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diocesedeumuarama.org.br Ano 43 - Número 450 - Outubro de 2018 A Revista Formativa e Informativa da Diocese Divino Espírito Santo - Umuarama - PR Informativo Diocesano ANO NACIONAL DO LAICATO LEIGO FERMENTO DA SOCIEDADE

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diocesedeumuarama.org.brAno 43 - Número 450 - Outubro de 2018

A Revista Formativa e Informativa da Diocese Divino Espírito Santo - Umuarama - PR

Informativo

DiocesanoANO NACIONAL DO LAICATO

LEIGOFERMENTO DA SOCIEDADE

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Diretor-Geral Pe. Carlos Alberto de Figueiredo

Editores ResponsáveisPe. Carlos Alberto de FigueiredoAmanda Azevedo DoeneaDiego Fernando Jacob

Conselho EditorialPe. Carlos Alberto de Figueiredo Pe. José Osmar Benetolli

Ano 43 - Número 450 - Outubro de 2018

Endereço: Av. Pe. José Germano Júnior, 4260Caixa Postal 191 – CEP 87502-970 – Umuarama - PR

Fone/Fax: (44) 3622-1301 E-mail: [email protected] www.diocesedeumuarama.org.br

Aparecida Basílio Marçal Diego Fernando JacobCassiana BarrosIr. Solange MartinezReginaldo Urbano ArgentinoSolange Valentim de OliveiraRevisãoAmanda Azevedo DoeneaDiagramaçãoRicardo da Cruz Silva

CAPA....

ImpressãoGráfica UmuaramaFone: (44) 3055-4338

Tiragem: 21.635 exemplares

Informativo

Diocesano

ORAÇÃO MISSIONÁRIA 2018

Deus Pai, Filho e Espírito Santo,nós Vos louvamos e bendizemospela Vossa comunhão,princípio e fonte da missão.Ajudai-nos, à luz do Evangelho da paz,testemunhar com esperança,um mundo de justiça e diálogo,de honestidade e verdade,sem ódio e sem violência.Ajudai-nos a sermos todos irmãos e irmãs,seguindo Jesus Cristorumo ao Reino definitivo.Amém.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA PELAS FAMÍLIAS

“Ó Senhora Aparecida,olha com bondade para as nossas famíliase ajuda-nos a viver o Evangelho do teu Filho, Jesus.Ilumina o caminho das crianças e dos jovens:Que toda a sua energia e fé sejam canalizadas para a construção de um mundo melhor!Participa, querida Mãe Aparecida,da luta constante dos trabalhadores:Que seus esforços sejam recompensadoscom salários justos e digna condição de vida.Conforta os doentes e as pessoas idosas.Alivia seus sofrimentos, e que possamos ajudá-los a vencer a solidão.Dá esperança aos aflitos e atribulados.Abranda os poderosos: Que eles aprendamo grande valor da bondade humana.Ó Senhora Aparecida, vem favorecer nosso profundo anseio de que toda pessoa seja tratada com dignidadee Deus seja glorificado para sempre.Amém!”. Pe. Luiz Miguel Duarte, SSP

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Pa l av r a d o Pa s to r

Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 3

Esta é a primeira admoestação de São Francisco de Assis (SF). Por ser longa, vou tratá-la por partes. Ela começa dizendo: Diz o Senhor Jesus a seus discípulos:

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis, certamente conheceríeis também meu Pai; e em verdade O conheceis bastante

e O vistes. Diz-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isto nos basta. Diz-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco e não me conhecestes? Filipe, quem me vê, vê também o Pai. O Pai habita

numa luz inacessível. Fontes Franciscanas, Editora MSA, 2005, pág. 93.

“D

DO CORPODO SENHOR

iz o Senhor Jesus a seus discípu-los”. Esta expressão é a chave de abordagem desta Admoestação.

O texto não fala em geral, mas aos discípulos. Jesus mesmo é discípulo de Deus-Pai. Portanto, Ele e os discípulos estão em uma mesma busca.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Nin-guém, hoje, teria a coragem de falar desse jeito. Por que não estranhamos esta fala de Jesus? Porque Ele é o nosso absoluto: somos cristãos, seus seguidores.

“Se me conhecêsseis, certamente conhece-ríeis também meu Pai; e em verdade O conheceis bastante e O vistes”. Conhecer aqui é no senti-do originário de “conascer”. Isto é, nascer junto com uma rea¬lidade, reinterpretar a si mesmo, a própria história e o mundo a partir do atingi-mento do conhecido. Cristo conhece o Pai pela expe¬riência de busca da sua vontade na oração como ruminação dos desafios con¬cretos da vida. Somente uma busca assim permite “conascer”.

“Diz-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isto nos basta”. SF acha inte¬ressante o diá-logo entre Filipe e Jesus. Nem todo discípulo que está com Jesus chega ao Pai. Pode-se viver a vida inteira na Igreja sem perceber a realidade maior: Jesus anun¬ciando o Pai. Fi-lipe não vê o Pai porque ainda não entendeu bem o que é ser discípulo. Para ser discípulo é necessário perceber o espírito.

“Diz-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco e não me conhecestes?”. Filipe

não entrou ainda no discipulado. Apenas está ao lado de Jesus. Por isso Jesus lhe diz: Você não está engajado na aprendiza-gem do discipulado!

“Filipe, quem me vê, vê também o Pai” (Jo 14,6-9). Muita gente em Israel viu Jesus e não viu o Pai: Pilatos, Herodes e tantos outros. A frase, então, diz: Filipe, você não me enxerga bem. Se me enxergar bem vai ver meu Pai também. Vai adqui-rir um olho novo e penetrante que abrirá todo um horizonte ainda não percebido. É como o filho que recebeu de presente o anel da mãe. Ao olhar o anel ele vê o “anel da mãe”, que é algo totalmente diferente do anel da loja. Quem não é filho nunca verá “o anel que o filho vê”. Trata-se de dois mundos reais, mas di-ferentes.

“O Pai habita numa luz inacessível” (1Tm 6,16). Usualmente entendemos inacessível como algo inalcançável. Ima¬ginamos um lu-gar ou uma coisa que está bem longe ou de difícil acesso. Inacessível significa algo que eu não alcanço. Para a criança, o bolo que está em cima de um armário alto é inaces-sível. Não é neste sentido que o texto usa a palavra inacessível, pois o bolo poderá ser acessível quando a criança crescer ou o dia em que tiver maiores recursos. Quando SF diz que Deus habita em luz inacessível, fala

de outro tipo de inacessibilidade: a absoluta impossibilidade de nós, a partir de nós mes-mos, achegarmos a Ele. Mas tal afirmação diz também sobre uma realidade absolutamente positiva: que Ele nos amou antes de qualquer possi¬bilidade nossa. Ele nos escolheu, se

afeiçoou a nós antes de nós po-dermos saber o que é ser ama-do. Isto é o “Ele nos amou pri-meiro”, de 1Jo 4,19. É o “Ele nos escolheu antes da fundação do mundo”, de Ef 1,4. E assim, Ele, por pura escolha dEle, se tornou acessível a nós, tão acessível a ponto de o podermos chamar de Abba-Pai, de o pegarmos na mão e tomá-lo como alimento na

Eucaristia. Ele, gratuita e livremente, entre-gou-se a nós. Essa gratuidade não é nossa conquista nem é nosso domínio.

Nesse sentido, a resposta que damos a Deus, o nosso sim no Encontro com Ele, jamais pode ser possuído, conquistado como uma coi-sa sobre a qual tenho, a partir de mim, poder e domínio! É inaces-sível, pois trata-se de Doação livre, de Benevolência. Por isso, SF diz: Será que não dá para perceber que a única possibilidade nossa de ver a Deus inacessível é a gratidão profunda diante de seu Amor Humilde que vem ao nosso Encontro em Jesus Cristo?

Dom Frei João Mamede Filho, OFMConv

Bispo Diocesano de Umuarama

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4 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

DOCINHOOU AZEDINHO?

oje vamos falar de mis-são dos leigos e leigas. Todo mundo sabe que

a missão do leigo e da leiga é no meio do mundo, no meio da sociedade. Isso quer dizer que, mesmo que façam muitos servi-ços dentro da Igreja, sua missão principal é estar no mundo e le-var a Palavra de Deus.

Aí que vem o docinho. Por um lado, cumpre sua missão evangelizando, ou seja, levan-do a boa notícia às pessoas tristes, desanimadas, famin-tas, desempregadas, sem amor, violentadas, marginali-zadas, carentes, etc. Uma palavra de conforto ajuda nos momentos difíceis.

Porém, o docinho fica meio de lado quando com-preende que também precisa denunciar tudo aquilo que vai contra a vontade de Deus. Não se pode ter medo e, com isso, não anunciar a Palavra que traz vida. Uma Pala-vra que acalenta o coração, liberta e salva, orienta, mos-tra os erros, revela as mazelas... Aí a “coisa” azeda.

Então, entra o Papa Francisco com aquela carinha de paizão e anima os leigos e leigas a perceberem a presen-ça de Cristo em todos os cantos da sociedade, onde reali-zam sua missão. Ele diz na Evangelii Gaudium, n. 71: “... a partir dum olhar contemplativo, isto é, um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, nas suas ruas, nas suas praças... Ele vive entre os citadinos promoven-do a solidariedade, a fraternidade, o desejo de bem, de verdade, de justiça. Esta presença não precisa ser criada, mas descoberta, desvendada. Deus não Se esconde de quantos O buscam com coração sincero.”

Bacana, não é?! Tem muito mais coisas boas na Revis-ta deste mês. Primeiro dê uma olhada nos artigos. Depois vá rezar com os Encontros, que estão muito bons. Lem-bre-se também que estamos em tempos de eleição, fique atento para escolher aquele que você acredita que pode olhar mais para o pobre, o desvalido, o sem emprego, etc. Leigo e Leiga aí também atuam.

Boa leitura!

Pe. Carlos Alberto de FigueiredoDiretor-Geral

[email protected]

H

Palavra do Pastor 3 DO CORPO DO SENHOR

Editorial 4 DOCINHO OU AZEDINHO?

Ação Evangelizadora 5 SINAIS DOS TEMPOS

Formação Catequética 6 PERSEVERAR E ANUNCIAR

Igreja-irmã 7 A MISSÃO DO LEIGO

Formação Litúrgica 8 LITURGIA E VOCAÇÃO

Orientações Canônicas 9 FREI GALVÃO – UM SANTO BRASILEIRO

10 Grupo de reflexão e reunião

Espiritualidade 12 NÃO ACREDITO NO AMOR

13 Liturgia Diária

Matéria de Capa 14 LEIGO – FERMENTO DA SOCIEDADE

Vocações 16 A MISSÃO NO AMAZONAS

E aí, jovem! 17 ÁFRICA – UMA EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA SURREAL

18 Grupo de reflexão e Reunião das CEBs

Diocese de Baixo Carbono 20 ÁGUA: GESTÃO SUSTENTÁVEL E RESPONSABILIDADE (PARTE 3)

Assunto de Família 21 A MISSÃO DA FAMÍLIA AO CUIDAR DOS FILHOS COM DEFICIÊNCIA

Escola de Teologia 22 IGREJA, COMUNIDADE MISSIONÁRIA!

Alimentação Saudável 23 Direitos e Deveres do Cidadão

Cantando Parabéns 24 Curiosidades da Igreja

25 Coisa de Criança

26 Notícias da Diocese

27 Calendário Diocesano de Atividades

Sumário Editorial

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Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 5

O

SINAIS DOS TEMPOSAç ão E va n g e l i z a d o r a

Vivemos um momento histórico que requer escuta e tomada de decisões. A páscoa, passagem proposta pelo Vaticano II, ficou a meio caminho.

Há uma crise que exige pensar o “novo”. A questão está em como atualizar

a mensagem de Cristo, tornando-a vivae dinâmica no presente.

Vaticano II projetou a Igre-ja como sinal, idealizou uma Igreja servidora, aberta a dialo-

gar com o mundo, propôs respeito pela diversidade, quis ser uma “Igreja dos pobres”, ser respeitosa do direito de li-berdade religiosa, propôs-se ao respeito pela diversidade. Criou muitas expectati-vas e pouco avançou.

Diante dessa situação é preciso “res-significar”. Temos dificuldades de buscar o elemento novo e ficamos presos. O certo é que não podemos evangelizar passando verniz. A tentação de ficar no superficial é enorme. Estar convencido de que outro mundo é possível e identificar os valores presentes no Reino de Deus tem grande importância se queremos ser uma comunidade de atração.

É impossível a volta ao passado. Esta-mos em outro tempo. Tudo o que se pode fazer é pensar o futuro sem se descuidar do presente, e buscar dar resposta às necessi-dades das pessoas no hoje da história. Se não entendermos o momento, estaremos dando respostas velhas às perguntas novas.

Não é algo simples, mágico, que se toca e vai-se transformando. Não é algo virtual. A tecnologia não nos dá resposta. É preciso a comunidade, o olhar do outro. Nunca preso a nada, nunca instalado, mas em saída, sempre a caminho. Humanizan-do a vida, aliviando o sofrimento e fazen-do crescer a liberdade, ajudando através da comunidade a fazer presente o jeito de Jesus, com sua Palavra libertadora.

“Deus habita as cidades” e nosso povo também. Nossas paróquias foram pensadas em uma estrutura rural. Na ci-dade, vive-se cada um na sua “gaveta”, em um aglomerado de pessoas que nunca estiveram tão perto, mas longe de serem participantes como povo que se organiza.

Os “mercantilizadores” da fé, presen-tes em cada esquina com suas placas, ofe-recem um Deus que vem ao encontro das necessidades materiais e espirituais, com divulgação de milagres e curas, que na ver-dade mais aprisionam que libertam, porque alienam, ficam no festivo e emocional, fa-zem sentir o poder de Deus, mas não levam a compreender a mensagem que liberta para lutar contra as opressões e injustiças.

E nós, Igreja, não podemos perder a capacidade de reinventar a proposta do Vaticano II, que ficou a meio caminho de atuar em favor da justiça, na perspectiva do Reino. É preciso rearticular o modo como fazemos a transmissão da fé. Não podemos continuar sendo os mesmos, res-pondendo ao que ninguém mais pergunta.

É tempo de diálogo. Toda vez que a Igreja dialogou, construiu algo novo, algo bom. E o contrário também. É no diálogo que nos encontramos. Se há conflito, será preciso saber lidar com as diferenças. É necessário perceber o “novo”, o que está aí não basta. Nada de fundamentalismo saudosista que sonha com o passado, que muitas vezes afirma: o novo não represen-ta nada. Nem indiferentismo desiludido que não participa, só assiste e afirma: vou ficar na minha, gostaria que fosse diferen-te, mas não é.

A realidade de crise e de fragilidade na dimensão comunitária precisa ser supera-da para efetivar o processo de Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal. Sem a configuração das pequenas comu-nidades como paradigma que possibilita e favorece a transmissão da fé, se torna difícil a aplicação do RICA.

Pe. José Osmar BenetolliCoordenador Diocesano da Ação Evangelizadora

[email protected]

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Quem anuncia com alegriao Evangelho

é aquele que foi conquistado

por Jesus e por seu amor misericordioso

6 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

missão de discípulo missionário nasce do chamado para ser profe-ta, vocação originária da dimensão

batismal, que brota do coração de Deus. Na adesão desse chamado, ele vai grada-tivamente se moldado à luz da Palavra de Deus no aprendizado e configurando-se a Cristo para viver na graça da alteridade e da gratuidade. Assim é o catequista que, em sua missão, vai caminhando e fazendo--se discípulo missionário que nasceu de um anúncio, despertou para a missão, perseve-ra na fé e continua a anunciar. Desta forma, ele faz de sua vida um testemunho que faz ecoar e ressoar a Palavra de Deus ao anun-ciar Jesus Cristo aos seus interlocutores nos passos da Iniciação à Vida Cristã. Persevera nos ensinamentos por meio da pedagogia de Jesus. O que faz lembrar a vivência amo-rosa de Jesus com seus discípulos até en-viá-los para a missão: “Ide, pois, fazer dis-cípulos entre todas as nações” (Mt 28,19).

A perseverança no anúncio nasce da prática das virtudes teologais: fé, esperan-ça e caridade, recebidas nos Sacramentos da Iniciação à Vida Cristã – Batismo, Euca-ristia, Confirmação: o que faz crer, conhe-cer, amar e esperar em Deus, de tal forma que cheguemos a entender que Ele é mais íntimo de nós do que nós mesmos (Santo Agostinho). A consciência da vida teologal sustenta no catequista a graça do Batismo em Cristo, que o mergulhou no mistério da

Trindade. O que suscita nele o florescer da sua própria espiritualidade: na oração pes-soal e comunitária, um diálogo permanente com Deus que o mantém fortalecido peran-te os empecilhos ao anunciar Jesus Cristo. Sem a oração, esmorece a perseverança e embaça o brilho da luz de Jesus, irradiada no rosto do catequista ao anunciá-lo. E, quem anuncia com alegria o Evangelho é aquele que foi conquistado por Jesus e por seu amor misericordioso (EG).

A catequese de Iniciação à Vida Cristã com Inspiração Catecumenal acontece no passo a passo, um processo que não é assimilado da noi-te para o dia, mas sim como as gotas de orvalho, que vão tornando a relva mais verde-jante. A adesão ao aprendizado de discípu-los missionários só se concretiza na ação do Espírito Santo, mediante as experiências pessoais e comunitárias. A força na perse-verança brota dos Sacramentos, principal-mente na Eucaristia, que nutre, restaura e conforta aqueles que aceitaram o chamado de Deus. É um caminho que, à luz da Pala-vra, só a fé indica: fonte segura à edificação humana, revelada na firmeza dos vínculos e nas relações amorosa entre os homens na presença de Deus (Lumen Fidei).

E, assim, nos trilhos da pedagogia ca-tecumenal, o Anúncio poderá acontecer no 1º Tempo, em que passa pelo amadu-recimento da fé. 2º Tempo, depois ingres-sa no Tempo da Purificação e Iluminação – recepção dos Sacramentos, que conti-

nuam na mistagogia. Assim, diz-se que o catequista é um mistagogo, pois ele leva o catequizando ao mistério, já que primeiro faz a sua experiência no mistério divi-no. A perseverança é a sua marca registrada perante as dificuldades inerentes à sua missão. Isso faz com que o catequista se torne o frasco de perfume de Jesus Cristo ao exalar o amor Dele aos seus catequizandos e comu-nidade. Hoje, nas periferias

do mundo, em uma das mãos está a Bíblia e na outra o jornal, assim vai o catequista, desafiando a realidade ao anunciar e per-severar na vocação que veio da verdadeira “Fonte”, Jesus Cristo, o nosso Salvador.

Fontes principais: DAp-IVC – doc. 107 da CNBB e Cartas do Sulão.

Rita Aparecida de Oliveira

Membro da Equipe de Coordenação Diocesana de [email protected]

Formação Catequética

PERSEVERAR E ANUNCIAR A

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A MISSÃO DO LEIGOAmar e gerar consciência do plano de Deus

Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 7

CIrmãos e Irmãs,

da Igreja-Irmã de Umuarama

riar consciência – eis uma tarefa desafiadora! E fundamental! Se nossa Evangelização não atingir

as consciências, ela ficará na superfície, sem força transformadora. A consciência se situa naquele centro de onde vêm as opções e decisões da pessoa. É preciso atingir o coração. E uma vez atingido o coração das pessoas, tudo que sai tem a marca desta convicção. Com outras pala-vras: se o Evangelho (e Aquele de quem fala o Evangelho) penetrar o coração, tudo tem a marca da evangelização.

Jesus não evangelizava em primeiro plano com sua palavra, mas com todo seu ser. Ele foi a Boa-Nova em pessoa, o ho-mem novo. Seja no Batismo de Jesus, seja na Transfiguração, o Pai falou: “Eis meu Fi-lho querido, escutai-o!”. Jesus enfatizava o que Ele era o que falava. Pessoa e pala-vra coincidiam.

Ao refletir sobre a Missão podemos, certamente, dizer: Nossa primeira mis-são é ser testemunha daquilo que o Pai

I g r e j a - I r m ã

fez em Jesus Cristo, em nós, no universo. Antes de planejar estratégias de evangeli-zação, preciso “me conscientizar da ação de Deus na minha vida”. Criar consciência desta vocação que vem do centro do uni-verso (DEUS) e que é anterior a tudo que existe.

Jesus Cristo veio nos tra-zer esta ciência do plano de Deus, oculto até então. É um plano salvífico e universal. To-dos devem saber deste plano revelado e ilustrado em Jesus Cristo, particularmente no seu mistério pascal. Um plano que não tem limites no tempo, no espaço e em “qualidade”. Pla-no que recria tudo. Faz tudo de novo, e ainda superior.

Levar esta mensagem a cada pessoa não pode ser missão somente de alguns Padres e Religiosas. Nem se aproveitas-sem de todos os recursos da mídia mo-derna. O testemunho pessoal é indispen-sável e está em primeiro plano, a pessoa vencida por Deus deve dar testemunho da força e beleza do Senhor. Jesus deu

testemunho do Pai – e o Pai deu teste-munho do Filho. Algo semelhante deve acontecer com aquele que é configurado com Cristo pelo Batismo e pela Crisma, e sustentado pela Eucaristia.

Se o “coração” de Deus se une ao nosso coração (é o que significa amor) o cristão não pode deixar de amar o outro com o amor que recebeu de Deus (cf. Jo 15,9.12): “Assim como o Pai me amou, eu tam-bém amei a vocês”, “Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros, assim como eu amei a vocês”.

A Missão é amar e gerar consciência do plano de Deus. E os leigos e as leigas, graças ao Espírito Santo, têm tudo para cumprir este mandamento! Em todas as circunstâncias de vida, com cria-tividade e convicção, na perseverança e alegria: Para que o mundo creia!

Dom Francisco Meinrad Merkel, CSSp,Bispo de Humaitá – AM

[email protected]

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LITURGIA E VOCAÇÃOa liturgia celebramos: por “Cristo, com Cristo e em Cristo”. Nossa fé cristã é cristocêntrica, ou seja, cen-

trada na pessoa de Jesus Cristo. Da celebra-ção haurimos forças para recomeçar a mis-são evangelizadora. A liturgia torna-se, desse modo, a fonte e o ápice de toda a vida cristã (SC 10). A liturgia projeta a Igreja que celebra e todos os seus membros para um ideal de continuidade. Fecundada pelo encontro com o Senhor, a comunidade cristã é, em sentido todo especial, templo do Espírito Santo, lugar onde Ele irrompe, estimulando os fiéis a se-rem testemunhas de Cristo, anunciadores do Seu Evangelho em uma missão permanente. Na liturgia celebramos o Espírito que nos foi enviado. Essa abertura missionária demons-tra a autenticidade da Igreja, sinal e instru-mento da união dos homens com Deus em Cristo, e da unidade de todo o gênero huma-no (LG 1). No Antigo Testamento, as palavras dos profetas são anúncios missionários para Israel, preanunciando a chegada do missio-nário por excelência, Jesus Cristo.

A evangelização é também uma fun-ção litúrgica, sagrada. Com sua conver-são a Cristo, os neófitos se tomam oferta

santificada pelo Espírito e aceita por Deus. O missionário não só participa do Mistério Pascal como Cristo, mas traz em si, sob nova forma, o mistério da redenção que irá anunciar aos irmãos (C1 1,24-25). O Concílio Vaticano II, em sua Constituição so-bre a liturgia, faz alusão ao caráter missionário, quando afirma: a litur-gia precisa adaptar--se às culturas e à índole dos povos (SC 37-40), às realidades de cada povo (SC 77, 107, 110) e aos costumes locais (SC 128).

A Conferência Episcopal Italiana, em um documento sobre a evangelização e os sacramentos (1973), afirma: “Não se pode separar a pastoral e a vida sacramental do conjunto da missão cristã, já que a evangelização é a comunica-ção ao mundo do dom de Deus, que proce-de de Cristo e que, graças ao Espírito Santo, passa através da nossa experiência de dis-cípulos de Cristo. Portanto, a pastoral sacra-

mental pode ser reconhecida e praticada como meio autenticamente missionário”.

Não podemos esquecer de que Cristo, o enviado do Pai, está presente e age

pelo seu Espírito em todas as ações litúrgicas, sobretudo

na celebração da Euca-ristia, a fim de continuar a obra salvífica univer-sal. A liturgia é memo-rial do Evento Pascal, não apenas durante a celebração, mas tam-bém fora do contexto

celebrativo, quando fortalece a ação missio-

nária. A caridade celebrada na liturgia é fonte de verdadei-

ra missão. A liturgia é missionária por sua própria natureza. Essa dimensão precisa ser redescoberta e aprofundada, a fim de que não caiamos no neo-ritualismo vazio e desligado da vida e da realidade.

Pe. Othon EtiennePároco da Paróquia Santa Clara de Assis – Umuarama

[email protected]

8 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

Formação Litúrgica

Toda leitura da Sagrada Escritura

deve levar-nos ao encontro pessoal

com Jesus Cristo, a amá-lo, imitá-lo

e testemunhá-lo em nossa vida

N

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Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 9

urante sua vida, diversos mila-gres foram atribuídos ao Santo que costumava percorrer a pé os

vilarejos do interior de São Paulo, pre-gando para os pobres. Por onde ele pas-sava, multidões acorriam. Em 2015, o Papa Bento XVI canonizou o frade fran-ciscano, que se tornou o primeiro santo genuinamente brasileiro.

Criado em uma família rica – o pai foi capitão-mor de Guaratinguetá, interior de São Paulo – ele deixou a casa paterna aos 13 anos para estudar com os jesuítas na Bahia. Aos 21, ingressou na Ordem dos Franciscanos, no Rio de Janeiro. Or-denado sacerdote, veio para São Paulo.

Um dos milagres para a sua canoni-zação foi o da paulista Sandra Grossi

de Almeida, hoje com cerca de 43 anos. Há muito tempo, Sandra sonhava em ser mãe, mas por causa de uma má-formação do útero, já havia sofrido dois abortos es-pontâneos, um deles de gêmeos. Quan-do, em 1999, engravidou pela terceira vez, os médicos a avisaram de que o feto provavelmente não passaria do quinto mês. Desde o início da gestação, Sandra começou a ter sangramentos. Diante da perspectiva de mais uma perda, desespe-rou-se, até que uma amiga levou a ela três minúsculos pedacinhos de papel enrola-dos em forma de cânula. Eram as pílulas de frei Galvão. Hoje reputadas como mila-grosas, elas surgiram entre 1785 e 1788.

FREI GALVÃOUm santo brasileiro

O r i e n taç õ e s C a n ô n i c a s

O sangramento de Sandra cessou no dia seguinte à ingestão das pílulas – e Enzo, hoje com 13 anos, é um menino saudável. Depois de analisar uma bateria de exames de Sandra, a comissão médi-ca da Congregação para as Causas dos Santos, composta de cinco profissionais, concluiu que um útero com as caracterís-ticas do dela (chamado bicorne, por se dividir em duas cavidades, ambas muito pequenas) não ofereceria espaço sufi-ciente para que um feto crescesse. Por unanimidade, atestou que a ciência não tinha explicação para o fato de Sandra ter concluído a gestação. Em 1998, o Va-ticano já havia confirmado um primeiro milagre do frei: a cura da menina Daniela Cristina da Silva, que, em 1990, fora de-senganada pelos médicos por causa de uma hepatite aguda.

Por volta de 1788, o frade francis-cano foi procurado por dois homens que lhe pediram que intercedesse pela saúde de seus familiares, o marido de uma gestante com problemas no parto e o pai de um menino que sofria de uma doença renal. Como não podia ir até os doentes, o franciscano resolveu escre-ver uma oração em um pedaço de papel, que cortou em três pequenos pedaços e ofereceu aos homens, recomendan-do que fizessem os doentes tomá-los como remédio. Ambos ficaram curados.

Até hoje, no Mosteiro da Luz, tre-ze freiras trabalham na sua confecção: enrolam uma tira de papel de arroz em que está impressa dezessete vezes a oração escrita pelo religioso – uma pre-ce em latim dirigida à Virgem Maria – e

depois a cortam em catorze pedaços para deixar as pílulas em formato

de microcânulas. Diariamente, as irmãs produzem e distribuem

mais de 5000 pílulas aos fiéis.

Prof. Felipe AquinoCom informações de: Cleófas

Frei Antônio de Sant’Anna Galvão morreu em 1822. A Capitania de São Paulo, onde ele viveu sessenta dos seus 83 anos de

vida, o velou no Mosteiro da Luz; eram mais de 3.000 pessoas, em

um tempo em que a população da cidade não passava de

25.000 habitantes.

D

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10 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

Quem não anda conosco,também realiza coisas boas!

Mc 9,38-48 (26o Domingo do Tempo Comum)

1o ENCONTRO

Grupo de Reflexão

1. AMBIENTE Preparar uma mesa com vela, Bíblia e copo com água.

2. ORAÇÃO INICIALDir.: (Acolher bem as pessoas).Neste encontro, Jesus continua seus ensinamentos. Ele corrige nos-sas pretensões arrogantes de nos acharmos melhores por pertence-mos a um determinado grupo.

Leitor 1: Alguém que não era da co-munidade, usava o nome de Jesus para fazer o bem. João viu e proibiu: “Impedimos porque ele não anda conosco”. Em nome da comunidade João impediu uma ação boa.

Leitor 2: Ele pensava ser dono de Jesus e queria proibir que outros usassem o nome de Jesus para realizar o bem. Era a mentalidade antiga de “povo eleito”, povo privi-legiado. Mentalidade de grupo que se considera superior aos outros.

Leitor 3: Jesus repreende, corri-ge essa mentalidade dominadora e diz: “Não o impeçais. Quem não está contra nós, está a nosso favor”.

Dirigente: Veja o que pensava São Paulo: “Uns proclamam Cristo por inveja e por polêmica, outros com boa vontade. Uns por amor, sabendo que me encontro assim para defender a boa notícia; outros anunciam Cristo por ambição e má intenção, pensando acrescentar sofrimentos à minha prisão. Que im-

porta? Em qualquer caso, seja como pretexto ou sinceramente, Cristo é anunciado, e disso me alegro e me alegrarei” (Fl 1,15-18).

Leitor 1: Frente ao Evangelho não cabe neutralidade. Importa em mui-to que o Reino de Deus cresça e seu amor propague a todos.

Leitor 2: Jesus sempre, ao longo do caminho, alertou seus discípulos a não se tornar um grupo fechado, fa-nático, considerando-se os únicos.

Leitor 3: Unirmo-nos a outras pes-soas e fazermos parte de algum grupo é bom. O mal não está em perceber um “nós” bem definido. Jesus alerta, no caso dos discípulos, para que o centro não seja o grupo em si e a busca do “prestígio” comu-nitário, mas o “serviço” aos outros.

Dirigente: Escândalo é algo que faz tropeçar e cair. E, tão mais grave se as vítimas forem “os pequenos que creem”. O tropeço pode, também, proceder da própria pessoa: o olho que olha cobiçando, a mão que pega o proibido (Gn 3,6), o pé que anda no mau caminho.

Canto: Tu és, Senhor, a verdade (Cânticos para as Comunidades, p. 37, nº 121).

Despertar o ouvido para escutarDir.: No relato do Evangelho que ouviremos, aparece a mentalidade de grupo fechado.

Canto: Pela Palavra de Deus (p. 27, nº 84).

Evangelho de São Marcos 9,38-48 – (Ler pausadamente).

Questionamentos para reflexão1) Quem não é contra, é a favor.

Quais as consequências disso nos dias de hoje?

2) Você conhece algum grupo (co-munidade) que tem a mentalida-de fechada, que mais se parece com uma seita?

3) Quem der a vocês um copo de água, não ficará sem recompen-sa. O que isso significa?

3. CELEBRAR A VIDA EM COMUNIDADEDir.: Vamos colocar forma de prece tudo aquilo que refletimos e medi-tamos sobre o evangelho e sobre a nossa vida.

(Preces espontâneas...)

Dir.: Ouvi-nos, Pai de Bondade, e atendei-nos por Cristo, Senhor nos-so. Amém!

Rezar o Salmo 27(26): “O Senhor é minha luz!”.

Rezemos pelas vocações: “Cada Comunidade uma Nova Vocação”.

4. COMPROMISSOO que vamos fazer de concreto para colocar o evangelho na nossa vida?

Canto: Um dia na Galileia (p. 38, nº 126).

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O marido pode mandar a mulher embora?Mc 10,2-12 (27o Domingo do Tempo Comum)

2o ENCONTRO

Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 11

1. AMBIENTE Preparar uma mesa com vela, Bí-blia, fotos de famílias unidas.

2. ORAÇÃO INICIAL:Dir.: (Acolher bem as pessoas).Sinal da Cruz – Oração do mês.

Canto: Tu és, Senhor, a verdade (Cânticos para as Comunidades, p. 37, nº 121).

Dir.: Diante da forte dominação masculina e da marginalização da mulher, Jesus fundamenta seu ensi-namento a respeito do matrimônio no projeto criador de Deus. Tira o privilégio que o homem tinha com relação à mulher e pede igualdade: “Serão os dois uma só carne”.

Leitor 1: Jesus propõe um relaciona-mento onde não haja domínio de um sobre o outro. Propõe o relaciona-mento baseado da nova Lei do Amor.

Todos: “Serão os dois uma só carne”.

Leitor 2: Fomos criados, homem e mulher, à imagem e semelhança de Deus, que é amor e comunhão. For-mamos uma só vida no único amor. Sendo assim, o casamento é uma imagem da Trindade, companhia per-feita, vitória sobre qualquer solidão. Figura da relação entre Deus e nós.

Todos: “Serão os dois uma só carne”.

Leitor 3: O casamento não existe somente para a geração da prole, perpetuação da espécie. Nem existe apenas para a satisfação de várias ne-cessidades pessoais. Não é também um expediente para vencer a solidão.

Todos: “Serão os dois uma só carne”.

Dirigente: O casamento só encontra sua expressão plena no amor abso-luto por Deus, no qual cada um reali-za a si mesmo. O amor não pode ser infiel, porque é reflexo do amor de Deus. Por isso, o modelo da relação “esposo-esposa” é o de Cristo pela Igreja, vivido no Amor serviçal.

Despertar o ouvido para escutarDir.: Vamos aclamar o Evangelho e atentos escutar para acolher a sua mensagem.

Canto: Tua Palavra é! (p. 37, nº 123).

Evangelho de São Marcos 10,2-12 (Ler pausadamente).

Questionamentos para reflexão1) Hoje, como está sendo o rela-

cionamento “esposo-esposa”? Qual a resposta de Jesus?

2) O homem não tem direito algum de controlar a mulher como se fosse seu dono, e vice-versa. Por que ainda existe tanto abuso, violência e agressão do homem contra a mulher?

3) Qual conselho você daria se alguém lhe dissesse: “O amor acabou, não tenho mais nenhum motivo para continuar o meu casamento”?

3. CELEBRAR A VIDA EM COMUNIDADEDir.: Neste Mês das Missões, reze-mos pelos missionários e missioná-rias, e renovemos o compromisso de trabalhar por uma Igreja cada vez mais próxima dos pequenos e dos excluídos. Coloquemos em for-ma de prece o que refletimos. Após cada prece, digamos juntos: “Se-nhor, que a nossa vida seja reflexo do vosso Amor”. 1) Para que o amor entre esposo e

esposa, sendo total, exclusivo e fiel, torne-se reflexo do amor de Deus, rezemos.

2) Para que o nosso coração seja sempre terreno aberto e fértil a germinar o amor, rezemos.

3) Para que os filhos percebam em seus pais o verdadeiro amor que procede de um lar fundado na graça dos sacramentos, rezemos.

4) (Preces espontâneas)

Dir.: Ouvi-nos, Pai de Bondade, e atendei-nos por Cristo, Senhor nos-so. Amém!

Rezar o Salmo 127(128) Que Deus nos abençoe e dê-nos a sua paz!

Rezemos pelas vocações: “Cada Comunidade uma Nova Vocação”.

4. COMPROMISSO

Canto: Oração da Família (p. 26, nº 79).

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NÃO ACREDITONO AMOR

ão acredito no Amor. Talvez possa desconfiar que exista o amor (com letra minúscula), ou até muitos

amores. Mas um Amor único, que envolva toda a realidade, que me envolva especial-mente e que me doe um sentido para a vida, para o levantar de manhã e trabalhar, esse amor não se vê por aí. Afinal, tudo parece passar. Ontem amamos, hoje já não ama-mos mais. Quem garante que o amor volte no futuro? E que não vá embora de novo?

É tão difícil acreditar no Amor, que hoje já não se quer ter filhos. Para quê? Com o mundo do jeito que está, dizem alguns, é mais amor não colocar mais ninguém aqui para sofrer tanto. Os filhos, afinal de contas, fogem do controle dos pais, mesmo quando são planejados e cuidados. E se não pode-mos ter o Amor, pelo menos queremos ter o que podemos debaixo de nosso controle. Os que ainda querem ter filhos, gostariam de poder escolher cor, sexo, estatura física, inteligência. Supostamente para que os fi-lhos não sofram preconceito, mas também porque eles mesmos gostariam de não ser apenas pais, mas criadores. Ter o controle do filho como têm controle do liquidificador.

E essas pessoas não parecem estar to-talmente fora da razão. O mundo realmente

tem muita coisa que asfixia, dá vertigem, a quem tenta não viver encerrado em uma bolha protetora da realidade. Será que elas estão mesmo certas? Pensam alguns cris-tãos. Para não falar que são cristãos tam-bém aqueles mesmos que não querem ter filhos. Por que a insistência nas crianças?

Porque elas são a prova física de que al-guns ainda acreditam que vale a pena viver nesse mundo. Um nascimento é o oposto a um suicídio. O suicídio, você pode fazer sozinho. Em um ato extremo você se con-vence e proclama para o mundo: “Não dá mais. É melhor não ser, do que ser desse jeito aqui!”. Um nascimento exige o encon-tro entre o homem e a mulher (pelo menos é o natural). Os dois juntos dizem: “Vale a pena que uma outra geração viva isso que nós vivemos”. Claro, tanto o que suicida quanto os que procriam podem o fazer de forma precipitada. Mas o significado da ação parece ser esse mesmo.

E enquanto o suicídio é a última conse-quência daquele que não acredita no Amor, o nascimento não é uma prova de amor su-prema. Em todo caso é um primeiro fruto de um amor, que pode ser muito forte, mas que só se completa na entrega do próprio filho de volta ao criador. Como assim? Está na Sa-

e s p i r i t u a l i da d e

12 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

grada Escritura: “Tanto amou Deus ao mundo que entregou seu Filho único”. O Amor de verdade não está tanto na entrega de si mes-mo, mas na entrega de algo que é, por assim dizer, mais do que você mesmo, seu Filho único! É quando Abraão vai sacrificar Isaac. É quando Maria está de pé junto a Cruz. E por isso é difícil de acreditar no Amor.

É claro, em Jesus é Deus que se entrega a si mesmo. Mas Ele é o único que pode fazer isso literalmente. É o mistério da Trindade. Nós só somos três se nos unimos em uma fa-mília. E o mais semelhante que podemos fa-zer é amar tanto a ponto de entregar o nosso filho único de volta a Deus. Amamos quando deixamos que o outro seja, verdadeiramen-te, outro. E é só aí que nos encontramos de verdade com eles. É só aí que o amor não é possessão, mas liberdade. E esse único Amor é um verdadeiro drama para nós. Mas é esse mesmo drama que revela o único Amor verdadeiro, difícil, que nos leva até a morte para nos fazer alcançar a ressurreição.

João Antônio Johas

Licenciando em Filosofia pela Universidade Católica de Petrópolis, Pós-graduando em Antropologia Cristã pela

Universidade Católica San Pablo em Arequipa, Peru.Com informações de: a12.com

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Liturgia Diária | outubro de 2018 (Ano B - São Marcos)

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DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB

Santa Terezinha do Menino Jesus, VgDra, memória.Jó 1,6-22Salmo 16(17),1.2-3.6-7 (R/.6b)São Lucas 9,46-50

Gn 2,18-24Salmo 127(128),1-2.3.4-5.6 (R/.cf.5)Hebreus 2,9-11São Marcos 10,2-16

Gálatas1,6-12Salmo 110(111),1-2.7-8.9.10c (R/.5b)São Lucas 10,25-37

Gálatas 1,13-24Salmo 138(139),1-3.13-14ab.14c-15 (R/.24b)São Lucas 10,38-42

Gálatas 2,1-2.7-14Salmo 116(117),1.2 (R/. Mc 16,15)São Lucas 11,1-4

Gálatas 3,1-5Cântico Lucas 1,69-70.71-72.73-75 (R/.cf.68)São Lucas 11,5-13

Nossa senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do BrasilEster 5,1b-2;7,2b-3Salmo 44(45),11-12a.12b-13.14-15a.15b-16 (R/.11 e 12a)Apocalipse 12,1.5.13a.15-16aSão João 2,1-11

Gálatas 3,22-29Salmo 104(105),2-3.4-5.6-7 (R/.8a)São Lucas 11,27-28

Sabedoria 7,7-11Salmo 89(90),12-13.14-15.16-17 (R/.cf.14)Hebreus 4,12-13

Santa Teresa de Jesus, VgDraGálatas 4,22-24.26-27.31–5,1Salmo 112(113),1-2,3-4.5a e 6-7 (R/.cf.2)São Lucas 11,29-32

Gálatas 5,1-6Salmo 118(119),41.43.44.45.47.48 (R/.41a)São Lucas 11,37-41

Santo Ináciode Antioquia BMtGálatas 5,18-25Salmo 1,1-2.3.4.6 (R/.cf. Jo 8,12)São Lucas 11,42-46

2 Timóteo 4,10-17bSalmo 144(145),10-11.12-13ab.17-18 (R/.12a)São Lucas 10,1-9

Efésios 1,11-14Salmo 32(33),1-2.4-5.12-13 (R/.12b)São Lucas12,1-7

Efésios 1,15-23Salmo 8,2-3a.4-5.6-7 (R/.7)São Lucas 12,8-12

Isaías 53,10-11Salmo 32(33),4-5.18-19.20-22 (R/.22)Hebreus 4,14-16São Marcos 10,35-45

Efésios 2,1-10Salmo 99(100),2.3.4.5 (R/.3b)São Lucas 12,13-21

Efésios 2,12-22Salmo 84(85),9ab-10.11-12.13-14 (R/.cf.9)São Lucas 12,35-38

Efésios 3,2-12Cântico: Isaías 12,2-3.4bcd.5-6 (R/.cf.3)São Lucas 12,39-48

Santo Antônio de Sant’Ana GalvãoEfésios 3,14-21Salmo 32(33),1-2.4-5.11-12.18-19 (R/.5b)São Lucas 12,49-53

Efésios 4,1-6Salmo 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R/.cf.6)São Lucas 12,54-59

Efésios 4,7-16Salmo 121(122),1-2.3-4a.4b-5 (R/.cf.1)São Lucas 13,1-9

Jeremias 31,7-9Salmo 125(126),1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R/.3)Hebreus 5,1-6São Marcos 10,46-52

Efésios 4,32-5,8Salmo 1,1-2.3.4.6 (R/.cf. Ef 5,1)São Lucas 13,10-17

Intenção Diocesana

Para que sejamos uma Igreja em Saída e acolhamoscom alegria o Projeto Rumo ao Jubileu.

Intenção Universal

Para que os consagrados e as consagradas despertem o seu fervor missionário e estejam presentes entre os pobres, os marginalizados e quantos não têm voz.

Unamo-nos em oração pelas seguintes intenções:

Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 13

Efésios 5,21-33Salmo 127(128),1-2.3.4-5 (R/.1a)São Lucas 13,18-21

Efésios 6,1-9Salmo 144(145),10-11.12-13ab.13cd-14 (R/.13c)São Lucas 13,22-30

Santo Anjo da GuardaÊxodo 23,20-23Salmo 90(91),1-2.3-4.5-6.10-11 (R/.11)São Mateus 18,1-5.10

Jó 9,1-12.14-16Salmo 87(88),10bc-11,12-13,14-15 (R/.3a)São Lucas 9,57-62

São Francisco de Assis, Rlg, memóriaJó 19,21-27Salmo 26(27),7-8a.8b-9abc.13-14 (R/.13)São Lucas 10,1-12

Jó 38,1.12-21;40,3-5Salmo 138(139),1-3.7-8.9-10.13-14ab (R/.24b)São Lucas 10,13-16

Jó 42,1-3.5-6.12-16Salmo 118(119),66.71.75.91.125.130 (R/.135a)São Lucas 10,17-24

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14 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

Matéria de Capa

D

LEIGOFERMENTO DA SOCIEDADE

eus tem seus caminhos para preparar o homem, de acordo com sua divina vontade, lhe conceden-do tantas atribuições, tantas capacidades e im-

plantando em seu coração um desejo enorme de ser feliz. Esta busca pela felicidade leva cada um de nós a percorrer caminhos diferentes, mas sempre com o mesmo objetivo, pois todos nós queremos ser felizes!

É a liberdade que recebemos de Deus que nos permi-te sermos sujeitos da própria vida, e o próprio Jesus que nos ensina a sermos sujeitos de nossa vida. Por palavras e ações, Ele foi verdadeiramente sujeito de sua vida e de seu ministério. Ele é modelo para todo cristão, chamado a ser sujeito livre e responsável.

A Igreja nasce nesta condição de liberdade e nunca de uma imposição, pois sempre houve um chamado cuja res-

Uma das maiores capacidades que temos é a de sonhar! Já reparou como uma criança precisa de tão pouco para brincar? Lembro muito bem de como nos divertíamos jo-gando pedrinhas e fazendo-as passar entre os dedos in-dicador e polegar, primeiro uma, depois duas e assim até que as cinco passassem, e isso enquanto as outras esta-vam sendo jogadas pelo ar e apanhadas logo depois de cumprir a missão de passá-las para o outro lado da mão fixa no chão! Ah, que tempo bom! Sonhar que éramos super-heróis, pilotos de corrida em nossos carinhos de ro-limã, desbravadores ao entrar no meio da roça de café até encontrar aquela melancia saborosa... Em toda brincadei-ra, imaginária ou não, havia uma MISSÃO para cumprir!

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Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 15

“Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja: por eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade.

Por isso, eles devem ter uma consciência cada vez mais clara,não somente de que pertencem à Igreja, mas de que são Igreja (...)”

posta é conforme nossa escolha, e a partir dela, uma vez dizendo sim, recebemos uma missão, que já foi iniciada e pelo batismo herdamos a responsabilidade de cumpri--la. Os sacramentos da iniciação cristã, Batismo e Crisma, nos asseguram uma cidadania batismal, uma identidade, natureza e missão específica como cristãos leigos e leigas!

Como cristãos leigos e leigas na Igreja e no Mundo, tornamo-nos membros vivos do povo de Deus, chamados a exercer um sacerdócio comum, dotados de um Sensus Fi-dei, ou seja, um instinto da fé que nos move na docilidade ao Espírito Santo, moldados como discípulos missionários em um per-fil mariano e confirmados em uma vocação universal à santidade.

A diversidade de dons, caris-mas, ministérios e serviços exer-cidos pelos cristãos potencializa a missão da Igreja no mundo, pela liberdade, responsabilidade e cria-tividade de seus membros.

Interessante perceber que “o chamado de Deus se faz no respei-to da complexa trama de relações interpessoais que a vida numa comunidade humana supõe”, (EG, n.133). Compreende agora a capa-cidade do homem em sonhar? É uma das formas que Deus utiliza para que a grande Missão seja per-manente! No dia a dia, na família, trabalho, política, diversão, estu-dos, em tudo que seja de ordem temporal na sociedade! Este é o grande campo de missão do cris-tão leigo e leiga, que se alimenta e fortalece na Igreja, mas volta para o mundo como sal da terra e luz das nações.

É maravilhoso descobrir que “Ser povo de Deus é ser o “fermen-to de Deus no meio da humanida-de”, é “anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo”, é ser “lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam se sentir acolhidos, amados, perdoados e animados a vive-rem segundo a vida do Evangelho” (EG, n.144).

Quando pensamos na missão da Igreja, não podemos separá-la da missão do próprio Jesus Cristo, afinal a Igreja é o Corpo de Cristo, o Sacramento de Jesus no mundo! E quem é a Igreja? Claro que somos nós!

O Papa Pio XII afirma que “Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja: por eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade. Por isso, eles devem ter uma consciência cada vez mais clara, não somente de que per-tencem à Igreja, mas de que são Igreja, isto é, comunidade dos fiéis na terra sob a direção do chefe comum, o Papa, e dos bispos em comunhão com ele. Eles são Igreja”.

O Cristão maduro é aquele que tomou consciência de

sua missão, dentro da Igreja e da Sociedade, que aderiu ao projeto do Mestre buscando identificar-se sempre mais com Ele no agir e ser, que escuta o Espírito Santo, que edi-fica a comunidade e transforma o mundo como lugar do Reino de Deus.

O Papa Francisco, em 28 de outubro de 2014, durante o primeiro encontro mundial dos Movimentos Populares, dis-se: “Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem di-reitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”.

Esse deve ser nosso grito ao mundo! Esse é o princípio do Reino de Deus entre nós! Digamos sem medo: “Não nos roubem o entusiasmo missionário” (EG, n. 80), “Não nos roubem a alegria da evangelização” (EG, n. 83), “Não nos roubem a esperança” (EG, n. 86), “Não deixemos que nos roubem a comunidade” (EG, n.92), “Não deixemos que nos roubem o Evangelho” (EG, n. 97), “Não deixemos que nos roubem o ideal de amor fraterno” (EG, n. 101).

Este é o sonho de Deus! Esta é a nossa Missão!Paz e Bem!

Paulo Angelo Lourenço dos SantosCoordenador do Conselho Paroquial

da Ação Evangelizadora - Paróquia São Tomé[email protected]

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A MISSÃO NO AMAZONAS

Vocações

o dia 17 de fevereiro fui enviada à ci-dade de Novo Aripuanã, no Amazo-nas, para a paróquia Nossa Senhora

da Conceição, na prelazia de Borba. Estou residindo em comunidade intercongrega-cional com duas Irmãs Claretianas, as quais conheci uma no aeroporto em São Paulo e a outra ao chegar no local.

O município tem uma extensão de 500km. Na zona urbana residem 14700 ha-bitantes divididos em 9 comunidades, for-mando 3 diaconias; e 7400 habitantes na zona rural, divididas em 86 comunidades ribeirinhas ao longo de 6 grandes rios (Ma-deira, Aripuanã...), seus afluentes e muitos lagos que se formam e são alimentados pe-las enchentes e 7 comunidades nas estradas. Mensalmente, a paróquia tem um dízimo de R$ 9000,00 e mais R$ 2300,00 de coleta para manter toda a evangelização. As prin-cipais fontes de emprego são: prefeitura, educação, saúde, caça, pesca e pequenos comércios que ajudam no emprego familiar. As comunidades ribeirinhas pescam e caçam para a sobrevivência, cultivam banana, man-dioca (macaxeira) e alguns outros alimentos que a terra produz, como: tucumã, castanha, açaí, cupuaçu. Duas comunidades cultivam o guaraná para a sua subsistência. No geral, o povo é simples e não almejam riquezas, mas são bastante acolhedores, o prato principal é

N a farinha de mandioca e o peixe, o meio de transporte é por água (barco, balsa, rabeta).

Para o trabalho de evangelização es-tamos em 3 religiosas e 2 padres indianos (Missionários de Maria Imaculada), 2 candi-datos ao diaconato permanente e os leigos. Juntos nos esforçamos para levar a Palavra de Deus a essa população e a muitos irmãos evangélicos, em que cada um, de sua forma, vai semeando a Palavra de Deus.

A espiritualidade da população católica é alimentada por meio da celebração da Santa Missa e da Palavra (18 celebrações semanais na zona urbana) e devoções populares: pa-droeiros, procissões, devoção Mariana, ter-ço dos homens. As pastorais são: batismo, família, juventude, dízimo, MECEPs, infân-cia e adolescência missionária, catequese, liturgia, ministério de música e coroinhas.

Nas visitas ao interior (comunidades ribei-rinhas e estradas) são realizadas sempre por duas irmãs, um padre e leigos, que durante o ano passam nas comunidades dando forma-ção para os sacramentos, visitas nas casas e após se reúnem para a celebração da Euca-ristia e os sacramentos, quando necessário. Algumas comunidades recebem 3 visitas religiosas outras apenas 1 ao longo do ano.

O nosso maior desafio missionário é in-cutir no coração das pessoas o sentido dos sacramentos, como exemplo posso usar o

16 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

matrimônio: em 50 anos de paróquia cele-brou-se apenas 20 matrimônios, também falta recurso financeiro para a manutenção do barco e da lancha.

É tudo muito simples, ainda se encon-tra parteiras, benzedeiras e muita gente que dá testemunho com simplicidade. Em uma conversa com uma senhora, ela expressou: “Quando eu era ribeirinha, na sexta-feira santa a gente se reunia às 15 horas e fazia um mo-mento de pedido de perdão uns aos outros e depois a gente elegia uma árvore, fazia uma fila, se ajoelhava aos seus pés e ali confessava para a árvore”. E assim nosso povo de Deus vai alimentando a sua fé e construindo o Reino.

Estou vivendo com esse povo amado, onde faço essa rica experiência de Deus e renovo o meu SIM a cada novo amanhecer, escutando a voz de Jesus que alimenta o meu coração: “Tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas ...” Jo 21,17.

Louvo e agradeço a Deus por ter me dado esta oportunidade, agradeço também a todas as autoridades eclesiástica desta diocese pelo apoio e a todos que me acom-panham com seu afeto e orações.

Que Cristo, o Bom Pastor, guie-nos e mostre-nos sempre o caminho a seguir.

Ir Olinda de Jesus BarradasIrmãs de Cristo Pastor

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Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 17

E a í , J ov e m !

FALA, GALERA... PaZeBeM ao seu Coração!

ara, que saudades dessa juven-tude animada de nossa diocese. Estive um ano ao lado de vocês

na secretaria do SDJ e agora estou pisan-do em outro solo, outro terreno e espero conseguir partilhar com vocês um pouco da minha experiência missionária.

Cheguei aqui no continente africano no dia 28 de maio deste ano, enviado pela nossa diocese do Divino Espírito Santo, de Umuarama, e a partir de então estou morando na cidade de Quebo, dio-cese de Bafatá, no país de Guiné-Bissau. Aqui faço comunidade missionária com mais sete pessoas, na Missão Católica Beato Paulo VI, juntos nos doamos nesta profunda experiência missionária.

Assim que cheguei, fui designado para assessorar a juventude daqui da cidade, e logo de cara pensei “nossa, que máximo, tudo a ver comigo, já te-nho altas ideias”, mas assim que me aproximei dos poucos jovens atuantes desta pequena comunidade católica, vi que não seria muito fácil. Depois, ao ver mais fundo a realidade deles, vi que eu precisava deixar para traz tudo que já tinha de bagagem com as experiências

sa forma deve ser o anúncio, aos pou-cos e com muito cuidado para que tudo seja aproveitado e faça a diferença.

Me aproximei e conheci uma juven-tude alegre e cheia de esperança para o futuro, jovens que gostam de fazer novas experiências e que curtem se encontrar. Ao som do tambor, instrumento mais utili-zado por aqui, fazem festa, compartilham suas experiências e se ajudam, trazendo à tona o verdadeiro valor de que todos são irmãos e irmãs.

Neste primeiro mês de experiência missionária, vi que nem tudo são flores, mas também nem tudo é deserto, estar aqui na África é surreal, é apaixonante e, ao mesmo, tempo um imenso desafio. Contudo, um missionário precisa acreditar na providência divina de que tudo vai dar certo e que a missão se faz a partir da doa-ção particular e de se permitir viver o mo-mento, e o momento agora é de se adap-tar para ser um irmão em meio a todos.

Que São Francisco de Assis, que sou-be ser irmão de todos e missionário, me ajude a seguir em frente, vencendo as dificuldades e, com profunda alegria no coração, vivendo a missão que o Senhor Jesus me confiou.

Frei Bernardo LuzConsagrado da Fraternidade Coração

Chagado de Jesus

vividas com os jovens no Brasil, para po-der aprender como fazem tudo por aqui, precisei entender os seus costumes, co-meçar a aprender a língua crioula para melhor me comunicar e até seria preciso ganhar a confiança deles.

Estou em uma cidade onde a gran-de maioria é de Muçulmanos, cerca de 70% da população, e assim também são os jovens; outra parcela da popu-lação, com os seus jovens, são de sete tipos de etnias nativas, que convivem conosco, em que alguns já abraçaram a fé católica; muitos outros ainda são pagãos; depois, alguns protestantes.

Um dos meus desafios aqui, acredi-to que seja conseguir ajudá-los a fazer a vivência da experiência de grupo de jovens e, a partir desse grupo, construir uma identidade juvenil, que seja capaz de mostrar a face misericordiosa de Je-sus Cristo, o Filho de Deus, aos outros, por meio de uma profunda espiritualida-de e com os gestos concretos na vida.

Mesmo estando em um campo de missão tão diferente do que estava acos-tumado, aqui neste país vejo a grande necessidade do verdadeiro e profundo anúncio querigmático, mas assim como aqui se tem zelo por cada gota d’água que se coloca na bacia, vejo que des-

ÁfricaUma experiência missionária surreal

C

Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 17

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18 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

3o ENCONTRO

Grupo de Reflexão

A conquista da vida eternapassa pelo serviço ao irmãoMc 10,17-30 (28o Domingo do Tempo Comum)

1. ACOLHIDAPreparar o local da reunião. Rece-ber as pessoas com alegria.

Dirigente: O Evangelho de hoje tra-ta do homem que se aproximou de Jesus querendo saber como con-quistar a “vida eterna”.

Oração InicialCanto: Javé, o Deus dos pobres (Cânticos para as Comunidades, p. 20, nº 55). Sinal da Cruz – Oração do mês.

2. ABRI OS OLHOS PARA VERLeitor 1: Um homem decidido vem correndo, saúda Jesus com um tí-tulo elogioso: “bom Mestre”, e pro-põe, sem mais, a sua pergunta: “O que é preciso fazer para conseguir a vida eterna?”.

Leitor 2: Jesus disse-lhe: “Você co-nhece os mandamentos: Não mata-rás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantar falso teste-munho, não defraudarás, honra teu pai e tua mãe”. Veja que Jesus cita os mandamentos que dizem respeito ao relacionamento com o próximo. Não falou dos três primeiros, que dizem a respeito ao relacionamento com Deus. Ao que o homem responde que os observa desde a sua juventude.

Leitor 3: Jesus olhou com carinho, viu que era sincero e lhe disse: “Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois,

vem e segue-me”. Desapegar-se das muitas coisas, embora legíti-mas: “Se a vossa fortuna prospera, não lhe deis o coração” (Sl 62,11).

Leitor 1: O homem franziu a testa e partiu triste. Por causa do alto custo da exigência, ficou sem ânimo para dar o passo e seguir adiante com Jesus. A confiança em Deus se opõe à confiança na riqueza.

Leitor 3: Jesus convida à partilha, ou seja, a abrir mão de lucros maio-res, pagando salário digno a quem favorece a produção de bens. Em suma, convida à doação total de si em favor do próximo.

Leitor 2: Jesus afirma que o “Reino de Deus é dos pobres”. “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus”. Se não estão dispostos a partilhar a vida e conviver com os pobres, como vão querer viver no “reino dos pobres”.

Leitor 3: A Igreja na América Latina fez sua opção preferencial pelos pobres, e o Papa Francisco não se cansa de repetir: “Quero uma Igreja pobre, para os pobres”. E diz, ainda: “Não nos esqueçamos de que a ver-dadeira caridade dói”.

Despertar o ouvido para escutarDirigente: Na leitura que vamos ouvir, alguém deseja saber de Jesus o que se deve fazer para alcançar a vida eterna. Vamos prestar atenção no seguinte: “Quais os três pontos mais importantes da resposta de Jesus?”.

Canto: Toda a Bíblia é Comunicação (p. 36, nº 118).

Evangelho de São Marcos 10,17-30.

Questionamentos para reflexão1) Como praticar o conselho de Jesus:

“Vai, vende tudo, dá aos pobres”? O que significa para nós, hoje?

2) Qual é a condição fundamental para entrar no Reino de Deus?

3) Qual o valor máximo da nossa vida? O que pesa mais na balan-ça na hora de tomar a decisão?

3. CELEBRAR A VIDA EM COMUNIDADEDir.: Coloquemos em forma de pre-ce o que refletimos. Cada um apre-sente a Deus sua prece, em silêncio ou em voz alta, para que todos re-zem a mesma intenção, após cada prece, digamos juntos: Que eu te veja nos pobres, Senhor.

Dir.: Ouvi-nos, Pai de Bondade, e atendei-nos por teu Filho, Jesus Cristo, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Salmo 62: “Se vossa fortuna pros-pera, não lhe deis o coração”.

Dir.: Rezemos pelas vocações: “Cada Comunidade uma Nova Vocação”.

4. COMBINAR AÇÃO CONCRETAO que vamos fazer de concreto para colocar esse evangelho na vida?

Canto: Vai, Missionário do Senhor (p. 39, nº 131).

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Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 19

CELEBRAÇÃO DAS CEBs

“Ser grande na construçãodo Reino de Deus”

São Marcos 10,35-45 (29o Domingo do Tempo Comum)1. AMBIENTAÇÃODar as boas-vindas. Acolher bem as pessoas.

Coordenador(a): Na comunidade dos seguidores de Je-sus, a ambição do primeiro lugar é subs-tituída pelo espírito de serviço. Não é que o serviço seja um meio para se con-seguir o primeiro lugar, mas no serviço reside a dignidade. Na Celebração de hoje, queremos lembrar a vida de tantos missionários que levam a mensagem de esperança àqueles que necessitam.

Jesus, missionário do Pai, chega ao extremo oferecendo sua vida como resgate. Ele nos convida a não medir esforços para promover a vida dos mais desvalidos e abandonados da so-ciedade. Propõe uma sociedade onde não haja domínio de um sobre o outro.

Canto: Te amarei, Senhor (p. 36, nº 117). (Alguém conduz a cruz para o meio, ladea-do por duas pessoas com velas acesas).

2. SAUDAÇÃO MECEP: Em Nome do Pai... Amém!(Oração do mês).

Nossa missão é anunciar Jesus Cris-to, que por amor nos resgatou e nos quer próximos de si. Ser missionário é ser aquele que leva a mensagem de esperança àqueles que necessitam.

Jesus define a sua missão e a sua vida: “Não vim para ser servido, mas para servir!”. Veio dar sua vida em resgate para muitos. Ele é o Messias

Servidor, anunciado pelo profeta Isaías. Aprendeu de sua mãe, que disse: “Eis aqui a serva do Senhor”(Lc 1,38).

Peçamos perdão. Em um momento de silêncio, façamos nosso exame de consciência. (Silêncio).• Jesus deseja e propõe uma socie-

dade onde não haja domínio de um sobre o outro. Pelas vezes que fomos autoritários e dominadores. Senhor tende piedade de nós.

• Pelas vezes que nos deixamos ar-rastar pela ambição de conquis-tar lugar de destaque e poder. Cristo tende piedade de nós.

• Pelas vezes que murmuramos contra Deus e não nos organi-zamos para lutar por uma socie-dade justa e igualitária. Senhor tende piedade de nós.

MECEP: Senhor, Deus de bondade e misericórdia, perdoe nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém!

3. LITURGIA DA PALAVRACoord.: Vamos ouvir o Evangelho. Du-rante a leitura, fiquemos atentos para perceber o que o Senhor nos pede.

Canto: Dá-me a palavra certa (p. 14, nº 32).

MECEP: Proclama o Evangelho (Mc 10,35-45).

4. MEDITANDO A PALAVRA (Máximo 10 minutos).É o serviço que constrói a comunidade cristã. Nós todos temos que nos compro-meter e estar a serviço do projeto do Rei-

no de Deus, seguindo o exemplo de Je-sus Cristo.Na comunidade não há lugar para o poder que oprime, mas somente para o serviço que ajuda. Jesus não quer chefes dominadores, mas servidores como Ele, que dão sua vida pelos outros. Canto: Prova de amor maior não há (p. 29, nº 92).

Somos “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz” (tema da Cam-panha Missionária, 2018). Sensibi-lizar, despertar vocações missioná-rias e realizar a tarefa de construir a sociedade nova.

5. A PALAVRA NOS LEVA A REZARMECEP: “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz” é o tema da Cam-panha Missionária deste ano. Dirijamo--nos ao Senhor da Messe com nossos pedidos, clamando por uma nova vo-cação em nossa comunidade. (Preces da Comunidade, concluir com Pai--Nosso e uma dezena de Ave-Maria).

MECEP: Atendei-nos, ó Pai, por teu Filho Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Canto: Te amarei, Senhor (p. 36, nº 117).

6. BÊNÇÃOMECEP: Que o Senhor, Deus Todo--Poderoso, nos abençoe: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém!

7. AVISOS

8. CANTOVai, Missionário do Senhor (p. 39, nº 131)

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N

ÁGUAGestão sustentável e responsabilidade

(Parte 3)

20 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

Diocese de Baixo Carbono

as duas edições anteriores, conver-samos sobre o recurso mais precioso desse planeta para subsistência de to-

dos os seres vivos. A água não é só um recurso natural, mas também se tornou um bem valioso e cobiçado, um bem de todos que, cada vez mais, vem sendo gerido comercialmente por grandes corporações e estatais com finalidade lucrativa. Lamentavelmente, as notícias e dados globais, assim como previsões sobre os recursos hídricos oferecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas), são preocupantes; as crises na produção de alimentos, os prejuízos com as se-cas, chuvas torrenciais, vendavais, alagamentos, etc., são cada vez mais intensos, a ponto de cau-sar imigrações, tanto territoriais dentro de um mesmo país, quanto para outros países.

E em nossa região, como está a questão da água? Esse é um assunto bastante abrangente que abre um leque de reflexões. Poderíamos refletir sobre questões de gestão hídrica munici-pal: o plano municipal; o convênio de gerencia-mento de abastecimento e tratamento de água, feito por terceiros (ex. Sanepar). Mas, nesse momento, não é o nosso foco, embora isso seja de relevante importância, pois influencia na sua conta de água, na qualidade da água que che-ga à sua casa, no tratamento da água de esgoto que é devolvido ao meio ambiente, etc. Entretan-to, vamos refletir com outro olhar sobre a água.

Se você mora na cidade ou na zona rural, bem provável que se lembre de um córrego,

lago, rio ou uma nascente que passe pelas pro-ximidades de sua casa.

Propomos que reflita: (sozinho, em família, grupo ou comunidade, poderia ser até tema de um dos encontros).• Você conhece a nascente do rio (córrego,

lago, “riozinho”) mais próximo de sua casa?• Quando foi a última vez que você visitou, foi

olhar de perto?• Nos últimos anos mudou algo, aumentou

ou diminuiu o volume de água? Está mais limpo ou sujo?

• Alguma vez você participou de alguma ação de cuidado, limpeza ou preservação?

• Conhece a bacia hidrográfica de onde você mora?O que poderia ser feito? Vai aí algumas

dicas, mas não se limitem apenas a essas!Região urbana:• Convide sua família, vizinhos, grupo ou co-

munidade a fazerem uma visita ao curso do rio mais próximo à sua casa;

• Ao percorrer o curso do rio, observem e anotem, fotografem e/ou filmem, para per-ceberem qual é a atual situação;

• Se possível, comparem com a situação de dez anos para cá, tirem suas conclusões;

• Conversem com as pessoas sobre a ques-tão, seja ela positiva ou problemas consta-tados;

• Procurem outras pessoas que se interes-sem em ajudar a cuidar, proteger e preser-

var a nascente, o curso e as mar-gens do rio;

• Proponham que escolas, insti-tuições, empresas ou indústrias próximas, juntem-se e adotem a bacia hidrográfica, nascente, rio e suas margens;

• Criem um dia “D” de conscienti-zação e mutirão comunitário para limpeza e proteção;

• Incluam o assunto na pauta dos representantes de associações de bairro, vereadores, etc;Região rural:As mesmas dicas da região urba-

na servem para nortear as iniciativas na região rural, porém algumas rea-lidades mudam, geograficamente e, principalmente, pelo manejo de solo. É importante verificar as curvas de ní-veis, caixas e outros requisitos em lei para preservação das nascentes, dos leitos e de cuidado com a bacia hidro-gráfica, lembrando que as APAs (Área de Proteção Ambiental) normalmente estão em áreas rurais e têm uma le-gislação a se observar.

Outro cuidado é com o uso de produtos agrotóxicos, principalmente nas proximidades de nascentes, esse assunto merece muita atenção e re-flexão, pois é grave a contaminação tóxica de produtos e insumos agríco-las, principalmente o herbicida Glifo-sato, o famoso veneno Randap.

Este assunto não pode se esgotar aqui! Queremos ir despertando uma maior consciência de Ecologia Integral, pois a Diocese cada vez mais se empe-nha em cuidar da Casa Comum, e para isso precisamos de você, sua família, seus vizinhos, grupo, comunidade, para tornar nossa região mais ecológica e habitável para as futuras gerações!

Gostaríamos de saber sobre as ini-ciativas que foram despertadas a partir dessas reflexões. Desejamos colocar aqui nas notícias da Revista Informativo Diocesano. Entre em contato com a edi-ção e envie-nos fotos, testemunhos, etc.

Cuide da água, fonte de vida! Se-jamos guardiões da criação como nos pede o Papa Francisco!

Reginaldo Urbano ArgentinoTerapeuta e Ambientalista

Assessor do Bispo para assuntossocioambientais

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A MISSÃO DA FAMÍLIA AO CUIDAR DOS FILHOS COM DEFICIÊNCIA

ntroduzo apresentando a terminologia “com deficiência”, em vigor até o momento, para expressarmos sobre alguma limitação que

alguém apresenta. Não se diz pessoa portado-ra, pois ninguém porta nada, ninguém carrega uma deficiência, mas sim se tem uma e é uma pessoa como qualquer outra. Afinal, quem de nós não possui uma dificuldade, limitação, deficiência ou até mesmo necessite de um cuidado especial? Muitos perguntam: Como devo chamar mesmo uma pessoa com defi-ciência? Bom, te respondo! Chame pelo nome!

Neste texto, acabarei me colocando de forma imparcial, expressando mais meus sen-timentos, pois tenho um irmão com Síndrome de Down. Ele se chama Rafael, tem 22 anos, está na foto desta página. Confesso que, em meados de 1996, foi um susto muito grande para nossa família entender e compreender tudo isso. Surgiram inúmeras perguntas e questionamentos: O que vamos fazer agora? Como cuidaremos? O que tem que ser feito? Enfim, fomos acometidos por uma profunda angústia e uma preocupação com o futuro do famoso “como vai ser?”. Além disso, todas as expectativas criadas tomaram um banho de água fria, veio uma frustração. Às vezes, até os próprios pais sentem culpa disto ter acon-tecido, por não ter vindo um filho, como se diz e espera: “perfeito”.

Estes eram nossos pensamentos antes de entendermos a linda missão que o Rafael nos daria. Ainda estávamos apegados ao “perfei-to”. É certo que não podemos negar nossas aflições e medos. Claro que estão enraizados em nós os preconceitos, estereótipos e julga-mentos. Corro o risco disso, até mesmo nesse texto. Mas o desafio é valorizar os talentos. Transformar a deficiência em eficiência. É en-tender que todos possuem dificuldades, cada qual com seu grau e intensidade.

O Rafael tem nos mostrado o poder do amor, do afeto e do carinho. Sei que não são to-das as pessoas assim e que cada família passa por situações específicas. Também, não sou hi-pócrita de negar as dificuldades que realmen-te existem, pois há um grande trabalho, exige muito cuidado e atenção. Nem sempre temos as melhores condições de cuidar e, ainda, há uma grande barreira social. Muitas vezes não se tem um sistema de saúde ou pessoas que nos amparam. Entretanto, trago aqui que a missão da família é acolher e amar sem medi-das. Sim, a família deve lidar com as dificulda-des e limitações, mas nunca tirar os olhos das potencialidades e do que se pode alcançar. A família é aquela que acredita que pode dar cer-to, mesmo quando todos dizem que não dará.

Precisamos mudar nosso olhar, quere-mos ser perfeitos e que as outras pessoas

Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 21

A s s u n to d e Fa m í l i a

também sejam, como se não pudéssemos er-rar. Temos a tendência de ver as falhas, erros e problemas. Esquecemos do que é bom, do que presta, do que temos e do que podemos alcançar. Ficamos apegados às imperfeições. Algumas “deficiências” podem ser mais visí-veis e ganhar até um nome, rótulo ou diag-nóstico. Mas, talvez, a maior deficiência seja aquela que entristece o coração, que fica às escondidas, cheio de cobranças ao outro e a si mesmo. Que não compreende que o ser humano é falho e que pode recomeçar. As doenças da alma, como o vazio e a tristeza, ferem e prejudicam mais que muitas “defi-ciências” que temos por aí.

Por fim, retomo e friso que a missão da fa-mília é amar sem medida. O amor tem suas de-ficiências, mas disso brota a eficiência. Deve-mos procurar auxílio de profissionais, institui-ções e pessoas que possam assessorar nesse processo de cuidado. Uma coisa é certa, com as diversas deficiências que temos em casa, podemos encontrar um ponto precioso no ou-tro. Isto não faz bem apenas para o outro, mas sim também para mim, pois como vejo o outro é também como me vejo.

Professora Amanda Azevedo Doenea

Editora Responsável e Revisora Textual da Revista Informativo Diocesano de Umuarama

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IGREJA,COMUNIDADEMISSIONÁRIA!

22 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

Escola de Teologia

Igreja peregrina é, por sua na-tureza, missionária” (AG 2). Nas-ceu para ser missionária. Ela não

está a serviço de si mesma, mas aberta ao mundo e às nações às quais é enviada pelo seu fundador, de quem recebeu o “solene mandato de anunciar a verdade salvadora, até os confins da terra” (LG 17). O espírito missionário vem das primeiras iniciativas de Jesus quando começou a reunir seguidores e formar o grupo itinerante que depois se constituiu na própria Igreja. “Jesus convo-cou os doze e lhes deu poder e autoridade... E os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar” (Lc 9,1-2). Essa foi a prática constante de Jesus, chamar, preparar e enviar. E, antes da ascensão, deixou a ordem: “Ide e fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28,19).

Toda a Igreja, isto é, todos os batiza-dos, devem sentir-se responsáveis pela evangelização do mundo. É exatamente isso que afirma o Concílio Vaticano II, no documento Ad Gentes, 35: “Toda a Igreja é missionária e a obra da evangelização é um dever fundamental do povo de Deus”. Hoje temos consciência de que todo bati-zado é chamado a ser missionário. Até o Concílio, entendia-se por missão ir ao meio dos pagãos para convertê-los e integrá--los à Igreja. Hoje, temos consciência de que terra de missão são nossas paróquias,

comunidades, famílias, ambientes de tra-balho. Mais do que batizar convertidos, é necessário converter muitos batizados.

O Papa Francisco propõe “uma conver-são pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão. Neste momen-to não nos serve uma simples administra-ção” (EG, 25). Além da conversão pessoal, as pastorais e movimentos, como institui-ções, são desafiados a um processo de con-versão. Mais do que reuniões técnicas que consistem em administrar atividades roti-neiras, é urgente assumir propostas e ações missionárias concretas. Para isso, torna-se necessário mudar mentalidades que com o tempo se cristalizam em práticas pouco evangelizadoras, mas que cansam e desmo-tivam os próprios membros das pastorais. A evangelização do mundo não se faz a partir das salas paroquiais, nem a partir do sofá.

De novo o Papa Francisco nos provoca, dizendo que “sonha com uma opção missio-nária capaz de transformar toda a estrutura eclesial e a torne um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual do que à autopreservação” (EG, 27). Os agen-tes e lideranças de nossas paróquias de-vem ser seriamente preparados para irem ao mundo, que é a sua terra de missão. Os membros de uma pastoral ou movimento que se reúnem, até com frequência, mas não dedicam igual tempo para evangelizar

outras realidades, não estão no espírito do ensino e da prática de Jesus. Ele esta-va sempre onde havia pessoas com suas necessidades, não ficava esperando que o procurassem, nem tinha uma sala de re-união para os discípulos. Esses eram cate-quizados nas andanças pelos povoados e cidades onde se encontrava o povo, com suas dificuldades e necessidades.

Insiste o Papa “que as estruturas, pela conversão pastoral, se tornem mais missio-nárias e coloquem seus agentes em atitude de constante saída”. Fazendo eco aos an-seios do Papa, os nossos Bispos propõem uma eficaz ação transformadora do cristão leigo no mundo (Doc. 105). E além de apon-tar critérios e princípios para a ação transfor-madora, indicam os modernos “areópagos” para onde o leigo e a leiga são enviados para serem sal e luz. O campo de missão são os ambientes onde estão os modernos areópa-gos, como: a família, o mundo da política, do trabalho, da cultura e da educação, da comu-nicação e da Casa Comum. Esses espaços podem ser belamente iluminados e santifica-dos pela presença de tantos cristãos e cristãs que, além de cristianizar essas realidades, realizam a sua vocação batismal. Quanto dignifica a missão do cristão a feliz afirma-ção do Papa: “O altar do leigo é o mundo”.

Frei Justino Félix Stolf

“A

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Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 23

Biscoitinhos integrais

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VOO ATRASADO OU CANCELADO?CONHEÇA OS SEUS DIREITOS!

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ral da Criança - CNBB

INGREDIENTES• ½ xícara de farinha de trigo• ½ xícara de farinha de aveia• ½ xícara de farinha de trigo integral• ½ xícara de óleo• ½ colher (sopa) de fermento em pó• 1 xícara de açúcar mascavo• 1 colher (chá) de canela• ½ colher (sopa) de noz-moscada• ¾ de xícara de água

MODO DE PREPAROMisture os ingredientes secos, acrescente os demais até a massa ficar homogênea. Faça bolinhas, achate-as e colo-que em uma forma enfarinhada. Assar em forno médio até começar a dourar. Rendimento: 70 biscoitos.

Atraso de mais de 4h:O passageiro deve receber

acomodação em local adequada,translado e, se preciso,

hospedagem.

Atraso de mais de 2h:O passageiro tem direito

a alimentação.

Atraso de mais de 4h ou cancelamento do voo: A empresa aérea é obrigada a reacomodar

o passageiro em outro voo, mesmo que seja de outra empresa, ou reembolsar o valor integral

da passagem.

Dano elétrico devido à queda de energia?O consumidor tem até 90 dias para solicitar

o ressarcimento, junto à distribuidora de energia, pelo dano causado aos seus aparelhos

elétricos devido à queda de energia.

Diego Fernando JacobPublicitário e assessor de comunicação e imprensa diocesana

Com informações de: Senado Federal e Jusbrasil

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24 INFORMATIVO DIOCESANO | Novembro de 2017

CantandoParabéns

Curiosidades da Igreja

1. Foi o primeiro livro impresso no mundo.

2. Foi traduzida em 1.800 línguas e é a pu-blicação mais popular do mundo.

3. A origem da Bíblia é atribuída ao povo hebreu.

4. A Bíblia, inicialmente, foi composta em três idiomas: os livros mais antigos em hebraico, mais ou menos ¾ do total; os mais recentes em grego, com ¼ aproximadamente; e poucas páginas em aramaico.

5. A tradução latina mais conhecida foi feita por São Jerônimo, à base de tex-tos originais do hebraico e grego.

6. O livro mais antigo não é Gênesis, mas Jó.

24 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

7. O maior versículo está em Ester 8, 9. Na tradução da Bíblia de Apareci-da, ele contém 424 palavras.

8. A Torá compõe os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (Gê-nesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).

9. Evangelho significa “Boa-Nova”.

10. O evangelista Lucas não foi discípulo de Jesus. Para escrever o evangelho, recor-reu a testemunhas oculares que acom-panharam a vida de Cristo. Já o Evan-gelista Marcos era discípulo de Pedro, primo de Barnabé e companheiro de Paulo na primeira viagem missionária.

11. No Novo Testamento, as cartas eram mensagens direcionadas às primeiras comunidades de fé;

12. A Carta de Pedro, possivelmente, não foi escrita por ele, mas por Sil-vano, apóstolo de Paulo.

Diego Fernando JacobPublicitário e assessor de comunicação

e imprensa diocesanaCom informações de: A12 –

Santuário Nacional de Aparecida

12 coisas que você não sabia sobre a Bíblia

Pe. SérgioAparecido Galetti

01/10/1969

Pe. Antônio Augusto Dornelas de Andrade

31/10/1980

Pe. Luiz Carlos Bera 03/10/1998

Pe. Ivanil Pereirada Silva

12/10/1990

Pe. Guerino Mendonçados Santos18/10/1972

Pe. Paulo Sérgiode Aguilar05/10/1978

Dom José Maria Maimone, SAC (Bispo Emérito)

06/10/1932

Pe. Saulo Neiva Dias 12/10/1996

Pe. Jorge Pursinodos Santos18/10/1962

Pe. Dirceu Baccaro 13/10/1996

Pe. Marcio Luiz Priori 25/10/1963

Pe. Fernandode Carvalho Brito

16/10/1987

Presbíterosda Diocese

aniversariantes do mês de outubro:

Aniversariantes de Ordenação Presbiteral do

mês de outubro:

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VAMOSCOLORIR!

C o i s a d e C r i a n ç a

Outubro de 2018 | INFORMATIVO DIOCESANO 25

JOGO DOSSETE ERROS

Encontre as sete diferenças entre as duas imagens que ilustram a linda passagem do Evangelho a seguir: “Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe:

‘Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.’” (Mc 10,21)

NOSSA SENHORA APARECIDA,

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Escreva as letras dentro

dos blocos vazios segundo a forma para completar

a frase

Circule as ações em que

você acredita que o Espírito

Santo está presente.

Muitas pessoas justas, de acordo com sua consciência,

estão com Cristo mesmo sem saber, fazem coisas boas e sempre

que podem, ajudam o próximo.O espírito de Deus se instala

onde quer.

Vamos homenagear Nossa Senhora Aparecida colorindo o desenho

com bastante capricho!

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26 INFORMATIVO DIOCESANO | Outubro de 2018

Notícias da Diocese

Tradicional Missa de Nossa Senhora da Rosa Mística é realizada com motocarreata e bênção

aos motociclistaso dia 15 de julho aconteceu em Umuarama a 5ª Mis-sa em honra a Nossa Senhora da Rosa Mística, pa-droeira da Rádio Inconfidência e do Projeto Amigos

da Evangelização. Realizada às 08h, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a missa foi presidida pelo Pe. Carlos Alberto de Figueiredo, Diretor da Rádio Inconfi-dência, juntamente com o Diác. Gilberto Costa, Coordena-dor da PASCOM Diocesana e Diác. Silvanei.

Após a missa, toda a comunidade foi convidada a par-ticipar da tradicional motocarreata com bênção especial aos motociclistas e aspersão da água benta.

N

Três seminaristas foram ordenadosdiáconos transitórios em julho

o último sábado de julho, 28, aconteceu na Paró-quia Catedral do Divino Espírito Santo, de Umua-rama-PR, a ordenação diaconal dos seminaristas

Antônio Murilo Macedo Da Luz, Frederico De Jesus Lopes, Lucas Pereira Dos Santos. A celebração foi realizada às

N 19h30 e, sob a imposição de mãos do nosso Bispo Dioce-sano, Dom Frei João Mamede Filho, OFM Conv., os então seminaristas foram ordenados diáconos transitórios, para em aproximadamente seis meses serem ordenados para o ministério do sacerdócio.

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D ATA H O R A AT I V I D A D E S - O U T U B R O D E 2 0 1 8

Sáb. 06

Seg. 08

Seg. 0101 a 0701 a 31Qua. 03

Qui. 11

12 a 14Sáb. 13

13 e 14

15 e 16

Seg. 15

Qui. 18

19 a 21

Sáb. 20

20 e 21

21 a 30Ter. 23

Seg. 29Ter. 30

Sáb. 27

Almoço: Decanato da Catedral - Padres do Decanato - Pe. Francisco José Navarro, SAC - P. São Vicente Pallotti - Umª

Reunião do Conselho Diocesano dos Formadores (CONDIF) - Formadores - Dom Mamede e Pe. Lailson - Comunidade de Formação “Divino Espírito Santo” - Londrina

Dia do Nascituro: Pastoral Familiar - ParóquiasReunião Avaliativa e Estudos dos Projetos Recebidos: Cáritas Diocesana - Diretoria - Secretaria da Cáritas - Cúria Diocesana - Umª

Visitas Missionárias: Juventude Missionária - Jovens - Diego - ParóquiasMissa: Abertura da Novena da Padroeira da Paróquia - Povo - Dom Mamede e Pároco - P. Nossa Senhora Aparecida - Umª

Missa: Abertura do Mês Missionário: IAM, COMIDI, JM e Povo - P. Catedral - UmªSemana Nacional da Vida: Pastoral Familiar - Famílias - Paróquias

Retiro Fraterno: Fraternidade Coração Chagado de Jesus - Consagrados e Vocacionados - Local: Fraternidade Coração Chagado de Jesus - UmªCapacitação e Formação - Decanato de Cianorte: Pastoral da Pessoa Idosa - Voluntários - Maria de Lurdes - P. São Vicente de Paulo - Cianorte

Tarde de Formação e Convivência: Equipes de Nossa Senhora (ENS) - Todos - Colegiado - P. Santa Clara de Assis - UmªConfraternização - Decanato da Catedral: Pastoral da Pessoa Idosa - Idosos - Cida - P. São Vicente Pallotti - UmªMissa: Celebração do Sacramento da Crisma - Crismandos e Povo - Dom Mamede e Pároco - São Tomé

Movimento de Cursilhos de Cristandade: Decolores - GED - CDF e Auditório Ir. Helena Maimone - Umª

Terço em Honra a Nossa Senhora Aparecida: Movimento do Terço dos Homens - Membros - Luiz e equipe - Monte Sião - UmªMissa: Padroeira da Paróquia - Povo - Dom Mamede e Pároco - Icaraíma

Encontro da Juventude Vicentina: Sociedade de São Vicente de Paulo - Coord. CJ e Dir. CCUEncontro: Acompanhamento Vocacional Personalizado - Vocacionados - Pe. Sérgio Aparecido Galetti - Comunidade de Formação “Bom Pastor”: Seminário Propedêutico - UmªRetiro de Educadores: Pastoral da Educação - Educadores - Regional Sul 2 - Foz do Iguaçu

Encontro Decanal: Alimentação Enriquecida - Decanato da Catedral e São Francisco de Assis: Pastoral da Criança - Líderes, apoio e coordenadoras - Dedê, Edilene e Maura - P. São Francisco de Assis - Umª

Formação para os Novos Diáconos Permanentes: Escola Diaconal Diocesana “São João Paulo II” - Aspirantes - Diácono Elias Rocha e Equipe - CDF e Auditório Ir. Helena Maimone - UmªEncontro Diocesano de Formação: MECEPs - Coordenadores e Vice-Coordenadores Paroquiais - Equipe Diocesana - P. Catedral - Umª

Missa Mensal: Equipes de Nossa Senhora (ENS) - Todos - SetorDia Nacional de Valorização da Família: Pastoral Familiar -Toda a Comunidade - Paróquias

ECAFO: Sociedade de São Vicente de Paulo - Todos os Vicentinos e Convidados - Diretoria CCU - P. Nossa Senhora Aparecida - Umª23º Congresso Diocesano: Movimento do Rosário Permanente - Membros e Devotos - Coordenação Diocesana - Cafezal do Sul

Curso: Dom Mamede - São PauloConfraternização dos Funcionários da Diocese: Pastoral dos Funcionários da Mitra e das Paróquias - Roseli MeretkaEncontro Decanal de Hortas Caseiras - Decanato de Douradina: Pastoral da Criança - Coordenadoras Paroquiais - Dedê, Carmelita e Cleide - IvatéEscola Bíblico-Catequética: Decanato de Nova Olímpia - Catequistas - Maria Izabel - Cidade GaúchaVisita e Formação da Pastoral Familiar - Membros - Coordenação Diocesana - Cafezal do Sul3ª Reunião da Equipe Diocesana: Pastoral dos Adolescentes - Equipe Diocesana - Marileide e Ir. Solange - Res. Sérgio - UmªTerço Missionário da IAM: Decanato da Catedral e São Francisco de Assis - IAM e Comunidades - Coordenação Decanal - P. São Francisco de Assis - Umª

Entrega de apoio financeiro dos projetos contemplados - CF/2018: Cáritas Diocesana - Entidades - Secretaria da Cáritas - Cúria Diocesana - UmªCelebrando a Vida: Pastoral Presbiteral - Presbíteros e Bispos - Pe. Marcos Oliveira - Chácara Siloé - Umª

Dia Nacional da Juventude (DNJ) - Jovens - Setor Diocesano da Juventude - Dom Mamede - São Manoel do Paraná

Encontro Diocesano: Pastoral Carcerária - Agentes e Interessados - Coordenação Diocesana - P. Catedral - UmªEscola Bíblico-Catequética: Decanato de Douradina - Catequistas - Maria Neuza, Selma e Silvana - Icaraíma

Eleição de Presidente e Conselho Fiscal: Sociedade de São Vicente de Paulo - Diretoria do CCU e convidados - Lar São Vicente de Paulo - UmªCírculos Bíblicos - Bíblia e Mulher: CEBI - Mulheres Interessadas - Coordenação Diocesana

NOSSA SENHORA APARECIDA - PADROEIRA DO BRASIL

27o DOMINGO DO TEMPO COMUM Eleições Presidenciais - 1o Turno

28o DOMINGO DO TEMPO COMUM

29o DOMINGO DO TEMPO COMUM

30o DOMINGO DO TEMPO COMUM

15h00

14h00

08h30

13h30

18h00

19h3010h00

20h00

20h00

09h00

16h00

19h0008h00

18h0019h0012h00

19h30

09h00

09h0010h00

11h00

14h0017h0019h30

20h00

08h00

08h00

20h00

Cenáculo com Maria: RCC - Aberto - Coordenação Diocesana - Sede da RCC - Umª

19h30

16h30

08h00

09h00

09h0013h0014h0015h0015h3016h00

19h00

Sex. 12

Dom. 07

Dom. 14

Dom. 21

Dom. 28

Reunião do Conselho Decanal da Ação Evangelizadora (CDecAE): Decanato São Francisco de Assis - Membros - Coordenação Decanal - P. Santa Clara de Assis - Umª

Reunião: Padres até 05 Anos de Sacerdócio - Padres - Pe. Fernando Brito de Carvalho - Indianópolis

Encontro Regional: Pastoral do Turismo - Dom Mamede e Reitores de Santuários - Regional - BraganeyReunião Geral do Clero - Dom Mamede, Pe. Marcos e Pe. Osmar - Auditório Ir. Helena Maimone - CDF - UmªMissa em Honra a Nossa Senhora de Schoenstatt: Movimento do Terço dos Homens - Membros e Povo - Luiz e equipe - P. Catedral - Umª

122º Cursilho Feminino: Movimento de Cursilhos de Cristandade - Mulheres Convidadas - G.E.D. - CEPARF - CianorteEncontro Provincial Sul III: Equipes de Nossa Senhora (ENS) - Casal Responsável de Setor - Provincial - Crisciúma - SC

Missa: Celebração do Dia do Professor - Decanato de Cianorte: Pastoral da Educação - Professores - Diác. Márcio Lopes - P. Santa Rita de Cássia - Cianorte

Reunião da Cúria e Sarau - Decanato de Cianorte: Legião de Maria - Membros - Dirce Rodrigues - P. Nossa Senhora de Fátima - Cianorte

Reunião do Conselho Central: Sociedade de São Vicente de Paulo - Diretoria do CCU e convidados - Lar São Vicente de Paulo - Umª

Encontro Decanal - tema: “Orientações práticas para os Animadores” - Decanato de Pérola: Pastoral dos Adolescentes - Animadores de grupos de adolescentes e Catequistas de Crisma - Marileide e Ir. Solange - Pérola

Missa: Celebração do Sacramento da Crisma - Crismandos e Povo - Dom Mamede e Pároco - Guaporema

Dia de Ação Missionária: IAM, JM, COMIDI e COMIPAS - Missionários Paroquiais - ParóquiasColeta: Missões e Santa Infância - Povo - Paróquias

C a l e n dá r i o D i o c e s a n o d e At i v i da d e s

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Eleições Presidenciais - 2o Turno

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AÇÃO ENTREAMIGOS

Rádios da Diocesede Umuarama

DOE 5,00 REAIS E CONCORRA

Prêmio:40 mil reais

SORTEIO: 09/06/2019

O Centro de Estudos Teológicos “Beato Paulo VI”da Fundação Nossa Senhora de Fátima de Cianorte/PR oferece:

CURSO SEMESTRALDE INICIAÇÃO EM

HISTÓRIA DA IGREJAInício das aulas: 1o de fevereiro de 2018

Término: 06 de julho de 2018Quintas-feiras, das 19h30 às 22h30

Local: Sala Nossa Senhora de FátimaCapela da Adoração

Matrículas realizadas no local,de 12 a 22 dezembro de 2017 e 12 a 29 de janeiro de 2018

Mais informações:

(44) 3619-1456