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Direito à Cultura Letrada Secretaria Municipal da Educação Prefeitura de Caxias do Sul Novembro/2015

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Direito à Cultura Letrada Secretaria Municipal da Educação

Prefeitura de Caxias do Sul

Novembro/2015

Direito à Cultura Letrada

Multiplicadores: Maristela Motter; Rosane P. Adami;

Simone M. Zuliani; Taciana Zanolla

http://www.bigstockphoto.com/pt/search/pal/?vectors=y

Objetivo Geral

Formar multiplicadores do Projeto “Brincadiquê?”,

visando a promoção do direito das crianças ao brincar

de qualidade nos diferentes contextos.

Objetivos Específicos

• Refletir sobre a importância do brincar no desenvolvimento da

cultura letrada;

• Qualificar a formação lúdica do professor por meio de

vivências que explorem as múltiplas linguagens;

• Promover o direito ao brincar nos diferentes espaços;

• Oportunizar maneiras lúdicas de ler e compreender o espaço

em que está inserido.

A Dança da Carrasquinha

A dança da carrasquinha

É uma dança singular Que põe o joelho no chão

Oh! Que faz amor chorar Menina sacode a saia

Menina balança os braços Menina tem dó de mim

Oh! Menina me dá um abraço

http://pt.depositphotos.com/11464490/stock-illustration-mixed-ethnic-children-dancing.html

Quais suas percepções sobre o ambiente?

De que forma a cultura letrada está presente no ambiente

e nas interações realizadas?

A linguagem está presente em toda atividade humana,

em nosso pensamento e nas representações, na forma como

nos organizamos no mundo por meio de símbolos e nas

interações sociais.

Nessa concepção a linguagem é entendida como forma

de interação. (REMENCHE, 2014, p.52)

http://diariodejardineira.blogspot.com.br/2014/09/10-motivos-para-brincar.html

A história da escrita na criança começa muito

antes da primeira vez em que o professor coloca um

lápis em sua mão e lhe mostra como formar letras.

(LURIA, 1988 apud REMENCHE, 2014, p.51)

Vygotsky (1991 apud REMENCHE, 2014, p. 60),

defende que o faz de conta, o desenho e a escrita

precisam ser entendidos como momentos diferentes de

um processo unificado do desenvolvimento da escrita.

A serpente

Essa é a história da serpente, que desceu do morro para procurar um pedaço do seu rabo. E você é... e você é... e você é um pedaço do meu rabão.

http://cdn5.colorir.com/desenhos/color/201221/serpente-pendurada-numa-arvore-animais-a-selva-pintado-por-blob-1013202.jpg

As diferentes formas de narrar o mundo fomentam o

desejo e o interesse pela leitura e pela escrita, ou seja, as

crianças, desde muito pequenas, inserem-se no processo

de letramento e alfabetização. (REMENCHE, 2014, p. 60)

LETRAMENTO

Estado ou condição de quem cultiva e exerce as práticas

sociais de leitura e de escrita. (ALBUQUERQUE, 2012, p.17)

Tem início quando a criança começa a conviver com

diferentes manifestações da escrita na sociedade (revistas,

rótulos, placas...) e se prolonga por toda vida. (COSTA VAL,

2006 apud REMENCHE, 2014, p.56)

ALFABETIZAÇÃO

É o processo específico e indispensável de

apropriação do sistema de escrita, a conquista dos

princípios alfabético e ortográfico, que possibilitam

ao sujeito ler e escrever com a autonomia.

(COSTA VAL, 2006 apud REMENCHE, 2014, p. 55)

Ambas caminham juntas, se alimentam e

retroalimentam.

A base da aprendizagem da leitura e da escrita é o

letramento, que potencializa a instrumentalização e o

envolvimento da criança com as práticas sociais e os

usos efetivos da linguagem escrita dando sentido a esse

processo. (REMENCHE, 2014)

CONFECÇÃO DE ELEMENTO VASADO

https://www.youtube.com/watch?v=AMbyVa4wtKs

EM GRUPOS, CRIAR UMA HISTÓRIA

CURTA ENVOLVENDO OS PERSONAGENS E

ELEMENTOS CONSTRUÍDOS.

TEATRO DE SOMBRAS

Imagens do acervo de fotografias das multiplicadoras

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS:

POSSIBILIDADES

Crianças se sentem motivadas por meio de atividades lúdicas que

envolvam diferentes linguagens, inseridas em distintos gêneros e

suportes, como:

- Escrita espontânea;

- Produção coletiva, tendo o professor como escriba;

- Observação da escrita do adulto;

- Familiarização com as letras do alfabeto;

- Contato visual frequente com a escrita de palavras

conhecidas;

- Manuseio de livros, gibis, revistas;

- Poemas, declamações, trava-línguas, parlendas;

- Contação e leitura de histórias;

- Recontos de histórias ouvidas;

- Relatos das próprias experiências;

- Pinturas, desenhos;

- Calendários, lista de chamada e rotina;

- Rótulos, embalagens, placas;

- Cantigas de roda;

- Linguagens midiáticas.

O acesso à cultura letrada envolve práticas de

escrita e leitura cotidiana para e com as crianças, com

mediação do professor no processo de compreensão.

Isso exige organização do trabalho pedagógico, de

modo a planejar, sequenciar e desenvolver práticas

significativas para os estudantes.

(REMENCHE, 2014)

A relação que a criança estabelecerá no futuro

com a leitura e a escrita é fruto dessa exploração

inicial de compreensão global de suportes, estilos,

usos e espaços de circulação do texto capaz de

suscitar sentimentos, surpresas, prazer e

informação.

(REMENCHE, 2014)

Querem ouvir uma história???

Abayomi

Abayomi

http://www.dhnet.org.br/direitos/anthistbr/images/escravo1.jpg

História: Abayomi

Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos

tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de

escravos entre África e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de

suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou

nós, que serviam como amuleto de proteção. As bonecas, símbolo de

resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa

‘Encontro precioso’, em Iorubá, uma das maiores etnias do continente

africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do

Marfim.

Sem costura alguma (apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem

demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento

das múltiplas etnias africanas. Inspirado pela tradição dessa arte histórica, a

artesã e arte-educadora Cláudia Muller desenvolveu um trabalho único, e,

com o objetivo de evidenciar a memória e identidade popular do povo

brasileiro, valorizando a diversidade cultural que reina na terra brasilis,

criou o projeto Matintah Pereira. A iniciativa produz versões próprias das

Abayomi e promove oficinas tanto para ensinar o processo de criação

quanto para discutir a importância histórica e social entorno das bonecas.

www.afreaka.com.br

CONSTRUÇÃO DA ABAYOMI

Imagens do acervo de fotografias das multiplicadoras

CARAMUJO E A SAÚVA Palavra Cantada

https://www.youtube.com/watch?v=PSndVnSYfHM

Caramujo que mora em Ubatuba

Escreveu uma cartinha pra Saúva

Saúva respondeu com um desenho

Caramujo coloriu com muito empenho

Na segunda desenharam um gavião

Na terça um jacaré com seu bocão

Na quarta um polvo de oito patas Na quinta um canguru com três gravatas Na sexta dois marrecos barulhentos No sábado dois touros rabugentos No domingo desenharam um chipanzé

Depois vem tudo igual de marcha ré

E pra fazer igual de marcha ré

No domingo desenhou um chimpanzé

No sábado dois touros rabugentos Na sexta dois marrecos barulhentos Na quinta um canguru com três gravatas Na quarta um polvo de oito patas Na terça um jacaré com seu bocão

Na segunda desenhou um gavião

Caramujo que mora em Ubatuba

Escreveu uma cartinha pra Saúva

Saúva respondeu com um desenho

Caramujo coloriu com muito empenho

Caramujo que mora em Ubatuba

Escreveu uma cartinha pra Saúva

E assim, continuaram sem parar Desenhando e ouvindo tchá-tchá-tchá

Palavra Cantada

LETRA... O CARAMUJO E A SAÚVA

http://palavracantada.com.br/

Referências Bibliográficas ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de. Concepções de alfabetização: o que ensinar no ciclo de alfabetização. In: MINISTÉRIO

DA EDUCAÇÃO. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – Currículo na Alfabetização: Concepções e Princípios.

Ano 01. Unidade 01. Brasília: MEC, SEB, 2012.

BARBOSA, M.C.S; HORN, M.G.S. Organização do espaço e do tempo na escola infantil. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. Educação

Infantil: pra que te quero. Porto Alegre: Artmed, 2009.

PALAVRA CANTADA. O caramujo e a saúva. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PSndVnSYfHM>. Acesso em

15.out.2015.

REDE MARISTA DE SOLIDARIEDADE. (Org.) Brincadiquê?: pelo direito ao brincar: coletânea de textos para formação.

Curitiba: Editora Champagnat, 2014a.

______. Brincadiquê?: pelo direito ao brincar na escola: coletânea de textos para formação. Curitiba: Editora Champagnat,

2014b.

REMENCHE, Maria Lourdes Rossi. Leitura e escrita na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental: do lúdico e do

aprender. In: REDE MARISTA DE SOLIDARIEDADE. (Org.) Brincadiquê?: pelo direito ao brincar na escola: coletânea de textos

para formação. Curitiba: Editora Champagnat, 2014.

VIEIRA, Kauê. Bonecas Abayomi: símbolo de resistência, tradição e poder feminino. Disponível em:

<http://www.afreaka.com.br/notas/bonecas-abayomi-simbolo-de-resistencia-tradicao-e-poder-feminino/ >. Acesso em 15.out.2015.