direito de família - civil v - resumo para provas - ajuda jurídica
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Direito de Famlia - Civil V - Resumo para Provas - AjudaJurdica
O Direito de famlia o que mais sofre influncia da doutrina e da jurisprudncia. Tambm sofre influncia
dos costumes e das mudanas da sociedade. Tem influncia de todos os institutos e dos princpios
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constitucionais e existe um fenmeno da constitucionalizao do direito civil.
Direito de Famlia: um conjunto de normas jurdicas de ordem privada, ou do direito social ou misto, que
regulam as relaes jurdicas (pessoais e patrimoniais), entre as pessoas unidas pelo parentesco, pelo
matrimnio, pela unio estvel, bem como unidos por todos os modos de constituio de famlia. Regula
tambm os institutos da tutela e da curatela.
Direito de Famlia Civil V Resumo para Provas
Princpios constitucionais norteadores do Direito de Famlia:
1) Princpio da dignidade da pessoa humana art. 1, III CR/88: esse princpio uma clusula geral,
serve para tudo. Dignidade o que a pessoa humana tem de ter para viver e exercer sua cidadania.
Abrange afeto, bem estar, respeito, sade, desenvolvimento, patrimnio.
2) Princpio da solidariedade familiar art. 227 e 230 CR/88: estabelece um dever da famlia, da
sociedade e do Estado. Estabelece uma solidariedade entre os parentes.
3) Princpio da pluralidade das entidades familiares art. 226 CR/88: O Estado tem de proteger afamlia em todas as suas modalidades por meio de normas.
As principais instituies sociais so: 1)Famlia 2) Instituies de ensino 3)Instituio religiosa
4)Instituio jurdica
5)Instituio econmica 6)Instituio poltica
A Famlia faz parte do primeiro grupo social que pertencemos, o tipo de grupo social que tem a
composio em variados aspectos que se variam de acordo com o tempo e o espao. Estas variaes
podem estar relacionadas quanto ao tipo de famlia e autoridade ou quanto forma de casamento, porexemplo.
3.1 Famlia matrimonial originada pelo casamento civil. o mais solene, deve observar os requisitos do
art. 1514 CC. Na CR/88 est no art. 226, p. 1 e 2. Vide t/b art. 1535 CC. O casamento tem de ser
realizado com portas abertas. Os impedimentos so de ordem pblica.
3.2. Famlia informal formada por meio da unio estvel, prevista nos artigos 1723 CC e seguintes e no
art. 226, p. 3 CR/88.
Para construir a unio estvel a lei exige diversidade de sexo (est superado). A unio estvel
caracterizada pela convivncia pblica, porm no carece de coabitao e nem de filhos. formada com o
objetivo de um assistir o outro (ajuda moral, material). No carece de contrato e nem de prazo. No precisa
de formalidade. Provando, surgem todos os direitos e deveres.Existe contrato de namoro, para ratificar
que se trata apenas de namoro para no gerar efeitos de unio estvel. Namoro um fato social, que
diferente de unio estvel.
3.3. Famlia monoparental p. 4 do art. 226 CR/88. a me solteira ou pai solteiro + filhos. Ou seja:
genitor + prole.
3.4 Famlia homoafetiva reconhecida pelo STJ por analogia em 2007. Reconhecida pelo STF em 2012.
H jurisprudncia. As pessoas no querem ficar margem da lei.
3.5. Famlia socioafetiva ainda no h legislao. Se justifica pelo elemento afeto. Exemplo, entre
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padrasto e enteado.
4) Princpio da isonomia entre cnjuges (para qualquer entidade familiar) art. 5, caput, inciso I e art.
226 CR/88.
5) Princpio da isonomia entre filhos art. 227, p. 6 CR/88. Antes da CR/88 havia diferenas entre
filhos legtimos, filhos adotados e filhos fora do casamento. A partir da CR/88 todos os filhos tem os
mesmos direitos e qualificaes. Art. 1596 e 1799, CC e p. 4 do art. 1800 CC).
6) Princpio do melhor interesse da criana e do adolescente art. 227 CR/88. uma clusula geral
de proteo da criana e do adolescente. Se aplica em razo do caso concreto.
7) Princpio da paternidade responsvel e do livre planejamento familiar art. 226, p. 7 CR/88. Junto
com o livre planejamento, vem o dever da paternidade responsvel.
8) Princpio da monogamia h controvrsia se a monogamia ou no um princpio art. 1521, VI CC
trs um rol de impedimentos para o casamento e Art 1723, p. 1 CC
Separao de fato= no convive mais com o cnjuge, mas no se separou oficialmente. A lei permite
unio estvel em paralelo a um casamento.
Direito de Famlia Civil V Resumo para Provas
Evoluo do Conceito de Famlia:Histrica e juridicamente, a sociedade alicerou-se na trade sexo,
casamento e famlia, moralizando o comportamento humano, como se, por meio de fico legal, houvesse
a possibilidade de somente reconhecer a entidade familiar concebida sob tais cnones, independentemente
da ordem dos desejos.Porm, possvel substituir a palavra casamento (pelo menos o casamento civil tradicional de matriz
exclusivamente heterossexual), pela palavra afeto, que representa muito mais do que uma finalidade, pois
representa uma verdade de novos ncleos familiares.
A famlia como base da sociedade:A famlia constitui o ncleo da sociedade, devendo reconhecer o
direito, as relaes estruturadas em seu bojo e determinantes para a sua formao, em observncia
dignidade da pessoa humana.Constituem direitos inerentes famlia:
1. O reconhecimento jurdico e a proteo patrimonial 2. A concesso de alimentos 3. Os efeitos
sucessrios2. A competncia da Vara de Famlia 5. A condio de dependente do parceiro perante o Regime de
Previdncia Social
A famlia na CF/88:A Constituio da Repblica de 1988 trouxe significativas transformaes ao paradigma
individualista e patrimonial da famlia, admitindo outras formas para sua estruturao, que no apenas pelo
casamento, em decorrncia da necessidade de adequao do arcabouo constitucional s novas
demandas sociais, sob pena de seu esvaziamento prematuro e ineficcia de seus comandos.
Espcies de famlia no ordenamento jurdico brasileiro: Matrimonializadas Monoparentais Unies
estveis hetero e homoafetivas Outras possibilidades de formao da entidade familiar
Famlia no C.C. de 1916 Famlia na C.F/88
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Matrimonializada Pluralizada
Patriarcal Democrtica
Hierarquizada Substancialmente igualitria
Heteroparental Hetero ou homoparental
Biolgica Biolgica ou socioafetiva
Unidade de produo e reproduo Unidade socioafetiva
Carter institucional Carter instrumental
Princpios de Direito de Famlia: Da Dignidade da Pessoa Humana Da Solidariedade Familiar Da
Pluralidade das Entidades Familiares Da Isonomia entre os cnjuges e da Isonomia entre os filhos Do
Melhor Interesse da Criana e do Adolescente Da Paternidade Responsvel e do Livre Planejamento
Familiar Da Monogamia
Princpio da Dignidade da Pessoa Humana:
A dignidade como autonomia envolve, em primeiro lugar, a capacidade de autodeterminao, o direito do
indivduo de decidir os rumos da prpria vida e de desenvolver livremente sua personalidade. Significa o
poder de fazer escolhas morais e escolhas existenciais sem imposies externas indevidas. Decises sobre
religio, vida afetiva, trabalho, ideologia e outras opes personalssimas no podem ser subtradas do
indivduo sem violar sua dignidade.
Princpio da Solidariedade Familiar:Art. 1.566, CC: So deveres de ambos os cnjuges: (I fidelidade
recproca II vida em comum, no domiclio conjugal III mtua assistncia IV sustento, guarda e
educao dos filhos V respeito e considerao mtuos
Princpio da Pluralidade das Entidades Familiares:As famlias podem ser recompostas, reconstitudas,
monoparentais, formadas por casais com filhos de casamentos anteriores e seus novos filhos, por casais
homossexuais, atravs de unies estveis.
A lista de pluralidade de arranjos familiares vasta, sendo apenas fundamental verificar se os indivduos
uniram-se atravs de laos afetivos e se constituram em entidade familiar, que est alm de um convvio
superficial, merecendo a tutela do Estado.Princpio da Isonomia entre os cnjuges e da Isonomia entre os filhos: 1. O ordenamento jurdico
deixou de ser andrognico e, desta forma, promove a igualdade substancial entre os cnjuges, o que
reflete no exerccio do poder familiar.
1. O direito das famlias, ao receber o influxo do direito constitucional, foi alvo de uma profunda
transformao. O princpio da igualdade ocasionou uma verdadeira revoluo ao banir as discriminaes
que existiam no campo das relaes familiares. Num nico dispositivo, o constituinte espancou sculos
de hipocrisia e preconceito. Alm de alargar o conceito de famlia para alm do casamento, foi
derrogada toda a legislao que hierarquizava homens e mulheres, bem como a que estabelecia
diferenciaes entre os filhos pelo vnculo existente entre os pais. A Constituio Federal, ao outorgar a
proteo famlia, independentemente da celebrao do casamento, vincou um novo conceito, o de
entidade familiar, albergando vnculos afetivos outros (art. 227, 6, CRFB).
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Princpio do Melhor Interesse da Criana e do Adolescente: Art. 227, CRFB: dever da famlia, da
sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito,
liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia,
discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.
Princpio da Paternidade Responsvel e do Livre Planejamento Familiar: Art. 226, CRFB: A famlia,
base da sociedade, tem especial proteo do Estado. 7 Fundado nos princpios da dignidade da
pessoa humana e da paternidade responsvel, o planejamento familiar livre deciso do casal, competindo
ao Estado propiciar recursos educacionais e cientficos para o exerccio desse direito, vedada qualquer
forma coercitiva por parte de instituies oficiais ou privadas.
Conceito de Direito das Famlias e sua Importncia: Modernamente, conceituado como o um conjunto
de normas que regulam as relaes decorrentes do vnculo afetivo, mesmo sem casamento, tendentes
promoo da personalidade humana, atravs de efeitos pessoais, patrimoniais e assistenciais.
A importncia do Direito das Famlias encontra-se na sua influncia em relao aos outros ramosjurdicos:
1. No direito obrigacional, diante da necessidade de outorga do cnjuge no caso de alienao de bens
imveis
2. No direito real de habitao do cnjuge sobrevivente
Relaes de Parentesco Conceito e Espcies: (consanguneo, por afinidade e civil) Parentesco: a
relao existente no s entre pessoas que descendem umas das outras ou de um mesmo tronco comum
(consanguneo ou natural), mas tambm entre um cnjuge ou companheiro e os parentes do outro
(afinidade ou civil), entre adotante e adotado (civil) e entre pai institucional e filho sociafetivo (civil). Art.1.593, CC.Linhas e Graus sua contagem
Linha Reta:Art. 1.591, CC: So parentes em linha reta as pessoas que esto umas para com as outras na
relao de ascendentes e descendentes. Na linha reta inexiste qualquer limitao para o parentesco, sendo
infinito.
Os parentes em linha reta devem alimentos uns aos outros, alm de gozarem do direito herana,
prevalecendo a forma subsidiria, na qual o parente mais prximo, exclui o mais remoto.Linha Colateral
ou TransversalArt. 1.592, CC: So parentes em linha colateral ou transversal, at o quarto grau, as
pessoas provenientes de um s tronco, sem descenderem uma da outra.Art. 1.594, CC: Contam-se, nalinha reta, os graus de parentesco pelo nmero de geraes, e, na colateral, tambm pelo nmero delas,
subindo de um dos parentes at ao ascendente comum, e descendo at encontrar o outro parente.
Limitaes: 1. Os alimentos somente podem ser cobrados, entre colaterais, at o segundo grau (irmo)
1. Os impedimentos matrimoniais alcanam at o terceiro grau (tio e sobrinha primos podem casar)
2. O direito sucessrio reconhecido aos parentes at o quarto grau, de forma subsidiria (primos tio-
av e sobrinho-neto)
Contagem de graus para Parentes Colaterais: Para contar o parentesco entre A e seu tio B, sobe-se aseu pai W a seguir a seu av X e depois, desce-se a B. Trs graus ao todo, pois a cada gerao
corresponde um grau. Dessa forma, de segundo grau o parentesco colateral entre irmos, de terceiro
grau entre tio e sobrinho e, de quarto grau entre primos e entre tio-av e sobrinho-neto.Efeitos Jurdicos:
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A partir das relaes de parentesco resultam direitos, obrigaes e restries.
No direito de famlia: 1. Determinam impedimentos matrimoniais 2. Instauram o poder familiar 3. Impem
a obrigao alimentar
1. Determinam a regulamentao de guarda e visita
No direito contratual: anulvel a venda realizada entre ascendente e descendente, sem a autorizao
dos demais descendentes e do cnjuge do alienante.
No direito processual: Determinadas relaes de parentesco determinam a suspeio do juiz, do membro
do MP, dos serventurios da Justia e peritos. Alm dos parentes no poderem servir como testemunha, a
favor ou contra um outro parente.
No direito administrativo:A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurdica investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso
ou de confiana ou, ainda, de funo gratificada na administrao pblica direta e indireta em qualquer dospoderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante
designaes recprocas, viola a Constituio Federal.
No direito penal:1. So circunstncias que sempre agravam a pena, quando no constituem ou qualificam
o crime: ter o agente cometido o crime contra ascendente, descendente, irmo ou cnjuge.
1. isento de pena quem comete qualquer dos crimes patrimoniais, em prejuzo: do cnjuge, na
constncia da sociedade conjugal e de ascendente ou descendente, seja o parentesco legtimo ou
ilegtimo, seja civil ou natural.
No direito do trabalho: o empregado poder deixar de comparecer ao servio sem prejuzo do salrio at
2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cnjuge, ascendente, descendente, irmo ou pessoa
que, declarada em sua carteira de trabalho e previdncia social, viva sob sua dependncia econmica.
CASAMENTO: uma entidade familiar estabelecida entre pessoas, merecedora de especial proteo
estatal, constituda formal e solenemente, formando uma comunho de afetos (comunho de vida)
e produzindo efeitos no mbito pessoal, social e patrimonial.
NATUREZA JURDICA: 1. Negcio Jurdico: Ato que decorre da vontade das partes, a partir do
consentimento, aproximando-se do contrato. 2. Instituto Jurdico: Situao jurdica que possui parmetros
preestabelecidos pelo legislador e constituindo um conjunto de regras impostas pelo Estado. 3. Natureza
Mista ou Ecltica: Ato jurdico complexo constitudo por caractersticas negociais e institucionais.
CARACTERSTICAS: De acordo com a lei, doutrina e jurisprudncia 1. Carter personalssimo. 2.
Liberdade na escolha dos parceiros, que podem, inclusive, ser do mesmo sexo. 3. Disciplina por meio de
normas cogentes de ordem pblica. 4. Solenidade na celebrao. 5. Inadmissibilidade de termo ou
condio. 6. Estabelecimento de uma comunho de vida, devendo ser monogmico e passvel de
dissoluo.
FINALIDADES:1. Procriao dos filhos, como consequncia lgico natural e no essencial. 2. Legalizao
das relaes sexuais, uma vez que dentro da satisfao sexual, que normal e inerente natureza
humana, apazigua a concupiscncia. 3. Educao da prole. 4. Atribuio do nome ao cnjuge. 5.
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Reparao de erros do passado.
FINALIDADES: Viso Civil-Constitucional:A procriao de filhos no requisito para o casamento, uma
vez que o planejamento familiar faz parte da autonomia do casal. Assim, casais que no querem ou no
podem conceber filhos tambm devem ser considerados uma famlia. As relaes sexuais no devem ser
legitimadas pelo direito, pois no h nada de ilcito em realiza-las fora do casamento, pelo contrrio,
encontram-se vinculadas ordem dos desejos e estabelecidas entre sujeitos maiores e capazes. A
educao da prole pode ser efetuada em arranjos familiares dos mais diversos, sendo o casamento apenas
mais um deles. No h imposio legal para a utilizao do patronmico do cnjuge (art. 1.565, 1, CC),
alm do direito utilizao ser estendido ao companheiro em unio estvel (art. 57, 2, L. 6.015/73). A
conduta sexual fora do casamento no ser considerada um erro, nem, tampouco, uma vida livre e alheia
das convenes hermticas sociais, desde que no haja prejuzo ao direito de terceiros.
Na verdade, as finalidades do casamento esto na comunho de vida, a partir do amor, gratificao
sexual e organizao de vida.
Direito de Famlia Civil V Resumo para Provas
Casamento Civil e Casamento Religioso:Art. 1.512, CC: O casamento civil e gratuita a sua
celebrao.Assim, o ordenamento brasileiro no confere validade ao casamento religioso. Mas, nada obsta
que a cerimnia de casamento civil, com efeitos civis, seja realizada pela autoridade eclesistica.
Esponsais:Constitui o instituto conhecido como noivado, ou seja, os noivos tornam pblica sua inteno
de casar.
No segue nenhuma formalidade, no pode ser considerado um contrato preliminar, nem existe prazo para
a realizao do casamento.Seu rompimento no gera, judicialmente, execuo especfica, nem tutelaindenizatria.
O casamento gera:1. Dever de fidelidade. 2. Dever de coabitao. 3. Em regra, presuno de esforo
comum na aquisio do patrimnio do casal. 4. Presuno de paternidade. 5. Parentesco por afinidade.
Formalidades Preliminares do Casamento:Habilitao: Art. 1.525, CC: O requerimento de habilitao
para o casamento ser firmado por ambos os nubentes, de prprio punho, ou, a seu pedido, por
procurador.Art. 1.527, CC: Estando em ordem a documentao, o oficial extrair o edital, que se
afixar durante quinze dias nas circunscries do Registro Civil de ambos os nubentes, e,
obrigatoriamente, se publicar na imprensa local, se houver.Fases do procedimento de habilitao:1. Fase de requerimento e apresentao de documentos. 2.
Fase dos editais de proclamas.
1. Registro. 4. Expedio da certido.
Formalidades preliminares do casamento: Pressupostos de existncia do casamento (condies
mnimas para que o casamento seja considerado relevante para o direito):
1. Existncia de consentimento entre os nubentes (livre manifestao de vontade).
2. Celebrao do matrimnio com a presena da autoridade.
VALIDADE DO CASAMENTO:PLANO DA EXISTNCIA: EXISTNCIA DO CONSENTIMENTO DOS
NUBENTES (MANIFESTAO DE VONTADE)CELEBRAO DO CASAMENTO COM A PRESENA DE
AUTORIDADEPLANO DA VALIDADE:
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NULIDADES (ART. 1.548, CC): CASAMENTO CONTRADO POR PESSOA SEM O NECESSRIO
DISCERNIMENTO PARA OS ATOS DA VIDA CIVIL ou QUANDO UM DOS IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS
FOR VIOLADO
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS: Art. 1.521, CC. No podem casar:I os ascendentes com os
descendentes, seja o parentesco natural ou civil II os afins em linha retaIII o adotante com quem foi
cnjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotanteIV os irmos, unilaterais ou bilaterais, e
demais colaterais, at o terceiro grau inclusiveV o adotado com o filho do adotante VI as pessoas
casadasVII o cnjuge sobrevivente com o condenado por homicdio ou tentativa de homicdio contra o
seu consorte.Anulabilidades: Art. 1.550, CC. anulvel o casamento:I de quem no completou a
idade mnima para casar II do menor em idade nbil, quando no autorizado por seu representante
legalIII por vcio da vontade (coao ou erro essencial) IV do incapaz de consentir ou manifestar, de
modo inequvoco, o consentimentoV realizado pelo mandatrio, sem que ele ou o outro contraente
soubesse da revogao do mandato, e no sobrevindo coabitao entre os cnjugesVI por
incompetncia da autoridade celebrante.PRAZOS DECADENCIAIS DAS ANULABILIDADES:Defeito de
idade: 180 dias, a partir do momento em que o menor atingir a idade nbilFalta de consentimento: 180 dias,
a partir do momento em que o menor atingir a maioridadeErro essencial: 3 anosCoao: 4
anosIncapacidade relativa por causa psquica: 180 diasRevogao do mandato: 180 dias, a partir da
cincia do mandanteIncapacidade da autoridade celebrante: 2 anosERRO ESSENCIAL: Art. 1.557, CC.
Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cnjuge: I o que diz respeito sua identidade,
sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportvel a vida em
comum ao cnjuge enganadoII a ignorncia de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza,
torne insuportvel a vida conjugalIII a ignorncia, anterior ao casamento, de defeito fsico irremedivel,
ou de molstia grave e transmissvel, pelo contgio ou herana, capaz de pr em risco a sade do outro
cnjuge ou de sua descendnciaIV a ignorncia, anterior ao casamento, de doena mental grave que,por sua natureza, torne insuportvel a vida em comum ao cnjuge enganado NULIDADE X
ANULABILIDADE:
CASAMENTO NULO CASAMENTO ANULVEL
Razes de ordem pblica Razes de ordem privada
Conhecido de ofcio pelo juiz, requerimento do MP
ou de qualquer interessado Requerimento do interessado
No suscetvel de confirmao suscetvel de confirmao
No convalesce com o decurso do tempo Submete-se a prazos decadenciais
No produz efeitos, em regra, pois se ambos os cnjuges
estavam de m-f ao celebrar o casamento, os seus efeitos
civis aos filhos aproveitaro
Produz efeitos
Ao meramente declaratria Ao desconstitutiva
Admite converso substancial Admite convalidao pelas partes
CASAMENTO PUTATIVO: (ART. 1.561, CC)
1. INVALIDADE DO CASAMENTO 2. BOA-F DOS NUBENTES, OU APENAS DE UM DELES
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2. ERRO DESCULPVEL 4. DECLARAO JUDICIAL
Efeitos jurdicos so: manuteno do nome do cnjuge, fixao de alimentos, presuno de colaborao na
aquisio patrimonial etc.CAUSAS SUSPENSIVAS: Art. 1.523, CC. No devem casar:I o vivo ou a viva
que tiver filho do cnjuge falecido, enquanto no fizer inventrio dos bens do casal e der partilha aos
herdeirosII a viva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, at dez
meses depois do comeo da viuvez, ou da dissoluo da sociedade conjugalIII o divorciado, enquanto
no houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casalIV o tutor ou o curador e os seus
descendentes, ascendentes, irmos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada,
enquanto no cessar a tutela ou curatela, e no estiverem saldadas as respectivas contas.Celebrao,
Prova e Efeitos do CasamentoCelebrao do Casamento:
Formalidades Habilitao: O casamento um negcio jurdico formal e solene, possuindo um
procedimento de habilitao prvio, seus requisitos encontram-se dispostos no art. 1.525, CC e seguintes.
Pelo art. 1.526, CC apenas ser necessria a homologao do juiz nas habilitaes para o casamento que
forem impugnadas.Depois da habilitao, devem ser publicados os proclamas do casamento (art. 1.527,
CC).Caso cumpridas as formalidades dispostas em lei e verificada a inexistncia de fato obstativo, o oficial
de registro extrair o certificado de habilitao (art. 1.531, CC).Formalidades Celebrao do Ato:O
casamento um ato solene, que deve ser realizado na sede do cartrio, de forma pblica, com, pelo
menos, duas testemunhas.O ato poder ser realizado em outro local, com a autorizao da autoridade
celebrante, com, pelo menos, quatro testemunhas.Assim, estando presentes os nubentes, pessoalmente ou
por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, aps
ouvir dos nubentes a afirmao de que pretendem casar por livre e espontnea vontade, declarar
efetuado o casamento.Momento a partir do qual o casamento passa a produzir efeitos:Conforme art.
1.514, CC, o casamento se realiza no momento em que os nubentes manifestam, perante a autoridadecompetente, a sua vontade de estabelecer vnculo conjugal, e a autoridade os declara casados.
Manifestao de vontade dos nubentes + declarao da autoridade. O registro encontra-se no plano da
eficcia.
CASAMENTO EM CASO DE MOLTIA GRAVE: Art. 1.539, CC: No caso de molstia grave de um dos
nubentes, o presidente do ato ir celebr-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que
noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever. Pela jurisprudncia, dispensa-se o processo de
habilitao anterior.
1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se- por qualquerdos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do
ato.
2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, ser registrado no respectivo registro dentro em cinco dias,
perante duas testemunhas, ficando arquivado.
CASAMENTO NUNCUPATIVO: Art. 1.540, CC: Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de
vida, no obtendo a presena da autoridade qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poder
o casamento ser celebrado na presena de seis testemunhas, que com os nubentes no tenham
parentesco em linha reta, ou, na colateral, at segundo grau.
Verificada a idoneidade dos cnjuges para o casamento, assim o decidir a autoridade competente, com
recurso voluntrio s partes, o juiz mandar registr-la no livro do Registro dos Casamentos, tal assento
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assim lavrado retrotrair os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cnjuges, data da
celebrao.Importante observar, que sero dispensadas as formalidades legais, se o enfermo convalescer
e puder ratificar o casamento na presena da autoridade competente e do oficial do registro.
CASAMENTO POR PROCURAO: Art. 1.542, CC: O casamento pode celebrar-se mediante procurao,
por instrumento pblico, com poderes especiais.
1o A revogao do mandato no necessita chegar ao conhecimento do mandatrio mas, celebrado o
casamento sem que o mandatrio ou o outro contraente tivessem cincia da revogao, responder o
mandante por perdas e danos.
1. Prova do Casamento:
Prova direta (art. 1.543, CC): O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certido do registro.
Pelo art. 1.544, CC o casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas
autoridades ou os cnsules brasileiros, dever ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de
um ou de ambos os cnjuges ao Brasil, no cartrio do respectivo domiclio, ou, em sua falta, no 1o Ofcio da
Capital do Estado em que passarem a residir.
Prova direta complementar ou supletria:Justificada a falta ou perda do registro civil, admissvel
qualquer outra espcie de prova ( nico, art. 1.543, CC).
Prova indireta (art. 1.545, CC):O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, no
possam manifestar vontade, ou tenham falecido, no se pode contestar em prejuzo da prole comum, salvo
mediante certido do Registro Civil que prove que j era casada alguma delas, quando contraiu o
casamento impugnado.
1. EFEITOS DO CASAMENTO:
EFEITOS SOCIAIS: 1. Emancipao do cnjuge incapaz (art. 5, II, CC). 2. Estabelecimento do vnculo de
parentesco por afinidade (art. 1.595, CC). 3. Atribuio do estado civil de casado. 4. Presuno de
paternidade (art. 1.597, CC).
EFEITOS PESSOAIS:1. Comunho de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cnjuges. 2.
Possibilidade de acrscimo do patronmico do outro cnjuge. 3. Fixao do domiclio conjugal. 4.
Estabelecimento de direitos e deveres recprocos.
DEVERES DO CASAMENTO: Art. 1.566, CC: So deveres de ambos os cnjuges: I fidelidade
recproca. II vida em comum, no domiclio conjugal. III mtua assistncia. IV sustento, guarda e
educao dos filhos. V respeito e considerao mtuos.
I fidelidade recproca e V respeito e considerao mtuos: Segundo o STJ, o dever de fidelidade
recproca dos cnjuges atributo bsico do casamento e no se estende ao cmplice de traio a quem
no pode ser imputado o fracasso da sociedade conjugal por falta de previso legal.
O crime de adultrio foi abolido do art. 240, CP.Assim, defende-se que a fidelidade no deve ser
considerada um dever jurdico, mas como uma opo decorrente da autonomia existente entre oscnjuges.
II vida em comum, no domiclio conjugal:Interpretando o dever de coabitao, afirma ter um cnjuge
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o direito sobre o corpo do outro e vice-versa, da os correspondentes deveres de ambos, de cederem seu
corpo ao normal atendimento dessas relaes ntimas, no podendo, portanto, inexistir o exerccio sexual,
sob pena de restar inatendida essa necessidade fisiolgica primria, comprometendo seriamente a
estabilidade da famlia. Analisar os limites do dbito conjugal.
Crtica: E o direito de dispor do prprio corpo como direito da personalidade e do princpio da dignidade da
pessoa humana?
Introduo aos Regimes de Introduo aos Regimes de Bens:Bens: EFEITOS PATRIMONIAIS DO
CASAMENTOPODE SER CONCEITUADO COMO SENDO O CONJUNTO DE REGRAS DE ORDEM
PRIVADA RELACIONADAS COM INTERESSES PATRIMONIAIS OU ECONMICOS RESULTANTES DA
ENTIDADE FAMILIAR. O CDIGO CIVIL TRAZ, ENTRE OS SEUS ARTS. 1.639 A 1.688, REGRAS
RELACIONADAS AO CASAMENTO, MAS QUE TAMBM PODEM SER APLICADAS S UNIES ESTVEIS.
Princpios aplicveis aos regimes de bens: Princpio da Autonomia Privada (art. 1.639, CC). Princpio da
Indivisibilidade do Regime de Bens. Princpio da Variedade do Regime de Bens. Princpio da Mutabilidade
Justificada (art. 1.639, 2, CC). Autorizao judicial. Justo motivo. Ausncia de prejuzo a terceiros.
Questo de direito intertemporal.
Princpio da Variedade do Regime de Bens:Comunho parcial (arts. 1.658 a 1.666, CC).Comunho
universal (arts. 1.667 a 1.671, CC).Separao convencional de bens (arts. 1.687 a 1.688, CC).Participao
final nos aquestos (arts. 1.672 a 1.686, CC).
REGIME DA SEPARAO LEGAL OU OBRIGATRIA:Art. 1.641. obrigatrio o regime da separao de
bens no casamento:
I das pessoas que o contrarem com inobservncia das causas suspensivas da celebrao do casamento
(art. 1.523, CC)II da pessoa maior de 70 (setenta) anos (Redao dada pela Lei n 12.344, de 2010)III de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Art. 1.641, II, CC: Na separao obrigatria comunicam-se bens havidos pelo esforo comum (Smula 377,
STF).
Se a smula for cancelada a separao obrigatria ser igual a separao absoluta. Enunciado 125, I
Jornada de Direito Civil: A norma que torna obrigatrio o regime da separao absoluta de bens em razo
da idade dos nubentes no leva em considerao a alterao da expectativa de vida com qualidade, que se
tem alterado drasticamente nos ltimos anos. Tambm mantm um preconceito quanto s pessoas idosas
que, somente pelo fato de ultrapassarem determinado patamar etrio, passam a gozar da presunoabsoluta de incapacidade para alguns atos, como contrair matrimnio pelo regime de bens que melhor
consultar seus interesses.
NECESSIDADE DE OUTORGA PARA DETERMINADOS ATOS CIVIS: Art. 1.647, CC: Ressalvado o
disposto no art. 1.648, nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da
separao absoluta: I alienar ou gravar de nus real os bens imveis II pleitear, como autor ou ru,
acerca desses bens ou direitos III prestar fiana ou aval IV fazer doao, no sendo remuneratria, de
bens comuns, ou dos que possam integrar futura meao.
Pargrafo nico. So vlidas as doaes nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.
ADMINISTRAO DOS BENS: Art. 1.651, CC: Quando um dos cnjuges no puder exercer a
administrao dos bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caber ao outro: I gerir os bens
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comuns e os do consorte II alienar os bens mveis comuns III alienar os imveis comuns e os mveis
ou imveis do consorte, mediante autorizao judicial.
Pacto Antenupcial: Trata-se de um contrato formal e solene, pelo qual os nubentes regulamentam as
questes patrimoniais relativas ao casamento (arts. 1.653 a 1.657, CC). Art. 1.653, CC: nulo o pacto
antenupcial se no for feito por escritura pblica, e ineficaz se no lhe seguir o casamento. Art. 1.655, CC:
nula a conveno ou clusula dela que contravenha disposio absoluta de lei.
Art. 1.657, CC: As convenes antenupciais no tero efeito perante terceiros seno depois de registradas,
em livro especial, pelo oficial do Registro de Imveis do domiclio dos cnjuges.REGIME DE BENS
Resumo: No divrcio as regras de partilha dos bens variam de acordo com o regime de bens adotado no
casamento. O regime legal, que o da comunho parcial, prev como regra geral a comunicabilidade de
todos os bens adquiridos onerosamente durante o casamento, excluindo os bens adquiridos por doao ou
sucesso e aqueles que j eram do cnjuge antes do casamento. J na comunho universal, h em regra a
comunicabilidade de todos os bens, adquiridos antes e durante o casamento. No regime da separao
convencional ou obrigatria, que aquela imposta por lei, por exemplo, aos maiores de setenta anos, no
h comunicabilidade de bens, possuindo cada cnjuge seu patrimnio particular.
1. Comunho parcial: conceito e alcance (arts. 1.658 a 1.666, CC)
Trata-se do regime supletivo de vontade, dispensando a necessidade de pacto antenupcial e prevalecendo
no silncio das partes e na hiptese de invalidade do pacto. Comunicam-se os bens adquiridos a ttulo
oneroso durante o casamento (presuno absoluta de esforo comum), excluindo-se os bens adquiridos
antes das npcias e os adquiridos durante o casamento a ttulo gratuito (doao e herana).Regime
aplicvel unio estvel (art. 1.725, CC).
Art. 1.659, CC: Excluem-se da comunho:I os bens que cada cnjuge possuir ao casar, e os que lhe
sobrevierem, na constncia do casamento, por doao ou sucesso, e os sub-rogados em seu lugar II os
bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cnjuges em sub-rogao dos bens
particulares III as obrigaes anteriores ao casamento (aprestos) IV as obrigaes provenientes de
atos ilcitos, salvo reverso em proveito do casal V os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de
profisso VI os proventos do trabalho pessoal de cada cnjuge VII as penses, meios-soldos,
montepios e outras rendas semelhantes.
IV as obrigaes provenientes de atos ilcitos, salvo reverso em proveito do casal: Smula 251 do
Superior Tribunal de Justia:A meao s responde pelo ato ilcito quando o credor, na execuo fiscal,
provar que o enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal.Exemplos: sonegao fiscal, desvio de
finalidade empresarial (art. 50 ,CC) etc.
Caso a meao no responda pela dvida, cabvel a utilizao de embargos de terceiros (art. 1.046, CPC
e Smula 134 do STJ).
Bens Comuns (art. 1.660, CC):Aquisio durante o casamento So considerados bens comuns do
casal: 1. Os bens adquiridos onerosamente. 2. Os bens adquiridos por fato eventual. 3. Os frutos adquiridos
de bens particulares. 4. As benfeitorias realizadas em bens particulares. 5. Os bens adquiridos
gratuitamente por ambos os cnjuges.
Outros bens que se comunicam por fora de entendimento jurisprudencial:o (STJ) decidiu que o
direito ao recebimento de proventos como o salrio (incluindo FGTS e verbas trabalhistas), a aposentadoria
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e honorrios no se comunica no fim do casamento. No entanto, quando essas verbas so recebidas
durante o matrimnio, as mesmas se tornam bem comum, seja em dinheiro ou os bens adquiridos com ele.
Imvel financiado em contrato anterior ao casamento. Neste caso os valores devero ser apurados.
Efeitos Sucessrios: Segundo o STJ: O cnjuge somente ter direito sucessrio sobre os bens
adquiridos onerosamente na constncia do casamento, em sentido contrrio ao art. 1.829, I, CC.
Assim, no regime da comunho parcial, os bens exclusivos de um cnjuge NO so partilhados com ooutro no divrcio e, pela mesma razo, no o devem ser aps a sua morte, sob pena de infringir o que ficou
acordado entre os nubentes no momento em que decidiram se unir em matrimnio. Acaso a vontade deles
seja a de compartilhar todo o seu patrimnio, a partir do casamento, assim devem instituir em pacto
antenupcial.
Alm disso, no remanesce, para o cnjuge casado mediante separao de bens (convencional ou
obrigatria), direito meao, tampouco concorrncia sucessria, respeitando-se o regime de bens
estipulado, que obriga as partes na vida e na morte. Desta forma, o cnjuge sobrevivente NO herdeiro
necessrio.
1. Comunho universal: (Arts. 1.667 a 1.671, CC):Forma-se uma massa patrimonial nica para o
casal, estabelecendo uma unicidade de bens, atingindo crditos (passados e futuros) e dbitos (futuros).
As dvidas provenientes de atos ilcitos entram na comunho universal, independentemente do proveito
obtido pelo casal. Forma-se um condomnio, tendo cada cnjuge direito meaoa todos os bens
componentes da universalidade, independentemente de terem sido adquiridos antesou depois da
npcias, a ttulo onerosoou gratuito.Depende de celebrao de pacto antenupcial.
Art. 1.668,CC, So excludos da comunho:I os bens doados ou herdados com a clusula deincomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugarII os bens gravados de fideicomisso e o direito do
herdeiro fideicomissrio, antes de realizada a condio suspensivaIII as dvidas anteriores ao casamento,
salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comumIV as doaes
antenupciais feitas por um dos cnjuges ao outro com a clusula de incomunicabilidade
V Os bens referidos nosincisos V a VII do art. 1.659. V os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos
de profisso
VI os proventos do trabalho pessoal de cada cnjuge VII as penses, meios-soldos, montepios e outras
rendas semelhantes.Entendimento Jurisprudencial: O STJ afirma que os bens indivisveis de propriedade comum decorrente
da comunho no casamento, na execuo podem ser levados hasta pblica por inteiro, reservando ao
cnjuge a metade do preo alcanado. Tem-se entendido na Corte que a excluso da meao deve ser
considerada em cada bem do casal e no na indiscriminada totalidade do patrimnio.
1. Separao convencional de bens: conceito e alcance (arts. 1.687 a 1.688, CC): o regime que
promove um absoluto afastamento patrimonial, obstando a comunho de todo e qualquer bem adquirido
por cada cnjuge, antes ou depois do casamento, seja a ttulo oneroso ou gratuito.
Existe, pois, independncia absoluta quanto aos bens e obrigaes, com apenas uma exceo. Art. 1.688,
CC: Ambos os cnjuges so obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporo dos
rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulao em contrrio no pacto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm -
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antenupcial.Caractersticas: A administrao dos bens caber ao cnjuge titular, bem como a
percepo dos frutos. Liberdade de disposio patrimonial. Responsabilidade individual pelas
dvidas e obrigaes assumidas.
1. Participao final nos aquestos: conceito e alcance (arts. 1.672 a 1.686, CC): Trata-se de um
regime hbrido, pois durante a convivncia conjugal o casamento fica submetido s regras da separao
convencional de bens, porm no instante da dissoluo (morte ou divrcio), incidem as normas atinentes
comunho parcial de bens, comunicando-se os bens adquiridos onerosamente por cada um durante a
constncia do matrimnio.Importante esclarecer, que aquestos so bens adquiridos onerosamente
durante a sociedade conjugal.
Caractersticas: O direito de cada cnjuge no sobre o acervo patrimonial do outro, mas sim sobre o
saldo eventualmente apurado, aps a compensao dos acrscimos de bens a ttulo oneroso na constncia
do casamento.
Depende de celebrao de pacto antenupcial. Art. 1.656, CC: No pacto antenupcial, que adotar o regime de
participao final nos aquestos, poder-se- convencionar a livre disposio dos bens imveis, desde que
particulares.
Direito de Famlia Civil V Resumo para Provas
DISSOLUO DO CASAMENTO E DA UNIO ESTVEL:
Dissoluo do Casamento No h relao familiar (casamento ou unio estvel) que comece pensando
em sua dissoluo. Porm, mais importante do que sua manuteno com o sacrifcio da felicidade dos
sujeitos, o respeito liberdade e s garantias individuais.
Art. 1.571, CC. A sociedade conjugal termina: I pela morte de um dos cnjuges (terminativa e
dissolutiva) II pela nulidade ou anulao do casamento (terminativa) III pela separaojudicial IV pelo divrcio (terminativa e dissolutiva).
Emenda Constitucional 66/2010: Superao do carter binrio do ordenamento jurdico. Determinao de
que o casamento poder ser dissolvido pela MORTE ou pelo DIVRCIO. Pois fim separao judicial ou
em cartrio.
No direito brasileiro havia a separao, que determinava um lapso temporal para que os cnjuges se
divorciassem, como resqucio do desquite e sob influncia do direito cannico.A CF/88 inaugurou uma nova
agenda de valores humanitrios, o que afastou, no direito das famlias, a manuteno de um vnculo
conjugal, quando j ausente a base afetiva que sustentava o relacionamento.Repercusses desta Emenda: Norma de eficcia plena e imediata (art. 226, 6 da CRFB). Acarreta o
desaparecimento da norma infraconstitucional que regulamentava a separao, sendo considerada no-
recepcionada pelo ordenamento constitucional.
Busca de uma interveno mnima do Estado na vida privada.
Separao de Corpos:Utilizada para sujeitos que pretendem regularizar em juzo a cessao da
convivncia, mas ainda no possuem a convico necessria para o divrcio. Normalmente utilizada para
afastar temporariamente um dos cnjuges da morada conjugal. possvel a cumulao da separao de
corpos com medidas judiciais de distanciamento. Ver art. 22, III, a da Lei Maria da Penha.
Trata-se de instrumento processual cautelar, podendo ser de cunho preparatrio ou incidental, que no
primeiro caso, no necessita do ajuizamento da ao de divrcio no prazo de 30 dias (art. 806,
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CPC/1973).Encontra fundamentao no art. 12, CC: Pode-se exigir que cesse a ameaa, ou a leso, a
direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei.
Separao de Fato:Decorre da Teoria da Aparncia, pois o casal dissolve a sociedade conjugal, mas no
formaliza tal situao juridicamente. H um reconhecimento expresso do ordenamento jurdico separao
de fato.
1. Possibilidade de constituio de unio estvel para aqueles que estejam separados de fato (art. 1.723,
1 do CC).
2. A Lei de Locao de Imveis permite a continuidade da locao em relao ao cnjuge separado de fato
(art. 12, L. 8.245/91).
3. Art. 1.240-A, CC. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposio, posse direta,
com exclusividade, sobre imvel urbano de at 250m (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja
propriedade divida com ex-cnjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua
moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio integral, desde que no seja proprietrio de outro
imvel urbano ou rural. (Includo pela Lei n 12.424, de 2011)
Crticas ao lapso temporal para caracterizao da separao de fato: Art. 1.642, CC: Qualquer que
seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: V reivindicar os bens comuns,
mveis ou imveis, doados ou transferidos pelo outro cnjuge ao concubino, desde que provado que os
bens no foram adquiridos pelo esforo comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de
cinco anos. Em sentido contrrio ao enriquecimento sem causa.
Art. 1.830, CC: Somente reconhecido direito sucessrio ao cnjuge sobrevivente se, ao tempo da morte
do outro, no estavam separados judicialmente, nem separados de fato h mais de dois anos, salvo prova,
neste caso, de que essa convivncia se tornara impossvel sem culpa do sobrevivente.
Divrcio:Segundo a melhor doutrina, o divrcio medida jurdica, obtida pela iniciativa das partes, em
conjunto ou de forma isolada, que dissolve integralmente o casamento, fulminando, tanto a sociedade
conjugal (deveres recprocos e regime de bens), quanto o vnculo nupcial, ou seja, a relao jurdica
estabelecida, permitindo que os ex-cnjuges possam casar novamente.
Atualmente s existe o divrcio direto, com fundamento no Direito de Famlia mnimo.
Antes existia o divrcio por converso: 1 ano quando da existncia de separao judicial e 2 anos quando
da existncia de separao de fato.
Caractersticas do Divrcio: 1. O divrcio dissolve apenas a relao entre os cnjuges, mantendo-se a
relao destes com sua prole. Poder familiar, responsabilidade civil e obrigao de alimentos. 2. A sentena
de divrcio deve ser levada a registro no cartrio de pessoas naturais, no qual se assentou o registro de
casamento, a fim de que tenha aptido para a produo de efeitos em relao terceiros. 3. Na ao de
divrcio no h mais discusso acerca da culpa pela ruptura da sociedade conjugal, o que no impede o
ajuizamento de uma demanda indenizatria.
Efeitos Decorrentes do Divrcio: 1. Obrigao de prestar alimentos. 2. Partilha do patrimnio
comum do casal, independente do regime de bens. 3. Guarda e regime de visitao dos filhos. 4.Utilizao ou no do patronmico do ex-cnjuge. 5. Com a morte do ex-cnjuge depois de
celebrado o divrcio, o ex-cnjuge sobrevivente permanece com o estado civil de divorciado. 6.
Com a morte do cnjuge durante a ao de divrcio, esta perder o objeto, dissolvendo
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automaticamente o casamento.
Espcies de Divrcio Direto: No divrcio litigioso, as partes podem converter sobre matrias subjacentes
dissoluo do casamento, como guarda de filhos, regime de visitao, partilha de bens, dentre outras.
No divrcio consensual,os divorciandos podem dispor livremente sobre tais questes e dissolver o
casamento em juzo ou em cartrio (art. 1.124-A, CPC: A separao consensual e o divrcio consensual,
no havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos,
podero ser realizados por escritura pblica, da qual constaro as disposies relativas descrio e
partilha dos bens comuns e penso alimentcia e, ainda, ao acordo quanto retomada pelo cnjuge de
seu nome de solteiro ou manuteno do nome adotado quando se deu o casamento. 1o A escritura
no depende de homologao judicial e constitui ttulo hbil para o registro civil e o registro de imveis. 2
O tabelio somente lavrar a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou
advogados de cada um deles ou por defensor pblico, cuja qualificao e assinatura constaro do ato
notarial. 3o A escritura e demais atos notariais sero gratuitos queles que se declararem pobres sob as
penas da lei.
UNIO ESTVEL: Entidade familiar formada por um homem e uma mulher, caracterizada por uma
convivncia pblica, duradoura e contnua, com o objetivo de estabelecimento de vida em comum
conceito.
A constituio de famlia que diferencia o namoro da unio estvelPreviso legal:Diviso de patrimnio
diante da existncia de sociedade de fato Smula 380, STF.
CF/88: Art.226, 3 = reconhecimento da unio estvel como entidade familiar.
Lei n 8971/94: Veio regulamentar a situao do companheiro. Condicionou a caracterizao da unio
estvel verificao do prazo de cinco anos de convivncia ou existncia de prole comum.
Art.1 requisitos para sua configurao.Art.2 direito sucessrio.Art.3 diviso do patrimnio,
comprovando-se o esforo na aquisio.
Lei n 9278/96: Poderia ter resolvido a situao do companheiro, mas no o fez completamente. No
trouxe o direito sucessrio. Neste ponto, permanecia vigente a lei anterior (revogada parcialmente).
Adotou um conceito mais vago, omitindo os requisitos pessoais, o tempo mnimo de convivncia e a
existncia de prole, e fixando a competncia nas Varas de Famlia. Adotou um regime semelhante ao da
comunho parcial e previu o direito real de habitao para o companheiro. Art.1 alterao na
configurao da unio estvel, no mais se referindo ao lapso temporal. Art.5 direito meao, noprecisando comprovar esforo na aquisio. Passou este a ser presumido. Art.7 direito real de habitao
para o companheiro.
CC/02 (arts. 1723 a 1727): Hoje temos o tratamento do companheiro no CC, art.1723 e seguintes:
Art.1723, CC requisitos para sua configurao. Sem exigncia de prazo mnimo
Art.1724 efeitos pessoais.Deveres da Unio Estvel Art. 1.724. Lealdade: abrange o dever de
fidelidade.Coabitao Smula 382, STF.Art.1725 regime de bensArt.1726 possibilidade de converso
em casamento.Art.1727 concubinato.c/c art. 1694 e sgts alimentosc/c 1790 sucessoAnalogia art.499 CC Regime de bens REGRA: comunho parcial art. 1725 CC no precisa da prova do esforo
em comum. Exige capacidade e discernimento sob pena de nulidade art. 104 e 166 CC. STF Smula n
382 03/04/1964 Vida em Comum Sob o Mesmo Teto More Uxorio Caracterizao do Concubinato
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A vida em comum sob o mesmo teto more uxorio, no indispensvel caracterizao do
concubinato. No exige a outorga dos companheiros por se tratar de norma restritiva de direitos art.
1647 CC majoritria. No se aplica o regime da separao legal obrigatria unio estvel art. 1641
pois norma restritiva da autonomia da vontade. divergente Na unio estvel o regime patrimonial
obedecer norma vigente no momento da aquisio de cada bem, salvo contrato escrito em
contrrio.Direitos decorrentes da unio estvel: Direito ao sobrenome do companheiro art. 54, 2. e
art. 57, 3., Lei de Registros Pblicos. Estabelecimento do vnculo de parentesco por afinidade art.
1.595, CC. Possibilidade de adoo conjunta art. 42, 2., ECA. Exerccio da curatela pelo
companheiro na interdio e na ausncia arts. 25 e 1.768, CC. Separao de corpos art. 1.562, CC.
Direito a alimentos art. 1.694, CC. Direito meao do que resultou do esforo comum art. 1.725,
CC. Escolha do regime de bens 1725 Impenhorabilidade do bem de famlia art. 1.711, CC e Lei n.
8.009/90 Direito aos benefcios previdencirios Decreto-Lei n. 7.036/44 Lei n. 6.367/75 Lei n. 8.213/91
e Decreto n. 357/91. Sub-rogao e retomada na locao de imvel urbano arts. 11 e 47, III, Lei n.
8.245/91. Sucesso hereditria art. 1.790, CC. Direito inventariana art. 990, CPC e art. 1.797,
CC. Impedimento para testemunhar art. 228, V, CC. CONVERSO DA UNIO ESTVEL EM
CASAMENTO art. 1726 CC Concubinato puro unio estvel sem impedimentos Vara de FamliaConcubinato impuro concubino pessoas que so impedidas de casar art. 1727 CC Smula 380 STF
bens adquiridos pelo esforo comum Vara Cvel reconhecimento e dissoluo de sociedade de fato
no tem direito a alimentos, sucesso e meao (no se trata de entidade familiar divergente) Maria
Berenice Dias reconhecimento. Com o reconhecimento constitucional, foi abraado como unio estvel
o antigo concubinato puro.Logo, a denominao de concubinato hoje referente aos casos em que h
impedimento. DISSOLUO DA UNIO ESTVEL POR MTUO ACORDO PARA HOMOLOGAO
JUDICIALPOR LITGIO, PARA RECONHECIMENTO E DISSOLUO DE UNIO ESTVELOBS: Inmeros
julgados tem atribudo o carter de unio estvel s unies homoafetivas Deciso STF. Existem alguns
projetos no Congresso Nacional para reconhecimento como entidade familiar.Nulidade do contrato de
namoro que pretende afastar os efeitos da unio estvel TJRS 7 CC Processo n 70006235287.
FAMILIA HOMOAFETIVA: Homoafetividade e famlia. Casamento civil, unio estvel e adoo por casais
homoafetivos luz da isonomia e da dignidade humana
FILIAO:
1. Estrutura conforme o art. 226, 5., CF e reflexos no Direito Civil.
2. Presuno de paternidade
3. Alcance da presuno pater is est4. Contestao de paternidade.
5. Presuno de maternidade
6. Maternidade de substituio
7. Parto Annimo
8. Prova de filiao
9. Posse do estado de filho
Das relaes de parentesco,a mais importante a que se estabelece entre pais e filhos.
1) Conceito: (em sentido estrito) a relao jurdica que liga o filho a seus pais (parentesco em linha reta
de primeiro grau).2) Classes: Filiao nas relaes matrimoniais:Filhos havidos dentro do casamento =
presuno quanto paternidade.O casamento pressupe relaes sexuais entre os cnjuges e fidelidade
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(dever) = o filho que concebido durante o casamento tem como pai o marido de sua me.O simples fato
do nascimento estabelece o vnculo jurdico entre me e filho.Se a me for casada, esta circunstncia
estabelece, automaticamente, a paternidade = o pai da criana o marido da me.
Presunopater is est
1) Hipteses: Art.1597, CC, enumera as hipteses em que h esta presuno:
Presuno aplicada a unio estvel e unio homoafetiva. I e II prazos mximo e mnimo de gestao.Hoje, diante da famlia scio-afetiva, pai o marido ou companheiro da mulher que aceita paternidade do
filho, ainda que nascido antes.Art.1598, CC: Nos incisos III, IV e V = trs hipteses de presuno de filhos
concebidos na constncia do casamento, todas elas vinculadas reproduo assistida.
III fecundao = fase de reproduo assistida consistente na fertilizao do vulo pelo espermatozide.
Fertilizao do vulo pelo espermatozide. Fertilizao in vitro(fora do corpo humano). A fecundao ou
inseminao homloga = realizada com smen do marido. Neste caso, o material gentico pertence ao
casal (tanto o vulo quanto o smen), pressupondo o consentimento de ambos.
Consentimento de casal presuno absoluta Enunciado 258 da Jornada de Direito Civil divergentepois a autorizao pode ter sido falsificada relativa.Jornada 104 de Direito Civil realizada no STJ: se
interprete este inciso da seguinte forma: obrigatrio para haver a presuno que a mulher ainda esteja na
condio de viva, e haja autorizao expressa do marido para que utilize seu material gentico aps sua
morte.IV h dois mtodos de reproduo artificial:
Fecundao in vitro o vulo e o espermatozide so unidos em laboratrio, ocorrendo a
fecundao fora do corpo da mulher.
Inseminao artificial introduo do gameta masculino, por meio artificial, no corpo da mulher,
esperando que a natureza faa a fecundao.
O embrio fecundado fora do corpo da mulher (in vitro) e no introduzido = embrio excedentrio.
admitida a concepo de embries excedentrios se estes derivarem de concepo homloga
(de material gentico da me e do pai). Jornada de Direito Civil do STJ para interpretar este artigo da
seguinte forma: somente com autorizao prvia, por escrito, dos ex-cnjuges.
V inseminao artificial heterloga = quando utilizado smen de outro homem, normalmente
doador annimo, e no o do marido.Exige-se que o marido tenha autorizado previamente, caso em que
se presume o pai. Enunciado 258 da Jornada inseminao artificial com autorizao do cnjuge
presuno absoluta.
Ser o pai legal da criana (e, com o afeto, tambm o pai scio-afetivo). Alguns autores defendemque ele depois no poder impugnar esta paternidade (seria antijurdico, injusto, imoral). Na reproduo
assistida heterloga no existe vnculo de parentesco entre o filho e o pai biolgico (doador do material
fecundante)
REGRA: a presuno de paternidade do art.1597, CC juris tantum = relativa,admitindo prova em
contrrio. Art.1600, CC:No ilide, o adultrio da mulher, ainda que confessado. No aceita a prova do
adultrio se o marido convivia com ela. A infidelidade (provada ou confessada) no ilide a presuno.
No afastada a presuno apenas por ato da mulher. A disciplina da filiao moldada no interesse da
criana. Art.1602, CC = mesmo se expressamente confessar o adultrio.
No entanto, art.1599, CC = nocaso de impotncia. Gestao de substituio gratuita, doadora da famlia num parentesco at o 2 grau.
Possibilidade de gestao de substituio no caso de duas companheiras homoafetivas.
Presuno do art. 1597, III, IV e V deve ser aplicada no caso de unio estvel.
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Reconhecimento paternidade:Art. 1614 CC prazo decadencial de 4 anos para impugnar o
reconhecimento pelo menor.
Impugnao improcedente no caso de paternidade socioafetiva e em decorrncia da posse de estado de
filhos.O filho havido fora do casamento no beneficiado pela presuno legal de paternidade. Tem que
ser reconhecido.Me = para saber quem : necessrio o reconhecimento.Criana nasce vai fazer o
registro = declarao de nascido vivo (DNV) = ter o nome da me. No entanto, como ela no casada,
no poder colocar o nome do pai, salvo se ele estiver presente e consentir ou ela tiver sua procurao
para tanto. Se nasceu em casa = 2 testemunhas que atestem a gravidez e o fato dela estar com o filho.Pai
= tambm necessrio o reconhecimento.Este reconhecimento pode ser voluntrio (tambm chamado de
perfilhao) ou forado (coercitivo, atravs da AO DE INVESTIGAO DE
PATERNIDADE).Reconhecimento voluntrio: Decorre de ato de vontade. Art.1609,CC ato unilateral e
personalssimo. art. 27 ECA (8069/90)Gera efeitos pela manifestao de vontade e o outro genitor no
pode a ele se opor. Irrevogvel art. 1610 CCSe o filho for maior de idade = deve consentir (art.1614,
CC).Modos de reconhecimento voluntrio: art.1609.Qualquer que seja a forma, ser sempre irrevogvel
(art.1610). Se decorrer de vcio de consentimento (ex.: coao) poder ser objeto de ao
anulatria.Formas: 1) no termo de nascimento (mais comum): o pai comparece ao cartrio para registrar.2)
por escritura pblica3)escrito particular. Sero averbados.Escrito particular deve ficar arquivado em
cartrio. (ex. carta que escreve dizendo que o pai). recomendvel a anuncia da me, para evitar futura
impugnao, embora a lei no exija sua oitiva.4) testamento5) declarao dirigida ao juiz. Qualquer
depoimento em juzo prestado pelo genitor, incidentalmente, e tomado por termo, ainda que a finalidade do
depoimento seja outra.Ex: querendo reduzir o valor da penso paga aos outros filhos, diz que pai de
fulano = pode extrair as peas e expede ofcio determinando a averbao da paternidade no registro.
O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho j concebido (art.1609, pargrafo nico). Art.2 do
CC. Nascituro: um ser em potencial. O reconhecimento neste caso ocorre, em geral, quando provvel queo pai no sobreviva ao nascimento do filho, no querendo sujeit-lo uma ao de investigao de
paternidade (temor do pai de morrer antes de nascer o filho).
Reconhecimento pstumo: o filho que haja falecido s poder ser reconhecido se tiver deixado
descendentes.
Isto para evitar reconhecimentospost mortempor interesse (se o filho no deixou descendentes, seus bens
iro para seu ascendente que o reconheceu).
Reconhecimento voluntrio do filho maior = art.1614, CC.Consentimento: comparecendo o filho maior ao
ato.Se menor de idade poder impugnar o reconhecimento (AO DE CONTESTAO OU IMPUGNAO
DE RECONHECIMENTO) para afastar a paternidade.Reconhecimento forado (coercitivo ou judicial): O
filho no reconhecido voluntariamente pode obter o reconhecimento judicial por meio da AO DE
INVESTIGAO DE PATERNIDADE. ao de estado, de natureza declaratria e imprescritvel (Smula
149, STF).
Petio de herana= prescreve em 10 anos (art.205 CC a contar do momento em que foi reconhecida a
paternidade).
Reconhecimento paternidade Ao pessoal foro competente domiclio do ru (art. 94CC) se cumulada
com alimentos domicilio do autor da investigao (100, II CPC) e se cumulada com petio de herana
foro onde corre o inventrio ou domiclio de qualquer herdeiro caso j tenha encerrado o inventrio.Petio
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herana e alimentos domicilio do alimentando.Gratuidade de justia inclui exame de DNA.Alegao da
paternidade socioafetiva somente declarar a existncia do vnculo biolgico e o vnculo de paternidade
permanece. direito personalssimo e indisponvel (art.27 do ECA).
Efeitos da sentena que declara a paternidade ( o mesmo do reconhecimento voluntrio) = ex tunc.
(retroagem data do nascimento, art.1616, CC).
Legitimidade ativa: do filho ( privativa dele) em face do suposto pai. Se menor, ser representado pela
me.Se a me do investigante menor = poder ser representada ou assistida por um de seus genitores
(ela exerce o poder familiar).Possibilidade ao avoenga neto contra av.
Se o filho morrer ANTES de inici-la = seus sucessores NO PODERO intent-la, salvo se ele morrer
menor e incapaz (art.1606, CC).
Se j tiver INICIADO = eles continuam (art.1606, p.u, CC).Doutrina mais moderna = legitimidade ao
nascituro, representado pela me.
Carter personalssimo = em princpio no se reconheceria aos netos o direito de promov-la em caso de
falecimento dos pais sem ter a iniciativa para investigao da relao avoenga.No entanto, STJ reconheceucomo vlida a pretenso dos netos (os filhos, substituindo o pai, para investigar a filiao deste, junto ao
av, dirigindo a lide contra os herdeiros).A lei n8560/92 permite que seja ajuizada pelo MP (na qualidade
de parte) art.2, 4 (legitimao extraordinria) averiguao oficiosa.
Legitimidade passiva: recai no suposto pai. Se o demandado j for falecido, dever ser dirigida contra seus
herdeiros (e no contra o esplio, que no tem personalidade jurdica, no passa de um acervo de bens).
Se a me manteve relaes sexuais com dois ou mais homens naquele perodo, poder o filho promover
ao investigatria contra todos, requerendo a realizao do exame de DNA.Se o filho j reconhecido por
terceiro move ao contra o suposto pai biolgico, instaura-se um litisconsrcio passivo (unitrio enecessrio), pois se procedente, acarretar o cancelamento do registro de nascimento. Sentena: o
reconhecimento coercitivo. Possui carga declaratria = declara fato preexistente. Filho = ingressa na famlia
do genitor e passa a usar seu sobrenome. O registro de nascimento deve ser alterado.
Reconhecimento = efeitoerga omnes.
Art. 3 da lei 8560/92 veda o reconhecimento de filho na ata do casamento.Prova mais utilizada hoje:
exame de DNA (apesar da admisso de todos os meios de prova quando no se puder realiz-lo =
documental, testemunhal).Com o DNA possvel afirmar-se a paternidade com um grau praticamente
absoluto de certeza.Na falta de descendentes, podem ser estudados os ascendentes (pais e avs) e irmos.
Outra forma seria a exumao do suposto pai e tentativa de encontrar DNA vivel para estudo.
Procedimento este que deve ser visto como exceo.
possvel compelir algum a fazer o exame?
2 correntes: Sim, prevalece o direito do filho de saber quem o pai, podendo haver conduo do
suposto pai.
No. Prevalece a intimidade do pai. Ele no pode ser conduzido. Pode se recusar. At porque se
tem outros meios de provar. A recusa seria uma prova complementar, que deve ser analisada no
conjunto com outras provas.
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impostas aos pais pela quebra no correto seu exerccio estabelece taxativamente o art. Art. 1.638 CC
divergente para Tatuce o rol exemplificativo.
A perda do poder familiar, em regra, permanente e imperativa. No entanto, tem entendido a
jurisprudncia que embora permanente, no definitiva, podendo o seu exerccio ser restabelecido, se
demonstrado judicialmente a regenerao do pai ou me ou o desaparecimento da causa que lhe deu
origem. Frise-se, tambm, que a perda do poder familiar no exonera o destitudo da obrigao alimentar.
As causas de extino do poder familiar vm determinadas no art. 1.635, CC
A extino do poder familiar no se confunde com a sua destituio. A primeira marca o trmino do
exerccio do direito potestativo sobre o filho, enquanto a segunda significa o impedimento definitivo de seu
exerccio por deciso judicial
GUARDA art. 1583 e 1590 CC Atribuio dada a um ou ambos os genitores para gerir a vida de seus
filhos menores, destinando-se prestao de assistncia material, moral e educacional ao menor
ESPCIES DE GUARDA: UNILATERAL OU EXCLUSIVACOMPARTILHADA e ALTERNADA. OBS: A lei n11.698/08 instituiu e incorporou ao Cdigo Civil a guarda compartilhadaDA GUARDA direito ou do dever,
que compete aos pais ou a um dos cnjuges, de ter em sua companhia ou de proteg-los, nas diversas
circunstncias indicadas na lei civil. E guarda neste sentido, tanto significa custdia como a proteo que
devida aos filhos pelos pais Art. 1.583 CC uma das atribuies do poder familiar e a dissoluo da
sociedade e do vnculo conjugal no modifica os direitos e deveres dos pais em relao aos filhos (art.
1.579, CC).
Filhoshavidos fora do casamento (arts. 1.611 e 1.612, CC) e quando decorrente da dissoluo
matrimonial(arts. 1.583 a 1.590).
Guarda Unilateral(exclusiva ou monoparental): atribuda ao genitor que aparente melhores condies
de exerc-la, observado o melhor interesse do filho. Embora unilateral, no prev a ciso ou a diminuio
dos atributos do poder familiar (art. 1.583, 3., CC), mas acaba facilitando a degradao do lao familiar
com o genitor que no a detm, bem como, facilita a alienao parental (Lei n. 12.318/10).
Guarda Compartilhadaou conjunta: foi instituda pela Lei n. 11.698/08, mas j era aceita e praticada pelos
Tribunais brasileiros h significativo tempo. modalidade que estabelece o exerccio conjunto e igualitrio
do poder parental, embora o menor ou incapaz permanea residindo com apenas um dos pais. Exige,
portanto, relacionamento harmonioso entre os genitores. Gustavo Tepedino (2009, p. 18) afirma servantajosa esse tipo de guarda porque evita a desresponsabilizao do genitor que no permanece com a
guarda, alm de assegurar a continuidade da relao de cuidado por parte de ambos os pais, prevenindo
ou impedido a prtica da alienao parental (Lei n. 12.318/10).
Qualquer das formas de guarda pode ser requerida por consenso ou por qualquer dos genitores em ao
de separao ou divrcio ou de forma autnoma (inclusive por meio de cautelar). No havendo consenso,
deve ser determinada pelo juiz em ateno aos interesses e necessidades dos filhos, devendo, se possvel,
optar pela guarda compartilhada art. 1.584, CC.1- as novas npcias do genitor no lhe fazem perder o
direito de ter consigo os filhos (art. 1.588, CC)2- que o direito de (ou a) visita conferido ao genitor que no possui a guarda, mas, para alm de um
direito do pai, um direito dos filhos em manter a convivncia afetiva com o seu genitor (art. 1.589, CC)
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pode decorrer do parentesco, do casamento ou da unio estvel (art. 1.694, CC).
1. Voluntrios: decorrem de declarao de vontade inter vivos ou causa mortis. Ex.: constituio de
renda de usufruto de capital vinculado
2. Indenizatrios (ou ressarcitrios): decorrem da obrigao imposta ao causador do dano em reparar o
prejuzo causado por meio do pagamento de indenizao (arts. 948, II e 950, CC).
Quanto ao momento em que so reclamados:1. Pretritos (alimenta praeterita): quando o pedido retroage a perodo anterior ao ajuizamento da ao.
2. Atuais: quando postulados a partir do ajuizamento da ao.
3. Futuros (alimenta futura): so os devidos a partir da sentena.
ALIMENTOS GRAVDICOS Lei n 11.804 de 05/11/08 Esta lei composta de 12 artigos, sendo 6
vedados e instituiu o direito de alimentos da mulher gestante, incluindo despesas de parto, alimentao ,
assistncia mdica, exames e tudo o mais que o juiz entender pertinente e necessrio par ao bom
andamento da gestao.No sentido amplo do termo, alimentos compreende alm dos alimentos in natura,
o vesturio, a educao, a habitao, o lazer, a sade, etc., ou seja, engloba tudo aquilo tido comonecessrio vida. Tm por finalidade fornecer a um parente, cnjuge ou companheiro o necessrio sua
subsistncia.Alimentos Arts. 1.694 a 1.710, CC que tem por principal ponto de partida a necessidade
do alimentando informada pelo princpio da solidariedade familiar.Entre pais e filhos no existe
propriamente uma obrigao alimentar, mas sim, um dever de sustento e mtua assistncia (art. 229, CF)
diferente da obrigao alimentar que decorre das relaes de parentesco.1- O dever de sustento tem sua
causa no poder familiar, pelo qual os pais tm o dever de sustentar, criar e educar os filhos enquanto
menores e na obrigao alimentar os pais no so mais obrigados a sustentar os filhos, a obrigao
decorre do parentesco2- O dever de sustento unilateral, apenas os pais devem aos filhos enquanto
perdurar a menoridade ou a incapacidade enquanto a obrigao alimentar recproca3- A obrigao
alimentar proporcional s necessidades do alimentando e aos recursos do alimentante. O dever de
sustento incondicional.4- O dever de sustento se extingue com a maioridade enquanto que a obrigao
alimentar perdura enquanto durar a sua necessidade.5- A obrigao alimentar constitui-se por uma
obrigao de dar enquanto o dever de sustento em uma obrigao de fazer.
A obrigao alimentar decorre de relaes de parentesco e tem por caractersticas ser um direito:
personalssimoincessvel (art. 1.707, CC quanto aos alimentos vincendos) impenhorvel (art. 1.707,
CC)incompensvel (art. 1.707, CC)imprescritvel (art. 206, 2., CC)irrepetvel (provisionais e
definitivosIrrenuncivel (art. 1.707, CC)transmissvel (art. 1.700, CC)recproco (art. 1.696,
CC)intransacionvel (art. 841, CC) emutvel (variabilidade das prestaes art. 1.699, CC e art. 15, Lei de
Alimentos).A obrigao alimentar divisvel (no h, em regra, solidariedade a exceo fica por conta do
art. 12 do Estatuto do Idoso), devendo-se observar a ordem de preferncia para o seu pagamento prevista
no art. 1.697, CC (rol taxativo) e a possibilidade de complementaridade estabelecida pelo art. 1.698, CC
(novidade do CC/02). Por fim, destaque-se que os alimentos podem ser pagos em moeda ou em espcie,
cabendo a faculdade de escolha ao devedor (art. 1.701, CC).
So pressupostos da obrigao alimentar: vnculo jurdico familiar (art. 1.694, CC) necessidade do
alimentando (independente da causa que lhe deu origem art. 1.695, CC) possibilidade de fornecer osalimentos (art. 1.695, CC) proporcionalidade da prestao (art. 1.694, 1., CC). O quantum mutvel (art.
1.699, CC) e passvel de correo monetria (art. 1.710, CC).
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Alimentos entre cnjuges e companheiros Dos efeitos patrimoniais e pessoais do casamento decorre o
dever de assistncia (espiritual e material) mtua. Findo o casamento ou a unio estvel, esse dever
converte-se em obrigao alimentar recproca, cuja fixao do quantum dever observar as caractersticas
do caso concreto. No entanto, a obrigao alimentar pode ser afastada quando se tratar de separao
culposa. Nestes casos, determina o art. 1.704, CC, que o cnjuge declarado culpado, em regra, perde o
direito a alimentos, exceto aqueles necessrios prpria subsistncia, quando no houver parentes em
condies de prest-lo, nem possuir aptido para o trabalho. A declarao de nulidade ou anulao do
casamento faz extinguir a obrigao alimentar, uma vez que reconhecido que no houve formao de
vnculo vlido, no h que se falar em alimentos decorrentes de vnculo. O dever de mtua assistncia
imposto pelo casamento cessa com o trnsito em julgado da ao, mas os alimentos pagos no curso da
ao no so repetveis. No entanto, reconhecida a putatividade do casamento para um ou ambos os
cnjuges, os alimentos podero ser fixados para aquele considerado de boa-f.Todas as regras sobre
alimentos aplicveis ao casamento estendem-se unio estvel.art. 1.696, CC Os alimentos so
devidos entre os parentes em linha reta (sem limitao) e entre os colaterais at segundo grau. De
qualquer forma, os mais prximos preferem os mais distantes no momento de determinao do dever.1-
Os alimentos devidos pelos pais (independente da origem do vnculo) aos filhos menores no seextinguem automaticamente com o mero advento da maioridade.2- A miserabilidade dos pais no causa
de excluso do dever de sustento dos filhos menores ou incapazes.3- A destituio ou suspenso do
poder familiar no extingue o dever de sustento.4- A emancipao voluntria tambm no extingue o
dever de sustento.5- Os filhos maiores podem ser credores de alimentos quando: incapazes quando
ainda em formao escolar quando encontram-se em situao de indigncia no proposital quando
necessita de medicamentos, no descartadas outras hipteses aferveis no caso concreto.6- Em virtude
da reciprocidade, ascendentes idosos ou incapazes tambm tm direito de pleitear alimentos de seus
descendentes (art. 12, Estatuto do Idoso).7- O nascituro pode ser beneficiado por alimentos pleiteados por
sua me no curso da gestao. Tratam-se dos alimentos gravdicos estabelecidos pela Lei n. 11.804/08.8-
No havendo parentes em linha reta de primeiro grau aptos a prestar alimentos, admite-se a cobrana
nos graus subsequentes, sendo a mais comum conhecida como obrigao alimentar avoenga, cujo dever
subsidirio ou complementar.9- Havendo guarda, os alimentos podem ser prestados pelos pais, pelo
guardio ou por ambos.10- O tutelado pode pleitear alimentos do tutor ou de parentes prximos, podendo
cobr-los de seus pais, mesmo que tenham perdido o poder familiar, no sendo esta ltima a melhor
alternativa (art. 1.740, CC).11- Os alimentos entre irmos (unilaterais ou bilaterais) so admitidos, desde
que subsidiariamente.12- Parentes por afinidade, por falta de expressa previso legal, no tem direito a
alimentos.2- Quanto causa jurdica:1. Legtimos ou legais: so os devidos em virtude de uma obrigao legal que pode decorrer do
parentesco, do casamento ou da unio estvel (art. 1.694, CC).
2. Voluntrios: decorrem de declarao de vontade inter vivos ou causa mortis.
3. Indenizatrios (ou ressarcitrios): decorrem da obrigao imposta ao causador do dano em reparar o
prejuzo causado por meio do pagamento de indenizao (arts. 948, II e 950, CC).
3- Quanto finalidade:
1. Definitivos ou regulares: so os de carter permanente estabelecidos em sentena ou em acordo de
vontades devidamente homologado.2. Provisrios: so os fixados liminarmente em ao de alimentos que segue o rito especial fixado no art.
4., da Lei n. 5.478/68 (Lei de Alimentos).
3. Provisionais: so fixados em medida cautelar preparatria ou incidental (art. 852, I a III, CPC)
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So pressupostos da obrigao alimentar:Vnculo jurdico familiarNecessidade do
alimentandoPossibilidade de fornecer os alimentosProporcionalidade da prestaoArt. 1.695. CC
Jurisprudncia possibilidade incluso nome do devedor de alimentos no SPCAlimentos entre Cnjuges
e CompanheirosDos efeitos patrimoniais do casamento decorre o dever de assistncia mtua. Findo o
casamento ou a unio estvel, esse dever converte-se em obrigao alimentar recproca.Art. 1.704. Se um
dos cnjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, ser o outro obrigado a prest-los
mediante penso a ser fixada pelo juiz, caso no tenha sido declarado culpado na ao de separao
judicial.Pargrafo nico. Se o cnjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e no tiver
parentes em condies de prest-los, nem aptido para o trabalho, o outro cnjuge ser obrigado a
assegur-los, fixando o juiz o valor indispensvel sobrevivncia.Alimentos Decorrentes de Parentesco1-
Os alimentos devidos pelos pais aos filhos menores no se extinguem automaticamente com o mero
advento da maioridade.2- A miserabilidade dos pais no causa de excluso do dever de sustento dos
filhos menores ou incapazes.3- A destituio ou suspenso do poder familiar no extingue o dever de
sustento.4- A emancipao voluntria tambm no extingue o dever de sustento.5- Os filhos maiores
podem ser credores de alimentos quando:incapazes quando ainda em formao escolarquando
encontram-se em situao de indigncia no propositalquando necessita de medicamentos e outrashipteses afereis no caso concreto.6- Em virtude da reciprocidade, ascendentes idosos ouincapazes
tambm tm direito de pleitear alimentos de seusdescendentes (art. 12, Estatuto do Idoso).7- O nascituro
pode ser beneficiado por alimentos pleiteados por sua me no curso da gestao. Tratam-se dos alimentos
gravdicos estabelecidos pela Lei n. 11.804/08.8- No havendo parentes em linha reta de primeiro grau
aptos a prestar alimentos, admite-se a cobrana nos graus subsequentes, sendo a mais comum conhecida
como obrigao alimentar avoenga, cujo dever subsidirio ou complementar.9- Havendo guarda, os
alimentos podem ser prestados pelos pais, pelo guardio ou por ambos.10- O tutelado pode pleitear
alimentos do tutor ou de parentes prximos, podendo cobr-los de seus pais, mesmo que tenham perdido o
poder familiar, no sendo esta ltima a melhor alternativa (art. 1.740, CC).11- Os alimentos entre irmos
(unilaterais ou bilaterais) so admitidos, desde que subsidiariamente.12- Parentes por afinidade, por falta
de expressa previso legal, no tem direito a alimentos.13- Os alimentos prescrevem em dois anos a partir
da data em que se vencerem art. 206, 2 CC.Smula 277, STJ: Julgada procedente a investigao de
paternidade, os alimentos so devidos a partir da citao.Smula 309, STJ: O dbito alimentar que
autoriza a priso civil do alimentante o que compreende as trs prestaes anteriores ao ajuizamento da
execuo e as que se vencerem no curso do processoSmula 358, STJ O cancelamento da penso
alimentcia de filho que atingiu a maioridade est sujeito deciso judicial, mediante contraditrio, ainda
que nos prprios autosBEM DE FAMLIA: Visa assegurar o direito de moradia previsto constitucionalmente.Trata-se de garantia contra dvidas que venham a ser cobradas. Torna o referido bem, insuscetvel de
penhoraESPCIES: 1) LEGAL Lei n 8.009/902) CONVENCIONAL art. 1711 a 1722 OBS: no bem de
famlia convencional, possvel tornar impenhorvel, no apenas o imvel em que reside a famlia, como
tambm valores mobilirios, desde que no ultrapasse 1/3 do patrimnio lquido no momento da instituio
1711 e 1712 CCOBS: recente SMULA DO STJ, N 364, estendeu a proteo do bem de famlia s
pessoa solteiras, separadas e vivas. OBS: Excees ao bem de famlia legal. Art. 3. da Lei.Art. 5 Todos
so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e
propriedade, nos termos seguintes:XXVI a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde quetrabalhada pela famlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.BEM DE FAMLIA
LEGAL regulado pela Lei n. 8.009/90 que determina a impenhorabilidade do bem imvel, urbano ou
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falecidos ambos os cnjuges ou companheiros e se no houver filhos menores ou incapazes (art. 1.222,
CC).
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