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Direito Administrativo ara 1 Vinicius Dalazoana – [email protected] Advogado. Pós-Graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas – Escola de São Paulo

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Page 1: Direito Administrativo ara 1 Vinicius Dalazoana – viniciusdalazoana@yahoo.com.br Advogado. Pós-Graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas

Direito Administrativo

ara

1Vinicius Dalazoana – [email protected]

Advogado. Pós-Graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas – Escola de São Paulo

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Poderes Administrativos• Princípios compõem a estrutura das sujeições da Administração.• Poderes outro lado da moeda instrumentais.• Os poderes administrativos são conferidos à Administração para que

possa satisfazer o interesse público.• Por isso, são chamados: poder-dever; dever-poder (existem para uma

finalidade específica e são irrenunciáveis).• “Os poderes administrativos constituem um conjunto de prerrogativas

atribuídas à Administração Pública a fim de possibilitar a realização do interesse público. São instrumentos colocados à disposição do Poder Público para que este possa concretizar suas finalidades.”

• Seis poderes:• Poder Vinculado;• Poder Discricionário;• Poder Normativo;• Poder Hierárquico;• Poder Disciplinar;• Poder de Polícia.

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Vinculação e Discricionariedade• Não são “poderes autônomos”: “Poderes vinculado e discricionário não

existem como poderes autônomos; a discricionariedade e a vinculação são, quando muito, atributos de outros poderes ou competências da Administração” – Maria Sylvia Di Pietro.

• Vinculação: legislador prescreve precisamente a conduta do administrador. Não há margem de escolha, nem no motivo, nem no objeto do ato administrativo. Ex: exercício de poder disciplinar, em face de denúncia regular (instauração de P.A.D); concessão de aposentadora; concessão de licença para dirigir.

• Discricionariedade: lei (e apenas a lei) confere margem de liberdade ao administrador, para, com base na conveniência e oportunidade, decida pelo objeto e motivo do ato administrativo.

• Ex: se a lei diz que diante de uma infração um fiscal pode multar ou interditar um estabelecimento, conforme a gravidade da infração, haverá discricionariedade quando do exercício do poder de polícia;

• Se a lei afirma que diante de uma infração só há uma penalidade cabível, tratar-se-á de exercício vinculado do poder de polícia.

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• Concessão de poder discricionário não é “cheque em branco”!

• Limites: moralidade, e, principalmente, razoabilidade e proporcionalidade os principais mecanismos de limitação do uso do poder discricionário são a razoabilidade e a proporcionalidade.

• Controle Judicial (possibilidade de anulação judicial do ato):• Mérito administrativo (motivo e objeto): apenas com base na

proporcionalidade, razoabilidade e, para alguns, moralidade.• Elementos vinculados do ato (forma, competência e finalidade):

possibilidade de controle judicial.

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Poder Normativo• Importante poder regulamentar é uma espécie do poder normativo.• Na essência, são similares: poder de editar normas infralegais (secundárias)

gerais e abstratas.• Contudo, apresentam ao menos duas diferenças: o poder regulamentar é

exercido pelos Chefes do Poder Executivo (Presidente da República, Governador de Estado e Prefeito Municipal), e, geralmente, via Decreto. O poder normativo é exercido por outras autoridades administrativas, via outros atos secundários gerais e abstratos (ex: instrução normativa, portarias, regimentos internos, etc.).

• Ato geral: dirige-se a um número indeterminado e indeterminável de pessoas.

• Ato abstrato: sua aplicabilidade não se esgota em uma única oportunidade.

• As manifestações do poder normativo são instrumentos de realização do Princípio da Isonomia tornar aplicação da lei isonômica em face do caso concreto.

• O exercício do poder normativo (e regulamentar) é discricionário.

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• Diferença principal entre Lei e manifestações do Poder Normativo: capacidade de inovar no Ordenamento Jurídico (criar direitos e obrigações):

• “Lei” (atos normativos primários emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções): inovam no Ordenamento Jurídico.

• Manifestações Poder Normativo (atos normativos secundários): não inovam no Ordenamento Jurídico.

• Controle nesse sentido, o Congresso Nacional pode “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa” (CF, art. 49, V).

• Ex: Decreto Presidencial que crie um tributo novo poderá ser sustado (suspenso) por Decreto Legislativo do Congresso Nacional.

• Exceção: Decretos Autônomos (CF, Art. 84, VI) podem inovar, pois não estão subordinados à lei, mas diretamente à Constituição.

• Lei em sentido formal (feita pelo Poder Legislativo) e Lei em sentido material (atos gerais e abstratos). Em regra, o poder normativo produz leis em sentido material.

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Regulamentos:• De Execução: CF/1988, Art. 84, IV: “Compete privativamente ao Presidente

da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”.

• O Presidente da República, entendendo necessário (ato discricionário), pode expedir decretos (poder regulamentar) para garantir fiel execução da lei.• É ato normativo secundário (subordinado e dependente de lei) não pode

criar direitos nem obrigações. Controle de legalidade.• Autônomos (Decretos Autônomos): CF/1988, Art. 84, VI, com redação

dada pela Emenda Constitucional nº 32/2001: “Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre: • a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar

aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;• b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

• É ato normativo primário (subordinado diretamente à Constituição) pode criar direitos e obrigações. Controle de constitucionalidade.

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Poder Disciplinar • “Modo errado de cobrar”: poder que tem a Administração de punir o servidor

público;• Erro: se assim fosse, em caso de absolvição não haveria exercício de poder

disciplinar.• “Modo correto de cobrar”: dever de apurar infrações cometidas na

Administração, e, se for o caso, aplicar a devida punição.• Em relação aos servidores, é espécie do Poder Hierárquico.

• O poder disciplinar exige uma relação de sujeição especial (particular) incide em relação a pessoas que têm algum tipo de vínculo com a Administração, ou seja, que se submetem à sua disciplina interna, ao regime jurídico administrativo. Ex: empresas que contratem com a Administração Pública; servidores públicos; alunos de instituições públicas.

• A relação de sujeição especial distingue o poder disciplinar do poder de polícia (que exige apenas relação de sujeição geral).

• Sujeição especial poder disciplinar;• Sujeição geral poder de polícia.

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A aplicação de penalidade pressupõe devido processo legal administrativo (disciplinar), com ampla defesa e contraditório.

CF/1988, Art. 5º, LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Contudo: STF, Súmula Vinculante nº 05: “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.”

Há atos discricionários no exercício do poder disciplinar: suspensão temporária preventiva do servidor; definição do prazo de suspensão; etc. A instauração do PAD, em face de denúncia regular, é ato vinculado.A maior parte dos atos no âmbito do exercício do poder disciplinar é vinculado amplo controle judicial.

O exercício do poder disciplinar não está sujeito ao prévio encerramento da ação penal que venha a ser instaurada perante órgão competente do Judiciário. As sanções penais e administrativas não se condicionam reciprocamente, tornando-se possível a imposição da punição disciplinar independentemente de prévia decisão da instância penal. Exceção: reconhecimento judicial da inexistência de autoria ou da inocorrência do próprio fato, ou, ainda, da configuração das causas de justificação penal (excludentes de ilicitude).

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Poder Hierárquico• Hierarquia: pressuposta pela função administrativa. Conjunto de relações de

subordinação e coordenação, dentro da pessoa jurídica, ou seja, internamente.• Logo a hierarquia somente existe no interior das pessoas jurídicas da

Administração. Entre duas pessoas jurídicas (Administração Direta e autarquia, p. ex., inexiste hierarquia a relação é de vinculação e o controle é de finalidade).

• Pressupostos da Hierarquia: organização administrativa; distribuição de competências.

• Poderes Decorrentes da Hierarquia1. Poder de Ordenar e Fiscalizar: o subordinado tem o dever de obediência, salvo se se tratar de ordem manifestamente ilegal (caso em que deverá representar junto ao superior da autoridade que proferiu a ordem).2. Controle administrativo interno (controle hierárquico): “poder de autotutela”: Lei 9.784, Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.Superior hierárquico pode rever, de ofício ou mediante provocação, decisões proferidas por seus subordinados.

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3. Delegação e Avocação de Competência:Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Delegação não significa renúncia de competência;Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos;III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

DENOREX=DENOREX

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Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. § 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. § 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. § 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

avocação: caráter excepcional; motivos relevantes e justificados; temporária; competência de órgão hierarquicamente inferior (o que a delegação não exige).

Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

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Poder de Polícia (Administração Ordenadora)Fundamento: Princípio da Supremacia do Interesse Público.• É um poder de limitação e condicionamento ao exercício de direitos e

interesses dos cidadãos (especialmente a liberdade e a propriedade), a fim de compatibilizá-los com as exigências do interesse público.

• Pressupõe apenas uma relação de sujeição geral, ou seja, independe de vínculo com a Administração distinto do poder disciplinar.

• Pressupõe também preexistência de lei que autorize exigências, fiscalizações e sanções (Princípio da Legalidade Estrita – reserva legal). Sequer decreto autônomo poderá fundamentar atos de polícia:• STJ: A aplicação de sanções administrativas, decorrente do exercício do poder

de polícia, somente se torna legítima quando o ato praticado pelo administrado estiver previamente definido pela lei como infração administrativa.

Poder de polícia em sentido amplo: abrange a atividade legislativa (leis que visam limitar os direitos individuais) quanto a atividade administrativa (fiscalização e imposição de sanções em caso de seu descumprimento); Poder de polícia em sentido estrito: abrange apenas a atividade administrativa.

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• Conceito legal de “Poder de Polícia” (CTN, Art. 78):• Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública

que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. • Atividade da Administração Pública;• Limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade Regula a prática ou

abstenção de ato;• Em razão do interesse público.

• Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.• É regular o exercício do poder de polícia se: a) órgão competente; b) nos limites

da lei; c) devido processo legal; d) sem abuso ou desvio de poder.

O exercício efetivo e regular (não potencial) do poder de polícia é fato gerador das taxas!

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Classificação do Poder de Polícia:1. Polícia Administrativa x Polícia Judiciária:• Polícia Administrativa: • Espalhada em diversos órgãos da Administração. Ex: atos de fiscalização de

estabelecimentos;• Incide sobre direitos, bens e atividades;• Atua se existir ilício não penal (civil ou administrativo) – sanção aplicada pela

Administração (com possibilidade de recurso ao Judiciário).• Polícia Judiciária: • Incide sobre pessoas;• Atua se existir ilícito penal (crime ou contravenção) – sanção aplicada pelo

Poder Judiciário.• Art. 144, §1º, IV: Polícia Federal; Art. 144, §4º: Polícia Civil.

2. Poder de Polícia Originário X Poder de Polícia Delegado:• Originário: desempenhado por órgãos do Poder Executivo;• Delegado: desempenhado por pessoas jurídicas de Direito Público da

Administração Indireta (ex: Autarquias) em regra, indelegável a pessoas jurídicas de Direito Privado (empresas públicas, sociedades de economia mista, particulares, etc.).

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Todavia, o STJ já entendeu que alguns aspectos do poder de polícia (consentimento e fiscalização) poderão ser exercidos por particulares. Os demais aspectos (legislação e sanção), contudo, só poderão ser exercidos por pessoas jurídicas de direito público (a regra, porém, é a indelegabilidade a pessoas jurídicas de direito privado):

ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE. (...) 2. (...), poder de polícia pode ser conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em debate é a possibilidade de exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito por sociedade de economia mista). 3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção. 4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção). 5. Somente o atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público. 6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de multas para aumentar a arrecadação. 7. Recurso especial provido. (Resp 817.534/MG, j. 10.11.2009).

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Atributos do Poder de Polícia• Discricionariedade: busca da medida mais adequada ao caso concreto. No

entanto, também existem atos de poder de polícia vinculados.• Autorizações (porte de arma, p. ex.): discricionários;• Licenças (para direção, p. ex.): vinculados.

• Autoexecutoriedade: poder de a própria Administração executar suas decisões, independentemente de ordem judicial. • Exigibilidade – meios indiretos de coação (multa) – mesmo quando ausente a

executoriedade, há exigibilidade. A Administração impõe, exige, mas não pode executar sua decisão por conta própria.

• Executoriedade – meios diretos (interdição de um estabelecimento, apreensão de mercadorias) – a Administração executa sua própria decisão.

• Regra exigibilidade (multa depende de cobrança judicial).• Executoriedade existe em dois casos: a) expressa previsão legal; b) medida

urgente.• Abuso do poder de polícia: responsabilização do Estado a

proporcionalidade limita a autoexecutoriedade.

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(CESPE – 2010 – AGU – Procurador Federal). Atos administrativos decorrentes do poder de polícia gozam, em regra, do atributo da autoexecutoriedade, haja vista a administração não depender da intervenção do Poder Judiciário para torná-los efetivos. Entretanto, alguns desses atos importam exceção à regra, como, por exemplo, no caso de se impor ao administrado que este construa uma calçada. A exceção ocorre porque tal atributo se desdobra em dois, exigibilidade e executoriedade, e, nesse caso, falta a executoriedade.

Certo Errado

A exigibilidade seria a possibilidade de se coagir o particular à prática de certo ato, ou seja, impor-se uma obrigação e usar de um meio indireto para forçar seu cumprimento. Ex: aplicação de uma multa. Porém, caso o particular não pague a multa, ou caso seja obrigado a construir algo, como no exemplo da questão, não pode a administração tomar essa conduta por si mesma, sendo indispensável, nessas hipóteses, a ordem judicial. Ou seja, há casos em que a administração exige, mas não executa por si só, faltando, pois o atributo da executoriedade.Atenção: quando se fala apenas em autoexecutoriedade, se está a falar dessa característica de modo genérico. Mas quando a questão divide nesses dois desdobramentos, é preciso observar até onde vai a autoexecutoriedade.Exigibilidade EXIGE; Executoriedade EXECUTA.

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Prescrição da ação punitiva no exercício do poder de polícia:Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.Prescrição intercorrente:Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.

STF O exercício do poder de polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer a partir de local remoto, com o auxílio de instrumentos e técnicas que permitam à administração examinar a conduta do agente fiscalizado. Ex: radares e câmeras de trânsito.

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Questões• (FCC – 2012 – INSS – Perito Médico). Quando a Administração Pública

limita direitos ou atividades de particulares sem qualquer vínculo com a Administração, com base na lei, está atuando como expressão de seu poder

• a) hierárquico.• b) de polícia.• c) normativo.• d) regulamentar.• e) disciplinar.

• O poder de polícia é atividade de condicionamento e limitação de direitos e atividades de particulares sem vínculo com a Administração (relação de sujeição geral). Caso haja vínculo com a Administração (relação de sujeição geral), tratar-se-á de poder disciplinar.

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• (TRF4 – 2014 – Juiz Federal). Assinale a alternativa INCORRETA.• a) O Supremo Tribunal Federal possui orientação no sentido de que a contratação em

caráter precário, para o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual foi promovido concurso público, implica preterição de candidato habilitado quando ainda subsiste a plena vigência do referido concurso, o que viola o direito do concorrente aprovado à respectiva nomeação.

• b) A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça possui orientação no sentido de que não há que se falar na presença de discricionariedade no exercício do poder disciplinar pela autoridade pública, sobretudo no que tange à imposição de sanção disciplinar, o que torna possível o controle judicial de tais atos administrativos de forma ampla.

• c) Segundo a orientação predominante no Superior Tribunal de Justiça, o Poder Judiciário não pode substituir a banca examinadora, tampouco se imiscuir nos critérios de correção de provas e de atribuição de notas, porquanto sua atuação cinge-se ao controle jurisdicional da legalidade do concurso público.

• d) Segundo estabelece a Constituição Federal, ao Presidente da República compete privativamente dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, não lhe sendo possível, todavia, extinguir funções ou cargos públicos, ainda que vagos.

• e) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

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• Resolução:• A) O STF possui orientação no sentido de que a contratação em caráter

precário, para o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual foi promovido concurso público, implica em preterição de candidato habilitado, quando ainda subsiste a plena vigência do referido concurso, o que viola o direito do concorrente aprovado à respectiva nomeação.

• B) STJ A discricionariedade não se faz presente em ato administrativo que impõe sanção disciplinar a servidor público, sendo o controle jurisdicional de tal ato amplo. Atenção: existem momentos de discricionariedade no exercício do poder disciplinar.

• C) Correta.• D) CF, Art. 84. Compete privativamente ao presidente da república: • VI - dispor, mediante decreto, sobre:• a) organização e funcionamento da administração federal, quando não

implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;• b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.• E) CF, Art. 41, §2º. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor

estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

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• (FCC – 2015 – TER-RR – Técnico Judiciário). A edição de atos normativos de efeitos internos, com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados decorre do poder

• a) disciplinar.• b) regulamentar.• c) hierárquico.• d) de polícia.• e) normativo.

• Âmbito interno ordenação e organização da atuação de órgãos subordinados: Poder Hierárquico.

• Normas gerais e abstratas Poder normativo.

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• (TRF4 – 2014 – Juiz Federal). Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. I. Os atos de polícia são executados pela própria autoridade administrativa, independentemente de autorização judicial. Não obstante, se o ato de polícia tiver como objeto a demolição de uma casa habitada, a respectiva execução deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais de justiça. II. É condição constitucional para a cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia a competência do ente tributante para exercer a fiscalização da atividade específica do contribuinte. III. Um órgão administrativo federal e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. IV. Compete privativamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução, mas é possível a delegação a Ministro de Estado para dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal.

• a) Estão corretas apenas as assertivas I e III.• b) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.• c) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.• d) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV.• e) Estão corretas todas as assertivas

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I) STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1217234 PB 2010/0181699-2 (STJ) Os atos de polícia são executados pela própria autoridade administrativa, independentemente de autorização judicial. Se, todavia, o ato de polícia tiver como objeto a demolição de uma casa habitada, a respectiva execução deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais de justiça. Atenção: autoexecutoriedade pressupõe autorização legislativa ou urgência.II) STF É condição constitucional para a cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia a competência do ente tributante para exercer a fiscalização da atividade específica do contribuinte (art. 145, II, da Constituição).III) Lei 9784 - Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.IV) VI - dispor, mediante decreto, sobre:a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.XII – conceder indultos e comutar penas; XXV – prover e extinguir cargos públicos.

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• (FCC – 2005 – PGE-SE – Procurador do Estado). Definido o poder de polícia administrativa como a atividade pública de condicionamento e limitação de direitos dos particulares, em nome do interesse público, é correto afirmar que

• a) seu exercício decorre da supremacia geral deferida à Administração, o que permite a atividade policial à margem das competências legalmente atribuídas. b) não compete às entidades da Administração Indireta exercer o poder de polícia, ainda que autorizadas legalmente. c) sempre que o poder de polícia for exercido, ali estará também o interesse público, por conta da aplicação do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. d) apenas pode esse poder ser exercido por pessoas jurídicas de direito público, por causa da sua incompatibilidade com o regime jurídico das pessoas jurídicas de direito privado, ainda que integrantes da Administração. e) se manifesta em todas as atividades administrativas, mesmo nas áreas de fomento e de intervenção no domínio econômico.

• O poder de polícia não pode ser exercido nem delegado a pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas e sociedades de economia mista)

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• (CESPE - TRF1 – 2013 – Juiz Federal). No que diz respeito ao poder de polícia administrativa, assinale a opção correta.

• a) No Código Tributário Nacional, é apresentada a definição legal de poder de polícia, cujo exercício constitui um dos fatos geradores da taxa.

• b) O poder público não tem interesse de agir para a propositura de ações cominatórias que objetivem impor ao particular atos de poder de polícia.

• c) A discricionariedade, um dos atributos do poder de polícia, jamais se caracteriza como ato vinculado.

• d) Evidencia-se o atributo da autoexecutoriedade na execução das multas impostas em decorrência do poder de polícia.

• e) O poder de polícia pode ser originário ou delegado, caracterizando-se este último por atos de execução que admitem a imposição de taxas.

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

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• (FCC – 2014 – TRT2 – Analista Judiciário). O Poder de Polícia atribuído à Administração pública para o bom desempenho de suas atribuições

• a) demanda previsão normativa para sua utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu desempenho.

• b) autoriza a imposição de medidas concretas coercitivas de direitos dos administrados, demanda autorização judicial, contudo, para autoexecutoriedade das mesmas

• c) emana da própria natureza das atribuições, a fim de que seja possível realizá-las, prescindindo de previsão normativa estabelecendo os aspectos da atuação.

• d) possui alguns atributos inerentes à sua atuação, sem os quais nenhum ato de polícia teria efetividade, tal como a autoexecutoriedade. e) permite a não aplicação de algumas garantias constitucionais estabelecidas em favor dos administrados, tendo em vista que visa ao atendimento do interesse público, que prevalece sobre os demais princípios.

• O Poder de Polícia, como qualquer ato da Administração, demanda previsão normativa (P. da Legalidade), embora, por vezes, admita margem de discricionariedade.

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• (TRF3 – 2013 – Juiz Federal). Assinale a alternativa correta:• a) Atos de polícia administrativa, dotados que são de presunção de legalidade e

imperatividade, comportam sempre execução forçada, pela própria Administração Pública, sem necessidade de propositura de ação judicial.

• b) Atos de polícia administrativa, expedidos que são, todos eles, no exercício de competência discricionária, se suficientemente motivados não comportam invalidação;

• c) Atos de polícia administrativa, expedidos que são, todos eles, no exercício de competência vinculada, não comportam qualquer juízo de conveniência e oportunidade para sua expedição; d) Atos de polícia administrativa, tendo presunção de validade, podem ser expedidos com fundamento em regulamento autônomo quando não houver lei disciplinando a matéria. e) Atos de polícia administrativa comportam executoriedade, se necessário, pela própria Administração, desde que haja lei que a determine ou autorize, nos casos de urgência, ou quando não houver outro meio legal que possa assegurar a realização de interesse público impostergável.

• A autoexecutoriedade (execução do ato pela Administração, independentemente de autorização judicial, dos atos do poder de polícia, exigem lei prévia ou urgência (entendendo-se aqui também a inexistência de meio legal que possa assegurar interesse público impostergável).

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• (FCC – 2014 – Prefeitura de Cuiabá – Procurador). Acerca do poder normativo da Administração Pública, é correto afirmar:

• a) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados.

• b) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária.

• c) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta.

• d) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

• e) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo.

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• a) Errado: o Brasil admite, sim, os regulamentos executivos (art. 84, IV, CF/88), além dos regulamentos autônomos (art. 84, VI, CF/88).

• b) Errado: apenas são fontes normativas primárias as que podem inovar no ordenamento jurídico (Art. 59, CF): emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos legislativos; resoluções.

• C) Errado: a distinção entre os poderes normativo e regulamentar reside, tão somente, no fato de que este último emana dos Chefes do Poder Executivo, e é exercido sempre por meio de Decretos. Todavia, isso não altera a natureza jurídica do poder regulamentar, que, na essência, equivale ao poder normativo, vale dizer, consiste na edição de atos dotados de generalidade e abstração. Quando tal poder é exercido por outros órgãos ou entidades administrativas, que não os Chefes do Poder Executivo, estar-se-á diante do exercício de poder normativo.

• d) Errado: é competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos do Poder Executivo, que exorbitem do poder normartivo.

• e) Certo: a primeira afirmativa está correta porque, regra geral, todas as leis são executáveis a partir do momento em que adquirem vigência. Quanto à segunda parte, a expedição de um regulamento encontra-se na esfera de competência discricionária da Administração Pública.

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• (FCC – 2013 – TRT9 – Analista Judiciário). A propósito do poder disciplinar da Administração pública, é correto afirmar:

• a) Afasta a atuação discricionária da Administração, não havendo qualquer margem de apreciação possível a autoridade, que deve se ater aos expressos termos da lei.

• b) Aplica-se aos servidores em geral, não se estendendo a particulares, salvo se tiverem celebrado contrato administrativo com a Administração pública.

• c) É excludente em relação ao poder hierárquico, que se aplica apenas na orientação das atividades dos servidores.

• d) Abrange as sanções impostas a particulares, sujeitos a disciplina interna da Administração, como os estudantes de escola pública.

• e) É expressão da relação de coordenação e subordinação, abrangendo atuação de controle, por isso restrito à esfera funcional.

• O poder disciplinar se estende também a particulares com vínculo com a Administração (relação de sujeição especial), ou seja, submetidos à disciplina interna da Administração. Ex: Regulamento de uma escola ou universidade pública.

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• (TRF4 – 2012 – Juiz Federal). I. O Poder de Polícia é indelegável, de modo que, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, não pode ser transferido a entidade integrante da administração pública indireta. II. O exercício do Poder de Polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer a partir de local remoto, com auxílio de instrumentos que permitam à administração examinar a conduta do agente fiscalizado. III. A instituição pelos Municípios de taxa de localização e funcionamento de atividade econômica é constitucional, uma vez que sua instituição opera-se em razão de legítimo exercício do Poder de Polícia. IV. Ao Presidente da República é possível dispor sobre a organização e o funcionamento da administração pública, quando isso não implicar aumento de despesa, bem como extinguir cargos públicos quando vagos. V. O exercício do Poder Disciplinar pelo Estado não está sujeito ao prévio encerramento da persecutio criminis que venha a ser instaurada contra o agente perante órgão competente do Poder Judiciário.

• a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.• b) Estão corretas apenas as assertivas III e V.• c) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.• d) Estão corretas apenas as assertivas I, II, IV e V.• e) Estão corretas apenas as assertivas II, III, IV e V.

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• I) O poder de polícia, por ser atividade exclusiva do Estado, não pode ser delegado a particulares, mas é possível sua outorga a entidades de Direito Público da Administração Indireta (Autarquias, Agências, etc.)

• II) STF - A incidência de taxa pelo exercício de poder de polícia pressupõe ao menos (1) competência para fiscalizar a atividade e (2) a existência de órgão ou aparato aptos a exercer a fiscalização. 2. O exercício do poder de polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer a partir de local remoto, com o auxílio de instrumentos e técnicas que permitam à administração examinar a conduta do agente fiscalizado.

• III) STF - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de ser legítima a instituição de taxa de localização e funcionamento pelo município, em decorrência de seu poder de polícia.

• IV) redação literal do artigo 84, VI, da Constituição Federal.• V) STF - O exercício do poder disciplinar pelo Estado não está sujeito ao

prévio encerramento da 'persecutio criminis (processo penal)' que venha a ser instaurada perante órgão competente do Poder Judiciário. As sanções penais e administrativas, qualificando-se como respostas autônomas do Estado à prática de atos ilícitos cometidos pelos servidores públicos, não se condicionam reciprocamente, tornando-se possível, em consequência, a imposição da punição disciplinar independentemente de prévia decisão da instância penal.

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• (FCC – 2010 – PGM – Teresina). NÃO exemplifica uma forma de atuação da polícia administrativa:

• a) decreto sobre o regulamento de determinada profissão.• b) a interdição de atividade.• c) a apreensão de mercadorias deterioradas.• d) lei strictu sensu, isto é, emanada do Poder Legislativo, criando

limitação administrativa.• e) a inspeção em estabelecimento, destinada à investigação de crime.

• A investigação de crime incumbe à polícia judiciária (atua se existir ilícito penal), e não à polícia administrativa (ilícitos civis e administrativos).

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• (CESPE – 2011 –TRF3 – Juiz Federal). Considerando o poder de polícia e os limites do poder regulamentar, assinale a opção correta.

• a) As sanções de polícia são imprescritíveis, desde que instituídas por leis que indiquem as condutas que configuram infrações administrativas.

• b) No exercício do poder regulamentar, o chefe do Poder Executivo pode dispor, mediante decreto, sobre a criação e extinção de órgãos públicos, mas não de pessoas jurídicas.

• c) Além do decreto regulamentar, de responsabilidade do chefe do Poder Executivo, o poder normativo da administração também se expressa por meio de atos administrativos editados por outras autoridades, como, por exemplo, avisos ministeriais, resoluções, portarias, instruções e ordens de serviço.

• d) Os atos oriundos da atividade de polícia administrativa estão sujeitos ao controle judicial, salvo se praticados no exercício de competência discricionária, situação em que cabe à administração impor o conteúdo e a dimensão das restrições em favor do interesse público.

• e) Todas as medidas de polícia detêm o atributo da autoexecutoriedade, pois dele deriva a possibilidade de a administração pôr em execução as suas decisões, sem necessidade de recorrer previamente ao Poder Judiciário.

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A) Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.§ 1o Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.§ 2o Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.B) Os decretos autônomos não podem criar nem extinguir órgãos públicos.C) Poder normativo > Decretos Regulamentares;D) Mesmo os atos de polícia exercidos com poder discricionário estão sujeitos ao controle judicial (proporcionalidade e razoabilidade);E) Nem todos os atos de polícia tem autoexecutoriedade, já que, em regra, esse atributo pressupõe previsão legal ou urgência. A cobrança de multa, por exemplo, demanda uma ação judicial.

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• (CESPE – 2011 – TRF1 – Juiz Federal). Assinale a opção correta a respeito do exercício do poder regulamentar, do poder normativo não legislativo e do poder de polícia.

• a) No âmbito federal, prescreve em cinco anos a ação punitiva da administração federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, para apurar infração à legislação em vigor, prazo não passível de interrupção ou suspensão.

• b) De acordo com o entendimento do STF, quando o Poder Executivo expede regulamento, ato normativo de caráter não legislativo, não o faz no exercício de função legislativa, mas no de função normativa, sem que haja derrogação do princípio da divisão dos poderes.

• c) O poder normativo da administração pode ser expresso por meio de deliberações e de instruções editadas por autoridades que não o chefe do Poder Executivo, as quais podem inovar no ordenamento jurídico, criando direitos e impondo obrigações.

• d) De acordo como o STF, o exercício do poder de polícia deve ser necessariamente presencial e depende da existência de órgão de controle estruturado para a fiscalização do exercício dos direitos individuais.

• e) A autoexecutoriedade, atributo do poder de polícia, consiste na possibilidade de a administração executar suas decisões sem prévia autorização do Poder Judiciário e sem a necessidade de observância de procedimento em todas as denominadas medidas de polícia.

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A) Art. 2o Interrompe-se a prescrição da ação punitiva: I – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital; II - por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato; III - pela decisão condenatória recorrível; IV – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal.B) os regulamentos são expedidos no exercício de função normativa. A principal diferença dessa, em relação à legislativa, é que não pode inovar o ordenamento jurídico (salvo os decretos autônomos), embora a matéria também seja geral e abstrata.C) Repetindo: em regra, os atos da Administração no exercício de poder normativo não podem inovar no ordenamento jurídico.D) STF 1. A incidência de taxa pelo exercício de poder de polícia pressupõe ao menos (1) competência para fiscalizar a atividade e (2) a existência de órgão ou aparato aptos a exercer a fiscalização. 2. O exercício do poder de polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer a partir de local remoto, com o auxílio de instrumentos e técnicas que permitam à administração examinar a conduta do agente fiscalizado.E) A autoexecutoriedade não afasta a necessidade de observância do procedimento das medidas de polícia, apenas de decisão judicial.

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• (FCC – 2014 – TRT19 – Técnico Judiciário). Carlos Eduardo, servidor público estadual e chefe de determinada repartição pública, adoeceu e, em razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao serviço público. No entanto, justamente no dia em que o mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a prática de importante ato administrativo. Em razão do episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos Eduardo, praticou o ato, vez que a lei autorizava a delegação. O fato narrado corresponde a típico exemplo do poder

• a) disciplinar.• b) de polícia.• c) regulamentar.• d) hierárquico.• e) normativo-disjuntivo.

• Entre as decorrências do poder hierárquico está a possibilidade de delegação de atribuições, salvo DE NOR EX

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• (FCC – 2013 – TRT15 – Técnico Judiciário). A possibilidade de autoridade superior de órgão da Administração direta revogar ou anular atos praticados por seus subordinados, nos termos da lei, é exteriorização do poder.

• a) de Tutela.• b) Hierárquico.

c) Disciplinar. d) Regulamentar. e) Normativo.

• Outra das decorrências do poder hierárquico é a possibilidade de revogação de atos praticados por subordinados, o que caracteriza a autotutela administrativa.

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• (CESPE – 2011 – TRF2 – Juiz Federal). Assinale a opção correta acerca da aplicação dos poderes administrativos.

• a) Não há, no âmbito da administração pública, a possibilidade de se proceder à distribuição de competência na organização administrativa, sem o estabelecimento de relação hierárquica quanto às respectivas atividades.

• b) As sanções de natureza administrativa, decorrentes do exercício do poder de polícia, somente encontram legitimidade quando o ato praticado pelo administrado estiver previamente definido pela lei como infração administrativa

• c) O poder de avocar atribuições de competência exclusiva do órgão subordinado constitui uma das decorrências do poder hierárquico.

• d) Com fundamento no poder disciplinar, a administração pública pode apurar infrações e aplicar penalidades a servidores públicos e a particulares, ainda que não estejam sujeitos à disciplina interna da administração.

• e) O presidente da República, no exercício do denominado poder regulamentar ou normativo, pode criar ou extinguir ministérios e órgãos da administração pública

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• A) a distribuição de competências na organização administrativa pode se dar com o estabelecimento de relações de coordenação;

• B) STJ A aplicação de sanções administrativas, decorrente do exercício do poder de polícia, somente se torna legítima quando o ato praticado pelo administrado estiver previamente definido pela lei como infração administrativa.

• C) Não se pode delegar nem avocar competência exclusiva.• D) O poder disciplinar somente se aplica àqueles que tenham algum tipo

de vínculo com a Administração, uma relação de sujeição especial. Se o particular não tem esse vínculo, fica sujeito apenas ao poder de polícia.

• E) Os decretos autônomos não podem criar nem extinguir órgãos públicos.

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(TRF4 – 2010 – Juiz Federal - adaptada). Julgue as seguintes assertivas.I. O denominado Poder de Polícia, também conhecido como Polícia Administrativa, é um dos Poderes Administrativos conferidos à Administração Pública, tendo natureza instrumental, já que não se confunde com o Poder Político, constituindo atividade de condicionamento do uso de bens e desempenho de atividades, sendo admitido seu exercício diretamente ou mediante delegação a pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado.Errado o poder de polícia não pode ser delegado a pessoas jurídicas privadas.II. O exercício do poder disciplinar pelo Estado não está sujeito ao prévio encerramento da ação penal que venha a ser instaurada perante órgão competente do Poder Judiciário, pois as sanções penais e administrativas, qualificando-se como respostas autônomas do Estado à prática de atos ilícitos, não se condicionam reciprocamente, tornando-se possível, em consequência, a imposição da punição disciplinar independentemente de prévia decisão da instância penal.Certo o exercício do poder disciplinar não depende do encerramento da ação penal, pois as esferas penais e administrativas são autônomas.III. O abuso de poder regulamentar, especialmente nos casos em que o Estado atua em desacordo com a lei, não só expõe o ato transgressor ao controle jurisdicional, mas viabiliza, até mesmo, tal a gravidade desse comportamento, a sustação, pelo Congresso Nacional, do ato normativo viciado praticado pelo Poder Executivo.Certo O Congresso Nacional sustará, via decreto legislativo, os atos do Executivo que exorbitarem dos limites regulamentares ou delegados.

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• (CESPE – 2009 – TRF1 – Juiz Federal). No que concerne à administração pública federal, assinale a opção correta.

• a) A autoridade administrativa superior, caso pretenda delegar a decisão de recursos administrativos, deverá fazê-lo mediante portaria a ser publicada no Diário Oficial da União, de modo a garantir o conhecimento da delegação aos interessados, em consonância com o princípio da publicidade.

• b) Compete privativamente ao presidente da República expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos.

• c) Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a criação e a extinção de órgãos públicos.

• d) Prescreve em cinco anos a ação punitiva da administração pública federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contando-se tal prazo da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

• e) Ao delegar a edição de atos de caráter normativo, o instrumento de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

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• (CESPE – 2009 – TRF5 – Juiz Federal). A Lei n.º 9.873/1999 estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela administração pública federal, direta e indireta, e dá outras providências. Acerca das disposições dessa lei e dos demais temas relacionados ao poder de polícia, assinale a opção correta.

• a) A Lei n.º 9.873/1999, que não se aplica às infrações de natureza funcional nem aos processos e procedimentos de natureza tributária, dispõe que o prazo prescricional da ação punitiva da administração pública, no exercício do poder de polícia, é de cinco anos, contados da data em que o ato tornou-se conhecido.

• b) O procedimento administrativo instaurado no exercício do poder de polícia visando à aplicação de penalidade sofrerá prescrição intercorrente se for paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho. Os autos, contudo, só serão arquivados mediante requerimento da parte interessada.

• c) Mesmo sem autorização legal expressa, o atributo da autoexecutoriedade do poder de polícia autoriza o exercício desse poder quando necessária a prática de medida urgente, sem a qual poderá ocorrer prejuízo maior aos bens de interesse público.

• d) Os atributos da autoexecutoriedade e da coercibilidade são exclusivos dos atos decorrentes do poder de polícia. O atributo da discricionariedade, apesar de verificado nos atos praticados no exercício de outros poderes da administração, é um atributo marcante do poder de polícia, pois todos os atos decorrentes desse poder são necessariamente discricionários.

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