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CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO METODOLOGIA I DIDÁTICA DA MONOGRAFIA APOSTILA 2 Professores: Angélica Mª G. Bruni Moraes bruni@[email protected] Francine Vieira Godinho [email protected] Ketilin Modesto Fontes [email protected] Leandro Butier Leite [email protected] Luiz Renato Assunção Vieira [email protected] Maria Christina A. Zanforlin [email protected] Patrícia C. Nolasco [email protected] Rodrigo Von Ah Martignoni [email protected] Sandra de Fátima A. Ferrari [email protected] Wilson José Buzzo [email protected]

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CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO

METODOLOGIA I

DIDÁTICA DA MONOGRAFIA

APOSTILA 2

Professores: Angélica Mª G. Bruni Moraes bruni@[email protected] Francine Vieira Godinho [email protected] Ketilin Modesto Fontes [email protected] Leandro Butier Leite [email protected] Luiz Renato Assunção Vieira [email protected] Maria Christina A. Zanforlin [email protected] Patrícia C. Nolasco [email protected] Rodrigo Von Ah Martignoni [email protected] Sandra de Fátima A. Ferrari [email protected] Wilson José Buzzo [email protected]

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PASSOS PARA MONOGRAFIA - DIDÁTICA DA

MONOGRAFIA

1º Passo: Para elaborar uma monografia é preciso ter um Tema

interessante para estudar, um problema a ser compreendido.

O Tema /problema é retirado da realidade natural ou social. É sempre

fato do nosso ambiente familiar, profissional, escolar ou da nossa relação com a

natureza. É na verdade, uma preocupação que temos e para resolvê-la

precisamos buscar respostas mais fundamentadas, além daquelas que o senso

comum oferece de imediato.

Para encontrar respostas mais convincentes é preciso realizar um

estudo mais profundo do tema / problema, ou seja, temos que realizar uma

pesquisa.

2º Passo: Proposto o Tema, o estudante deve fazer o levantamento da

bibliografia básica e complementar e, a seguir, deverá ler os livros, ou os capítulos

dos livros, ou artigos que mais despertaram sua curiosidade, a partir dos títulos.

Com essa leitura, irá incorporando as idéias dos autores e criando oportunidades

para que a mente vá construindo suas próprias idéias.

A bibliografia poderá ser indicada pelo professor, mas ao avançar na

leitura, o estudante vai criando autonomia de busca de novas fontes de

conhecimento e assim construirá, por si mesmo, um processo de formação com

autonomia de aprendizagem.

3º Passo: À medida que a leitura dos textos para que as idéias dos autores

sejam aprendidas e sirvam de ponto de partida para suas próprias idéias.

Recomenda-se que sejam guardadas todas as anotações, pois sempre haverá o

momento certo de serem utilizadas.

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4º Passo: Feita a leitura e anotações, o estudante elabora a monografia

Com o Projeto de Monografia pronto e apoiado na bibliografia preliminar

com as devidas anotações, o estudante começará a redigir a monografia, atento

às suas partes básicas e ao significado de cada uma, que são:

Sumário

Introdução

Desenvolvimento

Considerações Finais

Bibliografia

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA MONOGRAFIA

Trataremos aqui os aspectos técnicos da monografia. Os elementos

propostos precisam ser utilizados em todos seus detalhes para que a monografia

atenda ao rigor que se exige de todo trabalho acadêmico e científico. Daí a

necessidade de estruturá-lo em conformidade com as normas e configurações

propostas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

- PROJETO GRÁFICO

O formato do papel utilizado em trabalhos acadêmicos deve ser A4 (21 cm

x 29,7 cm), branco, e o texto (em cor preta) deve ser impresso em conformidade

com o seguinte padrão:

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- TIPOS DE FONTE

Recomenda-se, para a digitação do corpo do texto, a utilização de fonte no

tamanho 12, estilo Arial ou Times New Roman. Em citações longas deve-se utilizar

o mesmo estilo de fonte, com tamanho menor para diferenciação no texto.

As letras maiúsculas (caixa alta) devem ser empregadas nos sobrenomes

dos autores, nos nomes de entidades coletivas e nos títulos de periódicos.

O uso de itálico no texto deve ser evitado, devendo ser utilizado apenas em

termos científicos e palavras estrangeiras. Use as aspas nas citações de até três

linhas e o negrito (ou as aspas) em palavras que deseja destacar.

- ESPAÇAMENTO

Texto deve ser digitado com espaçamento entre linhas de 1,5 pts. As

citações longas, as referências e o resumo devem ter espaçamento simples.

Citações com até três linhas, deve-se usar as aspas ao serem

incorporados ao texto. Nas que possuírem mais de três linhas, utiliza-se o espaço

simples e margem à esquerda de 4 cm.

Seções o fim de cada seção deve ser separado do início de outra por dois

espaços de 1,5 pts. No início de cada seção (após os títulos e subtítulos) usa-se

um espaço de 1,5 pts.

- SEÇÕES (NUMERAÇÃO DOS CAPÍTULOS, TÍTULOS E SUBTÍTULOS)

Para que um texto fique bem organizado, ele deve ser dividido em seções,

de acordo com o conteúdo que aborda. A numeração progressiva tem por objetivo

descrever as partes de um documento, de modo a tornar mais clara a exposição

das divisões do texto, a sequência, a relevância e o entrelaçamento da matéria,

permitindo a localização imediata de cada parte.

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Seções primárias: são as principais divisões do texto, denominadas de

capítulos. Deverão ser sempre ordenadas por algarismos romanos na

numeração I, II, III, e assim por diante.

Seções secundárias, terciárias, quaternárias, quinarias: são as divisões

de texto de uma seção primária.

Exemplos:

Seção primária: 1

Seção secundária: 1.1

Seção terciária: 1.1.1

CAPÍTULO I

1 INDISCIPLINA NA ESCOLA

1.1 COMO TRABALHAR A INDISCIPLINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1.1.1 JOGOS COOPERATIVOS

Tal como o exemplo evidencia, o ponto ou qualquer caractere não é

usado após o último algarismo da seção. É recomendável não subdividir

demasiadamente as seções, a fim de que a clareza e a concisão do texto não

sejam comprometidas. Na leitura oral, os pontos não devem ser pronunciados.

- INÍCIO DOS PARÁGRAFOS

Os parágrafos devem ter início com um avanço de 1,0 ou 1,25 centímetros

na régua superior, com relação à margem esquerda.

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- TÍTULOS E SUBTÍTULOS

O título de um capítulo deve ser escrito em caixa alta, negrito, centralizado

e em tamanho 14.

Os subtítulos devem ser escritos a partir da esquerda, em tamanho 12,

caixa alta e negrito.

- PAGINAÇÃO E QUANTIDADE MÍNIMA DE PÁGINAS

A numeração das páginas se dá a partir da introdução, mas a contagem

começa na página de rosto. O número deve ser colocado no alto da página, no

canto direito, mantendo uma distância de 2,0 cm da borda da folha e da primeira

linha do texto.

A monografia deve ter no mínimo 35 páginas.

Observe no exemplo como deve ser a paginação:

ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Um trabalho científico é dividido basicamente em três partes:

Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, folha de aprovação,

dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, listas e sumário.

Elementos textuais: Introdução, desenvolvimento (capítulos) e

considerações finais.

Elementos pós-textuais: referências bibliográficas, apêndice, anexo

EPÍGRAFE

FICHA

CATALOGRÁ

FICA

FICHA

DE

APROVAÇÃO

DEDICATÓRIA

AGRADECI-

MENTO

RESUMO

SUMÁRIO 9

INTRODUÇÃO

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- ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

CAPA

A capa é utilizada como proteção externa do trabalho, normalmente

padronizada pela instituição de ensino, e deve conter as seguintes informações:

instituição, autor, título, subtítulo (se houver), cidade e ano. A CAPA NÃO CONTA

COMO PÁGINA DE SUA MONOGRAFIA.

Arial (14),

em maiúscula,

centralizado e

em negrito

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FOLHA DE ROSTO

A folha de rosto contém elementos que são essenciais à identificação do

trabalho, devendo estar de acordo com a capa. Nessa folha deve constar também

a natureza do trabalho (neste caso monografia), o seu objetivo e o nome do (da)

orientador(a).

MODELO DA FICHA DE CATALOGAÇÃO

* No campo CIDADE deve constar:

ESTÂNCIA TURÍSTICA DE PIRAJU

16 pt

TÍTULO

Título em maiúscula, negrito,

centralizado e maior (16 pt)

Monografia apresentada à FACESPI – Faculdade Corporativa CESPI, como requisito parcial para a obtenção do título de

Especialista em .............. recuo 7 cm à direita

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FICHA CATALOGRÁFICA

Deve ser impressa em nova página uma ficha catalográfica do documento

correspondente. Esta deve ser confeccionada conforme modelo abaixo.

Fonte tamanho 12 pts. Seguir o modelo abaixo substituindo por seus dados.

SOBRENOME, Nome do aluno

Título completo da monografia / nome completo do aluno –

cidade, ano, número de páginas.

Monografia – FACESPI – Faculdade Corporativa CESPI. Pós-

graduação. Nome do curso.

Orientador:

1. (palavra chave) 2. (palavra chave) 3. (palavra chave)

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FOLHA DE AVALIAÇÃO E/OU APROVAÇÃO

O uso da folha de aprovação é obrigatório, devendo conter: o título da

monografia, o nome do autor do trabalho e campos para preenchimento pela

banca examinadora.

Fonte tamanho 12 pts em caixa alta e em negrito.

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DEDICATÓRIA (OPCIONAL)

Elemento opcional. Geralmente é destinada a homenagear pessoas

importantes na vida do autor e que não estão necessariamente ligadas ao trabalho

apresentado. A dedicatória não deve conter título algum.

Fonte tamanho 12 pts, negrito.

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AGRADECIMENTOS (OPCIONAL)

Elemento opcional colocado após a dedicatória. Refere-se a um texto de

manifesto de gratidão às pessoas e instituições que contribuíram para a confecção

do trabalho.

O título “Agradecimentos” deve constar nessa seção em fonte 14,

centralizado, caixa-alta e em negrito.

No texto, use fonte tamanho 12 pts, texto normal, sem negrito.

AGRADECIMENTOS

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EPÍGRAFE (OPCIONAL)

Trata-se de uma citação literal de um texto, com a devida indicação da

autoria, que aborde tema relacionado ao assunto do trabalho. Deverá ficar

localizada ao pé da página, à sua direita e sem título.

Fonte tamanho 12 pts, negrito.

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RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA

Elemento obrigatório para a Monografia. Consiste na apresentação concisa

dos pontos relevantes do texto. O resumo deve ser uma visão rápida e clara do

conteúdo e das conclusões do trabalho. O resumo consiste em uma “sequência de

frases concisas e objetivas e não uma simples enumeração de tópicos” (NBR

14.724, 2002, p.4). Observar os seguintes fatores:

O resumo não deve ultrapassar 500 palavras ou 1 página;

Deve ser feito em um único parágrafo e com espaço entrelinhas simples.

Usar fonte tamanho 12 pts, texto normal, sem negrito. O título “RESUMO”

deve constar nesta seção em fonte 14, centralizado, caixa-alta e em negrito;

Não usar recuo do parágrafo no início do texto;

Não colocar palavras-chave;

Não elaborar o ABSTRACT.

RESUMO

Este artigo propõe analisar as relações entre experiência social e produção literária em Clarice Lispector, campo prolífico para a identificação de um leque de constrições e trunfos (familiares e sociais) que atuaram de modo percuciente para sua viabilização artística. Esta análise, ao mesmo tempo em que se vale das construções biográficas sobre a escritora, da consideração dos óbices...

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LISTA DE FIGURAS (OPCIONAL)

Localiza-se após o resumo e antes do sumário, em página própria.

Relaciona figuras, tabelas, quadros, gráficos, na ordem em que aparecem no

texto, indicando o número, o título, a página em que se encontram.

No texto, use fonte tamanho 12 pts, texto normal, sem negrito.

O título “Lista de figuras” deve constar nessa seção em fonte 14,

centralizado, caixa-alta e em negrito.

LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS, SÍMBOLOS (OPCIONAL)

Devem ser ordenados por ordem alfabética. Primeiro, cita-se o termo ou

símbolo (em negrito) e, depois, o seu significado. Tais elementos podem ser

separados pelo sinal de igual ( = ) ou pelo de dois pontos ( : ).

Usa-se uma nova página para cada lista.

No texto usa-se fonte tamanho 12 pts, texto normal, sem negrito.

O título “Lista de abreviaturas” deve constar nessa seção em fonte 14,

centralizado, caixa-alta e em negrito.

LISTA DE ABREVIATURAS

ABL – Academia Brasileira de Letras

ABNT – Associação Brasileira de

Normas

INEP – Instituto Nacional de Estudos

Pedagógicos

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da

Educação

RCNEI – Referencial Curricular Nacional

para Educação Infantil

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SUMÁRIO

O Sumário é uma relação das partes da monografia apresentadas na

ordem em que se sucedem no texto e com indicação da página inicial. Sua

composição é sempre provisória, pois, ao longo da elaboração do trabalho, os

capítulos poderão desdobrar-se em títulos e subtítulos ou em outros capítulos. Ou

então, o estudante-autor achará conveniente acrescentar apêndices e até anexos.

Obs: não se deve confundir Sumário com Índice e com Lista.

Índice é uma enumeração detalhada dos assuntos, nomes de

pessoas, nomes geográficos, acontecimentos, etc, com a indicação de sua

localização no texto.

O índice aparece no final da obra.

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- ELEMENTOS TEXTUAIS

INTRODUÇÃO

A Introdução contém o que se pretende com a monografia. Por isso deve

começar com uma frase de apresentação do trabalho e a seguir contará com

elementos retirados do Projeto da monografia, como:

A justificativa do estudo do Tema.

Os objetivos que pretende alcançar com a compreensão da

problemática que o Tema contém e com a elaboração da Monografia.

A metodologia utilizada para construção da monografia.

Inicialmente, indica-se o tipo de pesquisa utilizado, as fontes investigadas,

as dificuldades encontradas, enfim descreve-se os procedimentos

metodológicos desenvolvidos.

Com o avanço dos estudos e na pós-graduação o estudante acrescentará

à Metodologia a corrente teórica na qual o estudo está fundamentado ou o

paradigma de conhecimento que serve de suporte teórico para suas análises.

Ao final da exposição da metodologia deve-se colocar uma indicação do

que contém cada capítulo. Por exemplo: No capítulo I farei a descrição do Tema

percebido no cotidiano. No capítulo II tecerei considerações sobre a conceituação

do Tema segundo a opinião de diversos autores... e assim por diante.

Após elaborado os capítulos retorna-se à Introdução para verificar se o que

foi proposto está contemplado no desenvolvimento do tema, em cada capítulo. Por

esse motivo dizemos que a Introdução é provisória, pois estará em constante

reelaboração até estar coerente com os capítulos e dizer claramente o que a

monografia pretende esclarecer.

É na introdução que o autor chama a atenção do leitor para o seu trabalho,

despertando-lhe o interesse para leitura do mesmo. Por isso precisa ser um texto

claro e objetivo.

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DESENVOLVIMENTO (CAPÍTULOS)

O Desenvolvimento do tema é realizado em capítulos e nestes pode-se

considerar itens e sub-itens, a critério do autor, conforme queria dar uma

explicação mais minuciosa, ou se o capítulo exigir uma subdivisão.

Proposta de capítulos para desenvolvimento do tema.

I. O Tema percebido no cotidiano.

II. Conceituação do Tema na perspectiva da área de estudo.

III. O estado atual da Teoria sobre o Tema: estudo já realizados.

IV. Considerações da Pesquisa realizada para compreensão do

problema análise e discussão.

V. Síntese crítica do Tema.

Elaborando o Capítulo I: o tema está no cotidiano

Ao buscarmos no cotidiano, na nossa experiência de vida, as primeiras

idéias para elaborar um tema, estamos exercitando a prática de relacionarmos o

que aprendemos na escola com a realidade vivenciada, com a nossa prática

social.

O Capítulo I é escrito a partir da Observação da realidade natural, e social e

demonstra a maneira como vemos a realidade proposta pelo tema. Esta é vista

com nosso conhecimento de senso comum que é formado pela quantidade de

informações que possuímos adquiridas da leitura de jornais, revistas, das que são

veiculadas pelo radio e TV e pela experiência de vida.

Neste capítulo fazemos uma descrição do que percebemos da realidade.

Descrever é dizer a respeito das coisas tais como são. A descrição do fato

percebido é feita utilizando nosso código restrito, mas devemos fazê-lo de forma

que se tenha uma imagem clara do fato a partir do texto escrito. O código restrito,

segundo FOUREZ (1995. p. 18), é a linguagem do dia-a-dia, útil na prática e que

não leva adiante todas as distinções que se poderia fazer para aprofundar meu

pensamento... fala do como das coisas, do mundo e das pessoas...

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Pelo código restrito não se faz reflexão para compreender o mundo, a

realidade que nos cerca, por isso descrevemos o fenômeno como o vemos, sem

preocupação com a ordem histórica (BACHELARD, 1996, p. 10), pois é assumido

o estado concreto, que o espírito se entretêm com as primeiras imagens do

fenômeno...(BACHELARD, 1996, p. 11).

O Capítulo I é uma preparação para os Capítulos II, III, IV, pois nestes

vamos nos apropriar do conhecimento científico para sairmos do conhecimento de

senso comum, da observação vulgar. Ou seja, na construção do conhecimento, o

ponto de partida é o cotidiano, o senso comum, e o avanço é a busca de

conhecimento científico para mudarmos nossa maneira de compreender o mundo.

Elaborando os Capítulos II e III: o estado da questão.

Nestes capítulos, faremos o entendimento do tema. Para isso será preciso

realizar uma pesquisa bibliográfica para nos apropriarmos do saber elaborado a

respeito do tema. Nesse processo, será possível criar itens e sub-itens aos

capítulos para melhor compreender o tema. É importante lembrar que cada

capítulo não pode ser apenas mais um ajuntamento de dados sobre o tema, mas é

preciso que todos estejam concatenados numa relação lógica e dialética,

garantindo a organicidade entre as idéias que explicam o tema.

Os capítulos II e III, têm conteúdos próprios mas, integrados e

complementares entre si. O fio condutor que une os capítulos II e III é o sentido

explicativo que cada autor propõe para compreensão do tema, através dos

conceitos, princípios e teorias que constituem o conhecimento científico. Os

autores oferecem possibilidades críticas de percebermos a realidade, diferente

daquela que descrevemos com conhecimentos de senso comum.

Ao propor as idéias de outros autores, o aluno vai compondo seu quadro

teórico de referência que ao longo dos anos de graduação e da pós-graduação vai

lhe dando a oportunidade de definir suas tendências epistemológicas.

Na verdade, o estudante fará uma pesquisa em diversos autores para

construir seu conhecimento.

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Ao citar autores, o estudante deverá desenvolver um diálogo intelectual

com eles. Isto significa que não se trata de copiar os textos, mas de expor as

idéias dos autores de forma a clarear a compreensão sobre o tema.

Também poderão ser citadas frases e parágrafos dos autores indicados.

Esta é uma estratégia para o desenvolvimento das idéias e, ao mesmo tempo, do

texto. A utilizar esse recurso, devemos estar atentos para a norma técnica

estabelecida.

As ideias dos autores servem para nos possibilitar a superação do senso

comum que utilizamos para ver as coisas e os fatos. Não se trata, pois, de copiar,

mas de refletir sobre o que os autores têm a dizer. Com isso, se vai dando a

direção que se quer imprimir ao trabalho. Na medida em que se habita o texto,

este vai adquirindo personalidade e mostrando o sentido crítico que o estudante-

autor quer lhe imprimir.

Citar autores é uma demonstração de que houve leitura e assimilação do

texto, além do que o uso de palavras e frases dos autores representam rigor

acadêmico e motivação para o avanço do conhecimento. É também a maneira de

garantir a fundamentação teórica do trabalho.

Elaborando o Capítulo IV – Posicionamento crítico em relação ao tema.

O capítulo IV refere-se aos anteriores. Seu conteúdo terá o sentido de uma

síntese do estudante-autor. Partindo das afirmações expostas nos capítulos

anteriores será proposta uma nova compreensão da realidade que era vista

através do senso comum e que começou a mudar com a pesquisa realizada.

A síntese é a demonstração do surgimento do novo sujeito conhecedor.

A leitura inicial do mundo é ingênua. Com a busca do conhecimento e com

a construção do pensamento, adquirimos a possibilidade de ter uma visão crítica

do mundo. Nesse sentindo, realiza-se um movimento de mudança do senso

comum para a consciência filosófica. Entendendo-se o filosófico como ato de

pensar, de refletir, de aprender a aprender, de evoluir da consciência ingênua para

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a consciência crítica. Ou seja, de como o tema será entendido, após a leitura de

vários autores e das análises feitas.

A leitura dos autores e a devida reflexão nos possibilitam enxergar a

realidade com o uso do código elaborado que procura dizer algo do porquê e do

sentido (das coisas). Utiliza-se o código elaborado quando se trata de interpretar

os acontecimentos, o mundo, a vida humana, a sociedade (FOUREZ. 1995, p. 19

e 20).

Pretende-se com este capítulo que o estudante – pesquisador seja capaz

de demonstrar a evolução do seu pensamento a respeito do tema estudado.

Este capítulo não é, portanto, a conclusão do trabalho, mas a demonstração

do avanço científico e acadêmico do estudante.

Elaborando as Considerações Finais

É a parte final do trabalho, nela se condensa a essência do conteúdo. Aqui,

o autor deve reafirmar seu posicionamento exposto nos capítulos precedentes.

É preciso perceber que a conclusão é da Monografia e não do Tema. Por

isso tem como conteúdo um texto que chame a atenção do leitor para que ele

perceba que a proposta da Introdução ficou garantida nos capítulos e que as

idéias não estão fechadas mas apresentam aberturas para continuidade do

estudo.

Elaborando as Referências

Relação das obras que foram utilizadas para elaboração da monografia.

Deve ser indicada segundo as normas técnicas da ABNT.

Por conta da abrangência das normas que devem ser seguidas na

seção “REFERÊNCIAS”, o material de apoio será enviado pelo professor através

de e-mail ( apostila 3).

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Mais usados:

1- Site

BORBA, Francisco da Silva. A língua e o uso. Disponível em: <http://www.gramaticanarede.com.br>. Acesso em: 19 maio 1998.

2- Lei

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996.

3- Revistas

a) Inteira ( suplementos ou edições especiais)

EXAME. Melhores e maiores: as 500 maiores empresas do Brasil. São Paulo: Editora Abril. Jul. 1997. Ano 20.

b) Artigo (parte da revista)

SILVA, José. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979.

4- APUD ( Um autor é citado por outro)

No texto:

“Um ensino gramaticalista abafa justamente os talentos naturais, incute

insegurança na linguagem, gera aversão ao estudo do idioma [...]” (LUFT, 1994

apud BAGNO, 2004).

Nas referências:

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização,1981 apud SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2008.

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AS CITAÇÕES

Trata-se de uma menção, no texto, de uma informação colhida em outra

fonte. Pode ser numa transcrição direta ou uma paráfrase, de fonte escrita ou oral.

As citações são elementos (fragmentos, frases, parágrafos, etc.) retirados dos

documentos pesquisados durante a leitura e que se revelam úteis para sustentar o

que o autor afirma ao longo de seu raciocínio. “As citações bibliográficas devem

ser: exatas, precisas e averiguáveis por todos. Através delas é possível identificar

e localizar a fonte” (SEVERINO, 1992, p. 85).

- CITAÇÕES DIRETAS

Em citações diretas com mais de três linhas, o texto citado deve ter um

recuo de 4 cm da margem esquerda, fonte 10, espaço interlinear simples e não

conter aspas.

Observe exemplo:

Para viver em sociedade, necessitou o homem de uma entidade com força superior, bastante para fazer as regras de conduta, para construir o Direito. Dessa necessidade nasceu o Estado, cuja noção se pressupõe conhecida de quantos iniciam o estudo do Direito Tributário. (MACHADO, 2001, p. 31).

Importante observar que nas citações diretas deve-se colocar o sobrenome

do autor (em letra maiúscula), o ano da publicação da obra e o número da página

onde foi retirado o texto.

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As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas

entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior

da citação.

Exemplo:

Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta

situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a vaidade do direito

romano ponderando que este era o direito do Império Romano que tinha sido

reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império Romano”.

- CITAÇÕES INDIRETAS

Citações indiretas (ou livres) são a reprodução de algumas ideias, sem

que haja transcrição literal das palavras do autor consultado. Apesar de ser livre,

deve ser fiel ao sentido do texto original. Não necessita de aspas.

Exemplo:

De acordo com Machado (2001), o Estado, no exercício de sua soberania,

exige que os indivíduos lhe forneçam os recursos de que necessita, instituindo

tributos. No entanto, a instituição do tributo é sempre feita mediante lei, devendo

ser feita conforme os termos estabelecidos na Constituição Federal brasileira, na

qual se encontram os princípios jurídicos fundamentais da tributação.

Conforme visto supra, nas citações indiretas, diferentemente das citações

diretas, não é necessário colocar o número da página onde o texto foi escrito.

ATENÇÃO: Por conta da abrangência das normas que devem ser seguidas

na seção citações, será enviado material complementar pelo professor através de

e-mail.

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ORIENTAÇÃO PARA A AULA DE METODOLOGIA II

Na aula de Metodologia II o aluno deverá apresentar a Monografia semi-

pronta, IMPRESSA para revisão e orientação do docente. Nessa aula o

atendimento será individual em forma de “plantão” no horário que poderá ser pré

agendado pelo professor já na aula de Metodologia I. O aluno será atendido e

dispensado. Nessa data receberá orientações para a entrega da monografia como

o tipo de encadernação (capa dura) e número de cópias salvas em CD.

O atendimento na aula de Metodologia II poderá ser com o mesmo docente

da aula de Metodologia I ou com outro orientador determinado pelo Pedagógico do

Nobre Educacional.

Trata-se de uma aula avaliativa (0 a 10 pontos + 30 horas na carga horária

total do curso).

DATA DA AULA DE METODOLOGIA II - _____/_____/_____

REFERÊNCIAS DA APOSTILA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA & E NORMAS TÉCNICAS. NBR -6023. Referências Bibliográficas. Rio de Janeiro, agosto 1989.

______ NRB – 6027 – Sumário. Rio de Janeiro, agosto 1989.

______ NRB – 6028 –Resumos. Rio de Janeiro, maio 1990.

_______.NRB – 10520 – Apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, abril, 1992.

BARBOSA, Derly . Manual de Pesquisa: metodologia de estudos e elaboração de monografia. São Paulo: Expressão & Arte, 2006

LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica, 3ª ed., São Paulo: Atlas, 1991.

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 20ª ed., São Paulo: Cortez Editora, 1996.