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1 DIAGNÓSTICO E IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS NA SUB-BACIA DO CÓRREGO FRUTAL, FRUTAL (MG). ANDRÉ AUGUSTO GIMENES CARDOSO LAVRAS MINAS GERAIS - BRASIL 2008

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DIAGNÓSTICO E IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS NA SUB-BACIA DO CÓRREGO

FRUTAL, FRUTAL (MG).

ANDRÉ AUGUSTO GIMENES CARDOSO

LAVRAS MINAS GERAIS - BRASIL

2008

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ANDRÉ AUGUSTO GIMENES CARDOSO

DIAGNÓSTICO E IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS NA SUB-BACIA DO CÓRREGO

FRUTAL, FRUTAL (MG).

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências do Solo da UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, como parte das exigências do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Agrícolas, para obtenção do título de especialista em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Agrícolas.

Orientador: Prof. MARX LEANDRO NAVES SILVA

LAVRAS MINAS GERAIS – BRASIL

2008

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ANDRÉ AUGUSTO GIMENES CARDOSO

DIAGNÓSTICO E IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS NA SUB-BACIA DO CÓRREGO

FRUTAL, FRUTAL (MG).

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências do Solo da UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, como parte das exigências do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Agrícolas, para obtenção do título de especialista em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Agrícolas.

APROVADA em 13 de Março de 2008. Prof.NILTON CURI Prof. MOACIR DE SOUZA DIAS JÚNIOR Prof. MARX LEANDRO NAVES SILVA UFLA Orientador

LAVRAS MINAS GERAIS – BRASIL

2008

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AGRADECIMENTOS

A COPASA, EMATER-MG e CENEP de Frutal-MG em

especial ao Eng. Agrônomo Marco Antônio Castanheira e

Antônio Salvador Scoton, ao Técnico em Química Joaquim

Leonel , ao Eng. de Produção e operação Leonel Varanda

e ao Diretor Executivo do CENEP Jair Heitor pela cessão

dos dados e apoio na elaboração deste trabalho.

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SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS i LISTA DE TABELAS iii 1 INTRODUÇÃO 1 2 OBJETIVOS 3 3 REVISÃO DE LITERATURA 4 3.1 Manejo de Micro-bacias hidrográficas 4 3.2 Programa Nacional de Micro-bacias hidrográficas 7 3.3 Divisão hidrográfica nacional 8 3.3.1 Descrição da divisão hidrográfica nacional 10 4 CARACTERIZAÇÃO E MANEJO INTEGRADO DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO FRUTAL

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4.1 Caracterização do Local de Estudo 12 4.1.2 Caracterização Física 12 4.1.3 Caracterização da vegetação florestal 12 4.1.4 Caracterização Sócio-Econômica 15 4.1.5 Principais usos Econômicos 15 4.1.6 Caracterização Ambiental 15 4.2 Diagnóstico 18 4.2.1 Erosão laminar e em sulcos 18 4.2.2 Nascentes 18 4.2.3 Estradas vicinais 18 4.2.4 Erosão em voçorocas 18 4.2.5 Mata ciliar 18 4.2.6 Resíduos 18 4.3 Prioridades 20 4.4 Recomendações/Intervenções 24 4.4.1 Controle da erosão 24 4.4.2 Proteção de Nascentes 25 4.4.3 Prevenção e estabilização de voçorocas 26 4.4.4 Recomposição da mata ciliar 26 4.4.5 Resíduos e lixo do córrego 26 4.5 Mobilização Comunitária 27 4.6 Matriz Operacional para Manejo Integrado da Sub-Bacia Hidrográfica 28 4.7 Cronograma de atividades 29 4.8 Planilha de custos 30 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 31 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Representação esquemática de uma micro-bacia hidrográfica 5 FIGURA 2 - Mapa representativo da divisão hidrográfica Nacional 9

FIGURA 3 - Localização da Bacia do Rio Grande 11

FIGURA 4 - Mapa da Sub-bacia hidrográfica 13

FIGURA 5 - Mapa de uso da Sub-bacia hidrográfica 15

FIGURA 6 - Mapa de uso sustentado da Sub-bacia hidrográfica 16

FIGURA 7 - Voçoroca em área da sub-bacia 17

FIGURA 8 - Mapa de capacidade de uso e tipo de solo da Sub-bacia hidrográfica do córrego Frutal

19

FIGURA 9 - Assembléia de criação da associação dos produtores da Micro-Bacia do Córrego Frutal

20

FIGURA 10 - Orientação dos trabalhos de conservação de solos 21

FIGURA 11 - Educação ambiental em escolas da zona rural 21

FIGURA 12 - Instalação de Kits de coleta Seletiva de lixo nas escolas 22

FIGURA 13 - Divulgação do projeto para a comunidade Frutalense 23

FIGURA 14 - Adequação de estradas Vicinais 23

FIGURA 15 - Construção e reforma de terraços 24

FIGURA 16 - Curvas de Nível prontas 24

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FIGURA 17 - Bacia para a captação de águas das estradas 25

FIGURA 18 - Plantio de árvores 25

FIGURA 19 - Construção da cerca divisória da mata ciliar com o pasto 26

FIGURA 20 - Limpeza dos resíduos e lixo existentes às margens do Córrego Frutal

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LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Descrição da divisão hidrográfica nacional 10 TABELA 2 - Principais usos econômicos na sub-bacia hidrográfica do Córrego

Frutal 14

TABELA 3 - Matriz Operacional para manejo integrado da sub-bacia

hidrográfica 28

TABELA 4 - Descrição do Cronograma de atividades 29 TABELA 5 - Planilha de Custos 30

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1 INTRODUÇÃO

A microbacia hidrográfica compreende uma área de formação natural, drenada por um curso d’

água e seus afluentes, a montante de uma secção transversal considerada, para onde converge toda

água da área considerada (Brasil, 1987).

Segundo Ryff 1999, microbacia é definida como unidade natural de planejamento agrícola e

ambiental, adequada à implantação de novos padrões de desenvolvimento rural, que representa uma

etapa no processo de aproximações sucessivas rumo ao ideal de um desenvolvimento rural sustentável.

A qualidade da Microbacia deve-se à perpetuação de seu funcionamento hidrológico, do seu

potencial produtivo ao longo do tempo e da biodiversidade ao longo da paisagem (Lima, 1999 citado

por Rodrigues, 2003).

A conservação da microbacia deve-se à perpetuação de seu funcionamento hidrológico (vazão,

quantidade e qualidade da água), do seu potencial produtivo ao longo do tempo e da biodiversidade ao

longo do tempo (biogeoquimica) e ao longo da paisagem (mata ciliar, zonas ripárias, reservas de

regeneração natural, entre outros), segundo Lima (1999).

Os conceitos de bacia e sub-bacias se relacionam a ordens hierárquicas dentro de uma

determinada malha hídrica (Fernandes e Silva, 1994). Cada bacia hidrográfica se interliga com outra

de ordem hierárquica superior, constituindo, em relação à última, uma sub-bacia. Portanto, os termos

bacia e sub-bacias hidrográficas são relativos.

A subdivisão de uma bacia hidrográfica de maior ordem em seus componentes (sub-bacias)

permite a pontualização de problemas difusos, tornando mais fácil a identificação de focos de

degradação de recursos naturais, da natureza dos processos de degradação ambiental instalados e o

grau de comprometimento da produção sustentada existente (Fernandes e Silva, 1994).

A escolha de uma bacia hidrográfica para pesquisa está condicionada a sua representatividade

em relação às características sócio econômicas e fisiográficas da região, além da área, localização e

condições de trabalho (Brasil, 1987) .

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O município de Frutal está localizado no Triângulo Mineiro, no baixo vale do Rio Grande, é

rico em recursos hídricos, possuindo vários córregos importantes, constituindo micro-bacias que

fazem parte da bacia do Rio Grande. Trata-se de uma região com intenso uso agropecuário, apoiado

em mecanização e irrigações, onde processos predominantes de erosão laminar são generalizados.

O desmatamento acontecido, principalmente nas últimas três décadas, para abertura de novas

áreas agrícolas, apesar de algumas práticas de conservação de solo, prejudicou a preservação das

micro-bacias hidrográficas, pretende-se com o presente trabalho fazer um estudo de caso do projeto de

caracterização e manejo integrado da sub-bacia do córrego Frutal, município de Frutal, estado de

Minas Gerais, analisando a viabilidade de adoção em outras localidades.

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2 OBJETIVOS

Os objetivos do presente trabalho são fazer um estudo de caso sobre o projeto de

caracterização e manejo integrado da sub-bacia hidrográfica do córrego Frutal, município de Frutal,

estado de Minas Gerais, que visa promover o desenvolvimento sustentável, melhorando a qualidade de

vida das populações rural e urbana, através da recuperação das áreas degradadas e do manejo

adequado do solo e da água, melhoria da qualidade da água a ser utilizada pela população do

município, promover a educação ambiental e desenvolver um modelo de preservação de sub-bacia

hidrográfica, podendo ser usada como projeto piloto, servindo como base para ser seguido por outras

sub-bacias no município e na região.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 – Manejo de Microbacias Hidrográficas

O Manejo integrado dos recursos naturais em microbacias hidrográficas pode ser entendido

como sistema de manejo praticado pelos agricultores (rotação de culturas, preparo do solo) visando o

aumento da produtividade agrícola, sendo um conjunto de práticas utilizadas para a conservação do

solo, da água e da vegetação (terraços, cobertura morta) diminuindo a degradação ambiental causada

pela atividade antrópica e garantindo níveis de produção agrícola (Primavesi, 1979).

Considerando o funcionamento dos diversos elementos que compõe o solo e suas interações

existentes, Primavesi (1979), demonstra como é possível evitar problemas resultantes de um manejo

inadequado de uma área, fornecendo informações principalmente sobre a utilização adequada de

adubos, controle de doenças em plantas e de compactação do solo. A importância do manejo ecológico

dos solos tropicais é destacado pela autora, devido a interação dos vários elementos que compões o

solo como : a matéria orgânica, os minerais, os microorganismos , as propriedades físicas e as plantas.

A bacia hidrográfica é um sistema geomorfológico aberto, que recebe energia através de

agentes climáticos e perde através do deflúvio. A bacia hidrográfica como sistema aberto pode ser

descrita em termos de variáveis interdependentes, que oscilam em torno de um padrão e, desta forma,

uma bacia, mesmo quando não perturbada por ações antrópicas, encontra-se em equilíbrio dinâmico

(Lima, 1994) citado por Rodrigues.

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Figura 1 – representação esquemática de uma micro-bacia hidrográfica

Figura 1 – Representação esquemática de uma micro-bacia hidrográfica

As matas ciliares em torno da rede de drenagem nas microbacias formam uma área de

preservação permanente (APP), de acordo com o código florestal, exercendo importantes funções

como: regularização dos cursos d’águas, conservação da biodiversidade, captura de carbono da

atmosfera.

Lima (1989) descreve que a localização desta vegetação, junto aos corpos d’água, faz com que

ela possa desempenhar importantes funções hidrológicas , compreendendo: “proteção da zona ripária ,

filtragem de sedimentos e nutrientes, controle do aporte de nutrientes e de produtos químicos aos

cursos d’ água, controle de erosão das ribanceiras dos canais e controle da alteração da temperatura do

ecossistema aquático’’.

As microbacias hidrográficas, sem efetivas práticas de manejo, causam prejuízos ao meio,

como: a diminuição gradual da água disponível no solo e no sistema, erosões do solo e degradações,

erosões do solo e degradação do ecossistema ripário. A qualidade da água e do complexo sistema

hidrológico, através dos parâmetros físicos, químicos e biológicos, são os principais indicadores da

sustentabilidade ambiental da microbacia. Segundo Arcova e Lima (1999), a qualidade da água dos

rios de áreas naturais é o resultado da influência do clima, geologia, fisiografia, solos e vegetação da

microbacia.

Deste modo as ações de manejo devem ser implementadas com critérios técnicos visando um

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desenvolvimento sustentável, o qual preserva a saúde e a capacidade de suporte da microbacia para as

futuras gerações.

A importância da microbacia não se limita apenas a um contexto hidrológico, mas também

ecológico, econômico e social, devido às riquezas naturais. Estas são unidades de menor dimensão e,

portanto, perfeitas para produção, conservação e manejo da água, do solo, da vegetação, dos animais e

da produção florestal sustentável.

Procurando traçar os principais fatores que contribuem direta ou indiretamente para a

ocorrência da erosão no Estado de São Paulo (Bellinazzi 1981), apresentam as principais

características das diferentes regiões fisiográficas do estado, de modo a esclarecer as propostas de cada

área. Assim os autores sugerem que as práticas conservacionistas a serem realizadas em algumas

regiões, devem estar de acordo com a capacidade de uso do solo, proporcionando maior eficácia , o

produtor deve ser instruído a realizar o planejamento de sua propriedade, aumentando o conhecimento

de sua área.

Os autores também citam , as perdas de solo causadas pela introdução de técnicas que

desestabilizam a estrutura do solo , causando a erosão por efeito das águas pluviais , e o uso

indiscriminado de defensivos agrícolas como fungicidas , herbicidas e inseticidas, que nem sempre

apresentam resultados satisfatórios, causando prejuízos as atividades agrícolas com a concentração de

resíduos nos solos e nas plantas.

Tavares (1986) demonstra os prejuízos causados pelos processos erosivos ao meio ambiente e

para as atividades econômicas realizadas no meio rural e em menor escala para o meio urbano.

Conhecimentos sobre as técnicas de conservação, recuperação e de manejo do solo com menores

impactos possíveis como os causados pela erosão, de modo a manter o equilíbrio do meio ambiente

com menores conseqüências econômicas, são destacadas e discutidos também por muitos outros

autores.

Segundo Guerra (1995), são várias as propriedades que afetam a erosão dos solos, podendo-se

destacar a textura, densidade aparente, porosidade, teor de matéria orgânica, teor de estabilidade dos

agregados e pH dos solos. Dentre os fatores citados, o autor ressalta que a matéria orgânica é o melhor

agente agregador dos solos.

Tendo como objetivo a apresentação de uma metodologia para planejamento e gerenciamento

dos recursos naturais, Hidalgo (1996) propôs uma intervenção na unidade bacia hidrográfica através

destas etapas: promoção, elaboração de projetos, execução, avaliação e sustentação. As sete etapas

desta proposta destacada anteriormente têm caráter integrador, participativo, educativo, interativo,

interinstitucional, e interdisciplinar entre técnicos e agricultores, com linguagem de fácil compreensão,

facilitando a participação e a capacitação de cooperativas e indivíduos em relação a melhor utilização

dos recursos existentes em cada propriedade, todo o processo de planejamento necessita do apoio

político de Prefeituras e da comunidade a ser atendida, proporcionando maior integração entre as

partes envolvidas.

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Saturnino e Landers (1997) valorizam uma discussão em torno de uma alternativa para o

desenvolvimento de uma agricultura mais preocupada com o equilíbrio do meio ambiente, a

alternativa em questão é introdução da técnica de plantio direto abolindo o sistema convencional de

preparo do solo. Através de exemplos estudados em vários países e no Brasil, discutem-se os efeitos

positivos como diminuição da erosão e negativos como o uso de herbicidas na implantação do sistema

de plantio direto.

O planejamento ambiental em bacias hidrográficas vem se constituindo nos últimos anos, no

caminho mais propício para o desenvolvimento de pesquisas e implementação de ações que visem

reverter quadros de degradação ambiental.

As ações desenvolvidas para recuperação ambiental de uma área foram, até os últimos anos,

concentrados apenas no recurso água, principalmente pela sua escassez nos centros urbanos e algumas

áreas agrícolas, porém tornaram-se necessários o desenvolvimento de projetos que envolvessem os

vários elementos

do ambiente como o solo , vegetação, fauna , de forma integrada que proporcionassem melhores

resultados e diminuição dos gastos.

Segundo Adut (1985) as principais ações em um manejo integrado a serem realizadas no

âmbito da microbacia são: conservação das estradas municipais, controle dos processos erosivos,

recuperação das matas ciliares e conservação das matas nativas, introdução de novas práticas de

manejo e adubação adequada a cada tipo de solo e cultura, melhoria da qualidade da água para

utilização dos agricultores, diminuição do uso de agrotóxicos, estímulo à criação de associações,

cooperativas e à diversificação de atividades e fixação do homem no campo, com a criação e a

manutenção de empregos.

Os esforços do setor público e a geração e a transferência de tecnologias, principalmente no

setor agrícola, se voltam para a bacia hidrográfica, considerando a propriedade como pertencente a

uma unidade fisiográfica maior e observando a dinâmica ecológica dessa área, onde fatores biofísicos,

econômicos e sociais, pelas suas inter-relações têm grande influência na estabilidade da unidade como

um todo.

3. 2 – Programa Nacional de Microbacias Hidrográficas

O Governo Federal do Brasil, com o intuito de diminuir os prejuízos na agricultura com a

recuperação do solo e da água, baseando-se nos princípios do desenvolvimento sustentável,

implementou o Programa Nacional de Microbacias Hidrográficas (PNMH), instituindo através do

Decreto nº. 94.076 de 05/03/1987.

O PNMH foi criado para ser supervisionado, a nível Federal, pelo Ministério da Agricultura,

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cabendo a coordenação de sua execução a comissões descentralizadas em nível de Estado e

municípios.

Apesar de ser um modelo padrão de intervenção, este Programa de Microbacias Hidrográficas

propõe a adaptação das ações a serem desenvolvidas como o controle da erosão, culturas adequadas à

área e trabalho conjunto, levando-se em conta as características físicas e humanas de cada região,

dentro de um planejamento que atinja os melhores resultados possíveis.

As ações supracitadas são preconizadas no PNMH, mas torna-se necessário o envolvimento

dos agricultores na microbacia onde se insere o projeto de manejo integrado, com a criação de uma

organização e / ou associação de agricultores, para que o desenvolvimento do projeto não fique

somente a cargo da equipe técnica da extensão rural, de organizações não governamentais e da

secretaria municipal de agricultura que realizam ações mas também as cooperativas e associações

organizadas.

3.3 – Divisão Hidrográfica Nacional

Considerando a importância de se estabelecer uma base organizacional que contemple bacias

hidrográficas como unidade do gerenciamento de recursos hídricos para a implementação da Política

Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, a

necessidade de se implementar base de dados referenciada por bacia, no âmbito nacional, visando a

integração das informações em recursos hídricos e a metodologia de codificação e procedimentos de

subdivisões em agrupamentos de bacias e regiões hidrográficas, no âmbito nacional, o Conselho

Nacional de Recursos Hídricos, instituiu através da resolução nº. 30 de 11 de Dezembro de 2002, a

divisão Hidrográfica Nacional em regiões hidrográficas, com a finalidade de orientar, fundamentar e

implementar o Plano Nacional de Recursos Hídricos.

Considera-se como região hidrográfica o espaço territorial brasileiro compreendido por uma

bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e

econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e gerenciamento dos

recursos hídricos.

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Figura 2 – Mapa representativo da divisão hidrográfica Nacional (Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2006).

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3.3.1 – Descrição da Divisão Hidrográfica Nacional

Na tabela 1 observa-se a descrição da divisão hidrográfica nacional. Tabela 1 - Descrição da divisão hidrográfica nacional Região Hidrográfica Constituição

Amazônica É constituída pela bacia hidrográfica do rio Amazonas

situada no território nacional e, também, pelas bacias

hidrográficas dos rios existentes na Ilha de Marajó, além

das bacias hidrográficas dos rios situados no Estado do

Amapá que deságuam no Atlântico Norte.

Tocantins/Araguaia É constituída pela bacia hidrográfica do rio Tocantins

até a sua foz no Oceano Atlântico.

Atlântico Nordeste Ocidental É constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que

deságuam no Atlântico - trecho Nordeste, estando

limitada a oeste pela região hidrográfica do

Tocantins/Araguaia, exclusive, e a leste pela região

hidrográfica do Parnaíba.

Parnaíba É constituída pela bacia hidrográfica do rio Parnaíba.

Atlântico Nordeste Oriental É constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que

deságuam no Atlântico - trecho Nordeste, estando

limitada a oeste pela região hidrográfica do Parnaíba e

ao sul pela região hidrográfica do São Francisco.

São Francisco Bacia Hidrográfica do São Francisco

Atlântico Leste É constituída pelas bacias hidrográficas de rios que

deságuam no Atlântico - trecho Leste, estando limitada

ao norte e a oeste pela região hidrográfica do São

Francisco e ao sul pelas bacias hidrográficas dos rios

Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus, inclusive.

Atlântico Sudeste É constituída pelas bacias hidrográficas de rios que

deságuam no Atlântico - trecho Sudeste, estando

limitada ao norte pela bacia hidrográfica do rio Doce,

inclusive, a oeste pelas regiões hidrográficas do São

Francisco e do Paraná e ao sul pela bacia hidrográfica do

rio Ribeira, inclusive.

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(Continuação da tabela 1)

Uruguai É constituída pela bacia hidrográfica do rio Uruguai

situada no território nacional, estando limitada ao norte

pela região hidrográfica do Paraná, a oeste pela

Argentina e ao sul pelo Uruguai.

Atlântico Sul

É constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que

deságuam no Atlântico - trecho Sul, estando limitada ao

norte pelas bacias hidrográficas dos rios Ipiranguinha,

Iririaia-Mirim, Candapuí, Serra Negra, Tabagaça e

Cachoeira, inclusive, a oeste pelas regiões hidrográficas

do Paraná e do Uruguai e ao sul pelo Uruguai.

Paraguai É constituída pela bacia hidrográfica do rio Paraguai

situada no território nacional.

Paraná É constituída pela bacia hidrográfica do rio Paraguai

situada no território nacional.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente 2006.

A bacia do Rio Grande é uma sub-bacia da bacia do Rio Paraná, tendo cerca de 145.000 km2

de área de drenagem, e está localizada entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo.

Figura 03 – Localização da Bacia do Rio Grande (Fonte:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS 2007)

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4-CARACTERIZAÇÃO E MANEJO INTEGRADO DA SUB-BACIA

HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO FRUTAL

4.1 – Caracterização do Local de Estudo

4.1.2 – Caracterização Física

A área da sub-bacia hidrográfica é de 37,4 Km², ou 3740 há, o comprimento axial é de 10 km,

o perímetro é de 21,5 km, o comprimento do curso d’ água principal é igual a 9,5 km, o comprimento

do talvegue principal é de 8,0 km, comprimento da rede de drenagem total é de 38 km, o curso d´água

principal é classificado como de 3ª ordem, o coeficiente de compacidade de 0,96, o coeficiente fé

forma é igual 0,4, o Densidade de drenagem = 1,01 km/km² e a declividade do curso d água principal

– 1,2 % - 0,012 m/m.

4.1.3 – Caracterização da vegetação florestal

A vegetação florestal existente é caracterizada como campo cerrado, presente nas áreas de

reserva natural, esta por sua vez compões-se árvores com porte entre 3 e 6 metros nas proximidades

dos cursos d água que formam a bacia, ou seja a mata ciliar propriamente dita, sendo no restante da

área podemos considerar a vegetação como cerrado ralo, onde estão presentes alguns arbustos.

A vegetação predominante é composta por árvores de copas irregulares, com tronco e galhos

retorcidos, casca, na maioria espessa, folhas coriáceas, dentre as espécies mais encontradas

destacamos o barbatimão, a lixeira, o pequi, o pau-terra, tanto de folhas grandes quanto o de miúdas, e

mais plantas arbustivas de menor importância.

A vegetação predominante, nas áreas de várzeas, é constituída pelo capim-navalha.

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Mapa da Sub-Bacia Hidrográfica

Figura 04 – Mapa da Sub-bacia hidrográfica (Fonte: EMATER-MG, 2000).

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4.1.4 Caracterização Sócio-Econômica

A Sub-bacia do Córrego Frutal é constituída em sua maioria por famílias de pequenos

produtores, que exploram principalmente a bovinocultura de leite com nível médio/baixo de

tecnologia e renda. A microrregião é bem servida de estradas e energia elétrica e as famílias procuram

a sede do município para satisfação de suas necessidades básicas principais

4.1.5 - Principais Usos Econômicos:

Na tabela 2 observa-se os principais usos econômicos desenvolvidos pelos 26 produtores rurais

da sub-bacia hidrográfica do córrego Frutal:

Tabela 2 – Principais usos econômicos na sub-bacia do córrego Frutal::

Uso Nº. de Produtores Área (há) Produção Anual Abacaxi (t) 5 78 1.248 Laranja(t) 1 40 800 Soja (t) 1 150 375 Piscicultura (t) 1 0,7 3 Bovinocultura leiteira (litros) 19 675 700.000 Fonte: EMATER-MG, 2000.

4.1.6 - Caracterização Ambiental

A área da sub-bacia é ocupada principalmente por pastagens, cuja declividade na sua parte

mais alta é menor do que 3%. Na parte mais baixa, ou seja, próxima ao córrego à declividade é maior

do que 8%. Assim sendo, não existem áreas propriamente degradadas, a não ser a existência de duas

voçorocas de tamanho significativo. A sub-bacia caracteriza-se por apresentar erosão laminar, carência

de matas ciliares, inexistência de mata de topo.

Existem muitas nascentes em pequenas grotas que alimentam o córrego, que é utilizado

principalmente para fornecimento de água aos animais e irrigação de algumas lavouras de abacaxi.

A água que é captada para o abastecimento da cidade pela COPASA, apresenta índice de

turbidez de 15,80 NTU e vazão de 150,5 l/s.

Este projeto deverá buscar sempre a conciliação entre a recuperação e preservação dos

recursos naturais e o desenvolvimento sócio-econômico das famílias rurais usuárias da sub-bacia.

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Mapa de Uso da sub-Bacia Hidrográfica do Córrego Frutal

Figura 05-Mapa de uso da Sub-bacia hidrográfica (Fonte: EMATER-MG, 2000).

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Mapa de uso sustentado da Sub-Bacia Hidrográfica do Córrego Frutal

Figura 06-Mapa de uso sustentado da Sub-bacia hidrográfica (Fonte: EMATER-MG, 2000).

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4.2 - Diagnóstico

Os principais aspectos observados na sub-bacia do Córrego Frutal são:

4.2.1 – Erosão Laminar e em Sulcos – As pastagens, embora possuam na sua maior área

práticas conservacionistas de solo (terraceamento), apresentam problemas de erosão, agravada em

alguns pontos pelas enxurradas provenientes das estradas que dão acesso às sedes das propriedades, e

até mesmo de algumas estradas municipais.

4.2.2 - Nascentes – as nascentes de água que existem ao longo do córrego são pouco

protegidas.

4.2.3 - Estradas vicinais – as estradas que dão acesso às propriedades necessitam de melhor

conservação para eliminação de locais de erosão, inclusive com a construção de bacias de captação de

água das chuvas.

4.2.4 –Erosão em Voçorocas – Na área da sub-bacia há alguns pontos de início de formação

de voçoroca (Figura 07). Já existem duas voçorocas de grandes dimensões, uma, inclusive, ocupando

ma área aproximada de 15 ha.

Figura 07 - Voçoroca em área da sub-bacia

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4.2.5 - Mata ciliar – a mata ciliar existente às margens do Córrego Frutal e Córregos

adjacentes é pouca, favorecendo o assoreamento do córrego, pois quando do desmatamento não foi

respeitada a faixa correspondente à mesma.

4.2.6 - Resíduos – em alguns locais, ao longo do seu percurso, existem resíduos resultantes da

queda de restos de vegetação natural, desmoronamento das margens e assoreamento do córrego,

desviando-o do seu curso natural.

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Mapa de Capacidade de Uso e Tipo de Solo da Sub-Bacia Hidrográfica do Córrego Frutal

Figura 8 – Mapa de capacidade de uso e tipo de solo da Sub-bacia hidrográfica do córrego Frutal

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4.3 – Prioridades

De acordo com um diagnóstico realizado com os proprietários rurais envolvidos foram

eleitas algumas prioridades, entre elas a criação de uma associação de usuários da microbacia,

de acordo com a figura 9.

Figura 9 – Assembléia de criação da associação dos Produtores da micro-Bacia do córrego Frutal Figura 9 – Assembléia de criação da associação de produtores da sub-bacia do córrego Frutal

Trabalhos de conservação de solo foram realizados, onde técnicos fizeram visitas nas

propriedades rurais integrantes da sub-bacia para assistência técnica e orientação dos trabalhos

de conservação de solo, acordo com a figura 10.

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Figura 10 – Orientação dos trabalhos de conservação de solo

Figura 10 – Orientação dos trabalhos de conservação do solo

Seguindo a priorização das atividades foram realizadas também várias atividades de

educação ambiental no município como palestras para as crianças da zona rural e urbana,

capacitação de agentes ambientais com os produtores rurais da sub-bacia hidrográfica do

córrego Frutal e de outras localidades do município para serem disseminadores de práticas

ambientalmente corretas, conforme demonstrado na figura 11.

Figura 11 – Educação ambiental em escolas da zona rural

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Como parte das atividades de educação ambiental, foram instalados Kits de coleta seletiva de

lixo nas escolas, ensinando as crianças a importância de cuidar do meio ambiente desde pequenos, de

acordo com a figura 12.

Figura 12 – Instalação de Kits de coleta Seletiva de lixo nas escolas do município.

Também foram trabalhados temas como conservação do solo, água e vegetação, recuperação

de pastagens e áreas de lavouras, preservação e estabilização de voçorocas, proteção de nascentes,

repovoamento de matas ciliares, uso adequado de defensivos agrícolas e destino de suas embalagens,

recuperação e melhoria das estradas vicinais, limpeza do córrego, saneamento rural, visitas e

excursões aos locais onde foram efetuados os trabalhos conservacionistas, visando à divulgação do

projeto e das ações desenvolvidas (Figura 13).

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Figura 13 - Divulgação do projeto junto à comunidade Frutalense.

Foram construídos também corredores para acesso às aguadas, além da adequação de estradas

vicinais, que têm grande influência no processo de formação de erosões no meio rural (Figura 14).

Figura 14 - Adequação de estradas Vicinais

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4.4-Recomendações/Intervenções

4.4.1 - Controle da erosão:

Foram construídos e reformados vários terraços, conforme demonstrado na figura 15.

Figura 15 - Construção e reforma de terraços

Abaixo temos uma demonstração dos trabalhos realizados, através da construção de curvas de

nível depois de concluídas, conforme figura 16.

com maquinário adequado cedido pela prefeitura municipal de Frutal-MG ( Figura 17 ).

curvas de nível depois de conclu

Figura 16 – Curvas de prontas

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Figura 17 – Bacia para a captação de águas das estradas

4.4.2 - Proteção de Nascentes:

Outra atividade realizada foi o plantio de árvores, preferencialmente de essências nativas

da região, (Figura 18).

Figura 18 – Plantio de árvores

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4.4.3 – Prevenção e estabilização de voçorocas:

Foram feitos plantios de árvores e bambu e isolamento da faixa de delimitação da mesma com

cercas, visando à estabilização das voçorocas existentes.

4.4.4 – Recomposição da mata ciliar:

Também foram construídas cercas entre a mata ciliar e o pasto (Figura 19), visando o

reestabelecimento natural da mata ciliar.

Figura 19 - Detalhe da construção da cerca divisória da mata ciliar com o pasto.

4.4.5 – Resíduos e lixo do córrego:

Foi efetuada também a limpeza do lixo existente às margens do córrego Frutal (Figura 20) e

conscientização da população, através de vários meios como palestras, reuniões, cursos, com a

participação dos técnicos do CENEP (Centro Nacional de Educação Profissionalizante em

Associativismo, gestão ambiental e turismo), COPASA, EMATER-MG e dos membros do Codema

(Conselho Municipal de Meio Ambiente), todos esses órgãos são muito atuantes em relação às

questões ambientais do município.

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Figura 20 – Limpeza dos resíduos e lixo existentes às margens do Córrego Frutal.

4.5 - Mobilização Comunitária

Para a implantação deste projeto foi criada a Comissão Municipal de Sub-bacia Hidrográfica,

composta por representantes de várias entidades, como: COPASA (Companhia de Saneamento de

Minas Gerais), Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Projeto GESTAR (Projeto de Gestão

Ambiental Rural), CENEP (Centro Nacional de Educação Profissionalizante em Cooperativismo,

Gestão Ambiental e Turismo de Frutal-MG), EMATER-MG (Empresa de Assistência Técnica e

Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), IEF (Instituto Estadual de Florestas), IMA (Instituto

Mineiro de Agropecuária), CODEMA (Conselho Municipal Meio Ambiente), Banco do Brasil S.A.,

Sindicato Rural de Frutal-MG, Cooperativa mista de produtores de leite de Frutal , associação dos

Engenheiros Agrônomos de Frutal, produtores Rurais e associação de usuários da Sub-Bacia do

córrego Frutal.

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4.6 - Matriz Operacional para Manejo Integrado da Sub-Bacia Hidrográfica

De acordo com tabela 3, foi elaborada uma matriz operacional para manejo da sub-bacia hidrográfica, visando melhor

planejamento e controle das ações na sub-bacia:

Tabela 3 – Matriz Operacional para manejo integrado da sub-bacia hidrográfica

ATIVIDADE RESPONSÁVEL CO-RESPONSÁVEL INÍCIO TÉRMINO EQUIPAMENTOS RECURSOS R$

Divulgação e educação ambiental

EMATER-MG IEF COPASA

PREFEITURA Jan./2001 Dez/2004 Cartazes, folder 1.500,00

Organização, assistência técnica e monitoramento.

EMATER-MG IEF Jan./2001 Dez/2004 Veículo 3.100,00

Conservação do solo/Água

EMATER-MG Produtores rurais Jul./2001 Out./2002 Máquinas agrícolas 60.000,00

Proteção de nascentes

IEF Produtores rurais Set/2001 Dez/2002 - 13.000,00

Estabilização de voçorocas

EMATER-MG IEF

Produtores rurais Jul./2001 Nov./2002 Máquinas agrícolas 33.900,00

Repovoamento da mata ciliar

IEF EMATER-MG Out./2001 Dez/2002 - 6.000,00

Conservação de estradas

Prefeitura Produtores Jul./2001 Out./2002 Patrol 3.780,00

Limpeza do córrego

Produtores IEF Jul./2001 Out./2002 - 3.000,00

Controle de formigas/cupins

EMATER-MG Produtores Julho/2001 Dez/2004 - 25.000,00

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4.7 - Cronograma de atividades

De acordo com a tabela 4, foi elaborada uma descrição do cronograma das atividades na sub-bacia hidrográfica, visando

melhor monitoramento das atividades na sub-bacia:

MESES - 2001

ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Divulgação e educação ambiental X X X X X X X X X X X X

Organização, acompanhamento e

assistência técnica.

X X X X X X X X X X X X

Conservação do solo e da água X X X X

Proteção de nascentes X X X X

Estabilização de voçorocas X X X X X

Repovoamento da mata ciliar X X X

Conservação de estradas X X X X

Limpeza do córrego X X X X

Controle de formigas e cupins X X X X X X X X X X X X

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4.8 - Planilha de custos

De acordo com a tabela 5, foi elaborada uma planilha de custo das atividades na sub-bacia

hidrográfica.

ATIVIDADE

UNID.

QUANT.

R$ VALOR/

UNID

R$ VALOR TOTAL

Divulgação e educação ambiental - Cartazes - Fólder

UN UN

500 500

2,00 1,00

1.000,00

500,00 Conservação do solo e da água - Terraços

ha.

1.000

60,00

60.000,00

Proteção de nascentes - Cercas - Plantio de mudas

km UN

5

2.500,00

12.500,00

Estabilização de voçorocas - Plantio de mudas - Terraços - Bacias de contenção - Cercas

ha ha UN Km.

20 50 10

8

500,00

60,00 90,00

2.500,00

10.000,00

3.000,00 900,00

20.000,00 Repovoamento de mata ciliar ha. 12 500,00 6.000,00 Conservação de estradas - Bacias de contenção - Trator

UN H/T

42

90,00

3.780,00

Limpeza do córrego km 3 1.000,00 3.000,00 Organização, acompanhamento e assistência técnica. -Combustível/Manutenção de veículo

UN

3.100,00 Controle de formigas e cupins ha. 500 50,00 25.000,00 Monitoramento - Despesas com combustível

UN 500,00

TOTAL 149.780,00

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5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O terraceamento e a recuperação de áreas degradadas superaram em muito a meta

pretendida, atingindo cerca de 600 ha. na parte mais alta da sub-bacia., os recursos financeiros

destinados aos trabalhos de conservação de solo acabaram, porém os usuários da microbacia

estão continuando os trabalhos com recursos próprios, pagando o combustível, tratorista e a

taxa de manutenção da patrulha mecanizada da associação (recebida do governo Federal) ,

composta de trator e demais implementos.

Até o presente momento cerca de 45 % da área total da sub-bacia foram feitos os

trabalhos de terraceamento, e já é visível a o aumento e melhoria qualitativa das águas do

ribeirão frutal.

Quanto à conservação de estradas vicinais a meta foi atingida às duras penas, em

função das estradas mal alocadas, mal construídas e da capacidade instalada da prefeitura com

relação a suas máquinas e seu estado de conservação, manutenção e operação.

A ação do projeto resolveu a contento uma série de áreas críticas onde o fluxo de água

e o nível de erosão era muito grave e de certa forma crônicos, a principal fonte de recursos

financeiros do projeto foi a COPASA que disponibilizou cerca de R$ 450.000,00 para o

projeto em sua primeira fase.

O cercamento das matas ciliares e o plantio de mudas, também superaram as modestas

metas estabelecidas, sendo necessário, na continuidade do processo, atingir níveis mais altos

de plantio. Vale destacar a grande dificuldade na obtenção das mudas, o que esperamos

resolver em médio prazo, na continuidade do processo com uma política de localização de

matrizes, coleta de sementes e montagem de viveiros. Vale destacar o envolvimento de toda a

comunidade no projeto.

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Um novo projeto encontra-se em fase de elaboração, em busca de recursos financeiros

para dar continuidade aos trabalhos, envolvendo a empresa FURNAS, IEF (Instituto Estadual

de Florestas), ministério público (através de recursos financeiros arrecadados através de

autuações ambientais) e demais parceiros participantes da primeira fase do projeto, o valor

aproximado de recursos financeiros orçados para a segunda fase é de R$ 350.000,00.

Vale destacar a atuação do Codema de Frutal sempre atuante nas questões relativas à

sub-bacia do ribeirão Frutal, e grande colaboradora com a educação ambiental no município.

De modo geral, os produtores reconhecem a gravidade da degradação ambiental e

reclamam de sua situação de descapitalização, de dependência tecnológica, o que enseja o

engajamento desses produtores no projeto no sentido de recompor o meio ambiente e de

mudar o padrão tecnológico para a produção agro-silvo-pastoril.

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6-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: PINTO, L.V.A.; BOTELHO, AS; DAVIDE, A.C.; FERREIRA, E. Prognóstico Físico Ambiental da Bacia do Ribeirão Santa Cruz, Lavras, MG e Propostas de Recuperação de Suas Nascentes – Trabalho apresentado no Workshop em Manejo em Microbacias Hidrográficas – Unesp , Botucatu- SP 2004.170p. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Workshop em Manejo em Bacias Hidrográficas, anais do 8º Workshop em Manejo de bacias hidrográficas, 28 a 30 de Junho de 2004 / Valdemir Antonio Rodrigues, Roberto Starzynski, coordenadores – Botucatu, UNESP / FCA, Departamento de Recursos Naturais, 2004.170p. VILELA, D. F. Estratégias para Recuperação da vegetação no entorno de nascentes. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal)-UFLA. 71p. MACHADO, W.; STIPP, NAF. Caracterização do Manejo do Solo na Microbacia Hidrográfica do Ribeirão dos Apertados – PR Geografia – Londrina – PR – Volume 12 – nº. 2, Julho/ Dezembro 2003. Disponível em: > www.geo.uel.br/revista.> acesso em nov. 2005.28p. DE-POLLI, H; FRANCO, AA; ALMEIDA, D.L; DUQUE, FF; MONTEIRO, SEM; DOBEREINER,J. A Biologia do Solo na Agricultura. Seropédica – RJ, (EMBRAPA/UAPNPBS. 1988 - Documento 5). 70p. EMATER MG, Projeto de Revitalização da Micro-Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Toco do Município de Carneirinho MG . Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais. EMATER MG. 2006.37p. EMATER MG, Projeto Executivo de Caracterização e Manejo Integrado da Sub Bacia Hidrográfica do Córrego Frutal, Frutal MG . Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais. EMATER MG. 2000.19p. BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Comissão Nacional de Coordenação do PNMH. Programa Nacional de Microbacias Hidrográficas – Manual Operativo. Brasília, Ministério da Agricultura, 1987. 60 p. EMPAER – MT. Manual Técnico de Microbacias Hidrográficas, 1ª aproximação, editado por Celso de Castro Filho, Carlos Antônio Branco Lopes, Márcio Castrillon Mendes e Odil Ferreira; revisado por Márcio Castrillon Mendes e Sebastião Carneiro Guimarães. Cuiabá 2000. 339 p. OLIVEIRA, A. Caracterização de Sub-bacias Hidrográficas / Alcione de Oliveira, Elizabeth Ferreira. – Lavras: UFLA / FAEPE, 2001. 64 p. MORAES, O; BUBLITZ, U; MENDES, RO; LOYOLA, GP; Adequação de estradas rurais integradas aos sistemas conservacionistas. Curitiba: EMATER-Paraná, 2004.60p. LOMBARDI NETO, F.; DRUGOWICH, M. I Coordenadores. Manual técnico de manejo e conservação de solo e água, coordenado por Francisco Lombardi Neto e Mário Ivo Drugowich. Campinas, 2ª impressão, CATI, 1994.65p.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - Divisão Hidrográfica Nacional em regiões hidrográficas – disponível em: < http://www.cnrhsrh.gov.br/delibera/resolucoes/R032.htm> acesso em dez 2006. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - Integração Lavoura-Pecuária / Editores João Kluthcouski, Luís Fernando Stone, Homero Aidar . – Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2003. 570 p.: il. Color. 2ª impressão 2005. VILAR, M.B. A Proteção de Nascentes na Bacia Hidrográfica do Rio Turvo, MG, Metodologia de Ação, Resumo do IV Congresso Brasileiro de Agroecologia, Belo Horizonte MG 2006.14p. LANDERS, J.N. Uma Grande descoberta para o meio ambiente: A integração Lavoura Plantio direto-Pecuária pode reduzir o desmatamento. Jornal Direto no Cerrado, Dezembro de 2005 / Janeiro de 2006 – ano 11 número 45 – Associação de Plantio Direto no Cerrado APDC Brasília/DF 2006.

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