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DIREITO PENAL DIREITO PENAL Apostila Apostila 01 01 Assunto Assunto 01: 01: Conceito Conceito , , aplica aplica ç ç ão ão , , fontes fontes Assunto Assunto 02: Crimes: 02: Crimes: defini defini ç ç ão ão , , sujeitos sujeitos , , formas formas de de puni puni ç ç ão ão Prof Prof º º . HEBER LIMA NEVES . HEBER LIMA NEVES

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DIREITO PENALDIREITO PENALApostilaApostila 0101

AssuntoAssunto 01:01: ConceitoConceito,, aplicaaplicaççãoão,, fontesfontesAssuntoAssunto 02: Crimes:02: Crimes: definidefiniççãoão,, sujeitossujeitos,, formasformas dede punipuniççãoão

ProfProfºº. HEBER LIMA NEVES. HEBER LIMA NEVES

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� A lei penal deve ser clara, precisa, atual e sincera. A lei penal, quanto à sua obrigatoriedade, é encarada em relação ao tempo, às pessoas a que se aplica e ao lugar em que o crime foi cometido.

� “É o ramo do direito público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas desegurança aplicáveis aos infratores. Distingue-se odireito penal objetivo, que é o conjunto de normas penais em vigor no país, do direito penal subjetivo, queé o direito de punir (jus puniendi) que surge para oestado com a prática de uma infração penal

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FontesFontes dodo direitodireito penalpenalCódigo Penal e o Código de Processo Penal de cada país, bem

como a legislação penal complementar.

Fontes auxiliaresdoutrina (conjunto de teses e correntes jurídicas defendidas por juristas e estudiosos do Direito) �jurisprudência (conjunto de decisões judiciais concretas,formando os precedentes judiciais), acumuladas em determinada jurisdição.

Dentro do chamado Direito material, aquele derivado das leis, essas são as fontes primordiais do Direito Penal.

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Fontes secundFontes secundááriasrias dodo DireitoDireito PenalPenal

• costumes; prática social reiterada do comportamento e o animus, que consiste na convicção subjetiva ou psicológicade obrigatoriedade desses comportamentos enquanto representativos de valores essenciais,

• analogia; Consiste em aplicar a um caso não previsto demodo direto por uma norma jurídica, uma norma prevista para um hipótese distinta, mas semelhante ao caso concreto. formas a analogia: a primeira como "in bonam partem" que é aquela que não prejudica o agente, não gerando soluções absurdas. A segunda como "in malam partem", é aquela que de alguma forma prejudica oagente, por isso não é admitida no Direito Penal.

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Fontes secundFontes secundááriasrias dodo DireitoDireito PenalPenal• Eqüidade: consiste na adaptação da regra existente à situação

concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a eqüidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixa-la mais justa. Princípios gerais do Direito; são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico em sua aplicação, integração e a elaboração de novas normas.- não estão definidos em nenhuma norma legal. Ex: “Falar e não provar é o mesmo que não falar” “ Ninguém pode causar dano e quem causar terá que indenizar” “Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza etc Tratados e convenções internacionais. tratado é um meio pelo qual sujeitos de direito internacional – principalmente os Estados nacionais e as Organizações Internacionais estipulam direitos e obrigações entre si.

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PenasPenas�� DAS PENAS DAS PENAS –– conforme art 32 do CP são as seguintes conforme art 32 do CP são as seguintes

espespééciescies�� Privativas de liberdadePrivativas de liberdade. .

ReclusãoReclusão ((cumprida em regime fechado semicumprida em regime fechado semi--aberto ou aberto), aberto ou aberto), detendetenççãoão (cumprida em regime semi(cumprida em regime semi--aberto ou aberto, salvo a aberto ou aberto, salvo a hiphipóótese de regressão de pena para o regime fechado) tese de regressão de pena para o regime fechado) prisão simplesprisão simples ( s( sóó para as contravenpara as contravençções regimes semiões regimes semi--aberto ou aberto ou aberto); aberto);

�� Restritivas de direitoRestritivas de direito: presta: prestaçção pecunião pecuniáária, perda de bens e ria, perda de bens e valores, prestavalores, prestaçção de servião de serviçços os àà comunidade ou a entidades comunidade ou a entidades ppúúblicas, interdiblicas, interdiçção temporão temporáária de direitos e limitaria de direitos e limitaçção de fim de ão de fim de semana; esemana; e

�� Multa Multa

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InfraInfraçções Penaisões Penais

�� infrainfraçções penais dividemões penais dividem--se em: se em:

�� aa) crimes ou delitos) crimes ou delitos e e

�� b) contravenb) contravenççõesões. . éé um um ““crimecrime”” que causa menores danos e com que causa menores danos e com sansançções menos graves ões menos graves

�� DiferenDiferençça a art 1art 1ºº da Lei de Introduda Lei de Introduçção ao CPão ao CP““ConsideraConsidera--se crime ta infrase crime ta infraçção ão penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenpenal a que a lei comina pena de reclusão ou de detençção, quer ão, quer isoladamente, que alternativa ou cumulativamente com a pena de isoladamente, que alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenmulta; contravençção, a infraão, a infraçção penal a que a lei comina , ão penal a que a lei comina , isoladamente, pena de isoladamente, pena de prisão simplesprisão simples (cumprida no regime semi(cumprida no regime semi--aberto ou aberto) ou multa, ou ambas, alternativa ou aberto ou aberto) ou multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamentecumulativamente””

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Crime (Crime (conceitoconceito)) ��

Conceito formal: É a previsão de uma conduta delituosa sob o aspecto da técnica jurídica, ou seja, do ponto de vista da Lei. Éo fato típico e ilícito

Conceito material. Vê o crime sob o ponto de vista ontológico, ou seja, qual a razão que levou o legislador a determinar como criminosa uma conduta humana, sua natureza danosa e suas conseqüências.

Conceito analítico. É o fato humano típico e ilícito em que a culpabilidade é o pressuposto da pena e a periculosidade o pressuposto da medida de segurança. Para alguns há ainda o elemento culpabilidade, que é a reprovação da ordem jurídica ao fato antijurídico e típico.

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Fato tFato tíípicopico

É o comportamento humano previsto em lei como infração penal, e que produz, em regra, um resultado. Ex: Art 121 do CP “Matar Alguém”(comportamento humano) Pena: reclusão de 6[seis] a 20 [vinte] anos de (resultado).

ELEMENTOSa) conduta: ação ou omissão dirigida a um fim de fazer ou não fazer de forma voluntária b) resultado: exceto nos crimes de tentativa, é a modificação no mundo exterior provocada pelo comportamento humano voluntário. Ressalte-se que nem todo crime produz resultado, ou seja, não há qualquer alteração no mundo natural) �c) relação de causalidade: toda ação ou omissão sem o qual o resultado não teria ocorrido; e d) tipicidade: correspondência ou a adequação perfeita entre o fato natural, concreto e a descrição contida na lei penal

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Fato ilícito, ou ilicitude.

É a contradição entre a conduta do agente (fato) e o ordenamento jurídico (Lei), ou seja, é a realização de um fato proibido pelo ordenamento legal. Não há escalonamento. Um furto é tão ilícito quanto um latrocínio.

causas legais que excluem a ilicitude:a. Legítima defesa, b. Estado de necessidade, c. Estrito cumprimento do dever legal e d. Exercício regular do direito

Mesmo que o agente pratique uma conduta proibida (matar alguém, que é um fato típico), desde que em legítima defesa, não há o requisito da ilicitude, portanto, não há crime.

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Culpabilidade.

É um juízo de censura ou a reprovabilidade que se realiza sobre alguém quando da prática de um fato típico e ilícito.

elementos:• imputabilidade que é a capacidade do agente entender o caráter ilícito

do fato ou determinar-se de acordo com esse entendimento.

- Exclusão da culpabilidade pela1. doença mental (qualquer perturbação mórbida á saúde mental) 2. desenvolvimento mental incompleto (é o caso dos menores de 18 anos) �3. desenvolvimento mental retardado ( são os oligofrênicos como os imbecis idiotas surdos-mudos etc e 4. embriagues completa proveniente de caso fortuito ou força maior(intoxicação aguda causada pelo álcool ou qualquer substância de efeitos análogos) �

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Culpabilidade (continuaCulpabilidade (continuaçção)ão) ��

b) Potencial consciência da ilicitude Aqui se refere ao erro de proibição que será visto mais adiante

c) exigibilidade de conduta diversa. Funda-se no princípio de que só podem ser punidas condutas que poderiam ser evitadas. A conduta do agente por não poder agir de outro modo não é censurável. 1. coação moral irresistível e 2. obediência hierárquica

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SUJEITOS DO CRIME

Os sujeitos do crime são:

a) Sujeito ativo. É a pessoa que pratica a conduta típica prevista na lei

b) Sujeito passivo. É o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado.Pode ser pessoa física ou jurídica (Ex o proprietário da coisa no crime de furto) �

c) Objeto jurídico do crime. È o bem jurídico protegido pela Lei penal (Ex: vida, integridade física, honra patrimônio etc) �

d) Objeto material. É a pessoa ou coisa que rezai a conduta

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2. DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Art. 1º- Não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem a prévia cominação legal. (Nullum crimem nulla puena sine previa lege).

Trata-se do princípio da Legalidade, que se encontra, também, no art 5ºda CF/88. Contudo, a doutrina divide este princípio em:

• Princípio da anterioridade. Uma pessoa só pode ser punida se, àépoca do fato por ela praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o delito, desta forma consagra-se a irretroatividade da lei penal.

• Princípio da reserva legal . Apenas a lei em sentido formal pode descrever condutas criminosas, sendo vedado ao legislador utilizar-se de decretos, medidas provisórias ou quaisquer outras formas legislativas.

.

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Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.Parágrafo Único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores , ainda decididos por sentença condenatória transitado em julgado.O Artigo 2ª trata da retroatividade da lei mais benéfica, e irretroatividade da lei menos favorável. Em regra a lei mais benéfica é sempre retroativa, ou seja, volta no tempo para beneficiar o autor do crime.Em sentido contrário a lei menos favorável, não volta no tempo, exceto em duas exceções .....

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. crime permanente aquele em que a ação do criminoso se prolonga no tempo, exemplo, um caso de seqüestro, sendo que quando a vítima em cativeiro, surge uma lei que aumenta a pena do seqüestrador, face a tal tipo de delito o seqüestrador será punido com a lei mais severa.lei temporária ou ultrativa.

Leis ultrativas são aquelas em que a sua vigência é vinculada a determinado período de tempo, exemplo, uma lei que utilizada quando da ocorrência de um estado de sítio, neste caso quando cessados os efeitos do estado de sítio, os transgressores de determinada norma presos na sua vigência, continuarão cumprido apena que lhes foi imposta mesmo que posteriormente surja uma leipenal benéfica.

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Tempo do crimeTempo do crime� Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação

ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

� tempo do crime. existem três teorias:� Atividade: (pelo momento da conduta, isto é da ação ou da

omissão ainda que outro seja o momento do resultado);� Resultado: ( considera-se tempo do crime o de seu resultado);� Mista: ( atende-se tanto a data da conduta como do resultado).� O nosso Código Penal adota a teoria da Atividade, assim

considera-se o crime praticado no momento da ação ou da omissão, pouco importando o seu resultado.

� Cabe salientar que a idade da responsabilidade penal é 18 anos, desta forma se um indivíduo com 17 anos, 11 meses e 23 horas de vida comete um crime, eventualmente este seráinimputável, haja vista sua menoridade.

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Tempo do crime (exceTempo do crime (exceçções)ões) ��� crimes permanentes, cuja ação se prolonga

no tempo (Ex.: seqüestrador a data do crime, possuía 17 anos, 11 meses de vida, demora dois meses para devolver a vítima, seráimputável) �

� crimes habituais (Ex.: furta residências quando menor, vai furtando até adquirir a maioridade penal, será punido por todos os crimes como se fosse imputável a data destes) �

� crimes continuados

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AplicaAplicaçção da lei penalão da lei penal�� Art. 3Art. 3ºº -- A lei excepcional ou temporA lei excepcional ou temporáária, embora decorrido o ria, embora decorrido o

perperííodo de sua duraodo de sua duraçção ou cessadas as circunstâncias que a ão ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplicadeterminaram, aplica--se ao fato praticado durante sua vigência.se ao fato praticado durante sua vigência.

�� Tal artigo serve para convalidar a tese relativa as leisTal artigo serve para convalidar a tese relativa as leis ultrativasultrativas, ou , ou seja, as leis excepcionais ou temporseja, as leis excepcionais ou temporááriasrias

�� leis excepcionais são aquelas que surgem durante situaleis excepcionais são aquelas que surgem durante situaçções de ões de emergência como calamidades pemergência como calamidades púúblicas, enchentes, furacões, blicas, enchentes, furacões, comocomoçção intestina ão intestina

�� As leis temporAs leis temporáárias são aquelas que possuem vigência previamente rias são aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador, ou seja, têm vigência delimitada quando fixada pelo legislador, ou seja, têm vigência delimitada quando da da sua promulgasua promulgaçção, por perão, por perííodos passageiros, ao seu todos passageiros, ao seu téérmino, ocorre rmino, ocorre a sua autoa sua auto--revogarevogaçção independente de lei posterior.ão independente de lei posterior.

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Normas penais em brancoNormas penais em branco�� Existe uma norma penal em branco, quando determinada lei precisaExiste uma norma penal em branco, quando determinada lei precisa

de um complemento , não possuindo uma definide um complemento , não possuindo uma definiçção integral, As ão integral, As normas penais em branco, dividemnormas penais em branco, dividem--se em:se em:

�� homogêneashomogêneas ( quando a norma complementar vem do mesmo ( quando a norma complementar vem do mesmo óórgão legislador da lei principal) ergão legislador da lei principal) e

�� heterogêneasheterogêneas ( quando a norma complementar, adv( quando a norma complementar, advéém de uma m de uma óórgão legislador alienrgão legislador alieníígena).gena).

�� O princO princíípio da retroatividade, atinge tambpio da retroatividade, atinge tambéém as normas penais em m as normas penais em branco, sendo que se do complemento da lei principal for retiradbranco, sendo que se do complemento da lei principal for retirado a o a elemento incriminador, eventualmente não existirelemento incriminador, eventualmente não existiráá mais crime, mais crime, Exemplo: Se por ventura Exemplo: Se por ventura éé liberada uma portaria do Ministliberada uma portaria do Ministéério da rio da SaSaúúde, estabelecendo que a maconha não de, estabelecendo que a maconha não éé substância substância entorpecente que cause dependência fentorpecente que cause dependência fíísica ou pssica ou psííquica, todos que quica, todos que foram presos com este tipo de material serão beneficiados pela lforam presos com este tipo de material serão beneficiados pela lei.ei.

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territorialidadeterritorialidade

�� EmbarcaEmbarcaçções e aeronavesões e aeronaves�� DividemDividem--se em pse em púúblicas e privadas. São blicas e privadas. São

considerados navios ou aviões pconsiderados navios ou aviões púúblicos aqueles blicos aqueles de guerra ou em servide guerra ou em serviçço militar, bem como os o militar, bem como os que estão a servique estão a serviçço oficial. Por seu turno o oficial. Por seu turno considera embarcaconsidera embarcaçções ou aeronaves privadas, ões ou aeronaves privadas, aquelas particulares ou mercantes.aquelas particulares ou mercantes.

�� Assim aos crimes cometidos dentro de Assim aos crimes cometidos dentro de embarcaembarcaçções pões púúblicas em territblicas em territóório estrangeiro rio estrangeiro ou em altoou em alto--mar, mar, éé aplicada a lei penal brasileira.aplicada a lei penal brasileira.

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Territorialidade . Art 5Territorialidade . Art 5ºº CPCP�� A aplicaA aplicaçção da lei dentro de seu territão da lei dentro de seu territóório, rio, éé um dos pressupostos de soberania, sendo a prum dos pressupostos de soberania, sendo a próópria pria

soberania que impede que outro Estado aplique a sua lei dentro dsoberania que impede que outro Estado aplique a sua lei dentro do territo territóório brasileiro. rio brasileiro.

�� AplicandoAplicando--se a lei brasileira a todos os crimes cometidos dentro do territse a lei brasileira a todos os crimes cometidos dentro do territóório brasileiro, rio brasileiro, independendo da nacionalidade do autor ou da vindependendo da nacionalidade do autor ou da víítima.tima.

�� Para aplicaPara aplicaçção entretanto da lei brasileira dentro do nosso territão entretanto da lei brasileira dentro do nosso territóório contra o cidadão estrangeiro, rio contra o cidadão estrangeiro, devedeve--se porse poréém observar uma ressalva as regras e tratados de direito internacm observar uma ressalva as regras e tratados de direito internacional.ional.

�� TerritTerritóório Nacionalrio Nacional�� Para efeito da aplicaPara efeito da aplicaçção da lei penal, ão da lei penal, �� sentido jursentido juríídico, compreendendo com todo o espadico, compreendendo com todo o espaçço alcano alcanççado ado –– terrestre, fluvial, marterrestre, fluvial, maríítimo e timo e

aaééreo reo –– onde o Brasil onde o Brasil éé soberano. Tratandosoberano. Tratando--se de lagos e rios fronteirise de lagos e rios fronteiriçços, conhecidos tambos, conhecidos tambéém m como exteriores a soberania como exteriores a soberania éé definida por tratados e convendefinida por tratados e convençções.ões.

�� Mar territorialMar territorial doze milhas mardoze milhas maríítimas, contadas a partir da baixatimas, contadas a partir da baixa--mar, como espamar, como espaçço ao aééreo reo entendeentende--se todo aquele sobrejacente ao nosso territse todo aquele sobrejacente ao nosso territóório, incluindo o mar territorial.rio, incluindo o mar territorial.

�� O CO Cóódigo faz entender como continuidade do territdigo faz entender como continuidade do territóório brasileiro, as aeronaves e embarcario brasileiro, as aeronaves e embarcaçções ões de natureza pde natureza púública ou a serviblica ou a serviçço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.o do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.

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Lugar do crimeLugar do crime

�� Art. 6Art. 6ºº ConsideraConsidera--se o praticado o crime no lugar em que ocorreu a ase o praticado o crime no lugar em que ocorreu a açção ou ão ou omissão, no todo ou omissão, no todo ou

�� em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir ––se o resultado.se o resultado.

teorias para se determinar o lugar do crime:teorias para se determinar o lugar do crime:

� Teoria da atividade: onde ocorreu a a: onde ocorreu a açção ou omissão;ão ou omissão;�� Teoria do resultado:Teoria do resultado: onde ocorreu o resultado;onde ocorreu o resultado;�� Teoria da ubiqTeoria da ubiqüüidadeidade: considera: considera--se o lugar do crime tanto o local em que se o lugar do crime tanto o local em que

ocorreu a aocorreu a açção, bem como onde ocorreu o resultado.ão, bem como onde ocorreu o resultado.

�� O nosso CO nosso Cóódigo Penal adotou a teoria da ubiqdigo Penal adotou a teoria da ubiqüüidade, considerando colo idade, considerando colo local do crime, o lugar onde ocorreu a alocal do crime, o lugar onde ocorreu a açção ou omissão, bem como onde ão ou omissão, bem como onde ocorreu o seu resultado. ocorreu o seu resultado.

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Crimes a distânciaCrimes a distância�� São infraSão infraçções em que a aões em que a açção ou omissão se dão ou omissão se dáá em um paem um paíís e o s e o

resultado ocorre em outro. Exemplo: um estelionato ocorrido no resultado ocorre em outro. Exemplo: um estelionato ocorrido no Brasil porBrasil poréém consumado na Argentina. Nos termos deste Art. 6m consumado na Argentina. Nos termos deste Art. 6ººincide a lei brasileira, desde que: incide a lei brasileira, desde que:

�� 1) aqui tenham sido praticados todos ou alguns dos atos 1) aqui tenham sido praticados todos ou alguns dos atos executexecutóórios, rios,

�� 2) aqui tenha se produzido o resultado do comportamento 2) aqui tenha se produzido o resultado do comportamento criminoso,criminoso,

�� No caso de tentativa tambNo caso de tentativa tambéém incide a lei penal brasileira na m incide a lei penal brasileira na hiphipóótese de tentativa ou seja, quando a conduta embora pratica em tese de tentativa ou seja, quando a conduta embora pratica em outro paoutro paíís, deveria ter aqui se consumado. Ex.: Carta Infernal.s, deveria ter aqui se consumado. Ex.: Carta Infernal.

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Extraterritorialidade / art 7Extraterritorialidade / art 7ºº CPCP�� Tal artigo trata da aplicaTal artigo trata da aplicaçção da lei penal, ão da lei penal, fora do territfora do territóório nacionalrio nacional

considerando que tais crimes envolvem o interesse brasileiro, moconsiderando que tais crimes envolvem o interesse brasileiro, motivo pelo tivo pelo qual devem ter a aplicaqual devem ter a aplicaçção de nossa lei.ão de nossa lei.

�� A Extraterritorialidade A Extraterritorialidade éé subdivida em:subdivida em:condicionadacondicionada e e incondicionadaincondicionada, sendo regida por 4 princ, sendo regida por 4 princíípios, sendo estes: pios, sendo estes: o da defesa, da nacionalidade, da justio da defesa, da nacionalidade, da justiçça universal e da representaa universal e da representaçção.ão.

�� Extraterritorialidade incondicionada:Extraterritorialidade incondicionada: estaesta elencadaelencada nas hipnas hipóóteses do teses do Inciso I aplicandoInciso I aplicando--se o princse o princíípio da protepio da proteçção ou defesa (a, b e c) e justião ou defesa (a, b e c) e justiçça a universal (letra d). universal (letra d).

�� Nos casos das letra a, b e c, pouco importa a nacionalidade do aNos casos das letra a, b e c, pouco importa a nacionalidade do autor do utor do crime, interessa sim crime, interessa sim a nacionalidade do bem jura nacionalidade do bem juríídico protegido pela leidico protegido pela lei, ,

�� no item no item ““dd””, tal crime , tal crime éé punido por todos os papunido por todos os paííses que participam da ONU, ses que participam da ONU, face a sua gravidade, não podendo o Brasil deixar de punir quem face a sua gravidade, não podendo o Brasil deixar de punir quem o pratica, o pratica, utilizando para talo princutilizando para talo princíípio da pio da JustiJustiçça Universala Universal..

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extraterritorialidadeextraterritorialidade�� Extraterritorialidade condicionada:Extraterritorialidade condicionada: nas hipnas hipóóteses do inciso II, teses do inciso II,

letras a, b e c e do letras a, b e c e do §§33ºº deste artigo 7deste artigo 7ºº, a extraterritorialidade fica na , a extraterritorialidade fica na dependência de certos requisitos ou condidependência de certos requisitos ou condiçções, indicados nas ões, indicados nas alalííneas do neas do §§§§ 22ºº e 3e 3ºº. .

�� Os casos de extraterritorialidade condicionada fundamOs casos de extraterritorialidade condicionada fundam--se nos se nos princprincíípios da pios da justijustiçça universala universal (II, a), da (II, a), da nacionalidade nacionalidade ou ou personalidadepersonalidade (II, b) da representa(II, b) da representaçção (II, c) e da proteão (II, c) e da proteçção ou ão ou defesa (defesa (§§ 33ºº), sendo estas as quatro hip), sendo estas as quatro hipóóteses de teses de extraterritorialidade condicionada.extraterritorialidade condicionada.

�� Ainda existem dentro da territorialidade condicionada a Ainda existem dentro da territorialidade condicionada a dependência dos seguintes pressupostos ou requisitos: 1. Nos dependência dos seguintes pressupostos ou requisitos: 1. Nos casos previsto no Art. 7casos previsto no Art. 7ºº, II, a, b e c, as condi, II, a, b e c, as condiçções indicadas pelo ões indicadas pelo §§22ºº letras a e e.letras a e e.

�� No caso previsto pelo Art. 7No caso previsto pelo Art. 7ºº, , §§ 33ºº, h, háá duas condiduas condiçções extras, alões extras, aléém m daquelas mencionadas no daquelas mencionadas no §§ 22ºº, letras a e e, sendo elas apontadas , letras a e e, sendo elas apontadas pelas alpelas alííneas do neas do §§ 33ºº..

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Contagem de prazoContagem de prazo

�� Art.10 Art.10 –– O dia do comeO dia do começço incluio inclui--se no cômputo se no cômputo do prazo. Contamdo prazo. Contam--se os dias, os meses e os se os dias, os meses e os anos pelo calendanos pelo calendáário comum.rio comum.

�� A contrA contráário do que ocorre com os prazos rio do que ocorre com os prazos processuais, na contagem dos previstos pelo processuais, na contagem dos previstos pelo CCóódigo Penal, o prdigo Penal, o próóprio dia do comeprio dia do começço incluio inclui--se se no cômputo do cno cômputo do cáálculo. lculo. Ex.: preso por prisão de alimentos pelo prazo de Ex.: preso por prisão de alimentos pelo prazo de 30 dias, data da prisão da 18 de janeiro, ser30 dias, data da prisão da 18 de janeiro, seráásolto em 17 de fevereiro. (dia 18 solto em 17 de fevereiro. (dia 18 éé o primeiro dia o primeiro dia independente do horindependente do horáário da prisão)rio da prisão) ��

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RelaRelaçção de causalidadeão de causalidade�� Art.13 Art.13 -- O resultado, de que depende a O resultado, de que depende a

existência do crime, somente existência do crime, somente éé imputimputáável a vel a quem lhe deu causa. Consideraquem lhe deu causa. Considera--se causa a se causa a aaçção ou omissão sem a qual o resultado não ão ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.teria ocorrido.

�� ÉÉ a relaa relaçção existente entre a conduta do agente ão existente entre a conduta do agente e o resultado dela decorrente.e o resultado dela decorrente.

�� Teoria do equivalente dos antecedentes Teoria do equivalente dos antecedentes ((conditio sine qua nonconditio sine qua non)) ��

�� Causa Causa éé todatoda circunstãncia antecedenecircunstãncia antecedene sem o sem o qual o resultado não ocorreriaqual o resultado não ocorreria

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Superveniência causal (art 13 Superveniência causal (art 13 §§11ºº, CP), CP) ��

�� ConcausaConcausa éé uma causa que concorre paralelamente, contribuindo para a uma causa que concorre paralelamente, contribuindo para a produproduçção do resultado. Não diferenão do resultado. Não diferençça pra práática entre causa emtica entre causa em concausaconcausa

�� ConcausaConcausa podem ser:podem ser:Dependentes (linha normal dos acontecimentosDependentes (linha normal dos acontecimentos

�� IndependentesIndependentesabsolutamente independentesabsolutamente independentes

preexistentespreexistentesconcomitantesconcomitantessupervenientessupervenientes

�� Relativamente independentesRelativamente independentespreexistentepreexistenteconcomitantesconcomitantessupervenientesuperveniente

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Relevância causal (art 13 Relevância causal (art 13 §§ 22ºº, CP), CP) ��

�� Crimes omissivos imprCrimes omissivos impróóprios (comissivos prios (comissivos por omissão)por omissão) ��

�� A simples omissão A simples omissão éé atatíípica, mas o pica, mas o agente tinha o dever de evitar o resultado agente tinha o dever de evitar o resultado e não o feze não o fez

�� Responde pelo resultado delituosoResponde pelo resultado delituoso

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ClassificaClassificaçção doutrinaria dos crimesão doutrinaria dos crimes

�� quanto ao resultadoquanto ao resultado os crimes se classificam em: os crimes se classificam em: Crimes materiaisCrimes materiais: : Crimes Crimes formaisformais: : Crimes de mera condutaCrimes de mera conduta: :

�� Quanto ao meio de execuQuanto ao meio de execuçção ão Crimes comissivosCrimes comissivos: : omissivos promissivos próópriosprios: : Crimes Crimes omissivos impromissivos impróópriosprios::

�� Quanto Quanto áá duraduraçção do momentoão do momento consumativoconsumativo Crimes instantâneosCrimes instantâneos: : Crimes Crimes permanentespermanentes: : Crime instantâneoCrime instantâneo de efeitos permanentes de efeitos permanentes

�� Crime de Crime de dano dano �� Crime de Crime de perigo perigo

crimes de perigo crimes de perigo abstrato abstrato Crime de perigo concreto, Crime de perigo concreto,

�� Quanto ao sujeito ativo da infraQuanto ao sujeito ativo da infraçção penal ão penal Crime comum Crimes prCrime comum Crimes próóprios, Crime prios, Crime de mão prde mão próópriapria. .

�� Quanto ao bem jurQuanto ao bem juríídico tutelado. dico tutelado. Crime simplesCrime simples Crimes complexosCrimes complexos. . �� Crime continuadoCrime continuado; ; �� CrimeCrime monossubjetivomonossubjetivo: aquele que somente pode ser praticado por uma s: aquele que somente pode ser praticado por uma sóó

pessoa;pessoa;�� CrimeCrime PlurissubjetivoPlurissubjetivo: aquele que somente pode ser praticado por um grupo de : aquele que somente pode ser praticado por um grupo de

pessoas.pessoas.

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Crime consumado (art 14, I CP)Crime consumado (art 14, I CP) ��

�� O crime O crime éé consumado quando o agente consumado quando o agente realizou todos os elementos que realizou todos os elementos que compõem a descricompõem a descriçção do tipo penal. Ex.: ão do tipo penal. Ex.: HomicHomicíídio, elemento compra a arma e dio, elemento compra a arma e mata seu desafeto.mata seu desafeto.

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Crime tentado (art 14 II CP)Crime tentado (art 14 II CP) ���� EexecuEexecuççãoão comecomeççada de um crime, que não chega a sua consumaada de um crime, que não chega a sua consumaçção por ão por

circunstâncias e motivos alheios a vontade do agente.circunstâncias e motivos alheios a vontade do agente.�� Para falarPara falar--se em tentativa devemos trase em tentativa devemos traççar os parâmetros doar os parâmetros do iter criminisiter criminis. O . O

termotermo iter criminisiter criminis, significa fases do ato criminoso, que são:, significa fases do ato criminoso, que são:�� 11ªª fase Cogitafase Cogitaççãoão::�� 22ªª fase Atos preparatfase Atos preparatóóriosrios: : �� 33ªª fase Execufase Execuççãoão: :

1) o agente não consegue1) o agente não consegue realizrealizáá--lala por circunstâncias alheias a sua por circunstâncias alheias a sua vontade, quando o crime servontade, quando o crime seráá tentadotentado. .

2) o agente pode desistir voluntariamente de prosseguir no ato d2) o agente pode desistir voluntariamente de prosseguir no ato de e execuexecuçção, respondendo m tãoão, respondendo m tão--somente, pelos atos jsomente, pelos atos jáá praticados, quando praticados, quando ocorrerocorreráá a a desistência voluntdesistência voluntááriaria

3) o agente consuma o crime. consumo a pr3) o agente consuma o crime. consumo a práática criminosa tratica criminosa traççada ada em todo oem todo o iteriter, (relevante penalmente)., (relevante penalmente).

�� 44ªª fase Consumafase Consumaççãoão

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EspEspéécies de tentativacies de tentativa

�� perfeitaperfeita, ou acabada ou crime falho quando o agente realiza todos , ou acabada ou crime falho quando o agente realiza todos os atos de execuos atos de execuçção, mas não consuma o crime ão, mas não consuma o crime

�� . . Tentativa imperfeitaTentativa imperfeita, , éé aquela em que o agente não pratica todos aquela em que o agente não pratica todos os atos de execuos atos de execuçção, hão, háá uma interrupuma interrupçção do processo executão do processo executóório rio por circunstâncias alheias a sua vontade. por circunstâncias alheias a sua vontade.

� Quanto ao resultado, ainda diz-se que a tentativa pode ser:Tentativa branca:Tentativa branca:Tentativa cruenta:Tentativa cruenta: quando a vquando a víítima tima éé atingida. atingida. Tentativa idônea: Tentativa idônea: éé a tentativa propriamente dita descrita no artigo a tentativa propriamente dita descrita no artigo 14, II do CP. 14, II do CP. Tentativa inidônea:Tentativa inidônea: assemelhaassemelha--se ao crime impossse ao crime impossíível, vel,

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Crime doloso (art 18, I do CP)Crime doloso (art 18, I do CP) ��

teorias:teorias:�� Teoria da vontadeTeoria da vontade. Dolo . Dolo éé a vontade de realizar a a vontade de realizar a

conduta e produzir o resultado.conduta e produzir o resultado.�� Teoria da representaTeoria da representaççãoão, Dolo , Dolo éé a vontade de realizar a a vontade de realizar a

conduta, prevendo a possibilidade de produconduta, prevendo a possibilidade de produçção do ão do resultadoresultado

�� Teoria do assentimentoTeoria do assentimento. Dolo . Dolo éé a vontade de realizar a a vontade de realizar a conduta assumindo risco da produconduta assumindo risco da produçção do resultado.ão do resultado.

�� O nosso cO nosso cóódigo diz que hdigo diz que háá crime doloso quando o crime doloso quando o agente quer o resultado (agente quer o resultado (dolo direto,dolo direto, adotando a adotando a teoria teoria da vontadeda vontade) ou quando assume o risco de produzi) ou quando assume o risco de produzi--lolo((dolo eventualdolo eventual, adotando a , adotando a teoria do assentimento) teoria do assentimento)

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EspEspéécies de dolo cies de dolo

�� dolo naturaldolo natural�� Dolo direto ou determinadoDolo direto ou determinado�� Dolo indireto ou indeterminadoDolo indireto ou indeterminado

-- Dolo eventualDolo eventual-- Dolo alternativoDolo alternativo

�� Dolo de dano Dolo de dano �� Dolo de perigo.Dolo de perigo.�� Dolo genDolo genéérico rico �� Dolo especDolo especíífico, fico, �� Dolo geralDolo geral

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Crime culposo (art 18, II do CP)Crime culposo (art 18, II do CP) ��

�� Culpa Culpa –– A teoria adotada pelo CA teoria adotada pelo Cóódigo Penal em reladigo Penal em relaçção a culpa, gira em ão a culpa, gira em torno da não observância do dever de cuidado ao sujeito, causandtorno da não observância do dever de cuidado ao sujeito, causando o o o resultado e tornando punresultado e tornando puníível o seu comportamento.vel o seu comportamento.

�� Modalidades de CulpaModalidades de Culpa�� imperimperííciacia�� imprudência imprudência �� negligência negligência

�� EspEspéécies de Culpacies de Culpa�� Culpa conscienteCulpa consciente: : �� Culpa inconscienteCulpa inconsciente::..�� Culpa prCulpa próópriapria: : �� Culpa imprCulpa impróópria ou culpa por extensãopria ou culpa por extensão::

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Graus de culpaGraus de culpa

�� A culpa se divide em:A culpa se divide em:�� grave, leve e levgrave, leve e levííssima, a Lei não faz ssima, a Lei não faz

nenhuma distinnenhuma distinçção entre ambas que são entre ambas que sóótêm relevância na aplicatêm relevância na aplicaçção da pena.ão da pena.

�� ParParáágrafo grafo úúnico nico -- Salvo os casos Salvo os casos expressos em lei, ninguexpressos em lei, ninguéém pode ser m pode ser punido por fato previsto como crime, punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.senão quando o pratica dolosamente.

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Erro de tipoErro de tipo

�� O erro de tipo O erro de tipo éé aquele que faz com que o agente, no aquele que faz com que o agente, no caso concreto, imagine não estar presente uma caso concreto, imagine não estar presente uma elementar ou circunstância da figura telementar ou circunstância da figura tíípica. pica.

�� ElementaresElementares, , �� CircunstânciasCircunstâncias�� No erro de tipo, o agente No erro de tipo, o agente não quernão quer praticar o crime, mas praticar o crime, mas

por erro acaba praticando. por erro acaba praticando. �� Não confundir com Delito putativo por erro de tipo. Nesta Não confundir com Delito putativo por erro de tipo. Nesta

situasituaçção o agente ão o agente querquer praticar o crime, mas por errada praticar o crime, mas por errada perceppercepçção da realidade, acaba cometendo um fato ão da realidade, acaba cometendo um fato atatíípico. Ex pico. Ex ““AA”” furta uma mala e depois descobre que a furta uma mala e depois descobre que a mala mala éé sua. sua.

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Formas de erro de tipoFormas de erro de tipo

�� Erro Essencial Erro Essencial 1)V1)Vencencíível ou inescusvel ou inescusáávelvel2) 2) InvencInvencíível ou inescusvel ou inescusáável vel

�� Erro acidental Erro acidental 1) 1) Erro sobre o objetoErro sobre o objeto2) 2) Erro sobre a pessoa. Erro sobre a pessoa. 3) 3) Erro na execuErro na execuçção ão –– ouou aberratio aberratio ictusictus

4) 4) Resultado diverso do pretendido ouResultado diverso do pretendido ou aberratio criminisaberratio criminis5) 5) Erro sobe o nexo causal ouErro sobe o nexo causal ou aberratio causaeaberratio causae. .

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Exclusão de ilicitudeExclusão de ilicitude

Art.23 Art.23 -- Não hNão háá crime quando o agente crime quando o agente

pratica o fato:pratica o fato:

�� I I -- em estado de necessidade;em estado de necessidade;

�� II II -- em legem legíítima defesa;tima defesa;

�� III III -- em estrito cumprimento de dever legal em estrito cumprimento de dever legal

ou no exercou no exercíício regular de cio regular de

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Estrito Cumprimento do Dever LegalEstrito Cumprimento do Dever Legal

-- seu comportamento não seu comportamento não éé antijurantijuríídicodico-- devendo ser imposto por qualquer norma legal devendo ser imposto por qualquer norma legal (lei, decreto etc.). Admite(lei, decreto etc.). Admite--se que o dever seja se que o dever seja referente não sreferente não sóó a funciona funcionáário prio púúblico, como blico, como tambtambéém a particular. m a particular. Ex: policial queEx: policial que lesionalesionaassaltante em fuga, Oficial de justiassaltante em fuga, Oficial de justiçça que a que apreende bens, boxeador que apreende bens, boxeador que lesiona lesiona seu seu oponente etc. oponente etc.