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DIREITO CIVIL DIREITO DAS SUCESSÕES 7

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Page 1: DIREITO CIVIL DIREITO DAS SUCESSÕES 7. 7.1. Sucessão legítima testamentária: – o testamento serve para que o autor da herança possa alterar ordem de vocação

DIREITO CIVIL

DIREITO DAS SUCESSÕES 7

Page 2: DIREITO CIVIL DIREITO DAS SUCESSÕES 7. 7.1. Sucessão legítima testamentária: – o testamento serve para que o autor da herança possa alterar ordem de vocação

7.1. Sucessão legítima testamentária:

– o testamento serve para que o autor da herança possa alterar ordem de vocação hereditária exposta na lei;

– os herdeiros necessários estão descritos no art. 1.845 do Código;

– à classe de herdeiros necessários fica assegurada metade dos bens da herança, quanto a outra metade o testador pode dispor como quiser.

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7.2. Origens históricas:

– a utilização do testamento se generaliza após a Lei das XII Tábuas;

– a tendência nas legislações modernas de limitar o alcance do parentesco para fins legais e de incluir o cônjuge como herdeiro necessário.

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7.3. Sucessão em linha reta: sucessão dos descendentes:

– a vocação dos herdeiros faz-se por classes (descendentes, ascendentes, cônjuge, colaterais e Estado), conforme a dicção do art.1.829;

– a chamada dos herdeiros é sucessiva e excludente;

– na classe de descendentes persiste o direito de representação, como forma de igualar a atribuição da herança às estirpes existentes.

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7.4. Igualdade de direito sucessório dos descendentes na atualidade. O art. 227, § 6o, da Constituição Federal de 1988:

– com a Constituição de 1988, não mais se distinguem os direitos sucessórios dos filhos qualquer que seja a natureza da filiação;

– o projeto 6.960 acrescenta à redação do art. 1.835, parágrafo único, o direito real de habitação ao filho portador de deficiência.

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7.5. Direito de representação. Representação na classe dos descendentes:

– na mesma classe de herdeiros, o direito de representação ocorre quando a lei chama certos parentes do falecido, a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia se fosse vivo (art. 1.851);

– a herança por cabeça ou por estirpe (art. 1.835);

– herança por direito próprio e herança por representação (art. 1.852).

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7.5.1. Fundamento do instituto da representação:

– o representante herda por si mesmo, em seu nome, porque a lei lhe faz a vocação hereditária.

7.5.2. Requisitos da representação:

– falecimento do ascendente imediatamente anterior, exceto na exclusão do ascendente por indignidade (art. 1.599).

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7.5.3. Efeitos da representação:

– a divisão da herança por estirpes se houver mais de um representante (arts. 1.854 e 1.855).

7.6. Sucessão dos ascendentes:

– não existindo descendentes em qualquer grau, são chamados a suceder os ascendentes;

– a partir da vigência da atual lei civil, os ascendentes são chamados a concorrer na herança juntamente com o cônjuge (art. 1.829, II);

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– a herança do cônjuge será de um terço da universalidade se concorrer com ascendente em primeiro grau (art. 1.837);

– não existindo nenhum dos pais vivo ou legitimado a receber a herança, esta se divide em duas linhas, paterna e materna, assegurada a metade do cônjuge (art. 1.836, § 2o).

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7.7. Sucessão do cônjuge sobrevivente:

– no atual Código o companheiro participa da herança (art. 1.790);

– na anulação do casamento, o cônjuge de boa-fé, reconhecida a putatividade, não perde a condição de herdeiro (art. 1.561);

– no atual Código o cônjuge é herdeiro necessário.

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7.7.1. Meação do cônjuge:

– a meação do cônjuge não é herança, é avaliada de acordo com o regime de bens que regula o casamento;

– ao se examinar uma herança no falecimento de pessoa casada, deve se separar do patrimônio comum o que pertence ao cônjuge sobrevivente, como porção ideal que já lhe pertencia.

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7.7.2. Sucessão do cônjuge. Evolução na posição sucessória da mulher:

– a colocação do cônjuge como herdeiro necessário no atual Código, visa garantir a sobrevivência do viúvo ou da viúva que não tem patrimônio próprio;

– a mais recente lei civil confere também direito real de habitação ao cônjuge sobrevivente, qualquer que

seja o regime de bens (art. 1.831).

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7.7.2.1. A sucessão do cônjuge no Código de 2002:

– alçado à posição de herdeiro necessário (art. 1.845);

– o cônjuge sobrevivente não concorre com os descendentes se for casado com o falecido no regime de comunhão universal ou no de separação obrigatória (arts. 1.829, I, 1.640, parágrafo único);

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– na concorrência com os descendentes, a cota parte do cônjuge não pode ser inferior à quarta parte da herança (art. 1.832);

– na falta de descendentes o cônjuge concorrerá com os ascendentes (art. 1.837);

– faltando ascendentes e descendentes o cônjuge será herdeiro universal (art. 1.838).

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7.7.2.2. Legitimidade do cônjuge para suceder:

– sem que se reconheça legitimidade ao cônjuge sobrevivente, não se pode atribuir-lhe a condição de herdeiro (art. 1.830).

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7.8. União estável. Direito sucessório dos companheiros:

– a Constituição de 1988 reconheceu a união estável do homem e da mulher como entidade protegida (art. 226, § 3o);

– quando não se atribuía parte do patrimônio pelo esforço comum ao companheiro sobrevivente, a jurisprudência concedia indenização à concubina a título de serviços domésticos prestados;

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– a Lei no 9.278/96 acrescentou o direito real de habitação, como direito sucessório à esfera da união estável;

– se o companheiro estiver na posse e administração dos bens do espólio, cabe a ele requerer a abertura do inventário (art. 987 do CPC).

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7.8.1. Direitos sucessórios dos companheiros no Código de 2002:

– o dispositivo do atual Código que trata dos direitos sucessórios dos companheiros é o art. 1.790;

– no contrato escrito os companheiros podem definir as relações patrimoniais, mas este documento não substitui o testamento.

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7.9. Sucessão dos colaterais:

– os colaterais até o quarto grau serão chamados, se não houver cônjuge sobrevivente legitimado, na forma do art. 1.830;

– na classe dos colaterais, os mais próximos também excluem os mais remotos, mas há direito de representação dos filhos de irmãos (art. 1.840);

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– o art. 1.841 cuida da sucessão dos colocados em primeiro lugar na linha colateral;

– o direito de representação na linha colateral é limitado aos filhos de irmãos pré-mortos (art. 1.843).

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7.10. Sucessão do Estado:

– o Estado recolhe a herança mas não tem a saisine, por isso a atual lei civil não o coloca na ordem de vocação hereditária (art. 1.844).

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REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS

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• _________________Obrigado pela atenção!!

• Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553

• Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da Conquista

• Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado.

• Bacharel em Teologia

• Especialista em Direito Educacional - FTC

• Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA

• Mestrando em Filosofia - UFSC

Email: [email protected]

Facebook: Ney Maximus

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