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DIREITO

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saiba um pouco mais sobre direito e veja se essa é a profissão que você quer seguir!

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DIREITO

SUMÁRIO:

1. CAPA

2. SUMÁRIO

3. O QUE É DIREITO?

4. O QUE É DIREITO? (CONTINUAÇÃO)

5. O CURSO

6. O CURSO (CONTINUAÇÃO)

7. O CURSO (CONTINUAÇÃO)

8. CARREIRA JURÍDICA

9. ROBERTO PODVAL, CASO ISABELA NARDONI

10. ENTREVISTA

11. ENTREVISTA (CONTINUAÇÃO)

12. ENTREVISTA (CONTINUAÇÃO)

É a ciência que cuida da aplicação das normas ju-

rídicas vigentes em um país, para organizar as re-

lações entre indivíduos e grupos na sociedade. Ze-

lar pela harmonia e pela correção das relações en-

tre os cidadãos, as empresas e o poder público é a

função do bacharel em Direito. Para isso, ele analisa

as disputas e os conflitos com base no que está esta-

belecido na Constituição e regulamentado pelas leis,

defendendo os interesses do cliente em diversos cam-

pos, como penal, civil, previdenciário, trabalhista, tri-

butário e comercial. Resolve litígios que envolvem in-

divíduos ou empregados e empregadores. Defende

o meio ambiente, os direitos das minorias e o patri-

mônio histórico e cultural. Existem duas carreiras dis-

tintas para esse bacharel: ele pode atuar como ad-

vogado ou seguir a carreira jurídica, trabalhando

como advogado público, juiz, promotor de Justiça ou

delegado de polícia. Para ser advogado é preciso

passar em exame da OAB. Já o candidato a juiz,

promotor ou delegado de polícia tem de prestar

concurso público. Para se tornar juiz, além do concur-

so, é necessário ter dois anos de inscrição na OAB

como advogado.

DIREITO:

Desde o primeiro semestre de 2010 tramita no Senado um

anteprojeto para elaboração do novo Código de Processo

Civil. Ele prevê a criação de instrumentos para reduzir o tem-

po de tramitação de processos pela Justiça brasileira. Por is-

so, a demanda no setor público nas esferas federais e esta-

duais, que já é grande para o egresso do curso de Direito,

deve aumentar. Faltam profissionais para trabalhar no Judici-

ário brasileiro e o número de magistrados ainda é menor que

o necessário. Os concursos públicos para bacharéis deve con-

tinuar crescendo nos próximos anos. "Mesmo para vagas que

exigem nível superior, não necessariamente em Direito, como

para auditor ou analista da Receita Federal, os advogados

têm boas condições de concorrer, pois já chegam mais bem

preparados com o conhecimento de legislação", afirma Yaska

Fernanda de Lima Campos, coordenadora do curso de Direito

da UFMG. Estão com perspectivas de crescimento ramos mais

recentes, como o direito ambiental e da tecnologia da infor-

mação.

Empresas públicas e privadas, de vários setores, precisam

de advogados para adequar suas atividades à legislação

ambiental.

O uso cada vez maior de recursos de informática valoriza

o direito da tecnologia da informação, que lida com ques-

tões relacionadas à internet. Além dessas áreas, também

têm destaque o direito internacional e o no campo da ge-

nética. A procura não parte apenas de escritórios de advo-

cacia ou de grandes companhias com departamento jurídi-

co, mas também de instituições do terceiro setor. No setor

empresarial, multinacionais costumam empregar o bacharel

para lidar com processos das áreas trabalhista, tributária,

cível e empresarial, bem como os especialistas em direito

internacional. Os escritórios de direito, por sua vez, abrem

vagas para advogados e estagiários. Na carreira pública,

na qual o graduado ingressa por meio de concurso para

ser juiz, promotor, procurador ou delegado de polícia, um

nicho em alta é a defensoria pública, voltada ao atendi-

mento da população carente, que não tem recursos para

contratar advogado. As parcerias público-privadas (PPP),

incentivadas pelo governo, também aquecem o mercado

para o advogado especialista em contratos públicos, admi-

tido para trabalhar em prefeituras, governos estaduais e

órgãos públicos de todo o Brasil.

Salário inicial: R$ 1.749,49 (até um ano de ins-

crição na OAB; fonte: Sindicato das Sociedades

de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de

Janeiro).

O CURSO

Foco na teoria

O curso da graduação é generalista e enfatiza as ciên-

cias humanas. Os três primeiros anos são essencialmen-

te teóricos, com aulas de português, sociologia, teoria

do estado e economia, além de matérias específicas do

Direito: civil, constitucional, penal, comercial e medicina

legal. Nos trabalhos práticos, o aluno atua como juiz ou

advogado em simulações de julgamentos. Em geral, a

carreira e a especialização a ser obtida numa pós-

graduação começam a ser definidas no quinto ano, na

escolha das disciplinas de formação específica. São

obrigatórios o estágio e uma monografia para obter o

diploma.

Duração média: cinco anos.

Outros nomes: Ciên. Jurídicas e Soc.; Direito (ciên. ju-

rídicas); Direito Intern.

O que você pode fazer

Há duas grandes carreiras: Advocacia e Carreira Jurídi-

ca. Cada uma oferece várias áreas de especialização e

atuação:

ADVOCACIA

Representar empresas, instituições ou indivíduos e defen-

der seus interesses e direitos nas seguintes áreas:

Arbitragem internacional

Resolver disputas comerciais, fiscais e aduaneiras entre

países ou empresas e instituições de diversas nacionali-

dades

Direito civil

Representar interesses individuais e particulares em ações

referentes a propriedade e posse de bens, questões fa-

miliares, como divórcios e heranças, ou transações de lo-

cação, compra e venda. Pode especializar-se em: direito

das pessoas, dos bens, dos fatos jurídicos, de família, das

coisas, das obrigações e das sucessões.

Direito comercial

Intermediar as relações jurídicas no comércio. Aplicar as

legislações federal, estaduais e municipais na abertura,

no funcionamento e no encerramento de estabelecimentos

comerciais.

Direito da tecnologia da informação

Analisar as questões jurídicas ligadas ao uso da informá-

tica e às relações entre usuários, agentes e fornecedores,

como provedores de internet, empresas de softwares,

bancos e lojas virtuais, entre outros

Direito do consumidor

Aplicar as normas que concedem aos cidadãos direitos

perante fornecedores de bens e serviços.

Direito contratual

Representar pessoas físicas ou jurídicas na elaboração e

na assinatura de contratos de compra e venda de bens ou

serviços.

Direito de propriedade intelectual

Preservar e defender os direitos de autores sobre sua obra

e protegê-los de roubos e falsificações.

Direito penal ou criminal

Preparar e apresentar a defesa ou acusação em ações re-

ferentes a crimes ou contravenções contra pessoas físicas ou

jurídicas.

Direito trabalhista e previdenciário

Representar pessoas ou empresas em disputas entre empre-

gado e empregador, questões sindicais ou de previdência

social.

Direito tributário

Cuidar de princípios e normas relativos à arrecada-

ção de impostos e taxas, obrigações tributárias e

atribuições dos órgãos fiscalizadores.

Direito administrativo

Aplicar a legislação que regulamenta os órgãos e

poderes públicos em sua relação com a sociedade.

Direito ambiental

Trabalhar em ONGs e empresas, lidando com ques-

tões que envolvam a relação do homem com o meio

ambiente, como a deterioração da natureza provo-

cada pelas atividades de uma indústria.

CARREIRA JURÍDICA

Atuar em órgãos públicos de um município, de um estado ou

da União, conduzindo investigações ou acompanhando e fa-

zendo a intermediação do julgamento de ações ou proces-

sos. São quatro as áreas desta carreira:

Advocacia pública

Defender cidadãos que não podem pagar processos judici-

ais. Atuar como procurador municipal, estadual ou da Uni-

ão, representando seus interesses, zelando pela legalidade

dos atos do Poder Executivo em ações como licitações e

concorrências públicas.

Delegacia de polícia

Elaborar inquéritos policiais, chefiar investigações e emitir

documentos públicos.

Magistratura

Julgar processos e expedir mandados de prisão, de

busca ou apreensão. O juiz federal julga causas de

interesse da União que envolvam tributos federais e

previdência social. O juiz da justiça comum decide

conflitos entre pessoas físicas, jurídicas e o poder pú-

blico que não digam respeito à União, como questões

de família e de tributos estaduais e municipais.

Ministério público

Defender os interesses da sociedade perante o juiz,

promover ações penais, apurar responsabilidades e

fiscalizar o cumprimento das leis. O promotor de Jus-

tiça representa os interesses dos portadores de defi-

ciência e dos ausentes. Tutela direitos da criança, do

adolescente e da família e ocupa-se das causas soci-

ais, como defesa do ambiente, dos direitos do consu-

midor e do patrimônio cultural e histórico. Como pro-

curador da Justiça, o bacharel exerce essas mesmas

funções, só que em tribunais.

ROBERTO PODVAL, CASO ISABELA NARDONI.

O advogado criminalista Roberto Podval graduou-se em Direito em 1989, na mesma faculdade de Cembranelli, a

FMU, em São Paulo. Aos 44 anos, ele já havia participado de 15 julgamentos, antes do caso Isabella. Ganhou 13 e per-

deu apenas dois.

Podval é sócio de um escritório de advocacia criminal que leva seu sobrenome. Com se-

des em Brasília e em São Paulo.

De todos os seus casos, o de maior destaque talvez seja a defesa do médico Farah Jorge

Farah, que matou e esquartejou a amante. O cliente foi condenado a 13 anos de prisão,

mas está livre por causa de um habeas corpus obtido por Podval.

O advogado atuou também em vários casos relacionados a operações da Polícia Federal. Trabalhou na CPI dos Bingos,

defendeu o polêmico iraniano Kia Joorabchian, representante do fundo de investimentos MSI, que manteve uma par-

ceria com o Corinthians que terminou num escândalo envolvendo lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Pod-

val defendeu ainda a ex-diretora da Anac, Denise Abreu.

Profissão: juiz de direito

Profissional: Claudio Augusto Marques de Sales

Juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de Pacajus - Ceará

O que fez você se interessar por essa profissão?

C.A.M.S.- A possibilidade de contribuir para uma sociedade

mais justa e democrática.

Alguém lhe influenciou?

C.A.M.S.- Não tive influência direta de qualquer pessoa na es-

colha da profissão, mas sempre admirei a atuação dos advo-

gados. O desejo de ingressar na magistratura se deu após o

exercício da advocacia, quando passei a ter contato direto

com juízes.

Com quantos anos você decidiu essa profissão?

C.A.M.S.- Aos 28 anos de idade.

Você já sofreu alguma ameaça em razão do exercício

da sua profissão?

C.A.M.S.- Diretamente, não. Mas através de atitudes dis-

simuladas, sim.

Você já julgou alguém e depois se arrependeu de sua

decisão?

C.A.M.S.- Não, pois ao julgar os processos procuro sem-

pre atentar para as provas produzidas, como forma de

prevenir as partes de um julgamento injusto.

Quais os requisitos para exercer esta profissão?

C.A.M.S.- Formação superior em direito; exercício da ad-

vocacia por mais de três anos e aprovação em concurso

público de provas e títulos.

Qual o ramo do direito você mais gosta de atuar?

C.A.M.S.- Direito Eleitoral.

Você se sente realizado com sua profissão?

C.A.M.S.- Sim, pois no exercício da minha atividade

profissional tenho a oportunidade de distribuir justi-

ça, aplicando a lei.

Sua profissão influencia na vida pessoal?

C.A.M.S.- Sim, pois exerço uma atividade de grande

visibilidade, devendo pautar a minha vida pessoal de

forma a servir de exemplo, não só na cidade onde

trabalho, mas no meio em que convivo.

Quais os desafios desta profissão?

C.A.M.S.- Atender as pessoas que procuram a justi-

ça, com uma prestação jurisdicional célere e eficien-

te, mesmo diante das inúmeras dificuldades com as

quais nos deparamos no dia a dia.

Quais são essas dificuldades?

C.A.M.S.- Falta de pessoas com conhecimento

técnico para trabalhar na secretaria da vara. Falta

de delegacias, presídios, viaturas, policiais e ou-

tros profissionais que dão suporte ao exercício da

magistratura, estes de responsabilidade do poder

executivo.