direito das pessoas com deficiência · a previsão dos direitos do homem nas constituições dos...
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Direito das Pessoas com Deficiência Minicurso gratuito Aula 1
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Olá, seja bem-vindo(a) à aula 1 do minicurso gratuito de
Direito das Pessoas com Deficiência.
SUMÁRIO
INFORMAÇÕES INICIAIS ..................................................................................... 3
Apresentação do Professor .............................................................................. 4
Conteúdo do Curso ........................................................................................ 5
CONTEÚDO DA AULA 1 ....................................................................................... 5
1. Introdução ................................................................................................ 6
2. Conceitos importantes ................................................................................ 8
3. Direitos e garantias constitucionais da pessoa com deficiência ....................... 20
ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA ...................................................................... 29
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................. 33
QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS ...................................................................... 40
GABARITO ...................................................................................................... 45
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INFORMAÇÕES INICIAIS
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@prof.rafaelsantiago
Apresentação do Professor
Olá, tudo bem?
Aqui é o Professor Rafael Santiago. Sou doutor em Direito, Estado e
Constituição pela Universidade de Brasília – UnB.
Sou professor nos cursos de graduação e pós-graduação em Direito e
Processo do Trabalho em instituições de ensino superior.
Também trabalho como assessor de Ministro no Tribunal Superior Tribunal
do Trabalho – TST.
Forte abraço e bons estudos!
Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas ao estudo
desta disciplina, siga minhas mídias sociais:
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Conteúdo do Curso
Neste minicurso, vamos introduzir alguns assuntos importantes sobre
Direito das Pessoas com Deficiência, conferindo um panorama geral para
ajudar na compreensão da disciplina. Também vamos resolver questões de
concurso público sobre os tópicos abordados.
CONTEÚDO DA AULA 1
Nesta aula serão abordados os seguintes tópicos de Direito das Pessoas
com Deficiência, que costumam ser cobrados em concursos públicos:
Introdução ao Direito das Pessoas com Deficiência;
Conceitos importantes previstos na lei;
Pessoa com deficiência;
Acessibilidade;
Desenho universal e tecnologia assistiva;
Barreiras e adaptações razoáveis;
Direitos estabelecidos na CRFB/88.
Padronização de siglas
- Supremo Tribunal Federal: STF
- Código Civil: CC
- Constituição Federal de 1988: CRFB/88
- Estatuto da Pessoa com Deficiência: EPD
- Tratados Internacionais que versem sobre Direitos Humanos: TIDH
- Regime Geral de Previdência Social: RGPS
- Conselho Nacional de Justiça: CNJ
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1. Introdução
O Direito das Pessoas com Deficiência tem grande relação com os
Direitos do Homem, que são direitos inerentes e próprios de todos os
indivíduos, cujo respeito não necessariamente depende de previsão em uma
norma específica.
A previsão dos Direitos do Homem nas Constituições dos Estados
Nacionais e em diplomas internacionais fez com que eles adquirissem a
natureza de “direitos fundamentais” e “direitos humanos”. Pensa, por exemplo,
no direito à vida, reconhecido no art. 5º da nossa CRFB/88 como um direito
fundamental.
Lembre-se que o art. 1º, III, da CRFB/88 consagra a dignidade da
pessoa humana como fundamento da República, o que justifica a proteção
dada pelo direito aos indivíduos, inclusive àqueles com deficiência.
No Brasil, o conjunto de normas sobre a proteção da pessoa com
deficiência passou por grandes transformações, sobretudo após a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto nº
6.949/2009) e o Tratado de Marraqueche (Decreto nº 9.522/2018).
Esses diplomas internacionais foram incorporados ao direito brasileiro
com status de Emenda Constitucional, na forma do art. 5º, § 3º, da
CRFB/88.
Em 2015, foi editado no Brasil o Estatuto da Pessoa com Deficiência –
EPD (Lei nº 13.146/2015), que teve como pressuposto o novo modelo de
proteção da pessoa com deficiência, com mudança de algumas normas e
criação de novos direitos.
A matéria é tão importante que a Resolução nº 230/2016 do Conselho
Nacional de Justiça - CNJ determinou que o assunto fosse objeto de cobrança
em concursos públicos promovidos pelo Judiciário:
Resolução nº 230/2016 CNJ:
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Art. 10. Os editais de concursos públicos para ingresso nos quadros do Poder
Judiciário e de seus serviços auxiliares deverão prever, nos objetos de avaliação,
disciplina que abarque os direitos das pessoas com deficiência.
Então vamos estudar o Direito das Pessoas com Deficiência!
Em resumo, essas são suas principais normas.
Aqui vai uma observação: a terminologia correta, adotada no plano
internacional, é “pessoa com deficiência”, e não “pessoa portadora de
deficiência”, “deficiente”, “excepcional”, “pessoa especial”, “pessoa portadora
de necessidades especiais”, etc.
• Apoio às pessoas com deficiência, sua integração social e proteção coletiva de direitos
Lei nº 7.853/89 e Decreto nº 3.298/99
• Símbolo que permita a identificação de pessoas com deficiência
Lei nº 8.160/91
• Prioridade de atendimentoLei nº 10.048/2000 e
Decreto nº 5.296/2004
• AcessibilidadeLei nº 10.098/2000 e
Decreto nº 5.296/2004
• Conjunto de direitos e garantiasConvenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência
• Conjunto de direitos e garantiasLei nº 13.146/2015
• Acesso de obras publicadas às pessoas com deficiência visual
Tratado de Marraqueche
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2. Conceitos importantes
O começo do estudo dos Direitos da Pessoa com Deficiência fica mais
fácil quando analisamos alguns conceitos previstos na legislação, que são
muito utilizados pelo legislador na definição das garantias das pessoas com
deficiência e também costumam ser cobrados em prova.
O art. 2º do EPD estabelece o conceito de pessoa com deficiência,
que está fundamentado no impedimento de longo prazo.
EPD:
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
CUIDADO: a pessoa com deficiência tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.
Os impedimentos de médio e curto prazos não são considerados
deficiência.
QUESTÃO DE PROVA
2018 – FUB – Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais – Considera-se
pessoa com deficiência aquela que possui impedimento de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial de médio ou longo prazo que dificulte seu acesso a bens
socioculturais e sua interação social em igualdade de condições com outras
pessoas.
Pessoa com deficiência
Impedimento de longo prazo
Física
Mental
Intelectual
Sensorial
Obstruir
participação
plena e efetiva na sociedade
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Gabarito Falso
QUESTÃO DE PROVA
2018 - DPE/AM – Defensor Público – O Estatuto da Pessoa com Deficiência
prevê que é considerada deficiente a pessoa com impedimento de curto, médio ou
longo prazo de natureza física ou mental, de modo a obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em condições isonômicas às demais pessoas.
Gabarito Falso
É importante que você entenda uma diferença estabelecida pela lei entre
pessoa com deficiência e pessoa com mobilidade reduzida.
O art. 3º, IX, do EPD prevê o conceito de pessoa com mobilidade
reduzida:
EPD:
Art. 3º. Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:
IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo,
dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução
efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção,
incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;
QUESTÃO DE PROVA
2017 – TRT 1 – Cargos de Nível Médio – De acordo com a legislação, será
considerada pessoa portadora de deficiência aquela cuja dificuldade de
movimentar-se gere, permanentemente, redução efetiva da mobilidade, da
flexibilidade, da coordenação motora e da percepção.
Idoso
Gestante
LactantePessoa com criança de
colo
Obeso Pessoa com
mobilidade reduzida
≠ pessoa
com deficiência
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Gabarito Falso
Não é toda pessoa com mobilidade reduzida que será uma pessoa com
deficiência.
Pensa, por exemplo, em alguém que fraturou a perna. Ele possui
mobilidade reduzida, diante de sua dificuldade de movimentação.
Mesmo sem ter uma deficiência, a pessoa com mobilidade reduzida tem
direitos protegidos por normas de acessibilidade.
O art. 3º do EPD prevê diversos conceitos relativos aos Direitos da
Pessoa com Deficiência.
Vamos começar com o conceito de acessibilidade.
EPD:
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos,
edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e
tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso
público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural,
por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
QUESTÃO DE PROVA
2019 – TJ/SP – Enfermeiro Judiciário – A possibilidade e condição de alcance e
utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos
urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus
sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao
público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na
Segurança e autonomia
Locais de uso
público
Locais privados de uso coletivo
Zonas urbana e
rural
Acessibilidade
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rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, conforme
disciplinado na Lei nº 13.146/2015, considera-se
a) barreiras urbanísticas.
b) tecnologia assistiva.
c) ajuda técnica.
d) acessibilidade.
e) barreiras atitudinais.
Gabarito D
Veja que a lei não exige a acessibilidade nos locais privados de uso
privado (ex.: garagem de sua casa).
Vamos ao próximo conceito, de desenho universal.
II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e
serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de
adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia
assistiva;
QUESTÃO DE PROVA
2019 – TJ/SP – Médico Judiciário – A concepção de produtos, ambientes,
programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de
adaptação ou projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva,
conforme disciplinado na Lei n° 13.146/2015, considera-se
a) tecnologia assistiva.
Desenho universal
• CONCEPÇÃO de produtos, ambientes, programas e serviços
Usados por todas as pessoas
Sem necessidade de adaptação ou projeto específico
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b) ajuda técnica.
c) acessibilidade.
d) desenho universal.
e) adaptação razoável.
Gabarito D
Então, o desenho universal trata da concepção (projeto) de produtos e
ambientes para serem utilizados por todos, sem a necessidade de adaptação
ou de projeto específico para pessoas com deficiência.
A ideia é evitar produtos ou ambientes especiais para pessoas com
deficiência.
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos,
dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social;
QUESTÃO DE PROVA
2018 – FUB – Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais – Tecnologia
assistiva consiste em produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade
relacionada à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida
na sociedade.
Gabarito Verdadeiro
Para entender o que é tecnologia assistiva, é interessante compreender
sua diferença do desenho universal.
Desenho universal é a concepção de algo (produto, ambiente, programa
e serviços) acessível.
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Tecnologia assistiva é o próprio produto, equipamento, dispositivo,
recurso, metodologia, estratégia, práticas e serviços acessíveis.
Avançando, o inciso IV do art. 3º do EPD apresenta o conceito de
barreiras, que limitam ou impedem a participação da pessoa com deficiência
na sociedade.
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que
limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição
e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de
expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação
com segurança, entre outros, classificadas em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e
privados abertos ao público ou de uso coletivo;
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo,
atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o
recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de
comunicação e de tecnologia da informação;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou
prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de
condições e oportunidades com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com
deficiência às tecnologias;
Desenho universal
Concepção de algo
acessível
Tecnologia assistiva
Algo acessível
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QUESTÃO DE PROVA
2018 – TRT 15 – Analista Judiciário – Para fins de aplicação da Lei nº
13.146/2015, as barreiras existentes nos edifícios públicos ou privados são
barreiras
a) urbanísticas.
b) arquitetônicas.
c) atitudinais.
d) materiais imperfeitas.
e) informais de espaço.
Gabarito B
Há, também, o conceito de comunicação, considerando que a informação
e a comunicação devem ser realizadas de modo acessível. A lei prevê opções
pertinentes às línguas, visualização de textos, sinalização, caracteres
ampliados, etc.
Tudo isso para permitir a comunicação e o acesso à informação pela
pessoa com deficiência.
Barreir
as
obstáculos à participação,
direitos e liberdade da pessoa com deficiência
Urbanísticasespaços públicos e privados abertos ao
público e de uso coletivo
Arquitetônicasedifícios públicos e
privados
Transportessistemas e meios de
transportes
Comunicações e informação
comunicação e tecnologias da
informação
Atitudinaisatitudes ou
comportamentos
Tecnológicas tecnologia
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V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras
opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de
textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres
ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e
oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e
formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da
informação e das comunicações;
São muitos conceitos, né? Vamos continuar.
VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários
e adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando
requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência
possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as
demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais;
QUESTÃO DE PROVA
2017 – TRE/TO – Técnico Judiciário – As adaptações, modificações e ajustes
necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido,
quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência
possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais
pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais, são consideradas
a) adaptações razoáveis.
b) acessibilidade.
c) elemento de urbanização.
d) tecnologia assistiva.
e) modificações inclusivas.
Adeptações
Sem ônus despropor-
cional e indevido
Cada caso
Garantir igualdade
de condições
Exercício de
direitos e liberdade
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Gabarito A
A adaptação razoável é o ajuste de práticas, mobiliários e ambientes
para permitir que a pessoa com deficiência exerça seus direitos em igualdade
de condições e oportunidades. Cito como exemplo as disposições da mesa em
um ambiente de trabalho, de modo a permitir a livre circulação de uma pessoa
com deficiência.
Há, ainda, a diferença entre elemento de urbanização e mobiliário
urbano:
VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de
urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento,
encanamento para esgotos, distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação
pública, serviços de comunicação, abastecimento e distribuição de água,
paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico;
QUESTÃO DE PROVA
2019 – TJ/BA – Juiz de Direito – A lei que estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida conceitua componentes de obras de urbanização — como os
referentes a pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos etc. — como
a) mobiliário urbano.
b) tecnologia assistiva.
c) elemento de urbanização.
Elemento de urbanização
Obras de urbanização
Pavimentação, saneamento, encanamento, distribuição de
energia, iluminação pública...
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d) acessibilidade.
e) desenho universal.
Gabarito C
VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos
espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos de urbanização ou
de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque
alterações substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes de
sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo às
telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos,
quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;
QUESTÃO DE PROVA
2017 – TRF 5 – Juiz Federal – Os postes de sinalização colocados em via pública
para promover a acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida são
considerados, de acordo com a lei,
a) elementos de urbanização.
b) tecnologia assistiva.
c) tecnologia funcional.
d) equipamentos urbanos.
e) mobiliários urbanos.
Gabarito E
Mobiliário urbanoObjetos nas vias e espaços públicos
Semáforo, postes, fontes de água, lixeiras, toldos,
marquises, bancos, quiosques
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Os incisos X e XI do art. 3º do EPD estabelecem uma diferença entre
residências inclusivas e moradia para a vida independente de pessoa com
deficiência.
X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Acolhimento do
Sistema Único de Assistência Social (Suas) localizadas em áreas residenciais
da comunidade, com estruturas adequadas, que possam contar com apoio
psicossocial para o atendimento das necessidades da pessoa acolhida, destinadas
a jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, que não
dispõem de condições de autossustentabilidade e com vínculos familiares
fragilizados ou rompidos;
QUESTÃO DE PROVA
2018 – TRT 2 – Analista Judiciário – A residência inclusiva, conforme prevista
no Estatuto da Pessoa com Deficiência, será oferecida à pessoa com deficiência em
situação de dependência que não disponha de condições de autossustentabilidade,
a) sem vínculos familiares fragilizados ou rompidos, no âmbito do SUAS.
b) com vínculos familiares fragilizados ou rompidos, no âmbito do SUS.
c) sem vínculos familiares fragilizados ou rompidos, no âmbito do SUS.
d) com vínculos familiares fragilizados ou rompidos, no âmbito do SUAS.
Residências inclusivas
Unidades de oferta do Suas
Apoio psicossocial
Jovens e adultos
com deficiência
Situação de dependência
Sem condições
de se sustentar
Vínculo familiar
fragilizado ou rompido
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e) com vínculos familiares fragilizados ou rompidos, no âmbito da Previdência
Social.
Gabarito D
As residências inclusivas recebem pessoas com deficiência em situação
de dependência e fornecem assistência médica, terapias, alimentação, entre
outros cuidados.
XI - moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia
com estruturas adequadas capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e
individualizados que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos
com deficiência;
A pessoa com deficiência pode, por exemplo, residir com sua família em
uma moradia para a vida independente, com estruturas adequadas e que lhe
forneçam um ambiente de apoio e autonomia.
Para finalizar, os incisos XII, XIII e XIV do art. 3º do EPD ainda
estabelecem os conceitos de atendente pessoal (cuidador), profissional de
apoio escolar e acompanhante.
XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem
remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com
deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou
os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas;
XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de
alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em
todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis
e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as
técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente
estabelecidas;
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XIV - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo
ou não desempenhar as funções de atendente pessoal.
3. Direitos e garantias constitucionais da pessoa com
deficiência
A CRFB/88 impede a discriminação aos trabalhadores com
deficiência quanto ao processo de admissão ou de seu salário.
CRFB/88:
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais (...): XXXI - proibição de
qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
QUESTÃO DE PROVA
2018 – TRT 2 – Técnico Judiciário – Segundo expressamente previsto na
Constituição Federal, constitui direito social da pessoa com deficiência:
a) ter garantida cadeira de rodas ou outro veículo motorizado ou não para
circulação em espaços públicos.
b) proibição de discriminação na participação comunitária.
c) ter garantida meia entrada em espaços culturais de acesso pago.
d) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário.
e) proibição de identificação ostensiva de sua deficiência em espaços de
concentração de pessoas.
Gabarito D
Introdução – Conceitos importantes
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É competência comum da União, Estados, DF e Municípios cuidar da
saúde, assistência pública, proteção e garantia das pessoas com deficiência.
CRFB/88:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
Além disso, é competência da União, Estados e DF legislar
concorrentemente sobre proteção e integração da pessoa com deficiência.
CRFB/88:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
QUESTÃO DE PROVA
2011 – TRT 23 – Analista Judiciário – Segundo a Constituição Federal, legislar
sobre a proteção e a integração social das pessoas portadoras de deficiência é de
competência
a) privativa dos Estados.
b) privativa da União.
c) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.
d) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) concorrente da União, dos Estados e dos Municípios.
Gabarito C
O art. 37, VIII, da CRFB/88 prevê uma reserva de vagas (cotas) de
pessoas com deficiência nos concursos públicos.
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CRFB/88:
Art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Veja que não há um percentual mínimo previsto na CRFB/88 para as
cotas, matéria que é definida pela lei.
No âmbito federal, a Lei nº 8.112/1990 determina uma cota máxima de
até 20%.
Lei nº 8.112/1990:
Art. 5º, § 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
O Decreto nº 9.508/2018 prevê uma cota mínima de 5% de vagas
para pessoas com deficiência em concursos públicos no âmbito da
Administração Pública Federal.
Decreto nº 9.508/2018:
Art. 1º, § 1º Ficam reservadas às pessoas com deficiência, no mínimo, cinco por
cento das vagas oferecidas para o provimento de cargos efetivos e para a
contratação por tempo determinado para atender necessidade temporária de
excepcional interesse público, no âmbito da administração pública federal direta e
indireta.
Cota em concurso público
Máximo 20%
Mínimo 5%
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Nos termos de lei complementar, é possível a existência
de critérios e requisitos diferenciados para a
aposentadoria de servidor público portador de deficiência
(Regime Próprio de Previdência Social).
CRFB/88:
Art. 40 (aposentadoria de servidor público)
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados,
nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I – portadores de deficiência;
QUESTÃO DE PROVA
2009 – MMA – Agente Administrativo – Servidor público federal portador de
deficiência pode ter critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria.
Gabarito Verdadeiro
Regra semelhante é prevista para o Regime Geral de Previdência Social.
CRFB/88:
Art. 201, § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social,
ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados
portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.
QUESTÃO DE PROVA
2017 – TRT 12 – Analista Judiciário – Luís, portador de deficiência física
congênita e trabalhador da iniciativa privada, solicitou a orientação de um
profissional da área jurídica a respeito das peculiaridades do regime geral de
previdência social considerando a sua situação pessoal.
O profissional consultado respondeu corretamente que Luís:
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a) não pode ser beneficiado por qualquer requisito ou critério diferenciado para a
obtenção de aposentadoria;
b) poderia ser beneficiado por critérios diferenciados para se aposentar caso
exercesse atividade insalubre, mas não por ser deficiente;
c) poderia ser beneficiado por requisitos ou critérios diferenciados para se
aposentar caso fosse mulher, mas não por ser deficiente;
d) poderia ser beneficiado por critérios diferenciados para se aposentar caso o seu
trabalho prejudicasse a saúde, mas não por ser deficiente;
e) pode ser beneficiado por requisitos ou critérios distintos para se aposentar nos
termos de lei complementar.
Gabarito E
O art. 203, IV, da CRFB/88 determina a prestação de assistência social
às pessoas portadoras de deficiência, com condutas para sua habilitação,
reabilitação e integração à sociedade.
CRFB/88:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção
de sua integração à vida comunitária;
Outra norma importante, ainda no art. 203 da CRFB/88, é a garantia de
um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência que não
tenha recursos para sua subsistência.
CRFB/88:
Art. 203, V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
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Esse é o Benefício de Prestação Continuada – BPC. Vamos
aprofundar algumas informações sobre ele:
1) Natureza de benefício assistencial.
Isso significa que a pessoa com deficiência não precisa pagar uma
contraprestação mensal à seguridade social para ter direito ao benefício. É
suficiente o cumprimento dos requisitos da lei para a obtenção do benefício.
Guarde isso: o BPC não é um benefício previdenciário, é
um benefício assistencial.
2) Valor de um salário mínimo mensal.
3) Destinado a pessoa com deficiência (qualquer idade) e ao idoso
que não possui meios de prover sua subsistência.
QUESTÃO DE PROVA
2018 – TRT 2 – Técnico Judiciário – A Constituição Federal brasileira garante à
pessoa com deficiência
a) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não possuir meios
de prover à própria manutenção, independentemente de sua contribuição à
seguridade social.
b) 50% do valor de um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove
não possuir meios de prover à própria manutenção, independentemente de sua
contribuição à seguridade social.
c) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não possuir meios
de prover à própria manutenção e desde que tenha contribuído por no mínimo um
ano com a seguridade social.
d) um salário mínimo de benefício mensal, independentemente de comprovação da
capacidade de prover à sua manutenção e de contribuição à seguridade social.
e) 50% de um salário mínimo de benefício mensal, independentemente de
comprovação da incapacidade de prover à própria manutenção, desde que
comprovada contribuição à seguridade social por no mínimo cinco anos.
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Gabarito A
No âmbito da educação, o art. 208, III, da CRFB/88 prevê o
atendimento educacional especializado para a pessoa com deficiência.
CFRB/88:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
Veja a previsão da CRFB/88 de que o atendimento educacional
especializado ocorrerá preferencialmente na rede regular de ensino (e não
na rede especial de ensino), justamente para viabilizar a inclusão e o convívio
social.
QUESTÃO DE PROVA
2017 – TRF 1 – Técnico Judiciário – De acordo com a Constituição Federal, o
Estado deverá garantir a educação da pessoa com deficiência, preferencialmente,
em rede especial de ensino, de acordo com as suas necessidades físicas e mentais.
Gabarito Falso
Também há previsão na CRFB/88 para o atendimento especializado e a
integração social de adolescente (12 a 18 anos) e do jovem (15 e 29
anos) com deficiência.
CRFB/88:
Dever do Estado
Atendimento educacional
especializado
Preferencialmente na rede regular
de ensino
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Art. 227, § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da
criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não
governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes
preceitos:
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para
as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como
de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência,
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso
aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de
todas as formas de discriminação.
QUESTÃO DE PROVA
2017 – TRF 1 – Analista Judiciário – É dever estatal, explícito na Constituição
Federal, a instituição de programas de prevenção e atendimento especializado para
portadores de deficiência física, sensorial ou mental.
Gabarito Verdadeiro
O art. 227, § 2º, da CRFB/88 determina que a lei disponha sobre a
acessibilidade de pessoa com deficiência em logradouros, edifícios de uso
público e veículos de transporte coletivo.
CRFB/88:
Art. 227, § 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos
edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
Dever do Estado
criar programa
Prevenção atendimento especializado
Integração social
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Para finalizar, o art. 244 da CRFB/88 determina que “a lei disporá sobre
a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de
transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado
às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.”.
Acessibilidaderegulada por lei
Logradouros
Veículos de transporte coletivo
Edifícios de uso público
Direitos e garantias constitucionais
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ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA
O art. 2º do EPD estabelece o conceito de pessoa com deficiência,
que está fundamentado no impedimento de longo prazo (impedimentos de
médio e curto prazos não são considerados deficiência).
Pessoa com deficiência é diferente de pessoa com mobilidade reduzida. O
art. 3º, IX, do EPD estabelece o conceito de pessoa com mobilidade reduzida.
Veja que não é toda pessoa com mobilidade reduzida que será uma
pessoa com deficiência.
O art. 3º do EPD, que costuma cair em prova, prevê diversos conceitos
relativos aos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Esses são os principais conceitos.
Os primeiros são acessibilidade e desenho universal.
Pessoa com deficiência
Impedimento de longo prazo
Física
Mental
Intelectual
Sensorial
Idoso
Gestante
LactantePessoa com criança de
colo
ObesoPessoa com
mobilidade reduzida
≠ pessoa
com deficiência
Obstruir
participação
plena e efetiva
na sociedade
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Desenho universal é a concepção de algo (produto, ambiente,
programa e serviços) acessível.
Tecnologia assistiva é o próprio produto, equipamento, dispositivo,
recurso, metodologia, estratégia, práticas e serviços acessíveis.
Esse esquema ilustra o conceito de adaptações razoáveis.
Segurança e autonomia
Locais de uso
público
Locais privados de uso coletivo
Zonas urbana e
rural
Desenho universal
• CONCEPÇÃO de produtos, ambientes, programas e serviços
Usados por todas as pessoas
Sem necessidade de adaptação ou projeto específico
Barreir
as
obstáculos à participação,
direitos e liberdade da pessoa com deficiência
Urbanísticasespaços públicos e privados abertos ao
público e de uso coletivo
Arquitetônicasedifícios públicos e
privados
Transportessistemas e meios de
transportes
Comunicações e informação
comunicação e tecnologias da
informação
Atitudinaisatitudes ou
comportamentos
Tecnológicas tecnologia
Acessibilidade
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Também há os conceitos de elementos de urbanização e mobiliário
urbano.
A moradia para a vida independente é a moradia com estruturas
adequadas que conceda autonomia à pessoa com deficiência.
Adaptações
Sem ônus despropor-
cional e indevido
Cada caso
Garantir igualdade
de condições
Exercício de
direitos e liberdade
Elemento de urbanização
Obras de urbanização
Pavimentação, saneamento, encanamento, distribuição de
energia, iluminação pública...
Mobiliário urbanoObjetos nas vias e espaços públicos
Semáforo, postes, fontes de água, lixeiras, toldos,
marquises, bancos, quiosques
Residências inclusivas
Unidades de oferta do Suas
Apoio psicossocial
Jovens e adultos
com deficiência
Situação de dependência
Sem condições
de se sustentar
Vínculo familiar
fragilizado ou rompido
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Para finalizar, lembre-se dos conceitos de atendente pessoal (cuidador),
profissional de apoio escolar e acompanhante.
Essas são as principais proteções à pessoa com deficiência previstas
na CRFB/88:
a) Vedada a discriminação aos trabalhadores com deficiência quanto ao
processo de admissão ou ao seu salário (art. 7º, XXXI);
b) Competência comum da União, Estados, DF e Municípios para cuidar da
saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas com
deficiência (art. 23, II);
c) Competência concorrente da União, Estados e DF para legislar sobre
proteção e integração da pessoa com deficiência (art. 24, XIV);
d) Reserva de vagas para pessoas com deficiência nos concursos públicos
(art. 37, VIII);
e) Prestação de assistência social às pessoas com deficiência (habilitação,
reabilitação e integração à sociedade) (art. 203, IV);
f) Garantia de 1 salário mínimo de benefício à pessoa com deficiência que
comprove não ter meios para prover sua subsistência (art. 203, V). É um
benefício de natureza assistencial, o que significa que a pessoa com deficiência
não precisa pagar uma contraprestação mensal para ter direito ao benefício;
g) Atendimento educacional especializado para a pessoa com deficiência
preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208, III).
Atendente pessoal
•Membro da família ou não
•Ajuda pessoa com deficiência
•Atividades diárias
•Excluídas atividades técnicas e profissionais
Profissional de apoio escolar
•Atividades de alimentação, higiene e locomoção
•Estudante com deficiência
•Todos os níveis e modalidades de ensino
•Instituições públicas e privadas
•Excluídas atividades técnicas e profissionais
Acompanhante
•Acompanha pessoa com deficiência
•Pode ou não ser atendente pessoal
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QUESTÕES COMENTADAS
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próximo tópico – Questões sem comentários.
1. (CESPE – TJ/BA – Juiz de Direito – 2019) A lei estadual X estabeleceu
a obrigatoriedade da realização de adaptações nos veículos de
transporte coletivo intermunicipal de propriedade das empresas
concessionárias do serviço, com a finalidade de facilitar o acesso de
pessoas com deficiência física ou com dificuldades de locomoção.
Conforme as disposições do texto constitucional, a legislação, a
doutrina e a jurisprudência do STF, a lei estadual X é
a) inconstitucional por ofensa à competência privativa da União para
legislar sobre trânsito e transporte.
b) inconstitucional por ofensa à competência concorrente dos entes
federados, ainda que inexistente lei geral nacional.
c) inconstitucional por ofensa à livre iniciativa e ao caráter competitivo
das licitações públicas para a área de transportes.
d) constitucional, pois está compatível com a CF e com a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
incorporada ao direito nacional como norma de caráter supralegal.
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e) constitucional, pois está compatível com a CF e com a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
incorporada ao direito nacional como norma constitucional.
Pelo art. 24 da CRFB/88, “compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre: XIV - proteção e integração
social das pessoas portadoras de deficiência;”. A Convenção sobre os
Direitos da Pessoa com Deficiência foi aprovada conforme o
procedimento do art. 5º, § 3º, da CRFB/88.
Gabarito E
2. (FCC – TRT 2 – Técnico Judiciário – 2018) Segundo expressamente
previsto na Constituição Federal, constitui direito social da pessoa com
deficiência:
a) ter garantida cadeira de rodas ou outro veículo motorizado ou não
para circulação em espaços públicos.
b) proibição de discriminação na participação comunitária.
c) ter garantida meia entrada em espaços culturais de acesso pago.
d) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário.
e) proibição de identificação ostensiva de sua deficiência em espaços
de concentração de pessoas.
Pelo art. 7º da CRFB/88, que está no capítulo dos direitos sociais,
“são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais (...): XXXI -
proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e
critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;”.
Gabarito D
3. (FCC – TRT 2 – Técnico Judiciário – 2018) A Constituição Federal
brasileira garante à pessoa com deficiência
a) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não
possuir meios de prover à própria manutenção, independentemente de
sua contribuição à seguridade social.
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b) 50% do valor de um salário mínimo de benefício mensal, desde que
comprove não possuir meios de prover à própria manutenção,
independentemente de sua contribuição à seguridade social.
c) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não
possuir meios de prover à própria manutenção e desde que tenha
contribuído por no mínimo um ano com a seguridade social.
d) um salário mínimo de benefício mensal, independentemente de
comprovação da capacidade de prover à sua manutenção e de
contribuição à seguridade social.
e) 50% de um salário mínimo de benefício mensal,
independentemente de comprovação da incapacidade de prover à
própria manutenção, desde que comprovada contribuição à seguridade
social por no mínimo cinco anos.
Pelo art. 203, V, da CRFB/88, há “a garantia de um salário mínimo de
benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de
tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”. Por se tratar
de um benefício assistencial, a pessoa com deficiência não precisa
pagar uma contraprestação mensal à seguridade social para ter
direito ao benefício. É suficiente o cumprimento dos requisitos da lei
para a obtenção do benefício.
Gabarito A
4. (CESPE – TRF 1 – Analista Judiciário – 2017) É dever estatal, explícito
na Constituição Federal, a instituição de programas de prevenção e
atendimento especializado para portadores de deficiência física,
sensorial ou mental.
Pelo art. 227, § 1º, II, da CRFB/88, é dever do Estado a “criação de
programas de prevenção e atendimento especializado para as
pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem
como de integração social do adolescente e do jovem portador de
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deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência,
e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a
eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de
discriminação.”.
Gabarito Verdadeiro
5. (CESPE – TRF 1 – Técnico Judiciário – 2017) De acordo com a
Constituição Federal, o Estado deverá garantir a educação da pessoa
com deficiência, preferencialmente, em rede especial de ensino, de
acordo com as suas necessidades físicas e mentais.
Pelo art. 208, III, da CRFB/88, o Estado deve garantir “atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;”.
Gabarito Falso.
6. (FGV – TRT 12 – Analista Judiciário – 2017) Luís, portador de
deficiência física congênita e trabalhador da iniciativa privada,
solicitou a orientação de um profissional da área jurídica a respeito
das peculiaridades do regime geral de previdência social considerando
a sua situação pessoal.
O profissional consultado respondeu corretamente que Luís:
a) não pode ser beneficiado por qualquer requisito ou critério
diferenciado para a obtenção de aposentadoria;
b) poderia ser beneficiado por critérios diferenciados para se
aposentar caso exercesse atividade insalubre, mas não por ser
deficiente;
c) poderia ser beneficiado por requisitos ou critérios diferenciados
para se aposentar caso fosse mulher, mas não por ser deficiente;
d) poderia ser beneficiado por critérios diferenciados para se
aposentar caso o seu trabalho prejudicasse a saúde, mas não por ser
deficiente;
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e) pode ser beneficiado por requisitos ou critérios distintos para se
aposentar nos termos de lei complementar.
Pelo art. 201, § 1º, da CRFB/88, “é vedada a adoção de requisitos e
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos
beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os
casos de atividades exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de
segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei
complementar.”.
Gabarito E
7. (VUNESP – TJ/SP – Enfermeiro Judiciário – 2019) A possibilidade e
condição de alcance e utilização, com segurança e autonomia, de
espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem
como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso
público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na
rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida,
conforme disciplinado na Lei nº 13.146/2015, considera-se
a) barreiras urbanísticas.
b) tecnologia assistiva.
c) ajuda técnica.
d) acessibilidade.
e) barreiras atitudinais.
É a previsão do art. 3º, I, do EPD.
Gabarito D
8. (CESPE – TJ/BA – Juiz de Direito – 2019) A lei que estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida conceitua
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componentes de obras de urbanização — como os referentes a
pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos etc. — como
a) mobiliário urbano.
b) tecnologia assistiva.
c) elemento de urbanização.
d) acessibilidade.
e) desenho universal.
É a previsão do art. 3º, VII, do EPD.
Gabarito C
9. (CESPE – STM – Analista Judiciário – 2018) É considerada pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de curto ou longo prazo, de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual possa obstruir
sua participação plena na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
Pelo art. 2º do EPD, “considera-se pessoa com deficiência aquela que
tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade
em igualdade de condições com as demais pessoas.”.
Gabarito Falso
10. (CESPE – MPU – Analista – 2018) Empresa de ônibus concessionária
de serviço público foi condenada a indenizar um casal de cadeirantes
em razão da recusa de quatro motoristas em embarcá-los. Havia
somente o casal no ponto de ônibus no início da noite, e os motoristas
da empresa não atendiam ao sinal de parada; passavam direto,
propositadamente.
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item, acerca do
direito à acessibilidade.
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A conduta dos motoristas da empresa de ônibus violou o direito à
acessibilidade, segundo o qual devem ser garantidas a pessoas com
mobilidade reduzida possibilidades e condições de alcance para
utilização de transporte coletivo público ou privado, tanto em zona
urbana quanto em zona rural.
É a previsão do art. 3º, I, do EPD.
Gabarito Verdadeiro
11. (CESPE – TRE/TO – Analista Judiciário – 2017) À luz do Estatuto da
Pessoa com Deficiência, a concepção de ambiente a ser usado por
todas as pessoas, sem a necessidade de adaptação ou de projeto
específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva caracteriza
o(a)
a) adaptação razoável.
b) elemento urbanizado.
c) mobiliário assistivo.
d) acessibilidade
e) desenho universal.
É a previsão do art. 3º, II, do EPD.
Gabarito E
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QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS
1. (CESPE – TJ/BA – Juiz de Direito – 2019) A lei estadual X estabeleceu
a obrigatoriedade da realização de adaptações nos veículos de
transporte coletivo intermunicipal de propriedade das empresas
concessionárias do serviço, com a finalidade de facilitar o acesso de
pessoas com deficiência física ou com dificuldades de locomoção.
Conforme as disposições do texto constitucional, a legislação, a
doutrina e a jurisprudência do STF, a lei estadual X é
a) inconstitucional por ofensa à competência privativa da União para
legislar sobre trânsito e transporte.
b) inconstitucional por ofensa à competência concorrente dos entes
federados, ainda que inexistente lei geral nacional.
c) inconstitucional por ofensa à livre iniciativa e ao caráter competitivo
das licitações públicas para a área de transportes.
d) constitucional, pois está compatível com a CF e com a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
incorporada ao direito nacional como norma de caráter supralegal.
e) constitucional, pois está compatível com a CF e com a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
incorporada ao direito nacional como norma constitucional.
2. (FCC – TRT 2 – Técnico Judiciário – 2018) Segundo expressamente
previsto na Constituição Federal, constitui direito social da pessoa com
deficiência:
a) ter garantida cadeira de rodas ou outro veículo motorizado ou não
para circulação em espaços públicos.
b) proibição de discriminação na participação comunitária.
c) ter garantida meia entrada em espaços culturais de acesso pago.
d) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário.
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e) proibição de identificação ostensiva de sua deficiência em espaços
de concentração de pessoas.
3. (FCC – TRT 2 – Técnico Judiciário – 2018) A Constituição Federal
brasileira garante à pessoa com deficiência
a) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não
possuir meios de prover à própria manutenção, independentemente de
sua contribuição à seguridade social.
b) 50% do valor de um salário mínimo de benefício mensal, desde que
comprove não possuir meios de prover à própria manutenção,
independentemente de sua contribuição à seguridade social.
c) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não
possuir meios de prover à própria manutenção e desde que tenha
contribuído por no mínimo um ano com a seguridade social.
d) um salário mínimo de benefício mensal, independentemente de
comprovação da capacidade de prover à sua manutenção e de
contribuição à seguridade social.
e) 50% de um salário mínimo de benefício mensal,
independentemente de comprovação da incapacidade de prover à
própria manutenção, desde que comprovada contribuição à seguridade
social por no mínimo cinco anos.
4. (CESPE – TRF 1 – Analista Judiciário – 2017) É dever estatal, explícito
na Constituição Federal, a instituição de programas de prevenção e
atendimento especializado para portadores de deficiência física,
sensorial ou mental.
5. (CESPE – TRF 1 – Técnico Judiciário – 2017) De acordo com a
Constituição Federal, o Estado deverá garantir a educação da pessoa
com deficiência, preferencialmente, em rede especial de ensino, de
acordo com as suas necessidades físicas e mentais.
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6. (FGV – TRT 12 – Analista Judiciário – 2017) Luís, portador de
deficiência física congênita e trabalhador da iniciativa privada,
solicitou a orientação de um profissional da área jurídica a respeito
das peculiaridades do regime geral de previdência social considerando
a sua situação pessoal.
O profissional consultado respondeu corretamente que Luís:
a) não pode ser beneficiado por qualquer requisito ou critério
diferenciado para a obtenção de aposentadoria;
b) poderia ser beneficiado por critérios diferenciados para se
aposentar caso exercesse atividade insalubre, mas não por ser
deficiente;
c) poderia ser beneficiado por requisitos ou critérios diferenciados
para se aposentar caso fosse mulher, mas não por ser deficiente;
d) poderia ser beneficiado por critérios diferenciados para se
aposentar caso o seu trabalho prejudicasse a saúde, mas não por ser
deficiente;
e) pode ser beneficiado por requisitos ou critérios distintos para se
aposentar nos termos de lei complementar.
7. (VUNESP – TJ/SP – Enfermeiro Judiciário – 2019) A possibilidade e
condição de alcance e utilização, com segurança e autonomia, de
espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem
como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso
público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na
rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida,
conforme disciplinado na Lei nº 13.146/2015, considera-se
a) barreiras urbanísticas.
b) tecnologia assistiva.
c) ajuda técnica.
d) acessibilidade.
e) barreiras atitudinais.
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8. (CESPE – TJ/BA – Juiz de Direito – 2019) A lei que estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida conceitua
componentes de obras de urbanização — como os referentes a
pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos etc. — como
a) mobiliário urbano.
b) tecnologia assistiva.
c) elemento de urbanização.
d) acessibilidade.
e) desenho universal.
9. (CESPE – STM – Analista Judiciário – 2018) É considerada pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de curto ou longo prazo, de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual possa obstruir
sua participação plena na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
10. (CESPE – MPU – Analista – 2018) Empresa de ônibus concessionária
de serviço público foi condenada a indenizar um casal de cadeirantes
em razão da recusa de quatro motoristas em embarcá-los. Havia
somente o casal no ponto de ônibus no início da noite, e os motoristas
da empresa não atendiam ao sinal de parada; passavam direto,
propositadamente.
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item, acerca do
direito à acessibilidade.
A conduta dos motoristas da empresa de ônibus violou o direito à
acessibilidade, segundo o qual devem ser garantidas a pessoas com
mobilidade reduzida possibilidades e condições de alcance para
utilização de transporte coletivo público ou privado, tanto em zona
urbana quanto em zona rural.
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11. (CESPE – TRE/TO – Analista Judiciário – 2017) À luz do Estatuto da
Pessoa com Deficiência, a concepção de ambiente a ser usado por
todas as pessoas, sem a necessidade de adaptação ou de projeto
específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva caracteriza
o(a)
a) adaptação razoável.
b) elemento urbanizado.
c) mobiliário assistivo.
d) acessibilidade
e) desenho universal.
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GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E D A V F E D C F V
11
E
Agradeço pela companhia.
Bons estudos e até a próxima aula!
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