diário do professor 318 de maio a 4 de junho

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1 DIÁRIO DO PROFESSOR (31 DE MAIO E 4 DE JUNHO) Nesta nossa última semana de estágio, para que ambos ficássemos com o mesmo número de orientação de aulas, decidimos que cada um orientaria um dia. Assim sendo eu fiquei com a segunda-feira e o João com a sexta-feira. Achámos que seria melhor eu ficar com a segunda-feira para dar continuidade ao tema iniciado na semana anterior. Assim sendo, comecei a aula com o Conselho de Planificação . Após termos planificado o trabalho semanal, agendado as participações para o Ler, Mostrar e Contar , definimos as tarefas para a semana. Quando ia distribuir o Plano Individual de Trabalho apercebi-me de que não tinha marcado as parcerias para aquele dia, aproveitando logo o momento para o fazer. Antes de distribuir os PIT’s relembrei-lhes a importância de manterem sempre um bom ritmo de trabalho, não deixando que isso acontecesse apenas no último dia da semana. Expliquei-lhes que tinha sido retirado o ficheiro do cuisenaire e que tinha sido acrescentado o do Euro. Os alunos mostraram-se surpresos, pois não sabiam que iríamos fazer aquele ficheiro. Ainda antes de entregar os PIT’s dei directamente algumas orientações, disse a alguns alunos que nesta semana deveriam começar pelo Estudo do Meio, a outros disse que deveriam começar pelo que tinham mais dificuldade e que não deveriam

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Diário do Professor 318 de Maio a 4 de Junho

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Page 1: Diário do Professor 318 de Maio a 4 de Junho

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DIÁRIO DO PROFESSOR (31 DE MAIO E 4 DE JUNHO)

Nesta nossa última semana de estágio, para que ambos

ficássemos com o mesmo número de orientação de aulas,

decidimos que cada um orientaria um dia. Assim sendo eu

fiquei com a segunda-feira e o João com a sexta-feira. Achámos

que seria melhor eu ficar com a segunda-feira para dar

continuidade ao tema iniciado na semana anterior.

Assim sendo, comecei a aula com o Conselho de Planificação .

Após termos planificado o trabalho semanal, agendado as

participações para o Ler, Mostrar e Contar , definimos as tarefas para

a semana. Quando ia distribuir o Plano Individual de Trabalho

apercebi-me de que não tinha marcado as parcerias para aquele

dia, aproveitando logo o momento para o fazer.

Antes de distribuir os PIT’s relembrei-lhes a importância

de manterem sempre um bom ritmo de trabalho, não deixando

que isso acontecesse apenas no último dia da semana.

Expliquei-lhes que tinha sido retirado o ficheiro do cuisenaire

e que tinha sido acrescentado o do Euro. Os alunos mostraram-se

surpresos, pois não sabiam que iríamos fazer aquele ficheiro.

Ainda antes de entregar os PIT’s dei directamente algumas

orientações, disse a alguns alunos que nesta semana deveriam

começar pelo Estudo do Meio, a outros disse que deveriam

começar pelo que tinham mais dificuldade e que não deveriam

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seguir a ordem do PIT . Durante o seu preenchimento fui

circulando pela sala ajudando e orientando os alunos no seu

planeamento semanal de trabalho. À medida que estes iam

terminando o preenchimento do Plano Individual de Trabalho ia-os

encaminhando para a Escrita Livre .

Antes de sairmos para o intervalo o R. apresentou à turma

a sua história da Mala Era Uma Vez …. Apesar de “A cobra Saltitona”

não ter a extensão das últimas histórias apresentadas, não lhes

ficava atrás. Esta estava muito bem escrita, tendo início,

desenvolvimento e um fim com moral. Nos comentários ao

trabalho do R. com o seu irmão, a professora Sofia referiu que

tinha valido a pena esperar por aquela história, pois o aluno

tinha feito um bom trabalho. No meu comentário referi que

também tinha gostado da história, principalmente da sua moral,

pois esta falava da importância dos amigos e de como estes tinha

ajudado a cobra a regressar ao seu planeta.

Como nesta semana não houve Expressão Musical,

aproveitámos para repor algum tempo nos trabalhos de projecto .

Poderia ter aproveitado para alterar o Plano e pôr a Matemática

Colectiva após o intervalo, mas não o fiz porque precisava de

acabar a ficha de trabalho com a B. M., o R. e o F., pois só assim

estes poderiam acompanhar a aula de Matemática Colectiva .

No meu trabalho com os alunos, estive a ajudá-los a

encontrarem os eixos de simetria do pentágono e do hexágono.

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Para tal dei-lhes contra exemplos, perguntando-lhes se assim

poderia ser. Estes disseram-me que não, pois assim não

conseguiam ver a mesma figura. Então sugerir-lhes que estes

mantivessem o espelho no centro e que o fossem rodando

lentamente até encontrar novamente a figura. Depois de estes

terem registado a tabela, estivemos a analisá-la. Estes

rapidamente chegaram à conclusão de que as figuras regulares

tinham um igual número de eixos e de lados. Para finalizar o

trabalho orientei-os a escreverem a conclusão a que tinham

chegado.

Como a A. R. estava a fazer Tempo de Estudo Autónomo ,

aproveitei para trabalhar com ela, visto termos marcado uma

parceria para esse dia. Agora vejo que não o deveria ter feito,

pois estavam outros alunos a trabalharem no seu projecto e eu

deveria tê-los ajudado, tendo apenas ajudado o grupo com o

projecto sobre a Escola.

Estive a ver com a aluna dois ficheiros de leitura que esta

não tinha compreendido as questões. Depois de termos

identificado os erros, ajudei-a a fazer uma nova ficha desse

ficheiro. Enquanto isso ia dividindo as atenções com o grupo

com o projecto sobre a Escola.

Em seguida ajudei a L. S. a fazer listas de palavras que

tinham sido sugeridas na avaliação do PIT anterior, uma com o

som “nh”, outra com o som “lh” e uma terceira com o “s com o

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som de z”. Para tal ia dando pistas à aluna de modo a que esta

chegasse às palavras, pois apesar de existirem listas afixadas com

os tais sons, a aluna não queria copiá-las, mas sim descobri-las.

Após a conclusão das listas de palavras, perguntei-lhe se tinha

tido dificuldades em desenhar o momento do “jogo do espelho”,

pois ao corrigir as fichas de trabalho, reparei que ela tinha-o

feito mal. Perguntei-lhe se eu estivesse em frente a um espelho e

levantasse a mão direita qual seria o meu reflexo. Depois de

alguma hesitação, esta respondeu-me que no espelho eu estaria a

levantar a mão esquerda. Para explicar-lhe melhor fui buscar a

ficha e um espelho. Quando pus o espelho para que esta visse a

imagem reflectida, a aluna apercebeu-se do seu erro. Pedi-lhe

que me desenhasse então uma imagem correcta.

Na Matemática Colectiva

continuámos a falar de simetrias.

Iniciei a actividade relembrando o

que tinha sido trabalhado na aula

anterior. Comecei por perguntar-lhes o

que eram as figurares regulares.

Inicialmente responderam-me que

estas tinham o número de eixos de

simetria igual ao número de lados.

Respondei-lhes que isso era a verdade, mas que a definição não

seria essa. Inquiri-os acerca dos lados das figuras, perguntando-

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lhes se existia algum lado maior do que outro, ao que me

retorquiram que não, dizendo-me que as figuras tinham os

lados iguais. Depois deste pequeno diálogo todos chegaram à

conclusão que as figuras regulares eram aquelas que tinham

todos os lados iguais. Para sistematizar essa informação distribui

uma folha que continha a conclusão a que tínhamos chegado na

aula anterior (Todas as figuras geométricas regulares (figuras

com os lados iguais) têm o número de eixos de simetria igual ao

número de lados.), assim como o número de lados de cada figura

e número de eixos de simetria. Esta foi colado no caderno de

matemática.

Em seguida distribui duas novas figuras, um triângulo

isósceles e um rectângulo. Perguntei-lhes se o triângulo isósceles

seria igual ao que foi explorado na aula anterior. Os alunos

responderam-me que não, que esta era maior pois era mais

“esticado”. Agora na minha reflexão compreendo porque é que

deveria ter distribuído as figuras trabalhadas na aula anterior,

pois como pedi-lhes que comparassem duas figuras seria

importante terem-nas para as manusearem à vontade, para

chegarem a uma conclusão.

Como queria que eles me dissessem que aquelas figuras

tinham lados diferentes, perguntei-lhes

como é que eu poderia ter a

certeza de que as figuras

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tinham lados diferentes, depois de lhes dar algumas pistas

chegaram à conclusão de que poderiam utilizar a sua régua

para medir os lados da figura. Depois de o terem feito, viram que

nem todos os lados mediam a mesma coisa, chegando então à

conclusão de que aquelas seriam figuras irregulares.

Perguntei-lhes então se poderíamos usar a mesma regra das

figuras regulares, ou seja, contar apenas o número de lados para

encontrar o número de eixos de simetria. Alguns alunos disseram

que não, que apenas encantaríamos um

eixo. Disse-lhes que eu também

não sabia a resposta, mas que

era isso que iríamos descobrir.

Para tal distribui os espelhos

pelos alunos e uma ficha de

trabalho. Depois de descobertos e registados os números de eixos

do triângulo e do rectângulo, distribui-lhes um círculo.

Perguntei-lhes “quantos eixos é que vocês acham que esta figura

vai ter”, ao que me responderam logo “infinitos”. Fiquei bastante

surpresa, mas principalmente contente, pois achava que eles

iriam demorar muito mais tempo à conclusão. Após estes terem

traçado alguns eixos de simetria nos círculos, fizemos a correcção

da tabela. Para tal desenhei-a no quadro, pois alguns alunos

estavam com dificuldades em seguir a correcção oral. Se não fosse

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a professora Sofia eu não me teria lembrado de o fazer, pois,

naquela sala, o quadro é um recurso pouco utilizado.

Depois de encontrados os eixos de simetria das figuras

irregulares chegámos à conclusão de que não poderíamos

utilizar a mesma regra do que nas figura regulares, pois neste

caso uma figura com três lados (triângulo isósceles) tinha um

eixo de simetria, uma com quatro lados (rectângulo) tinha dois

eixos e outra com nenhum lado (círculo) tinha infinitos eixos de

simetria.

Após o almoço, no Tempo de Estudo Autónomo , estive a trabalhar

com a C., o H. e a M.. Com a C. estivemos a ver uma ficha de

cuisenaire, não que a aluna tivesse tido alguma dificuldade na

sua resolução, mas porque esta tinha-se esquecido de colocar as

operações, tendo apenas desenhado o material cuisenaire.

Enquanto esperava que a M. acabasse o que estava a fazer,

aproveitei para o registo do “jogo do espelho” com o H.. Este tinha

desenhado o reflexo correctamente, mas não tinha percebido que

deveria ter-se desenhado ou o colega com quem estava a jogar,

desenhando uma colega. Assim sendo pedi-lhe que retratasse

correctamente o momento do jogo.

Mais uma vez, o trabalho com a M. não ficou concluído. A

aluna escolheu as personagens para o texto que queria escrever e

contou-me a história que tinha imaginado para utilizar as

palavras que, na semana anterior, tinham sido mal escritas, mas

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não chegou a utilizá-las todas, porque entretanto tivemos que

dar o Tempo de Estudo Autónomo por terminado para podermos fazer

o Balanço do Dia .

A aula de sexta-feira foi orientada pelo João. Este começou

por ler o Plano do Dia e em seguida orientou os alunos para a

execução das tarefas.

No Ler, Mostrar e Contar o H., o R. e o J. apresentaram um

teatro, “A banda de rock confronto final”. Este tinha pouca

qualidade e estava mal preparado. O João comentou o trabalho

dizendo “fizeram um bom trabalho, mas notei pouca preparação

(…) fica um pedacinho empobrecido. Foi um teatrinho?!”. A Sofia

interveio dizendo que ao tentarem que o texto tivesse piada

escreveram asneiras que faziam com que as personagens

perdessem as características de antes, destruindo-as assim.

Concordo plenamente com os dois, pois quando os ajudei a

elaborar o primeiro capítulo, os alunos mostraram-se sempre

com uma enorme vontade de realizar um bom trabalho e

conseguirem construir um texto com alguma piada sem cair no

mau gosto.

O D. apresentou um poema palavra puxa palavra. Mais

uma vez, todos os colegas elogiaram o bom trabalho do colega,

dizendo-lhe que este deveria continuar assim. O João ressaltou o

facto de ver que este se tem esforçado muito e que é notória a sua

evolução.

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A L. S. apresentou um problema. O enunciado do problema

falava em 7 rosas vermelhas, 5 rosas amarelas e em 4 cravos.

Mas só era pedidos que calculassem o número de rosas. A A. R.

pediu à colega que escrevesse os números no quadro. Como a

aluna não estava a compreender o que era para fazer o João

escreveu por ela. Quando se aperceberam do que era pedido,

facilmente chegaram ao resultado, visto serem números que eles

já conseguem calcular bem mentalmente. O João pediu a vários

alunos que fossem ao quadro explicar como tinham chegado ao

resultado, mas não os deixou explicar como o tinham feito,

antecipando-se às explicações. Na minha opinião não era

necessário, pois acabaram por repetir-se, para além de ter

“perdido” quinze minutos com este problema.

A C. e a H. apresentaram o quarto capítulo da sua história,

mas antes de o lerem explicaram o que é que tinha acontecido

no terceiro. Acho bastante

significante a preocupação que

alguns alunos ganharam em

situar os colegas no seu

trabalho.

Antes do intervalo, os alunos

estiveram a ouvir a primeira edição da Rádio da sala C. A

maior parte dos alunos ao ouvir a sua voz ficou envergonhado,

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pois não estão habituados a ouvir a gravação da sua voz e esta

parecia-lhes estranha.

Depois de escutada a primeira edição foi decidido o que

poderiam fazer para melhorar uma próxima edição. Assim

definiram um dia para gravações (quarta-feira, no TEA , visto

estarem poucos alunos na sala), chegaram à conclusão que

tinham que ler pausadamente e que não podiam ficar muito

nervosos, assim como arranjar um microfone.

No Tempo de Trabalho de Projecto estive a trabalhar com a H. e a

T. no projecto sobre os insectos. Quando comecei a ler o Plano do

projecto reparei que estas tinham escrito que os piolhos eram

insectos. Respondi instantaneamente que não, que estes eram

parasitas. Quando as alunas me disseram que era o que estava

escrito no livro comecei a suspeitar da minha resposta. No

decorrer do projecto encontrámos

informação sobre o assunto, e

realmente este parasita é um

insecto. Se eu não tivesse

antecipado uma resposta, não

teria transparecido a ideia de

que não estava segura em relação a este assunto, o

que eu deveria ter feito era ter questionado até me ter chegado a

resposta.

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Como o que queriam saber era muito pouco, estivemos a

acrescentar mais questões ao projecto. Depois estivemos a

responder a algumas questões. Quando estávamos à procura de

informação e eu encontrava alguma coisa relevante dizia-lhes

“acho que este parágrafo responde a uma das questões do vosso

projecto”, desta forma as alunas teriam que lê-lo para ver se

realmente tinha algum interesse ao projecto.

No Tempo de Estudo Autónomo estive a trabalhar com a A. R. e a

T.. A A. R. precisava melhorar um pequeno texto sobre um cão, a

aluna perguntou-me se podia fazer um relato do dia-a-dia

sobre os seus cães, ao que lhe respondi que sim. Para o texto ficar

mais completo sugeri-lhe que descrevesse os cães e que relatasse

uma das suas brincadeiras.

Em seguida ajudei a T. a fazer uma lista de palavras com o

“s=ss”. Quando a consoante estava no início da frase, a aluna

não tinha dificuldade, esta residia quando a consoante estava

no meio da frase. Desta forma decidi mostra-lhe algumas

palavras no livro para que esta pudesse identificá-las. Depois

estivemos a ver quais eram as letras que antecediam a letra “s”,

esta rapidamente identificou que eram “aquelas que não são a,

e, i, o, u”. Disse-lhe que essas letras chamavam-se consoantes e

assinalámo-las. Antes de terminar o TEA estive a vê-la a fazer

uma ficha de tabuada, pois apesar de esta me ter pedido ajuda

para a resolução da ficha, esta fê-la sozinha.

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O Conselho de Cooperação começou com a avaliação dos PIT’s.

Dos quatro alunos que mostraram o seu trabalho à turma,

apenas a A. R. é que fez menos coisas do que na semana anterior.

Ao avaliar o seu PIT apercebi-me que esta tinha marcado um

problema, quando fez um com três alíneas. Na segunda-feira

demorou quase todo o TEA para fazer uma ilustração e na sexta-

feira esteve todo o TEA a fazer um texto. Penso que o que falta à

aluna é um ritmo constante de trabalho, pois quando esta quer é

capaz de trabalhar bastante.

Ambas as L’s trabalharam bastante nesta semana, tendo o

João referido que reparou que estas estavam aflitas para

terminarem o seu PIT .

Nesta semana a leitura do Diário de Turma foi bastante

rápida, pois haviam poucos assuntos no Não Gostei para ler. O

assunto “mais complicado” que o João teve que resolver foi o de

a A. R. não ter gostado que o H., a B. M. e a T. não a tivessem

deixado jogar. O João começou por clarificar o conflito, sendo a

T. a única visada presente, este tentou colocar a T. no lugar da A.

R.. Este perguntou-lhe “não achas que a A. R. sentiu-se mal por

não ter jogado?”, tendo-lhe a T. respondido “acho”. O exercício

de colocar-se no lugar do outro faria muito mais sentido se se

perguntasse “Põe-te no lugar dela. Como é que tu te sentirias se

fosse contigo?”.

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O J. quis falar sobre o que tinha escrito. Este escreveu que

não gostava que o professor João e a professora Patrícia não

viessem mais, pois gostavam que nós continuássemos a lá ir.

Todos os alunos disseram que ele poderia assinar pela turma

toda, pois partilhavam do seu sentimento. Quando falei, disse-

lhes que também não gostava de ir embora, mas que eles sabiam

que nós estávamos lá pata fazer um trabalho para a

universidade e que agora precisávamos de escrever tudo aquilo

que tinha aprendido. Aproveitei para agradecer-lhes por tudo

aquilo que me tinham ensinado. Eles responderam-me logo “Mas

nós não ensinámos nada, foi a professora que nos ensinou!”.

Disse-lhes que eles me tinham ensinado bastante pois antes não

conhecia o Tempo de Estudo Autónomo , os Trabalhos de Projecto , o

Trabalho de Texto , a Matemática Colectiva ... Achei imensa graça ao

comentário do R.: “Na Matemática Colectiva a professora até se

desenrascava bem!”.

As “secretárias” C. e H., mais uma vez encarregaram-se do

registo da coluna Fizemos.

Os assuntos do Gostei prendiam-se essencialmente com o dia

da criança. A professora Sofia referiu o facto de o F. ter jogado

com ela e mais duas meninas e de terem todos se divertido.

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Apesar de esta ter sido a nossa última semana de estágio,

não a senti como tal, trabalhámos como se tivéssemos mais

semanas pela frente.