diferencia entre la filosofia de democrito y epicuro - marx

8/15/2019 Diferencia Entre La Filosofia de Democrito y Epicuro - Marx

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D I F E R E N C I A

E N T R E L A F I L O S O F I A

D E L A N A T U R A L E Z A

D E

D E M O C R I T O

Y E P I C U R O



Esta página dejada en blanco al propósito



K a r l

M a rx

DlFERENCIA

E N T R E L A

F I L O S O F I A

D E L A

N T U R L E Z

D E D E M O C R I T O Y E P I C U R O

M e x i c o 2004



T f t u l o

d e l a

ve rs ion or igina l :

Dif ferenz

de r

Demokrit ischen

un d Epikure ischen n aturphilosophie

Diseno

de

portada:

Ximena

Canudas

© Editor ia l Sexto Piso S.A. de

C.V.,

2004

Avenida

P rogre so

#

158,

3er

piso

C o l o n i a B a r r i o

de

S a n t a C a t a r i n a

CP 04010,

Coyoacan

M e x i c o D .E , M e x i co

www.sextopiso.com

ISBN

968-5679-17-7

D e r e c h o s r e se r v a d o s c o n f o r m e a l a le y

I m p r e s o y h e c ho e n M e x i c o



INDICE

Prefacio.

P R I M E R A

P A R T E

D l F E R E N C I A

G E N E R A L

E N T R E L A F I L O S O F L A

D E M O C R I T E A Y E P I C U R E A D E L A N A T U R A L E Z A

I. Objeto de la

disertacion

13

II. Juicio sobre la relation de la

fisica

democritea

y la epiciirea 17

I I I

Dif lc ul t ade s relativas a la identidad de las f i losofias

democritea y epiciirea de la naturaleza 21

S E G U N D A P A R T E

DlFERENCIA PARTICULAR ENTRE

LA FlfSICA

DEMOCRITEA Y LA EPICUREA

I.

La

desviacion

de los

atomos

de la

l inea recta

35

II.

Las

cualidades

del

atomo

47

I I I

Lo s atomos principles y lo s atomos elementos 55

IV .

El

tiempo

63

V . Losmeteoros 69



APfiNDICE

I. DE LAS

NOTAS SOBRE

LA

DISERTACION

El devenir filosofia del mundo y el devenir

mundo

de la filosofia 83

Sobre

la

moral

de

plutarco

89

La raz6n

y las

pruebas

de la

existencia

de

Dios

91

II. DE LOS ESCRITOS

PREPARATORIOS

PARA LA DISERTACION

La inmortalidad individual. Sobre el feudal ismo

religioso. El

infier no

del

vulgo

95

83



P R E F A C I O

La f o r m a

de

este

t r a b a jo

hubiera sido,

por un lado mas

rigu-

rosamente

cientifica

y, por otro, menos pedante e n ciertos

puntos si su intento primitivo no se hubiese circunscrito a

convertirlo

en una

tesis

de

doctorado. Razones ext rfnsecas

m e

deciden,

sin

embargo,

a

publicarlo

segiin su

presente

aspecto. Creo, ademas, que he resuelto aquf un problema

has-

ta ahora insoluble dentro de la historia de la filosofia griega.

Lo s especia l ista s

saben que para e l

tema

de esta diserta-

cion

no existen trabajos anteriores de ninguna clase. Hasta

nuest ros dias

todos se han contentado c o n repetir la s

sim-

plezas

de

Cicero

n y Plutarco. Gassendi, quien libero a Epi-

curo de la prohibicion q ue

le

h a b f a n impuesto los padres de

la Iglesia y toda la Edad Media, periodo de irracionalidad

victoriosa, solo presenta

en su exposicion un

momento

in-

teresante. Busca acomodar

su

conciencia catolica

con su

cien-

c ia pagana, a Epicuro c o n l a Iglesia, trabajo perdido po r

otra parte. Es como si se quisiera arrojar e l habito de una

m o n j a

cristiana sobre e l cuerpo bellamente f lo re c iente de la

Lais griega. Gassendi, por cierto, aprendio mas filosofia en

Epicuro

que

lo

que

pudo

ensenarnos

sobre

el.

Debe considerarse este estudio solo como anticipo

de

un escrito m a s amplio en e l que expondre c o n detalle e l

ciclo de la filosofia

epicurea, estoica

y esceptica y sus rela-

ciones con toda la especulacion helenica. Alii he de e l i m i -

n a r l a s fa ltas de

f o r m a

y

otras semejantes

de l

presente ensayo.



Hegel ha determinado, en verdad, con exactitud en sus

grandes lineas, l o general de

l o s

mencionados sistemas, pero

en el plan maravillosamente vasto y audaz de su historia de

la

filosofia, del que puede hacerse arrancar la historia de

esta disciplina, no era posible, por un parte, entrar en los

pormenores, y, por otra, su concepci6n de lo que llamo lo

especulativo por excelencia le

impidio

a este gigantesco pen-

sador reconocer

en

esos sistemas

el

alto

significado que ellos

tienen para

la

historia

de la filosofia

griega

y el espiritu grie-

go en general. Estos sistemas constituyen la clave de la ver-

dadera historia

de la filosofia

helenica.

En

cuanto

a sus

relaciones

con la

vida griega,

se halla una

indicacion

mas

p r o fun da en un escrito de mi amigo Kopen, Friedrich der

Grosse anda seine Widersacher (Federico el Grande y sus

adversaries).

Si hemos agregado, como apendice, una crft ica de la

pole'mica

de Plutarco contra la teologia de

Epicure,

ello se

debe

a que

esta controversia

no es un

caso aislado, sino

la

expresi6n de un hecho que representa en si, de modo emi-

nente,

e l vinculo

entre

e l

entendimiento teo-logizante

y la

filosofia.

Entre otras cosas

no

trataremos,

en la crf tica , de demos-

trar

la

falsedad general

del

punto

de

vista

de

Plutarco cuando

arrastra

a la f i losofia ante e l tribunal de la religion. Sobre

esta baste, en

lugar

de otro razonamiento, este pasaje de

David Hume:

"Es por

cierto

una

especie

de i nj ur i a

para

la filosofia

cuando se la constrine —a ella, cuya autoridad soberana

deberia

ser

reconocida

en

todas partes—

a

justif icarse,

en

cada oportunidad, a causa de sus consecuencias y a defen-

derse desde el instante que entra en confl ic to con cada arte

y ciencia. Esto hace pensar en un rey que fuera acusado de

alta traicion contra sus propios subditos".

La

filosofia,

mientras

una

gota

de

sangre haga l a t i r

su

8



corazon absolutamente

l ibre

y dominador del

mundo,

de-

c l a r a r a a s u s

adversar i es junto

c o n

Epicure:

" N o e s impio

a q u e l

que

desprecia

a

lo s dioses

de l

vulgo, sino quien

se

adhiere

a la

idea

que la

multitud

se

f o r m a

de lo s

dioses .

L a f l l o s o f i a no

oculta esto.

L a p r o f e s i o n d e f e d e

Prometeo:

"En una p a l a b r a , ;yo

odio

a todos los dioses ", es

la

suya propia,

su propio

juicio contra todas

las

deidades

celestiales y terrestres que no reconocen a la autoconciencia

humana como la divinidad suprema.

Nada

debe permane-

c e r

junto

a

e l l a .

P e r o a lo s despreciables individuos que se regocijan de

q ue en

apariencia

la

s i t uac io n civil

de la

fi losofia haya em-

peorado, esta,

a su

vez, les responde lo

q ue

Prometeo

a

Hermes, servidor de los dioses:

Has

de

saber

que yo no c a m b i a r f a

mi mise ra suerte

por tu

servidumbre.

Pref iero seguir a la roca encadenado

Antes que ser el criado fiel de Zeus".

En el

calendario

filosofico

Prometeo ocupa

e l

l u ga r

m a s

distinguido entre lo s santos y lo s m a r t ir e s .

K.M.

Be r l in , marzo de

1841.

9



P R I M E R A P A R T E

DlFERENCIA

GENERAL

E N TRE LA FILOSOFIA D E M O CR IT EA

Y EPICUREA DE LA

N ATURALEZA



i. O B J E T O D E L A

D I S E R T A C I O N

P ar e c e ac o n t e c e r le a l a f i lo so f ia g r ie g a lo que n o de be

suceder en una bue n a t r ag e dia : p r e se n t a r un desenlace de-

bil.

Con Aristoteles, el

A l e j a n d r o Magno

de la filosofia

h e l e n i c a ,

c r e e r f a m o s q ue

t e r m i n a

e n

G r e c i a

la

h ist o r ia o bj e -

t iva de la

f i losofia,

y a un los estoic os, a p e sa r de su energfa

viril, no lograron, como los espartanos habian conseguido

e n

sus t e mp lo s , e n c ade n ar a Atenea a H e r c u l e s, de m a n e r a

que

el la

no

p u d i e r a h u i r .

A los

epiciireos, estoicos

y

escept icos

se

les considera

casi como

un

c o m p l e m e n t o i n a d e c u a d o ,

sin

n in g un a

rela-

cion con sus vigorosos antecesores. La fi losofia

e p ic ur e a

se -

na un agregado sincretico de l a

fisica

democritea y de la

mo r a l c i r e n a ic a ; e l e s t o ic ismo , un a me z c la de l a e sp e c ula-

cion cosmologica de Heraclito, de la concepcion

et ica

del

m u n d o

de los c i nico s y

ha sta

un

poco

de logica

a r i sto t e l i c a ;

el esceptic ismo , finalmente, resulta e l m a l necesar io opues-

t o a t a le s c o r r ie n t e s dogmaticas. S e v i nc u l a n asf, sin adver-

t i r l o , e s a s e s c u e l a s f i l o s o f i c a s a l a fi lo s o fi a a l e j a n d r i n a ,

convirtiendolas

en un ec lect ic ismo est recho y tendencioso.

La

fi losofia

a l e j a n d r i n a ,

e n

u l t i m o

termino, e s

c o n side r ada

c o m o una e x t r a v a g a n c i a , una desintegracion abso lut a , un

desorden, en fin,

donde

se

podria,

a lo sumo , r e c o n o c e r la

un iv e r sa l idad

de la

intencion.

Existe, no

o bst an t e ,

una

v e r d a d

m uy

simple:

e l

n ac i-

m i e n t o ,

e l f lorecimiento y la

mue r t e c o n st i t uye n

e l c i r c u l o



f e r r e o

en que se h a l l a c o n fi n a d o

todo

lo

h u m a n o

y que

debe

se r

r e c o r r ido . No habria, e n t o n c e s , n ada e xt r an o en el he-

cho de que la filosofia griega, despues de haber alcanzado la

m a s

elevada

f lo rac i on con

Aristoteles,

se

h u b ie r a m a r c h ita -

do

in me dia t ame n t e . P e r o

la

m u e r te

de

los heroes semeja

a

la puesta del sol y no a l estallido de una r a n a que se ha

in-

flado.

Y,

ade ma s, e l n a c i m i e n to , el flore cimiento y la m u e r -

te son

r e p r e se n t ac io n e s

muy

generales,

muy

vagas,

en las

que todo se

p ue de h ac e r e n t r a r , p e r o

donde

n a d a

es apre-

hendido.

La

m u e r t e e s t a e l l a m i s m a p r e f o r m a d a

en lo vi-

viente; seria

necesario,

entonces,

tanto como

la f o r m a de la

vida, captar esta ot ra , segun

su

e s tr u c tu r a , m e d i a n t e

un ca-

racter especif ico.

En def ini t iva, si a r r o j a m o s una m i r a d a so b r e la

historia,

,;resultan

e l

e p ic u r e f sm o ,

e l estoicismo y e l escepticismo fe -

nomenos p a r t i c u l a r e s ? ̂ N o so n

e l los

e l a r q u e t ip o de l espfri-

t u r o m a n o , l a f o r m a e n q u e G r e c i a e m i g r a a R o m a ?

^N o

poseen una esencia tan carac te r i s t i ca , intensa y e t e r n a que

e l mundo m o d e r no mismo

ha debido

c o n c e de r le s

la

pleni-

tud del

derecho

de c i u d a d a n f a

e sp i r i tua l?

Insisto sobre e ste aspecto solo pa ra t ra er

a la

m e m o r i a

la

i m p o r t a n c i a h i s t o r i c a de esos sistemas; mas de lo que se

t r a t a a qui n o e s de su

significa do

g e n e r a l p a r a la h is to r ia de

la c u l t u r a ;

lo que

interesa

es su

conexion

con la f i losofia

griega a n t e r i o r .

^N o

d e b e r f a m o s ,

e n

vista

de ta l

r e lac io n , se n t i r n o s

po r

lo

m e n o s

en la

necesida d

de efect ua r

investigaciones

a l

c o m -

p r o b a r q u e l a fi l o so f fa h e l e n ic a t e r m i n a e n d o s g r u po s dife-

rentes de s istema s eclecticos, de los cuales uno co nsti tuye e l

c ic lo de la s f ilosofia s

epiciirea,

estoica y escept ica, y e l

otro

es

conocido

c o n e l

n o m b r e

de

especulacion a l e j a n dr i na ? ^N o

e s, a d e m a s, u n f e n o m e n o e x tr a o r d i na r i o q u e d e s pu e s d e l a s

f ilo so f ias p la t o n ic a y a r is to t e l ic a , que se di l a t an h a sta l a to-

ta l idad, a p ar e c e n n ue v o s siste ma s que n o se v in c ula n a e sas

14



r ica s

f o r m a s de l espfr i tu ,

sino que,

desandando e l

t iempo,

se

vuelven

h a c i a l a s

escuelas

ma s

simples:

la s filosoffas de la

n a t u r a l e z a se a pr o x i m a n a la ffsica, la escuela

etica

se a c e r c a

a Socra tes ?

,;C6mo

e s

posible,

po r

o t r a p a r t e ,

q ue

lo s siste-

m a s

poster iores

a Aristoteles

e n c u e n t r e n

de

a l gu na m a n e r a

sus

f u n d a m e n t o s

ya

p r e p a r a d o s

en el

p a s a d o ?

^Que

Democrito sea relacionado con los

cirenaicos

y Heraclito

c o n lo s cfnicos? ^Es un a z a r que en los

epicureos,

lo s estoi-

c o s

y los escepticos todos l o s

mementos

de la

a utoconciencia

scan

pres enta dos

en absolute,

p e r o c a da m o m e n t o c o m o

una exis tencia p e c u l i a r ? ^Esos si ste m a s e n c o n j u n to f o r m a n

la construction

completa

de la

a u t o c o n c i e n c i a ?

El

c a r a c te r ,

en f in, por e l cua l e l pensamiento griego c o m i e n z a m f t ic a-

m e n t e

c o n lo s

Siete Sabios, rasgo

que se

e n c a r n a ,

e n

efecto ,

c o m o

e l

centre

de

esta

f i losoffa, en

S o c r a t e s

—su demiur-

go—, me ref iero a la esencia de l s a b i o , de l s a f e s ^se ha af i r-

mado

f o r t u i ta m e n te

e n

esos sistemas como

la

rea l ida d

de la

c i e n c ia v e r d a d e r a ?

M e

p a r e c e

que s i los

sistema s a nte r io re s

son ma s signifi-

cativos e inte res a ntes p o r e l c o n te n i d o , lo s

posaristotelicos,

y e n p a r t i c u l a r e l ciclo de las escuelas epicurea , estoica y

escept ica,

lo

s o n m a s po r l a f o r m a s u b j e t i v a , e l c a r a c te r d e l a

filosoffa

griega. Porque

e s

p r e c i sa m e n t e

la

f o r m a

s ubjet iva ,

e l so p o r t e e s pi r i tu a l

de lo s

s istema s

fi losoficos, lo que

ha s ta

a q u i

se ha

o lvida do ca s i

po r

c o m p l e t o , p a r a c o n s i d e r a r s o l o

sus

d e t e r m i n a c i o n e s

metaf is icas .

P r o m e t o e x p o n e r ,

en un

estudio

m a s

desa r r o l l a do,

la s fi-

losoffas

epicure a , es to ica y esce ptica , en s u co njunto y re l a -

t ion tota l con la f i losoffa gr ie ga a n te r i o r y pos te r io r .

M e

b a s t a r d ,

p o r e l

momento,

c o n

d e s a r r o l l a r

e se

e n c a -

d e n a m i e n t o , apoyandome, po r

asf

d e c i r l o , en un e j e m p l o y

considerandolo en un

solo aspecto:

su vfncul o c o n l a

espe-

c u l a c i o n

a n t e r i o r .

Elijo c o m o m o d e l o l a r e l a c i o n e n t r e l a f i l o s o f f a d e l a

15



n a t u r a l e z a en Epicuro y Democrito. No creo que ese punto

de partida sea el mas comodo. Por un

lado,

en

efecto,

existe

un viejo prejuicio, e n todas partes admitido,

segiin

e l

c u a l

se

i de n t i f i c an

la s

fisicas

de

Democrito

y

Epicuro hasta

no

ve r

en las

mo dific ac io n e s introducidas

por

este ultimo nada

mas

que

ideas arbitrarias;

y

estoy obligado,

por

otra

pane, a

entrar, en cuanto a los detalles, en ciertas aparentes

micrologias. Pero, precisamente, porque ese prejuicio es tan

viejo como la historia de la f i losof ia y puesto q u e l a s diver-

gencias

se

hallan

ta n

ocultas

que

solo

se

revelan ante

e l

mi-

croscopio, el resultado sera

aiin

mas importante si logramos

demostrar que a pesar de su a f m i d a d existe entre la s fisicas

de

Democrito

y

Epicuro

una

di f e re n c i a esencial

q u e se e x -

tiende hasta los menores detalles. Lo que se puede probar

en lo pequeno es

aiin

mas facil de

mostrar cuando

se toman

la s

relaciones en dimensiones mayores, mientras que, por el

contrario, las consideraciones demasiado

generates,

dejan

subsistir

la

duda

de si el

resultado

se

c o n f ir m a r a

en lo

par-

ticular.

16



II. JUICIO SOBRE LA RELAClCN DE LA FfSICA

DEMOCRITEA Y LA

EPICUREA

P a r a

poder apreciar la diferencia general entre mi punto de

vista

y las

opiniones anteriores, basta

con

examinar rapida-

mente lo s juicios de

los

antiguos sobre la relacion de la fisi-

c a

de Democrito y la de Epicuro.

El

estoico Posidonio, Nicolas y Socion censuran a

Epicuro por haber tornado como de su propiedad la doctri-

na

democritea

sobre lo s

atomos

y la de Aristipo sobre e l

p l a c e r

1

.

El academico

Cotta

pregunta en Ciceron: "^Que

hay,

por cierto en la

fisica

de Epicuro que no pertenezca a

Democrito?

El modif ied, e n efecto, a lgunos detalles, pero

e n general no hace mas que repetirlo".

2

Y Ciceron mismo

dice:

"En la fisica, a proposito de la c u a l

mayormente

se

v a n a g l o r i a b a , Epicuro no es mas que un simple advenedizo.

La

mayor parte de ella

pertenece

a Democrito;

cuando

se

se p ar a

de e l o quiere corregirlo,

lo a l te ra

y

lo desfigura".

3

No obstante, si bien muchos autores reprochaban a Epicuro

haber expresado i njur i a s contra Democrito, Leoncio,

segiin

Plutarco, a f i r m a , a l contrario, q ue Epicuro estimaba a

Democrito

puesto

que

este, antes

que el,

habia profesado

la

verdadera

doctrina

y

descubierto

con

anterioridad

los

prin-

cipios

de la

naturaleza.

4

En e l

tratado

D e

pladtis

philoso-

1

Diog. Laercio, X, 2.

2

Ciceron, De n at.

Deorum

I, 26

3

Id. DeFinibus I 6.

4

Plutarco,

Colotes.



phorum se dice que Epicuro practice la filosofia segiin

Democrito.

1

Plutarco, en su Colotes, va mas lejos. Al com-

p a r a r

sucesivamente

a Epicuro con Democrito, Empedocles,

Parmenides, Platon,

Socrates,

Estilpon,

lo s

cirenaicos

y

lo s

academicos, se esfuerza e n probar que de toda la filosofia

griega, Epicuro

se ha

apropiado

lo falso

y no ha

comprendi-

do lo verdadero",

2

y el

tratado De

eo

quod secun dum Epicu-

rum n on

be ate

vivipossit abunda e n insinuaciones

male v o las

d e l m i s m o genero.

Esta opinion desfavorable

de los

autores antiguos

se

vuelve a h a l l a r en los padres de la Iglesia.

Cito

en nota solo

un

pasaje

de Clemente de A l e ja n d r i a ,

3

uno de los padres de

la Iglesia, que merece particular mencion a proposito de

Epicuro, porque

a l

interpretar la s

pa l a b r a s

con que e l apos-

tol Pablo pone a lo s fieles e n guardia contra los fi losofos en

g e n e r a l , formula una advertencia f r ent e a l a f i l o s o f i a d e

Epicuro,

ya que este no se ha permitido

fantasear

4

ni una

sola vez sobre la providencia. Pero e l habito ya aceptado de

a c u s a r a

Epicuro

de

plagio aparece

en su f o r m a m a s sor-

prendente

e n

Sexto E m p fr i c o , quien pretende

5

convertir a l-

gunos pasajes absolutamente inadecuados de

Homero

y

Epicarmo

e n l as

fuentes principales

de l a f i lo so f ia e p ic ur e a .

Es

sabido que,

en

conjunto,

los

autores modernos sos-

tienen tambien que Epicuro,

como

filosofo de la naturale-

za ,

es un simple plagiario de Democrito. L a s palabras

siguientes de Leibniz pueden representar

aqui,

en general,

la

opinion de aquellos: "De ese gran hombre (Democrito)

1

Id.,

Deplacit

philos.

2

Id.,

Colotes.

3

Clemente de Ale j.,

Strom.

VI.

4

Id.,

Strom.

5

Sexto Emp.,

Adv. Math.

18



casi no sabemos mas que lo que ha tornado

Epicure,

quien

no era

capaz

de

escoger siempre

lo

me j o r " .

1

Asi, pues, mientras Ciceron reprocha a Epicuro por des-

v i r t u a r

la

doctrina

de

Democrito,

m a s le

deja,

p o r l o m e -

nos, la voluntad de mejorarla y e l discernimiento de ver sus

defectos;

2

en tanto que Plutarco lo acusa de inconsecuencia

y de inclinacion predeterminada hacia lo peor y llega hasta

a sospechar de sus intenciones, Leibniz le niega aun la apti-

tud de extraer con destreza lo s pasajes de Democrito.

Sin

embargo todos concuerdan en decir que Epicuro ha

tornado

su

fisica

de

Democrito.

1

Lettres

d e

Leibnitz

h Mr . D es

Maizeaux .

2

P l u t a r c o ,

Colotes.

19



III. DlFICULTADES

RELATIVAS

A LA

I D E N T I D A D

DE LAS FILOSOFIAS D EM O C RI TE A Y EPIC0REA

DE LA

NATURALEZA

En o t r o s testimonies histor ico s muchos a r g u m e n to s

defien-

de n la ide n t idad de l a fisica d e D e m o c r i to y l a d e

Epicuro.

L o s p r in c ip io s —los atomos

y el

vacio—

son

indiscutible-

mente lo s mismo s. S o lo e n l a s de t e r min ac io n e s p a r t ic ula r e s

p ar e c e p r e v a le c e r a lg un a div e r ge n c ia a r b i t r a r ia , e s de c ir , ac -

cesor ia .

M a s

subsiste entonce s

un

enigma

singular ,

insoluble .

Do s

f i losofos

e n se na n

e n

absolute

la

m i s m a c i e n c i a

y lo

h a c e n

po r c i e r t o de la m i sm a m a n e r a ; sin e m b a r g o —;que incon-

secuencia — se h a l l a n en d i a m e t r a l o p o s i c i o n en todo lo

que c o n c ie r n e a l a v e r dad, l a c e r t e z a , l a ap l ic ac io n de e s t a

c iencia , y de un mo do g e n e r a l , ge n e r a l r e spe c t o a l a

r e l a c i o n

e n t r e e l p e n samie n t o y l a r e a l idad. Y o digo que

estan

e n

o p o s i c i o n d i a m e t r a l y

t r a t a r e

a h o r a de d e m o s t r a r l o .

A) Parece difici l fijar la o p i ni o n de Democrito sobre la

v e r d a d

y la

cer teza

del

sa b e r h u m a n o .

Nos hallamos en

pre-

sencia

de pasajes

contradictories;

m e j o r , no s on los f rag-

mentos s ino

la s

ide as

de

D e m o c r i t o

la s que se

c o n tr a d ic e n .

En efect o , la

a f i r m a c i o n

de T r e n d e l e n b u r g e n Comentar io

sobre

lapsicologia

de Ar isto

teles,

segiin

la

c u a l solo

lo s

auto

re s

p o ste r io r e s r e v e la n dic h a

contradiccion, q ue

A ristote les

ha -

brfa i g n o r a d o ,

e s

r e a l m e n t e in e x a c ta . Pu e s

se

dice

en la

Psi-

cologia de Aristote les: "Democrito c o n side r a e l a l m a y e l

e n t e n d i m i e n t o c o m o

una

sola

y

misma c o sa; segvin

e l lo



verdadero

es el

f e no m e n o ,

1

y en la

M etafisica leemos,

a l

con-

trario: Democrito pretende

que no

existe

la

verdad

o que

ella

esta

oculta".

2

,;Estos pasajes

de

Aristoteles

no se

contra-

dicen?

Si el

fenomeno

es

lo verdadero,

,;c6mo

lo

verdadero

puede estar oculto? El hecho de estar oculto no comienza

sino

e n e l momento en que e l

fenomeno

y la

verdad

se

sepa-

ran.

Ahora

bien, Diogenes Laercio

ref iere que se ha

coloca-

do a Democrito entre los escepticos. El cita su maxima: "En

realidad nosotros no

sabemos nada, pues

la verdad perma-

nece

oculta".

3

A f ir m a c i o n e s

ana logas se encuentran e n Sex-

to Empirico.

4

Esta

opinion de Democrito, esceptica, incierta, y en el

fondo

contradictoria consigo

misma,

esta solo desarrollada

so br e todo

en la

f o r m a

en que se

determina

la

r e l a c i o n

de l

atomo

con el

mundo

de la

apariencia sensible.

Fo r

una parte, e l fenomeno sensible no pertenece a l o s

atomos mismos.

Ese

fenomeno

no es

sensible , sino

que po-

see una

apariencia subjetiva. Los principios verdaderos

son

lo s atomos y e l vacio; e l resto e s opinion, apariencia".

5

Solo

en la opinion existen lo caliente y lo fr io; en verdad no hay

m a s

que

atomos

y vacio".

6

No

resulta, entonces,

un

objeto

de la pluralidad de los atomos, sino que por combinacion

de los

atomos todo objeto

parece

devenir uno.

7

En conse-

cuencia, solo l a r a z o n debe considerar lo s principios, lo s

que a

causa

de su

misma pequenez

son en absolute

inacce-

sibles a l o jo

humano;

por eso se les

llama

ideas.

8

Adem as,

1

Aristoteles, De

anima

I.

2

Id.,

M etafisica,

IV, 5

3

Di6g. Laercio,

IX,

72.

4

Vease Ritter, Gesch. D. Al. Philos. I. p. 571

5

Diog. Laercio, IX, 44.

6

Id., ib., 72.

7

Simplicio, en

Schol,

adArist.

8

Plutarco,

Colotes.

22



por o t r a p a r t e , el fenomeno sensible es el unico objeto ver-

d a d e r o ,

y la

aisthesis

e s

[zfrone sis,

ma s

lo v e r dade r o

es mu-

table , inestable , e s fe n o m e n o . P er o d e c ir q ue e l f e n o m e n o

es

lo v e r da de r o r e sul ta c o n t r adic t o r io . P o r c o n sig uie n te , o r a

un

aspecto

o r a e l

otro

e s

co nvert ido

e n

subjetivo

y

o bjetivo.

La

contradiccion

p a r e c e a si r e s u e l t a p o r q u e

el la

e s dividida

e n dos m u n d o s . D e m o c r i to r e d uc e , por t a n t o , la r e a l i d a d

sensible

a la

a p a r i e n c i a s u b je t iv a ;

ma s l a

a n ti no m i a , elimi-

n a d a del mundo de los objetos, existe en su p r o p i a auto-

c o n c i e n c i a , e n l a q u e e l c o n c e p to de l

atomo

y la

intuicion

sensible

se

e n f r e n t a n h o s t i l m e n t e .

D e m o c r i to n o e sc a pa e n to n c e s a la a n t in o m i a . N o e s

a q u i a u n e l l u g a r p ar a e xp l ic a r e s t o . Bast a c o n que n o se

p ue da n e g ar su e x is t e n c ia .

Esc uc h e mo s, p o r e l c o n t r a r io , a Epicure. El Sabio, dice

el, se c o m p o r t a dogmdticamente

y no en

forma esceptica.

1

M e jo r

aun , lo que

le

ase g ur a p o r c ie r t o l a

ventaja

so br e t o -

dos es que e l

sabe

c o n conviccion.

2

"Todos

lo s

sent idos

so n

h e r a l d o s de la verdad".

3

Nada

puede

refutar a la pe rception

sensible;

ni la

se n sa c io n se m e j a n te

a la

s e m e j a n te ,

a

ca usa

de

su

s i m i l i t u d de v a l o r , ni la d e s e m e j a n t e a la d e s e m e j a n t e ,

p u e s a m b a s n o j u z g a n

a l

m i s m o o b j e t o , n i ta m p o c o e l c o n -

c e p t o p ue de r e f u ta r l a s p o r q u e e ste d e p e n d e p o r e n te r o d e l a

percepcion

se nsible", se dice en la Canonical P e r o m i e n tr a s

D e m o c r i t o r e d u c e e l mun do se n sib le a una apariencia sub-

jetiva

E p i c u r o h a c e de e l un f e nomeno objetivo. Y es a c o n -

c iencia q ue s e d i f e r e n c i a e n este punto, pues a f i r m a q ue

c o m p a r t e los mismos prin cipios, mas no c o m p a r t e la s c u a l i -

dades sensibles

e n

simples

opiniones?

1

Vease Arise. ,

loc. ci t .

2

D i o g .

L a e r c i o ,

X, 121.

P l u t a r c o , Colotes.

4

Ciceron,

De nat . deorum, I, 25.

3

D i o g . L a e r c i o ,

X, 31.

23



Una ve z admitido,

entonces

que la

percepcion sensible

fue e l

criterio

de

Epicure

y que e l

f e n o m e n o objetivo

le

corresponde, se puede considerar como exacta la consecuen-

cia

ante

la cual

Ciceron

se

encoge

de

hombros.

"El sol le

parece grande

a

Democrito porque

el es un

sabio versado

p e r f e c t a m e n t e en geometrfa ;

Epicure

supone que tiene a l-

rededor de dos pies de

diametro,

pues este juzga q ue e s ta n

grande como parece.

1

B) Esta diferencia e n \osjuicios

teoreticos

de

Democrito

y

Epicure

sobre la certeza de la ciencia y la verdad de sus ob-

jetos,

se

rea liza

en la ener gfa y en la

praxis

cien tifica

dispares

de

estos hombres.

Democrito, para quien el principio no deviene fenome-

no y permanece sin realidad ni existencia, tiene, por el con-

trario, frente a e l como

mundo

real y concrete,

al mundo

de

la percepcion

sensible.

El

mundo

es, en

efecto,

una

aparien-

c ia subjetiva, aunque, por eso mismo, separado de l princi-

pio y abandonado en su realidad independiente, mas es al

mismo tiempo

el

linico objeto real

que

como ta l tiene valor

y significado. Por ese

motivo Democrito

e s

empujado

a la

observation

empirica. Al no h a l l a r

satisfaction

en la filosoffa

se

arroj6 en brazos del conocimiento

positive. Hemos

visto

ma s

arriba

que

Ciceron lo llama

vir e ruditus. El es

versado

en fisica, etica, matematica, en las disciplinas

enciclopedi-

cas,

en

todas

las

artes.

2

Ya el

catalogo

de sus

libros registra-

do por Diogenes Laercio, testimonia su

saber.

3

Empero, la

erudition tiene por

caracteristica

extenderse en amplitud,

reunir datos e investigar en lo externo, asi vemos a Democrito

recorrer

la

mitad

d e l

mundo para recoger experiencias, cono-

cimientos

y observaciones. "De

todos

mis contemporaneos

—se v a n a g l o r i a — y o s o y e l q ue h a recorrido la mayor parte

1

Plutarco, Colotes, loc. cit.

2

Ciceron,

Definibus

I, 6.

3

Diog. Laercio,

IX, 37.

24



de la

tierra

y

explorado

lo s paises m a s

remotos;

he

visto

lo s

c l imas

y regiones m a s variados, he

oi'do

a l o s sabios m a s

i lustres

y

nadie

me ha sobrepasado en la

composicion

de

f iguras

c o n demostraciones, ni aun los llamados arpedo-

naptas

de Egipto".

1

Demetrio

en los

Homonimos, y

Antistenes e n l as

Suce-

siones, informan q ue Democrito se detuvo e n Egipto junto

a

lo s sacerdotes para aprender geometria, a si como tambien

permanecio entre lo s caldeos e n Persia y que llego hasta e l

M a r Rojo.

Algunos

a f i r m a n

que se

encontro

c o n l o s gimno-

sofistas

de l a

India

y que visito Etiopia.

2

Fue

empujado

ta n

lejos, e n parte po r e l deseo de aprender que no le daba repo-

so , pero tambien po r e l hecho de no hallar sat isfac tion e n e l

verdadero conocimiento, e s decir, en e l

sabe r

filosofico. El

sabe r q ue e l tiene po r autentico e s v ac io ; e l q ue l e ofrece un

contenido carece de verdad. La

anecdota

de los antiguos

puede

ser una

f a b u l a ,

pero

e s

verdadero

e n

cuanto expresa

la contradiction de su naturaleza. Democrito

mismo

se h a-

br ia privado de la vista para que l a vision sensible no oscu-

r e c ie r a e n el

3

la

pe n etration de l e spiritu. Es el mismo hombre

que, segun Ciceron, h a b i a recorrido

la

mitad

del

mundo.

M a s no

logro hallar

lo q ue

buscaba.

U na

f igura

totalmente opuesta

no s

presenta E p i c u r e .

El se

siente sat isfec ho

y feliz con la

fi losofia . Sera nece-

sa r i o

—dice—

q ue sirvas a la filosofia

para obtener

la

ver-

d a d e r a

libertad. Quien

se

dedica

y

entrega

a l a f i lo so f ia n o

debe esperar,

m uy

pronto

se vera

emancipado. Pues servir

a

la filosofia significa l ibe r t a d".

4

Que

e l

joven,

ensena

Epicuro

consecuentemente, no dude en f i losof ar n i e l anciano r e -

n u n c i e a f il o s o fa r ,

porque nadie

e s

demasiado joven

ni de-

1

Vease

Diog. Laercio,

IX, 46.

2

Diog. Laercio, IX, 35.

3

Ciceron, Quaest Tuscul,

V, 39;

Id.,

De fin.

V,

29-

4

Seneca.,

Epist., VIII, 7.

25



m a sia d o m a d u r o p a r a r e c o b r a r l a

salud

d e l a l m a . Pe r o q u i e n

diga que el tie m p o de filosofar no ha l legado

aiin

o que ha

pasado, se a s em eja a a q u e l q u e p r e t e n de q u e e l m o m e n to d e

se r

feliz

t o dav ia

no esta e n sazon o q ue ya s e ha

e sf u mado " .

1

M i e ntr a s D e m o c r i to ,

a

q u i e n

no

le

ha

sat isfecho

la fi loso-

f ia, se a b a n do n a a l c o n o c i m i e n to empirico, Ep ic ur o

despre-

cia

las

ciencias positivas: e l l as no c o n t r i b u y e n e n n a d a a la

perfection verdadera? Se le l l a m a enemigo de la c ie n c ia :

de sp r e c iado r de l a gramatica.

3

S e le ac usa aun de ig n o r a n -

cia;

"pero,

dice

un Epicureo en Ciceron, no era

E p i c u r o

q u i e n c a r e c i a de

e r u d i c i o n

s in o que lo s ig n o r an t e s so n lo s

q u e c r e e n q u e a q u e l l o q u e e s v e r g o n z o s o p a r a e l nino no

sabe r lo , de be s in e mbar g o r e p e t i r lo e l anciano".

E m p e r o ,

e n

t a n t o D e m o c r i t o t r a t a

de

i n st r u i r s e ju n t o

a

lo s

sacerdotes egipcios,

lo s

c a lde o s

de

Persia

y los

gimno-

sofistas indios, Epicuro

se

j a c t a ,

por su

p a r t e ,

de no

h a b e r

t e n ido mae st r o s ,

de ser un autodidacto.

5

Algunos

—dice el,

se g un S e n e c a— p e r s ig ue n

la

verdad

sin la

menor a y u d a .

E n t r e e s t o s e l s e h a a b i e r t o c a m i n o . Y d e e l l o s , d e l o s

a ut o didac t as , h ac e lo s ma yo r e s e lo g io s . L o s o t r o s n o se r i an

m a s

q ue

c e r e b r o s

de

segunda

clase.

6

M i e n tr a s D e m o c r i to

ha

via jado

po r todos lo s

paises

d e l m u n d o , E p i c u r o a p e n a s

abandono do s o t res veces su J a r d i n de At e n a s y se

dirigio

a

Jo n ia , n o p a r a de dic a r se a in ve stig ac io n e s , s in o p a r a vis ita r

a sus amigos.

7

En

tanto, finalmente,

Democrito, desespe-

r a n d o de l sabe r , se q u i t a e l

m i s m o

la v ista . Ep ic ur o , e n c a m -

b io , c u a n d o s ie n te a p r o x i m a r s e l a h o r a d e l a m u e r t e , se

1

Diog. Laerc io, X, 122.

2

Sexto

Emp., Adv. M ath.

3

Id.,

op.

c i t .

4

C i c e r o n , D e f in ., I, 21.

5

Diog.

L a e r c i o , X, 13.

6

Seneca, Epist.,

52.

7

Diog. L a e r c i o ,

X,

10.

26



introduce en un

bano

caliente, pide vino puro y recomien-

da a sus amigos que permanezcan fieles a la f i l o s o f i a .

1

C) Las

distinciones

hasta

aqui desarrolladas

no

deben

atribuirse

a la individualidad accidental de ambos

filosofos;

son tendencias opuestas que toman cuerpo. Vemos

como

diferencias

de e n e r g fa practica lo que, mas arriba, se expresa

en forma divergente de la conciencia teoretica.

Consideremos, finalmente, la forma de reflexion que re-

presenta la re ferenda del pensamiento al sen la relacion mis-

ma.

En la relacion general que el

f ilo so fo

da conjuntamente

del mundo y del pensamiento, el solo se objetiva a

si

mismo

del

modo

en que su

conciencia particular

se

comporta ante

el mundo real.

Pero, Democrito, como

forma de

reflexion

de la reali-

dad, emplea la neces idad.

2

Aristoteles dice de el que recon-

duce todo

a la

necesidad.

3

Diogenes Laercio expresa

que el

torbellino de

los atomos,

de lo que

todo

se origina, es la ne-

cesidad democrftea.

4

Mas

satisfactoriamente

habla a

este

respecto el autor de

Deplacitis

philosophorum; la necesidad

ser fa , segiin

Democrito, el destino y la

justicia,

la providen-

cia

y la creadora del

mundo;

pero la sustancia de esta nece-

sidad

se r f a

la antitipia el movimiento, el

impulse

de la

materia.

5

Un p a s a j e

analogo

se

halla

en las eglogas ffsica s de

Estobeo

6

y en el

libro

VI de la

Praeparat io evangelica

de

Eusebio.

7

En las

eglogas eticas

de

Estobeo

se

conserva

la

sentencia siguiente en Democrito, reproducida

8

casi en la

'kL.X,

1 5 .

2

Ciceron, Defato X; id.,

De

nat. deor. I, 25.

3

Aris to te l e s ,

De

gen.

an.

V, 8.

4

Diog. L a e r c i o , IX, 45.

5

Plutar co, D ep lacit. philos., I.

6

Estobeo,

Eclog. phys. I, 2.

7

Eusebio, Praepar. evang., V I.

8

Estobeo,

Eclog. eth. II.

27



misma forma

en e l libro X IV d e

Eusebio:

1

Los hombres

ha n

f o r j ado

e l

fantasma

de l

azar,

manifestation

de su

pro-

pio

desconcierto, pues e l azar se hallo, e n lucha con

todo

pen-

samiento

vigoroso .

T a m b ie n Simplicio atribuye

a

Democrito

un

pasaje

donde

Aristoteles habla

de l a

vieja doctrina

q ue

s u p r i m e

e l a z a r .

2

Epicure

escribe, e n cambio: "La necesidad, a l a q u e a l-

gunos convierten e n dominadora absoluta, n o existe; ha y

a lg un as cosas fortuitas, otras dependen de nuestro arbitrio.

Es

imposible persuadir

a la

necesidad;

e l

azar,

a l

contrario,

es inestable. Seria preferible seguir

e l mho

sobre

lo s

dioses

que ser e l

esclavo

de l

hado

de los

fisicos. Pues

a q u e l deja la

es pera nza

de la misericordia po r haber

honrado

a l o s dioses,

pero

este

presenta la inexorable necesidad. Sin embargo debe

admitirse

3

e l

azar

y n o la

divinidad

como

cree

e l

vulgo.

Es

un infortunio vivir en la necesidad, m a s vivir e n ella n o e s

una

necesidad.

Po r

todas

partes

se

hallan abiertas

la s

sen-

das, numerosas, cortas

y faciles, que

conducen

a la

libertad.

Agradezcamos, pues, a Dios que nadie pueda ser retenido

en la

vida. Dominar

a la

necesidad misma esta permitido".

4

Lo

mismo expresa Velleio

e n

Ciceron sobre

la

filosoffa

estoica:

"dQue

se debe pensar de una filosoffa para la cual,

como para

las

comadres ignorantes

todo

parece suceder

gra-

cias

a l hado?... Po r

Epicure

hemos sido redimidos y puestos

e n

libertad".

5

Asf Epicure n iega a un e l

juicio

disyuntivo a f in de no

verse

constrenido

a

reconocer ninguna

necesidad.

6

1

Eusebio,

Praepar.

evang. ,

XIV.

2

Simplicio,

Schol.

adArist.

3


4

Seneca, Epist. XII.

5

Ciceron, De nat. dear. , I, 20.

6

Id., ib.,

I, 25.

28



Se a f i r m a tambien, e n efecto, q ue Democrito ha utiliza-

do e l azar; mas de esos do s pasajes, que sobre esto se hallan

en

Simplicio,

1

uno

torna a l otro sospechoso porque mues-

tra abiertamente que Democrito no emplea las

categorfas

de l

azar sino Simplicio, quien

se las ha

atribuido

a a q u e l

como consecuencia.

£l

dice, en efecto, que Democrito no

indica

ningiin

fundamento

de la

creacion

del

mundo

en

general;

parece

convertir

a l

azar

e n

fundamento. Pero

no se

trata a q u f de la

de ter min ation de l

con ten ido sino de \ a . forma

que Democrito ha empleado

conscientemente.

Otro

tanto

vale para el testimonio de Eusebio:

Democrito

h abrf a erigi-

do al

azar

en

amo

de lo

universal

y lo

divino

y

j uz ga do

que

todo acaece al i i

a

t raves

de e l en

tanto

lo

descartaba

de la

vida humana

y de l a

naturaleza

e m p f r ic a , y a u n ca l i f icaba

de insensatos a sus partidarios.

2

En parte vemos

a q u f

la s simples deducciones de l obispo

c r is t ian o

Dionisio, y, por otro lado, que

al ia

donde comien-

zan lo universal y lo divino, e l concepto democrfteo de la

necesidad cesa

de

diferenciarse

del

azar .

U n

punto

es

historicame n te

tierto:

Democrito

emplea la

necesidad;

Epicuro, el azar , y cada uno de

ellos

rechaza con

aspereza polemica la

opinion

contraria.

La

consecuencia

m a s

importante

de

esta

d i fe r e nci a

resi-

de en la f o r m a de explicar lo s

f e n o m e n o s

fisicos particulares.

La necesidad aparece, e n efecto, en la naturaleza f inita

como

necesidad

re l a t iva , como determinismo. La necesidad

re la t iva solo puede se r deducida de la

posibilidad real,

e s

decir,

es un

conjunto

de

condiciones,

de

causas,

de f u n da-

mentos, etcetera,

que sirve de

medio

a e sa

necesidad.

La

posibilidad real

e s la

e x p l i c a c i o n

de la

necesidad relativa.

Y

1

Simplicio, op. cit.

2

Eusebio, op, cit., XIV.

29



la e n c o n tr a m o s empleada

por

Democrito. Citamos

ya

como

just i f i ca t i on

algunos

pasajes

tornados

de

Simplicio.

Si

un hombre que se siente sediento bebe y, en

conse-

c u e n c i a ,

aplaca

su

deseo, Democrito

no

d a r a como causa

de

ello e l a z a r sino la sed. En efecto, aunque parezca que e l

e m p l e a e l a z a r en la

creation

de l mundo, a f l r m a , sin embar-

g o , que e n particular este nada origina sino q ue

lleva

a otras

causas.

Asi, por

e j e mp lo ,

la excavation es la causa del ha-

llazgo de l tesoro, o e l crecimiento la causa de l olivo.

1

El

entusiasmo

y la

seriedad

con

lo s

que

Democrito intro-

duce este

modo

de explication en el estudio de la natura leza ,

la

importancia q ue concede a la teoria de tales motivacio-

nes se expresan ingenuamente e n esta confesion: "Pref iero

h al l a r un a nueva causa q ue cenir la corona real de Persia".

2

Una vez mas Epicure se opone de

m a n e r a

directa a

Democrito. El azar es una realidad que solo tiene valor de

posibilidad;

pero

la

posibil idad

abstracta

es, por

cierto,

lo

opuesto

de la

real. Esta ultima esta encerrada

e n h'mites

pre-

cisos,

como

el

entendimiento;

la

otra

no

conoce fronteras,

como la imagination. La posibilidad real trata de

demos-

trar

la

necesidad

y la

realidad

de sus

objetos;

la

abstracta

no

se ocupa de l objeto que e s explicado, sino de l sujeto que

explica. Solo

se

necesita

que el

objeto

sea

posible,

pensable.

L o q u e e s

posible abstractamente,

lo que

puede

se r

pensado

no constituye para el

sujeto

pensante ni un obstaculo ni un

Ifmite ni una dif icul tad

imprevista. Poco importa

q ue

esta

posibilidad

se a

igualmente real, porque

e l in te r e s no se e x -

tiende aquf sobre e l objeto como

tal.

Epicure precede, pues,

co n

i l imitada negligencia

e n l a e x -

plication

de los

diversos

fenome nos

fisicos

particulares.

1

Simplicio, op. cit.

2

Eusebio,

op.

cit., XIV.

30



Esto

se a c l a r a r a m e j o r en la

c a r ta

de

Pitocles

q u e e x a m i -

n a r e m o s l ue g o . B a s ta a q u i o b s e r v a r

su

actitud frente

a

lo s

j uic io s

fisicos

precedentes. En los

pasajes

e n que e l aut o r de

De placit is

philosophoru m

y Estobeo regist ran la s diversas

opiniones sobre

la s

susta n c ias

de lo s

a stro s,

la

m a g n i tu d

y la

figura

del so l , e tcetera ,

se

dice s iempre

de Epicure: El no

r e c h aza n in g un a d e tales aprecia ciones; todaspueden se r e x a c -

tas, pues e l se a t iene a lo posible.

1

Ademas, E p i c u r o pole-

m i z a t a m b i e n c o n t r a e l modo de e xp l ic ac io n in t e le c t ua l

d e t e r m i n a n t e

y por

ta n

to

u n i l a t e r a l

de la

p o s ib il idad r e a l .

Asi Seneca ex presa en sus Quae stiones

naturales:

"Epicuro

a f i r m a que todas esas causas pueden exist i r y busca a l a v e z

muc h as o t r a s e x p l ic a c io n e s; c r i t ic a a lo s que so stie n e n que

una cua lq uie ra de esas ca usas es la ade c ua da , po r que es a r r ies-

gado ju z g a r

apodicticamente

so br e aque l lo

de lo

cual so lo

se d e d u c e n conjetura s " .

2

Se

ve , p ue s , que n o h ay

ningun

interes en investigar la s

causas rea les de los objetos. El no t ra ta s imple me nte de

tran-

q ui l iza r

a l

sujeto

que

e x p l i c a . Desde

que todo lo

posible

e s

a d m i t i d o

como

tal, h e c h o que r e sp o n de a l c a r a c t e r de la

p o s i b i l i d a d a b s t r a c t a , e s evidente que e l azar de l ser e s solo

t r a d u c i d o e n

elazar de lpen samien to.

La

u n i c a

regla p r e sc r i -

t a p o r Ep ic ur o , " que l a e xp l ic ac io n n o de be

contradecir

a la

percepcion

sensible", se entiende por si misma; p o r q u e l o

posible a bst ra cto consiste ,

e n

e fe c t o ,

e n

e s ta r e x e n to

de

c o n -

tradiccion; p o r e s o e s i n d i sp e n sa b l e e v i ta r l a .

3

En fin, Epi-

c u r o r e c o n o c e q u e s u modo d e e x p li c a c i o n so l o s e p r o p o n e

la ataraxia

de la

autocon cien cia,

no e l

conocimien to

de la n a-

turaleza en s i y

para

si.*

1

P l u t a r c o , Deplacit. philos., II .

2

S e n e c a , Natural quaest. , VI. 20.

3

Vease

parte

II, V;

tambien

Diog.

Laercio,

X,

4

Diog.

L a e r c i o ,

X , 80.

31



No

tenemos necesidad,

sin duda, de exponer con por-

menores que

aqui

tambien Epicuro se

h a l l a

en oposicion

absoluta frente

a

Democrito.

V e m o s ,

en consecuencia, que ambos pensadores se opo-

nen paso

a

paso.

Uno es

esceptico;

el

otro, dogmatico.

Uno

considera

a l

mundo sensible como apariencia

subjetiva; e l

otro, como fenomeno objetivo.

El que

juzga

al

mundo sen-

sible como apariencia subjetiva

se

dedica

a la

ciencia empi-

r i c a de la naturaleza y a los conocimientos

positives

y

representa

la

inquietud

de la

observation

que

experimenta,

aprende

en

todas partes

y

recorre

el

mundo.

El otro, que

tiene po r real e l mundo f e n o m e n i c o , rechaza e l empirismo;

la calma de l pensamiento, que halla su sat isfact ion en si

misma, la autonomia que extrae su saber e x

pr incipio

inter-

no, estan encarnadas

en el.

Pero

la contradiction va mas

lejos

aiin. El esceptico y

empirico,

que

tiene

a la

naturaleza

sensible po r

apariencia

subjet iva ,

la

considera desde

e l

pun-

to de vista de la necesidad y busca explicar y aprehender la

existencia

real

de l a s

cosas.

Por e l

contrario, z\fil6sofoy

dog-

matico,

que acepta el fenomeno como real, solo ve en todas

partes el

azar ,

y su

modo

de

explication tiende

mas

bien

a

suprimir

toda

realidad objetiva de la naturaleza. Estas con-

tradicciones parecen encerrar cierta dosis de absurdo.

M a s

cuesta t r a b a j o suponer

q ue

estos hombres,

que se

oponen

en todo, se

adhirieran

a la

misma doctrina.

Y sin

embargo, e n apariencia, se hallan encadenados entre si .

Estudiar

sus

relaciones

generates

sera

el

objeto

del

pro-

ximo

capitulo.*

*

En esta primera parte faltan los dos ultimos

c a p f tu l os ,

que no han

aparecido entre

los

manuscritos

de

Marx. Estos

s e r i a n : IV

Diferencia

g e n e r a l d e l

principio entre

l a fi losofla de l a

naturaleza epiciirea

y

democritea,

y, V.

Resultado.

(N del T)

32



S E G U N D A P A R T E

D I F E R E N C I A P A R T I C U L A R

E N T R E

L A

F I I S I C A D E M O C R I T E A

Y

L A E P I C U R E A



I. LA DESVlAClON DE LOS ATOMOS

DE LA LINEA RECTA

Epicure

a d m i r e

un

triple

movimienro de

los atomos

en e l

vacio.

1

El primero es la c a i d a e n linea recra; e l segundo se

produce porque e l atomo se

desvta

de la linea

re cta,

y e l ter-

cero

se

debe

al rechazo de numerosos dtomos.

Al

admitir

e l

primer y tercer movimientos Epicuro esta de acuerdo con

Democrito; lo s diferencia la desviacion de l

dtomo

de su li-

n e a r e c r a .

2

Se

ha

hablado mucho

e n

broma

sobre

e se

movimiento

de desviacion. En parricular Ciceron e s inagotable cuando

tr a t a e l rema. Asi, dice, entre orras cosas; Epicuro sostiene

q u e l o s atomos so n e m p u j a d o s por su peso hacia a b a j o , e n

l inea

recta;

que ese

movimiento

es e l

natural

de los

cuerpos.

M a s e l

r eflex i ona

e n

seguida

que si

todos

lo s

atomos f u e r a n

i m p u l s a d o s

de

arriba hacia

a b a j o

jamas

uno de e l los

podria

chocar con otro. Nuestro hombre acudio entonces al recur-

so de una mentira.

E x preso

que e l atomo se desviaba apenas

un poco, lo que, po r otra parte, e s absolutamente imposi-

ble .

De

este

modo se

originan

l a s

aproxirnaciones,

la s

mez-

clas

y uniones de lo s atomos entre

si,

y de ahi

t a m b i e n

e l

mundo y todas la s partes de l mundo y lo que existe e n e l .

A p a r t e de q u e

esta

inv e n c io n e s

pueril, Epicuro

n o l le ga a lo

1

Estobeo, Eclog. phys. I; Ciceron, De fin. I. 6; Plutarco. Def tacit,

philos.; Estobeo op. cit., I.

2

Ciceron, De nat.

dear ,

I, 26.



que quiere".

1

Hallamos otra f o r m u l a en Ciceron, en el l i b r o

p r i m e r o de l tratado

Sobre

la naturaleza

de los dioses:

"Des-

pues

de comprender que si los atomos eran conducidos ha-

c ia a b a jo p o r su propio peso, nada estar fa e n nuestro poder,

ya que su

movimiento

e s

determinado

y

necesario,

Epicure

descubrio e l medio de evitar la necesidad, que

ha b f a

escapa-

do a Democrito. El dice que el

atomo,

aunque e m p u j a d o

de

arriba abajo

por su

peso

y

gravedad,

se desvia

levemente.

Aceptar esto

e s m a s

h u m i l l a n t e

que n o

poder defender lo

q u e e l

pretende".

2

Pier re Bayle

juzga del

mismo modo:

Antes de el (de

Epicure) no se habian admitido en los atomos sino los

movimientos provocados por el peso y el

choque... Epicure

creia

que aun e n

medio

de l

vacio

lo s atomos se

desviaban

un tanto de la linea recta y a si se originaba la libertad, segun

el... Observemos a l pasar

que

ese

no fue el

unico motivo

que lo llevo a inventar tal movimiento de desviac ion; lo

utilize tambien para explicar el choque de los atomos, por-

que e l vie

bien

q u e a l

suponer

que estos se movian

todos

c o n igual

velocidad mediante

l ineas

rectas

q ue

descendian

de

arriba abajo,

no

lograria hacer comprender jamas

que los

atomos pudiesen mezclarse,

y por

ende

la g e n e r a c i o n del

mundo

hubiera sido imposible.

Fue

necesario, entonces,

que

e l

aceptara que los atomos se desviaban de la linea

recta".

3

P o r e l

momento

no he de

discutir

la

exactitud

de

estas

re f l e x i o n e s .

Alguien podra notar, a l pasar, q ue Schaubach,

e l

comentarista

m a s

reciente

de Epicure, ha

entendido m a l

a

Ciceron cuando dice: Los atomos

s e r i a n

todos empuja-

dos por su

peso hacia abajo,

y

paralelamente tambien

por

r a z o n e s

fisicas;

m a s

debido

a un

impulso

reciproco

recibi-

1

Id., Defin. I, 6.

2

Id., De n at.

dear. ,

I, 25.

Bayle,

Diet.

hist. Epicure .

36



r i a n otra direccion, segiin Ciceron (D e Natura

deorum,

I,

25),

un movimiento oblicuo,

merced

a causas fortuitas., y

e l l o

para toda la eternidad".

1

En primer lugar , en e l

pasaje

citado, Ciceron n o h a c e d e l choque e l fundamento de la

desviacion oblicua sino a l contrario, convierte a la desvia-

cion oblicua en el

motive

del choque. En segundo termino,

e l

no

h a b l a

de

causas fortuitas; antes bien, censura

que no

se indique ninguna causa, pues sen'a contradictorio e n si y

po r si aceptar, a la vez, e l choque y no obstante la s causas

f o r tu i tas

como

base

de l a

direccion oblicua.

A lo

sumo,

po-

drfa hablarse de causas f o r t u i ta s de l

choque,

mas n o de l a

direccion oblicua.

En las

r e f l e x i o ne s

de Ciceron y

Bayle

hay, p o r lo

demas,

una singularidad demasiado evidente que, no obstante,

de-

bemos

se n a l a r .

Ambos atribuyen, e n efecto, a

Epicure

m o -

t ivos que se

eliminan reciprocamente.

P o r u n lado

Epicuro

a d m i t i r i a

la

desviacion

de lo s

atomos para explicar

e l

cho-

que; po r otro, e l choque para d a r cuenta de l a libertad. M a s

si lo s atomos

n o

chocan sin la desviacion, esta es s uper f lua

como causa de la libertad, porque lo contrario de la libertad

c o m i e n z a , como lo vemos e n

L u c r e c i o ,

2

c o n e l choque

d e t e r m i n i s t a

y violento de lo s atomos. Pero si los atomos

chocan

si n la

desviacion esta

es

su p e r f lu a

como causa

de l

choque. Y o digo que esta

c o n t r a d i c c i o n

se produce si las

ca us a s de la desviacion de l atomo de la

h'nea

recta se consi-

de r a n de

modo

ta n

simple

e ilogico

como

e n

Ciceron

y

Bayle.

En

resumen, hallaremos

e n

Lucrecio,

e l

unico

de

todos

lo s

a n t i g u o s

q ue

comprendio

la

fisica

de Epicuro, una exposi-

cion m a s

profunda.

V o l v a m o s

ahora

a l

examen

de la

desviacion misma.

1

Schaubach, U be r Epikur's

astronomisch

Begriffe, e n Archiv f.

Phi l ,

und Pad., Jahn

und K l o t z ,

1839.

2

Lucrecio, D e rer.

nat.

II, 251 ss.

37



Asi como e l punto e s suprimido en la linea, todo cuerpo

q u e c a e

queda suprimido

en la

linea recta

que e l

describe.

Su cualidad especifica no importa mucho a q u f . En su caida

una

m a n za n a

describe

tambien una

vertical,

de

igua l

modo

q ue

lo

hace un trozo de hierro. Todo cuerpo, mientras se

lo

c o n side r a e n e l movimiento de ia caida, no es, pues, otra

cosa que un

punto

que se mueve, un punto privado de su

autonomia, que en un determinado ser

—la

linea recta que

d i b u j a — pierde su individualidad.

For

e so

Aristo

teles o b-

serva co n

justa

r a z o n

contra

lo s

pi ta gor i co s:

" V bso t r o s

decis

que e l

movimiento

de la

linea

es la superficie y, el de l

pun-

to, la

linea;

asi, entonces, los

movimientos

de las

monadas

s e r a n

igualmente lineas".

1

La

consecuencia, tanto para

la s

monadas como para los atomos, sen'a, pues, que aunque

ellos

se

mantienen

e n continue

movimiento,

2

no

existe

ni

la monada ni e l

atomo sino

q ue m a s

bien desaparecen

en la

l in e a

recta; porque

la

solidez

d e l

atomo tampoco

existe

a un

e n cuanto solo es concebido como cayendo en linea recta.

Ante todo si el vacfo e s representado como

vacio

espacial, e l

atomo

resulta la negat ion

inmediata

de l

espacio abstracto,

es

decir,

un punto

espacial.

La

solidez,

la

intensidad,

que se

a f i r m a respecto

de la

exterioridad

de l

espacio

e n

si, solo

puede sobreagregarse mediante

un

principio

que

niega

el

espacio en su esfera total, como acaece c o n e l tiempo e n la

n a t u r a l e z a

real. Ademas, si no se quisiera conceder esto, e l

atomo e n

tanto

que su

movimiento

es una

linea recta,

r e -

sulta simplemente determinado

po r e l

espacio; posee

un ser

relativo que

le

e s prescrito y una existencia puramente m a -

terial. Pero hemos visto que un momento del concepto del

atomo

es la

f o r m a

pura,

la

negacion

de

toda relatividad,

de

todo vinculo con otro ser.

Hemos

observado a l m i s m o tiem-

Aristoteles, De anima I, 4, 14.

2

Diog. Laercio,

X. 43;

Simplicio,

loc.

cit.

38



po que

E p i c u r o o b j e ti va a m b o s m o m e n t o s

que se

c o n t r adi-

c e n e n e fe c t o , p e r o que yac e n e n e l

concepto

de l

atomo.

Sin e m b a r g o , ^ c o m o p ue de Ep ic ur o re a l i z a r

la

p u r a d e-

terminacion

de l a

f o r m a

de l a to m o , e l c o n c e p t o de p ur a in -

dividualidad,

que

niega todo

ser

d e t e r m i n a d o

por

o t r a cosa?

P ue st o que e l se mue v e e n e l do min io de l se r in me dia-

to, todas las d e te r m i n a c i o n e s son inmediatas. Tambien las

d e t e r m i n a c i o n e s c o n t r a r i a s se oponen como r e a l idade s in-

me dia t as .

Pero

la

e x iste n c ia r e la tiva

que se

c o n t r a p o n e

a l

a t o m o ,

e l

ser que el

debe

negar, es la

line d

recta.

La

n e g a c i o n in me dia t a

de e ste m o v imie n t o e s o t r o mo v imie n to , que r e p r e se nta ta m-

b i e n e s p a c i a l m e n te la desviacion de la line a recta.

Lo s a to m o s

so n

c u e r p o s p u r o s autonomos,

o m a s

b i e n ,

e l c u e r p o p e n s a n d o en su

a u t o n o m i a

a b s o l u t a , c o m o lo s

cuerpos ce lestes. El los se mueven, en efecto, como estos,

a u n q u e

n o e n

l i n e a r e c ta s i no o b l i c u a .

E l

movimien to

de la

caida es el movimien to de la

dependencia.

Si e n t o n c e s E p i c u r o r e p r e s e n t a en e l m o v i m i e n t o de l

atomo, segiin

la

l i n e a r e c t a ,

su

m a t e r i a l i d a d m i s m a ,

e l ha

l o g r a d o m e d i a n te la desviac ion de la l i ne a r e c t a , la d e t e r m i -

n a c i o n f o r m a l , y e s t as de t e r min ac io n e s o p ue st as e s t an r e -

p r e s e n t a d a s

como

m o v i m i e n t o s d i r e c t a m e n t e

contradictories.

Por es o a f i r m a c o n r a z o n L u c r e c i o q ue l a desviac ion

q u i e b r a

la s fati

foedera

(los pac tos del destine), y c o m o el

ap l ic a

2

enseguida esto

a la

c o n c i e n c i a ,

se

p ue de de c i r

de l

a t o m o q ue l a de sv iac io n es a lgo en su i n t e r i o r q ue p u e d e

l u c h a r

y re sist ir .

M a s c u a nd o C i c e r o n c e n s u r a a E p i c u r o "n o a l c a n za r si -

q u i e r a

e l

resulta do segiin

e l cua l ha

imag in ado e s t e p r o c e so ,

1

L u c r e c i o , D e r e r . nat. II, 253 ss.

2

Id. 279 ss.

39



ya

que si todos lo s atomos se desviaran, no se u n i r ia n nun-

c a , o bien algunos se s e p a r a r f a n y otros se

verian,

por su

movimiento, empujados

rectamente,

y a si sen'a necesario

entonces atribuir a los atomos tareas determinadas: unos

tendrian que moverse en Imea recta y otros oblicuamente",

1

este

reproche tiene su justification porque los dos momen-

tos

incluidos

en el

concepto

de

atomo estan representados

como movimientos inmediatamente distintos,

y

deben pues

se r

asignados a individuos diferentes, inconsecuencia que

es, no

obstante,

logi ca ,

puesto

que la

esfera

de l

atomo

es la

inmediatez.

Epicure advierte muy bien la contradiction que yace

a q u f .

Asi busca representar la desviacion de l modo menos

sensible que pueda. Ella no esta "ni en un lugar cierto ni en

un tiempo

determinado",

2

ella se produce e n e l m a s peque-

no espacio posible.

3

Tambien observa

Ciceron

4

y,

segiin

Plutarco, muchos

autores antiguos,

5

que la desviacion del atomo acaece sin

causa;

y

nada

mas

humillante, dice Ciceron, puede suceder-

le a un fisico.

6

Pero, ante todo, una causa fisica, ta l como la

quiere

Ciceron,

e m p u j a r f a

la

desviacion

de los

atomos den-

tro del determinismo, del que ella debe precisamente

l i b e r a r n o s .

Asi

pues

e l

atomo

n o se ha

completado

de l

todo

antes de

haber

sido colocado en la determin acion por la de svia-

cion.

Buscar la causa de esta determinacion equivale enton-

c e s

a inquirir la causa q ue convierte

a l

atomo e n principio,

cuestion evidentemente despojada de sentido para quien el

atomo es la causa de todo, pero el mismo carece de causa.

1

Cicer6n,

D e f tn . , I, 6.

2

Lucrecio,

Ib.,

293.

Ciceron,

D efato,

X.

4

Id., loc.

cit.

5

Plutarco, De

an im

procre at., VI.

6

Ciceron, D e f in ., loc. cit.



Cuando, en fin,

Bayle,

1

ap o yado so br e

la

a u t o r i da d

de

Agustfn,

2

segiin

l a c u a l Democrito a t r i b u y o a l o s atomos

un

p r i n c i p i o e s p i r i t u a l —autoridad

por

lo demas

sin la

m e n o r i m p o r t a n c i a , d a d a

su contradiccion con

Aristote les

y

los a utores

antiguos—

reprocha a Epicuro habe r inventa-

do la desviac io n e n l u g a r de ese p r in c ip io e sp i r i tua l , h a b r i a

asi, p o r e l c o n t r a r i o , c o n l a e x p r e s i o n d e l a l m a d e l a t o m o ,

o bt e n ido

simplemente

u n a p a l a b r a , m i e n t r a s q u e e n l a de s-

v i a c i o n

esta

r e p r e s e n t a d a l a v e r d a d e r a a l m a d e l a t o m o , e l

concepto

de individualidad

abst racta .

Antes de e x a m ina r la consecuencia de la desviac ion del ato-

mo de l a

l i n e a r e c t a ,

e s aiin de la

m a y o r i m p o r ta n c i a su b r a -

ya r un m o m e n t o c o m p l e t a m e n t e s u b e s t i m a d o

hasta

ahora.

La

desviacion

de l atomo de la l ine a

re cta

no es, en efecto,

un a de ter min ation part icular que acaece por azar e n

lafisica

epicurea.

La ley que

ella

expresapene traprofundamen te a tra -

ve s

de toda la filosofia de

Epicuro,

de

ta l

modo

que ,

como

se

comprende de suyo, la de term inat ion de su

aparicion

depende

de la e s f e r a en que

ella

es aplicada.

La i nd i vi du a l i d a d a b s tr a c t a p u e de , e n e f e c t o , a c t u a l i z a r

su c o n c e p t o , su determinacion f o r m a l , e l p u r o se r p a r a si,

su independencia de la existencia inmediata , la supresion

de

to da r e la t iv idad, so lo

si

ella

pre scinde

de l ser que se le con -

trapone; p u e s p a r a s u p e r a r l o v e r d a d e r a m e n t e e l l a d e b e r i a

idea l iza r lo , lo q ue solo la u n i v e r s a l i d a d e s c a p a z de h a c e r .

Asi

c o m o e l a t o m o se l ibe r a de su e x iste n c ia r e la tiva —la

l inea recta— a medida que prescinde de ella y se sepa ra de

e l l a ,

a si t a m b i e n t o d a la filosofia e p i c u r e a se a le ja del ser

l imit a t iv o ,

e n to do a que l lo e n que e l c o n c e p to de indiv i-

d u a l i d a d a b s tr a c t a , l a

a u to n o m f a

y l a

n e ga c i o n

de todo vin-

c ulo c o n o t r a c o sa , de be se r r e p r e se n t ada e n su e x is t e n c ia .

De

igual modo,

el fin de la

a c c i o n

es la

prescindencia,

la

1

B ayle ,

loc.

cit.

2

Agustfn,

Epist., 76.

41



fuga a nte

e l

d o l o r

y la

a ngus t ia ,

la

a t a r a x i a .

1

Fo r ta n to, el

b ien cons is te en e l a l e ja miento de l

mal,

2

y e l p la cer en l a

ex c lus ion d e l a s

pena s .

3

F i n a l m e n t e , a l ia d o n d e

la

indivi-

d u a l i d a d a b s t r a c t a a p a r e c e

en su

s u p r e m a l i b e r t a d

y

auto-

n o m f a ,

en su tota l ida d, el ser de que se sepa r a e s

lo g ic a me n te

todo

ser,

ypor e so

los dioses evitan e l mundo no se

p r e o c u p a n

p o r e l y

habitan f u e ra

de e l .

H a n

s ido obje to

de

b u r l a estos dioses

de

E p i c u r o q u e ,

s emeja nte a l o s

h o m b r e s, m o r a n

e n lo s

i n t e r m u n d o s

de l

mundo

r e a l ,

no

t ienen cuerpo s ino

un

ca s i cuer po

ni

sangre

sino casi

san g r e ,

4

y

h i e r a t i c o s

en su

c a l m a

b i e n a v e n t u r a d a

no

a t ienden ninguna su p l i c a ,

no se

p r e o c u p a n

ni de

noso-

t r o s

ni del

mundo

y son

r e v e r e n c i a d o s

no por

inte res

sino

por su be l leza , su ma jes ta d y su ex ce lsa na tura leza .

5

Y, sin

embargo,

estos dioses no son una f icc ion de

E p i c u r o . Ha n exis t ido.

Son las divinidades

plastic as

de l

ar te

griego.

C i c e r o n , e l r o m a n o , i r o n i z a c o n j u s t a c a u s a s o b r e

ellos;

6

m a s P l u ta r c o , e l g r ie g o , ha o l v i d a d o to d a l a c o n c e p -

cion

h e l e n i c a c u a n d o d i c e

q ue

e s t a d o c t r i n a

d e l o s

dioses

s u p r i m e e l te m o r y la

supe r s tic io n ;

no

les

a c u e r da ni a le g r ia

ni valor, s ino q u e n o s r e l a c i o na c o n e l l o s de l m i s m o

modo

q ue c o n l o s

peces

de

H i r c a n i a ,

de los que no

e s p e r a m o s

ni

p e r j u i c i o

ni u t i i ida d.

7

L a c a l m a te o r i c a e s u n m o m e n to c a -

p i ta l de l c a r a c t e r de las divinidades griegas, como lo dice e l

m i s m o

A ristote les: "L o

excelso

no

t iene neces ida d

de

nin-

g u n a a c c i o n p o r q u e

el lo

es en

si

e l fin".

8

1

Diog. L a e r c i o , X, 128.

2

P l u t a r c o ,

D e e o quod

sec.

Epicu. n on beate

vivi

poss.

3

C l e m e n t e

de

Ale j.,

Strom.

II.

4

Se n e c a , D e benef., IV .

5

C i c e r o n , De

nat.

deorum. I, 24.

6

Id., ib. , 1,38.

7

P l u t a r c o , D e e o

quod

sec.

Epicu.

n on beate vivi poss.

8

A rist .,

De

cae lo, II, 12.

42



Consideremos

ahora la con secuencia que inmediatamente se

deriva de la desviacion del atomo. Se expresa en ella que el

atomo

niega todo movimiento y relacion en que el es deter-

minado

por

algo

distinto

como

ser particular. Es

a si

mani-

fiesto

que el atomo prescinde del ser que se le opone y se

sustrae a el. Pero lo que

aqui

esta contenido,

la

negation

del

dtomo de toda relacion con

algo

distinto debe se r real i zada y

puesta

positivamente.

Esto solo puede acontecer si el ser con

el cual el se

relaciona

no es otro que el

mismo,

es decir,

tambien un atomo, y puesto que es determinado inmedia-

tamente, una

pluralidad

de atomos. Asi el

rechazo (Repul-

sion)

de los

atomos multiples

e s la

realization necesaria

de la

le x

atomi

(ley del atomo), como Lucrecio llama a la declina-

cion. Mas, porque a q u f toda determinacion es puesta como

un modo de ser particular, el rechazo se agrega como tercer

movimiento a los precedentes. Lucrecio dice con

razon

que

si

los atomos no se desviaran no

h a b r f a

rechazo ni mezcla

entre ellos y el

mundo

jamas se hubiera

formado.

1

Pues los

atomos

so n

e l unico objeto para si

mismos; solo

pueden re la-

cionarse en tre ellos, y tambien expresado espacialmente, mez-

clarse, mientras que

toda

existencia relativa en la que ellos

se vincularon con otra cosa, es negada. Y esta existencia re-

lativa es,

segiin

hemos visto, su movimiento original: la

cai-

da en linea recta. Asi, pues, los atomos solo se mezclan a l

desviarse de esta linea. El hecho no tiene nada que ver con

la fragmentacion puramente material.

2

Y, e n efecto, la individualidad existente inmediatamente

solo se realiza, segun su concepto, en tanto que ella se relacio-

na con otra realidad, que es ella misma, cuando la otra se

opone

en la

f o r m a

de una existencia inmediata.

Asi

el

hom-

bre

solo cesa de ser un producto natural cuando el otro que

1

L u c r e c i o , D e rer.

nat.

II, 221 ss.

2

Id., ib., 284 ss.

43



se r e l a c i o n a co n e l no es una e x iste n c ia dife r e n t e sin o q ue es

e l m i s m o u n

hombre

i n d i v i d u a l , a u n q u e n o e l

espfr i tu

to-

davfa. P e r o p a r a

q u e e l

h o m b r e c o m o h o m b r e d eve nga p a r a

s f

m i s m o

su

unico

o b j e to r e a l de b e h a b e r a n iq u i l a d o

en e l

su

se r relative, la

fuerza

de l

deseo

y de la

s im p l e n a t u r a l e z a .

El rechazo

(Repulsion)

e s la primera forma de autoconciencia;

c o r r e s p o n d e p o r tanto a l a a u to c o n c i e nc i a q u e s e a p r e h e n -

de c o m o ser inme dia to , como i n di vi d ua l i d a d a b s tr a c t a .

En e l rechazo se rea l iza tambien e l c o n c e p t o de a t o mo

segiin

e l

cual

este

es la

f o r m a a b s tr a c t a , pe r o

a la vez es lo

o p ue sto , l a ma t e r ia a bstr a c t a , p ue s a que l lo c o n lo c ua l e l

a t o m o

se

r e l a c i o n a

son en

e fe c t o a t o mo s,

m a s

otros a t o m o s .

No

obstante , siyo

me

comporto conmigo mismo como

con algo

inmediatamente otro, e l mio es un

comportamiento

material .

Es la

suprema exterioridad

que

puede

ser pensada. En el

r e c h az o

de

lo s a to m o s,

su

m a te r i a l i da d ,

que fue

puesta

po r

la

c a ida e n

linea

r e c t a , y su d e t e r m i n a c i o n

f o r m a l ,

que lo

fue

p o r l a

de sv ia c io n ,

se r e i in e n s in t e t ic ame n t e .

De mo c r i t o ,

e n

contraste

c o n

Ep ic ur o , t r an sfo r ma

en un

movimiento vio lento, en un acto de la c iega necesidad, lo

que pa ra este es la rea l izac ion del concepto de a tom o. Hem os

v is t o ya mas a r r iba que De mo c r i t o da c o mo sust an c ia de l a

necesidad e l t o r b e l l i n o

(dine),

e l que p r o v ie n e de l r e c h az o

(Repellieren) y del

cheque r e c i p r o c o (Aneinanderstossen)

de

lo s

a to m o s.

El a p r e h e nd e ,

pues,

en e l

r e c h az o

e l l a d o

m a t e -

r i a l , la disper sion, e l c a m b i o , y no e l a specto idea l, segiin e l

cual

toda re l a c ion con ot ra cosa es negada y e l mo v imie n to e s

puesto como

a u t o d e te r m i n a c i o n .

Esto se ve c la r a me n te , p ue s

De mo c r i t o

se

ima gina

de

mo do abso lut ame n t e se n sib le

un

solo y mismo cue rpo dividido en innume ra ble s pa r tes por e l

e sp ac io v ac io , c o mo e l o r o , que e s que br ado e n t r o z o s .

1

El,

entonces, casi no concibe lo uno c o mo c o n c e p t o del a t o m o .

1

A ristote les, D e

caelo, I, 7.

44



Con razon Aristoteles polemiza contra el:

"For tanto

Leucipo y D e m o c r i to , q ue c o n s i d e r a n q u e l o s c u e r p o s p r i -

m e r o s se mue v e n s ie mp r e en e l vacio y e l i n f i n i to ,

d e b e r f a n

de c i r n o s

de que clase es el

m o v i m i e n t o

y

c u a l

es el

mo v i-

miento adecuado

a su

naturaleza. Luego,

si

cada

uno de los

e l e m e n t o s

e s

mo vido

a la fuerza po r

algo dis t in to ,

e s

e n t o n -

c e s necesar io q ue cada uno de e l lo s t e n g a ig ua lme n t e un

m o v i m i e n t o n a t u r a l , fuera de l v io le n t o ; e s t e p r ime r mo v i-

miento no debe ser imp ue sto sino n a t ur a l . De lo c o n t r a r io

e l

proce so

se

ext iende

a l

infini to".

1

La desviacion

epicurea

de lo s a t o mo s h a mo difica do

tam-

b i e n toda l a e s t r u c t u r a i n t e r n a d e l m u n d o d e l o s a t o m o s ,

m i e n t r a s se h a c e v a l e r la determinacion de la f o r m a y se

rea l iza

la

contradiccion

que yac e e n e l c o n c e p to de atomo.

Epicure

f u e , p o r t a n t o , e l p r im e r o e n c o m p r e n d e r , a u n -

q ue

t o d a v f a

de

m a n e r a s e n si b le ,

l a

e se n c ia

de l

r e c h a z o ,

e n

t a n t o

que

D e m o c r i t o s o l o

ha

c o n o c i d o

su

e x i s t e n c i a

ma-

t e r i a l .

Asi h a l l a m o s

fo r m a s

m a s c o n c r e ta s de l r e c h a z o e m p l e a -

das por Epicure: e n m a t e r i a p o l f t ic a , e l contrato,

2

y en la

s oc ia l

la

amistad,

3

que e l ha

e x a l t a d o como

lo

su p r e m o .

1

Id, ib., Ill, 2.

2


3

Sin te x to .

4 5



II. LAS CUALIDADES DEL ATOMO

El

poseer cualidades se contradice con el

concepto

de

ato-

mo,

porque, como dice Epicure, toda cualidad es variable,

mientras

que los

atomos

no se modifican.

1

Sin

embargo,

es

una consecuencia necesaria de

dicho

concepto atribuirse-

l as . Pues la pluralidad de los atomos del rechazo, que son

separados

por el

espacio sensible, deben

por

necesidad dife-

renciarse inmediatamente entre siy de su esenciapura e s decir,

t en e r

cualidades.

En el desarrollo siguiente no tomare para nada en cuen-

ta la a fi r m a c i o n de Schneider y de

Niirnberg,

segiin la

cual

Epicure

no ha

atribuido cualidades

a los

atomos

y que los

p a r a g r a f o s

44 y 54, de la

carta

a Herodoto, en

Diogenes

Laercio, son interpolados. Si ello

fuese

cierto, ^ c o m o quitar

todo

valor

a los

testimonios

de

Lucrecio, Plutarco

y de to-

dos los autores que hablan de

Epicure?

Ademas, no es solo

en esos dos paragrafos donde Diogenes Laercio menciona

l a s cualidades

del

atomo; lo

hace en

diez,

que

son:

42, 43,

44, 54, 55, 56, 57, 58, 59 y 61. La razon que hacen valer

aquellos

criticos:

"que

no

consiguen concordar

las

cualida-

des del atomo con su concepto", es

muy

superficial. Spinoza

dice que la ignorancia no es argumento. Si cada uno quisie-

se eliminar en los antiguos los p a s a j e s que no comprende

j q u e pronto se llegana a l a tabula

rasal

1

Diog.

L a e r c i o ,

X, 54.



A traves de las cualidades e l atomo adquiere una

exis-

tencia

que se opone a su

concepto,

es

puesto como

ser

al ienado, diferente

de su

esencia.

Esta contradiccion consti-

tuye e l

interes supremo

de

Epicuro.

T a n

pronto como

e l ha

puesto una cualidad y ha e x t r a i d o a si la consecuencia de l a

n a t u r a l e z a material de l atomo, contrapone a l m i s m o tiem-

po las

determinaciones

que

aniquilan

de

nuevo esta cuali-

dad en su

propia esfera

y

hacen valer,

a l

contrario,

e l

concepto

de atomo.

El de ter min a por tanto

todas

las cualidade s de

ta l

forma

que

ellas

se

con tradicen en tre

si .

Democrito,

e n

cam-

bio, no considera e n ninguna parte la s cualidades c o n

r e l a -

cion

a l

atomo mismo

y no

objetiva tampoco

la

contradiccion

e n t r e e l

concepto

y la

existencia

que

yace

e n

ellas.

Todo su

interes

apunta

m a s

bien

a

representar

la s

cualidades

c o n r e -

f e r e n d a a la

naturaleza concreta

q u e c o n a q u e l l a s

debe

se r

f o r m a r d a .

Ellas

so n

para

e l

simplemente hipotesis para

el e s-

c l a r e c i m i e n t o d e l a m u l t i p l i c a c i o n

f e n o m e n i c a .

El

concep-

to de atomo nada tiene que ver, en efecto, c o n l a s cualidades.

P a r a

demostrar nuestra

a f i r m a c i o n

e s necesario, ante

todo,

q u e n o s

entendamos sobre

la s

fuentes

q ue

parecen

contradecirse aqui.

En el

tratado

D ep lacit isphilosophorum se

dice: Epicuro

a f i r m a

q ue

los atomos

tienen tres cualidades:

magnitud,

f o r m a y peso. Democrito no admitia mas que dos: magni-

tud y

f o r m a ; Epicuro le agrega

la

tercera:

e l

peso".

1

El

mis-

m o pasaje f igura reproducido, palabra po r palabra e n l a

Praeparatio

evangelica,

de

Eusebio.

2

Esto

se halla confirmado por el testimonio de Simpli-

cio,

3

y

Filopono,

4

segun

el

c u a l

Democrito solo atribuyo a

1

Plutarco,

Deplacit. philos. I, 28

2

Eusebio, Praepar. evang. , XIV.

cv 1

• _

_ •

Simplicio, loc. cit.

4

F i l o p o n o ,

ibid.

8



lo s atomos la s

diferencias

de magnitud y f o r m a . Directa-

mente opuesto se presenta Aristoteles, quien en su obra

Generat ione

e t

Corruptione asigna diferencia

de peso

1

a l o s

atomos de

Democrito.

En

otro

texto (primer libro del tra-

tado

D e caelo)

Aristoteles

deja sin

resolver

la cuestion de si

Democrito

atribuia

peso

a los

atomos. Dice,

en

efecto:

"Asi,

ninguno

de los cuerpos sera absolutamente liviano, si todos

tienen peso; pero si

todos

son livianos ninguno poseera

peso".

2

Ritter,

en su

Historia de

lafilosofia.

antigua rechaza,

apoyandose en la

autoridad

de Aristoteles, las opiniones de

Plutarco, de Eusebio y de Estobeo;

3

en cuanto a los testi-

monies de Simplicio y de Filopono no se ocupa de ellos.

Ve amo s s i estos

pasajes

so n

realmente

ta n contradicto-

ries. En los

textos citados Aristoteles

n o h a b l a e x profeso de

la s

cualidades de los

atomos. Expresa,

por el

contrario,

en el

l i b r o V II de l a Metafisica: "Democrito

establece tres diferen-

cias en los

atomos. Para

el, el

cuerpo fundamental

es, segun

la materia, un o e identico a si mismo; ma s se difere ncia po r

el rythmos,

e s

decir,

la

f igura;

por la

trope,

la posicion y por

diathige, que significa e l orden".

4

De este texto resulta, sin

duda,

que el peso no es men-

cionado como

c u a l i d a d

de los atomos de Democrito. Las

p a r t i c u l a s

esparcidas

de la

materia,

que se

mantienen sepa-

r a d a s entre si p o r e l vacio, deben tener fo r m a s particulares y

estas les

advienen absolutamente de l exterior por la gravita-

cion del espacio. Esto surge aiin con mas claridad del si-

guiente pasaje de Aristoteles: "Leucipo y su

contemporaneo

Democrito

a f i r m a n

que los elementos son

lo lleno

y lo va-

cfo... Para ellos estos son e l fundamento del ser como mate-

1

Aristoteles,

Gen. e t

corru t.,

I, 8.

2

Id.,

De caelo, I, 7.

3

Ritter , Geschichte

d .

alt. Philosophic, I,

568.

4

Aristoteles, Me tafisica, VII (VIII) 2.

49



r i a . Asf como aquellos q ue admiten una sola sustancia fun-

damental hacen nacer lo demas

de sus

mo dif ic ac io n e s ,

y

suponen lo raro y lo denso como principio d e l a s cualida-

des, de l mismo

modo

estos

e n s e n a n

q u e l a s diferencias e n

lo s atomos constituyen la s causas de los otros seres. Po r tan-

to, el ser fundamental solo se diferencia por la f igura, la

posicion y e l orden... De este modo, po r ejemplo, A se dis-

tingue de N por l a fo r m a , AN de N A por e l orden, Z de N p o r

la

posicion".

1

Se

advierte claramente

e n

este

pasaje

que

Democrito

considera la s cualidades de los atomos solo c o n respecto a la

f o r m a c i o n

d e l a s

diferencias

e n e l

mundo

de lo s f e n o m e -

nos, y no en relacion

a l

atomo mismo. Se desprende, ade-

mas, que Democrito no designa el peso como una cualidad

esencial

de los atomos. Esta, para e l, es una cualidad obvia,

porque todo lo corporal e s pesado. Igualmente l a magnitud

no

resulta,

segun el, una

cualidad fundamental;

es una de-

terminacion accidental, q u e a l o s atomos

les

ha sido dada

ya con l a f i gur a .

Solo

la s d i fe r enci a s d e l a s f igura s —pues

ninguna otra

esta

contenida

en la

fo r m a ,

e l l u ga r y la posicion— le

inte-

res a n

a

Democrito.

La magnitud, la

f igura

y e l peso, combi-

nadas

como

acontece

en

Epicuro,

son las

diferencias

que el

atomo posee e n si mismo; la f ig u r a , la posicion y e l orden

so n l as d ife r enci a s que le corresponden c o n respecto a otro

objeto. Mientras nosotros solo encontramos en Democrito

simples

determinaciones hipoteticas destinadas

a

explicar

e l

mundo de los fenom enos, descubriremos en Epicuro l a con-

secuencia del principio mismo. Consideremos, por tanto, en

p a r t i c u l a r , l a s

determinaciones

de l a s

cualidades

de l

atomo.

E n primer lugar lo s atomos poseen magnitud.

2

Po r otra

1

Id.,

M etafisica, I, 4.

2

Diog. Laercio. X. 44.

50



parte, la

magnitud

es tambien negada. Ellos no

tienen,

en

efecto,

toda

magnitud,

1

pero e s necesario concederles cierto

cambio de tamano.

2

En verdad, solo se

les

debe atribuir l a

negation de la magnitud, es decir,

lo

pequeno,

3

y no lo

m f-

nimo, pues esto seria no solo una determination meramen-

te espacial sino tambien lo i n f m i t a m e n t e pequeno que

ex pres a la contradiction.

4

Rosinio, en sus anotaciones a los

f r a g m e n t o s

de Epicuro, traduce entonces inexactamente un

pasaje y subestima por complete otro cuando dice: "Pero

de

esta manera Epicuro demuestra

la

ra re z a

de los

atomos

por su increible pequenez al sostener, segun el testimonio

de

Diogenes Laercio,

X,

44,

5

que

e l los

no tenian

ninguna

magnitud".

No he de tener en cuenta que, segiin Eusebio, Epicuro

fue

el primero en

atribuir

6

a los atomos una pequenez infi-

nita,

m i e n t r a s

que Democrito h a b i a admitido atomos mas

grandes (del tamano

del mundo,

dice

aiin

7

Estobeo).

Po r

un lado,

esto contradice

el

testimonio

de

Aristote-

les,

8

y por

otro, Eusebio,

o mas

bien,

el

obispo

de Ale j an -

dn'a, Dionisio, a quien a q u e l resume, se contradice a si

mismo; pues

en el

mismo

libro se

expresa

que

Democrito

suponia como principios

de la

n at ur a le z a cuerpos indivi-

sibles,

9

solo concebibles

por la

r a z o n . Resulta

c l a r o

enton-

ces

que Democrito no es consciente de la

contradiction;

1

Id., X, 56.

2

Id., X, 55.

3

Id., X , 59.

4

Id.,

X, 58;

Estobeo,

Eclog.

phys.,

I.

5

Epicuri

fragm .,

(D e nat. II-XI) coll. a Ro sinio, ed. Orelli.

6

Eusebio, Praepar.

evang., XIV.

7

Estobeo,

Eclog. phys., I,

17; Plutarco,

Deplacit philos.

I.

8

Aristoteles,

Gen.

et.

cor.,

I, 8.

9

Eusebio, Praepar.

evang.,

XIV; Plutarco, De

placit.

philos.

I.

51



esta no le preocupa mientras q ue para Epicure constituye e l

interes principal.

La

segunda

propiedad de los atomos de

Epicure

es la

f i gur a .

1

M a s

bien esta determinacion contradice

e l

concep-

to de

atomo

y

debe

ser

admitido

su

contrario.

La

individua-

lidad abstracta e s lo abstracto igual-a-si y por tanto carece

de forma. La s diferencias de forma de l o s atomos son, pues,

indeterminables,

2

mas n o absolutamente inf ini tas.

3

P o r e l

contrario

los

atomos

se

distinguen

4

por un

numero deter-

minado

y

f ini te

de

formas.

De

esto surge

con

claridad

que

no

hay,

5

tantas figuras diversas como atomos existen,

6

en

tanto

q ue Democrito admite la

inf ini tud

de la s f igura s. Si

todo atomo tuviese una figura particular de be r ia haber

7

ato-

mo s de magnitud

i n f i n i ta ,

porque e l los p o se e rf an e n si una

diferencia infinita, la diferencia en si frente a

todos

los de-

mas, como l a s monadas leibnizianas. L a a f i r m a c i o n de

Leibniz

de que no

existen

dos

objetos

igua les

es

invertida

y

h ay un numero in f in i te de atomos d e l a m i s m a f ig u r a ,

8

c o n

lo que

claramente

se

niega

de

nuevo

la

determinacion

de la

f i gura , porque una f i gura que no se diferencia m a s d e otra

deja de ser tal.

Es, en fin,

m u y importante

que

Epicuro mencione

como

tercera cualidad

e l

peso,

9

pues

en e l

centre

de

gravedad

la

materia posee la individualidad ideal que constituye una

1

Diog. Laerc io, X, 54.

2

Id.,

X,

42.

3

Id.,

loc.

cit.

4

Lucrecio, II. 513, ss.:

Eusebio,

Praepar. evang., XIV; Plutarco,

D e placit. philos.

loc. cit.

5

Diog.

Laercio,

X, 42; Lucrecio, II , 525-

6

Ar isto teles, D e caelo,

IV , 3

(III

4 ); Fi l opono,

loc. cit.

7

Lucrecio, II, 479 ss.

8

Veasenota 118.

9

Diog. Laercio, X, 44 y 54.

52



determination f u n da m e n t a l

del

a t o m o .

Una vez que

los a t o -

mo s so n t r a n sfe r ido s a l pian o de la r e p r e se n ta tio n de be n

se r

t ambie n p e sado s.

M a s e l pe so c o n tr a d ic e a s i m is m o d ir e c t a m e n te e l c o n -

cepto del atomo. E s l a i n d i v i d u a l i d a d d e l a m a t e r i a c o m o

un p un t o ide a l que yac e f u e ra de

ella

misma. Pe r o e l a to m o

mismo es esta individual ida d, e l centre de gravedad por asf

de c i r , r e p r e se n t ado c o mo

una

e x is t e n c ia in div idua l . P a r a

Epicure

e l

peso ex iste, ento nce s solo como peso diferenciado

y los

a t o m o s m i s m o s

so n

centres

sustanciales

de

gravedad,

igual

que los c uer pos c e lestes. Si se ap l ic a e s ta c o n se c ue n c ia

a lo

concrete

r e s u l t a n a t u r a l m e n t e lo q ue e l v i e jo B r u c k e r

h a l l a t a n e x t r a n o

1

y lo q ue L u c r e c i o no s a s e g u r a ,

2

e s decir,

q u e l a

t ie r r a

no

t iene centre

a l q ue

c ada c o sa t ie n da

y que

no

e xis t e n

la s a nt fpod a s .

Puesto

que e l

peso,

ademas,

solo

p e r t e n e c e

a l o s

a t o m o s d i f e r e n c i a d o s

de l

r e s t o ,

e s

de c i r ,

a l ie n ado s y do t ado s de c ua l ida de s , se e n t ie n de e n t o n c e s que

a l ia

do n de

e l los

no son pensado s c om o m ult ipl e s en su dife-

r e n c ia mut ua s in o so lo c o n r e sp e c t o a l vacfo, l a d e t e r m i n a -

tio n de l pe so de sap ar e c e . L o s a to m o s, p o r dife r e n t e s que

sean e n c u a n t o a l a m a s a y l a

f o r m a ,

se m u e v e n con l a mis-

ma v e lo c idad e n e l e sp ac io va cfo.

3

Epicure, e n c o n se c ue n -

c i a , h a c e i n te r v e n i r

e l

peso solo

en el

r e c h az o

(Repulsion)

y

e n l a s

c o m p o si c i o ne s

que de e l

r e s ul ta ,

lo que h a

d a d o o r i -

gen a la

c o n side r a t io n

de que

l i n i c a m e n t e

lo s

c o n g l o m e r a -

dos de a t o mo s t ie n e n p e so , mas no los a t o m o s mismos.

4

Gasse n di a l a b a a Epicure p o r q u e

este,

g uiado e x c lusiva-

me n t e por l a

r a z o n ,

ha a n t i c i p a d o la e x p e r i e n c i a

segiin

la

c u a l todos l o s c u e r p o s , a u n q u e

muy

d i fe r ent es en peso y en

1

B r u c k e r i I n s t i t . h i st o r .

phil.,

p. 24.

2

L u c r e c i o ,

I,

1051.

Diog. L a e r c i o , X, 43; L u c r e c i o , II, 235 ss.

V e a s e capitulo I I I .

53



masa,

conservan,

sin embargo, la misma velocidad cuando

caen de arriba hacia a b a j o .

1

El examen de las cualidades de lo s atomos nos da, pues,

el mismo

resultado

que el de la

desviacion,

es decir, que

Epicuro ha objetivado la contradiccion —en el concepto

de atomo— entre la esencia y la existencia, y ha creado

a si

la ciencia

de la atomistica,

mientras

que en

Democrito

no

hay realization del principio mismo sino que se subraya solo

el

aspecto material y se han adelantado hipotesis con vistas

a l

empirismo.

1

Vease Feuerbachs Geschichte d. neuren Philosophie , 1833, XXXIII, 7.

54



III . LOS A TOM OS PR INCIPIOS

Y LOS

A TOM OS EL EM E N T OS

S c h a u b a c h ,

e n su dise r t a c io n ya me n c io n a da , so br e l as c o n -

cepciones astronomicas de

Epicure,

a f i r m a : "Epicure ha

hecho, c o m o A r i s t o t e l e s , u n a d i s t i n c i o n e n t r e pr incipios

(dtomoi arjai, Diog. L a e r c i o , X, 4 1 ) , y

elementos

(dtoma

stoijeia, Diog. La erc io, X, 86). Los pr i me ro s son los a tom o s

cognosciblespar

la

razon

y

no o c u p a n espacio...

1

Se

les

l l a m a

atomos no

p o r q u e

so n lo s

c u e r p o s

m a s pequenos

sino por-

que no son

divisibles

en e l

espacio.

Se

p o d r f a

c r e e r ,

segiin

estas consideraciones, que Epicuro no ha a t r ibuido a los

a t o m o s n i n g u n a c u a l i d a d

que se re f i e ra

a l espacio.

2

Sin

e m b a r g o , e n l a c a r ta a H e r o d o t o (D i o g . L a e r c i o , X, 4 4 - 5 4 )

e l

n o so lo as ig na pe so a lo s a t o mo s sin o ta mbie n ma g n itud

y

f igura . . . Y o

c o n side r o

que

e s t o s a t o mo s de r iv ado s

de los

p r i m e r o s

p e r t e n e c e n

a la

segunda especie ,

si

b i e n

so n

con-

c e bido s, no o b s t a n t e , c o m o

p a r t i c u l a s

e le me n t a le s d e l o s

cuerpos".

3

1

Ametoxa kenou no significa e x a c t a m e n t e " n o o c u p a n e s p a c i o " s i n o

"no f o r m a n p a r t e de l vacio"; es e l m i s m o s ignif icado de did-leipsin de

meroon ouk

exousin.

De

i g ua l m o d o

se

e x p l ic a

ta l

e x p r e si o n

e n

P l u ta r c o .

Deplacit. philos. I, p. 286, y S i m p l i c i o , p. 4 0 5 .

2

T a m b i e n e s t a es una c o n s e c u e n c i a e r r o n e a . Lo que no p u e d e ser

s e p a r a d o e n e l

e s p a c i o ,

no

ex iste

po r

t a n t o

f u e r a de l

espacio

y sin

r e f e r e n d a

e s p a c i a l .

3

S c h a u b a c h , l o c .

c i t . ,

550.



Examinemos mas exactamente el

pasaje

de Diogenes

Laerc io

citado

por

Schaubach. Helo

a q u f: "Por ejemplo, que

la totalidad del ser consiste de cuerpos y de naturaleza

intangible, o que los liltimos elementos de las cosas son

indivisibles..."

1

Epicuro ensefia aquf

a Pitocles, a

quien

e s-

cribe, que la

te o r ia

de los meteoros se distingue de todas la s

otras doctrinas

ffsicas, asi: Que

todo

es

cuerpo

y

vacfo,

que

existen

principios f u nd a m e n ta l e s indivisibles.

Se ve que no

hay

aquf

la

menor r a z o n

para admitir que se habla de una

especie secundaria de

atomos.

Parecerfa

q u i z a ,

que la dis-

yuncion entre

"todos

los cuerpos y la naturaleza intangible"

y "los atomos elementos" estableciera una diferencia entre

cuerpo

(soma) y

atomos elementos (atoma stoijeia), donde

acaso soma (cuerpo) designa rfa lo s atomos de la primera clase

p a r a oponerlos a l o s dtoma stoijeia (elementos). M a s no debe

pensarse en ello, Soma

significa

lo corporeo, opuesto a l va -

c io

que,

po r

tanto,

se

llama

2

asomaton

(incorporeo).

E n

soma

son comprendidos pues, tanto los atomos como los cuerpos

compuestos. Asf, po r ejemplo, se dice en la carta a

Herodoto:

"El todo consiste en cuerpos... Si no existiesen lo que l l a -

mamos

vacfo,

lug ar

y naturaleza intangible... De los cuer-

pos

algunos

son

compuestos, otros

los

elementos

de los

cuales

estos

cuerpos compuestos son formados. Estos elementos

son

indivisibles

e

inmutables...

Es

necesario

que los

princi-

pios sean

de

naturaleza corporea".

3

En e l

pasaje arriba indi-

cado Epicuro habla, entonces, ante todo, de lo

corporeo

g e ne r a l a diferencia de l

vacio; luego

de lo corporeo e n parti-

cular, los atomos.

La

referencia de Schaubach a Arstoteles prueba bastante

poco.

La

distincion entre

arje,

(principio)

y

stoijeion

(ele-

1


2

Id.,

X,

67.

3

Id.,

X, 39,

4 0

y

41.

56



men to), en la que insisten

1

preferentemente lo s estoicos, se

ha l l a tambien, por cierto, en Aristote les,

2

pero este

indica

m uy bien la

identidad

de ambas expresiones.

3

Ensena q ue

stoijeion

(elemento)

significa

e n

particular

e l

atomo.

D e

igual modo Leucipo y Democrito llaman stoije ion (elemen-

to ) a lo l l e n o y lo vacio (pleres kai

kenon}^

En Lucrecio, en las cartas de Epicuro conservadas por

Diogenes Laercio, e n e l Colotes de Plutarco,

6

e n Sexto

Em-

pirico,

7

se atribuyen a l o s atomos la s cualidades p o r l as cua-

les

el los son

determinados como a n u l a n d o s e

a

si

mismos.

M a s si se considera como una antinomia que lo s cuer-

po s

perceptibles solo mediante

la r a z o n so n

dotados

de

cua-

lidades espaciales, resulta entonces

u na

antinomia

mucho

m a y o r q u e l a s

cualidades espaciales mismas puedan

se r

p e r c ib idas

solo

p o r e l

entendimiento.

8

Pa ra just if icar , a d e m a s , su

opinion, Schaubach cita

e l

siguiente

pasaje

de

Estobeo: Epicuro dice

q u e l o s

princi-

p io s (somata) so n

simples,

e n

tanto

q u e l o s

compuestos

de

el los

derivados poseen todos peso . A este texto se p o d r ia n

a grega r los

siguientes,

en los que se

mencionan

lo s dtoma

stoijeia

(elementos) como especie particular de atomos:

P l u t a r c o , De placitis philosophorum ,

I,

246

y 249, y Estobeo:

Edogphys.,

I, p.

5.

9

En

estos

pasajes,

por lo

d e m a s ,

no se

a f i r m a

q u e l o s atomos originarios carezcan de magnitud, de

figura y de peso. Se ha hablado m a s bien de l peso solo como

' I d . , VII,

134.

2

Aristoteles, Metafisica,

IV, 1 y 3.

Vease loc. cit.

4

Aristoteles, loc. cit.

3.

5

Id.,

M etafisica, I, 4.

6

Diog.

Laercio, X, 54; Plutarco, Colotes.

Sexto

Empirico,

Adv.

Math.

8

Eusebio.

Praepar. evang.

XIV.

9

Plutarco.

De

placit. philos. I; Estobeo, Eclog. phys. I.

57



de un caracter diferencia l de los

atomos

or iginar io s y de

los

a to m o s e l e m e nta l e s . M a s y a h e m o s o b s e r va d o e n e l capitu-

lo p r e c e de n t e q ue e l peso solo es ut i l iz ado en e l r e c h a z o

(Repulsion)

y en los

conglomerados

que de e l

r e s u l ta n .

Co n

la in v e n c io n de la frase a t o m o s e l e m e n t a l e s (dtoma stoijeia)

t a m p o c o h e m o s g a n a d o n a d a .

Es tan

dif ic i l pa sar

de los

a t o -

m o s p r i n c i p i o s (dtoma arjai) a l o s a t o mo s e le me n t o s , c o mo

a t r i b u i r l e s p r o p ie dade s di r e c t ame n t e . S in e mbar g o , yo n o

niego

en

absolute esta distincion. Niego solo

que

h aya

dos

especies

fijas

y

difer entes

de

atomos.

Existen,

mas bien, de-

t e r min a c io n e s dive r sas de una y l a misma e sp e c ie .

Antes de a n a l i z a r e s t a dife r e n c ia ,

l l a m o

aiin la

atencion

sobre una modalidad de Epicure. El g usta p o n e r , e n

efect o ,

la s dist int as de t e r m in ac io n e s

de un

c o n c e p t o c o mo e x is t e n -

cias d i fe r ent es

y

a u t o n o m a s .

Asi

c o m o

su

p r i n c i p i o

es el

a t o m o t a m b i e n s u modo d e c o n o c e r e s

a to m f s ti c o .

Cada

m o m e n t o

de la

evoluc i on

se

t r a n s f o r m a

i n m e d i a t a m e n t e

en el en una

r e a l i d a d

fija,

separada, podr ia decirse ,

de su

conexion con el espacio vacio; toda determinacion toma la fi-

gura de la individua lidad aislada.

El ejemplo

siguiente

ha ra co mprender esto clara mente.

El

inf ini te , lo apeiron, o eli f in itio, segiin t ra duce Cicero n,

e s

a v ec e s e m p le a do e n

Epicure

c o m o una n a t ur a l e z a p a r t i -

c u l a r ; a d e m a s,

e n lo s

m i sm o s pasajes

en los que

t e n e m o s

lo s

e l e m e n to s d e te r m i n a d o s c o m o u n a s u st a n c i a f ij a , h a l l a m o s

t a m b i e n lo

dpeiron

autonom.

1

Em p e r o , se g iin l as p r o p ia s de t e r min a c io n e s de Epicure,

e l infinito no es ni una sust an c ia p a r t ic ula r ni algo e x t e r i o r

a l o s a t o m o s y

a l

v a c i o , s i n o m a s b i e n u n a d e t e r m i n a c i o n

a cc identa l de

e l los.

Lo

dpeiron

se

p r e s e n ta ,

e n

s u m a ,

e n

t r e s

signif icados.

En

p r i m e r t e r m i n o lo dpeiron e x p re sa p a r a Epicure

una

1

V e a se loc. c i t . ; C iceron, De fin. I. 6.

58



cualidad que es comun a l o s atomos y a l

vacfo.

Designa la

i nf i n i t ud de l todo q u e e s inf ini te p o r l a infinita pluralidad

d e l o s

atomos,

p o r l a

magnitud infini ta

de l

vacio.

1

En

segundo

luga r ,

la

infinitud

(apeiria)

es la

pluralidad

de los atomos, de modo que

lo

que se opone al vacio no es

e l

atomo sino la multiplicidad infinita de lo s

atomos.

2

Finalmente, si

podemos

deducir a

Epicure

de

Demo-

crito,

lo dpeiron significa, e n

efecto,

lo

contrario,

e l

vacio

ilimitado, que se opone a l atomo determinado e n si y

l i m i -

tado

por si

mismo.

3

En

todos estos

significados

—y

el los son los unices y

aun los

unices posibles para

la

atomistica—

el

infinite

es

una simple determinacion del atomo y del vacio. Se

independiza, no obstante, en una naturaleza especifica a l

lado d e l o s principios cuya determinacion expresa.

Q u e e l

mismo

Epicure

pueda

h a b e r

f i jado

l a

determi-

nacion

e n l a que e l

atomo deviene elemento

(stoijeion)

como

una

especie originaria

y autonoma de

atomos —lo

que se -

gun la

preponderancia historica

de una de las

fuentes sobre

la otra n o e s , p o r lo de m a s, e l caso de deducir— o bien, lo

q u e n o s parece m a s

veros imi l ,

q ue ha ya sido Metrodoro,

discipulo

de Epicure, e l

primero

q ue

haya

tr a n sf o r m a d o l a

d e t e r m i n a c i o n

diferenciada

e n

existencia diferenciada,

no -

sotros debemos atribuir

la autonomia de los

momentos

in-

dividuales

a l

modo subjetivo

de la

conciencia atomistica.

Aunque

se

conceda

a l a s

determinaciones diferenciadas

la

f o r m a

de una

existencia

no se ha

captado

su

d i f e r e n c i a .

El atomo tiene para

Democrito

solo e l s ignif icado de

un stoijeion (elemento), de un sustrato material. La diferen-

1

Diog. Laercio,

X, 41.

2

Plutarco,

Colotes.

3

Simplicio, loc. cit.

4

Plutarco,

Deplacit. philos. I, V;

Estobeo, Eclog.

phys, I.

59



c ia e n t r e e l a t o m o c o m o arje y stoijeion, c o m o principle y

f u n d a m e n t o ,

p e r t e n e c e

a

Epicure.

L o q u e

sigue

m o str a r a

su importancia.

La

c o n t r adic c io n e n t r e l a e x iste n c ia y l a e se nc ia , e n t r e l a

m a t e r i a y l a f o r m a , q u e y a c e e n e l c o n c e p t o d e a t o m o , e s

puesta

en

c a d a a t o m o i n di vi d u a l

por el

hecho

de

e s ta r dota-

do de

c ua l idade s . De bido

a la

c u a l i d a d

de l

a t o m o

e s

e n aje -

n a d o

de su

concepto, p e r o a l

mismo

tie m p o

se

c o m p le ta

e n

su

e s t r u c t u r a . E l rechazo y

lo s

conglomerados c o n e xo s de

a t o m o s

c u a l i f i c ado s

p r o d u c e n e l m u n d o f e no m e n i c o .

En e s t e p aso de l mun do de l a e se n c ia a l de l fe n o me n o ,

la c o n tr a d i c c i o n e v i de n te e n e l c o n c e p to d e a to m o a l c a n za

su

r e a l i z a c i o n mas p e n e t r an t e . El a t o mo e s , p o r c ie r t o ,

se-

gun

su c o n c e p t o , la f o r m a a b s o l u ta , e se nc ia l de la n a t u r a l e -

za . Esta form a ab soluta e s

ahora

degradada en la ab soluta

materia ,

en

e lsustrato informe

de l

mundo fenomenico.

Lo s a t o mo s so n , e n v e r dad, l a sust an c ia de l a n a t ur a le -

za ,

1

de do n de

todo

p r o v ie n e y a do n de todo r e t o r n a ,

2

p e r o

e l a n i q u i l a m i e n t o c o n s ta n te de l m u n d o f e no m e n i c o no c o n -

d u c e

a ningun

r e sul t ado . S ur g e n n ue v o s f e n o m e n o s ;

m a s

e l

a t o m o m i s m o p e r m a n e c e s i e m p r e

en su

b a s e c o m o f u n -

damento.

3

En t an t o p e n sado segiin su c o n c e p t o p u r o , el

a t o m o

es e l

e sp ac io v ac io ,

la

n a tu r a l e z a a n iq u i la d a ,

su

exis-

t e n c ia ;

e n

t an t o p asa

a la

r e a l id a d

e l

a t o m o

se

h u n d e

en la

base m a te r i a l q u e , s o p o r te

de un

m u n d o

de

r e l a c i o n e s m u l -

t iples, no ex iste sino en sus f o r m a s e x te r i o r e s e in dife r e n te s .

Esta e s una c o n se c ue n c ia n e c e sa r ia , p o r q ue e l a t o mo , su-

p ue st o c o mo in div idua l idad abst r ac t a

y

f i n i tu d,

no

p ue de

rea l izarse c o m o fuerza

idealizadora

y extensiva de esa mul-

t ip l ic idad.

1

L u c r e c i o , De r e r . nat.

I, 820

ss.; Diog. L a e r c i o ,

X, 39.

2

Diog.

L a e r c i o ,

X,

73; L u c r e c i o , V, 1088

ss.;

L u c r e c i o , V, 374.

3

Simpl ic io ,

loc.

cit.

60



La individualidad abstracta es la libertad de la existen-

cia ,

no la libertad en la existencia. Ella no puede brillar a la

l uz de la

existencia.

fista es un

elemento

en e l cua l

a q u e l l a

pierde

su c a r ac t e r y

deviene material.

Fo r

esta causa

e l

ato-

m o n o

penetra

e n l a luz de l a

apariencia

1

ni se

sumerge

en la

base

material cuando entra en ella. El

atomo,

como tal, solo

existe en el vacio. Asi, la muerte de la naturaleza se convier-

te en su

sustancia inmortal,

y con razon

exclama

Lucrecio:

Mortalem vitam mors cum

immortalis

ademit (cuando la

muerte inmortal ha extinguido l a vida mortal, Lucrecio

ill,

869).

Pero q ue Epicuro capte y objetive la

contradiccion

e n

esta su f o r m a s up r e m a , q u e ta m b i e n

distinga

e l

atomo,

q ue

como stoijeion deviene

la

base

de l

f e no m e n o ,

de l

atomo

que

como

arje

existe

en el

vacio,

es la

diferencia

filosofica c o n

Democrito

quien solo

objet iva

a q u e l

linico

momento.

Es

esta

m i s m a

diferencia

la q u e

separa

a

ambos pensadores

e n

e l

mundo de la esencia, en e l dominio de los atomos y del

vacio. M a s puesto q u e e l atomo c u a l i f i c a d o e s complete y

porque e l mundo f e n o m e n i c o puede surgir solo de l atomo

complete

y

enajenado f rente a l concepto. Epicuro expresa

a si que solo e l atomo cualificado deviene

stoijeion

o que

linicamente

e l

dtomon

stoijeion

(atomo elemento) esta

dota-

do de

cualidades.

1

Lucrecio, II, 796.

61



IV .

EL

T IE M PO

Puesto que e n e l a t o m o la m a t e r i a c o m o r e l a c i o n pura es ta

despojada

de

todo

c a m b i o

y de

toda re l a t iv ida d,

se

sigue

de

e l lo inmediatamente

q u e e l t iempo debe ex c lu i rs e de l con-

cepto de a to m o y de l m u n d o de l a e se nc ia . Luego la m a te r i a

e s, en efecto , e te rna y

a u to n o m a

en cua nto s e pres c inde en

ella

d e l momento tempo ra l . Sobre esto

concuerdan

po r cierto

E pi c ur o y D e m o c r i to . M a s

e l los difie r e n

e n l a m a n e r a c o m o

e l

t iempo,

que

es ta pros cr i to

de l

m u n d o

de

lo s

atomos,

e s

ahora

d e t e r m i n a d o ,

y

adonde

e s

t r a n sf e r i d o .

E n

D e m o c r i t o

e l

t ie m p o

no

t iene

ningiin

significado

ni

neces ida d pa ra e l s istema . El

lo

e x p li c a p a r a

s u p r i m i r l o .

Es

d e t e r m i n a d o c o m o e t e r n o ,

segiin

e x p r e s a n Ar is t o t e le s

1

y

S i m p l i c i o ,

2

a f in de que el

n a c i m i e n to

y la

m u e r t e ,

e s

decir,

lo

te m p o r a l , sc a n d e sc a r t a d o s de l a t o m o . El t iempo provee-

n'a

e l

m i s m o

la

p r u e b a

de que

todo

d e b e t e n e r

un

o r i g e n ,

un

m o m e n to

de

i n i c ia c i o n .

Se d e be r e c o n o c e r a q u i

algo

m a s p r o f u n d o . El entendi-

miento

i m a g i n a n t e ,

que n o

ca pta

l a a u t o n o m i a d e l a

sus-

ta n c i a , i nt e r r o g a

por s u

d e v e n i r t e m p o r a l .

Se

le es ca pa ,

po r

t a n t o ,

que a l

c o n v e r t i r

la

s us ta ncia

e n

a l g o t e m p o r a l h a c e

i g u a l m e n t e

de l

t iempo a lgo s us ta ncia l ,

y de

ta l

m o d o

des-

t ru y e

su

concepto, pues

e l

t iempo conver t ido

e n

a b s o l u t e

no e s ya t e m p o r a l .

1

A r i s t o t e l e s , F isica, V I II , I.

2

S i m p l i c i o , loc. c i t .



Pero,

por

otra parte, esta resolucion

no es

satisfactoria.

Excluido

de l mundo de l

ser,

e l

tiempo

e s

transferido

a la

autoconciencia del sujeto filosofante, mas no tiene nada que

ver con el

mundo mismo.

Otra cosa sucede con

Epicure.

Excluido del mundo del

ser, e l

t iempo

dev ien e

para

e l la forma absoluta

de l

fen omeno.

Es, en

efecto, determinado como accidente.

El

accidente

es

la

m o d i f i c a c i o n

que se refleja e n si m i s m a , e l cambio como

cambio. Esta f o r m a pura d e l mundo e s ahora e l

tiempo.

1

L a

composicion

es la

f o r m a

meramente pasiva

de la

naturale-

za ,

e l

tiempo,

su f o r m a

activa.

Si yo

considero

la

composi-

cion

segvin

su existencia, e l atomo existe

detras

de ella, en e l

vacio,

e n l a imag in ac io n ; s i

considero

e l

atomo

de

acuerdo

con su concepto, o bien la composicion no existe en abso-

lute, o bien solo existe l a r e p r e s e n ta c i o n subjetiva, pues el la

es

una

relacion

e n l a que

lo s atomos independientes, ence-

r r a d o s

e n

si ,

se separan unos de otros de alguna manera, no

se

relacionan ya mutuamente. El tiempo, p o r e l contrario,

e l cambio de lo f in i te , por ser puesto como cambio, e s cier-

tamente

la

f o r m a real

que

separa

e l

fenomeno

de la

esencia,

se pone como fenomeno, a la vez que l leva de regreso

a l

ser.

La composicion expresa solo la materialidad tanto de

lo s atomos como

de la

naturaleza

que de

e l los

deriva.

El

tiempo,

e n

cambio,

es en e l

mundo

de l

fenomeno,

lo q u e e l

concepto es en el mundo de l ser, a saber, la abstraccion, e l

aniquilamiento, el retorno de toda existencia determinada

en el ser para si .

De

estas consideraciones

se

deducen

la s

consecuencias

siguientes:

Pr imeramente ,

Epicure convierte

la contradic-

cion

entre

la

materia

y la

fo r m a

e n e l

caracter

de la

natura-

l eza fenomenica , l a q ue

deviene

a s f l a co nt ra f igura de lo

1

Lucrecio,

I, 459

ss.; id.,

I, 479

ss.; Sexto Empi'rico.,

Adv.

Math.;

Estobeo, Eclog.

phys.

I, 9.

64



esencial, del atomo. Esto

sucede

en

cuanto

el

tiempo

se

opone a l espacio,

y la f o r m a

activa

de l

fenomeno

a la

forma

posit iva.

En

segundo

lugar,

solo en Epicuro e l fenomeno es

concebido

como

fenomeno,

es

decir, como

una

alienacion

de la esencia, la que se a f i r m a como ta l alienacion en su

realidad.

En

Democrito,

por el contrario, para quien la com-

binacion es

forma particular

de la naturaleza

fenomenica,

e l

fenomeno

no

muestra

e n si

mismo

q ue es

fenomeno, algo

dife rencia do de la

esencia. Considerado entonces

e l

feno-

meno

segun

su existencia, la esencia resulta

totalmente

con-

fundida con e l ; juzgado segiin e l concepto, el ser se separa

po r completo de l fenomeno, y a q u e este e s reducido a apa-

riencia subjetiva. La combinacion se comporta de modo in-

diferente

y

materialmente

con

respecto

de sus

f u nd a m e n to s

esenciales. M a s e l tiempo es el

fuego

de la esencia que con-

s u m e

eternamente

e l

fenomeno

y le

imprime

e l ca rdcte r de

la

dependencia

y de la

inesencialidad.

En fin,

siendo

e l

tiem-

po, segiin Epicuro, el cambio en tanto que cambio, la re-

f le x io n de l

fenomeno

en si

mismo,

la

naturaleza fenomenica

es a justo titulo puesta como objetiva y c o n propiedad la

percepcion sensible deviene e l criterio real de la naturaleza

concreta,

si

bien

su

fundamento,

e l

atomo, solo

e s contem-

plado por

medio

de la razon.

Puesto que, e n efecto e l tiempo es la forma abstracta de

la percepcion sensible, subsiste entonces la necesidad, se -

gun el

modo

atomistico de la

conciencia epiciirea,

que el

se a fi jado

en la naturaleza como un ente q ue tiene una exis-

tencia particular. Asi, pues, la mutabilidad del mundo sen-

sible

en

cuanto mutabilidad,

su

cambio como

cambio,

este

reflejarse

de l

fenomeno

en si que

f o r m a

e l

concepto

del

tiem-

po ,

tiene

su

existencia p ar tic ula r iz ada

en la

sensibilidad cons-

ciente.

La

sensibilidad

de l

hombre

e s,

tambien

e l

tiempo

corporeo, e l

r e f le j o

viviente de l mundo

sen sible

en

si .

Como esto deriva directamente de la

determinacion

del

65



concepto

de tiempo en

Epicure,

asi se

lo

puede tambien

demostrar

en lo particular completamente determinado. En

la carta de Epicuro a Herodoto

1

el tiempo es asi determina-

do

para

que

surja

cuando

los

accidentes

de los

cuerpos

percibidos por los sentidos son pensados como accidentes.

La

percepcion

de lo s

sentidos,

reflejada e n si , e s,

pues,

aqui

la

fuente de l

tiempo

y e l

tiempo mismo.

En

consecuencia,

no se

debe

defini r e l

tiempo

po r

analogia

ni

a f i r m a r

de e l

otra cosa, sino

que e s

necesario atenerse

a la

evidencia mis-

m a , ya que la percepcion de los sentidos

ref le jada

en si, por

se r

e l tiempo mismo, no puede trascenderla.

P o r e l contrario, e n Lucrecio, Sexto Empirico y Estobeo

2

el

accidente de l accidente, e l cambio ref le jado en si mismo

e s

determinado como tiempo. El

ref lejo

de lo s accidentes

en la percepcion de lo s sentidos y su re f lejo en si mismo so n

entonces puestos como una sola y misma cosa.

Debido

a

este nexo entre

e l

tiempo

y la

sensibilidad,

la s

eidolas,

que se hallan e n Democrito, mantienen tambien

una posicion mas consecuente.

La s e idolas

son la s fo r m a s de l o s

cuerpos

d e l a n a t u r a l e z a

que se desprenden de aque l lo s , por asi deck, como epider-

mis, y constituyen lo s fenomenos. Estas f o r m a s penetran

e n lo s

sentidos

y de

este modo hacen aparecer

lo s

objetos.

Asi en la

audicion

la

naturaleza

se oye a si

misma;

en e l

olor

se huele a si misma; en la vista se ve a si misma.

3

La sensibi-

lidad humana

e s,

pues,

e l

medio donde como

en un

foco

lo s procesos de la naturaleza se r e f l e j a n y encienden la l uz

de los fenomenos.

En

Democrito esto

es una

inconsecuencia porque

e l fe-

nomeno

e s

solo subjetivo;

e n

Epicuro resulta

una

conse-

1


2

Lucrecio, De

rer.

nat.

loc.

cit.; Sexto E m p f r i c o ;

Adv.

Math.

3

Diog.

Laercio,

X, 46;

Lucrecio,

IV, 30

ss.;

Id. IV, 52 ss.

66



c ue nc ia n e c e sa r ia p o r que la sensibilida d es el reflejo de l mun-

do fe n o me n ic o e n sf , su t ie mp o c o r p o r iz ado .

1

En fin, e l nex o de la sensibi l idad y e l tiem po se revela as i

en que la

temporalidad

de las cosasy su

manifestation

para

los

sentidos es pue sta como

un a

para ellos

mismos.

De

este modo

p r e c isame n t e

lo s

c u e r p o s

q ue

ap ar e c e n an t e

lo s

sent ido s

se

de sv an e c e n .

2

Debido a que se

s e pa r a n

de

c o n t i n u o

de los

c u e r p o s

y

p e n e tr a n

en los

sentidos,

y

ade mas,

por

tener

su

sensibil idad f u e ra

de sf

c o m o o t r a n a tu r a l e z a

y no en sf

mis-

ma, y de

a q u f

p o r q u e n o

cesan

de desprenderse, las

e idolas

se

disuelven

y

p e r e c e n .

Puesto que el dtomo no es mds que la

forma n atural

de la

autoconcie n cia abstracta,

individual ,

asi la

naturaleza sen si-

ble solo es la autoconciencia

empirica objetivada

e

individual ,

y esta

lo sensible.

Los sentidos

son , pue s,

los

un icos

criteria; e n

la

naturaleza concre ta, de

igual modo

que la

razon abstracta

lo

e s en e l

mundo

de los

dtomos.

1

Diog. Laerc io , X, 9.

2

L u c r e c i o , II, 1139.

67



V . LOS M E TE OR OS

La s

o p i n io n e s a s tr o n o m i c a s

de

De m o c r i to p ue de n se r sag a-

c e s pa r a e l punto de vista de su t iempo. A

e l las

no se

les

ha

ag r e g ado inte res f l losofico. N i s u p e r a n e l ambito d e l a r e -

f l e x i o n e m p i r i c a n i se h a l l a n ta m p o c o e n relacion m t i m a

d e t e r m i n a d a con la do c t r ina de lo s atomos.

En c a m b i o , la te o r ia de Ep ic ur o so br e los cuerpos celes-

te s y los proc esos con

e l los

vincula dos, o sobre los m e t e o r o s

( ex pres ion

dentro

de la

c u a l

e n c ie r r a e sto ) se o p o n e n o so lo

a la o p i ni o n de D e m o c r i t o s i n o

tambien

a l a d e l a filosofia

gr iega .

La ve n e r a c i o n de los cue rpo s ce lestes es un culto que

to do s lo s fi lo so fo s h e le n o s c e l e b r a n . El s is te ma de lo s c ue r -

pos celestes es la pr ime ra ex istencia ingenua de la razon con-

c r e t a , d e t e r m i n a d a

n a tu r a l m e n te .

L a m i sm a

posicion

t iene

la

a u t o c o n c i e n c i a g r i e g a

en e l

dominio

de l

espfr i tu .

Es el

sistema so la r e sp i r i t ua l .

En los

cue rpo s ce lestes

lo s f i losofos

griegos a d o r a b a n , p ue s ,

a su

pr o p i o e s p i r i tu .

El m i sm o A n a x a g o r a s, e l p r i m e r o q ue

ex plico

fisicamente

e l

cielo y que

lo c o n d u j o

a si a la

ti e r r a , a u n q u e

en un

senti-

do

dist into

q ue

S o c r a t e s , respondio

un

dia

que se

le p r e -

gunto p a r a q ue h a b i a n a c i d o : "P a r a e s tu d i a r e l sol, l a

luna

y

lo s

a stro s",

1

J e n o f an e s ,

por su

p a r t e , c o n te m p l a b a

e l

c ie lo,

y

decia: "Lo uno es la divinidad".

2

En cuanto a l o s pitagoricos

1

Diog. L a e r c i o , II, 3, 10.

2

Aris to te l e s , M etafisica,

I, 5.



y a Platon, a sf como a Aristoteles, so n

conocidas

sus

r e l a -

ciones religiosas con lo s cuerpos celestes.

For cierto, Epicuro se opone a la concepcion de todo el

pueblo griego.

A veces parece, expresa Aristoteles, que el concepto de-

pone e n favor d e l f e n o m e n o y l o s f e n o m e n o s e n favor de l

concepto. A sf todos lo s hombres tienen una

representation

de los dioses y atribuyen a lo divino e l

l u ga r

supremo; tanto

l o s b a r b a r o s como los helenos, es decir, todos aquellos que

creen en la existencia de los dioses, vinculan evidentemente

lo

inmortal

a lo mortal, porque lo contrario es

i rnposible .

Si

algo divino existe, como realmente existe por lo demas, tam-

bien e s exacta nuestra

a f l r m a c i o n

sobre la sustancia de lo s

cuerpos celestes. M a s

el lo

corresponde asimismo a la per-

ception sensible, para hablar segiin la conviction

h u r n a n a .

En efecto, en todo el

tiempo

pasado, segiin el recuerdo mu-

tuamente trasmitido, nada parece

h a b e r

cambiado

ni en todo

e l cielo ni en una

cualquiera

de sus

partes. Tambien

e l nom-

b r e parece sernos trasmitido po r l o s antiguos hasta e l

mun-

do de hoy, puesto que e l los admitian aun las

m i sm a s

cosas

que nosotros aceptamos. Pues no una ni dos sino infini tas

veces se nos han presentado las mismas opiniones. Porque,

e n

efecto,

e l

primer cuerpo

e s

algo diferente

y

exterior

a la

tierra,

a l fuego, a l a i re y a l

agua, ellos asignaron a l lugar

ma s

elevado el nombre de eter, de

thein ae i ,

que corre siempre

dandole como sobrenombre el tiempo eterno.

1

Mas los an-

tiguos atribuyeron e l cielo y e l lugar supremo a l o s dioses

porque solo aquel

e s

inmortal.

Sin

embargo,

la

doctrina

actual demuestra que el es indestructible, increado y despo-

jado de

toda

vicisitud mortal. De esta manera nuestros con-

ceptos corresponden

a la vez a la prediction

sobre Dios.

2

1

Id., De

caelo,

I, 3.

2

Id.,

ib., I,

3 y II, I.

7



Que existe

un cielo

es

evidence.

De los antiguos y antepasa-

dos se ha

transmitido

la

creencia, conservada

e n f o r m a de

mito

para

la

posteridad, segiin

la c u a l lo s

cuerpos celestes

son

dioses

y que lo

divino abraza

la naturaleza

entera.

El

resto r ue anadido miticamente po r l a fe de l a mayoria, como

litil para las leyes y la vida. Luego, los hombres hacen a los

dioses semejantes a si mismos y a otros seres vivientes, e

imaginan asi ficciones y conexiones analogas. Si a lguien se-

para de e l lo e l resto y

conserva

solo lo primero, esto es, la

creencia

segiin

la

cual

la s

sustancias primeras

so n

dioses,

debe aceptarlo

por

divinamente dicho,

y que

despues,

como

sucedio,

todo arte posible

y

toda

filosoffa f u e r o n

inventa-

dos y de nuevo extraviados, estas opiniones a

igual

que las

reliquias, llegaron hasta

la

epoca a c t u a l .

1

Aparte

de todo

esto

—dice por el

contrario Epicuro—

es

necesario pensar que l a mayor perturbacion de l alma

humana proviene d e q u e l o s hombres consideran a l o s cuer-

po s celestes como bienaventurados e indestructibles, q ue

tienen deseos y realizan actos que les son contradictorios y

conciben recelos contra los mitos.

2

En lo que concierne a

lo s f e n o m e n o s celestes se debe creer que en

ellos

e l movi-

miento y la posicion, lo s eclipses, la salida, e l ocaso y otros

hechos a n a l o g o s ,

no

surgen

por

gobernar, ordenar

o

haber

intervenido a lgun

ser que

a l m i sm o tiempo posea

toda

bea-

titud junto

a l a

indestructibilidad. Pues

l a s

acciones

no con-

c u e r d a n c o n l a beatitud sino que

e l las

presentan la mayor

af i n i dad

c o n l a debilidad, e l temor y la necesidad. A un debe

pensarse que ciertos cuerpos igneos, que poseen beatitud,

se someten e s p o n t a n e a m e n t e a estos movimientos. Pero si

no se

esta

de

acuerdo sobre este punto, esta

m i s m a

contra-

diccion produce la mayor ansiedad d e l a s almas.

3

1

Ib., M etafisica,

XI, 8.

2


3

Id.,

ib.,

76.

71



Si

en

verdad Aristoteles

ha

reprochado

a los

antiguos

porque c re f a n q u e e l cielo como sosten necesitaba de Atlas,

l

e l que

"sobre

sus espaldas, con terrible peso, apoya y man-

dene

los pilares del firmamento y la tierra" (Esquilo,

Prometeo), Epicuro,

por su

pane,

critica

a

quienes piensan

que el hombre dene necesidad del cielo; y a Atlas mismo,

sobre quien aquel descansa,

lo

descubre en la necedad y la

supersticion humana. Los Titanes representan tambien la

i gn o r a n c ia y l a simpleza.

Toda la carta de Epicuro a Pitocles

trata

de la

teoria

de

los cuerpos celestes, con excepcion de la ultima parte. Esta

c i e r ra

la epistola c o n sentencias eticas. Y e s apropiado

agre-

gar maximas morales a la doctrina de los meteoros. Esta

teoria es para Epicuro un caso de conciencia. Nuestro estu-

dio se apoyara

principalmente entonces sobre

el

escrito

a

Pitocles; lo completaremos con la carta a

Herodoto,

a la

que e l

mismo Epicuro

se

refiere

en su

misiva dirigida

a

aquel.

2

Primeramente

no debe creerse que con el conocimiento

de los f e no m e n o s celestes, ya se los tome en con] unto o en

p a r t i c u l a r ,

se alcance otra f ina l ida d q ue l a ataraxia y la f i r m e

conf ia nza ,

como sucede con e l resto de las ciencias de la

naturaleza.

3

Nuestra vida no esta necesitada de ideologia y

v an as hipotesis

sino de que vivamos sin turbacion. Asi como

es tarea de la ciencia natural investigar la s causas de las cosas

m a s importantes, tambien la beatitud se basa en e l conoci-

miento

de los

meteoros.

En

si

y por

si

la

teoria

de l

ocaso

y la

salida,

de la posicion y del

eclipse

no

contiene fundamento

p a r t i c u l a r

alguno

de

beatitud salvo

que e l

terror

se

apodera

de quienes lo s ven sin comprender su naturaleza y sus prin-

cipales causas.

4

Solo

se

niega hasta

a q u f

la

primacia

que la

1

Ar ist6teles, D e

caelo,

II, I.

2


3

Id.,

ib.,

85; id., 82.

4

Id., ib., 87; id., 78; id., 79.

72



do c t r in a de lo s fe n o me n o s c e le s t e s de be r ia t e n e r an t e l as

o t r a s c ie nc ias

y se las

c o lo c a

en e l

m i s m o nivel

que

estas.

Pero la

t e o r fa

de los fe n o me n o s c e le ste s difiere

aun

espe-

cificamente

t an t o

de l

metodo

de la

et ica

como

de los

otros

problemas f is icos; por e j e m p l o , aqui e x iste n e le me n t o s

indivisibles y o t r a s c o sas s i mil a re s , e n

donde

una so la e x p l i-

c ac io n

c o r r e sp o nde a lo s fe n o m e n o s.

Ello

no sucede, en efec-

to, con los meteoros.

1

Esto s no tie n e n n in g un a c ausa s imp le

e n

c uan t o a su o r ig e n , y p o se e n mas de un a c a t e g o r ia de

esencia q ue co rresponde a lo s feno me nos. Luego, no se puede

e s t u d i a r c i e n c i a n a t u r a l segiin a x i o m a s y leyes

vacios.

2

Se

repite sin cesar q ue los fe n o me n o s c e le ste s se d e b e n e x p li c a r

no op los

(s imp le , abso lut ame n t e ) s in o pollaxos

(de

muchos

m o d o s ) .

Y

e l l o v a l e p a r a

la

sa l ida

y

puesta

del so l y de la

luna,

3

e l c r e c imie n to y de c r e c imie n to de esta,

4

l a a p a r i c io n

de l

r e sp lan do r

e n l a faz lunar,

5

lo s c a m b io s de l dia y de la

noche

6

y los

restantes

feno me no s celestes.

,:C6mo

d e be e x p li c a r se a h o r a esto?

C u a l q u i e r e x p l i c a c i o n e s suficiente. S o lo de be de sc a r -

ta rse e l m i t o . Sin e m b a r g o , este se r a e l i m i n a d o si siguiendo

lo s fe n o me n o s se de duc e de e l lo lo in visib le .

7

Es indispen-

sable atenerse a los fe no m e n o s, a la percepcion sensible. Por

cons iguiente

h a y q u e r e c u r r i r a l a a n a l o g ia . A si, po r

medio

de l a s e x p li c a c i o n e s se p ue de disip a r e l te r r o r y l i b e r a r s e de

e l,

a l

da r l a s c a u s a s de los fe n o me n o s c e le s t e s y del resto, e s

de c i r , de c uan t o se p r o duc e c o n st an t e me n t e y p r o v o c a e l

angustioso p av o r de los demas hombres.

8

1

Id., ib.,

86.

2

Id.,

ib.,

86.

Id., ib.,

92.

4

Id.,

ib.,

94.

5

Id., ib., 95 y 96.

6

Id., ib.,

98.

7

Id.,

ib., 104.

8

Id., ib.,

80; id., 82; id., 87.

73



La abun dan c ia de r az o n e s , l a mul t ip l ic idad de p o s ib i l i -

dade s n o so lo de be n c a lmar l a c o n c ie n c ia y a le j a r lo s mo t i-

ves de a ngustia , s ino a la vez negar , en los cuerpos ce lestes,

la

un idad

y la ley

constante

y

absoluta.

Tales cuerpos pue-

den c o m p o r t a r s e ora de una m a n e r a ora de otra; esta posi-

b i l idad s in le y c o n st i t ui r ia e l

c a r a c t e r

de su r e a l idad;

todo

en e l los seria in c o n st an t e e inestable .

1

La multipl icidad de

las

explicaciones

debe ,

al

mismo t iempo, anular la un idad

de l objeto.

Asi,

p ue s , mie n t r as

Aristoteles,

de

a c u e r d o

c o n l o s

o t r o s

filosofos gr iegos, co nsidera a lo s cue rpo s ce lestes com o eter-

n o s e in m o r t a l e s , p o r q u e se c o m p o r ta n s ie m p r e d e l a m i s-

ma m a n e r a ; en t a n t o

les

a t r i b u y e un e l e m e n t o p r o p i o ,

superior , no sometido a la

fuerza

de l peso, Epicuro

a f i r m a ,

e n di r e c t a

contradiccion

c o n aq ue l , que t o do suc e de a l a

inversa. Segun el, la

t e o r i a

de los meteoros es especif ica-

me n t e dis t in t a

de

t o d a o t r a d o c t r i n a

fisica

p o r q u e

en

e l l o s

todo a c o n t e c e de

modo

m u l t i p l e e ir r e g ula r , to do de be ex-

p l i c a rse

p o r c a usas dive r sas y de un n u m e r o d e t e r m i n a d o .

M a s,

t od a vfa ,

e l r e c h a z a c o n v e h e m e n c i a e in dig n ado l a

o p i n i o n c o n t r a r i a :

los que se

a t i e n e n

a un

so lo mo do

de

e x p l i c a c i o n

y e x c luye n to do s lo s

demas,

l o s q u e a d m i t e n e n

l o s f e n o m e n o s

ce lestes lo

unico,

e sto es, lo

e te r n o ,

y lo divi-

no ,

c a e n

en la

va n a m a n ia

de

e x p l ic a r l o to d o

y e n lo s

a r t i f i -

cios

serviles

de los astrologos; f r a n q u e a n los limites de la

c i e nc i a n a t u r a l y se a r r o ja n e n br az o s de l mit o ; busc a n c o n -

s u m a r lo imp o sib le y se a f a n a n t r a s e l a b s u r d o ; no sabe n

t a m p o c o c o m o p o n e n

e n

pel igro

a l a m i sm a

ataraxia. De be

despreciarse

su esteril

c h a r l a .

2

Es n e c e s a r i o

a leja rse

de l p r e -

j u i c i o

segun el

c u a l

la

in da g a c i o n

sobr e esos obje tos no es ni

b a s ta n te p r o f u n d a ni d e m a s ia d o

sutil

e n c u a n t o s o l o a p u n -

1

Id., ib., 78; id., 86; id., 87.

2

Id., ib., 98; id.,

113; id.,

97; id., 93; id., 87; id., 80.

74



ta a n u e str a a t a r a x i a y fe l ic idad.

1

E n c a m b i o , e s n o r m a

ab-

soluta q ue n a d a p u e d e a t r i b u i r s e a u n a n a t u r a l e z a i n d e s -

t r uc t ib le y eterna q ue t u r b e la

ataraxia

y p r o v o q u e algiin

pel igro. La c o n c i e n c i a d e b e c o m p r e n d e r que esta es la ley

a b s o l u t a .

2

Epicure

concluye,

po r t a n t o , pue sto

que la

e tern idad

de

los cuerpos celestes

turbaria

la ataraxia de la autoconciencia,

que es una

consecuencia necesariay

rigurosa

que ellos n o

sean

eternos.

M a s,

^ c o m o

debe entenderse esta

opinion

p a r ti c u l a r

de

Ep ic ur o ?

Todos

l o s a u t o r e s q u e han e s c r i t o s o b r e l a f i losoffa

epiciirea

han

presenta do esta do ct r ina com o

incoherente con

el re sto de la ffsica, con l a teona de los a t o m o s. La

polemica

c o n t r a e l estoic ismo, la superst ic ion y la as t r o lo g ia

serfan

r az o n e s

suficientes.

Y

hemos

visto

q u e e l

mismo Ep ic ur o dis t in g ue

e l me to-

do

que se

e mp le a

en la

teona

de los

f e n o m e n o s celestes

de l

de l a s o t r a s p a r t e s de la fisica . Pero, ^e n que d e t e r m i n a c i o n

de su pr inc ipio yace la nece sidad de esta dist incio n?

,;C6mo

l lega a esta

idea?

Y

e l

po le miz a

no

so lo c o n t r a

la

a s tr o lo g ia s ino t a m b i e n

c o n t r a

la

a s tr o n o m f a ,

l a l e y

e t e r n a

y la

r a c i o na l i d a d

de l

siste-

ma celeste. En

fin,

e l a n ta g o n ismo c o n lo s e sto ic o s n o e x p li -

c a n a d a .

La

sup e r s t ic io n

de

estos

y

t o das

sus

o p i n i o n e s

se

h a l l a b a n ya

r efut a d a s

c u a n d o lo s cuerpos ce lestes f u e r o n

presentados como c o m b i n a c i o n e s c a s ua l e s d e a to m o s y su s

p r o c e so s como m o v i m i e n to s f o r t u i to s de estos mismo s a to-

mo s. Su n a t u r a l e z a e t e r n a r e s u l t a b a

a si

a n i q u i l a d a , c o n s e -

c ue n c ia

que

Democrito

3

se contento con

e x tr a e r

de

a q u e l la

1

Id., ib., 80.

2

Id.,

ib.,

78.

3

Vease Aristoteles, De caelo,

I,

10.

75



premisa. Aun su misma existencia quedaba

asi

suprimida.

l

Para

los atomistas no se necesitaba, pues, un nuevo

metodo.

Pero no es esta

toda

la dificultad. Surge una antino-mia

mas enigmatica.

El atomo

es la

materia

en la forma de la

autonomia,

de

la

individualidad,

por asf

decir,

la

gravedad representada.

Mas la suprema realidad de la gravedad son los cuerpos ce-

lestes. En ellos se resuelven todas las antino-mias entre la

f o r m a

y la materia, entre el concepto y la existencia, las que

constituyen el desarrollo del atomo y en las que se realizan

todas las determinaciones requeridas. Los cuerpos celestes

son eternos e inmutables, poseen su centre de gravedad en

si

mismos,

no f u e r a de ellos; su

linico

acto es el movimien-

to, y separados por el espacio vacio se

desvian

de la linea

recta, forman un

sistema

de repulsion y de

atraccion

en el

que conservan Integra su autonomia y producen,

finalmen-

te, por

si

mismos, el tiempo, como

f o r m a

de su

aparicion.

Los cuerpos celestes son en tonce s, los

dtomos

que ban llegado a

se r

reales. En ellos la materia ha recibido en si misma la in-

dividualidad. Aqui es donde Epicuro

debio

ver la forma

suprema de la existencia de su principio, el apice y punto

culminante de su sistema. Pretendio aceptar los atomos para

que la

naturaleza

tuviese fundamentos eternos. Supuso que

lo que le

importaba

era la

individualidad sustancial

de la

materia. Mas cuando descubre la realidad de la naturaleza

—pues no conoce otra naturaleza que la mecanica— la

materia

autonoma, indestructible en los cuerpos celestes,

cuya eternidad e inmutabilidad son demostradas por la fe

del vulgo, el juicio de la fi losofia y el testimonio de los sen-

tidos, entonces su

unico

empefio

es atraerla hasta la caduci-

dad terrestre, y aun se vuelve colerico contra los adoradores

de la naturaleza autonoma que posee en si el punto de la

individualidad. Esta es su mayor contradiccion.

1

Id., ib.

76



Epicure

a dvie r te ,

e n

e f e c t o ,

que sus categorias

p r e c e -

d e n te s se d e r r u m b a n a q u i, q u e e l

metodo

de su t e o r ia se

mo di f i c a . Y l a

ensenanza

m a s p r o f u n d a de su s is tema, su

cons ecuencia

ma s

r iguros a

es que e l

e x p e r i m e n t a e s t o

y

lo

ex pres a cons cientemente .

Hemos

visto , e n verda d, como toda la filosofia

epiciirea

de l a n a t u r a l e z a e sta i m p r e g n a d a p o r l a

contradiccion

e n t r e

la e s e n c i a y l a e x i s t e n c i a , e n t r e l a f o r m a y l a m a t e r i a . Mas,

en los

cuerpos celestes esta

contradiction es

exting uida,

y

los

m o m e n t o s

contradictories

so n

conci l i a dos .

En e l

s is tema

c e l e s t e l a m a t e r i a h a c o n c e b i d o l a f o r m a e n

si ,

h a a s u m i d o

la

individua l ida d

en si y ha

a l c a n za d o

de

este

modo su auto-

nomia. Pero en este p un to ella

deja

de ser la

afirmacion

de la

autoconciencia abstracta. En e l

m u n d o

de lo s

a t o m o s c o m o

en e l de los fe n o m e n o s, la f o r m a

l u c h a b a

con la

m a te r i a ;

una

d e e s t a s d e t e r m i n a c i o n e s de st r uia a l a o t r a y p r e c i s a m e n t e

en

esta

contradiction

la

autonconcien cia individual

abstracta

sent/a

su

n aturaleza objet ivada.

La f o r m a a b str a c t a , q ue en

figura

de m a te r i a l uc h a b a c o n l a m a te r i a a b str a c ta e r a

ella

misma. M a s a h o r a q ue l a m a t e r i a se h a r e c o n c il ia d o c o n l a

f o r m a y se ha hecho

autonoma

l a a u t o c o n c i e n c i a i n d i v i -

dua l s a le

de su c r i sa l i da , se

p r o c l a m a v e r d a d e r o p r i n c i p i o

y

se

o p o n e

a l a

n a t ur a l e z a

que h a

devenido independiente .

Po r o t r a p a r t e , e s t o p u e d e e x p r e s a r s e

asi:

l a m a t e r i a e n

c u a n t o ha r e c i b i d o e n

si

la i n d i v id u a l i d a d , la fo r m a , como

a c a e c e

en los

cue rpo s ce les tes ,

cesa de ser una individual idad

abstracta. Ha devenido individual idad concreta, universal i-

dad. En los

m e t e o r o s , f rente

a la

a b s t r a c t a a u t o c o n c i e n c i a

i n di v i du a l ,

se

desta c a pues

su re f u tac i o n

d e v e n i d a c o n c r e t a ,

lo

u n i v e r s a l ,

que h a

l legado

a se r

ex istencia

y

na t u r a l e z a .

Lo

uni ver s a l reconoce, entonces , e n lo s m e t e o r o s a su m o r t a l

e n e m i g o ; a t r i b u y e a el los, como lo h a c e Epicure, toda la

angustia y la

t ur b a c i o n

de l o s h o m b r e s ; p u e s la a ngustia y la

diso luc io n

de lo i n d i v i d u a l a b s t r a c t o es lo u n i v e r s a l . Aqui

77



no se

o c u l t a

ya el

v e r d a d e r o p r i n c i p io

de

Epicure,

la

autoconciencia abstracta individual . Esta sa le de su escon-

dite y, l ibera da de su ma s ca ra ma ter ia l , bus ca , media nte la

e x p l i c a c i o n d e l a

posibil idad a bstra cta

—lo

que e s

posible

quiza de o t r a r n a n e r a ; lo c o n t r a r i o de lo posible e s

igual-

mente posible—

a n i q u i l a r l a r e a l i d a d d e l a n a t u r a l e z a q u e

ha devenido autonoma. D e

a hf

l a p o l e m ic a c o n t r a a q u e l l o s

q ue ex pl ica n

lo s

cuerpos celestes

aplos,

es decir, segun una

m a n e r a d e t e r m i n a d a , p u e s lo un o e s lo necesar io y lo auto-

nomo

e n

si .

Mien t ras la

naturaleza como

dtomo y

fen omen o expresa,

en

consecuencia, la autoconcien cia individual y su contradic-

cion, la subje tividad de esta ultima solo sepresenta en la forma

de

la

materia

misma; e n cambio, cuando aquella devien e au-

tonoma la autocon cien cia se r e f le j a en si misma y se of on e a la

materia

en su

propia f igura

como

forma autonoma.

H a b r f a

q ue

decir

de

a n t e m a n o

q u e u n a v e z q u e e l

prin-

cipio de Epicure se a c t ua l i z a d e ja de t e n e r r e a l i d a d p a r a e l .

Luego si la a u t o c o n c i e n c i a i n d i v i d u a l fuese puesta realiter

bajo

la de t e r minac io n de la natura leza o esta bajo la d e t e r m i -

n a c i o n de l a a u t o c o n c i e nc i a i n di v id u a l , entonces ta l deter-

min a c io n, es decir , su ex istencia , h a b r i a cesado, ya que solo

lo

u n iv e r s a l ,

que se

dist ingue l ibr em ente

de

si, puede

cono-

c e r a l mis mo

tiempo

su a f i r m a c i o n .

En la teoria de los meteoros aparece tambien e l

alma

de la

f i losofia n atural de Epicur o.

Nada

serfa eterno de lo que des-

t ru y e l a ataraxia de la

a utoc oncienc ia individua l .

Lo s

c u e r -

pos ce les tes per turba n l a ataraxia de a q uel l a , s u

a r m o n i a

consigo misma , p o r q u e son la universa l idad ex isteri te, puesto

q u e e n

e l los

la

n a t u r a l e z a

ha

d e ve n id o a u t o n o m a .

El

p r i n c i p i o d e l a fi losofia de E picur o no e s pues l a

Gastrologia de A r q u e s t r a t o , como piens a

Crisipo,

1

s ino e l

1

A t h e n . D e i p n o s . , Ill, 104.

78



c a r a c t e r absolute

y l a l i b e r t a d de la a u t o c o n c i e n c i a , a un

c u a n do l a a u t o c o n c i e n c i a so l o e s

concebida

e n l a f o r m a d e

la

individua l ida d.

Si

l a a utoco nciencia individua l a bs tra c ta e s pues ta como

principle

absolute,

entonces, toda ciencia verdadera y rea l

resul ta ,

e n

efecto, suprimida

e n

c u a n t o

no es la

individua l i -

dad l a que

d o m i n a

en la

n a t ur a l e z a m i s m a

d e l a s

co sas.

M a s

tambien se d e r r u m b a todo a q u e l l o q u e f rente a l a c o n c ie n -

c ia h u m a n a esta e n r e l a c i o n

t r a s c e n d e n t a l

y p o r ta nto per-

tenece

a l

e n t e n d i m i e n t o

imaginative.

Si , en ca mbio, l a

a u to c o n c i e n c i a , q u e so l o se c o n o c e e n l a f o r m a d e l a u n i-

v e r s a l i d a d a b s t r a c t a , se er ige e n p r i n c i p i o

a b s o l u t e ,

se a b r e

e n to n c e s a m p l i a m e n te la pu e r t a a l a mistica superst ic iosa y

servil. La p r u e b a h i s to r i c a de esto la t e ne m o s en la fi losoffa

estoica.

La

autoconciencia universa l abstrac ta t iene,

e n

efec-

to, en si el

i m p u l s e

a

a f i r m a r s e

e n l as cosas mismas e n l as

c u a l e s

solo

elhi

se

consol ida

e n

ta nto

la s

niega.

E p i c u r e

es, en

c o n s e c u e n c i a ,

e l m a s

g r a n d e i l u m i n i s t a

griego

y a e l

le c o r r e s p o nd e

e l

elogio

de

Lucrec io: "Cuando

l a v i d a h u m a n a o s t e n s i b l e m e n t e e n v i l e c i d a y a c i a e n t i e r r a

o p r i m i d a b a j o e l peso de la r e l i gi o n , l a qu e desde la s regio-

nes del

c i e lo m o s tr a b a

su

ca b e za a m e n a z a n d o

a l o s

m o r t a l e s

c o n

h o r r i b l e m i r a d a ,

un

griego

fue e l

p r i m e r h o m b r e

que se

l e v a n t o

c o n tr a

el la

y elevo sus o jos en desafio. Ni la

fa m a

de

lo s

dieses ni e l

r a y o

ni los

e s tr u e n d o s a m e n a z a n te s

de l

cie lo

lo i n t i m i d a r o n . . . Po r t a n t o la r e l i g i o n a su vez fue a p l a s ta d a

b a j o

sus pies; su v i c t o r i a no s e x a l t a a l c ie lo " .

1

La dif e r e n c ia e n t r e la filosofia

n a t u r a l democntea

y l a

de

E p i c u r e ,

q u e he m o s e x p u e st o a l

fina l

d e l a p a r t e g e ne r a l ,

se

h a l l a

u l t e r i o r m e n t e

c o n f i r m a d a y

d e s a r r o l l a d a

e n

todas

las esferas de la n a t u r a l e z a . En Epicure, pues, la a tomistica

se des a r ro l l a y completa s us cont ra dicc iones como ciencia

1

Lucrecio, D e r e r . n at., I, 63-80.

79



natural de la

autocon cien cia,

la que es un p r i n c i p i o absolute

b a j o la f o r m a de la in div idua l idad abst r ac t a h as t a la sup r e -

ma

consecuencia,

es

decir, hasta

su

disolucion

y su

cons-

c ie n t e

oposicion

a

lo

u n i v e r s a l . P a r a

Democrito,

p o r e l

c o n t r a r i o ,

e l

a t o m o r e s u l ta so l o

la

expresion

g e n e r a l objetiva

de l estudio

e mpirico

de la

n aturaleza . E l

a t o m o

es, en

e f e c t o ,

p a r a

e l , c a t e g o r ia p ur a y abst r ac t a , un a

hipotesis,

que e s e l

resultado

de la

e x p e r ie n c ia

y no su

pr incipio

energetico,

que ,

p o r t an t o , p e r man e c e s in r e a l iz a r se , a si c o mo la in ve stig a-

cion

r e a l de la n a t u r a l e z a no es ya d e t e r m i n a d a p o r e sa e x -

periencia.

8



A P E N D I C E



I

DE LAS NOTAS SOBRE LA DISERTAClON

EL D E V E N I R

FILOSOFIA

DEL M U N D O

Y

EL

D E V E N I R

M U N D O

DE LA

FILOSOFIA

T a m b i e n respecto

de

Hegel

e s

simple ignora ncia

de sus

dis-

c ipulo s cuando e l lo s exp l ican mo ra lmente

co n una

p a l a b r a

ta l o c u a l determinacion de un sistema de

acomodacion

y

demas. Olvidan ellos q u e e n un t iempo apenas t ranscurr i -

do, como se

le s

puede

probar

con

evidencia mediante

sus

propios escritos, se

a d h e r i a n

entus ias tamente a

todas

la s

uni la tera l idades de aquel.

Si es taban

r e a l m e n t e

ta n d e s l u m b r a d o s por la ciencia

co mpleta rec ib ida , a l punto que se entregaba n a

ella

c o n

una

c onf ia nza ingenua

y

c a r e n te

de

c r i ti ca , cua n i m p r u d e n -

te es a t r i b u ir a l m a e s t r o , p a r a q u i e n la ciencia no e ra

algo

recibido sino en devenir,

hasta

en cuya ext rema

perifer ia

pa lp i taba su pro pia energfa espir i tua l , una doctr ina ocul ta

ma s alia de su

comprension.

Mas

bien

se

hacen

a si

mismos

sospechosos de que

antes

no

t o m a b a n

la s

cosas

e n

serio,

y

co mbaten su propia posicion

pasada

en una f o r m a que se la

a t r i b u y e n

a

Hegel; pero o l vida n,

e n

c a m b io ,

que

este

se ha -

l l aba e n

r e l a c i o n m e di a ta

y

susta ncia l

con su

sistema

y

ellos

en una

r e l a c i o n

ref lexiva.

Es co ncebib le

que un

fi losofo co meta

ta l o

cua l apa ren-

te inco nsecuencia a favor de es ta o aquel l a co nco rdancia y

a un

puede tener co nciencia de el lo. Pero de lo que no tiene

co nciencia es de que la posibil idad de esa a par ente conco r-



dia tenga su rafz m a s profunda en una insuficiencia o e n un

enunciado

insuficiente de su

principio.

Si un filosofo hu-

bie r a

realmente aceptado un

compromise) ,

deben

lo s disci-

pulos

explicar e n base

a l

ultimo

y

esencial

contenido de

conciencia lo que para

< ?

mismo r evestia forma de una con-

ciencia exoterica.

De este modo lo que aparece como

pro-

greso

de la

conciencia moral

(gewissen) es a l

mismo tiempo

un progreso del saber. No se sospecha de la conciencia mo-

r a l

particular

de l

filosofo sino

que se

construye

l a forma

esencial de su

conciencia

(Brewusstsein),

elevada

a

f lgura

y

significado

determinados y a l a v e z superada.

Considero, ademas, este viraje

no

filosofico

de una

gran

parte de la escuela hegeliana como un f e n o m e n o que acom-

panara siempre e l

pasaje

de la disciplina a la libertad.

Hay una ley psicologica segiin la cual e l espir i tu teoretico,

devenido

l ibre e n si

mismo,

se t r a n sf o r m a e n

energia

prac-

tica, como voluntad

que

surge

del

reino

de las

sombras

de

Amenti,

y se

vuelve contra

la

realidad material existente

e n

e l .

Desde

e l

punto

de

vista

fi losofico e s

importante,

sin

embargo,

especif icar

mejor estos aspectos, puesto que de l a

manera determinada de este cambio puede deducirse la de-

terminacion inmanente

y el

caracter historico universal

de

una

fi losofia.

Vemos

aqui,

por a s f

decir,

su

curriculum vitae ,

llevado a la m a s simple expresion, a su punto

subjetivo.

M a s

la

praxis

de la filosofia e s el la

m i sm a teoretica.

Es la

critica

que mide la existencia individual en la esencia, la realidad

particular en la idea. Sin embargo, esta realizacion

inme-

diata de la

filosofia

esta, por su esencia ultima, afectada de

contradicciones,

y

esta esencia suya

se c o n f l g u ra en e l

feno-

meno y

le

imprime su sello.

Mientras la fi losofia,

como voluntad

se e n fre n ta c o n e l

mundo fenomenico,

e l

sistema

e s

rebajado

a un a

totalidad

abstracta, es decir, deviene un aspecto del mundo que se

opone a

otro.

Su

relacion

c o n e l mundo e s

ref le ja .

Animado

84



p o r e l

impulse

de r e a l i z a r s e e n t r a e n tens ion cont ra

algo

distinto.

La

a utos uf ic iencia inte r io r

y la

perfecc ion

se quie-

b r a n . A q u e l l o

q u e e r a

l uz i n t e r i o r

se

convier te

e n

l l a m a

devora nte

que se

dir ige hacia

lo

ex te rno. Res ul ta

a si

c o m o

cons ecuencia q ue e l deveni r filosofia de l mundo es a l mis-

m o t ie m p o e l d e v e ni r m u n d o d e l a

filosofia,

que su rea l iza-

c i o n es a la vez su perdida, que lo que e l la recha za ha c ia e l

e x te r i o r e s su p r o p i a

d ef i c i enci a

inte rna , q ue prec is a mente

en la l u c h a e l la c a e e n lo s

defectos

que

c o m b a t e

en su

con-

t r a r i o ,

y que

e l imina ta les defectos so lo ca yendo

e n

ellos.

L o

que se le

o p o n e

y lo que

e l l a recha za

e s

siempr e

lo que

el la

misma es , solo que los fa c t o r e s se ha l lan invert idos.

Este es uno de los a s pectos cua ndo co nsidera mos la cosa

puramente objetiva,

c o m o

la

r e a l i z a c i o n i n m e d i a t a

de la f i-

los of i a .

Pero e l la t iene

t a m b i e n

a q u i o t r a f o r m a s u y a :

un

lado subjetivo.

Esta es la r e l a c i o n de l

siste ma filosofico,

que se

a c t u a l i z a ,

con sus

repres enta ntes inte lec tua les ,

e s

decir,

c o n

la s a utoco nciencia s individua le s en l a s cua les a pa re ce e l p ro-

greso

de la f i losofia . Del

v i n c u l o

que l a

rea l iza c ion mis ma

de la f i losofia

m a n t i e n e

f rente a l

m u n d o r e s u l t a

q ue

estas

a utoconciencia s individua les pos een una exigencia de doble

sentido d e l a s

c u a l e s

una

a p u n t a c o n t r a

e l mundo y la otra

c o n t r a

la fi losofia

m i s m a .

En

efecto ,

lo que

a p a r e c e

en e l

o b j e t o

c o m o

una

r e l a c i o n c o n f u s a

e n si

m i s m a ,

se

m u e s t r a

e n

e l las c o m o

una

a c c i o n

y una

ex igencia doble

que se

con-

t ra dicen

e n si

mis ma s .

A l

l i b e r a r

e l

m u n d o

de la no-fi losofia

la s a u to c o n c ie n c ia s se l i be r a n a

si

m i sm a s de la f ilosofia q u e ,

como sistema

determinado,

la s h a b i a

c a r g a d o

de

cadenas.

M a s c o m o e l la s e s ta n c o m p r e n d i da s e n e l acto y en la e n e r -

gia

de l

d e sa r r o l l o

y no h a n

s o b r e p a s a d o

aiin,

desde

e l

punto

de

vista

teoretico, a q u el

s is tema , e l l a s ex per imenta n s o lo

la

c o n t r a d i c c i o n c o n l a

ident ida d

plast ica de t a l

sistema

y no

s a b e n que

m i e n t r a s

se

vuelven co ntra este s o lo a c tua l iza n

sus mementos s ingula r es .

85



Finalmente esta duplicidad de la autoconciencia fi loso-

fica

se presenta como do s corrientes contrapuestas e n ulti-

mo extremo, de las cuales una, la parte liberal segiin

podemos designarla

en

general, retiene como determina-

cion

principal

e l

concepto

y e l

principio

de la filosoffa; la

otra, e n cambio, se af e r r a a su no-concepto,

a l

momento de

la realidad. Esta segunda tendencia es la filosoffa positiva.

La actividad de la primera es la c rf t ica , es decir, e l volverse

hacia afuera

de la filosoffa; la

tarea

de la

segunda

e s el inten-

to de

filosofar,

o se a e l

volverse hacia

s f

misma

de la

filosoffa

e n

cuanto ella conoce

la

insuficiencia como inmanente

a la

filosoffa,

mientras

q u e l a

primera

l a

concibe como

una in-

suficiencia de l

mundo

que se ha de

construir

fi losoficamente.

Cada uno de estos partidos realiza precisamente

lo

que el

otro quiere hacer y aquello que el mismo no quiere hacer.

Pero

e l

primero

n o e s

consciente

en su

contradiccion inter-

na, del

principio

e n

general

y de su

fin.

En e l

segundo,

la

absurdidad,

la

locura,

po r asf

decir, aparece como tal.

En

cuanto al contenido, solo la parte liberal, como partido del

concepto, lleva

a

progresos reales, mientras

q ue l a

filosoffa

positiva linicamente e s capaz de llegar a exigencias y ten-

dencias cuya f o r m a contradice su significado.

D e

a hf

pues, que lo que ante

todo

aparece como

vfncu-

lo absurdo

y

escision hostil entre

la f i losof f a y e l

mundo

deviene luego una escision de l a autoconciencia

filosofica

individual

en si

misma

y

aparece

finalmente

como

una se-

paracion

exterior y un desdoblamiento de l a

fi losoffa ,

como

do s tendencias

filosoficas

contradictorias. Se entiende que,

aparte de

estas, surge

toda una

multitud

de figuras

secun-

darias, detractoras, carentes

de

personalidad,

que o

bien

se

escudan

detras

de un gigantesco representante

filosofico

del

pasado

—mas

no se tarda e n advertir e l asno

b aj o

la piel de l

Icon;

l a v o z quejumbrosa de un

m a n i q u f

de hoy y ayer be -

rrea

comicamente

en contraste con aquella otra

poderosa

y

86



tonante que atraviesa lo s siglos, la de un

Aristoteles,

por

e j e mp lo , del que se convierte e n desagradable organo, como

si un mudo intentase procurarse e l habla po r medio de un

m e g a f o n o

de

gran

tamano—, o

bien

algun

liliputiense, pro-

visto de dobles lentes, apoyado sobre una pequena parte de

la espalda

de l

gigante, anunciase maravillado a l mundo

q ue

n ue v a

perspectiva sorprendente

se

descubre desde

su

punto

de vista y efectuara

esfuerzos ridicules

para explicar que no

es en e l

c o r a z o n

palpitante sino e n e l lug ar f i r m e y

solido

e n

que e l

esta

apostado donde

se h a l l a e l

punto

de

A r q u fm e d e s

—

e lpou

sto— de l que depende e l mundo. Asi nacen f i loso-

fo s de l cabello, de las unas, de los dedos de l pie, de lo s

excrementos y otros que tienen que representar un puesto

aiin mas

ba j o

en el mistico

hombre universal

de

Swedenborg.

Pero de acuerdo con su naturaleza todos estos moluscos

entran, como en su elemento, dentro de las dos tendencias

a r r i b a

indicadas. En cuanto a estas mismas explicare

com-

pletamente

e n

otro lugar

su r e l a c i o n o r a

entre si

o r a c o n l a

filosofia

hegeliana,

y l o s

momentos

historicos individuates

en que se

presenta este desarrollo.

87



SOBRE LA M ORA L DE PLUTARCO

Hasta que punto esta mo ra l anula to d a f o r m a de

desinteres

teor i co

y

practice

que da de mo st r ado

por el

ho r r e n d o

e j e m -

plo historico p r o p o r c io n a d o

por

P l u t a r c o

en su

biogra ffa

de

M a r io .

Despues de

h abe r de sc r i t o

la

te r r ib le de r r o t a

de

lo s

c imbr o s , e xp r e sa que e l niimero de cadaveres fue tan gran-

de que los m ar sel leses pudieron a b o n a r con

ellos

sus vinas.

P r o duc ida a su t ie mp o la l luv ia de a q u e l ano, re sulto e l m a s

a b u n d a n t e

e n

vino

y e n

f r u t a .

M a s,

,;cuales

s on l a s

r ef lex i o-

nes que

f o r m u l a

e l

n o ble h is t o r iado r so br e

e l

t r ag ic o

fin de

e se

p u e b l o ? P l u ta r c o e n c u e n t r a m o r a l d e p a r t e d e D i o s h a -

be r d e j a d o p e r e c e r

y

p u d r i r

a

todo

un

p u e b l o g r a n d e

y no-

ble a l solo efecto de p r o c u r a r a los f i l isteos mar se l le se s una

r ica cosecha

de

f r u t a .

Asf,

p ue s ,

la

t r a n s f o r m a c i o n

de un

p ue blo

en un monton de

abono

da la ocasion

deseada p a r a

dele i ta rs e en

d e l i r i o s m o r a l e s.



LA R A Z C N Y LAS PRUEBAS DE LA EXISTENCIA

DE DIGS

" S in e mbar g o ,

n o e s

debil

la

r a z o n

que no

r e c o n o c e

n i n g u n

d i o s o b j e t i v o s i n o a q u e l l a que q u i e r e r e c o n o c e r uno",

(Schell ing, Brie fe i iber

Dogmatismus und

Kritizismus

e n

Philosophische Schriften,

erster Band,

Landshut,

1809,

p.

127,

Brief II.) Habria, sobre todo, que a c o n se ja r

a l

senor Schell ing

que r ef lex i ona s e

so br e

sus

p r ime r o s e sc r i t o s .

Se

dice,

po r

ejemplo, en e l

t r a t a d o so b r e

e l yo

c o m o p r i n c i p i o

de la

fi lo-

sofia:

"Si se

a d m i te ,

po r

e j e m p l o ,

q ue

Dios,

e s

t an t o deter-

minado como ob jeto, es e l f u n d a m e n t o r e a l de nuestro ser,

e l c a e c o m o t a l o b j e t o , en la

esfera

de n u e s t r o s a b e r y no

p u e d e e n t o n c e s s e r p a r a n o s o t r o s e l p u n t o u l t i m o d e l c u a l

esta

suspendida toda esta

esfera"

(loc. cit.,

p. 5).

R e c o r d a -

mos,

po r

u l t i m o ,

a l

senor Schel l ing

la

frase

final de su

c a r ta

citada

m a s

a r r ib a :

"Es

tiempo

de

a n u n c ia r

a l a

m e j o r

huma-

n i d a d l a l i b e r t a d d e lo s espfritus y d e n o t o l e r a r m a s q u e

l lo r e la perdida de sus cadenas" (p. 129). ^Si la epoca ya

h a b i a m a d u r a d o e n e l a n o 1795 como no

d e b e r i a

ser lo e n

1841?

A l m e n c i o n a r a q u f , p o r c asua l idad, un

tema

que se ha

h e c h o c asi c e le br e , l as p r ue ba s de l a e x iste n c ia de Dio s , ob-

servemos que Hegel ha modificado todas e s a s p r u e b a s

teologicas,

e s de c ir , l as h a r e c h az ado p o r c o mp le t o p a r a ju s-

t i f icar las.

^ Q u e

clase de c l ientes deben se r a q u e ll o s a q u i e -

ne s e l a b o g a d o n o p u e d e s u st r a e r a l a c o n de n a d e o tr o modo

q ue m a t a n d o l o s e l

m i s m o ?

El a r g u m e n t o q ue de l m u n d o

deduce a Dios, Hegel

lo

in te r p r e ta , por e j e mp lo ,

asi:

"Pues-

t o que lo c o n t in g e n t e n o e s , Dio s o lo

absolute

e s". M as l a

p r u e b a o n t o l o g i c a dice, a su vez: "Porque lo c o n t in g e n t e

tiene

un ser

verdadero, Dios es". Dios

es la

garann'a

de l

m un d o c o n tin g e n t e . S e so br e e n tie n de que c o n e sto se dic e

tambien lo c o n t r a r i o .



La s p r u e b a s de la existencia de Dio s no son mas que

v a n a s

tautologies. Asi, la

p r u e b a o n to l o g i c a

se

r e duc e

a

esto:

lo q u e y o m e

represento r e a l m e n te

(realiter) e s

p a r a

mi una

representacion "rea l"

y actiia

so br e

mi; en ese

sentido

todos

lo s dioses, tanto lo s p a g a n o s como

lo s

cr ist ianos,

ha n teni-

d o u na e x i ste n c ia r e a l . ,;N o h a r e i n a d o e l a n ti g u o M o l o c h ?

,;£

A p o l o

delf ico

no era una

p o t e n c ia c o n c r e t a

en la

vida

de

lo s

griegos?

Aqui

ta m p o c o

la

crft ica

de

K a nt

significa

n a d a .

Si

a lguien imagina poseer c ien escudos,

si

esta

no es

p a r a

e l

una

r e p r e s e n t a c i o n a r b i t r a r i a

y

subjet iva ,

sino

q u e e l

cree

e n

e l l a ,

lo s

c ie n e sc udo s imag in ado s t ie n e n p ar a

e l

igual v a l o r

que escudos rea les. El contraera, p o r e j e mp l o , de udas so br e

u n a f o r t u n a i m a g i n a r i a ; e s t a a c t u a r a c o mo lo s dio se s c o n

lo s cuales ha contraido de u d a s t o d a l a h u m a n i d a d . E l e j e m -

plo de

K a n t h u b ie r a podido, a l c o n tr a r i o ,

c o n f l r m a r

la

p r u e -

ba

o n to lo g ic a .

Lo s

escudos rea les t ienen

la

misma e x iste n c ia

q u e l o s

dioses ima ginado s.

,;Tiene

un

e sc udo r e a l o t r a e x is-

tencia

q u e e n l a r e p r e s e n t a c i o n g e n e r a l o m a s b i e n

comun

d e lo s h o m b r e s ? I n tr o d u z c a m o s e l pa p e l m o n e d a e n u n p a is

do n de n o se c o n o z c a e s te uso de l p a p e l , y todo e l m u n d o se

re i r a de n u e s t r a r e p r e s e n t a c i o n

subjet iva.

Llevad vuest ros

dioses a un pai's e n e l que o tr a s divin ida de s so n h o n r a da s y

se

o s

d e m o s t r a r a

que

sufris

de

a l u c i n a c i o n e s

y

abst r ac c io -

n e s. Y c o n r a z o n q uie n h ubie se l l e v ado a lo s a n tig uo s g r ie -

gos un

dios nomada hubiese hallado

la

prueba

de la

i n e x i s te n c i a de e se

d i o s , p o r q u e p a r a

lo s

helenos este

no

e xi s t i a .

L o q u e u n d e t e r m i n a d o p a i s e s p a r a d e t e r m i n a d o s

dioses ext ranjeros, esto es e l pais de la r a z o n p a r a d i o s e n

g e n e r a l ; es una region donde su existencia cesa.

Po r

t a n t o , la s p r u e b a s de la e x is t e n c ia de

Dios

n o so n

n a d a

mas que

p r u e b a s

de la

e x i ste n c i a

de l a

a u t o c o n c i e n c i a

esencia l

de l

h o m b r e , e x p li c a c i o ne s logicas

de

esta .

Po r

e j e m -

p l o , e l

argumento

ontologico. ^ Q u e ser es i n m e d i a t a m e n t e

e n

t an t o

e s

p e n sa d o ?

La

a u t o c o n c i e n c i a .

92



En este sentido, todas la s pruebas de la existencia de

Dios son pruebas de su no existencia, refutaciones de todas

la s

representaciones

de un dios. Las

pruebas reales deberian

decir , p o r e l

contrario:

"Porque

la

naturaleza esta

mal

orga-

n i z a d a , Dios es".

"Puesto

que existe un mundo irracional,

Dios es . Porque

el

pensamiento

no

existe, Dios es . Mas,

ique

quiere decir esto? ,-Que para a q u e l para quien

e l

mun-

do e s irracional, que es, en consecuencia, irracional e l mis-

mo, para el

Dios

ex i s t e? O que la irracionalidad es la

existencia

de Dios. "Si

suponeis

la idea de un dios objetivo,

^ c o m o podeis

hablar

de

leyes

que l a r a z o n

crea

po r

si mis-

ma,

dado

que la

autonomia solo puede pertenecer

a un ser

absolutamente l i br e?" (Schelling, loc. cit., p. 198). "Es un

delito

de

lesa humanidad ocultar

los

principios

que son

uni-

v e r sa lme n t e

comunicables".

(Id., p. 199).

93



I I

DE LOS

ESCRITOS

PREPARATORIOS

PARA LA DISERTACION

LA INM ORTA LIDA D I N D I V I DU A L .

SOBRE

EL FEUDALISM O

RELIGIOSO.

EL I N F I E R N O DEL

V U L G O.

E l pro blema es div idido de nuevo en l a re l ac io n de

lo s

iniustorum e t malorum ,

luego

de los

vulgi

e t rudium y final-

mente

de los bonorum etprudentum

(Plutarco.,

loc. cit., p.

1104)

con la doctr ina de la i n m o r t a l i d a d de l a l m a . Y a esta

divisio n, segiin

una

c la ra difere ncia

cua l i ta tiva ,

m u e s tr a c u a n

po c o P l u ta r c o e ntendio

a

Epicuro , qu ien como

fi losofo

co n-

sidera e n genera l l a

c o n d i c i o n

de l a l m a

h um a n a ,

y si el m a n -

tiene po r cierto e l place r (hedone) a pesa r de su

d e te r m i n a c i o n

c o m o

algo

t rans i to r io . P luta rco deber i a ver a si que cada fi-

losofo e l o g i a i n v o l u n t a r i a m e n t e

un

p l a c e r

q ue

les e x t r a n o

en su

torpeza. Para

lo s

injustos

se

indica

una vez mas el

t e m o r

c o m o m e d i o de m e j o r a m i e n t o . Y a

h e m o s

considera-

do esta o b j e c i o n . M ie ntr a s en e l temo r, y precisamente e n

un t e m o r i n t i m o no e l i m i n a b l e , e l h o m b r e e s d e t e r m i n a d o

co mo a nima l , re sul ta ento nce s de l to do indifer ente co mo

e se miedo se rep r i m e en un a n i m a l .

Si un fi losofo no acepta lo peo r pero co nsidera a l o s

h o m b r e s en e l nivel animal , ento nces pa ra e l n a d a se pre-

senta

ta n

co mprensib le .

Llegamos ahora

a la

o p i ni o n

de

lospolloi

(la

m a y o r f a ) ,

si

bien

se

senala al

fin que ahf so n

pocos

los

ex ceptuados porque ,

p a r a h a b l a r a p r o p i a d a m e n t e , t o d o s j u r a n

po r

e s t a b a n d e r a .



"Para la

m a y o r f a ,

aun sin el temor de l Hades, la espe-

r a n z a

de la eternidad, segun las creencias

mit ic a s ,

y e l deseo

de existir, que de todos los

anhelos

es el mas arraigado y

vivo,

vencen aquel terror pueril gracias

a l

placer

y

dulzura

que provocan.

Asi

cuando pierden a sus hijos, esposas o

amig o s

imaginan que estan en algun lug ar y que conservan

su existencia e n

medio

de sufrimientos antes q ue suponer-

los totalmente

perdidos,

destruidos

y

aniquilados;

con

gus-

to aceptan, entre todas las expresiones aquellas que aseguran

que el muerto se ha transformado o modificado, y que la

muerte

es un transito del

alma

y no su

destruccion...

Y

toda

expresion como 'esta

muerto',

'rue destruido'

o 'no

existe'

lo s

angustia..."

(Plutarco,

D e e o quod

sec,

Epic.,

XXIV.)

"Por tanto, matan doblemente quienes dicen cosas como

estas:

'Nacemos hombres solo una vez, dos, ya no es posi-

ble...'

Y e n

efecto,

a l

explicar

e l

presente como inutil, inclu-

sive

sin

valor

fre nte

a l

universe,

lo

dejan huir

sin

gozarlo

y

descuidan la virtud y la accion, pues

vi c ti m a s

de l descora-

zo-namiento

se

desprecian

a

si mismos como seres e f ime ro s

y

debiles nacidos

sin

dignidad.

Sin

embargo,

la

a f i r m a c i o n

de que

'lo

disuelto es insensible y lo que carece de sensibili-

dad

nada

significa

para

nosotros' no

elimina

el

temor

a la

m u e r t e

sino

que n o s da l a

prueba

de

ello, porque

e s

precisa-

mente esto

l o q u e l a

n a t u r a l e z a teme...

la

disolucion

de l

a l m a

en lo que no

piensa

ni

siente.

La

dispersion

de

Epicure

e n e l vacio y e n lo s atomos trunca la esperanza d e inmorta-

lidad. Por esa esperanza, me atrevo a decir, que casi todos

lo s mortales no

v a c i l a r i a n

gustosos en destrozarse a dente-

lladas con Cerbero y en

l levar

agua a los toneles sin fondo

d e l a s

Danaides

a f in de

continuar existiendo

y no ser

ani-

quilados". (Plutarco, loc. cit., XXVII)

La diferencia cualitativa

d e l a s

etapas precedentes

no

existe

en

e f e c t o ,

sino

que lo que

antes a p a r e c i a

en figura

de temor animal se presenta ahora en figura de temor

96



humano, en la forma de sentimiento. El contenido

perma-

nece

el

mismo.

Se

no s dice que e l deseo de ser es el amor ma s antiguo, y

sin

duda

e l

amor

m a s

abstracto

y po r

ello

e l m a s

antiguo

e s

el egoismo, e l amor de su ser particular. Pero

esta

e r a l a

cuestion expresada apropiadamente; e l l a es de nuevo

retomada y un brillo ennoblecedor

le

llega a traves de la

presencia

del

sentimiento. Asi, quien pierde

a su

m u j e r

y a

sus hijos desea que ellos esten en

algun

lugar, aun

cuando

les

vaya mal, antes

que

aceptar

que han

de j ado

de se r en

absolute.

Si se tratara simplemente del amor, la mujer y el

hijo

de l individuo como tales se conservarian de la manera

ma s p r o f u n d a

y mas

pura

en el

corazon

de

este individuo,

un ser

mucho

m a s elevado que e l de l a existencia empirica.

Pero

el problema se plantea de manera diversa. La esposa y

el hi jo so n simplemente como esposa e hijo en la existencia

e m p i r i c a ,

en tanto que el individuo mismo existe empirica-

mente.

El hecho de que e l

pr ef i e r a pensar

que

los suyos

existen en algun lugar, en la sensibilidad espacial, aunque

no se

encuentren bien,

no

signiflca

en

modo alguno

que el

individuo quiera tener l a conciencia de su propia existencia

empirica. El manto del amor era solo una sombra: el

nudo

yo

e m p f r i c o ,

e l

egoismo,

e l

amor

ma s

antiguo

es el

micleo

que no ha

rejuvenecido

en

forma

mas

concreta,

mas

ideal.

M a s

agradable, piensa Plutarco, suena

e l

nombre

de l

cam-

bio que el de cesacion completa. Pero el cambio no debe ser

cua l i t a t ivo; e l yo

particular

h a de

continuar existiendo

e n

su

se r particular, cuyo nombre e s simplemente, entonces, la

r e p r e se n t ac io n sensible de

lo

que e l es y debe significar lo

contrario.

El e s t ambie n un a

enganosa

f iccion.

La

cosa

no

debe ser

m o d ifl c a d a

sino solo puesta en un lugar ignoto; la

in t e r p o s ic io n

de una

le j a ni a

fantast ica

esconde

e l sa l to

cua-

litativo

y

toda diferencia cualitativa

es un

salto

y sin

este

salto

no existe idealidad alguna.

97



N O V E D A D E S

E D I T O R I A L S E X T O Piso

Luis Alberto

Ayala

Blanco, Elsilencio

de los dioses

Elsilencio

de los

dioses

es un

estruendoso

e c o q u e resuena entre e l ingenuo y bu-

llicioso barullo de sinsentidos del

racio-

na l y

secular pensamiento moderno.

Desdenando

l a s peyorativas visiones de l

mito como mera

f a b u l a ,

de l a locura

como simple enfermedad mental y del

poder politico como producto de una

r ac i o r i a l

renuncia a la

sa tisfa cc ion

de lo s

egofstas apetitos humanos, Ayala Blanco a f i r m a ,

e n

cam-

bio, e l poder de l mito como presencia real, de la locura como

posesion

divina

y del

ejercicio

del poder

como despliegue

de

fuerza

y de capacidad.

Con un

admirable manejo

de las

mi to l o g f as

hindii

y

griega, del pensamiento c lasico, de autores mas contempo-

raneos no

infectados

por la

soberbia autoreferencialidad

moderna (Nietzsche,

Colli, Calasso)

y de los

p r in c ipa le s teo-

r icos

de la

fisica

cuantica (Schrodinger , Heisenberg, Bohr),

e l

autor demuestra contundentemente q u e e l pensamiento

cientifico

desemboco,

aunque

por una

via muy distinta,

en

la misma conclusion plasmada e n lo s Vedas desde hace m i-

les de anos: el caracter ilusorio de todo conocimiento hu-

mano de la realidad.



Alberto Savinio, Aquiles enamorado

Alberto Savinio (Andrea

de Chirico)

representa u n a d e l a s expresiones m a s

a f o r t u n a d a s

de l

Surrealismo.

Savinio

cuenta

que un dia de

1937,

en

Paris,

Andre Breton

le dio a

leer

un

escrito

suyo donde decia que tanto el como su

hermano, el pintor Giorgio de Chirico,

e r a n dos de las

expresiones

mas impor-

tantes de ese

extrano

arte llamado Su-

r rea l ismo. Palabras lisonjeras las de Breton, pero que

podrian

c o n f u n d i r a l o s

lectores

d e

este peculiar escritor italiano.

En

todo caso el

s ur rea l is mo

de Savinio sigue sus propios

c a u -

ces:

"Mi

surrealismo , dice Savinio, como testimonian

mu-

chos

de mis escritos y de mis pinturas, no se contenta con

representar lo informe

y c o n

exprimir

e l

inconsciente, sino

e n dar le

forma

a lo

informe

y

conciencia

a l

inconsciente .

La

pluma de Savinio adquiere dimensiones que van mas

al ia de l

surrealismo,

perdiendose, m a s

bien,

e n lo s in e fab le s

pa r a j es

de l mito, en la

desmesurada realidad

q ue

destilan

lo s suenos, e n todos lo s asideros de la fantas ia que se clavan

en e l

mundo

como poderosas

ima g e ne s

intoxicantes.

Aquiles

enamorado

e s una

muestra perfecta

de

este intento

po r

darle

f o r m a

a lo informe, siempre y cuando sepamos que lo i n-

f o r m e e s g e n e r a l m e n t e la realidad que vivimos, mientras

que le imaginacion de Savinio se erige como e l gran demiur-

go que la gris cotidianidad necesita para poder presentar un

rostro q ue provoque delirios y placeres desmesurados;

deli-

r io s

y placeres como los que

d i s fr u ta r a n

todos aquellos que

l e a n

estos cuentos.



Stig

Dagerman,

Otono

alemdn

Con solo 23 a n o s y con

dos

i m p o r -

tances

novelas

a

cuestas,

La

serpiente

( 1 9 4 5 )

y

La isla de los condenados

(1946), Stig Dagerman,

e l

joven

es-

c r i t o r

d e l a s

let ra s suecas, em pre nde,

e n el

otono

de

1946

un

viaje

por la

A l e m a n i a

destruida ,

como

c o r r e s p o n -

sa l

de l

periodico s ueco E x pres en.

Su

pers ona l s ens ibi l ida d, su

fal ta

de pre-

juicios

y su formacion

anarquista

lo predisponen a algo in-

solito en

a q u e l

momento:

entender

e l sufrim iento de

a quellos

a l e m a n e s

-muchos de lo s

c u a l e s

se habian

a d h e r i d o

a l na-

zismo-

do s

a n o s

despues de la

d e r r o ta

y

qu e , desde

e l

fondo

de la h u m i ll a c i o n y d e l a m i se r i a , a l a p r e g u n t a q u e les

ha-

c i a n

los per iodistas de s i a ntes , en t iem pos de Hit ler ,

vivfan

me jo r , re sp o n df an q ue

si.

Milorad Pavic, Siete pecados capitales

Sietepecados

capitales

de

M i lo r a d Pa vic

e s

un

l i b r o

a b i e r t o y, a l

m i s m o

t i e m p o ,

c e r r a d o .

Es

a b i e r to p o r q u e

lo s relates se

t r a s l a d a n

de un

recinto

a

o t r o

e n un

sin-

g u l a r desfile de ca sas, en ca da una de las

cua les

a g u a r d a

p o r l o m e n o s u n a

sor-

pres a .

Es

c e r r a d o p o r q u e

lo s r e l a te s

son,

a la

vez,

a u to n o m o s y

cada casa

es

cada

casa con s u mis te r io .

H a s t a c i e r t o p u n t o , e s t e l i b r o r e c u e r d a La

rosa piirpura

de l Cairo de

Woody A l len,

e n

donde

lo s

pe r s o n a j e s

se

sa len

de la p e l i c u l a y

luego

v ue l v e n a e n t r a r e n el la a c o m p a na d o s

por los es pecta dores. S in em ba rgo , en esta o br a no ha y

sali-

da, e l que

e n t r e

s e q u e d a r a

a t r a p a d o

y no podra sal i r de l

t i n te r o d e P a v ic , n i si q u i e r a c o n v e r t id o e n

l e t r a .

M I LORADPAV IC

Siete pccadns

cap i ta l es



Julian

M eza ,

An ge les, dem onios

y

otros bichos

En

An geles, demonios

y

otros

bichos

se da n

cita ensayos l i terarios, apuntes de

filo-

sofia

polf t ica , relates, histor ias , memo-

r ias

que se presentan por separ ado o que

se

i m b r i c a n .

En el

ensayo

se a loja la

f a n -

tasfa y esta es huesped del

ensayo.

El

t iempo y e l espacio discur re n co n ente-

r a l i b e r t a d .

Lo s

pro tago nis tas

no son

menos diversos: Flaubert ,

Jar ry,

Apol l ina i re, Sa tie,

e l

adua-

nero Rousseau, Cel ine, Borges, M a r a i, Sz pi lman, e l papa

polaco

y su santo oficio, politicos

espanoles

y mexicanos,

ent re o tro s .

Se

t r a t a

de

pagina s

e n

do n de c i r c u l a n

codo c o n

codo

la i r onfa , e l

h u m o r

y la

i r r e v e r e n c i a .

Sus

lectores

se

divert i ran o se

e n fa d a r a n

co n su pro sa , pero no se ma nten-

dran

impasibles.



NUEVA COLECClON CLASICOS SEXTO

PlSO

Jules

Barbey d Aurevilly,

as diabolicas

M u je r e s

adiilteras, mujeres a s es ina s ,

d u q u e s a s c o n v e r t i d a s en venga t iva s

prost i tutas

e

inc lus o mujeres

ta n

per-

versas

como

pa r a m o r i r f u l mi n adas

e n

los

bra zos

de su

a m a n t e ,

son

a lgunos

de lo s pers ona jes pr inc ipa les cuya s vi-

da s a mo ros a s na r r a e l a uto r en esta s se is

his tor ia s

h e t e r o g e ne a s

q u e , e n pa l a b r a s

de

Jules Barbey d'Aurevil ly, "...no

son

dia blura s : s on

DIABOLICAS,

histor ias rea les de este t iempo

de

progreso

y

c ivi l iza c ion

ta n

deliciosas,

ta n

divinas, que,

c u a n d o

uno se

propone

des cr ib i r l a s , pa rece s iempre

q u e e l

D i a b l o

las ha dictado".

Con una

e s c r i tu r a i m p r e s io n a n te , a p o y a d a

en

minucio-

sa s descripciones

y en la

evoca c ion

de

poderos a s

imag e n e s,

e l

a u t o r b u s c a e x o r c i z a r

a l

mundo

de

es tos ma les

mostran-

dolos e n su ma s

desnuda

y

p r o f u n d a i m p ie d a d , p u e st o

q ue

"...en

esto reside toda

la

m o r a l id a d

de un

l ibro. . ."

Sin em-

ba rgo, e l l ib ro de B a rbey d 'A urevi l ly a ca ba poseyendo a l

l e c t o r , q u i e n i r r e m e d i a b l e m e n t e s e r a

un a v ic t ima mas de

estos

" in o c e n t e s monstruos",

esta

ve z no

d i r e c t a m e n t e s i n o

a t ra ves de l a inmo rta l iza c io n p la s ma da en esta s envolventes

his tor ia s

q ue

l o g r a n

i r m a s

al ia

de la

t e m p o r a l i d a d

de su

epoca.



O T R A S P U B L I C A C I O N E S D E E D I T O R I A L S E X T O Piso

Roberto Calasso, El loco impuro

Daniel Paul Schreber, Memorias

de un

en fermo

de

nervios.

(Prologo

de Roberto Calasso)

Max Stirner, El

unico

y su

propiedad.

(Prologo de Roberto Calasso)

George Orwell, En sayos

escogidos

Morris Berman, El crepusculo de la cultura

americana

Etienne

de la

Boetie

y David Hume,

Discurso de la servidumbre voluntaria I E scritos politicos

Christopher

Buckley, Hombrecitos verdes

Goran Petrovic,

Atlas

de scrito

por el cielo

Luis Alberto

Ayala

Blanco

y Citlali Marroquin,

Elpoder frente

a si

mismo

Juan

J.

Orosa, Los extraviados

Jose Lopez Latorre, Si lencios

Lourdes Quintanilla

Obregon,

Benjamin Constant:

la fragilidad politica

diferencia entre la filosofia de democrito y epicuro - marx

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