direito ambiental, 2ª edição - forumdeconcursos.com · direito ambiental da editora revista dos...
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AEDITORAFORENSEseresponsabilizapelosvciosdoprodutonoqueconcernesuaedio(impressoeapresentaoafimdepossibilitaraoconsumidorbemmanuse-loel-lo).Nemaeditoranemoautorassumemqualquerresponsabilidadeporeventuaisdanosouperdasapessoaoubens,decorrentesdousodapresenteobra.Todososdireitosreservados.NostermosdaLeiqueresguardaosdireitosautorais,proibidaareproduototalouparcialdequalquerformaouporqualquermeio,eletrnicooumecnico, inclusiveatravsdeprocessosxerogrficos,fotocpiaegravao,sempermissoporescritodoautoredoeditor.
ImpressonoBrasilPrintedinBrazil
DireitosexclusivosparaoBrasilnalnguaportuguesaCopyright2017byEDITORAFORENSELTDA.UmaeditoraintegrantedoGEN|GrupoEditorialNacionalRuaConselheiroNbias,1384CamposElseos01203-904SoPauloSPTel.:(11)5080-0770/(21)[email protected]/www.grupogen.com.br
Otitularcujaobrasejafraudulentamentereproduzida,divulgadaoudequalquerformautilizadapoderrequereraapreensodosexemplaresreproduzidosouasuspensodadivulgao,semprejuzodaindenizaocabvel(art.102daLein.9.610,de19.02.1998).Quemvender,expuservenda,ocultar,adquirir,distribuir,tiveremdepsitoouutilizarobraoufonogramareproduzidoscomfraude,coma finalidadedevender,obterganho,vantagem,proveito, lucrodiretoou indireto,parasiouparaoutrem,sersolidariamente responsvel com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, respondendo como contrafatores oimportadoreodistribuidoremcasodereproduonoexterior(art.104daLein.9.610/98).
Capa:DaniloOliveira
ProduoDigital:Equiretech
Fechamentodestaedio:08.03.2017
CIPBrasil.Catalogaonafonte.SindicatoNacionaldosEditoresdeLivros,RJ.
Oliveira,FabianoMeloGonalvesdeDireitoambiental /FabianoMeloGonalvesdeOliveira.2.ed.rev.,atual.eampl.RiodeJaneiro:Forense;SoPaulo:MTODO,2017.IncluibibliografiaISBN:978-85-309-7566-11.Direitoambiental.2.Proteoambiental.I.Ttulo.
14-12269 CDU:349.6(81)
mailto:[email protected]://www.grupogen.com.br
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Estelivrocomoumpequenobarco:permiteatravessiadeumamargemoutradorio.Trata-sedeobra instrumental, uma contribuio para o conhecimento dos tpicos fundamentais da emergente edesafiadoradisciplinadeDireitoAmbiental.
Oobjetivoexporocontedonecessrioparaacompreensodadisciplinapormeiodemodernastcnicas de aprendizado e de uma estrutura lgica para auxiliar nas etapas de realizao das provasobjetivas,dasquestesdissertativasedoexameoraldosconcursospblicos,semprescindirdoexamedaOAB.
Comperguntasdeconcursosanterioreseinditas,olivrosepropeaenfrentareresponderquestesdissertativas sem se ater, exclusivamente, aos gabaritos oficiais, que, por vezes, so genricos, o queexige apresentar uma proposta de soluo consistente em apontamentos que contribuam para aresoluo do problema. As indagaes de exame oral so inditas ou inspiradas em sesses jrealizadas,etmcomopropsitoapresentaraoleitorostemasquepodemsersuscitados.
Paraoestudantedegraduaooups-graduao,aobraabrangeasexignciascurricularesdamaioriadasfaculdadesdoPas,comamaismodernametodologiaparaacompreensodasprincipaistemticasambientais.Portaismotivos,osseguintesconessoutilizados:
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Casovocqueiraparticiparcomsugesteseapontamentosparaasfuturasedies,entreemcontatopeloe-mailprofessorfabianomelo@gmail.comoupormeiodasredessociais.
umaalegriacompartilharestelivro,quefoipensadoeelaboradoparavoc!
Sevocforumpoeta,verclaramentequehumanuvemflutuandonestafolhadepapel.Semumanuvem,nohaverchuva;semchuva,asrvoresnopodemcrescere,sem rvores, no podemos fazer papel. () Se olharmos mais profundamente ainda,poderemosverosraiosdosol,olenhadorquecortouarvore,otrigoqueoalimentounaformadepoeopaieamedolenhador.Semtodasestascoisas,estafolhadepapelnopodeexistir.Naverdade,nopodemosapontarparanadaquenoestejaaquiotempo,oespao,aterra,achuva,osmineraiseosolo,osraiosdesol,anuvem,orio,ocaloreamente.Todasascoisascoexistemnestafolhadepapel.Assimpodemosafirmarqueanuvemea folhadepapelinterso.Nsnopodemosserapenasnsmesmos;nstemosdeintersercomtodasasdemaiscoisas.
ThichNhatHanh,mongeepoetavietnamita.
mailto:[email protected]
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Acessoaocontedoexclusivoparaprofessor
Comoobjetivodedisponibilizaromelhorcontedocientfico,tcnicoeprofissionalecomavisodeseromaior,maiseficienteemaiscompletogrupoprovedordecontedoeducacionaldoPas,oGEN|GrupoEditorialNacionalreneosautoresmaiscapacitadoseprestigiadosdomercado,voltadosparaaelaboraodecontedodirecionadoaestudanteseprofissionais.
Nesse sentido, o autor Fabiano Melo disponibiliza um material de apoio exclusivo para osprofessoresqueadotaremestelivro.
Paraaproveitaressesrecursos,oprofessordeveseguirosseguintespassos:
Acesseosite:Sejtemcadastro,entrecomseuloginesenha.Casonotenha,deverfaz-lonestemomento.Apsrealizarseulogin,localizeecliqueemGEN-IO,disponvelnocantosuperiordireito.VocserredirecionadoparaoGEN-IO/InformaoOn-line.CliquenomaterialreferenteaoseulivronareaMateriaisComplementares.Pronto!SeumaterialestardisponvelparaacessonareaMeusContedos.Emcasodedvidas,[email protected].
Commaisessapossibilidade,oGEN|EditoraMtodoesperaqueoprofessorexploreessesnovosrecursosdamelhorformapossveledesejaumatimaleitura!
http://www.grupogen.com.br/mailto:[email protected]
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Em termos histricos, a disciplina acadmica que conhecemos como Direito Ambiental surgiu, semelhana de tantos outros ramos jurdicos hoje estudados autonomamente, no seio do DireitoAdministrativo, na medida em que parte significativa de seu objeto de estudos sempre envolveuatividadesdaAdministraoPblicavoltadasproteoepreservaodomeioambiente.
Inegvel,porm,quenosdiasatuaisoDireitoAmbientalatraiparaseucampodeinteressessaberesque vo muito alm do tradicional regime jurdico-administrativo. H, indiscutivelmente, muito deDireitoAdministrativo nos temas dos princpios, do licenciamento, EIA-Rima e da responsabilidade.Contudo,adisciplinasofreigualinflunciadassearascriminal,civil,constitucional,empresarial,almeissocausamuitapreocupaoentreosestudantesdecinciasextrajurdicas,comobiologia,geografiaetc.
O Direito Ambiental, nesse sentido, uma espcie de ramo-m, que atrai para seu objetoespecfico de estudos conhecimentos jurdicos e extrajurdicos das mais variadas origens, unidos emtornodamaisurgentedascausas:aproteodanossacasacontraapotestadeincontrolveldocapital.
Conheci oProfessor FabianoMelo h cerca de dez anos, nas aulas da rede de ensinoLuizFlvioGomes.Trata-sedeumprofessor-fenmeno, aums tempoprofundoedidtico, dolodemilharesdealunos e, sem dvida, omais importante docente de Direito Ambiental em cursos preparatrios paraconcursospblicoseExamedeOrdemnoBrasil.
Desde o primeiro instante em que assisti a uma de suas aulas, admirado, desconfiei de que tantoconhecimentonoserianaturalparaumespecialistasomenteemumarea.Ento,descobriqueograndeFabiano, como at hoje carinhosamente gosto de chamar meu amigo, professor de DireitoAdministrativonaPUC/MG,ondeministraaulasconcorridssimasnagraduaoenaps-graduaodocampus de Poos deCaldas.No entanto, no s isso.Alm de dominar profundamente osDireitos
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AdministrativoeAmbiental,transitacomamesmanaturalidadepeloConstitucional,CivilePenal.umjuristacompleto.
Tenhoquedestacar,ainda,quepartilhodamesmavisodemundodoProfessorFabiano.Ns,coisararanesseBrasildehoje,acreditamosnoDireitocomouminstrumentoaserviodosmenosfavorecidos,dareduodasdesigualdadessociaisedalutacontraaselitesdominantes.
SempredisseaoFabianoque faltavaum livrodeAmbiental, combinandoprofundoconhecimentoedidticaprivilegiada.Umlivroqueajudasseosalunos,deumavezportodas,nosconcursosenoExamedaOAB,aenfrentarasquestescadavezmaissofisticadasnessamatria.
Faltavanomercado,sobretudo,umlivroquetivesseessavisodemundotoespecialquemarcaoProfessorFabiano,comomestreepessoa:oinconformismocomarealidadesocialdenossoPas.
Agoranofaltamais.Olivroqueoqueridoleitortememmoschegaparapreencherdefinitivamentealacunaqueexistia.Estdivididoem26captulos,abordandointegralmentetodosostemascobradosemconcursos e Exames daOAB. Serve com perfeio, tambm, como livro de formao para alunos dagraduao,ps-graduaoeprofissionaisdarea.
Por fim,a ttulode inspirao, transcrevoumtrechoda letradeSaldaTerra,msicado tambmmineiroBetoGuedes,cujaspalavrasconsideroumaespciedeprofissodefdacausaambiental:
VamosprecisardetodomundoUmmaisumsempremaisquedoisPramelhorjuntarasnossasforassrepartirmelhoropoRecriaroparasoagoraParamerecerquemvemdepois
Queassimseja!
AlexandreMazzaDoutoremDireito.
ProfessordaRededeEnsinoLFG.
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Apraz-meprefaciaroDireitoAmbientalescritopelocolegaProfessorFabianoMelo,pessoaafvel,dinmica, trabalhadora e grande conhecedora doDireitoAmbiental, com vasta experincia didtica eacadmica.Oautor,naatualidade,umadaspessoasmaisconhecidaspelosestudantesdeconcursos,poistrabalhahvriosanoscomoprofessortitulardeDireitoAmbientalnarededeensinoLuizFlvioGomes(LFG),bemcomoatuacomocoordenadordaespecializaoedaps-graduaolatosensu.
ODireitoAmbiental disciplina complexa, pois vai almda racionalidade jurdica stricto sensu,exigindoumavisotransdisciplinareumconhecimentointerativocomvriasreastcnicas,humanasesociolgicas do saber. Portanto, necessita de uma experincia diferenciada dos operadores jurdicos,visando tantocompreensocomoaoensinodamatria.Acreditoqueoautordetmumatimavisonessesentido,conjugandoumimpressionantetalentodidticonosemlecionar,mastambmemutilizarumametodologiacompetenteparaescreverefacilitaroestudodosseusleitoresnestelivro.
AobrasuperaummanualdeDireitoAmbiental,pois,almdavisoampladosassuntos,tratadosdeforma sistmica, vai direto ao ponto importante, sem exageros de linguagem e redundncias naargumentao,ajudamuitooleitoreumportoseguroparaaquelesquesededicamaosconcursosnos nas reas jurdicas, mas tambm e nas tcnicas e nas demais. Importante destacar a didtica e ametodologiacontidasnaobra,queapresentaaseguinteorganizaoemtodososcaptulos:
1)Dicasdememorizao;2)Fiqueoleitoratento;3)Resumosesquemticos;4)Snteses;
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5)Questesdeconcursosparafixao;entreoutras.
No que tange ao ltimo item, acrescenta e subdivide emQuestes Objetivas,Dissertativas e deExameOral.
ParabenizotantoaEditora,queproporcionouaosseusleitoresumaexcelenteobra,comooautor,quetem ajudado muito ao transmitir seus conhecimentos e por ser, reconhecidamente, um dos grandesdifusoresdoDireitoAmbiental.
Prof.Dr.JosRubensMoratoLeiteProfessor-associadodoscursosdegraduaoeps-graduaoemDireitodaUniversidadeFederalde
SantaCatarinaUFSC;Ps-doutorpeloCentreofEnvironmentalLaw,MacquarieUniversitySydneyAustrlia;DoutoremDireitoAmbientalpelaUFSC,comestgiodedoutoramentonaFaculdadede
DireitodaUniversidadedeCoimbra;MestreemDireitopelaUniversityCollegeLondon;MembroeconsultordaIUCNTheWorldConservationUnionComissiononEnvironmentalLaw(Steering
Commitee);PresidentedoInstitutoODireitoporumPlanetaVerde;CoordenadordogrupodepesquisaDireitoAmbientaleEcologiaPolticanaSociedadedeRisco,doCNPq.Publicoueorganizouvrias
obraseartigosemperidicosnacionaiseestrangeiros.membrodoConselhoCientficodaRevistadeDireitoAmbientaldaEditoraRevistadosTribunais,almdeserscio-fundadordaAprodab
AssociaodosProfessoresdeDireitoAmbientaldoBrasil.FoitutordoPET/MEC.BolsistaeconsultoradhocdoCNPqedaFapesc.PremiadocomoPesquisadorDestaquedaUniversidadeFederaldeSanta
Catarinaem2011.Pesquisador1DdoCNPq.
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Captulo1
1.11.21.3
1.3.11.4
1.4.11.4.2
1.51.5.11.5.21.5.31.5.41.5.51.5.61.5.7
1.61.71.8
1.8.1
NOESINTRODUTRIAS
ConceitojurdicodemeioambienteClassificaodemeioambienteMeioambientecomoumbemdeusocomumdopovo
MeioambientecomomacrobemeosmicrobensambientaisAntropocentrismoebiocentrismo
OutrasconcepesAfinal,somosantropocntricosoubiocntricos?
ExpressesrecorrentesnodireitoambientalPreservao,conservaoeproteointegralBiota,bitico,abiticoebiocenoseIntervenesantrpicasDegradaoambientalPoluioBiodiversidadeRecursosambientais
JustiaambientalSnteseQuestesparafixao
Questesobjetivas
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1.8.21.8.3
1.91.9.11.9.21.9.3
Captulo2
2.12.22.32.4
2.4.12.4.22.4.3
2.4.3.12.4.42.4.5
2.52.62.7
2.7.12.7.22.7.3
2.82.92.10
2.10.12.10.22.10.3
2.112.11.12.11.22.11.3
QuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
DIREITOAMBIENTALINTERNACIONAL
IntroduoAConfernciadasNaesUnidassobreoMeioAmbienteHumanoORelatrioBrundtland(NossoFuturoComum)ConfernciadasNaesUnidassobreMeioAmbienteeDesenvolvimento
DeclaraodoRiosobremeioambienteedesenvolvimentoAgenda21Conveno-quadrosobreMudanadoClima
AcordodeParisConvenosobreDiversidadeBiolgicaDeclaraodePrincpiossobreFlorestas
CpulaMundialsobreDesenvolvimentoSustentvel(Rio+10)ConfernciadasNaesUnidassobreDesenvolvimentoSustentvelRio+20Aproteoambientalnaorganizaodosestadosamericanos
ProtocolodeSanSalvadorCartaDemocrticaInteramericanaMedidascautelaresdaComissoInteramericanadeDireitosHumanos:ocasoBeloMonte
MercosulSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
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Captulo3
3.13.2
3.2.13.2.2
3.2.2.1
3.2.2.2
3.2.2.33.2.2.43.2.2.53.2.2.63.2.2.7
3.2.33.2.3.13.2.3.23.2.3.33.2.3.4
3.2.3.53.3
3.3.13.3.23.3.3
3.43.4.13.4.23.4.3
Captulo4
4.14.24.34.4
4.4.1
DIREITOAMBIENTALCONSTITUCIONAL
IntroduoOart.225daConstituio
Docaputdoart.225daConstituioInstrumentosdegarantiadeefetividade
PreservarerestaurarosprocessosecolgicosessenciaiseproveromanejoecolgicodasespcieseecossistemasPreservaradiversidadeeaintegridadedopatrimniogenticoefiscalizarasentidadesdedicadaspesquisaemanipulaodematerialgenticoEspaosterritoriaisespecialmenteprotegidosEstudoPrviodeImpactoAmbiental(EIA)Controledaproduo,dacomercializaoedetcnicasderiscosEducaoambientalProteodafaunaedaflora
NormasespecficasExploraoderecursosmineraiserecuperaodoambientedegradadoResponsabilidadeemmatriaambientalMacrorregiesconsideradaspatrimnionacionalSoindisponveisasterrasdevolutasouarrecadadaspelosEstados,poraesdiscriminatrias,necessriasproteodosecossistemasnaturaisUsinasnucleares
QuestesparafixaoQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
COMPETNCIASCONSTITUCIONAISEMMATRIAAMBIENTAL
CompetnciasconstitucionaisCompetncialegislativaconcorrentedaUnio,EstadoseDistritoFederalCompetnciaadministrativacomumLeicomplementarn140/2011
Objeto
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4.4.24.4.34.4.44.4.5
4.4.5.14.4.5.24.4.5.34.4.5.4
4.54.5.14.5.24.5.34.5.44.5.5
4.64.74.8
4.8.14.8.24.8.3
4.94.9.14.9.24.9.3
Captulo5
5.15.25.35.45.55.65.7
5.7.15.7.2
5.8
ObjetivosfundamentaisInstrumentosdecooperaoinstitucionalDelegaodaexecuodeaesadministrativasAesadministrativasdosentesfederativos
AesadministrativasdaUnioAesadministrativasdosEstadosAesadministrativasdosMunicpiosAesadministrativasdoDistritoFederal
DivisodasdemaiscompetnciasconstitucionaisCompetnciaadministrativaexclusivadaUnioCompetncialegislativaprivativadaUnioCompetncialegislativaexclusivadosEstados-membrosCompetnciaadministrativaexclusivadosMunicpiosCompetnciaslegislativasdoMunicpio
AquestodoamiantoSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
PRINCPIOSDODIREITOAMBIENTAL
NoesgeraisPrincpiodomeioambienteecologicamenteequilibradocomodireitofundamentalPrincpiododesenvolvimentosustentvelPrincpiodasolidariedadeintergeracionalPrincpiodafunosocioambientaldapropriedadePrincpiodaprevenoPrincpiodaprecauo
PrevenoxprecauoInversodonusdaprova
Princpiodopoluidor-pagador
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5.95.105.115.125.135.145.155.165.175.185.19
5.19.15.19.25.19.3
5.205.20.15.20.25.20.3
Captulo6
6.16.26.3
6.3.16.3.2
6.46.4.16.4.26.4.36.4.46.4.5
6.4.66.4.76.4.86.4.9
Princpiodousurio-pagadorPrincpiodoprotetor-recebedorPrincpiodainformaoambientalPrincpiodaparticipaocomunitriaPrincpiodaeducaoambientalPrincpiodacooperaoPrincpiodanaturezapblicadaproteoambientalPrincpiodaproibioderetrocessoecolgicoPrincpiodoprogressoecolgicoSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
DAPOLTICANACIONALDOMEIOAMBIENTE
IntroduoPrincpiosdapolticanacionalObjetivosdapolticanacional
ObjetivogeralObjetivosespecficos
DosinstrumentosdaPolticaNacionaldoMeioAmbientePadresdequalidadeambientalZoneamentoambientalAvaliaodeImpactosAmbientaisLicenciamentoambientalIncentivosproduoeinstalaodeequipamentoseacriaoouabsorodetecnologia,voltadosparaamelhoriadaqualidadeambientalAcriaodeespaosterritoriaisespecialmenteprotegidosSistemanacionaldeinformaessobreomeioambienteCadastrotcnicofederaldeatividadeseinstrumentosdedefesaambientalPenalidadesdisciplinares
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6.4.106.4.11
6.4.12
6.4.136.4.13.16.4.13.26.4.13.3
6.56.66.76.86.96.106.11
6.11.16.11.26.11.3
6.126.12.16.12.26.12.3
Captulo7
7.17.27.3
7.3.17.3.27.3.3
7.3.3.17.3.3.27.3.3.37.3.3.47.3.3.5
RelatriodequalidadedomeioambienteAgarantiadaprestaodeinformaesrelativasaomeioambiente,obrigando-seoPoderPblicoaproduzi-las,quandoinexistentesCadastrotcnicofederaldeatividadespotencialmentepoluidorase/ouutilizadorasdosrecursosambientaisInstrumentoseconmicos
ServidoambientalConcessoflorestalSeguroambiental
LicenciamentoambientalFinanciamentoeincentivosgovernamentaisResponsabilidadecivilobjetivaLegitimidadedoministriopblicoSisnamaSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
DOSISTEMANACIONALDOMEIOAMBIENTE
EstruturadoSisnamaOConselhodeGovernoOConselhoNacionaldoMeioAmbiente
CompetnciasAtosdoConamaEstruturadoConama
PlenrioCmaraEspecialRecursalComitdeIntegraodePolticasAmbientais(Cipam)CmarastcnicasGruposdetrabalho
-
7.3.3.67.47.57.67.77.87.97.107.117.12
7.12.17.12.27.12.3
7.137.13.17.13.27.13.3
Captulo8
8.18.2
8.2.18.2.2
8.38.48.58.68.78.88.9
8.9.18.9.2
8.108.11
8.11.18.12
GruposassessoresOMinistriodoMeioAmbienteOInstitutoBrasileirodeMeioAmbienteedosRecursosNaturaisRenovveis(Ibama)InstitutoChicoMendesrgosambientaisestaduaisrgosambientaismunicipaisComissoTcnicaNacionaldeBiosseguranaServioFlorestalBrasileiroSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
OESTUDOPRVIODEIMPACTOAMBIENTAL
BaselegalConceito
EIAxRimaEPIAxEIA
FunodoEIANaturezajurdicaPressupostoMomentoderealizaoDefiniodeimpactoambientalAtividadessujeitasaoEIARequisitosdoEIA
DiretrizesgeraisdoEIAEstudoseatividadestcnicasdoEIA
ContedomnimodoRimaEquipetcnicamultidisciplinar
ResponsabilidadedoempreendedoredaequipemultidisciplinarDespesas
-
8.138.148.15
8.15.18.15.28.15.3
8.168.17
8.17.18.17.28.17.3
8.188.19
8.19.18.19.28.19.3
8.208.20.18.20.28.20.3
Captulo9
9.19.29.39.49.59.69.79.8
9.8.19.8.29.8.3
9.99.109.11
EntregadoRimaefasedecomentriosSigiloindustrialAudinciapblica
ProcedimentosPublicidadedaaudinciapblicaSessopblica
DecisodorgoambientalExignciadoEIA/Rimaemoutrasleisambientais
CdigoFlorestalLeideGestodeFlorestasPblicasLeidoBiomaMataAtlntica
SnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
LICENCIAMENTOAMBIENTAL
BaselegaldolicenciamentoambientalFundamentodolicenciamentoambientalNaturezajurdicaCompetnciaparaoexercciodolicenciamentoambientalConceitodelicenciamentoambientalObrigatoriedadedolicenciamentoambientalLicenaambientalTiposdelicenasambientais
LicenaprviaLicenadeinstalaoLicenadeoperao
RenovaodalicenaProcedimentospararequereraslicenasambientaisPrazosdeanlisepelosrgosambientais
-
9.129.139.149.15
9.15.19.15.29.15.39.15.49.15.59.15.69.15.7
9.169.16.19.16.29.16.3
9.179.189.199.20
9.20.19.20.29.20.3
9.219.21.19.21.29.21.3
Captulo10
10.110.2
10.2.110.2.2
10.310.410.5
10.5.1
PrazoparaesclarecimentosecomplementaesRequisitosparaoentefederativoefetuarolicenciamentoambientalAtuaosupletivaesubsidiriaDistribuiodecompetnciasnolicenciamentoambiental
LicenciamentodaUnioLicenciamentodosEstados-membrosLicenciamentomunicipalLicenciamentodoDistritoFederalLicenciamentoemreasdeProteoAmbiental(APAs)SupressodevegetaonolicenciamentoambientalTaxasdelicenciamentoambiental
RevisibilidadedaslicenasambientaisAnulaoRevogaoCassao
FiscalizaodosempreendimentoseatividadeslicenciadasouautorizadasCrimeseinfraesadministrativasnolicenciamentoambientalSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
CDIGOFLORESTAL
IntroduoObjetodocdigoflorestal
UsoirregulardapropriedadeeresponsabilidadedoproprietriooupossuidorNaturezarealdasobrigaes
ObjetivosdoCdigoFlorestalConceitosimportantesreadepreservaopermanente
Conceitoecaractersticas
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10.5.210.5.2.110.5.2.210.5.2.3
10.5.2.4
10.5.2.510.5.2.610.5.2.710.5.2.810.5.2.9
10.5.2.10
10.5.2.1110.5.2.1210.5.2.1310.5.2.1410.5.2.15
10.5.2.1610.5.2.1710.5.2.18
10.610.6.110.6.210.6.310.6.410.6.510.6.6
10.6.710.6.8
10.6.9
EspciesdereadePreservaoPermanenteporforadeleiAsfaixasmarginaisdequalquercursodguanaturalpereneeintermitenteLagoselagoasnaturaisAsreasnoentornodosreservatriosdguaartificiais,decorrentesdebarramentoourepresamentodecursosdguanaturaisAsreasnoentornodasnascentesedosolhosdguaperenes,qualquerquesejasuasituaotopogrficaAsencostasoupartesdestascomdeclividadesuperiora45AsrestingascomofixadorasdedunasouestabilizadorasdemanguesOsmanguezaisAsbordasdostabuleirosouchapadasNotopodemorros,montes,montanhaseserras,comalturamnimade100metroseinclinaomdiamaiorque25Asreasemaltitudesuperiora1.800metros,qualquerquesejaavegetaoEmveredasreasdePreservaoPermanentedeclaradasdeinteressesocialSupressoemreasdePreservaoPermanenteIntervenoesupressoemnascentes,dunaserestingasPossibilidadedeampliaodashiptesesdeintervenoesupressoemAPPIntervenoemmanguezalerestingascomfunoecolgicacomprometidaAutorizaoemcarterdeurgnciaAcessodepessoaseanimaisemAPP
ReservaLegalConceitoPercentuaisdaReservaLegalNoobrigatoriedadedeReservaLegalReservaLegalemimveiscomatquatromdulosfiscaisem22dejulhode2008AmpliaoereduodeReservaLegalemflorestasnaAmaznialegalAmpliaoereduodeReservaLegalquandoindicadonozoneamentoEcolgico-EconmicoEstadualLocalizaodaReservaLegalFlorestalCmputodasreasdepreservaopermanentenoclculodopercentualdaReservaLegalAverbaodaReservaLegaleRegistronoCAR
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10.6.1010.6.1110.6.1210.6.1310.6.14
10.710.810.910.10
10.10.110.10.2
10.1110.12
10.12.110.12.210.12.3
10.1310.1410.15
10.15.110.15.2
10.1610.16.1
10.16.2
10.16.310.16.410.16.510.16.610.16.710.16.810.16.910.16.1010.16.11
10.17
ManejoflorestalsustentvelemReservaLegalReservaLegalemregimedecondomnioInserodeimvelcomReservaLegalemreaurbanaRecomposiodaReservaLegaldesmatadaaps22dejulhode2008RecomposiodaReservaLegalirregularat22dejulhode2008
CadastroAmbientalRuralDoregimedeproteodasreasverdesurbanasDasreasdeusorestritoDousoecologicamentesustentveldosapicunsesalgados
DolicenciamentoambientalemapicunsesalgadosDaregularizaoemapicunsesalgados
DasupressodevegetaoparausoalternativodosoloDaexploraoflorestal
IsenodoPMFSSuprimentodematria-primaflorestalPlanodeSuprimentoSustentvel
DaproibiodousodofogoedocontroledosincndiosDocontroledodesmatamentoDosprogramasderegularizaofundiria
EfeitosdotermodecompromissonaesferaadministrativaEfeitosdotermodecompromissonaesferapenal
DasreasconsolidadasemreasdepreservaopermanenteRecomposioemreasruraisconsolidadasemreasdepreservaopermanenteaolongodecursosdguanaturaisRecomposioemreasruraisconsolidadasnoentornodenascenteseolhosdguaperenesRecomposioemreasruraisconsolidadasnoentornodelagoselagoasnaturaisRecomposioemreasruraisconsolidadasemveredasManutenoderesidnciasedainfraestruturaMtodosderecomposioMedidasmitigadorasemriscosdeprocessoserosivosouinundaesreasdepreservaopermanenteemUnidadesdeConservaodeProteoIntegralBaciashidrogrficascrticasImveisruraiscomatdezmdulosfiscaisRecomposioemprojetosdeReformaAgrria
RegularizaofundiriaemAPP
-
10.1810.19
10.19.110.19.210.19.3
10.2010.20.110.20.210.20.3
Captulo11
11.111.211.311.411.5
11.5.111.5.211.5.311.5.411.5.5
11.611.6.111.6.211.6.311.6.411.6.511.6.611.6.7
11.711.7.1
11.811.8.111.8.211.8.3
11.9
SnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
SISTEMANACIONALDEUNIDADESDECONSERVAO
IntroduoEstruturadoSNUCObjetivosediretrizesdoSNUCConceitolegaldeunidadedeconservaoUnidadesdeproteointegral
EstaoEcolgicaReservaBiolgicaParqueNacionalMonumentoNaturalRefgiodeVidaSilvestre
Unidadesdeusosustentvel(arts.15a21daLein9.985/2000)readeProteoAmbientalreadeRelevanteInteresseEcolgicoFlorestaNacionalReservaExtrativistaReservadeFaunaReservadeDesenvolvimentoSustentvelReservaParticulardoPatrimnioNatural
Criao,ampliao,transformaoedesafetaodeumaunidadedeconservaoLimitaesadministrativasprovisrias
GestodasunidadesdeconservaoPlanodeManejoPlanodeManejoeorganismosgeneticamentemodificadosPlantiodeOGMemunidadesdeconservaosemPlanodeManejo
Conselhosdasunidadesdeconservao
-
11.1011.1111.1211.1311.1411.1511.1611.17
11.17.111.17.2
11.18
11.1911.2011.21
11.21.111.21.211.21.3
11.2211.22.111.22.211.22.3
Captulo12
12.112.212.312.4
12.4.112.512.6
12.6.112.712.812.912.10
MosaicodeunidadesdeconservaoGestocompartilhadadasunidadesdeconservaoPesquisascientficasExploraocomercialDoaesparaunidadesdeconservaoDestinaoderecursospelacobranadetaxasdevisitaoemunidadedeproteointegralCompensaoambientalPopulaestradicionaiseunidadesdeconservao
NormasdeusoeocontratodeconcessodedireitorealdeusoPopulaestradicionaisemunidadesdeconservaodeposseedomniopblicos
Instalaoderedesdeabastecimentodegua,esgoto,energiaeinfraestruturaurbanaemgeralemunidadesdeconservaoReservadabiosferaSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
RESPONSABILIDADECIVILAMBIENTAL
IntroduoConceitodedanoambientalClassificaododanoambientalReparaododanoambiental
CumulaodospedidosPrescriodapretensoreparatriaDopoluidor
DasolidariedadeDaresponsabilidadeobjetivaTeoriasdoriscocriadoedoriscointegralResponsabilidadedoestadopordanosambientaisResponsabilidadecivilporagrotxicos
-
12.1112.1212.1312.1412.1512.1612.17
12.17.112.17.212.17.3
12.1812.18.112.18.212.18.3
Captulo13
13.113.213.313.413.513.613.713.813.9
13.1013.1113.1213.1313.1413.1513.1613.1713.18
13.18.1
ResponsabilidadepordanosnuclearesResponsabilidadeporrejeitosradioativosResponsabilidadeporatividadescomOGMederivadosReponsabilidadeps-consumoResponsabilidadepormineraoSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
RESPONSABILIDADEADMINISTRATIVAAMBIENTAL
IntroduoInfraesadministrativasambientaisCompetnciaparaalavraturadoautodeinfraoeainstauraodeprocessoadministrativoResponsabilidadeobjetivaousubjetiva?DassanesedosimetriaDaadvertnciaDamultasimplesemultadiriaDopagamentodamultaemoutroentefederativoApreensodosanimais,produtosesubprodutosdafaunaeflora,instrumentos,petrechos,equipamentosouveculosdequalquernaturezautilizadosnainfraoDestruioouinutilizaodoprodutoSuspensodevendaoufabricaodeprodutoSuspensoparcialoutotaldeatividadesEmbargodeobraouatividadeDemoliodeobraSanesrestritivasdedireitosDareincidnciaDaprescrioDoprocessoadministrativoparaaapuraodeinfraesambientais
Daautuao
-
13.18.213.18.313.18.4
13.1913.2013.21
13.21.113.21.213.21.3
13.2213.22.113.22.213.22.3
Captulo14
14.114.214.314.4
14.4.114.4.214.4.3
14.514.614.7
14.7.114.7.214.7.314.7.4
14.814.8.114.8.214.8.314.8.414.8.514.8.6
DadefesaDainstruoejulgamentoDosrecursos
ConversodemultasimplesSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
DARESPONSABILIDADEPENALAMBIENTAL
IntroduoResponsabilidadepenaldaspessoasfsicasResponsabilidadepenaldapessoajurdicaPenasaplicveisspessoasjurdicas
MultaPenasrestritivasdedireitosPrestaodeservioscomunidade
LiquidaoforadadapessoajurdicaDesconsideraodapessoajurdicaPenasdaspessoasfsicas
PrivativasdeliberdadePenademultaRestritivasdedireitosSursis
QuestesprocessuaisPerciaambientalSentenapenalcondenatriaambientalConfiscodosinstrumentosdocrimeambientalAopenalTransaopenalSuspensocondicionaldoprocesso
-
14.8.714.914.1014.1114.1214.13
14.13.114.13.214.13.3
14.1414.14.114.14.214.14.3
Captulo15
15.115.2
15.2.115.315.4
15.4.115.4.215.4.315.4.4
15.515.615.715.815.915.1015.1115.12
15.12.115.12.215.12.3
15.13
CompetnciaparajulgamentoNormaspenaisembrancoPrincpiodainsignificncianosdelitosambientaisOscrimesambientaisemespcieSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
PROTEODOMEIOAMBIENTECULTURAL
PrevisoconstitucionalBensculturaisepatrimniocultural
DestinaodebensdevalorculturalaopatrimniodosmuseusfederaisInstrumentosdeproteodomeioambienteculturalTombamento
ClassificaesdotombamentoEfeitosdotombamentoIndenizaoTombamentoconstitucional
RegistroInventrioVigilnciaDesapropriaoOutrasformasdepreservaoeacautelamentoPlanoNacionaldeCulturaSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
Gabaritos
-
15.13.115.13.215.13.3
Captulo16
16.116.216.316.416.516.616.716.8
16.8.116.8.216.8.3
16.916.1016.1116.1216.13
16.13.116.13.216.13.3
16.1416.14.116.14.216.14.316.14.4
16.14.516.14.6
16.1516.16
16.16.116.16.2
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GESTODEFLORESTASPBLICAS
IntroduoPrincpiosdagestodeflorestaspblicasConceitosaplicveisEstruturaadministrativanagestodeflorestaspblicasGestodiretadasflorestaspblicasDestinaoscomunidadeslocaisDaconcessoflorestalDosprocedimentosdaconcessoflorestal
PlanoAnualdeOutorgaFlorestalProcessodeoutorgaObjetodaconcessoflorestal
LicenciamentoambientalHabilitaonaslicitaesnaconcessoflorestalEditaldelicitaoDoscritriosdeseleoContratodeconcesso
ReservaabsolutaConcentraoeconmicaPrazosnasconcessesflorestais
ExtinodaconcessoflorestalEsgotamentodoprazocontratualRescisoAnulaoFalnciaouextinodoconcessionrioefalecimentoouincapacidadedotitular,nocasodeempresaindividualDesistnciaRescisoporiniciativadoconcessionrio
Dasauditoriasflorestaisrgosresponsveispelagestoefiscalizao
Poderconcedentergosdosisnamaresponsveispelocontroleefiscalizaoambiental
-
16.16.316.16.4
16.1716.1816.1916.20
16.20.116.20.216.20.3
16.2116.21.116.21.216.21.3
Captulo17
17.117.217.317.417.517.617.717.817.917.1017.1117.1217.1317.1417.1517.1617.17
17.17.117.17.217.17.3
17.18
rgoconsultivorgogestor
DoservioflorestalbrasileiroDofundonacionaldeDesenvolvimentoFlorestalSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
BIOMAMATAATLNTICA
IntroduoALeidoBiomaMataAtlnticaeonovoCdigoFlorestalVegetaesintegrantesdoBiomaMataAtlnticaObjetivoseprincpiosRegimejurdicodoBiomaMataAtlnticaVedaesaocorteesupressonoBiomaMataAtlnticaRequisitosgeraisparaocorteeasupressoHiptesesdeutilidadepblicaeinteressesocialDaproteodavegetaoprimriaemrearuralDaproteodavegetaosecundriaemestgioavanadoderegeneraoemrearuralDaproteodavegetaosecundriaemestgiomdioderegeneraoemrearuralDaproteodavegetaosecundriaemestgioinicialderegeneraoemrearuralDaproteodavegetaoemreasurbanaseregiesmetropolitanasDasatividadesdemineraonobiomamataatlnticaCmputoparafinsdereservalegalSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
Gabaritos
-
17.18.117.18.217.18.3
Captulo18
18.118.218.318.418.518.6
18.6.118.6.218.6.318.6.418.6.518.6.6
18.718.7.118.7.218.7.318.7.418.7.518.7.6
18.818.9
18.9.118.9.218.9.3
18.1018.10.118.10.218.10.3
Captulo19
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
RECURSOSHDRICOS
IntroduoRegimeconstitucional:competnciasedomnioFundamentosObjetivosDiretrizesgeraisInstrumentosdaPolticaNacionaldeRecursosHdricos
PlanosdeRecursosHdricosOenquadramentodoscorposdeguaemclassesOutorgadedireitosdeusodosrecursoshdricosAcobranapelousoderecursoshdricosAcompensaoamunicpiosOSistemadeInformaessobreRecursosHdricos
SistemaNacionaldeGerenciamentodeRecursosHdricosConselhoNacionaldeRecursosHdricosConselhosdeRecursosHdricosdosEstadosComitsdeBaciaHidrogrficaAgnciasdeguaAgnciaNacionaldeguas(Lein9.984/2000)Dasorganizaesdasociedadecivilderecursoshdricos
SnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
ORDEMURBANSTICA
-
19.119.2
19.2.119.2.2
19.319.3.119.3.219.3.3
19.419.5
19.5.119.5.219.5.319.5.419.5.519.5.6
19.619.719.819.919.10
19.10.119.10.219.10.319.10.419.10.519.10.6
19.1119.12
19.12.119.12.219.12.3
19.1319.13.119.13.219.13.3
OrdemurbansticanaConstituioEstatutodaCidade
Objeto,objetivoediretrizesCompetnciasdaUnio
InstrumentosconstitucionaisDoparcelamento,edificaoouutilizaocompulsriosDoIPTUprogressivonotempoDadesapropriao
Instrumentosderegularizaofundiria:usucapioespecialindividualecoletivaInstrumentosdeintervenourbanstica
DireitodesuperfcieDireitodepreempoOutorgaonerosadodireitodeconstruirOperaesurbanasconsorciadasTransfernciadodireitodeconstruirEstudodeimpactodevizinhana
PropriedadeurbanaPlanodiretorGestodemocrticadacidadeEstatutodaCidadeeimprobidadeadministrativaEstatutodametrpole
ConceitosfundamentaisDainstituioderegiesmetropolitanasdeaglomeraesurbanasDagovernanainterfederativaDosinstrumentosdedesenvolvimentourbanointegradoDaatuaodaUnioEstatutodaMetrpoleeimprobidadeadministrativa
SnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
-
Captulo20
20.120.220.320.420.520.620.720.820.9
20.9.120.9.220.9.320.9.4
20.1020.11
20.11.120.11.2
20.11.2.120.11.320.11.420.11.5
20.11.5.120.11.5.220.11.5.320.11.5.4
20.1220.12.120.12.220.12.320.12.4
20.1320.13.1
20.1420.14.120.14.2
POLTICANACIONALDERESDUOSSLIDOS
NoesintrodutriasObjetoNormascorrelatasaosresduosslidosSujeitosdaPNRSDainaplicabilidadeaosrejeitosradioativosConceitosimportantesPrincpioseobjetivosdaPNRSInstrumentosdapolticanacionalderesduosslidosDiretrizesaplicveisaosresduosslidos
OrdemdeprioridadenagestoegerenciamentoderesduosTecnologiasderecuperaoenergticadosresduosslidosurbanosGestointegradaaoDistritoFederaleaosmunicpioseincumbnciasdosestadosSistemanacionaldeinformaessobreagestodosresduosslidos(Sinir)
ClassificaodosresduosslidosPlanosderesduosslidos
PlanonacionalderesduosslidosPlanoestadualderesduosslidos
VignciaecontedomnimodoplanoestadualderesduosslidosPlanosmicrorregionaiseplanosespecficossregiesmetropolitanasDosplanosmunicipaisdegestointegradaderesduosslidosPlanodegerenciamentoderesduosslidos
ObrigatoriedadeContedomnimodoplanodegerenciamentoderesduosslidosResponsveltcnicoPlanodegerenciamentoderesduosslidoselicenciamentoambiental
ResponsabilidadesdosgeradoresedopoderpblicoResponsabilidadenoplanodegerenciamentoderesduosslidosResponsabilidadedogeradorderesduosdomiciliaresResponsabilidadedopoderpblicoResponsabilidadecivil,penaleadministrativa
ResponsabilidadecompartilhadaFabricaodeembalagens
LogsticareversaConceitoObrigatoriedade
-
20.14.320.14.4
20.1520.1620.17
20.1820.18.120.18.2
20.1920.2020.21
20.21.120.21.220.21.3
20.21.420.21.520.21.620.21.7
20.2220.23
20.23.120.23.220.23.3
20.2420.24.120.24.220.24.3
Captulo21
21.121.221.321.421.5
AmpliaodalogsticareversaDevoluonalogsticareversa
AcordossetoriaisnaresponsabilidadecompartilhadaenalogsticareversaObrigaesdosconsumidoresnacoletaseletivaenalogsticareversaResponsabilidadecompartilhadapelociclodevidadosprodutosdotitulardosserviospblicosdelimpezaurbanaedemanejoderesduosslidosResduosperigosos
LicenciamentoambientalderesduosperigososDescontaminaodereasrfs
DosinstrumentoseconmicosDasproibiesLeisesistemasaplicveisPNRS
Lein11.445/2007SaneamentobsicoLein9.974/2000AgrotxicosLein9.966/2000PoluiocausadaporlanamentodeleoeoutrassubstnciasnocivasouperigosasemguassobjurisdionacionalSistemanacionaldomeioambiente(Sisnama)Sistemanacionaldevigilnciasanitria(SNVS)Sistemaunificadodeatenosanidadeagropecuria(Suasa)Sistemanacionaldemetrologia,normalizaoequalidadeindustrial(Sinmetro)
SnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
POLTICANACIONALSOBREAMUDANADOCLIMA
NoesintrodutriasConceitosimportantesPrincpiosaplicveisPNMCMedidasdeexecuodaPNMCObjetivosdaPNMC
-
21.621.721.821.921.1021.1121.12
21.12.121.12.2
21.1321.13.121.13.2
Captulo22
22.122.222.322.422.522.622.722.822.922.1022.11
22.11.122.11.222.11.3
22.1222.12.1
22.1322.1422.1522.1622.1722.18
DiretrizesdaPNMCInstrumentosdaPolticaNacionalInstrumentosinstitucionaisCompatibilizaoentrepolticaspblicaseprogramasgovernamentaiseaPNMCCompromissonacionaldereduodeGEESnteseQuestesparafixao
QuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
LEIDEBIOSSEGURANALEIN11.105/2005
NoesintrodutriasObjetoPrincpiodaprecauoConceitosimportantesExercciodeatividadesdeengenhariagenticaObrigaesdaspessoasjurdicasemcasodeacidenteseriscosClulas-troncoAtividadesproibidaspelaLein11.105/2005NoaplicaodaLein11.105/2005DoConselhoNacionaldeBiossegurana(CNBS)ComissoTcnicaNacionaldeBiossegurana
ComposiodaCTNBioCompetnciasdaCTNBioDasdecisestcnicasdaCTNBio
DosrgoseentidadesderegistroefiscalizaoDosregistros,dasautorizaesedolicenciamentoambiental
ComissoInternadeBiossegurana(CIBio)DoSistemadeInformaesemBiossegurana(SIB)RotulagemResponsabilidadecivilResponsabilidadeadministrativaSntese
-
22.1922.19.122.19.222.19.3
22.2022.20.122.20.222.20.3
Captulo23
23.123.223.323.423.523.623.7
23.7.123.8
23.8.1
23.8.2
23.923.1023.11
23.11.123.11.2
23.1223.12.123.12.2
Captulo24
24.124.2
QuestesparafixaoQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdissertativasQuestesdeexameoral
BIODIVERSIDADE
IntroduoObjetodomarcoregulatrioConceitosimportantesAcessoaopatrimniogenticoouaoconhecimentotradicionalassociadoConselhodegestodopatrimniogentico(CGen)DoconhecimentotradicionalassociadoDoacesso,daremessaedaexploraoeconmica
ExploraoeconmicaBenefciosdaexploraoeconmica
BenefciosdaexploraoeconmicadeprodutoacabadooudematerialreprodutivooriundodeacessoaopatrimniogenticodeespciesencontradasemcondiesinsituouaoconhecimentotradicionalassociadoBenefciosdaexploraoeconmicadeprodutooriundodeacessoaopatrimniogenticoouaoconhecimentotradicionalassociadoparaatividadesagrcolas
FNRBePNRBSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdeexameoral
INDGENASEMEIOAMBIENTE
IntroduoProteointernacional
-
24.2.124.2.1.124.2.1.224.2.1.324.2.1.424.2.1.524.2.1.624.2.1.724.2.1.8
24.324.3.124.3.224.3.324.3.4
24.3.4.124.3.524.3.624.3.7
24.424.524.624.724.8
24.8.124.8.2
24.924.9.124.9.2
Captulo25
25.125.225.325.425.525.6
Convenon169daOITAplicaoaospovostribaiseindgenasUsodapalavrapovonaConvenon169DireitoshumanoseliberdadesfundamentaisMedidasespeciaiseaspectosaseremrespeitadosObrigaesdosgovernosnocumprimentodaConvenon169DesenvolvimentoemeioambienteTerrasindgenasTransladosdepovostribais
ProteoconstitucionalCompetnciasdaUnioReconhecimentoconstitucionaldeseusdireitosTerrastradicionalmenteocupadaspelosndiosDemarcaodeterrasindgenasemeioambiente
DemarcaodaRaposaSerradoSolRemoodecomunidadesindgenasExploraoeconmicaemterrasindgenasDefesadeinteressesequestesjudiciais
IndgenaseunidadesdeconservaoIndgenaseoCdigoFlorestalConhecimentotradicionalassociadoSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdeexameoral
AGROTXICOS
IntroduoObjetoConceitosNecessidadederegistrodeagrotxicosRegistrodaspessoasfsicasejurdicasEmbalagensdeagrotxicos
-
25.725.825.925.1025.11
25.11.125.11.2
25.1225.12.125.12.2
Captulo26
26.126.226.326.426.526.626.726.826.9
26.9.126.9.2
26.1026.10.126.10.2
RotulagemparavendaepropagandacomercialdeagrotxicosAtribuiesdosentesfederativosResponsabilidadenousodeagrotxicosSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdeexameoral
ZONEAMENTOAMBIENTAL
InstrumentodapolticanacionaldomeioambienteObjetivogeralPrincpiosaplicveisElaboraodozoneamentoecolgicoeconmicoContedodoZEEDouso,armazenamento,custdiaepublicidadedosdadoseinformaesZoneamentoEcolgico-EconmicoeCdigoFlorestalSnteseQuestesparafixao
QuestesobjetivasQuestesdeexameoral
GabaritosQuestesobjetivasQuestesdeexameoral
BIBLIOGRAFIA
-
1.1
O que quereis que os homens vos faam, fazei-otambmaeles.
Lucas6,31
Consideraosoutroscomoatiprprio.
Dhammapada10,1
CONCEITOJURDICODEMEIOAMBIENTE
ALein6.938/1981consideraomeioambientecomooconjuntodecondies, leis, influnciaseinteraes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suasformas(art.3,I).Oconceitojurdicodemeioambientetotalizante,comabrangnciadoselementosbiticos (seres vivos) e abiticos (no vivos) que permitem a vida em todas as suas formas (noexclusivamenteavidahumana).
Para Jos Afonso da Silva, o meio ambiente a interao do conjunto de elementos naturais,
https://youtu.be/owu5xLzmydc
-
1.2
artificiaiseculturaisquepropiciemodesenvolvimentoequilibradodavidaemtodasassuasformas.Aintegrao busca assumir uma concepo unitria do ambiente, compreensiva dos recursos naturais eculturais1.
CLASSIFICAODEMEIOAMBIENTE
Omeioambienteuno,indivisvele,comotal,nohquefalaremfragmentaooudiviso.Contudo, para fins didticos, a classificao demeio ambiente proposta por JosAfonso da Silva
tornou-seumarefernciaalbergadatantopeladoutrinaquantopelostribunais,comosever.Contribuinacompreensodaabrangnciadomeioambiente,quenoserestringeaonatural,masincluioselementosculturais,artificiaisedotrabalho.
Nesse sentido, a classificaodemeio ambiente, em sentido amplo epara finsdidticos, congregaquatrocomponentes:
a)meioambientefsicoounatural;b)meioambientecultural;c)meioambienteartificial;d)meioambientedotrabalho.Entende-se comomeio ambiente fsico ounatural aquele integrado pela flora, fauna, os recursos
hdricos,aatmosfera,osesturios,omarterritorial,osolo,osubsolo,oselementosdabiosfera.Omeioambientecultural,por suavez,constitui-sedopatrimniocultural, artstico, arqueolgico,
paisagstico,etnogrfico,manifestaesculturais, folclricasepopularesbrasileiras.Omeioambientecultural composto tantopelopatrimnioculturalmaterial quanto pelo patrimnio cultural imaterial.Considera-se patrimnio cultural material aqueles bens mveis e imveis relevantes no processocultural, como imveis tombados, obras de artes etc. J o patrimnio cultural imaterial constitudopelossaberes,lugares,celebraeseformasdeexpresso.Comoexemplos,asfestasreligiosas(CriodeNazar emBelm-PA,FestadoDivinoEspritoSantoemParaty-RJe emPirenpolis-GO), asdanas(frevo, samba de roda do Recncavo baiano, as manifestaes do samba carioca), as manifestaesfolclricas(BumbameuBoi),ossaberesnaelaboraodealgumascomidas(queijominas,acarajetc.).
Omeioambienteartificial aquele decorrente das intervenes antrpicas, ao contrrio domeioambientenatural,queexisteporsis.Oartificialoespaourbano,ascidadescomosseusespaosabertos, com ruas, praas e parques; e os espaos fechados, com as edificaes e os equipamentospblicosurbanos,comodeabastecimentodegua,serviosdeesgotos,energiaeltrica,coletasdeguaspluviais, rede telefnica e gs canalizado. necessrio ateno com as edificaes, uma vez que, seforem destinadas s manifestaes artstico-culturais ou forem objeto de tombamento, a melhorclassificaocomomeioambientecultural.Issodemonstraafragilidadedessaclassificaoque,comosepontuou,parafinsdidticos.
Omeioambientedotrabalho,porfim,possuivinculaocomasadeeaseguranadotrabalhador.
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1.3
Oart.200daCFcuidadascompetnciasdoSistemanicodeSade,dentreasquaisadecolaborarnaproteodomeioambiente,nelecompreendidoodotrabalho(incisoVIII).Almdisso,oincisoXXIIdoart.7.daCFdispesobreareduodosriscosinerentesaotrabalho,pormeiodenormasdesade,higieneesegurana.Omeioambientedotrabalhopreocupa-se,assim,comoobreiroemseulocaldetrabalho,pormeiodeprescriesdesade,salubridade,condiesatmosfricas,ergonomiaetc.
EssaclassificaotevealberguenoSuperiorTribunaldeJustiacomoREsp725.257/MG,emvotounnimeda lavradoMinistroRelatorJosDelgado, inverbis: ComaConstituioFederalde1988,passou-seaentendertambmqueomeioambientedivide-seemfsicoounatural,cultural,artificialedotrabalho. Meio ambiente fsico ou natural constitudo pela flora, fauna, solo, gua, atmosfera etc.,incluindo os ecossistemas (art. 225, 1, I,VII).Meio ambiente cultural constitui-se pelo patrimniocultural,artstico,arqueolgico,paisagstico,manifestaesculturais,populares,etc.(art.215,1e2).Meioambienteartificialoconjuntodeedificaesparticularesoupblicas,principalmenteurbanas(art.182,art.21,XX,eart.5,XXIII),emeioambientedotrabalhooconjuntodecondiesexistentesnolocaldetrabalhorelativosqualidadedevidadotrabalhador(art.7,XXXIII,eart.200).
No foidiferente comoSupremoTribunalFederalnaADIn3.540, aoconsignarqueadefesadomeio ambiente traduz conceito amplo e abrangente das noes de meio ambiente natural, de meioambientecultural,demeioambienteartificial(espaourbano)edemeioambientelaboral.
CLASSIFICAODEMEIOAMBIENTEPARAFINSDIDTICOS
MEIOAMBIENTECOMOUMBEMDEUSOCOMUMDOPOVO
AConstituioFederal,nocaputdoart.225,dispequeomeioambienteumbemdeusocomumdopovo.
A compreenso de bem ambiental como de uso comum do povo no se circunscreve leitura dodireitociviloudodireitoadministrativo.
ConformeAndreaVulcanis2,o tratamento jurdicododireitocivildadoaosbensdeusocomumdopovo no se adapta s caractersticas domeio ambiente por duas razes: (a) a responsabilidade pordanos praticados aomeio ambiente no exclusiva do Estado,mas atribui-se a qualquer pessoa quepraticaratoslesivos;(b)nosepermiteadesafetaodomeioambiente.
OCdigoCivilemseuart.99efetuaaclassificaodosbenspblicos,entreosquaisosbensdeusocomumdopovo,taiscomorios,mares,estradas,ruasepraas.Umadascaractersticasdobemdeusocomumdopovoapossibilidadedesuadesafetao,comaconversoembemdominicale,portanto,passvel de alienao. Essa concepo civilista no compatvel com o bem ambiental. Admitir o
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1.3.1
conceitodoCdigoCivilparabemdeusocomumdopovoimplicariaapossibilidadededesafetaodomeioambienteeasuaapropriao,oquedefinitivamenteafastadonodireitoambiental,umavezquenohquefalaremapropriaodomeioambiente.
Almdisso,atitularidadedobemdeusocomumdopovo,naleituracivilista,daspessoasjurdicasdedireitopblico,quesoresponsveispelosdanosnelecausados.Essaumaleituraincongruente,umavez que o meio ambiente de titularidade difusa. Ao contrrio da leitura civilista, o exerccio deproteo aomeio ambiente pode ser efetuado em face do Poder Pblico ou de um particular, pessoafsicaoujurdica.
Comessesapontamentos,acompreensoquesepropugnaqueomeioambiente,bemdeusocomumdopovo,umbemjurdicoautnomo,difuso,indisponveleinsuscetveldeapropriao.Noprximotpicoadentrar-se-nasconcepesdemacrobememicrobemambiental.
MeioambientecomomacrobemeosmicrobensambientaisOutraconfiguraopertinente, emespecialparaa reparaododanoambiental, omeioambiente
comomacrobem,quenoseconfundecomosmicrobensambientais.Como macrobem, o meio ambiente incorpreo e imaterial e, dessa forma, insusceptvel de
apropriao.Nas palavras deMoratoLeite3, visualiza-se omeio ambiente como ummacrobem, quealm de incorpreo e imaterial se configura como bem de uso comum do povo. Isso significa que oproprietrio, seja ele pblico ou particular, no poder dispor da qualidade do meio ambienteecologicamenteequilibrado,devidoprevisoconstitucional,considerando-omacrobemdetodos.
ParaRicardoLorenzetti4,omeioambienteummacrobem,ecomotalumsistema,oquesignificaquemaisquesuaspartes:ainteraodetodaselas.Ojuristaargentinoconferecomoexemploclarodemacrobemoconceitojurdicodemeioambientedoart.3,I,daLein6.938/1981(PolticaNacionaldoMeioAmbiente).
OTRFda5Regio jconsignoua leituradomeioambientecomomacrobem, inverbis: deve-seatentarparaalgicadareparaododanoaomeioambiente,consideradocomomacrobem,incorpreoeimaterial, visto como um conjunto de fatores que interagem e condicionam a vida das pessoas, cujareparabilidadeindiretanodizerdadoutrinaespecializada(AR6.233/SE).
Omacrobemambientalnoseconfundecomosmicrobens,queconstituemapartecorpreadomeioambiente,taiscomoasflorestas,osrios,afaunaetc.ConformeLorenzetti5,osmicrobenssopartesdomeioambiente,queemsimesmatemacaractersticadesubsistemas,queapresentamrelaesinternasentre suas partes e relaes externas com omacrobem.Na abordagem como microbem possvelfalaremregimejurdicodetitularidadepblicaouprivada,issoporqueumrecursoambientalcomoumaflorestapodeserdetitularidadepblicaouprivadaepassveldeexplorao.
Assim, a tutela domeio ambiente ocorre tanto comomacrobem (incorpreo, indisponvel) quantocomo microbem (os elementos corpreos). Nesse sentido, as palavras de Cappelli, et al6: aconsequncia da autonomizao jurdica do bem ambiental a possibilidade de sua tutela como bem
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1.4
independentementedosdiversoselementoscorpreosqueointegram,versandoaproteojurdicasobreaqualidadeambientalesobreascaractersticasfsicas,qumicasebiolgicasdoecossistema.Trata-sedeummacrobem jurdico, incorpreo, inaproprivel, indisponvele indivisvel,cujaqualidadedevesermantidacomontegraafimdepropiciarafruiocoletiva.Apropriveissooselementoscorpreose, mesmo assim, conforme limitaes e critrios previstos em lei, e desde que essa utilizao noconduzaapropriaoindividual(exclusiva)domeioambiente,comobemimaterial.
Oproprietriodeumimvel,porexemplo,poderutilizarnaformadaleidosrecursosambientais(partecorprea),masissonopoderepresentardispordesuasqualidadescomomacrobem(incorpreo).Emoutraspalavras,nostermosdalegislaodeproteoflorestal,possvelaexploraoderecursosambientais,masopermissivono conduz possibilidadededispordasqualidadesdomeio ambienteenquantobemdeusocomumdopovo.
ConformeVulcanis7,seomicrobempodeestarsobregimedeapropriaoindividual,necessrioqueessaapropriaonoseincompatibilizecomodireitosubjetivofundamentalqueacoletividadetemsobreessemicrobem,damesmaformaqueesseregimedeapropriaonopodeseincompatibilizarcomofatodequeomacrobemmeioambienteecologicamenteequilibradobemdeusocomumdopovo.
NaspalavrasdeSouzaFilho8,todobemsocioambientaltempelomenosduasexpressesjurdicasecomportam,assim,duplatitularidade.Aprimeiradoprpriobem,materialmentetomado,asegundasua representatividade, evocao, necessidade ou utilidade ambiental e a relao com os demais,compondooque a lei brasileira chamoudemeio ambiente ecologicamente equilibrado.Estedireito dispostocomoseestivesseemcamadas,naprimeiracamadaumdireitodetitularidadeindividual,queodireitodepropriedade (pblicoeprivado),nasegundacamadaodireitocoletivoasuapreservaoparagarantia socioambiental.Osdoisnoseexcluem,aocontrrio, secompletamesesubordinamnaintegralidadedobem,comosefossemseucorpoesuaalma.
Emsntese,possveltutelaromeioambientetantocomomacrobemquantopeloregimeespecficodeseusmicrobens, consistente na proteo s reas de preservao permanente, reservas legais, fauna efloraetc.
ANTROPOCENTRISMOEBIOCENTRISMO
Das concepes ticas das relaes do homem com o meio ambiente duas merecem destaque: oantropocentrismoeobiocentrismo.
O antropocentrismo, com origem nos filsofos gregos, coloca o homem no centro de todas as
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relaesou,comodiziamosgregos,ohomemcomoamedidadetodasascoisas.Concebeohomememumaverdadeirarelaodesuperioridadecomosdemaisseres.Oqueimportaobem-estardossereshumanos e, para tanto, o homem se apropria dos bens ambientais para o seu interesse exclusivo, sempreocupaocomosdemaisseresvivos,quesoinstrumentais.Aticaantropocntricanoreconhecevalorintrnsecoaosoutrosseresvivosounatureza.
Morato Leite9, por sua vez, afirma que o antropocentrismo pode ser desmembrado em: (a)economicocentrismo;e(b)antropocentrismoalargado.Segundoele,oeconomicocentrismoreduzobemambientalavaloresdeordemeconmica,emumaleituradoproveitoeconmicopeloserhumano.Joantropocentrismoalargadocentra-senapreservaoambientalcomogarantiaelementardadignidadedoprprioserhumano.
Nobiocentrismo,poroutrolado,ohomemnosuperioraosoutrosseresvivos;mantmcomelesuma relao de interdependncia, de simbiose. Todos os seres vivos so igualmente importantes. Ocentrodasrelaesno,comonoantropocentrismo,ahumanidade,masosseresvivos,humanosenohumanos.Essaconceporeconheceovalorintrnsecodosseresvivos,independentementedautilidadeouinteresseparaahumanidade.Obiocentrismoinspirouosdefensoresdalutapeladefesadosanimais,comoseressencientes(quesentemdor,angstia,depressoetc.).
possvel identificar em nosso ordenamento jurdico algumas normas com inspirao na ticabiocntrica.
Comefeito,oincisoVII,1,doart.225daConstituioFederalimpeaoPoderPblicoprotegerafauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica,provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade. Pela leitura do dispositivoconstitucional,aproteodafaunaedaflorapreocupa-secomtrspontos: (a)colocaremriscoasuafunoecolgica;(b)aextinodeespcies;e(c)submeterosanimaiscrueldade.
Funoecolgicaopapelessencialquecadaelementodesempenhanomeioemqueestinserido.Coloca-seemriscoafunoecolgicadeumaespciepormeiododesmatamento,dapescapredatria,dacaaprofissional.
Exemploqueocasionaaextinodeespciesainseronohbitatdeoutrasespciesaliengenasouexticas.
Agora,submeterosanimaiscrueldadeoquesevemprticascomoasrinhasoubrigasdegalo,afarradoboieavaquejada.
OSupremoTribunalFederal declarou a inconstitucionalidadedas leis estaduais doRioGrandedoNorte(ADIn3.776),RiodeJaneiro(ADIn1.856)eSantaCatarina(ADIn2.514)queinstituramasprticasesportivasdenominadasbrigasourinhasdegalo.
Nomesmosentido,aprticaculturaldafarradoboi,emqueoSupremoTribunalFederaldecidiuque a obrigao de oEstado garantir a todos o pleno exerccio de direitos culturais, incentivando avalorizaoeadifusodasmanifestaes,noprescindedaobservnciadanormadoincisoVIIdoart.225 da CF, no que veda prtica que acabe por submeter os animais crueldade. Procedimento
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discrepantedanormaconstitucionaldenominadofarradoboi(RE153.531).Essejulgadodoanode1997 e suscitou interessantes debates no STF. De um lado, o ento Ministro Maurcio Correa quedefendeuafarradoboicomocostumecultural,porserumalegtimamanifestaopopulardospovosformadoresdacomunidadecatarinense.Dooutro,ovotodorelatorMinistroFranciscoRezek,quecomgrande sensibilidade pontuou: por que, num pas de dramas sociais to pungentes, h pessoaspreocupando-secomaintegridadefsicaoucomasensibilidadedosanimais?Esseargumentodeumainconsistnciaquerivalizacomasuaimpertinncia.Aningumdadoodireitodeestatuirparaoutremqual ser sua linha de ao, qual ser, dentro da Constituio da Repblica, o dispositivo que,parecendo-lheultrajado,devamerecerseuinteresseesuabuscadejustia.Deresto,comanegligncianoquesereferesensibilidadedeanimaisanda-semeiocaminhoata indiferenaaquantosefaaasereshumanos.
De formamais recente, no julgamento daADI n 4983, o SupremoTribunal Federal declarou, pormaioria, em uma deciso com forte repercusso, a inconstitucionalidade da Lei n 15.299/2013, doEstadodoCear,queregulamentavaavaquejadacomoprticadesportivaecultural.ConformeovotodoMinistroRelator,MarcoAurliodeMelo,apardequestesmoraisrelacionadasaoentretenimentoscustas do sofrimento dos animais, bem mais srias se comparadas s que envolvem experinciascientficas emdicas, a crueldade intrnseca vaquejada no permite a prevalncia do valor culturalcomoresultadodesejadopelosistemadedireitosfundamentaisdaCartade1988.OsentidodaexpressocrueldadeconstantedapartefinaldoincisoVIIdo1doartigo225doDiplomaMaioralcana,semsombra de dvida, a tortura e os maus-tratos infringidos aos bovinos durante a prtica impugnada,revelando-seintolervel,amaisnopoder,acondutahumanaautorizadapelanormaestadualatacada.Nombito de composio dos interesses fundamentais envolvidos neste processo, h de sobressair apretensodeproteoaomeioambiente.
Aproibiodasprticasrinhasoubrigasdegalo,farradoboievaquejadasoexemplosdemanifestaobiocntrica.
Igualmente de inspirao biocntrica o conceito jurdico de meio ambiente (art. 3, I, Lei n6.938/1981),asaber:conjuntodecondies, leis, influnciaseinteraesdeordemfsica,qumicaebiolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. O conceito contempla oselementosbiticoseabiticosdomeioambiente,demodoapermitir,abrigareregeravidaemtodasassuasformas,enoexclusivamenteavidahumana.
Porfim,biocntricaaPolticaNacionaldeBiodiversidade(Decreton4.339/2002),queentreosseus dispositivos consigna: a Poltica Nacional da Biodiversidade reger-se- pelos seguintesprincpios: Iadiversidadebiolgica temvalor intrnseco,merecendorespeito independentementedeseuvalorparaohomemoupotencialparausohumano().
Essaspassagensnormativas so subsdiosparaqueasconcepesticas,denatureza filosfica, setranspassemparaouniversojurdico.
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1.4.1 OutrasconcepesDiantedacomplexidadedotemaedeinmerascorrentesfilosficasquedefendemaascensodeuma
ticaecolgicaeno somentehumana, a literaturaofertaoutrasconcepes.Porvezes, apesardeterminologias distintas, nota-se convergncia de contedo entre as concepes ticas. Sem adentrarnessasdigresses,oquesepretendedelinearsucintamenteasmaisrelevantes.
Comefeito,aecologiaprofundatevecomoprecursoresBillDevall10eostrabalhosdofilsofoArneNaesspartirde1973.ArneNaessprocuroudiferenciaraecologiaprofundadaecologiarasa,comosevnaspalavrasdeFrijotCapra11:aecologiarasaantropocntrica,oucentralizadanoserhumano.Elevossereshumanoscomosituadosacimaouforadanatureza,comoafontedetodososvalores,eatribuiapenasumvalorinstrumental,oudeuso,natureza.Aecologiaprofundanoseparasereshumanosouqualqueroutracoisadomeioambientenatural.Elavomundonocomoumacoleodeobjetosisolados, mas como uma rede de fenmenos que esto fundamentalmente interconectados einterdependentes.Aecologiaprofundareconheceovalorintrnsecodetodososseresvivoseconcebeossereshumanosapenascomoumfioparticularnateiadavida.
EconcluiCapra12queonovoparadigmapodeserchamadodeumavisodemundoholstica,queconcebeomundocomoumtodointegrado,enocomoumacoleodepartesdissociadas.Podetambmserdenominadovisoecolgica,seotermoecolgicaforempregadonumsentidomuitomaisamploemaisprofundoqueousual.Apercepoecolgicaprofundareconhecea interdependnciafundamental
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1.4.2
1.5
1.5.1
detodososfenmenos,eofatodeque,enquantoindivduosesociedade,estamostodosencaixadosnosprocessoscclicosdanatureza(e,emltimaanlise,somosdependentesdessesprocessos).
Por fim,a leituraecocntrica,queconcedeumvalorprprionatureza(naturezacomofimemsimesma) e busca ultrapassar as fronteiras da viso antropocntrica, fazendo emergir umanova tica, aticadanatureza13.Oecocentrismo(tambmchamadodefisiocentrismo)apresentainmerasvariaesdecorrentesepossvelafirmarqueemsuasvariaesseaproximadaecologiaprofunda.
Afinal,somosantropocntricosoubiocntricos?
Conforme os documentos internacionais e a Constituio Federal, a proteo de naturezaantropocntrica.Todavia,nosetratadaconcepoclssicadeantropocentrismo,masoqueadoutrinadenominaantropocentrismoalargado,queconjugaainteraodaespciehumanacomosdemaisseresvivoscomogarantiadesobrevivnciaedignidadedoprprioserhumano,assimcomooreconhecimentoqueaproteodafaunaedafloraindeclinvelparaaequidadeintergeracional,parasalvaguardadasfuturasgeraes.
EXPRESSESRECORRENTESNODIREITOAMBIENTAL
Umadasmaioresdificuldadesnoestudododireitoambiental aocorrncia reiteradadepalavras,expresseseterminologiasquenosohabituaisnouniversojurdico.Essefatoresultadodaprofundasimbiose do direito ambiental com outras reas do conhecimento, que o caracteriza comomultidisciplinar.
Umaobservaooportunanoestudododireitoambientalqueamaioriadosdiplomaslegaisconfere,emseusartigosiniciais,umglossriocomosignificadodasprincipaisexpressesqueseverificamnocursodanorma.
Como auxlio nesse processo, discorrer-se- sobre as expressesmais utilizadas e seu significadoparaodireitoambiental.
Preservao,conservaoeproteointegralrecorrenteousodasexpressespreservao,conservaoeproteointegral,muitasvezes
como sinnimas. O sentido de cada qual, contudo, apresenta singularidades. Para essa diferenciao,utilizar-se-oosconceitosdaLein9.985/2000,quedisciplinaasunidadesdeconservao14.
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a)b)
1.5.2
1.5.3
Dessa forma, considera-se conservao da natureza o manejo do uso humano da natureza,compreendendoapreservao,amanuteno,autilizaosustentvel,arestauraoearecuperaodoambientenatural,paraquepossaproduziromaiorbenefcio,embasessustentveis,satuaisgeraes,mantendoseupotencialdesatisfazerasnecessidadeseaspiraesdasgeraesfuturas,egarantindoasobrevivnciadosseresvivosemgeral(art.2,II).
Jpreservao oconjuntodemtodos,procedimentosepolticasquevisemaproteoa longoprazodasespcies,hbitatseecossistemas,almdamanutenodosprocessosecolgicos,prevenindoasimplificaodossistemasnaturais(art.2,V).
Comosepodeperceber,aconservaomaisampla eabrangeaprpriapreservao,quevisaaproteoalongoprazodasespcies,hbitatseecossistemasetc.
Proteointegral,porsuavez,amanutenodosecossistemaslivresdealteraescausadasporinterfernciahumana,admitidoapenasousoindiretodosseusatributosnaturais(art.2,VI).
Aexpressoproteointegralsignificamanteromeioambienteintocado,seminterveneshumanasdiretas,comasatividadeseconmicasesociaisnoespaoambientalmenteprotegido.
ComaediodaLein9.985/2000,asunidadesdeconservao,contemplandoessacaracterizao,foramdivididasemdoisgrupos:
unidadesdeproteointegral;eunidadesdeusosustentvel,comaconservaodoambiente.
fundamentalaexistnciadeunidadesdeproteointegral,masnosepodeesquecerqueentreosobjetivosdapolticaambientaltm-seohomemeasuadignidade,oqueimplicaodesafiopermanentedaconservaoambiental.
Biota,bitico,abiticoebiocenoseBiota,bitico,abiticoebiocenosesoexpressescorrespondentes.Biotaoconjuntodeseresvivosqueresidememumespaofsico(bitopo).Deigualforma,biocenoseoconjuntodeespciesquevivememumdeterminadoespaoetempo.Oselementosbiticospossuemvidae,emoutrosentido,osabiticossooselementosnovivos,tais
comoluz,solo,temperatura,vento,pressoetc.
IntervenesantrpicasOtermoantrpicopossuicomosignificadoumaintervenohumanasobreomeioambiente.Alis,
o direito ambiental, em sntese, o direito que regulamenta as intervenes antrpicas no ambiente.Empreendimentoseconmicos,impactosambientaisdeatividadesouobras,poluioetc.,sotemticasobjetodoestudododireitoambiental,umavezqueimplicamaesantrpicas.
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1.5.4
1.5.5
a)b)c)d)e)
1.5.6
1.5.7
DegradaoambientalConformeoart.3,incisoII,daLein6.938/1981,considera-sedegradaodaqualidadeambiental,
aalteraoadversadascaractersticasdomeioambiente.Adegradaodaqualidadeambientalnormalmenteocorreapartirda intervenodeumaatividade
antrpica,sobretudoumaaoqueresulteempoluio.Contudo,possvelaocorrnciadedegradaoambientalseminterveneshumanas,comoaevoluodeumecossistema,umabalossmicoou,ainda,aerupodeumvulco.
Nota-se,assim,queadegradaodaqualidadeambientalcausadaporumaaoantrpicaouporumevento natural.O que interessa ao direito ambiental, contudo, a degradao da qualidade ambientalprovocadaporaohumana.
PoluioO conceito de poluio possui amparo legal no inciso III, do art. 3, da Lei n 6.938/1981, que
considera poluio, a degradao da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ouindiretamente:
prejudiquemasade,aseguranaeobem-estardapopulao;criemcondiesadversassatividadessociaiseeconmicas;afetemdesfavoravelmenteabiota;afetemascondiesestticasousanitriasdomeioambiente;lancemmatriasouenergiaemdesacordocomospadresambientaisestabelecidos.
Apoluiosempredecorrnciadadegradaodaqualidadeambientalresultantedeumaatividadepromovidapelohomem.Constituiumaespciededegradaoambiental,masdecorrentedeatividadesantrpicas. A poluio sempre negativa e no ordenamento jurdico brasileiro um ilcito penal eadministrativo.
BiodiversidadeSegundoaConvenoInternacionalsobreBiodiversidade(art.2),diversidadebiolgicasignificaa
variabilidadedeorganismosvivosdetodasasorigens,compreendendo,dentreoutros,osecossistemasterrestres, marinhos e outros ecossistemas aquticos e os complexos ecolgicos de que fazem parte;compreendendoaindaadiversidadedentrodeespcies,entreespciesedeecossistemas.
RecursosambientaisCompemosrecursosambientais,segundooincisoV,doart.3,daLein6.938/1981,aatmosfera,
as guas interiores, superficiais e subterrneas, os esturios, o mar territorial, o solo, o subsolo, os
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1.6
elementosdabiosfera,afaunaeaflora.
JUSTIAAMBIENTAL
A compreenso da acepo justia ambiental vincula-se s lutas do Movimento de JustiaAmbiental,quesurgiunosEstadosUnidosnadcadadeoitentadosculopassado,comquestionamentosereivindicaessobreosriscosambientaissofridospelacomunidadenegralixotxico,contaminaoqumica etc. Movimentos com agendas semelhantes se espalharam pelo planeta com a insero dasquestes ambientais no tabuleiro das pautas reivindicatrias tradicionais (direitos civis, racismo,combatesdesigualdadessocioeconmicasetc.).
Em aspectos fundamentais, procura descortinar a retrica de que os impactos dos problemasambientaisatingematodos,indistintamente,deformademocrtica.Isto,quetodosossereshumanos,semdistinesderaa,localizao,rendaetc.,soafetadospelasconsequnciasambientaisdomodeloeconmicoemcurso.
Aocontrrio,aalocaoedistribuiodasexternalidadesnegativasoriundasdomodeloeconmicoatingemdiretamenteosgruposvulnerveiseminoriasdassociedades,comamajoraodastradicionaisdesigualdades,agora,igualmente,dendoleambiental.
Com as desigualdades ambientais, tem-se o que se denominou como injustia ambiental que,conforme oManifesto do Colquio Internacional sobre JustiaAmbiental, Trabalho e Cidadania, quecriouaRedeBrasileiradeJustiaAmbiental,omecanismopeloqualsociedadesdesiguais,dopontode vista econmico e social, destinam a maior carga dos danos ambientais do desenvolvimento spopulaesdebaixarenda,aosgruposraciaisdiscriminados,aospovostnicostradicionais,aosbairrosoperrios,spopulaesmarginalizadasevulnerveis15-16.
Almdisso,osmovimentosdejustiaambientalprocuramdescortinarosensocomumsobreousodosrecursosnaturaisnoplanetaedenunciaraapropriaoporpoucos.
Nessesentido,RicardoAbramovay17ofereceumdadosignificativoemumplanetacommaisdesetebilhesdepessoas:metadedasemissesglobaisdegasesdeefeitoestufaprovmdos500milhesdehabitantesmaisricosdoplaneta.Oquesevumusoseletivo(e,porqueno,exclusivo)dosrecursosnaturaisporpoucose,poroutrolado,asdesigualdadesnadistribuiodeseusefeitos.
Nessequadro,oManifestodoColquioInternacionalsobreJustiaAmbiental,TrabalhoeCidadaniarelacionou o conjunto de princpios e prticas que caracterizam a justia ambiental, que: (a)asseguram que nenhum grupo social, seja ele tnico, racial ou de classe, suporte uma parceladesproporcional das consequncias ambientais negativas de operaes econmicas, de decises depolticasedeprogramasfederais,estaduais,locais,assimcomodaausnciaouomissodetaispolticas;(b)asseguramacessojustoeequitativo,diretoeindireto,aosrecursosambientaisdopas;(c)asseguramamploacessosinformaesrelevantessobreousodosrecursosambientaiseadestinaoderejeitoselocalizao de fontes de riscos ambientais, bem como processos democrticos e participativos na
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1.7
definio de polticas, planos, programas e projetos que lhes dizem respeito; (d) favorecem aconstituiodesujeitoscoletivosdedireitos,movimentossociaiseorganizaespopularesparaseremprotagonistas na construo de modelos alternativos de desenvolvimento, que assegurem ademocratizaodoacessoaosrecursosambientaiseasustentabilidadedoseuuso.
Attuloexemplificativo,aspautasdosmovimentosde justiaambientalvinculam-se,noBrasil,aosmovimentos dos atingidos por barragens; de proteo e reconhecimento de populaes indgenas equilombolas; das vtimas dos impactos de atividadesminerrias e de outras atividades, comoo csio137; entre outros. O que os une a luta pelo reconhecimento e respeito de seus direitos humanossocioambientais, sem discriminaes, com a observncia das caractersticas da universalidade,interdependnciaeindivisibilidade.
SNTESE
Meioambienteoconjuntodecondies,leis,influnciaseinteraesdeordemfsica,qumicaebiolgica,quepermite,abrigaeregeavidaemtodasassuasformas(art.3,I,daLein6.938/1981).
Meio ambiente fsico ou natural aquele integrado pela flora, fauna, os recursos hdricos, aatmosfera,osesturios,omarterritorial,osolo,osubsolo,oselementosdabiosfera.
Meio ambiente cultural o constitudo pelo patrimnio cultural, artstico, arqueolgico,paisagstico, etnogrfico, manifestaes culturais, folclricas e populares brasileiras. O patrimnioculturalbrasileiropodesermaterialeimaterial.
Meioambienteartificialoespaourbano,ascidadescomosseusespaosabertos,comoruas,praaseparques;eosespaosfechados,comoasedificaes.
Omeioambientedotrabalhopossuivinculaocomasadeeaseguranadotrabalhador.Oart.200daCFcuidadascompetnciasdoSistemanicodeSade(SUS),dentreasquaisadecolaborarnaproteodomeioambiente,nelecompreendidoodotrabalho.
Antropocentrismo: para essa concepooque importa o bem-estar dos seres humanos e, paratanto,ohomemseapropriadosbensambientaisparaoseuinteresseexclusivo,sempreocupaocomosdemais seres vivos, que so instrumentais. Contudo, a doutrina defende hoje o antropocentrismoalargado, emumavisoqueconjugaa interaodaespciehumanacomosdemais seresvivoscomogarantia de sobrevivncia e dignidade do prprio ser humano, assim como o reconhecimento que aproteodafaunaedafloraindeclinvelparaaequidadeintergeracional.
Biocentrismo: ohomemno superior aosoutros seresvivos;mantmcomelesuma relaodeinterdependncia,desimbiose.Todososseresvivossoigualmenteimportantes.Ocentrodasrelaesno,comonoantropocentrismo,ahumanidade,masosseresvivos,humanosenohumanos.
Intervenesantrpicas:qualquerintervenohumananomeioambiente.Degradaodaqualidadeambiental:causadapelaaoantrpicaouporumeventonatural.O
que interessa ao direito ambiental, contudo, a degradao da qualidade ambiental causada por ao
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1.8
1.8.1
1.
(A)
(B)
(C)
(D)
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2.
(A)(B)(C)(D)(E)
humana. Poluio a degradao da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente: (a)prejudiquema sade, a seguranaeobem-estardapopulao; (b) criemcondiesadversas s atividades sociais e econmicas; (c) afetem desfavoravelmente a biota; (d) afetem ascondiesestticasousanitriasdomeioambiente;(e)lancemmatriasouenergiaemdesacordocomospadresambientaisestabelecidos.
QUESTESPARAFIXAO
Questesobjetivas
(IBEG 2016 Advogado Prefeitura de Mendes/RJ) Acerca dos princpios doDireitoAmbiental,indiqueaalternativacorreta:
OMeioAmbiente,bemdeusocomumdopovo,consistentenoequilbrioecolgicoenahigidezdomeioedosrecursosnaturais,bemcomum,geral,difuso,indissocivelda qualidade dos seus constitutivos, e, por conseguinte, divisvel, disponvel eimpenhorvel.Peloprincpiodaprecauo,procura-seevitarqueodanoambientalocorra,atravsde mecanismos extrajudiciais e judiciais. , portanto, a atuao antecipada paraevitardanos,que,emregra,soirreversveis.Oprincpiodaprevenovaiseraplicadotodavezquehouverincertezacientficasedeterminadoatopossaprejudicarosbensambientaisouoserhumano.De acordo com a doutrina majoritria, o conceito de meio ambiente tende a serglobalizante, abrangendo no apenas o meio ambiente natural, mas tambm ocultural,oartificialeomeioambientedotrabalho.O conceito normativo de meio ambiente abrange o conjunto de condies, leis,influnciase interaesdeordem fsica,qumicaebiolgica,quepermite,abrigaeregeavidaemtodassuasformas,noincluindoopatrimnioedificado.
(FCC2015 JuizSubstitutoTJ/SC)OMeioAmbiente,bemdeusocomumdopovo, consistente no equilbrio ecolgico e na higidez do meio e dos recursosnaturais,bem
individualhomogneo,indivisvel,indisponveleimpenhorvel.tangvel,disponveleimpenhorvel.coletivo,divisveleindisponvel.comum,geral,difuso,indivisvel,indisponveleimpenhorvel.difuso,divisvel,indisponveleimpenhorvel.
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3.
I.
II.
III.
IV.
V.VI.
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(FCC 2015 Defensor Pblico DPE/SP) [] Esse conjunto de entidadesenvolvido no debate ambiental brasileiro esteve sempre atravessado por umaquestocentral:adecomoengajar-seemcampanhasqueevocama proteoaomeio ambiente sem desconsiderar as evidentes prioridades da luta contra apobreza e a desigualdade social ou mostrando-se capaz de responder aospropsitosdesenvolvimentistascorrentesquealmejamarentabilizaodecapitaisem nome da gerao de emprego e renda. Em outros termos, como conquistarlegitimidadeparaasquestesambientais,quando,comfrequncia,apreocupaocom o ambiente apresentada como um obstculo ao enfrentamento dodesemprego e superao da pobreza? Como dar um tratamento lgico esocialmente aceitvel s implicaes ambientais das lutas contra a desigualdadesocial e pelo desenvolvimento econmico? (ACSELRAD, Henri. Ambientalizaodaslutassociaisocasodomovimentoporjustiaambiental. ,So Paulo, v. 24, n. 68, p. 103-119, 2010. Disponvel em:.Acessoem:10deagostode2015).O trecho acima reproduzido alude a uma das questes centrais em matria dejustia ambiental: o conflito entre o desenvolvimento econmico e a preservaoambiental.Otemajustiaambiental
incorpora a lgica do princpio administrativo da distribuio equitativa dos nus eencargos, considerando que os riscos ambientais e a poluio atingiriam a todosindistintamenteenamesmaproporo.temsuaorigemassociada,segundopartedadoutrina,slutasraciaisdesenvolvidaspelosnegrosnosEstadosUnidos,nadcadade1980.defende a ponderao quantitativa entre os especficos direitos das comunidadesafetadaspelosempreendimentoseodireitocoletivoaodesenvolvimentoeconmico.sustentaanecessidadedeconsideraodadimensohistricaesocialnaanlisedaquestoambiental.temdentreseusprincpiosofomentogestodemocrticaeoacessoinformao.prioriza,comoestratgiadeefetivaodejustiaambiental,arealizaodeestudostcnicosdivergentes comosuporte s comunidadesafetadaspor empreendimentosquegeremriscos,emcontraposioaosEstudosde ImpactoAmbientalelaboradospelosempreendedores-poluidores.
EstcorretooqueseafirmaAPENASem:II,VeVI.II,IVeV.III,IVeV.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142010000100010
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I,IVeVI.I,IIIeV.
(CESPEJuizTRF1Regio2011)Emdefesadomeioambiente,oSTFassimsepronunciou:Odireitointegridadedomeioambientetpicodireitodeterceiragerao constitui prerrogativa jurdicade titularidadecoletiva, refletindo, dentrodoprocessode afirmaodosdireitos humanos, a expresso significativa de umpoder atribudo, no ao indivduo identificado em sua singularidade, mas numsentido verdadeiramentemais abrangente, prpria coletividade social. Tendootexto acima como referncia, assinale a opo correta combasenasdisposieslegaisdedefesadomeioambiente.
Em atendimento ao princpio do poluidor pagador, previsto no direito positivobrasileiro, a Poltica Nacional do Meio Ambiente determina a proteo de reasameaadasdedegradao.AdefesadodireitoaomeioambienteequilibradonasceuapartirdaDeclaraodeEstocolmo,em1972,cujaspremissassomarcadamentebiocntricas.O objeto de proteo do direito ambiental concentra-se nos fatores biticos eabiticos,quedevemsertratadosisoladamente.Em razo do tratamento dispensado ao meio ambiente pelo texto constitucional,depreende-se que exigido dos cidados, predominantemente, um emrelaoaomeioambiente.Odireito fundamentalaomeioambienteecologicamenteequilibradoafastaeventualtentativadedesafetaooudesdestinaoindireta.
(CESPETJCEJuiz2012)Considerandoosdiversosaspectosqueenvolvemoconceito demeio ambiente, particularmente o cultural e o do trabalho, assinale aopocorreta.
Considera-se meio ambiente cultural o ambiente integrado pelos equipamentosurbanos e edifcios comunitrios, como as bibliotecas, pinacotecas, museus einstalaescientficasousimilares.Omeio ambiente um bem pblico classificado pela CF como de uso comum dopovo, razo pela qual no se admite que o seu uso seja oneroso ou imponha anecessidadedequalquercontraprestaodeordempecuniria.Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispe que a proteo do meioambiente,nelecompreendidoomeioambientedotrabalho,constituiumdosobjetivosdoSistemanicodeSade.A todos os entes federativos compete a proteo de documentos, obras e outrosbens de valor histrico, artstico, cultural e paisagstico, mas a competncia para
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8.
legislarsobreessestemaspertence,privativamente,Unio.A definio legal de recursos ambientais compreende a fauna e a flora, as guassuperficiaisesubterrneas,osoloeosubsolo,masnoomarterritorialeosdemaiselementosdabiosfera.
(CESPETJ/ESJuiz2011)Comrelaoaoconceitodemeioambienteedanoambiental,assinaleaopocorreta.
Conforme o Protocolo de Cartagena, dano ambiental o prejuzo causado aoambiente, que definido, segundo o referido acordo, como conjunto dinmico einterativoquecompreendeacultura,anaturezaeasconstrueshumanas.Danoambiental todo impacto causadoaoambiente, que caracterizado comooconjuntodeelementosbiticoseabiticosqueinteragememutuamenteinfluenciamadinmicadossistemasautopoiticos.Meioambientedefinidocomooconjuntodeinteraes,condies,leiseinflunciasfsicasebioqumicasqueoriginaemantmavidaemtodasassuasformas,edanoambiental,comooprejuzotransgeracional,deacordocomaPNMA.Adefinio legal demeioambienteencontra-senoprprio texto constitucional, quese refere ao ambiente cultural, natural, artificial e do trabalho; o conceito legal dedanoambiental, fundadona teoriado risco,materializa-senoconceitodeecocdio:sendo o direito ao ambiente ecologicamente equilibrado direito fundamental do serhumano,ascondutas lesivasaoambientedevemser consideradascrimescontraahumanidade.Meioambientedefinidocomooconjuntodecondies,leis,influnciaseinteraesdeordemfsica,qumicaebiolgicaquepermite,abrigaeregeavidaemtodasassuasformas;adefiniodedanoambientalinfere-seapartirdosconceitoslegaisdepoluioedegradao.
(FGV 2009) A Constituio Federal/88 assevera que todos tm direito aomeioambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida. A esse respeito, correto inferir que a concepoconstitucionalsobremeioambiente:
holstica.pantesta.pragmtica.antropocntrica.criacionista.
(MPE-MS2011MPE-MSPromotordeJustia)ParaosfinsdaLei6.938de31
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1.8.2
1.
2.
3.
1.8.31.
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5.
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7.
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9.
10.
deagostode1981LeidaPolticaNacionaldoMeioAmbiente,incorretoafirmarque:
adegradaodaqualidadeambiental todaalteraoadversadascaractersticasdomeioambiente;omeioambienteoconjuntodecondies, leis, influnciase interaesdeordemfsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suasformas;apoluioadegradaodaqualidadeambientalresultantedeatividadesquediretaouindiretamente,porexemplo,afetemdesfavoravelmenteabiota;apoluioadegradaodaqualidadeambientalresultantedeatividadesquediretaouindiretamente,porexemplo,prejudiquemasade,aseguranaeobem-estardapopulao;o poluidor somente a pessoa fsica responsvel, direta ou indiretamente, poratividadecausadoradedegradaoambiental.
Questesdissertativas
(INDITA)Dissertesobreoconceitodemeioambiente.
(INDITA)Dissertesobreomeioambientecomoumbemdeusocomumdopovo.
(INDITA) Considerando as concepes ticas sobre a proteo ao meio ambiente,expliqueoantropocentrismoeobiocentrismo.
QuestesdeexameoralQualoconceitojurdicodemeioambiente?
Qualaclassificaodemeioambiente?
Oquesoelementosbiticoseabiticos?
Oqueomacrobemambiental?
Oquesignificaomeioambientecomobemdeusocomumdopovo?
Quaisasconcepesticassobreaproteoaomeioambiente?
Dexemplosdepassagensbiocntricasnoordenamentojurdicobrasileiro.
Oqueecologiaprofunda?
Qualaconcepoticaquenorteiaoart.225daConstituio?
Comoconceituarpreservaoeconservao?
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1.9
1.9.1
1.9.2
1.9.3
GABARITOS
Questesobjetivas
Questesdissertativas
Questesdeexameoral
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SILVA,2008,p.20.VULCANIS,2008,p.29ess.LEITE,2003,p.83.LORENZETTI,2010,p.26.LORENZETTI,2010,p.26.CAPPELLI,MARCHESANESTEIGLEDER,2007,p.16.VULCANIS,2008,p.37.SOUZAFILHO,2002,p.41.LEITE,2007,p.137.FERRY,2009,p.123.CAPRA,1996,p.25.CAPRA,1996,p.25.KASSMAYER,2009,p.140.SAMPAIO,2012.Disponvel em: .ACSELRADetal.,2008,p.41.ABRAMOVAY,2012,p.64.
http://www.mma.gov.br/destaques/item/8077-manifesto-de-lan%C3%A7amento-da-rede-brasileira-de-justi%C3%A7a-ambiental/
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Nunca uma gerao teve tanta responsabilidadeemrelaoasimesmaeaofuturocomoageraoatual.
JosSaramago
O arcabouo da proteo ambiental tem os seus aspectos mais importantes no tabuleiro dasinstituies internacionais, em especial na arquitetura dasNaesUnidas.Nesse sentido, o estudo doDireitoAmbientalInternacional,emseusaspectosfundamentais,impeaanlisedasconfernciassobreomeioambientenombitodaOrganizaodasNaesUnidas(ONU)edocumentosdecorrentes.
Daprimeiraconfernciaem1972atosdiasatuais,aONUpromoveuquatroconfernciasmundiais,decisivas para que temticas como meio ambiente ecologicamente equilibrado, desenvolvimentosustentvel,mudanasclimticas,entreoutros,assumissemcentralidadenaagendaglobal.
https://youtu.be/2vyaa9vxYiQ
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a)
b)
AsquatroasconfernciasdaONU,asaber:
ConfernciadasNaesUnidassobreoMeioAmbienteHumano(1972);ConfernciadasNaesUnidassobreMeioAmbienteeDesenvolvimento(1992);CpulaMundialsobreDesenvolvimentoSustentvelRio+10(2002);ConfernciadasNaesUnidassobreDesenvolvimentoSustentvelRio+20(2012).
ApartirdeindicaodoConselhoEconmicoeSocial,aAssembleia-geraldasNaesUnidas,pormeiodaResoluo2.398 (XXIII), em1968,decidiupela realizaodeumaconfernciamundialparadiscutirasquestesambientais.
Dessa forma, ocorreu, de 5 a 16 de junho de 1972, na cidade de Estocolmo, Sucia, com aparticipaode113Estados,aConfernciadasNaesUnidassobreoMeioAmbienteHumano,queconsideradaummarcododireitoambientalnodomniointernacional.
Nocursodeseustrabalhos,ospasesparticipantesdividiram-seemduascorrentesdeinterpretaosobreasquestesambientais:
de um lado, ospreservacionistas, corrente radical, liderados pelos pases desenvolvidos, quedefenderamamitigaonasintervenesantrpicassobreomeioambiente;edeoutro,osdesenvolvimentistas, compostapelospases emdesenvolvimento, entreosquaisoBrasil,quedefendiam,emsntese,queospasesemdesenvolvimentoaceitavamapoluioequeapreocupaodeveriasercomocrescimentoeconmico.
Ao seu trmino, foi editada aDeclaraodeEstocolmo sobreMeioAmbienteHumano, com 26princpios.
OPrincpio1daDeclarao reconheceomeio ambiente comqualidade comodireito fundamental,comosev:Ohomemtemodireitofundamentalliberdade,igualdadeeaodesfrutedecondiesdevidaadequadas,emummeioambientedequalidadetalquelhepermitalevarumavidadigna,gozardebem-estareportadorsolenedeobrigaodeprotegeremelhoraromeioambiente,paraasgeraespresentesefuturas.
AlmdaDeclaraodeEstocolmosobreMeioAmbienteHumano,outroinstrumentoprevistofoiumPlanodeAesparaoMeioAmbiente,comumconjuntode109recomendaes.
Noquadroinstitucional,comodecorrnciadaConvenodeEstocolmo,estabeleceu-seemdezembrode 1972 oProgramadasNaesUnidas para oMeioAmbiente (PNUMA), com sede emNairbi,Qunia,comoprogramadoSistemadasNaesUnidas responsvelporpromoveraproteoaomeioambienteeousoeficientederecursosnaturaisnocontextododesenvolvimentosustentvel.
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Atualmente,oPNUMA,comoagnciadoSistemadasNaesUnidas,aprincipalautoridadeglobalemmeioambiente.
MaisdeumadcadaapsarealizaodaConfernciadeEstocolmosobreoMeioAmbienteHumano,aONU criou, em 1983, aComissoMundial sobreMeioAmbiente eDesenvolvimento, que aps umlongo processo de audincias e discusses com lderes polticos e organizaes em todo o planetaapresentou,em1987,comoconclusodesuasatividades,oRelatrioNossoFuturoComum, tambmconhecido como Relatrio Brundtland em homenagem senhora Gro Harlen Brundtland, ex-primeiraministradaNoruega,quepresidiuostrabalhosdessaComissoMundial.
ORelatrio Brundtland definiu os contornos do conceito clssico de desenvolvimento sustentvel,comoaquelequeatendesnecessidadesdasgeraesatuaissemcomprometeracapacidadedeasfuturasgeraesteremsuasprpriasnecessidadesatendidas.
ApartirdasconclusesdoRelatrioNossoFuturoComum,aONUdecidiuem1990anecessidadedarealizaodeumanovaconfernciasobremeioambiente,queocorrerianoBrasilem1992.
AConfernciadasNaesUnidassobreMeioAmbienteeDesenvolvimento (Rio/92), realizadaem1992,nacidadedoRiodeJaneiro,tambmconhecidacomoaCpuladaTerra,representouopicedapreocupaoambientalmundial.Essaimportnciaserefletenaparticipaode179pases,116chefesdeEstadoedegovernoemaisde10.000participantes.
Comoresultado,aRio/92produziucincodocumentosinternacionais,asaber:
DeclaraodoRiosobreMeioAmbienteeDesenvolvimento;Agenda21;Conveno-QuadrosobreMudanasdoClima;ConvenosobreDiversidadeBiolgicaoudaBiodiversidade.DeclaraodePrincpiossobreFlorestas.
DosdocumentosdaRio/92,somenteaConveno-QuadrosobreMudanasdoClimaeaConvenosobreDiversidadeBiolgicapossuemforajurdicavinculante,obrigatria,comohardlaw.Osdemaissodeclaraes,destitudasdecartervinculante,chamadasnodireitointernacionaldesoftlaw.
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umdocumentoquecontm27princpios,fundamentaisparaacompreensododireitoambientalnosomentenaesferainternacional,mascomoimportantefonteparaodesenvolvimentoprincipiolgiconalegislaoambientaldecadapas.Emboraseenquadrecomoumarecomendao,aDeclaraodoRiotrazpreceitos fundamentais paraodesenvolvimentodeumaagenda internacional deproteo aomeioambiente, com uma srie de compromissos e obrigaes para os Estados. Dessa forma, o estudo dodireitoambientalnoBrasilpassa,necessariamente,pelacompreensodosprincpiosdaDeclaraodoRioalgunsdeleselencadosnocaptulo5.
A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construo desociedadessustentveis, emdiferentesbasesgeogrficas,queconciliamtodosdeproteoambiental,justia social e eficincia econmica (Ministrio do Meio Ambiente). Trata-se de um documentoprogramtico, com 40 captulos, em que se estabelecem diretrizes para a implementao dodesenvolvimentosustentveldoespaoglobalaolocal.
Nostermosdoprpriodocumento:aAgenda21estvoltadaparaosproblemasprementesdehojeetemoobjetivo, ainda,deprepararomundoparaosdesafiosdoprximosculo.Refleteumconsensomundial e um compromisso poltico no nvel mais alto no que diz respeito a desenvolvimento ecooperaoambiental.Oxitodesuaexecuoresponsabilidade,antesdemaisnada,dosGovernos.Para concretiz-la, so cruciais as estratgias, os planos, as polticas e os processos nacionais. Acooperao internacional dever apoiar e complementar tais esforos nacionais. Nesse contexto, osistema das Naes Unidas tem um papel fundamental a desempenhar. Outras organizaesinternacionais, regionais e sub-regionais tambmso convidadas a contribuir para tal esforo.Amaisampla participao pblica e o envolvimento ativo das organizaes no governamentais e de outrosgrupostambmdevemserestimulados.
Noobstanteconstituir-seemdocumentodaRio/92,aimplementaodaAgenda21umobjetivoquepermeouasconfernciasposteriores,emespecialaRio+10eaRio+20.
Para acompanhar o progresso na implementao da Agenda 21, a Assembleia-geral das NaesUnidas criou em dezembro de 1992 a Comisso das Naes Unidas sobre DesenvolvimentoSustentvel,queumacomissofuncionalvinculadaaoConselhoEconmicoeSocialdaONU.
AdotadaemNovaYorkem09demaiode1992eabertaparaassinaturaemjunhode1992,duranteaRio/92,comentradaemvigorem21demarode1994,aConveno-QuadrodasNaesUnidassobreMudanadoClima (UNFCCC), possui comoobjetivo a estabilizaodas con