legais e em valores inferiores aos realmente devidos, o que torna a quitação da dívida praticamente impossível. o empregador aproveita-se da coação moral dos trabalhadores que se sentem eticamente obrigados a saldar qualquer débito porventura existente, antes de deixar o trabalho.

É necessário frisar que esse mecanismo de manipulação é extremamente efetivo, uma vez que a probidade e a honradez são valores fundamentais entre os trabalhadores. No caso de alguns grupos humanos oriundos de outros países, como no caso de populações indígenas de países andinos, a “gratidão” para com o aliciador é ditada, inclusive, pelos elásticos conceitos de “parentesco” que regem a organização social desses grupos.

A atual redação do artigo 149, do Código Penal, também prevê duas formas típicas equiparadas.

A primeira tipifica como delito o cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho, e, também, a simples omissão de fornecimento de serviço de transporte (artigo 149, §1º, inciso I, do Código Penal); a segunda tipifica como crime a situação de manutenção de vigilância ostensiva no local de trabalho ou o simples fato do agente se apoderar de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho (artigo 149, §1º, inciso II, do Código Penal).

Ambas as hipóteses alcançam todos os agentes que, de um modo ou de outro, colaboraram para que a submissão do trabalhador reduzisse-o à condição análoga a escravo, ou seja, os “gatos”, os pistoleiros, os seguranças, os responsáveis pela venda no barracão (cantina), entre outros.

DO CONCEITO ADMINISTRATIVO DE TRABALHO ESCRAVO

O arcabouço jurídico que sustenta a proteção do trabalhador contra a escravização encontra-se munido de outros diplomas legais anteriores e que vão além do art. 149 do Código Penal, materializando o compromisso do país com a erradicação dessa prática ao tempo em que oferece ao trabalhador uma proteção mais ampla e segura.

Isso para não mencionar que as instâncias administrativa e penal são, salvo exceções expressas, independentes entre si, vale dizer, é perfeitamente possível que uma mesma conduta seja reprimida na seara penal sob a forma de um tipo incriminatório e também o seja no âmbito administrativo por força de convenções internacionais com força de lei das quais o Brasil é signatário.

Não há relação de condição entre uma e outra, e seria absurdo que o Estado Brasileiro ficasse inerte em face da exploração do trabalho análogo ao de escravo, com flagrante violação da dignidade humana dos trabalhadores e frustração do interesse público, apenas para efeito de

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se aguardar o decurso do processo penal. Tal medida seria transportar para os trabalhadores e a sociedade em geral o ônus do tempo do processo penal, ou seja, algo completamente incompatível com o princípio da prevalência do interesse público que deve reger a ação administrativa. Eis as razões pelas quais o trabalho análogo ao de escravo, a despeito de possuir um tipo incriminatório no Código Penal, possui diagramação própria para efeito de seu combate no âmbito administrativo.

No que se refere às convenções citadas das quais o Brasil é signatário, assumindo internacionalmente o compromisso de reprimir o trabalho escravo, podemos destacar as Convenções da oIT n.º 29 (Decreto n.º 41.721/1957) e 105 (Decreto n.º 58.822/1966), a Convenção sobre Escravatura de 1926 (Decreto n.º 58.563/1966) e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de san José da Costa rica – Decreto n.º 678/1992); todas ratificadas pelo Brasil, com status normativo de leis ordinárias, plenamente recepcionadas pela Carta Constitucional de 1988, e todas contendo dispositivos que preveem a adoção imediata de medidas legislativas ou não necessárias para a erradicação do trabalho escravo.

Alguns dispositivos são relevantes para dirimir a confusão entre as sanções administrativas e aquelas previstas no tipo penal.

Vejamos o que nos informa, por exemplo, o Pacto de san José da Costa rica em seus artigos 2º e 6º (item 1):

Art. 2º Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no art. 1º ainda não estiver garantido por disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados Partes comprometem-se a adotar, de acordo com as suas normas constitucionais e com as disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades.

Art. 6º – 1. Ninguém pode ser submetido à escravidão ou à servidão, e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as formas. (grifos nossos).

Note-se que o Pacto de San José tanto prevê a adoção de medidas de outra natureza – que não a mera edição de leis – para efetivação dos direitos e liberdades que tutela, como também esboça um conceito elástico abrangendo todas as formas de escravidão.

A Convenção 105 da OIT, anterior ao Pacto de san José (ratificada em 1966), em seu artigo 2º, reforça a ideia de que é necessária a adoção de medidas eficazes de combate ao trabalho escravo:

Art. 2º Qualquer Membro da Organização Internacional do Trabalho que ratifique a presente convenção se compromete a adotar medidas eficazes, no sentido da abolição imediata e completa do trabalho forçado ou obrigatório, tal como descrito no art. 1º da presente convenção.

Também é imprescindível mencionar o que dispõe a Convenção suplementar – de 1956 – sobre a Abolição da Escravatura, do Tráfego de Escravos e das Instituições e Práticas Análogas à Escravatura, cujo artigo 1º – em especial as alíneas “a” e “b” – parece bastante esclarecedor acerca da caracterização do trabalho escravo:

Art. 1º Cada um dos Estados Partes à presente Convenção tomará todas as medidas, legislativas e de outra natureza, que sejam viáveis e necessárias, para obter progressivamente e logo que possível a abolição completa ou o abandono das instituições e práticas seguintes, onde quer ainda subsistam, enquadrem-se ou não na definição de escravidão que figura no artigo primeiro da Convenção sobre a escravidão assinada em Genebra, em 25 de setembro de 1926:

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a) a servidão por dívidas, isto é, o estado ou a condição resultante do fato de que um devedor se haja comprometido a fornecer, em garantia de uma dívida, seus serviços pessoais ou os de alguém sobre o qual tenha autoridade, se o valor desses serviços não for equitativamente avaliado no ato da liquidação da dívida ou se a duração desses serviços não for limitada nem sua natureza definida;

b) a servidão, isto é, a condição de qualquer um que seja obrigado pela lei, pelo costume ou por um acordo, a viver e trabalhar numa terra pertencente à outra pessoa e a fornecer a essa outra pessoa, contra remuneração ou gratuitamente, determinados serviços, sem poder mudar sua condição;

Desse modo, fica evidente tanto a possibilidade de o Poder Executivo editar medidas necessárias à repressão do trabalho escravo, o que se encontra previsto nas leis ordinárias supramencionadas, como também o fato de que o conceito utilizado pela Administração Pública reporta-se às convenções (leis) referidas, isto é, embora possua elementos comuns ao tipo previsto no art. 149 do Código Penal, em momento algum se confundem os conceitos utilizados numa e noutra esfera.

Assim, o conceito de trabalho escravo para fins administrativos é mais amplo do que aquele previsto no Código Penal. E nem poderia ser diferente, haja vista que a política criminal garantista em vigor no país volta-se – em especial – para a proteção do status libertatis do réu. no caso concreto sob análise, não estamos a cuidar de processo penal. Ao contrário, a ação administrativa volta-se para o atendimento do interesse público, daí decorrendo todas as prerrogativas de que dispõe a Administração, inclusive as presunções de legitimidade e veracidade que recaem sobre seus atos.

Nesse sentido, já decidiu com acerto a própria Justiça Federal da seção Judiciária do Pará (subseção de Marabá) na decisão, em sede de antecipação de tutela, contida nos autos do processo 2005.39.01.001038-9. Vejamos:

“(...) Consoante estabeleceu o art. 2º da Portaria n.º 540/2004 do MTE, ‘a inclusão do nome do infrator no Cadastro ocorrerá após decisão administrativa final relativa ao auto de infração lavrado em decorrência de ação fiscal em que tenha havido a identificação de trabalhadores submetidos a condições análogas às de escravo’. Neste aspecto, o fato de não haver em curso processo judicial penal ou trabalhista relacionado ao fato não configura pressuposto para inserção do empregador no seio da lista, fato que finda por fragilizar toda a tese do demandante”.

O alcance das convenções internacionais com status de lei federal ratificadas pelo Brasil ao longo do século XX não pode sofrer “contingenciamento conceitual” em face de norma penal posterior (Lei n.º 10.803/2003, que alterou a redação do tipo previsto no art. 149 do CP).

Em vista do exposto, e a fim de dar sequência ao entendimento aqui formulado, seguem algumas variáveis que devem ser observadas durante as ações fiscais para a erradicação do trabalho escravo. Tal procedimento é essencial para identificar, nas situações fáticas verificadas, os diversos dispositivos legais mencionados.