dicionário de história geral

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DICIONÁRIO DE HISTÓRIA GERAL(Profº Ricardo Arruda):Antiguidade Oriental(Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Hebreus, Pérsia) : 1. Modo de Produção Asiático/servidão coletiva a produção econômica dessascivilizações é predominantemente agrária, a sociedade é estamental, predomina ateocracia enquanto forma de dominação política e a religião é politeísta. Nãopodemos entender essas várias realidades como partes desligadas umas das outras.Muito ao contrário, em razão de um Estado forte, despótico, senhor de todas asterras e centralizado, toda a comunidade era levada a obedecer a esses grandesdeuses que a governava. Os trabalhadores (ex:felás no Egito) acreditavam que osdeuses controlavam inclusive os destinos da própria natureza. Esse sistematambém era chamado servidão coletiva(Ex. Egito, Mesopotâmia). 2. Nomos províncias que formavam o Egito Antigo e seus governantes eram osnomarcas. 3. Cuneiforme Escrita talhada com estilete na argila molhada e que tinha forma decunha na Mesopotâmia. 4. Felás servos egípcios que trabalhavam para os faraós na agricultura e naconstrução de obras públicas como as pirâmides. Trabalhador básico do Egito. 5. Escriba Os escribas eram uma ordem ou estamento muito importante no EgitoAntigo. Somente eles tinham oportunidade de seguir carreira no serviço público oucomo administrador de uma grande propriedade, pois a escrita fazia parte daprofissão especializada. Além disso, devia ter amplos conhecimentos dematemática, contabilidade, processos administrativos gerais e até mesmo demecânica, agrimensura e desenho arquitetônico, o que o isentava de qualquerespécie de trabalho servil(pois sua origem podia ser humilde) e facilitava-lhe galgaruma série de estágios conhecidos para chegar aos cargos mais elevados do país.

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DICIONRIO DE HISTRIA GERAL(Prof Ricardo Arruda):Antiguidade Oriental(Egito, Mesopotmia,Fencia, Hebreus, Prsia):1.Modo de Produo Asitico/servido coletivaa produo econmica dessascivilizaes predominantemente agrria, asociedade estamental, predomina ateocracia enquanto forma de dominao poltica e areligio politesta. Nopodemos entender essas vrias realidades como partes desligadas umas das outras.Muito ao contrrio, em razo de um Estado forte, desptico, senhor de todas asterras e centralizado, toda acomunidade eralevada a obedecer aesses grandesdeuses que a governava. Ostrabalhadores (ex:fels no Egito) acreditavam que osdeuses controlavam inclusive os destinos daprpria natureza. Esse sistematambm era chamado servido coletiva(Ex.Egito, Mesopotmia).2.Nomosprovncias que formavam o Egito Antigo e seus governantes eram osnomarcas.3.CuneiformeEscrita talhada com estilete na argila molhada e que tinha forma decunha naMesopotmia.4.Felsservos egpcios que trabalhavam para os faras na agricultura e naconstruo de obras pblicas como as pirmides. Trabalhador bsico do Egito.5.EscribaOs escribas eram uma ordem ou estamento muito importante no EgitoAntigo. Somente eles tinham oportunidade de seguir carreira no servio pblico oucomo administrador de uma grande propriedade, pois a escrita faziaparte daprofisso especializada. Alm disso, devia ter amplos conhecimentos dematemtica, contabilidade, processos administrativos gerais eat mesmo demecnica, agrimensura e desenho arquitetnico, o que o isentava de qualquerespcie de trabalho servil(pois sua origem podiaser humilde) e facilitava-lhe galgaruma srie de estgios conhecidos para chegar aos cargos mais elevados do pas.6.Osris, Lenda dedeus da vegetao e dos mortos, Osris foi assassinado eesquartejado por Set (o vento quente do deserto), que era seu irmo, e ressuscitoucom a ajuda da deusa-irm-esposa sis, que reuniu seus pedaos e embalsamou-os. Esta explicao da morte e renascimento de Osris, est de acordo com acaracterstica da vida egpcia, que dependia do ciclo de cheias e vazantes do Nilo,num eterno morrer e renascer da agricultura do pas. Outro aspecto dessa lenda que ela mostra que os faras possuem origem em Osris e seu filho o deus Hrus eque por isso eles so governantes divinos, verdadeiros deuses vivos.7.Renascimento ou Restaurao Sata ouImprio SataAps o domnio assrio, umprncipe chamado Psamtico, restabeleceu a independncia do Egito. Sua capitalera Sas, no delta. Seu governo assinalou o renascimento da civilizao egpcia. Arestaurao iniciada por Psamtico I foicontinuada por seu filho Necao, queintensificou as relaes comerciais com a sia, tentou uniro Niloao Mar Vermelhopor meio de um canal e estimulou anavegao. O imprio Sata no durou muitotempo. Em 525 a.C. os persas conquistaram o Egito. A conquista persa assinala ofim da histriado Egito independente.8.ZiguratesUm zigurate templo, comum aossumrios,babilnioseassrios,pertinente poca do antigovaledaMesopotmiae construdo na forma depirmides truncada. O formato era o de vrios andares construdos um sobre ooutro, com o diferencial de cada andar possuir rea menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construdo

digo de HamurbiEm 1763 aC o rei amorrita(um povo da Mesopotmia)Hamurbi conquista toda a Sumria. Nesta mesma poca, ele tambm escreve seucdigo de leis, contendo 282 regras, incluindo oprincpio de "olho por olho, dentepor dente"(o princpio de talio) . Este um dosprimeiros cdigos de lei da histriada humanidade e que tentacolocar um limite nasvinganas, estipulando umaproporo entre crime e penalidade.10.Hmuslama fertilizante deixada pelas guas do rio Nilo apsas enchentes,tornando possvel a agricultura no Egito.11.MastabasAs mastabas eram tmulos recobertos com lajes de pedra ou de tijolo.Tinham uma capela, a cmara do morto e outros compartimentos. Corresponde aum tipo de tumba muito utilizado nos primeiros tempos do Egito, tanto pelosfaras, como pelos prncipes e nobres.12.ObeliscoMonumento feito de uma s pedra em forma de agulha para marcaralgum fato ou realizao, Representa tambm um raiodo Deus Sol.13.Cisma(Diviso) HebraicoAps a morte de Salomo(935 aC.), as 10 tribos doNorte no se submeteram a Roboo, seu filho e sucessor. Separaram-se sob achefia de Jeroboo, formando o reino de Israel. Asduas tribos do Sul, fiis, aRoboo, formando o reino de Jud.14.Patriarcasentre os hebreus, eram lderes morais ereligiosos, guias, queorientavam as tribosdurante sua fasenmade(ex.Abrao) ou durante grandesmigraes(ex.Moiss). Seus poderes eram muito limitados(ex. no podiam legislar)e se baseavam na crena religiosa de que haviam recebido alguma misso deYav(Jeov, Deus).15.xodoNa histria doshebreus, corresponde sada doshebreus do Cativeiro noEgito, conduzidos por Moiss Terra Prometida.16.Strapasgovernadores das provncias(satrapias) noImprio Persa. Eram vigiadospor emissrios do imperador chamados olhos e ouvidos do rei.17.Zoroastrismoreligio oriental iniciada nosculo VI por Zoroastro ou Zaratustraexposta no livro Zend-Avesta, cujas idiaseram: luta constante entre o deus domal(Arim) e do bem(Ormuz); julgamento da raa humana no diado juzo final;livre-arbtrio das pessoas para escolher o bem ou o mal.18.Cativeiro da BabilniaEm 586 Jerusalm cai ante asforas de Nabucodonosor II,rei da Babilnia. Muitos hebreus(principalmente os mais cultos) so levados emcativeiro para a Babilnia. Esta era uma ttica de dominao muito praticada pelosbabilnios.19.Dispora(Disperso)hebraicaDiante das muitas revoltas dapopulao hebraicaao domnio romano no ano 70 d.C. estes destruram novamente Jerusalm e oTemplo do qual s resta uma parede, o Muro das Lamentaes. Sob o ImperadorRomano Adriano, por volta de132 d.C, completou-se a dispora: os judeus foramexpulsos da regio(Cana ou Terra Prometida), que recebeu dos romanos o nomede Palestina eproibidos de retornar quela regio.Antiguidade Clssica Grcia:1.Primeira dispora gregaA civilizao micnica expandia-se em direo sia,quando chegaram os Drios, ltimo grupo de povos arianos apenetrar na Grcia. Maisaguerridos, nmades ainda, conhecedores de armas de ferro, os drios arrasaram ascidades gregas, resultando numa fuga da populao para ointerior ou para oexterior,onde fundaram inmeras colnias de povoamento nas costas da sia Menor e emoutros lugares do Mediterrneo. Assim, com a invaso dria, os povos que entoviviam no territrio grego iniciaram um processo de xodo da regio, conhecido comoPrimeira Dispora Grega.2.Genos(1150-800aC.)dentro do perodo homrico, eram comunidades formadas porgrandes famlias que acreditavam descender de um mesmo antepassado de carterdivino. As relaes econmicas e sociais eram baseadas na cooperao, pois terra,rebanho e colheita pertenciam ao genos(comunidade gentlica)3.Segunda dispora gregaNa metade do sculo VIII a.C., os gregos iniciaram umaexpanso que se prolongaria por dois sculos, chamada de segunda dispora grega.Os fenmenos sociais que transformaram o regime antes do final do sculo VIII a.C.agiriam com intensidade nos sculos seguintes. A desintegrao do genos foi decisivapara a expanso grega, poisos filhos mais novosou desfavorecidos deixavam a ptriae iam buscar uma vida mais lucrativa. Do mesmo modo, os marginalizados do poderpoltico da polis foram lutar por maior participao em outras polis fora da Grcia.4.goraPraa pblica (da Grcia antiga), onde fervilhava a vidasocial da cidadegrega: nela se situava o mercado que depois passou a ser o centro poltico, cvico ereligioso da cidade. Ficou clebre agora de Atenas.5.Euptridaos bem nascidos, a aristocracia latifundiria ateniense.6.Esparciatasmesma coisa que espartanos, cidados e descendentes dos driosinvasores. No podiam exercer o comrcio nem a agricultura e estavam voltados paraas atividades militares epolticas.7.PeriecosA segunda camada social em Esparta, os periecos (os da periferia),composta por populaes livres, porm sem direitos polticos, embora lhes coubesseadministrar as comunidades, fora da cidade. Em geral soconsiderados provveisdescendentes dos aqueus que se haviam submetido, sem oporem grande resistnciaaos conquistadores drios. Eram camponeses, comerciantes e artesos, podendopossuir terras e bens mveis; gozavam decerta autonomia vigiada. Eram obrigados apagar tributos e ocasamento entre espartanos eperiecos era proibido. Serviam noexrcito em unidades parte, pois o servio militar lhes era obrigatrio.8.HilotasA ltima classe de Esparta, eram servos do Estado. Os hilotas eramdescendentes da populao nativadominada: cultivavam o Kleros(lotes) e realizavamtodo tipo detrabalho, sustentando os esparciatas esuas famlias. Diferentemente dosescravos de Atenas, os hilotas no eram estrangeiros comprados no mercado.Rebelavam-se constantemente, o que levou Esparta a investir cada vez mais notreinamento militar dosesparciatas.9.Magna Grciaconjunto de colnias gregas fundadas no sul dapennsula italiana apsa segunda dispora(sculo VIII ac.), por exemplo, ascidades de Npoles, Siracusa eTarento.10.ArcontadoAtenas conservou a monarquia por muito tempo, at que foi substitudapelo sistema do arcontado no sculo VIIIaC. Oarcontado era composto por novearcontes(magistrados) cujos mandados eram anuais e eram os mais influentes emAtenas entre os sculos VIII e VI a.C. Eram todos aristocratasescolhidos por meio deum sorteio e suasfunes eram sobretudo administrativas, religiosas e judiciais. Amaioria dos historiadores chama esse perodode aristocrtico ou oligrquico, poisexistia tambm num conselho de nobres(euptridas) o Arepago que escolhia osMagistrados, denominados Arcontes. Porm no decorrer desse mesmo perodo foramperdendo poderes graas sreformas de Slon, Psstrato e ClsteneMetecosOs metecos eram estrangeiros que moravam em Atenas. No tinhamdireitos polticos e eram proibidos decomprar terras, mas podiam trabalhar nocomrcio e no artesanato. Em geral, pagavam impostos para viver na cidade e, emcertas pocas, podiam ser convocados para o servio militar. Eram respeitados eprotegidos pelo governo.12.Eclsiaassemblia popular ateniense encarregada de legislar.13.Helieu ou Hlia ou Tribunal dos HeliastasCriado por Slon, era osupremo tribunalde recursos, aberto a todos oscidados e eleito porsufrgio universal(cidados)masculino.14.OstracismoPara evitar influncias de indivduosque pudessem atentar contra aliberdade em Atenas, Clstenes instituiu o ostracismo, votaorealizada pela Eclsia,que tinha por fim suspender os direitos polticos e exilar, pelo prazo de dez anos, osque viessem a cairnaquela suspeio. Quando oexilado voltasse, ele receberia devolta todos os seusbens.15.Tiranoera aquele que tomava o poder por meios violentos, porm com o apoio dopovo e governava atendendo os interesses populares e contra aaristocracia.16.Guerras MdicasAs guerras mdicas, entre gregos e persas, foram motivadas pelosseguintes fatores: choque de interesses entre o imperialismo grego e o imperialismopersa, ambos visando o Oriente Prximo. Os persas, senhores das costas asiticas doMar Egeu, e das comunicaes martimas, ameaavam o comrcio, a prosperidade dascidades da Grcia balcnica e,principalmente, o aprovisionamento de trigo doMarNegro; revolta das cidades gregas da sia Menor contra o domnio persa, encabeadapela cidade de Mileto, auxiliada por Atenas.17.Confederao de DelosEm princpioera uma aliana militar para combater ospersas, onde as cidades participantes forneceriam soldados, mantimentos e riquezas,formando o "Tesouro de Delos", chefiadas por Atenas. A liderana militarateniense e ocontrole sobre as riquezas destinadas guerra, aumentou a produo na cidade, gerouempregos, equilibrou a economia e desta forma criou condies de impor seu domnios demais cidades gregas, situao vista como necessria para manterodesenvolvimento at ento alcanado. Para manter esse poderio, Atenas transformoua Ligaem Confederao deDelos. Sentindo-se ameaada, Esparta criou umsistemaparecido: a Liga Espartana ouLiga do Peloponeso.18.Filosofia socrtica ou antropolgicasegunda fase da filosofia grega(fins do sculo VaC.) que passa a questionar coisas ligadas humanidade: justia e injustia, bem emal, virtudes e defeitos, etc.19.Maiuticamtodo de ensino de Scrates que no dava respostas prontas aos alunos,mas os ajudava a chegar verdade como um parto de idias.20.Apogeu de Atenas ou Sculo de Ouro ou Era de Pricles ou Scs. IV e V aCPriclesgovernou Atenas durante trinta anos(461 - 431a.C.). Representava oPartido Populare tornou-se ardoroso defensor da democracia escravista. Durante seu governo instituiua remunerao para os ocupantes de cargos pblicos, realizou vrias obras pblicas,gerando empregos e estimulou odesenvolvimento intelectual eartstico,principalmente o teatro, marcado peloantropocentrismo, caracterstica fundamental dacultura grega, com suas tragdias ou comdias. Reconstruiu a Acrpole com edifciosem mrmore(ex. Partenon) a ampliouo poder ateniense utilizando-se daConfederaode Delos, mesmo aps o final da guerra (448 a.C.), quando os persas j haviam sidoderrotadoSofistascorrente filosfica do sculo V aC.Que criticavam as tradies e osprivilgios da aristocracia e defendiam ademocracia. Noacreditavam em verdadesabsolutas, o que levou seu principal pensador, Protgoras, a afirmar que o homem amedida de todas as coisas.22.Democracia diretaem Atenas todos os cidados apresentavam-se pessoalmente paravotar na Eclsia, parase candidatar a cargos polticos eno elegiam representantes.23.Acrpoleparte mais alta da cidade e onde eram construdos esculturas dos deuses eos principais prdios pblicos, ex. oPartenon em Atenas.24.Filpicasconjunto de discursos feitos pelo orador ateniense Demstenes denunciandoas intenes do rei Filipeda Macednia de dominar aGrcia. Contudo, esses avisosno adiantaram e Atenas acabou conquistada pelos macednios.25.Helenstico ou helenismoPerodo Helenstico(338 275). Iniciado porAlexandre, oGrande, que expandiu ainda mais o imprio de seu pai Filipe, chegando at smargens do rio Indo. Ao misturar elementos da cultura grega com a culturaoriental(egpcia, sria,fencia, mesopotmica, persa),Alexandre criou aculturahelenstica. Essa mistura foi feita com a difuso do idioma grego e da filosofia grega noOriente,fundao de diversas cidades noOriente com traado arquitetnico e estilogregos, que chamou de Alexandrias(a do Egito existe at hoje), estmulo a casamentosentre homens gregos emulheres orientais, criando comunidades bilnges. Alexandremorreu cedo e pouco restou de seu imprio, que foi dividido entre seus generais,gerando os reinos helensticos, continuadores da polticade Alexandre, que mais tardefoi herdada pelos romanos, quando conquistaram a Grcia e aMacednia.26.Estoicismo(sc. IVaC.)filosofia helenstica que pregava que o homem deveriaaceitar o seu destino, a predestinao de cada um e que tanto aalegria quanto atristeza deveriam ser recebidas com naturalidade, sem grandes comemoraes ougrandes lamentos.27.Epicurismo(sc.IV aC.)filosofia helenstica que pregava abusca do prazer(hedonismo), pois que ele representava o bem, enquanto a dor representava o mal.Antiguidade Clssica: Roma:1.Clientesplebeus ou estrangeiros pobres que viviam como agregados de algumpatrcio em Roma, recebendo sustento e proteo em troca de trabalho, por exemplo,guarda-costas, nostrabalhos domsticos,agricultura, etc.2.Ditaduramagistratura criada no incio da Repblica. O Senado escolhia um lder querecebia o ttulo de Ditador e tinha 6meses para resolver algum problemagrave(geralmente revolta ou invaso), recebendo poderes absolutos. Ao final desseprazo, ele perdia o poder e oSenado voltava a governar.3.lbum Senatoriallista de candidatos selecionados entre os mais ricoscidadosromanos e preparada pelos censores(Magistrados). Dentre esses selecionados pelograu de riqueza eram escolhidos os senadores, que ocupavam o cargo vitaliciamente.4.Lei das 12 Tbuasincio da Repblica Romana. Como no havia nenhuma legislaoescrita que garantisse os direitos dos plebeus, estes novamente se revoltaram em450a.C., Desta vez, o resultado da revolta foi a redao de novas leis que, prontas,receberam o nome de Leis das Doze Tbuas, mas, quando ficou pronta, os plebeusperceberam que a situao anterior pouco havia mudado. Entre as proibiesmantidas, continuava vetado o casamento entre patrcios e plebeus, cuja finalidadeerapreservar a pureza do sangue patrcioe, portanto, fixar seu direitoexclusivo ao poderTribunos da Plebeincio da Repblica Romana. Surgiram em decorrncia das lutasdaplebe por seus direitos. Os Tribunos podiam vetar todas as leis contrrias aosinteresses dos plebeus, menos em poca de guerras ou graves perturbaes sociais,quando todas as leis ficavam sob controle exclusivo do ditador. Os tribunos da plebeeram considerados inviolveis e quem os agredisse era condenado morte.6.Ager Publicusterras pblicas, pertencentes ao Estado e que, em sua maioria, foramocupadas pelos patrcios, em prejuzo da plebe.7.Lei frumentriaCaio Graco, irmo de Tibrio, foi eleito tribuno em 123 a.C. Dentreas leis para melhorar as condies de vida e aalimentao da plebe romana, Caioelaborou a "Lei Frumentria". Essa lei determinava adistribuio de trigo apreosmais baixos, alm deretomar o projeto de "reforma agrria".8.Classe ou Ordem Eqestre ou Cavaleirosno perodo da monarquia e no incio darepblica, eram aqueles cujas rendas eram suficientes para arm-los como parte dacavalaria do exrcito. Depois da poca dos irmos Caio e Tibrio Graco(sculo II a.C.)formaram uma Ordem(Eqestre), situada abaixo da ordem senatorial, formando umaaristocraciaplebia, masmuito rica(ex.mercadores,banqueiros, armadores, etc.).Nafase imperial recebem dos imperadores altos cargos no governo.9.Publicanosplebeus ricos que formavam verdadeiras empresas que tinham, porcontrato, recebido do governo (senado) o direito de cobrar impostos de umadeterminada provncia, em troca de pagamento antecipado ao governo.10.Esprtacus(Revoltade)se insere nos problemas que a repblica enfrentou na suacrise final. Esprtaco (Spartacus) era um gladiador quese revoltou em 73a.C. numaescola de gladiadores em Cpua, sul da Itlia, devido humilhao e injustiascometidas na escola e pretendia fugirde volta parasua ptria. Em nenhum momentoele pretendeu lutar contra o sistema romano, contra a escravido e as injustiassociais e, por isso, no pode ser considerado um heri revolucionrio. A revolta iniciou-se com a fuga da escola. A notcia da revolta se espalhou e vrios escravos doslatifndios vizinhos uniram-se aos gladiadores rebeldes. Roma enviou um com 3 milhomens para desbaratar os revoltosos, mas foram derrotadas. Com a vitria deEsprtaco, pequenos proprietrios arruinados, desempregados e escravos engrossaramas fileirasdos rebeldes. Sucessivos generais foram enviados paraenfrent-los, masEsprtaco sempre vencia. EntoCrasso(um dos trinviros do 1 triunvirato) osenfrentou e venceu, sendo Esprtacus morto. O exrcito dos rebeldes foi derrotado e 6mil sobreviventes foram crucificados.11.Caio e Tibrio Gracotribunos da plebe, propuseram a leiagrria, pedindo que selimitasse o direito deocupao das terras pblicas(ager publicus), pelos grandesproprietrios e que os cidados pobres recebessem lotes de terras e a lei frumentria,garantindo trigo a baixo preo para a plebe pobre. Tiveram morte violenta, areformaagrria nunca foi aplicada e a leifrumentria foi deturpada na poltica dopo e circo.12.Pax RomanaEntre os sculos I e II d.C., a Pax Romana era, sobretudo, a crena deque o processo civilizatrio de Roma - o seu humanismo poltico e cultural - eracapazde se impor perante os outros povos e os integrarem no contexto do Imprio.Implicitamente, as sociedades submetidas ao Poder Romano, percebiam no sistemaromano uma rara oportunidade de transformao intestina das diversas sociedadeslocais com vistas participao no modo econmico e poltico de Roma. No umapaz respeitosa, fruto de negociao entre vencedores(romanos) e vencidos(ex.egpcios), mas umaimposio imperialista de leis epadres romanosCatilinrias e CatilinaNo contexto da crise da Repblica Romana, Lcio SrgioCatilina, patrcio romano(109 a.C-62 a.C), corajoso e ousado, mas sem escrpulos,fomentou contra o Senado uma conjurao e ganhou o apoio de algumas figurasimportantes, do povodevido suapoltica populista e doslibertos (escravoslibertados). Tinha a simpatia de Csar e o apoio de todos os descontentes do sistemainstalado. Esta conjurao foi denunciada por Ccero em 63,atravs de uma srie dediscursos que receberam o nome de catilinrias e considerado uma obra-prima deretrica o qual convenceu o senado aostracizar Catilina. Surpreendentemente recusa oexlio e parte para uma guerra suicida contra Ccero, que consegue capturar alguns dosprincipais partidrios de Catilina e, contra a posio de Csarno senado, condena-os morte sem julgamento. Catilina ficou sendo um tipo do conspirador, e o nome deleemprega-se para designar os que desejaram conquistar o sucesso sobre as runas daprpria ptria.14.MecenasEm termos culturais, o perodo doimperador Otvio Augusto ficouconhecido como "sculo de ouro" da literatura latina, fruto do seu ministro Mecenas,que, por seu grande interesse pelas artes, protegeu escritores como Virglio eHorcio.Por tudo isso, o nome mecenas tornou-se sinnimo de protetor de artistas e da arteem qualquer poca.15.Libertoseram os escravos que haviam recebido a liberdade por vontade dos seusdonos ou porque a haviam comprado. Passavam a ser cidados, mas sem direitosplenos(ex. no podiam ocupar as magistraturas). Seus filhos, contudo, possuemcidadania plena.16.ApoteoseEm vida o imperador era venerado e quando morria seu nome era inscritoentre os deuses de Roma. Essa inscrio era a apoteose.17.VirglioCom apoio de influentes amigos, como Mecenas, Virglio tornou-se umaespcie de poeta oficial doregime do imperador Augusto. Escreveu a epopia Eneida,uma idealizao das virtudes que fundaram e mantiveram o Imprio Romano a partirde Tria. Nela Virglio expe a lenda de que os romanos eram descendentes do troianoEnas e herdaram as qualidades guerreiras dos troianos.19.Anarquia militarou a crise do Sculo III.De 235 a 284 Roma teve 26 imperadores,dos quais apenas um morreu de morte natural e outro lutando contra inimigos, osdemais foram assassinados. Os exrcitos se achavam no direito de escolher osimperadores por causa da fraqueza do Senado e por no haver uma regra de sucessobem definida para os imperadores, gerando muitos conflitos internos. Alm disso,comearam as invases brbaras. Apenas com Diocleciano (284 305) findou- se aanarquia militar. Contudo com o fim do seu governo devido a disputa entre os vrioscandidatos ao poder teve incio uma nova guerra civil que s terminou quandoConstantino (312 337) tornou-se o nico imperador.20.Evocatioquando os romanos conquistavam uma regio ou um pas costumavamchamar(evocar, evocatio) para Roma o culto do deus ou dos deuses principais daregio conquistada, permitindo a construo de um templo para seu culto. Era um atode tolerncia, mas principalmente de poder, pois demonstrava que ata religio dospovos conquistados tinha sidolevada para Roma.21.Baixo ImprioCorresponde ao perodo de decadncia romana, entre os sculos III eV d.C. e dele fazparte o perodo chamado Anarquia Militar.22.dito de MiloDecreto assinado pelo imperador Constantino(312 337),que haviase convertido ao cristianismo e, talvezpor f, mas com certeza paraconseguir o apoioda religio que j era amais organizada do imprio, assinou em 313 o dito de Miloque dava liberdade de culto a todas asreligies do imprio. Liberados, os cristoscomearam a construir igrejas e as maiores receberam o nome de baslicas.23.dito Mximoimperador Diocleciano(284-305) fixavapreos mximos paramercadorias e salrios, mas o controle durou pouco e a inflao voltou a subir.24.Lei do colonatofeita pelo imperador Constantino(313-337), obrigava ocolono a sefixar terra para estabilizar aproduo rural e suprir a carncia de mo-de-obra.Tornou-se um dos elementos do feudalismo.Idade Mdia:1.Manso servilO territrio do feudo era dividido normalmente em trs partes: ODomnio, a terra comum(comunal) e manso servil. O Domnio a parte da terrareservada exclusivamente ao senhor feudal(onde ele construa ocastelo) e trabalhadapelo servo. A produo deste territrio destina-se apenas ao senhor feudal.Normalmente o servo trabalha para o senhor feudal, nessa poro de terra ou mesmono castelo, por um perodo de 3 dias, sendo essa obrigao denominada corvia. ATerra comum(comunal) a parte da terra de uso comum. Matas e pastos que podemser utilizadas tanto pelo senhor feudal como pelos servos. o local de onde se retiramlenha ou madeira para as construes, e onde pastam os animais. Manso servil era aparte destinada aos servos, dividido em lotes (glebas) e cada servo tinha direito aumlote. De toda a produo do servo em seu lote, metade da produo destina-se aosenhor feudal, caracterizando uma obrigao denominada talha.2.Sociedade estamental ou de ordensaquela na qual a posio de cada um determinada pelo sangue, pela hereditariedade e pela religio. Ex.Egito Antigo efeudalismo.3.CorviaA corvia era a obrigao que o servo tinhade trabalhar de graa algunsdias por semana no manso senhorial, ou seja, no cultivo das terras reservadas aosenhor.4.BanalidadeAs banalidades eram os pagamentos que os servos faziam aos senhorespelo uso da destilaria, do forno, do moinho, do celeiro etc.5.Tosto de Pedroimposto pago igreja, utilizado para a manuteno da capela local.6.Vileshomens livres que viviam nasvilas dos feudos eque sofriam obrigaesmenos pesadas do que os servos. Com o passar do tempo(sculos XI, XII) algunsaprenderam um ofcio(ex.carpintaria) e se transformaram em burgueses, outros emassalariados.7.Suserano e VassaloSuserano o senhor que concede o benefcio(geralmente terra eservos), enquanto que vassalo o senhor que recebe o benefcio. Esta relao serviupara preservar os privilgios da elite e materializava-se a partirde trs atos: ahomenagem , a investidura e o juramento de fidelidade. Normalmente o suserano eraum grande proprietrio rural, grande nobre ou mesmo um rei, e que pretendeaumentar seu exrcito e capacidade guerreira, enquanto o vassalo, um homem quenecessita de terras e camponeses. No mundo feudal no existiu uma estrutura depoder centralizada.8.HomenagemQuando um suserano entregava um feudo a um vassalo issocompreendia uma srie de atos solenes. Primeiro o vassalo prestava a homenagem,colocando-se de joelhos, com a cabea descoberta e sem espada, pondo suas mosentre as mos do suserano e pronunciando as palavras sacramentais de juramento.Em seguida, o senhor permitia que se levantasse, beijava-o e realizava ainvestidura(atribuio do feudo) com a entrega de um objeto simblico, punhado deterra, ramo, lana ouchave, representando a terraofertada.Os laos desuserania evassalagem vinculavam toda a nobreza feudal. Porexemplo, um duque doava umfeudo a um baro. Este, ao receber o feudo, prestava-lhe homenagem.9.Comitatuslaos de dependncia entre guerreiros germnicos, baseados nojuramento pessoal ao lder. Aos poucos se torna um dos elementos do feudalismo.10.LeisConsuetudinriasleis que se baseiam nos costumes e no eram escritas, porex., entre os brbaros germnicos.11.HgiraEm 622 Maom comea a pregar o islamismo, mas a perseguio e umatentativa de assassinato fizeram com que ele fugisse de Meca para Medina em 622. aHgira, ou a fuga, quemarca o incio do calendrio muulmano12.Direito deprimogenituraparte do direito feudal que dava apenas ao filho maisvelhode um nobre o direito de herdar atotalidade dos bens do pai, inclusive o ttulo denobreza. Os irmos, excludos da herana, lanaram-se s aventuras das Cruzadas, embusca de terras, glria militar e prestgio.13.Ordem Beneditinafundada pelo monge So Bento de Nrsia (480-547), cujo lemaera ora et labora (ore e trabalhe), foi designado santo padroeiro da Europa pelo papaPaulo VI em 1964, por causa daimportncia que essa ordem teve na formao daEuropa: no plano cultural, os monges copistas eram, inicialmente, somente beneditinose foram os fundadores das primeiras escolas medievais; no plano econmico, otrabalho agrcola desenvolvido pelos monges nos mosteiros e as tcnicas deplantio ede aragem do solo aprendidas e ensinadas por eles, os manuais escritos sobre essetema. Alm disso, os sculos de maior ao dos beneditinos coincidem com os sculosde formao do continente, da formao da Europa como tal(scs. V ao X).14.Heresia Monofisistaseita crist do sculo VI, que considerava que Jesus Cristo tinhauma s natureza(divina) e no duas (a divina ea humana). No governo de Justiniano(527-565) imperador bizantino, ocorreu essa heresia, pregadapor Nestrio. Omonofisismo comportava aspectos polticos e manifestava-se como reao nacionalistacontra o Imprio Bizantino. Por isso era mais forte na Sriae no Egito, regiesdominadas porConstantinopla.15.Heresia IconoclastaO movimento iconoclasta caracterizou-se como um longo conflitoreligioso iniciado pelo imperador bizantino Leo III (717 - 741), que proibiu ouso deimagens e ordenou a destruio das existentes nos templos. Com efeito, os coneseram as imagens, pequenas ou grandes, representando pessoas santificadas ou oprprio Cristo; feitos nos mais diversos materiais, incorporaram-se s cerimnias deculto dasociedade bizantina. Entre osprincipais produtores de cones encontravam-seos monges que obtinham grandes lucros com a venda de imagens. Essas riquezasreforavam ainda mais o poderio dos monges, cujas ordens possuam grandespropriedades isentas de tributos, exerciam grande influncia na sociedade econstituam uma ameaa ao poder central porque representavam o avano dafeudalizao. Aps um sculo de represso e de destruio de obras de arte, a vez deos partidrios das imagens levarem a melhor. O papel da arteconsolida-se no mundocristo, uma vez que funo didtica afirmada peloPapa Gregrio Magno acrescenta-se o valor sacro das imagens, de emanao da presena divina, que os defensores dasimagens consideram implcito nas imagens de Deus e dos santos.16.Cesaropapismoconcentrao dos poderes temporais (Csar) e espirituais (Papa)nasmos do imperador bizantino, que mantinha opatriarca subordinado a ele, fazendo dareligio um assunto de estadoe no doindivduo. Smbolo do cesaropapismo era aguia bicfala, escudo e bandeira doimperador. No Imprio Bizantino as influnciashelensticas e orientais resultaram na estreita ligao entreIgreja e Estado,concretizada no Cesaropapismo: ao Basileus (Imperador) cabia achefia da Igreja edoEstado. Tal situao funcionava como arma de dois gumes: na condio de protetor daIgreja poderia gerir seus bens e preencher os cargos eclesisticos, o que reforava opoder imperial; em contrapartida, as reaes sdiretrizes religiosas refletiamresistncias ao poder central, quetransformavam controvrsias religiosas emproblemas polticos.17.Revolta de Nike ou NikaGastos militares foraram a elevao dos impostos. Apopulao de Constantinopla odiava os funcionrios do fisco. Em 532explodiu a revoltaNika (do grego nike, vitria, que osrevoltosos gritavam). Verdes e Azuis, os doisprincipais partidos polticos eesportivos que concorriam no hipdromo, rebelaram-se,instigados por aristocratas legitimistas (partidrios da dinastia legtima, jqueJustiniano fora posto no trono pelo tio, usurpador do poder). A firmeza de Teodora e ainterveno do general Belizrio salvaram Justiniano. Os revoltosos foram cercados emortos no hipdromo.18.Conclio De Nicia325 D.C. Primeiro Conclio Ecumnico da Igreja, convocado peloImperador Constantino. Trezentos Bispos se renem paracondenar o Arianismo(doBispo rio): heresia que nega a Divindade de Jesus Cristo. O momento decisivo sobre adoutrina da Trindade ocorreu neste Conclio, quando a Igreja rejeitou a idia ariana deque Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era damesma "substncia" ou "essncia" (isto , a mesma entidade existente) do Pai. Assim,h somente um Deus, no dois; a distncia entre Pai eFilho est dentro da unidadedivina, e o Filho Deus no mesmo sentido em que o Pai o . Dizendo que o Filho e oPai so "de uma substncia", e que o Filho "gerado ou unignito". O Credo Niceno,sem equvocos, reconhece oficialmente a divindade deCristo.19.Cisma do OrienteDesde a extino do Imprio Romano do Ocidente, assim como osImperadores bizantinos afirmavam sua condio de herdeiros de Roma, os Patriarcasapregoavam sua primazia na direo daIgreja. Essa divergncia levara afreqentesatritos entre oPapado e os Patriarcas, ocasionando rompimentos entre a Igreja CristOcidental e a Igreja Crist Oriental, como se verificou com aQuesto Iconoclasta. OCristianismo, em sua evoluo, assumiucaractersticas diferentes naEuropa Ocidentale em reas do Imprio Bizantino, seja no ritualoriental (celebrado em grego), seja nadisciplina (a subordinao da Igrejaao Estado bizantino) e nascrenas (rejeio doPurgatrio pelos orientais). A ciso seria inevitvel e se deu quando o Papa LeoIX e oPatriarca Miguel Celulrio entraram em conflito arespeito da jurisdio sobre diocesesda ItliaMeridional, excomungando-se mutuamente. No seacreditava que a rupturafosse definitiva, mas tornou-se com a intransigncia do Patriarcae do Papa,explicvelporque a questo envolvia interesses econmicos relativos arrecadao das rendasdaquelas dioceses e interesses polticos antagnicos sobre a direo suprema dacristandade. Assim consumou o Cismado Oriente, em virtude doqual criaram-se duasIgrejas: a IgrejaCrist Ortodoxa Grega, subordinada ao Patriarcado de Constantinopla,e a Igreja Catlica Apostlica Romana, dirigida pelo Papado (1054).20.CaabaKaaba ou Caaba uma construo que reverenciada pelosmuulmanos, namesquita sagrada deAl Masjid Al-HaramemMeca, e considerado pelos devotos doIslcomo o lugar mais sagrado do mundo. A Kaaba uma construo cbica e estpermanentemente coberta por uma manta escura com bordados dourados que regularmente substituda. Em seu interior encontra-se a "Pedra Negra", uma pedraescura de cerca de 50 cm de dimetro que provavelmente o resto de ummeteorito.Quando o profetaMaomrepudiou todos os deuses pagos e proclamou um Deusnico,Al, ele poupou a Kaaba, talvez por presso dos comerciantes da regio queviam na pedra um chamariz para as lucrativas peregrinaes.21.Sunitas e XiitasA primeira diviso ocorrida nacomunidade islmica deu-seimediatamente aps a morte do profeta Maom. A escolha do seu sucessor geroucontrovrsias e enquanto a maioria da comunidade seguiu o princpio do consenso eelegeu Abu Bakr para ser o seu califa,lder religioso e poltico, uma parcela pequenamas significativa defendia a teoria de que Ali, primo doProfeta, deveria ser seusucessor. Esta atitude gerou dois sistemas polticos diferentes dentro do Isl: ossunitas seguem a idia de que o Chefe de Estado deve sereleito pela comunidade eaceitam o Al Coro ea Suna como livros sagrados; e os xiitas seguem a idia dasucesso hereditria, traada apartir dos descendentes do califa Alie sua esposaFtima, filha do Profeta Maom e recusam-se a aceitar o carter sagrado da Suna.22.SunaO conjunto de ensinamentos e atos de Maom. Essas colees, alm de seuvalor religioso para oscrentes, constituem uma exaustiva enciclopdia legislativa,teolgica, cerimonial, moral, social e comercial, que incluiaplicaes prticas eexemplos moralizantes para ocotidiano.23.Sharia a lei religiosa do islamismo. Como o muulmano no v distino entre oaspecto religioso e o resto da sua conduta pessoal, a lei islmica notrata s de rituaise crenas, mas de todos os aspectos da vida cotidiana. Apesar de ter passado por umdetalhado processo de formatao, a lei islmica ainda aplicada de formas variadasao redor do mundo - os pases adotam a sharia tm interpretaes mais ou menosrigorosas dela. Na Arbia Saudita,por exemplo, vigora uma das maisconservadorasverses da lei islmica. O Afeganisto da poca da milciaTalib teve a maisdura eradical aplicao da sharianos tempos modernos - proibia msica eoutras expressesculturais e esportivas, restringia gravemente todos os direitos das mulheres eordenava punies brbaras. A sharia, porm, adotada formalmente numa minoriade pases com grandes populaes islmicas.24.Sarracenos ou mourosforma generalizada para designar os muulmanos.25.Merovngia(Dinastia)Na Glia, as tribosfrancas foram unificadas no final do sculoV por Clvis(481/511), convertido ao catolicismo, surgindo o primeiro reino brbarocristianizado. Neto de Meroveu, Clvis deu incio dinastia merovngia, que reinouentre os francos at 741.26.Carolngia(Dinastia)No sculo VIII, Carlos Martel, um nobre da famlia deHeristal, conseguiu prestgio e poder ao deter o avano dos muulmanos sobre aEuropa Ocidental, vencendo-os em Poitiers(Frana) em 732.Seu filho Pepino I(741/768) destronou o ltimo rei merovngio e proclamou-se rei dos francos com oapoio do papa, iniciando a dinastia carolngia (741/987). Sua coroao pelo papaEstevo II reforou a aliana entre a Igreja eo reino franco. Pepino I foi sucedido porCarlos Magno (768/814) que expandiu enormemente o reino franco, anexando a Itlialombarda, a Saxnia, a Frsia ea Catalunha, tornando-se o nico rei da Europa crist.Em seu governo, houve o Renascimento Carolngio. No Natal do ano 800, Carlos Magnofoi coroado Imperador do Ocidente pelo papa.27.Patrimnio de So PedroTambm chamado de Estados Papais, so as terrasentregues pelos carolngios Igreja e que seriam governadas pelos papas. Origem doEstado do Vaticano atualMissi dominiciCarlos Magno dividiu o Imprio em condados administrados porcondes, enquanto os marqueses administravam os territrios de fronteiras chamadosmarcas. A fiscalizao dessas provncias era feitapelos "missi dominici"(enviados dosenhor), delegados do imperador, que as percorriam, fazendo relatrios para CarlosMagno, a respeito da situao econmica e poltica desses condados e das marcas,permitindo ao imperador um maior controle sobre seus senhores feudais.29.RenascimentoCarolngioCarlos Magno(sculos VIII-IX) promoveu um grandedesenvolvimento cultural. Atraiu sua corte os mais notveissbios, dentre os quais:Alcuno de York, gramtico; PauloDicono, historiador; Eginhard, Historiador; Pedro dePisa, gramtico; e outros. Nos mosteiros, os monges copistas dedicavam-se aosmanuscritos antigos, copiando-os e preservando-os, scrnicas e aoslivros religiosos.Fundaram-se escolas, entre asquais a clebre Escola Palatina(doPalcio)30.Tratado de VerdunEm843, os trs netos deCarlos Magnorepartiram o imprio queele havia fundado pelo tratado dito de Verdun: Carlos o Calvorecebeu a Franciaocidental (que se tornar aFrana), Lus o Germnico a Francia oriental (que setornar aGermnia, ncleo do futuroSacro Imprio Romano-Germnico), e Lotrio,que se reserva o ttulo imperial, ocentro daItliaat aFrsia(que se tornar aLotarngia). Essa diviso acelera o feudalismo, pois representou o fracasso de umanica autoridade governando a maior parte daEuropa Ocidental.31.Heresia ArianaO arianismo foi umaviso cristolgica(de Cristo) sustentada pelosseguidores deAriusnos primeiros tempos da Igreja Crist, negando que Cristo e Deus,o pai, fossem da mesma essncia fundamental e vendo o filho como uma criao e umser inferior ao Pai. OConclio de Nicia(325D.C.) condenou esta doutrina aps umagrande controvrsia e declarou-a hertica32.Secular ou laicoqualquer coisa ligado vida terrena, exemplo, o poder dos reis enobres feudais.33.Ordens monsticas e monaquismoo Monaquismo um sistema de vida deconsagrao causa divina, que tenta chegar a Deus passando pelo recolhimento euma vida dededicao e interiorizao. A esta palavraassocia-se uma outra: monge.Etimologicamente, designa aquele que vivesolitrio, dedicando a sua vidaao serviode Deus, dedicao essa assumida livremente e que pressupe o cumprimento dasnormas estabelecidas numa Regra, ou seja, conjunto de normas sobre castidade,pobreza e obedincia. Exemplo: So Bento e a Ordem dos Beneditinos, baseada naregra bsica orar e trabalhar, ou seja, servir a Deus e trabalhar nas plantaes e comos animais do mosteiro, para seu sustento.34.Movimento de Cluny ou cluniaenseEm 1046 no mosteiro beneditino de Cluny, naFrana, comea um importante movimento de moralizao da Igreja Medieval, oMovimento de Cluny, propondo o fortalecimento da disciplina doclero, a obedincia sregras da piedade e castidade e a libertao dos conventos da dominao daautoridade feudal edas interferncias dos governantes, principalmente dosimperadores do Sacro Imprio Romano Germnico. Apesar das boas intenes dealguns, a Igreja continuou a se contaminar com interesses materialistas, por exemplo,adquirir terras.35.Conclio deClermont-FerrandReunio de lderes cristos seculares e do clerorealizada nessa cidade francesa em 1095, convocada pelo papa Urbano II, naqual eleexibiu uma cartado imperador bizantino Alxis pedindo ajuda paracombater osmuulmanos, gerando a pregao da 1 cruzadaComunaComunas (Frana), Concelhos (com c.Pennsula Ibrica),Cidades-livres(Sacro Imprio Romano-Germnico) eRepblicas (Itlia) assimforam denominados osburgos europeus que alcanaram autonomia entre os sculos XI e XIII. A essa lutapela autonomia chamamos de movimento comunal e as liberdades conquistadas eramescritas nas Cartas de Franquia.37.Movimento Comunal(scs. XI XIII): lutadas cidades europias pela libertao daautoridade dos senhores feudais, geralmente com o apoio dos reis. Quando a luta eravitoriosa a burguesia passava a governar a cidade e recebia um certificado dos seusdireitos chamado Carta de Franquia.38.Gtico, EstiloArquitetnicoem 1154 comea a construo da Catedral de Chartres eem 1163 inicia-se a construo catedral de Notre-Dame de Paris, ambas na Frana. omarco maior do estilo gtico na arquitetura, que se caracteriza por linhas retilneas quese projetam para o cu e por abundncia de vitraiscoloridos. Com seus arcos ogivais,vitrais coloridos e usados emprofuso, paredes altas e relativamente finas,sustentadas por arcobotantes e botarus, essas catedrais se tornam os smbolos dessenovo estilo arquitetnico, mais sofisticado, urbano e burgus do queo estilo romnico,que era mais rural e nobilirquico.39.PlantagenetasPlantageneta o sobrenome de um conjunto de reis britnicos,conhecidos como Dinastia Plantageneta ou Angevina(de Anjou, feudo francs), quereinaram em Inglaterra entre 1154 e 1399. O nome tem na sua origem agiesta(plantgnet em francs), que o fundador da casaGeoffrey V, Conde de Anjouescolheu parasmbolo pessoal. O fim da dinastia Plantageneta considerado em 1399 e marca asubida ao trono de Henrique de Lancaster(neto de Eduardo III) e o princpio dosconflitos que mais tarde iriam evoluir para a Guerra dasDuas Rosas.40.Heresia Ctara ou albigenseNo incio do sculo XII, aIgreja Catlica presencia adifuso da heresia dos ctaros (puros em grego) ou albigenses (nome derivado dacidade de Albi, na qual vivia um certo nmero de herticos) que se propagar no sul daFrana. Os ctaros acreditavam que o homem na sua origem havia sido um serespiritual e paraadquirir conscincia e liberdade, precisaria de um corpo material,sendo necessrias vrias reencarnaes para se libertar. Eram dualistas acreditavamna existncia de dois deuses, um do bem (Deus) e outro do mal (Sat),que teriacriado o mundo material e mal. No concebiam a idia deinferno, pois no fim o deusdo Bem triunfar sobre o deus do Mal etodos sero salvos. Praticavam a abstinnciade certos alimentos como a carne e tudo o que proviesse da procriao. Jejuavamantes do Natal, Pscoa e Pentecostes, no prestavam juramento, base das relaesfeudais na sociedade medieval, nem matavam qualquer espcie animal, faziam votodecastidade. A partir de1140 foram duramente combatidos pela Igreja, que lanou umacruzada contra eles, sendo derrotados e praticamente exterminados em 1229,juntamente com os nobres que os apoiavam. A coroa de Frana incorporou a maioriados feudos dessa regio.41.Hansa Teutnica ou Liga HanseticaNa regiodo MarBltico formou-seem 1241,uma organizao de cidades alems(maioria) para a proteo do comrcio martimo,proteo mtua e aquisio e explorao deprivilgios comerciais em regime demonoplio sem a pretenso de conquistar e organizar territrios. ALiga foi uma formaadequada de proteo poltica dos comerciantes contra as exigncias tributrias dosreis e senhores feudais. A Liga foi favorecida pelos objetivos limitados das cerca de 160cidades que se associaram em nmero varivel ao longo dos tempos, dispondo comoarma eficaz contra seus opositores do boicote comercial. O apogeu foino sculo XIV eo declnio veiocom a consolidao dos poderes dos Estados blticos, como a Polnia,cujo rei derrotou a frota da Liga.42.Papa Gregrio VIIno ano de 1075 escreve seu famosoDictatus Papae,no qual estoresumidos os princpios da autoridade papal: a Igreja de origem divina; oPapa temtodos os direitos sobre os bispos; o Papa o juiz de todos, no julgado por ningum;o papa ata e desata,pode desligar os vassalos do juramento de fidelidade feito a seussuseranos; ficaafirmada, pela primeira vez, amonarquia papal, a subordinao dopoder civil ao pontifcio em temas de doutrina e moral.Henrique IV, imperador doSacro Imprio, reage e organiza umatentado contra Gregrio VII, nomeia um antipapaepretende destituir o Papa oficial. Em 1076, Gregrio d o golpe decisivo: depe eexcomunga Henrique IV. Abandonado por grande parte dos seus vassalos, Henrique IVse dirige ao castelo de Canossa para pedir perdo ao papa, ficando 3dias acampado naneve como penitncia. O papa o perdoa, mas pouco tempo depois Henrique IVrecupera seus poderes, derruba o papa, coloca um outro no trono, obrigando Gregrioa se refugiar no sul daItlia, onde veio a falecer por voltade 1080.43.ExcomunhoUm dos piores castigos que a Igreja impunha aos quedesobedecessem a suas diretrizes. Excomunho o ato ou efeito de excomungar.Excluir ou expulsar oficialmente um membro religioso da relao com Deus. Pode seraplicada a uma pessoa individual ou aplicada coletivamente a um povo e ningumpodia ter contato com um excomungado ou fazer negcios com ele.44.Bailios e senescaisoficiais nomeados pelos reis da Frana paradefenderem seusinteresses dentro dos feudos, como o recolhimento de certos impostos e a aplicao dajustia real. NaInglaterra os funcionrios reais com as mesmas funes recebiam onome de sheriffs.45.Bula Unam SanctamO papa Bonifcio VIII publicou abula Unam Sanctam (1302),onde afirma ser necessrio para a salvao estar sujeito ao papa em tudo, mesmo emquestes polticas e que a Igreja uma esanta, que no errou e que jamais errar. Foiuma forma de tentar colocar os reis sob controle papal. Com isso pretendia mandar umrecado aos reis europeus, principalmente seu maior inimigo, Filipe IV,rei de Frana.46.Novo Cativeiro da BabilniaOu exlio de Avignon (1309-1378). A partir damorte dopapa Bonifcio VIII, a influncia francesa sobre o papado havia se tornado cada vezmais forte. Pressionado pela coroa da Frana, o Sacro Colgio(conjunto de cardeais)elegeu um arcebispo francs como papa, que adotou o nome de Clemente V etransferiu a sede da Igreja de Roma para Avinho. O mesmo fizeram seus sucessoresat 1378. Esse deslocamento era um claro sintoma de que o eixo de equilbrio dopoder deslocara-se para a Frana, no sentido de que os pontfices de Avignonfreqentemente foram favorveis poltica externa francesa.47.Cisma do OcidenteA atitude servil do papado perante a Frana, por exemplo, e suacumplicidade com os interesses franceses, sobretudo durante o pontificado de JooXXII, causaram profundos descontentamentos na Alemanha(Sacro Imprio), que notardaram a vir tona. O cisma propriamente dito comeou com a morte de Gregrio XI(1378), depois que este conseguira fazer com que a sede do papado voltasse a serRoma. Foi sucedido por Urbano VI,cuja eleio foi considerada invlida peloscardeaisno-italianos, que a decretaram nula e elegeram outro papa, Clemente VII. O novopapa refugiou-se em Avignon, uma vez que,por motivos bvios, no podia residiremRoma. Papa eantipapa tiveram seus respectivos sucessores. Para prfim ao cisma,convocou-se o Conclio de Pisa (1409), em que se decidiu depor os dois papas e elegerum novo, Alexandre V, sucedido por Joo XXIII em 1410. Contudo, como os doiltimos papas da srie de Roma e de Avignon, respectivamente Gregrio XII e BentoXIII, no aceitaram a prpria deposio, e como Alexandre V havia sido eleito por umconclio com plena validade, a Igreja passou a ser governada por trs papas. Acomunidade eclesistica, at as parquias mais remotas, dividiu-se em campos hostis.Alexandre V, como papa eleitopelo conclio, conquistou mais adeptos entre o povo. OConclio de Constana (1414-17), convocado pelo imperador alemo, ps fim aocismacom a eleio de um nico papa, Martinho V. Por causa do desgaste, esses fatoscontriburam fortemente para adecadncia da Igreja edo poder papal.48.JacquerieA Jacquerie foi uma revolta camponesa que ocorreu naFranaem1358,durante aGuerra dos Cem Anos. A designao deriva deJacques Bonhomme, o nomecom conotao paternalista dado genericamente a um campons. A revolta iniciou-sede forma espontnea, refletindo a sensao de desespero em que viviam as camadasmais pobres da sociedade, depois daPeste Negra. As elites acabaram por esmagar arevolta menos de um ms depois, matando no processo cerca de 20.000 homens, oque viriaa contribuir para oagravamento das condies demogrficas do pas. Apalavra "Jacquerie" passou a ser sinnimo de rebelio camponesa.49.Magna CartaAMagna Cartafoi um tratado assinado pelo reiJoo I de Inglaterrae osseus nobres a15 de Junhode1215, perto deLondres. Os seus termos garantem aliberdade poltica dos ingleses, , ditam reformas no direito e na justia(ex. Habeascorpus; no criao de impostos sem ouvir o Parlamento), mas sobretudo limitam oespectro e magnitude do poder do rei. O grande motivo para essas mudanas foi odescontentamento geral para como rei Joo I que, durante o seu reinado, perdera asJias da Coroa de Inglaterra, e grandes feudos que possua na Frana, para alm deser j de ser extremamente impopular e dado a abusos de autoridade. Aos poucos aMagna Carta se tornou relevante e reconhecida como o precursora damonarquiaconstitucionalna Inglaterra.50.Guerras de ReconquistaParalelamente s Cruzadas, que investiram para oOriente(Jerusalm), foram realizadasexpedies chamadas Cruzadas doOcidente, quetinham como objetivo expulsar os muulmanos da Pennsula Ibrica e do sul daItlia.Em 711, os rabes muulmanos, comandados por Tarik, haviam conquistado aPennsula Ibrica. Submeteram toda a pennsula, com exceo das Astrias(norte). Alise formaram os pequenos reinos cristos de Leo, Castela, Arago e Navarra. Estesreinos iniciaram, no sculo XI, aGuerra de Reconquista. Os reinos cristosexpandiram-se e dessa Guerra de Reconquista resultou a formao das monarquiasnacionais de Portugal(no final do sculo XIII) e Espanha(no final do sculo XV).51.Revoluo de AvisO desenvolvimento do comrcio, o crescimento das cidades e aprosperidade da burguesia mercante tornaram anacrnica aantiga ordem feudal(fechada, teocntrica, agrria edescentralizada). Aburguesia tinha outros interessesnacionais (unificao da moeda, transportes, segurana) e porisso alia-se monarquia, fortalecendo o poder do rei, a quem d sustentao poltica e pagaimpostos. o embrio dasmonarquias nacionais, do regimeabsolutista. A Revoluode Avis (1383 -1385) marca o incio do processo de centralizao monrquica e aconsolidao do Estado Nacional Portugus, em direo ao absolutismo e aomercantilismo, com aaliana entre a monarquia ea burguesia ascendente. Com amorte do rei D. Fernando, em 1383, ficou como regente do trono D. Leonor Teles, atque a infanta D. Beatriztivesse um filho varo, maior de quatorze anos. A regente,influenciada por um aventureiro galego, o Conde deAndeiro, desenvolveu uma polticade aproximao com os reinos castelhanos, contrariando as tendncias autonomistade parte da nobreza lusitana e dos grandes burgueses, especialmente de Lisboa, queescolheram como lder, D. Joo, Mestre da Ordem Militarde Avis, filho bastardo de D.Pedro I (o amante de Ins de Castro). O Conde de Andeiro condenado morte e hgrande agitao popular em vrias cidades e vilas. Em Lisboa, o "povo mido"proclama D. Joo, o Mestre de Avis, "regedor e defensor do reino". O rei de Castela, apedido da regente Leonor Teles, entra em Portugal para sufocar a revolta de Lisboa.um jovem nobre, Nuno lvares Pereira, liderou aresistncia popular contra oscastelhanos e seus aliados, mobilizando o povo a favor do Mestre de Avis. Em abrilde1385, renem-se as cortes em Coimbra. Por presso dos representantes dosconselhos, dirigidos pelo jurista Joo das Regras, D. Joo, oMestre de Avis, proclamado rei, apesar da oposio dos nobres. As cortes decidem que o Conselho doRei seja formado por dois representantes de cada um dos grupos sociais: clero,nobreza, letrados ecidados.52.Milenarismocrena popular crist baseada em profecias do inciodo cristianismo, quedizia que Cristo voltaria uma segunda vez, combatendo os males e instituindo o reinode Deus na terra, com a durao de mil anos, findos os quais haveria a ressurreiodos mortos e o Juzo Final. Foiclassificado pela Igreja como heresia.53.Querela das Investiduras e a Concordata de WormsA concordata de Worms ocompromisso firmado em setembro de 1122 pelo papa Calisto II e o imperadorHenrique V, mediante o qualse regulamentou a questo da "querela das investiduras".Este documento separava os dois tipos deinvestidura: (1) a eclesistica, que concediaa funo espiritual ao bispo indicado pelo papa; e a(2) laica, feita pelo governante(rei,imperador) e dava ao bispo os poderes como senhor feudal, ou seja, um governo decarter temporal ou laico com os respectivos benefcios. Em essncia, com aconcordata de Worms, na funo daqueles bispos que tambm eram condes, o ofcioespiritual - que s a Igreja podia conceder mediante formas normais - pouco a poucose separa do exerccio dedireitos e poderes pblicos que aautoridade laica conferiamediante o ttulo de nobreza.54.Filosofia EscolsticaA Escolstica uma linha dentro da filosofia medieval, deacentos notadamente cristos, surgida da necessidade de responder s exigncias def, ensinada pela Igreja, considerada ento como aguardi dos valores espirituais emorais de toda a Cristandade. Por assim dizer, responsvel pela unidade de toda aEuropa, que comungava da mesma f. A partir do sculo V pensadores cristosperceberam a necessidade de aprofundar uma f que estava amadurecendo, numatentativa de harmoniz-la com asexigncias do pensamento filosfico. Alguns temasque antes no faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providnciae Revelao Divina e Criao apartir do nada passaram a fazer parte de temticasfilosficas. Basicamente, aquesto chave que vai atravessar todoo pensamentoescolstico a harmonizao de duas esferas: a f e a razo. O pensamento deAgostinho(sculo V), mais conservador, defende uma subordinao maior da razo emrelao f, por crer que esta venha restaurar a condio decada da razo humana.Enquanto que a linha de Toms de Aquino(sculo XIII) defende uma certa autonomiada razo na obteno de respostas(livre-arbtrio), apesar de em nenhum momentonegar tal subordinao da razo f.55.Santo AgostinhoIdia de predestinao. Santo Agostinho usou a filosofia aservioda teologia, adotando as idias platnicas e as moldando de acordo com a sua viso demundo. Da mesma forma que Plato, acreditava que a alma habitava um corpo. Dizia:O homem uma alma racional habitando um corpo mortal. Santo Agostinho insistna impossibilidade de o Estado chegar a uma autntica justia se no se reger pelosprincpios morais do cristianismo. De modo que naconcepo agostiniana se dumaprimazia da Igreja sobre o Estado. Por outro lado, h que ter presente que na suapoca (sculos IV-V) o Estado romano estsumamente debilitado perante aIgreja.Seu lemaera "crerpara compreender.Santo Agostinho afirmouqueoestado deviater por finalidade o culto deDeus e velar pelos costumes de acordo com a moral crist.Defendeu tambm uma diviso de poderes: o poder espiritual que ficaria acargo daIgreja e opoder temporal que pertenceria ao estado. Estas idias iroser largamenteaplicadas ao longo da Idade Mdia.56.So Toms de Aquinolivre-arbtrio abase do tomismo. So Toms Aquino, retomae desenvolve um conceito grego-romano, o do Bem Comum. Defende que esteprincpio tico-poltico deveria orientar no apenas o Estado,mas tambm a cidade eser assumido pelos indivduos no seu dia-a-dia. O objetivo unir num s princpioterico: poltica, religio e tica.57.DanteAlighieri(1265-1321)J considerado como parte doRenascimento Cultural,nasceu em Florena. Em 1289 cumpriu ritotpico da poca dotrovadorismo: identificoua dama pela qual deveriaapaixonar-se at o fim de seus dias, um amor impossvel. NaDivina Comdia o nome dela, Beatriz, aparece 64 vezes (alm de indicaes do tipo "aminha dama", "aquela que"), enquanto Cristo surge 40 vezes. Somente o nome deDeus supera o de Beatriz. Ao morrer Beatriz, aos 24 anos e casada com outro homem,Dante imergiu em dores, aflio e lgrimas. Apesar disso ele casou-se e teve pelomenos trs filhos. Poltico, soldado, homem de governo, embaixador, em maio de 1300est coordenando a liga arregimentada pelos toscanos(da Toscana) contra o PapaBonifcio VIII e afavor do imperador Henrique VII. Dante era gibelino.58.Gibelinos e Guelfosfaces polticas existentes nas regies italianas e noSacroImprio. Os gibelinos eram partidrios dasupremacia dos imperadores do SacroImprio sobre os papas e se opunham aos guelfos, partidrios da supremacia dospapas sobre os governantes laicos.59.Universalismoexistiam dois tipos: (a)o universalismo papal, que afirmava que ospoderes papais estavam acima dos reis, pois eram derivados de So Pedro e de JesusCristo, uma vez que Cristo teria ditoa Pedro: Pedro, tu s pedra e sobre esta pedraerguerei minha Igreja, fazendo de So Pedroo primeiro papa. Outrosustentculodesse universalismo se baseia na teoria dasuperioridade da alma sobre o corpo. Ora, opapa cuida das questes ligadas ao esprito, logo sua funo, seu ofcio superior edele se origina o ofcio degovernar dos reis, que cuidam da vida material, do corpo.Assim, os papas poderiam depor e coroar os governantes laicos, cujo poder deriva dopoder espiritual dos papas. (b) o universalismo imperial provm da idia de que osimperadores do Sacro Imprio Romano-Germnico(Estados Alemes) herdaram seuspoderes de Carlos Magno, que porsua vez haviasido coroado imperador pelo papaLeo III no ano 800 como herdeiro dos antigos imperadores romanos. Esses doisuniversalismos se chocaram constantemente e provocaram vrios conflitos, como aQuerela das Investiduras. A formao dos Estados Nacionais em finsdo sculo XVenterrou esses universalismos.60.Petrarca(1304-1374)J considerado parte do Renascimento Cultural ese insere nasituao da Itlia durante o sculo XIV, fragmentada e no unificada graas existncia de duas fortes monarquias: o Estado Pontifcio e o Reino de Npoles.Petrarca se insere tambm, no Cisma da Igreja. Uma das idias dele era ,exatamente,o retorno do papado paraRoma, cidade que, segundo o poeta, deveria abrigarosrepresentantes dos dois poderes: o espiritual e o temporal, uma vez que Petrarcavislumbrava o retorno dos princpios doImprio Romano. O poeta, gibelino, exprime asua indignao contra a corte papal de Avignon, a qual, segundo ele, havia usurpadoos direitos de Roma. Para tanto, Petrarca utiliza-se da imagem do Cativeiro daBabilnia. Para o poeta, Babilnia era sinnimo de confuso, mas o principal motivopelo qual ele denomina desta forma a cidade francesa a desonestidade e a frivolidadedos religiosos que ali se encontravam. Ele no quer a influncia francesa no governo daIgreja.61.Poesia Golirdica ou goliardaEste grupo deIntelectuais, denominados osGoliardos,aprendiam com o mestre que lhesagradava, andavam de cidade em cidade,os seusdiscursos atacavam tanto a sociedade como aIgreja, atingindo o imoralismoprovocatrio, a obscenidade, o elogio do erotismo, a negao dos ensinamentos daIgreja e da moral tradicional. Apoesia Goliarda atacava os eclesisticos, os nobres, oscamponeses, o papa,os bispos, os monges. Defendiam a autoridade do reiface aopoder da Igreja. Atacavam o poder do papa, tanto por se apoiarno poder do dinheiro,como por se apoiar no antigo poder da terra. Atacavam os monges, acusando-os demaus hbitos como, a gula,a preguia, a luxria. Geralmente eram formados por ex-padres e ex-monges, estudantes e professores universitrios.62.Santo OfcioInstituio medieval que atravessou a eramoderna. Foi o legado dahisteria e parania da imaginao religiosa e poltica daigreja contra as heresias queameaavam seus domnios, oficializada pelo papa Gregrio IX (1227-1241).Inicialmente, tinha o intuito de salvar aalma dos hereges. Mais tarde, entretanto,passou a empregar a tortura e a fogueira como forma de punio, com autorizao dopapa Inocncio IV, em 1254. No auge de seu furor, cerca de 50 mil pessoas foramcondenadas morte no perodo entre 1570 e 1630, em toda Europa. Atravs dacolonizao, essa prtica odiosa estendeuse ao Novo Mundo, sendo aplicada atmesmo pelos protestantes na Amrica do Norte. No poupou mulheres, crianas,velhos, santos, cientistas, polticos, loucos e at mesmo gatos queforam vtimas doauto def promovido pelos bondosos cristos!63.John Wycliffera professor da Universidade deOxford(1320-1384-Inglaterra), noaceitava a supremacia papal, mas a doutrina de que oCristo e no Pedro era o chefe ecabea da Igreja, considerando o Evangelho como nica Lei.Ele aproveitavahabilmente as fraquezas do clero pararidiculariz-las. Entre seus princpios estabeleciaque as relaes de Deus para com os homens eram diretas: no eram necessrios osintermedirios, e isso era um golpe contra Roma. Atacou e ironizou os perdes,indulgncias, absolvies, peregrinaes, cultos desantos, etc. Seus seguidores deramao movimento um carter de luta social contra a nobreza, e chefiados por John Ball,revoltaram-se em 1383, tendo conseguido entrar em Londres, onde, enganados pelorei Ricardo II,foram eliminados completamente, sendo seuschefes decapitados.64.JohnHuss(1369-1415)nascido na atual Repblica Tcheca, discpulo deWycliff, com oqual concordava, foi preso e queimado vivopor ordem do papa.Ambos soprecursores da Reforma Luterana de 1517. A execuo de Joo Huss, desencadeousangrenta guerra religiosa na Bomia, chamada Guerra dos Hussitas.65.Guerra das Duas RosasAps a Guerra dos Cem Anos(1453), a situao econmica esocial da Inglaterra setornou bastante crtica e gravesituao econmico-social e ofortalecimento damonarquia dividiram e enfraqueceram boa parte da nobreza inglesa.Os conflitos entre aprpria nobreza se evidenciaram logo, quando duas famlias denobres iniciaram uma verdadeira guerra civilpelo trono da Inglaterra. Osconflitoforam entre os Lancaster (famlia nobre inglesatradicional) e os York(nova nobrezavinculada s atividades comerciais). O confronto dessas duas famlias ficouconhecidocomo a Guerra das Duas Rosas (1455-85), pois cada famlia mantinha em seu braso osmbolo da rosa. O conflito enfraqueceu a nobreza e permitiu a implantao de umamonarquia centralizada, com a ascenso da dinastia Tudor, que,apoiada pelaburguesia, nomeou Henrique VIIrei da Inglaterra.IDADE MODERNA:1.Capitalismo comerciala bem da verdade no existe capitalismo antes da RevoluoIndustrial(+-1760 na Inglaterra), mas algunshistoriadores utilizam essa expressopara indicar o Mercantilismo dos sculos XV ao XVIII.2.Antigo Regimeforma de gerir(gerenciar) o Estado Nacional entre ossculos XV eXVIII, baseada na economia mercantilista e napoltica absolutista. Na Inglaterra oAntigo Regime cai com a Revoluo Inglesa do sculo XVII e na Frana caicom aRevoluo de 1789. Porm, seus restos mortais s foram realmente enterrados com a1 Guerra Mundial ea dissoluo dos imprios daAlemanha, ustria-Hungria, Rssia eTurquia. Atualmente vivemos num Estado Nacional, porm no mais noAntigoRegime, pois nossa economia capitalista enossa estrutura poltica republicana edemocrtica.3.Acumulao Primitivade Capitaisriqueza que a burguesia adquiriu durante omercantilismo, seja com o comrcio, seja com as manufaturas, seja com a pirataria.Tal riqueza seria depois utilizada como capital para aRevoluo Industrial.4.CercamentosDurante a poca feudal, a populao da Inglaterra vivia em maior parteno campo, produzindo ls e vveres para o prprio consumo. As terras eram cultivadasvisando o sustento familiar epassavam de pais parafilhos. Os camponeses/servosexploravam seus lotes dispersos emfaixas pelaspropriedades senhoriais, numsistemadenominado "campos abertos(sem cercas). Eles utilizavamtambm as terras comunsou comunais dos domnios para a pastagem do gado, a caa ou a obteno madeira.Gradualmente a partir do sculo XV,as aldeias comearam a semodificar. Os gnerosagrcolas e as ls nelas produzidos passaram a ser vendidos em regies maisafastadas, ampliando-se o mercado nacional einternacional (exportao). A facilidadena obteno da lfavoreceu o desenvolvimento da manufatura txtil que se espalhoupelas aldeias atravs sistema domstico de produo, fugindo s restries impostaspelas corporaes deofcio nas cidades. medidaque ocomrcio dal aumentava,os proprietrios de terras iniciaram o cercamento de seus campos abertos (numprocesso denominado "enclousure" surgido no sculo XVI e que se estendeu at sculoXIX), expulsando os camponeses de seus lotes e acabando com os direitos tradicionaisde utilizao das "terras comuns" dos domnios, gerando um grande xodo rural(futuramo-de-obra das indstrias) Os cercamentos tinham por objetivo favorecer a criaointensiva de carneiros para o fornecimento de l em bruto e contou sempre com oapoio do Parlamento.5.BulionismoO bulionismo (metalismo), tornou-se um tipo de mercantilismo edesenvolveu-se na Espanha, para onde fluam o ouro do Mxico e a prata do Peru.Esse gigantesco fluxo de metais preciosos trouxe para aEspanha duas gravesconseqncias: por umlado, levou aodesinteresse pelasatividades manufatureiras eagrrias, ocasionando queda na produo; por outro, desencadeou uma inflaogeneralizada no pas resultante da altavertiginosa do preo das mercadorias ento emescassez, conhecida como Revoluo dos Preos. A Espanha era obrigada a adquirir noexterior os gneros necessrios sua sobrevivncia, sem nada exportar emcontrapartida, no conseguindo assim reter osmetais preciosos, que acabaramescoando para outros pases europeus.6.Adelantadoera o chefe daexpedio descobridora ou deconquista do imperialismoespanhol. Foi o planejador e executor daconquista de povos e territrios erecebiaparticipao nos lucros do empreendimento epertenciam baixa nobreza ouburguesia. Aps o estabelecimento do domnio espanhol, a coroa nomeava osgovernadores, chamados de vice-reisou capites-generais(Ex. vice-reido Mxico)7.Colbertismooutro tipo de mercantilismo, tambm chamado manufatureiro, chegouao apogeu na Frana com o mercantilismo de Colbert, ministro de Lus XIV, quebuscou fazer a riqueza da Frana com a acumulao de metais preciosos obtidosatravs de uma balana comercial favorvel. Paraisso, procurou tornar o paseconomicamente auto-suficiente, proibindo asimportaes e,principalmente,incentivando as exportaes de manufaturas. Sua poltica econmica consistia emacelerar o desenvolvimento manufatureiro da Frana atravs dacriao dasmanufaturas reais.8.Nobreza de Toga e PauletteNo governo de Henrique IV, foi criada a "paulette"(1604),que consistia na legalizao da venda decargos pblicos e de ttulos denobreza para a burguesia, transformando-se numa importante fonte de renda para oEstado. O novo imposto teveum grande alcance poltico-social, pois abriu burguesiamercantil e financeira a oportunidade de ascenso social, recebendo o nome denobreza de toga ou togada.9.Atos de navegaoEm 1653, Cromwell, lder vitorioso darevoluo puritana de1642, imps uma ditadura dissolvendo o Parlamento. Durante oseu governoPromulgou os"Atos deNavegao":decretos quefortaleciam oscomerciantesingleses, pois estipulavam quetoda mercadoria que entrasse ou sasse da Inglaterradeveria ser transportada por navios ingleses. A partirdeste ato criou-se uma base paraa Revoluo Industrial. Isto levou a uma guerra com a Holanda. AInglaterra vence,consolidandosua hegemonia martima.10.Bula Inter CoeteraNo ano de 1493 por essa bula, o papa Alexandre VI determinou apartilha ultramarina entre espanhis e portugueses . Os portugueses acharam queestavam sendo prejudicados, propuseram o Tratado de Tordesilhas. Em 07 de junho de1494 foi decidido que a Espanha ficaria com as terras descobertas ao ocidente de umalinha imaginria, tirada de plo a plo,e a 100 lguas dasilhas dos Aores, cabendo aPortugal a quese descobrisse ao oriente(frica). Com esta diviso, a Espanha ganhavatoda a Amrica.11.Noche Triste ou Noite Triste30 de junho de 1520, quando os espanhis de Cortezforam derrotados pelos astecas, obrigando o conquistador espanhol a fugir da capitalasteca(Tenochtitln),temporariamente.12.Condottierieram os lderes, os comandantes de mercenrios na Europa dos sculosXIV ao XVI. Eles saem pelo mundo em eterna luta, sem nenhum ideal. Eficazes noplano militar, esses soldados de ofcio, reunidos provisoriamente sob a liderana de umchefe forte, lutam por um soldo e pelo butim. A ambio dos primeiros mercenrios serestringe a ganhar dinheiro e a conquistar um ou dois castelos, mas, conforme osxitos, a ambio aumenta. Muitos deles se tornavam governantes das cidades pelasquais haviam sidocontratadosNicolauMaquiavel(1469-1527)idelogo do absolutismo, escreveu O Prncipe, noqual propunha a separao entre poltica emoral, ou seja, ogovernante tudo pode parabenefcio do Estado: mentira, dissimulao, violncia e fraude, inclusive manipular a religio,pois os fins justificam os meios, ou seja, se um ato polticoobtivesse xito e contribussepara um bom governo, ento seria justificado, mesmo que fosse imoral. Um dos sonhos deleera ver a Itliaunificada e no mas palco de invases francesas, espanholas e alemes.14.Erasmo de Rotterdam(1466-1536)foi um dospensadores mais influentes de suapoca e trocou correspondncia com Lutero,embora tenha permanecido catlico a vidatoda. Em sua obra Elogio Da Loucura defendeu, entre outros aspectos, a tolernciareligiosa; a auto-reforma da Igreja Catlica;a liberdade depensamento eumateologia baseada exclusivamente nosEvangelhos.15.Indexno contexto da Contra-reforma e do Conclio de Trento de 1534, era a lista delivros que a Igreja Catlica julgava queno deveriam ser lidos, pois contrariavam seusensinamentos, por exemplo, o Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotterdam. At hojeexiste esse index.16.Thomas Morus(1476-1535)Thomas Morus, Grande Chanceler da Inglaterra, foinomeado Grande Chanceler em 1529. Quando Henrique VIII abjurou ocatolicismo,Morus, ento ligado Igreja Romana, pediu demisso do cargo (1532),descontentando com esse gesto o Rei. No ano seguinte ofendeu mortalmente AnaBolena, nova esposa de Henrique VIII recusando-se a assistir sua coroao e aprestar fidelidade a seus descendentes. Foi condenado priso perptua e ao confiscode todos os seus bens. Pouco tempo depois foi condenado morte por crime de altatraio e decapitado em Londres. A "Utopia", sua obra mais divulgada, e que lhe deurenome universal, foi editada em Basilia(Sua) por Erasmo de Rotterdam. Depois deter na "Utopia" feito uma stira atodas as instituies da poca, edifica uma sociedadeimaginria, ideal, sem propriedade privada, com absoluta comunidade de bens edosolo, sem antagonismos entre a cidade e o campo, sem trabalho assalariado, semgastos suprfluos e luxos excessivos, com o Estado como rgo administrador daproduo, etc. Embora o carter essencialmente imaginrio e quimrico da "Utopia", aobra de Morus fica na histria do socialismo como a primeira tentativa terica daedificao de uma sociedade baseada na comunidade dos bens. A Inglaterra de Morusera uma terra na qual, segundo ele mesmo, carneiros devoravam homens, umaaluso metafrica lei dos cercamentos (enclosures acts), que implicou no desterro deinmeras comunidades camponesas e na dissoluo gradativa das tradies comunais,que remontavam Idade Mdia.17.Galileu Galilei(1564-1642) celebrado, de fato, como oprimeiro afirmador do"mtodo experimental": ele no cansava de repetir que o conhecimento de tudo o quenos cerca deve derivar somente das "sensatas experincias" e das "demonstraesnecessrias" (isto , matemtica) e que "somente mestra a Natureza". Galileu gastousua vida emindagar, pesquisar, descobrir, certificar, pelos recursos da experincia, averdade e as leis da Natureza, confirmando com justia o que um sculo antesafirmava Leonardo: "A experincia no falha nunca, falham somente os nossos juzos".Foi perseguido pelo Tribunal daInquisio e condenado a abjurar(renunciar) s suasidias, passando os ltimos anos dasua vida empriso domiciliar.18.Doutrina da SalvaoPela F(1517.Martinho Lutero)Uma visita a Roma revelou aLutero a corrupo da Igreja e sua prpria experincia religiosa levou-o a crer que asalvao residia, no nos sacramentos e nas "boas aes" prescritos pela Igreja,maspura e simplesmente na graa de Deus, dada gratuitamente a quem quer que tivessecompleta f em Deus e em Sua bondade. Encontrou apoio para essa convico numaafirmativa de Santo Agostinho de que a graa de Deus no se ganha com boas obras,o que parecia confirmar a opinio de Lutero de que a salvao conseguidaexclusivamente pela f. Essa doutrina esposada por Lutero feria o prprio corao dosistema sacerdotal da Igreja. Se,de fato, a f sozinha fosse suficiente para a salvao,ento os homens no necessitavam do ministrio dos padres nem de tomar parte nossacramentos.19.Dieta de WormsA Dieta de Worms foi uma reunio dos grandes do Sacro Imprio,chefiada pelo imperadorCarlosV(1521). Apesar de outros assuntos terem sidodiscutidos, sobretudo conhecida pelas decises sobreMartinho Luteroe os efeitossubseqentes naReformaProtestante. Lutero foi convocado para desmentir as suasteses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma. Clebres tornaram-se as suaspalavras:Aqui estou. Noposso renunciar.20.Thomas Mnzer(1490-1525), no incio pregador luterano, tornou-se posteriormenteadepto da interpretao radical dos evangelhos(liberdade de escolher os pastores e dedemiti-los, fim da servido e dos impostos, abolio das diferenas sociais, dosprivilgios da nobreza e do clero, etc.) da qual seoriginou o movimento anabatista.Como preparao ao reino de Cristo, Mnzer desejava instituiruma teocracia queprevia tanto a libertao de toda construo autoritria em matria de f como umareviravolta da ordem social vigente. Maistarde, contrapondo-se abertamente a Lutero,Mnzer participou da guerra dos camponeses contra a nobreza alem(1525).Derrotado, foi feito prisioneiro pelos prncipes alemes, apoiados por Lutero, e depoisdecapitado21.Dieta de Spira(1529)para resolver asgrandes divergncias existentes entrecatlicos e reformistas. Pediram os catlicos que no fosse abolidaa missa noslugaresonde ainda era celebrada eque fosse proibida a pregao doutrinria dos reformistas,nos lugares onde ainda no haviam dominado. Os luteranos protestaram contra estespedidos, donde lhes veio o nome de "protestantes", pelo qual ainda hoje soconhecidos.22.Paz de Augsburgo(1555)foi um tratado assinado entreCarlos V, do Sacro Imprio.e as foras da Liga deSmalkaldi, em 1555 na cidade de Augsburgo, na atualAlemanha. O resultado foi oestabelecimento da tolerncia oficial dos Luteranos noSacro Imprio. De acordo com a poltica decuius regio, eius religio(a cada prncipeuma religio), a religio (catlica ou Luterana) do prncipe da regio seria aquela aqueos sbditos desse prncipe se deveriam converter. Foi concedido um perodo detransio no qual os sbditos puderam escolher se no preferiam mudar-se comfamlia e haveres para uma regio governada por um prncipe da religio de suaescolha. Outras denominaes protestantes no conseguiram liberdade de culto.23.Ato deSupremacia(1534)oficializao do rompimento entre Henrique VIII eopapado deu-se quando o Parlamento ingls aprovou o Ato de Supremacia, que, em1534, colocou a Igreja sob a autoridade real, fazendo do rei o chefe daIgrejaAnglicana.24.Autos de FOcorreram com principalmente na Espanha do sculo XVI ao XVIII e erauma procisso lgubre conduzida pelas autoridades civis e eclesisticas, os penitentestransportando tochas acesas.Na direo estava a Santa Inquisio. Ouvem-se j omurmrio das preces e aladainha dos cnticos entoados pela imensa multido. Napraa principal, ergue-se o cadafalso para executar oshereges. Os autos-de-f soestas liturgias faustosas e macabras que evocam mais as teatrais perseguies dostempos de Nero e h gente que vem de longe para assistir ao espetculo. Os tamborese as trombetas anunciam o incio da cerimnia. luz dos crios, oinquisidor-geralprofere um longo sermo. Os hereges so expostos meio nus e vergastados. Sotambm ditadas outras sentenas mais pesadas: priso perptua, confisco dos bensou, para os maisfelizes, peregrinao de penitncia a Jerusalm. Seu objetivo polticoe ideolgico era mostrar que arebeldia contra a Igreja,mas principalmente, contra aautoridade absolutista real era um pecado contra Deus.25.Companhia de Jesus ou JesutasEm 1534, o militar espanhol Incio de Loyola criou aCompanhia de Jesus, com o objetivo principalde combater o protestantismo atravsdo ensino religioso dirigido. Alm de sua intensa atividade na Inquisio e na lutacontra o protestantismo, sobretudo naItlia ena Espanha, praticavam o ensino emcolgios e universidades, aonde os religiosos consagravam-se pelas pregaes, direode retiros espirituais, pesquisas exegticas e teolgicas, misses, etc. mais aprincipaltarefa dos religiosos foievangelizar os indgenas dasregies recm-descobertas.Dotados de grande cultura, tornaram-se conselheiros dos grandes reinos catlicos(Portugal, Espanha, ustria e Frana), envolvendo-se nas intrigas poltica e,com isso,tornando-se alvo de ataques e processos por corrupo.26.Conclio de Trento(1545)A fim de reafirmar a unidade daIgreja Catlica, o PapaPaulo III convocou o Conclio de Trento para organizar a Contra-Reforma. Tal fatovisava: reafirmar que o nico texto autntico para leitura e interpretao da Bblia eraa Vulgata - traduo latina feitapor So Jernimo no sculo IV; confirmar os dogmas eprticas rituais catlicos tais como a presena de Cristo na Eucaristia, o culto Virgeme aos Santos e os Sete Sacramentos; manter a proibio do casamento para ospadres, criando seminrios para formao dos mesmos e catequizar a Amrica.27.ThomasHobbes(1588-1619)pensador do Renascimento, queria dizer com a suaexpresso: "O homem o lobo do homem" que a condio natural do homem dominada pelo amor-prprio, pela vaidade, pelo desejo de levarvantagem sobre ovizinho e de fazer reconhecer sua superioridade. O homem caa o prprio homem e,por isso, o absolutismo seria ideal para a paz deum pas.28.JacquesBossuet(1627-1704)utilizou argumentos extrados da Bbliapara justificar opoder absoluto e de direito divino da realeza, com o lema:"Um rei, uma lei, uma f",argumento baseado na verdade revelada dos evangelhos, como justificativa do poderabsoluto e do "direito divino" dos reis.29.Noite de So Bartolomeu(24 de Agosto de 1572)a Noite de So Bartolomeu, naFrana, um dos mais terrveis exemplos do fanatismo religioso e dos interessespolticos: a rainha-me Catarina deMdicis, temerosa que o partido huguenote(protestante) tomasse o poder, convenceu o rei Carlos IX a assinar a ordem para aexecuo dos huguenotes franceses e 20 mil protestantes foram massacrados porcatlicos em toda aFrana.30.dito deNantes(1598)Na segunda metade do sculo XVI, a Frana foi assolada porguerras religiosas entre catlicos ecalvinistas (huguenotes), quese estenderam de1562 a 1598.Essas guerras envolveram as grandes famlias aristocrticas quedominavam o pas. Com o assassinato do rei, em 1589, subiu ao trono seu parentemais prximo, Henrique IV deNavarra, que para sercoroado aceitou renunciar aoprotestantismo e converter-se ao catolicismo. Em 1598, o novo rei assinou o Edito deNantes, concedendo liberdade de culto aos huguenotes e permitindo seu livre acessoaos cargos pblicos, e o direito de conservar algumas praas de guerra para suadefesa, o que deu ao pas uma relativa paz e algumas cidades de segurana, como LaRochelle e Montalban.31.Poltica dos CardeaisEm 1610 e subiu ao trono da Frana Lus XIII,que delegoufunes reais ao cardeal de Richelieu, que, para fortalecer o poder real, decidiunovamente combater os protestantes dentro da Frana. A perseguio terminou com atomada da fortaleza de La Rochelle, onde os protestantes haviam se refugiado.Derrotados, eles perderam seus direitos polticos e militares e conservaram apenas aliberdade de culto. Richelieu ops-se nobreza ecriou os intendentes, funcionriosque fiscalizavam asprovncias. Externamente, procurou aumentar opoderio francs echegou a intervir naGuerra dos Trinta Anos (1618-1648), combatendo uma alianaentre a Espanha e o Sacro Imprio, governados pelos Habsburgos, para garantir osinteresses da Frana na Europa. Richelieu morreu em 1642 e Lus XIII morreu no anoseguinte. Subiu ao trono Lus XIV, que era menor, sob regncia da rainha-me, Ana daustria, e do cardeal Mazzarino. Este governou at 1661 e continuou com a poltica deRichelieu . Os aumentos de impostos revoltaram a burguesia e a nobreza, que seuniram nas revoltaschamadas frondas, que vencidas, levaram oabsolutismo francsao apogeu.32.Guerra dos Trinta AnosO que no comeo foi um conflito religioso acabou tornando-se uma luta pelo poder na Europa. A Guerra dos TrintaAnos iniciou-se em 23 de maiode 1618, naBomia (hoje Repblica Tcheca). Nobres protestantes haviam invadido ocastelo da capital ejogado pela janela osrepresentantes do imperador(catlico), porcausa da inteno de demolirduas igrejas luteranas, contrariando a liberdade religiosa.Este episdio ficou conhecido como a Defenestrao de Praga. Alm disso, a recusa daLiga Evanglica em aceitar a eleio do novo imperador catlico radical Ferdinando II,que em represlia, coroou o protestante Frederico V, que erarei daBomia. OsExrcitos imperiais(catlicos) invadem, de imediato, oterritrio bomio e derrotam astropas protestantes. Ferdinando IIaproveita a vitriapara adotar medidas severas:alm de condenar os revoltosos morte e de confiscar os domnios de Frederico V,declara abolidos os privilgios polticos dosprotestantes ea liberdade de culto.Todosos demais principados protestantes do Sacro Imprio Romano-Germnico sentem-seagora ameaados. A crisealastra-se e adquireproporo internacional. Estimuladaspela Frana, que pressente o perigo do domnio crescente dos Habsburgos, Dinamarcae Sucia, protestantes, entram na guerra. Mas, vencido duas vezes pelasforasimperiais austracas, o rei dinamarqus Cristiano IV serende em 1629. ASucia entrana guerra, mas aps grandes vitrias sofre uma derrota decisiva em 1637, na qualmorreu seu rei, Gustavo Adolfo. A Frana, governada pelos Bourbons, apesar decatlica, intervm diretamente no conflito ao lado dosprotestantes. o suficiente paraque a Coroa espanhola faa umaaliana com seus parentes Habsburgos do Imprio edeclare guerra aos franceses. Depois de inmeras vitrias em solo alemo, a coligaochefiada pela Frana vence aguerra contra o Sacro Imprio(1648) e contra aEspanha(1659).33.Paz de Vestflia(1648)tambm conhecida como osTratados de Mnster eOsnabrck, uma srie de tratados que encerraram aGuerra dos Trinta Anosetambm reconheceu oficialmente a independncia dasProvncias Unidas(Holanda) e daConfederao Sua. O Sacro Imprio perdeu terras para a Sucia(feudos ao norte daAlemanha) e Frana (Bispados de Metz, Toul, Verdun e a Alscia.). Inspirado pelo 1ministro francs, o cardeal de Mazarino, este tratadofirmou o poder deinterfernciada Frana no Sacro Imprio reforando a fragmentao dos Estados Alemes. AAlemanha saiu arrasado da guerra, com a populao reduzida de 16 milhes para 8milhes. No imprio constitudo de 300 territrios soberanos, no sobrou nenhumsentimento nacional comum. A Frana foi a grande vitoriosa.34.Cabeas RedondasNo contexto da Revoluo Puritana da Inglaterra de 1642, eramos membros do exrcito do Parlamento organizado por Oliver Cromwell, compostosobretudo por camponeses, com apoio da burguesia londrina e da gentry: a ascensose dava no por nascimento, mas por merecimento. Os cabeas redondas receberamtal nome por cortarem o cabelo bem curto e no utilizarem perucas, um dos smbolosda nobreza. Derrotaram o rei Carlos I em 1645.35.Peregrinos do MayflowerO incio da colonizao da Amrica do norte pelos inglesesdeu-se a partir da concesso real a duas empresas privadas: A Companhia de Londres,que passou a monopolizar a colonizao das regies mais ao norte, e a Companhia dePlymonth, que recebeu o monoplio dos territrios mais ao sul. Dessa maneiradizemos que a colonizao foi realizada a partir da atuao da"iniciativa privada".Porm subordinadas as leis do Estado. As Colnias do Norte tm sua origem nafundao da cidade de New Plymonth ( Massachussets) em 1620, pelos "peregrinos domayflower", puritanos que fugiam daInglaterra devido s perseguies religiosas eque estabeleceram um pacto, segundo o qual o governo e as leis seguiriam a vontadeda maioria. Apartir de NewPlymonth novos ncleos foram surgindo, vinculados aatividade pesqueira, ao cultivo em pequenas propriedades e ao comrcio. Nessaregio, denominada genericamente de"Nova Inglaterra" ascolnias prosperaramprincipalmente devido ao comrcio. Do ponto de vista da produo, a economiacaracterizou-se pelopredomnio da pequena propriedade policultora, voltada aosinteresses dos prprios colonos, utilizando-se o trabalholivre, assalariado ou aservido temporria.36.Bill of Rights(1688)Tambm chamada de Declarao de Direitos. No contexto daRevoluo Gloriosa. Em 1688 Guilherme e Mary Stuart assumem o trono da Inglaterra,aps a deposio do pai dela, Jaime IIe assinam o Bill ofRights que determina, entreoutras coisas, a liberdade de imprensa, a manuteno de um exrcito permanente e opoder do Parlamento de legislar sobre tributos. A Revoluo marca o fim doabsolutismo na Inglaterra e ainstaurao da monarquia constitucional. Favorece aaliana entre burguesia e proprietrios rurais, que sera base dodesenvolvimentoeconmico inglse daRevoluo Industrial.37.John Locke(1632/1704) personificou, na Inglaterra dofinal do sculo XVII,astendncias liberais opostas s idias absolutistas de Hobbes. Partidrio dosdefensoresdo Parlamento, suas idias foram reunidas num livro chamado "Ensaio sobre oGoverno Civil", publicado em 1690, menos dedois anos depois da Revoluo Gloriosade 1688, que, destronou o rei Jaime II. Oponto de partida de Locke mesmo deHobbes isto , o "estado de natureza seguido de um "contrato" entre os homens, quecriou a sociedade e o governo civil e mesmo no estado de natureza, o homem dotadode razo. Dessa forma, cada indivduo pode conservar sua liberdade pessoal e gozardo fruto deseu trabalho. Entretanto, nesse estado natural faltam leis estabelecidas eaprovadas por todos e um poder capaz de fazer cumprir essas leis. Os indivduos,ento consentem em abrir mo de uma parte de seus direitos individuais, concedendoao Estado a faculdade de julgar, punir e fazer adefesa externa. Entretanto, se aautoridade pblica, a quem foi confiada a tarefa de atodos proteger, abusar de seupoder, o povo tem o direito de romper o contrato e recuperar a sua soberania original.Assim Locke defendia o direito do povo em se sublevar contra o governo e justificava aderrubada e a substituio de um soberano legtimo por outro.38.Teoria dos pesos e contrapesosno contexto do Iluminismo, a teoria deMontesquieu, de pesos e contrapesos entre os Poderes do Estado, de forma quepossam conviver em harmonia, ou seja, separao e equilbrio entre os poderesexecutivo, legislativo e judicirio.39.Pedro, o Grande(1672-1725)czar da Rssia a partir de1682. Foi militar entusiasta,obteve xitos em vrias guerras. Conquistou aos turcos o porto de Azofe, no MarNegro, em 1696. Na Grande Guerra do Norte (1700-1721) contra a Sucia apoderou-se de novos territrios que deram Rssia o acesso ao mar Bltico, o que eraessencial, pois os portos russos ficavam congelado na maior parte do ano. O maiorxito de Pedro foi amodernizao da Rssia. Viajou pela Europa Ocidental, de 1696 a1697 para estudar o modo de vida e os conhecimentos tcnicos(construo de pontes,de navios, de manufaturas, etc.) dos outros povos, principalmente ingleses eholandeses, e regressou para implementar essas reformas. A suacorte seguiu astendncias ocidentais e os Russos receberam ordens para se vestirem de modo maisocidental, inclusive raspar a barba. Dosquarenta e trs anos doseu reinado, apenasum se passou sem guerras. Conseguiu os seus fins e as suas reformas mudaram omodo de vida do povo, o que transformou a Rssia numa grande potncia da EuropaOcidental.40.Encomiendafoi um sistema criado pelosespanhis, e consistia na explorao de umgrupo ou comunidade de indgenas por um colono, a partir da concesso dasautoridades locais, enquanto o colono vivesse. Em troca, o colono deveria pagar umtributo metrpole epromover a cristianizao dos indgenas. Dessa forma o colonode origem espanhola era duplamente favorecido, na medida em quese utilizava amode obra e ao mesmo tempo, impunha sua religio, moral e costumes aos nativos.41.Mitaque era uma instituio de origem inca, utilizada por essa civilizao quando daformao de seu imprio, antes da chegada dos europeus. Consistia na explorao dascomunidades dominadas, utilizando uma parte de seus homens no trabalho nas minas.Os homens eram sorteados, e em geral trabalhavam quatro meses, recebendo umpagamento. Cumprido o prazo, deveriam retornar comunidade, que por sua vezdeveria enviar um novo grupo de homens.42.Sistema de Porto nicotoda transao comercial entre a Amrica Espanhola e aEspanha deveria entrar nesse pas por um porto pr-determinado(primeiro foi Sevilha,depois, Cdiz) pelo governo, que recebia, fiscalizava econtabilizava as mercadoriassadas de portos tambm predeterminados nas colnias (ex.Cartagena na Colmbia).43.ChapetonesElite colonial nascida na Espanha, eram os homens brancos, e quevivendo na colniarepresentavam osinteresses metropolitanos, ocupando os maisaltos cargos administrativos, judiciais, militares e nocomrcio externo.44.CriollosElite colonial, descendentes de espanhis, nascidos naAmrica, grandesproprietrios rurais ou arrendatrios deminas, podiam ocupar cargos administrativosou militares inferiores.45.FisiocraciaEm 1758 Franois Quesnay, primeiro-mdico de Lus XV, reida Frana,expe suas idias em seu Tableau conomique. Criador de uma corrente econmicachamada Fisiocracia, afirmava que ariqueza de um pas estava na agricultura,baseada no trabalho assalariado e naproduo em larga escala(organizada em moldescapitalistas e no feudais) eno comrcio livre(sem interferncia doestado), cunhandoo lema laissez faire, laissez passer, que l monde va de lui mme, ou seja, deixafazer, deixai passar, que o mundo caminha por si mesmo. Na prtica essepensamento significa liberdade de produo e liberdade de comrcio, pois o mundopossui leis naturais que regem a economia, por exemplo, a lei da oferta e daprocura.Tais idias sero depois adotados pelos pensadores liberais.46.Senso comumlivro escrito por Thomas Paine,ingls adepto da independncia das 13Colnias, que refletia o