dicas de leitura
DESCRIPTION
Livros de Mário QuintanaTRANSCRIPT
Mário de Miranda Quintana nasceu em Alegrete,
Rio Grande do Sul, no dia 30 de julho de 1906. Seus
primeiros versos foram publicados na revista literária do
Colégio Militar, em Porto Alegre, onde estudava. Em
1926, passou a trabalhar na Livraria do Globo, na seção
de literatura estrangeira, onde Érico Veríssimo era
diretor. Depois ingressou no jornal O Estado do Rio
Grande do Sul.
Sua linguagem é considerada simples, coloquial e
bem cuidada sobre os temas do cotidiano, da infância,
da morte, do amor e do tempo. Seus versos fluem com
uma simplicidade aparentemente ingênua e uma
espontaneidade incomum, como se brotassem da
própria respiração. Dessa condição surge o tom de
quem fala diretamente aos ouvidos do leitor, em voz
baixa, sussurrante, num intimismo que é a um só tempo
confidência e ensinamento ou lenitivo para as agruras
existenciais.
“Aqui vão todas as letras
Desde o A até o Z
Pra você fazer com elas
O que esperam de você.”
“Com M se escreve MÂO
E agora, vê que engraçado:
Na palma da tua mão
Tens um M desenhado.”
Este livro, destinado ao público infantil, é
uma espécie de cartilha em que o poeta
brinca com as letras do alfabeto, conciliando
aprendizado e diversão.
“A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em
casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem- um dia -uma outra oportunidade,
Eu nem olhava o relógio
Seguia sempre em frente...
E ria jogando pelo caminho a casa dourada e inútil das
horas.”
DRÁCULA
Quando encontrei com o Conde Drácula, por
uma dessas noites de Inverno, na Esquina dos
Ventos Uivantes, tinha ele um aspecto de um
grande guarda-chuva de varetas quebradas. Foi o
que eu lhe disse. Ele deu meia-volta e partiu
revoando, aos solavancos, decerto para quebrar a
cara de diretor do filme...
O pato ganhou sapato Foi logo tirar retrato O macaco retratista Era mesmo um grande artista Disse ao pato: “Não se mexa: Para depois não ter queixa.” E o pato duro e sem graça Como se fosse de massa! “Olhe pra cá direitinho: Vai sair um passarinho.”
Montagem
Ana Cláudia Sarandy
Imagens
Google Imagens
Fonte: http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.blogspot.com/2011
/07/homenagem-mario-quintana.html