diagnóstico da rede de monitoramento da ugrhi 13 · dados para a caracterização do ciclo...

34
Diagnóstico da Rede de Monitoramento da UGRHi 13

Upload: trankhuong

Post on 12-Feb-2019

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Diagnóstico da Rede

de Monitoramento da

UGRHi 13

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho visa atender o item 3.3 - “Monitoramento Hidrológico” do anexo

da Deliberação CRH nº147.

Tendo em vista a importância do monitoramento quali/quantitativo da água para

gestão de recursos hídricos, este colegiado realizou o diagnostico da rede de

monitoramento existente na bacia e propõe a ampliação, alteração/ manutenção de

dessa rede.

O relatório está dividido em duas partes:

Parte A: Identificação e mapeamento dos pontos de monitoramento existentes de

quantidade (pluviométricos e fluviométricos) e qualidade dos órgãos gestores e

outros com dados disponíveis e acessíveis (tanto de quantidade quanto de

qualidade).

Parte B: Identificação das áreas da UGRHI que necessitam a ampliação, alteração

ou manutenção de suas redes de monitoramento de quantidade e qualidade com as

justificativas para essas propostas (tanto para quantidade quanto para qualidade).

O CBH-TJ optou por tratar inicialmente do monitoramento de águas superficiais para

posteriormente estudar o monitoramento de água subterrânea.

RESUMO

A rede de monitoramento é importante para auxiliar a gestão, o planejamento, a

fiscalização e a outorga de recursos hídricos e tem como objetivo auxiliar no

cumprimento de um dos objetivos da Política Estadual de Recursos Hídricos que é

assegurar que a água, recurso natural essencial à vida, ao desenvolvimento

econômico e ao bem-estar social, possa ser controlada e utilizada, em padrões de

qualidade satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras, em todo

território do Estado de São Paulo.

Sendo assim, este diagnóstico tem a finalidade de verificar se a rede de

monitoramento oficial implantada está cumprindo sua proposta de balizar os

instrumentos de gestão e a fiscalização dos recursos hídricos e se está sendo

operada adequadamente. Além disso, foram propostas alterações nos postos de

monitoramento de acordo com os tipos de usos existentes nos principais cursos

d’água e de características de uso e ocupação do solo.

Esta análise resultou no mapeamento das áreas críticas da UGRHI em função da

utilização dos recursos hídricos e potenciais riscos de contaminação, sendo

prioritárias para o monitoramento.

Esse documento foi executado pela Secretária executiva deste colegiado e

posteriormente submetido a analise e sugestões da Câmara Técnica de

Planejamento e Gestão do Comitê de Bacia Hidrográfica Tietê-Jacaré.

INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta o diagnóstico da rede de monitoramento existente

quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos superficiais na UGRHI 13 e identifica

áreas onde o monitoramento é ineficaz, propondo a adequação da rede para uma

gestão e fiscalização mais eficiente.

Foram avaliadas as principais características de uso e ocupação do solo e dos

usuários dos recursos hídricos da bacia hidrográfica Tietê-Jacaré possibilitando a

diferenciar áreas de acordo com diferentes níveis de risco de contaminação e de

potencial utilização dos recursos hídricos gerando um produto capaz de auxiliar na

gestão das águas.

OBJETIVO*

O objetivo de uma rede de monitoramento é definir um conjunto de informações -

quantidade e qualidade da água - de forma que se possam avaliar as vazões e as

características físicas, químicas e biológicas de um ponto selecionado no corpo

d’água e a sua influência e efeito na sua área de contribuição total.

O monitoramento oferece informações necessárias para a implantação dos

instrumentos de gestão dos recursos hídricos e da sua fiscalização, construindo as

bases para uma gestão participativa e transparente.

Para determinação de uma rede de monitoramento eficiente é fundamental a inter-

relação de um banco de dados consistente entre as ferramentas de gestão dos

recursos hídricos, as características de uso e ocupação do solo, os usuários dos

recursos hídricos e as tendências socioeconômicas de crescimento da região.

Sendo assim, os objetivos da rede de monitoramento das águas superficiais são:

Apoiar e propiciar informações para subsidiar a gestão e o planejamento dos

recursos hídricos;

Gerar dados importantes para o aprimoramento dos estudos sobre recursos

hídricos,

Otimizar a fiscalização e o controle dos usuários de recursos hídricos.

O monitoramento destinado à gestão e ao planejamento configura uma ação de

longo termo e procura fornecer informações que subsidiem a implantação dos

instrumentos do Plano Estadual de Recursos Hídricos. Já o monitoramento

destinado à fiscalização possui um foco específico em atividades humanas que

possam influenciar na quantidade e na qualidade das águas. Por fim, o

monitoramento para o controle visa identificar áreas críticas destinadas à proposição

de ações preventivas e avaliar a eficácia das medidas de controle na manutenção

e/ou na melhoria da quantidade e da qualidade das águas.

Em termos específicos, é possível detalhar, preliminarmente, estes objetivos:

a) Quanto à gestão e ao planejamento:

1. Contribuir para a calibração e validação de modelos hidrológicos,

climatológicos, de qualidade da água e de transporte de sedimentos;

2. Determinar a variabilidade, espacial e temporal, da quantidade e da

qualidade da água para avaliar sua adequabilidade aos usos propostos;

3. Acompanhar a evolução e as tendências, a curto, médio e longo prazo, da

quantidade e da qualidade da água do manancial;

4. Fazer o prognóstico do efeito de novas captações ou de lançamentos de

efluentes no corpo hídrico;

5. Avaliar as consequências do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica;

6. Avaliar as variações hidrológicas, provocadas por obras hidráulicas, sobre

o regime de escoamento do curso de água;

7. Estabelecer as bases para a gestão, participativa e transparente, dos

recursos hídricos; e,

8. Subsidiar a tomada de decisão com relação à gestão dos recursos hídricos.

b) Quanto à fiscalização:

1. Fiscalizar, em termos quantitativos e qualitativos, os usuários dos recursos

hídricos.

c) Quanto ao controle:

1. Identificar as áreas críticas e avaliar a urgência de ações que visem a

melhoria da quantidade e da qualidade da água;

2. Avaliar a eficácia das medidas de controle na manutenção e/ou na melhoria

da quantidade e da qualidade da água; e,

3. Determinar as variações da quantidade e da qualidade da água, em

períodos específicos, para detectar e medir as tendências e, também, propor

ações preventivas.

A rede de monitoramento da UGRHI 13 é composta por 15 estações fluviométricas,

10 estações de qualidade da água e 109 estações pluviométricas. A bacia conta

com a seguinte rede de monitoramento em operação: 8 estações fluviométricas, 10

estações de qualidade da água e 19 estações pluviométricas, conforme Figuras 1 a

4.

(*)Objetivo retirado do: Produto 1.2 – Parte C – Avaliação e Proposição da Rede de Monitoramento Hidrometereológica e de Qualidade da Água, Volume I – Águas Superficiais - integra os produtos previstos para o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Paraná, em execução pelo Instituto de Águas do Paraná (antiga Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – – SUDERHSA / COBRAPE.

Figura 1: Postos Fluviométricos (DAEE)

Figura 2: Postos Pluviométricos em Operação (DAEE)

Figura 3: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água (CETESB)

Em 2014 foram instalados dois novos pontos de monitoramento na Bacia, um no Rio

Jaú, sub-bacia 3 e outro no Rio Jacaré-Pepira, sub-bacia 2 em pontos coincidentes

com o monitoramento fluviométrico realizado pelo DAEE, Tabela 1.

Tabela 1: Novos Pontos de Amostragem na Rede de Monitoramento CETESB 2014

SUB-BACIA Município Área de

Drenagem (km2)

Responsável Nome

Estação Prefixo DAEE

Código CETESB

Curso D'água

Última Medição

Coordenadas

2 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira

Brotas 442,00 DAEE / CETESB

Brotas 5D-028 JPEP 03150 Rio

Jacaré Pepira

2014 7531952.6 797011

3 Sub-Bacia do

Rio Jaú Jaú 417,00

DAEE / CETESB

Jaú 5D-029 JAHU 02500 Rio Jaú 2014 7531834.0 753269.7

A localização dos novos pontos de monitoramento pode ser vista no mapa abaixo,

Figura 4.

Figura 4: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água 2014 (CETESB)

Figura 5: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água (CETESB) e Vazão (DAEE).

DIAGNÓSTICO DA REDE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO TIETÊ-JACARÉ Identificados os postos de monitoramento, pode-se verificar inicialmente que, assim

como ocorre em todo Estado de São Paulo, na bacia hidrográfica do Tietê-Jacaré

também apresenta uma rede de monitoramento fluviométrica distinta da rede de

monitoramento de qualidade da água, rompendo assim o que deveria ser a

indissociabilidade do binômio quantidade e qualidade da água, tão importante na

gestão dos recursos hídricos. Em 2013, das 16 estações ativas da UGRHI, apenas

uma possui monitoramento de nível, descarga e qualidade. Em 2014 esse número

passou a 3, com a inclusão de dois pontos de monitoramento de qualidade em

pontos onde já havia monitoramento fluviométrico.

Não existe monitoramento telemétrico na bacia. O monitoramento em tempo real é

importante, pois permite controlar a disponibilidade hídrica; orientar a gestão no

momento de crise hídrica; a operação das descargas para jusante dos reservatórios;

o alerta quando da ocorrência de vazões máximas (enchentes); e, acompanhar a

dinâmica das águas, permitindo maior agilidade na mobilização de equipes de

fiscalização.

A seguir, as estações foram classificadas de acordo com o tipo de monitoramento:

Tabela 2: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água (CETESB, 2013) e Vazão (DAEE, 2013).

Coordenadas Tipo Monitoramento

SUB-BACIA

Município Área de

Drenagem (km2)

Código ANA

Responsável Nome Estação Prefixo DAEE

Código CETESB

Curso D'água

Última Medição

Nível Descarga Sedimentos Qualidade

1

Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú

Ibitinga

CETESB Ponte SP-304 Ibitinga a Itajú.

JCGU 03900

Rio Jacaré-Guaçú

7584866.2 724043.8

X

Ibitinga 338,00

DAEE Sítio Esperança 5C-028

Córrego São João

2013 7589247.0 729708.3 X X

Nova Europa 334,00

DAEE Meia Legua 5C-029

Rio Itaquerê

2013 7588692.3 752174 X X

Araraquara 1.867,00

DAEE / CETESB

Ponte SP-255,

Boa Esperança do Sul a Araraquara, junto a régua DAEE 5C-013

5C-013 JCGU 03400

Rio Jacaré-Guaçú

2014 7579525.6 781274.2 X X

X

Ribeirão Bonito

CETESB Pontea jusante do Cór. Santa Rufina.

JCGU 03200

Rio Jacaré-Guaçú

7562587.1 796875

X

São Carlos

CETESB

Ponte a jusante da ETE MONJILINHO.

MONJ 04400

Rio Monjolinh

o

7560160.0 814080.2

X

Boa Esperança do Sul 190,00

DAEE Boa Esperança do Sul 5C-027

Rio Boa Esperança

2014 7565784.0 769691.5

X X

Araraquara 56,00

DAEE Araraquara Urbano 5C-015

Ribeirão do Ouro

2013 7585642.3 792017.8

X X

2

Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira

Dourado CETESB Ponte SP-255, Jaú a Boa Esperança do

Sul. JPEP 03500

Rio Jacaré Pepira

7556395.6 764309.9 X

Bocaina CETESB Ponte sobre o Rio Jacaré-Pepira, a

jusante do Ribeirão da Bocaina JPEP 03600

Rio Jacaré Pepira

7556909 759355.8 X

Brotas 442,00 DAEE Brotas 5D-028 Rio Jacaré

Pepira 2014 7531952.6 797011 X X

3 Sub-Bacia do Rio Jaú

Jaú 417,00

DAEE Jaú 5D-029

Rio Jaú 2014 7531834.0 753269.7

X X

4 Sub-Bacia

do Rio Lençóis

Igaraçú do Tietê

CETESB Ponte na Rod. Macatuba / Igaraçu do

Tiete, a 400 metros da sua Foz LENS 03950

Rio Lençóis

7509384.3 744609.6 X

Lençóis Paulista

185,00 DAEE Montante Lençóis 5D-013 Rio

Lençóis 2014 7502272.5 720433 X X

Lençóis Paulista

CETESB Na Rua Quinze de Novembro, 1111, na captação do município de Lençóis

Paulista.

LENS 02500

Rio Lençóis

7499425.5 725763.5 X

5 Sub-Bacia do Rio Bauru

Pederneiras CETESB Ponte na Rod. Augusto Sgavioli, a 3

km da sua foz no rio Tiete RGRA 02990

Ribeirão Grande

7536658.7 725706.8 X

6 Sub-Bacia do Rio Claro

Na primeira etapa, a rede de monitoramento em operação foi avaliada de acordo

com a densidade mínima recomendável segundo os padrões da World

Meteorological Organization – WMO, uma das organizações mundiais, em termos de

concepção e técnica para projetos de redes de monitoramento, mais bem

conceituadas.

A WMO considera que o objetivo da rede de monitoramento é o de prover uma

densidade compatível para a distribuição de estações de monitoramento em uma

bacia hidrográfica, devendo possibilitar, portanto, a interpolação do conjunto de

dados para a caracterização do ciclo hidrológico, dos elementos meteorológicos e de

qualidade da água em qualquer ponto da bacia.

As normas da WMO, quanto à rede mínima de monitoramento, são definidas

segundo o tipo de estação de monitoramento e as características de relevo e de

clima da região.

Tabela 3: Densidade Mínima da Rede de Monitoramento.

Tipo de Região

Normas para Rede

Mínima de

Monitoramento

Normas Provisórias Toleradas

para Condições Difíceis de

Monitoramento

Área (km²) por Estação Área (km²) por Estação1

I. Regiões planas de zonas temperada,

mediterrânea e tropical. 1.000 - 2.500

3.000 - 10.000

II. Regiões montanhosas de zonas

temperada, mediterrânea e tropical. 300 - 1.000

1.000 - 5.0004

Pequenas ilhas montanhosas com

precipitação muito irregular e com grande

concentração de redes hidrográficas.

140 - 300

III. Regiões áridas e polares2. 5.000 - 20.000

3

FONTE: World Meteorological Organization, 1981.

NOTAS:

(1) Somente para circunstâncias excepcionalmente difíceis.

(2) Grandes desertos não estão incluídos.

(3) Dependendo da praticidade.

(4) Sob circunstâncias muito difíceis o valor poderá ser estendido para 10.000 km².

Para a avaliação da Rede em operação de Monitoramento na UGRHI, utilizou-se

como densidade mínima de estações o valor médio de 2.500 km²/estação.

De modo geral a Rede Fluviométrica em operação na bacia atende com folga, as

densidades mínimas recomendáveis pela WMO. Analisando por sub-bacias, nota-se

que não existe monitoramento fluviométrico na sub-bacia do Rio Bauru e do Rio

Claro.

A atual Rede de Monitoramento da Qualidade da Água conta com 12 estações em operação na UGRHI e atende com as densidades mínimas recomendáveis pela WMO. A sub-bacia do Rio Claro não conta com estação de monitoramento de Qualidade da Água. A sub-bacia do Rio Jaú passou a ter um ponto de monitoramento de qualidade em 2014.

Tabela 4: Densidade da Rede de Monitoramento da Bacia Tietê-Jacaré

Sub-bacia Área (km2) Estações

Fluviométricas

Densidade Estação

Fluviométrica

Estações Qualidade

Densidade Estação

Qualidade

1 Jacaré-Guaçú 4.183,47 5 836,69 4 1.045,87

2 Jacaré-Pepira 2.670,28 1 2.670,28 3 890,09

3 Jaú 1.527,61 1 1.527,61 1 1.527,61

4 Lençóis 1.436,61 1 1.436,61 2 718,31

5 Bauru 826,80 0 1 826,80

6 Rio Claro 1.159,10 0 0

Total 11.803,87 8 1.475,48 9 1.311,54

Em 2012 a CETESB passou a avaliar a dimensão e representatividade do

monitoramento de acordo com o Índice de Abrangência Espacial da Rede de

Monitoramento – IAEM, que considera fatores como fatores como a pressão

populacional, o macro-uso do solo e as informações de qualidade da água.

Com a inclusão dos dois novos pontos de monitoramento na Bacia em 2014 o Índice

de Abrangência Espacial passou a ser 0,51, atingindo um nível suficiente (de 0,505

a 0,605).

Para o diagnostico da rede de monitoramento existente é fundamental o

conhecimento das características de uso e ocupação do solo, dos usuários dos

recursos hídricos e das tendências socioeconômicas de crescimento da região.

Por meio das figuras abaixo é possível localizar as captações superficiais

regularizadas no DAEE em cada sub-bacia para abastecimento público (Figura 6),

para irrigação (Figura 7) e para fins industriais (Figura 8).

Figura 6: Captações para Abastecimento Público, em m

3/h (DAEE).

Figura 7: Captações para Irrigação, em m

3/h (DAEE).

Figura 8: Captações para fins Industriais, em m

3/h (DAEE).

Para analisar o potencial de uso de recursos hídricos em cada sub-bacia foi utilizado o critério indicado na Tabela 5 que apresenta o grau de ocorrência de cada tipo de uso.

Tabela 5: Potencial de Uso de Recursos Hídricos

Usos Usuários Grau de Ocorrência Fonte de Informação

Áreas de Manancial SABESP e Serviços Autônomos

Sim ou Não Cadastro DAEE 2015

Abastecimento Público Vazão outorgada acima de 500 m3/h Cadastro DAEE 2015

Irrigação Irrigante Vazão outorgada acima de 500 m3/h Cadastro DAEE 2015

Abastecimento Industrial Indústria Vazão outorgada acima de 500 m3/h Cadastro DAEE 2015

Mineração Mineração Áreas com Alta Demanda de Água Cadastro DAEE 2015

Os níveis foram caracterizados em: alto, médio e baixo, conforme indicado:

a) Alto Potencial de Utilização

Esta classe é restrita e corresponde a regiões onde há ocorrência, simultânea, de

quatro a cinco dos diferentes usos e usuários dos recursos hídricos superficiais

listados na Tabela 5.

b) Médio Potencial de Utilização

Esta área engloba três diferentes finalidades de uso em termos de demanda hídrica

listadas na Tabela 5.

c) Baixo Potencial de Utilização

Esta área concentra, no máximo, duas diferentes finalidades de uso listadas no na

Tabela 5.

A Tabela 6 apresenta, para cada uma das sub-bacias, os diferentes potenciais de

utilização dos recursos hídricos da UGRHI 13.

Tabela 6: Potencial de Uso de Recursos Hídricos na Bacia Tietê-Jacaré

Área de

Manancial

Captação para Abastecimento

Captação Indústria

Captação Irrigação

Mineração com Alta Demanda de Água

Potencial de

Utilização SUB-BACIA Outorga acima

de 500 m3/h

Outorga acima de 500 m

3/h

Outorga acima de 500 m

3/h

1 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú

X X X X Alto

2 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira

X X X X Alto

3 Sub-Bacia do Rio Jaú, X X X X Alto

4 Sub-Bacia do Rio Lençóis X X X X Alto

5 Sub-Bacia do Rio Bauru Baixo

6 Sub-Bacia do Rio Claro X X Baixo

Para uma melhor avaliação da rede de monitoramento existente é importante saber

o risco à contaminação das águas superficiais por atividade Antrópica. Para tanto se

utilizou de dados e características de uso e ocupação do solo para classificar as 6

sub-bacias segundo o potencial de contaminação de acordo com o critério

apresentado abaixo.

Tabela 7: Risco à Contaminação por Atividade Antrópica

Potencial Contaminante Grau de Ocorrência Fonte de Informação

Concentração de População Urbana Acima de 100.000 habitantes SEADE, 2013

Presença de Indústria Outorga acima de 500 m3/h Cadastro DAEE, 2015

Resíduos Sólidos Acima de 44.000 Kg/dia CETESB, 2013

Produção agrícola Área do Estado com maior produção agrícola

Áreas agrícolas

Áreas com consumo de agrotóxico

Percentual de proprietário que utiliza adubo corretivo superior a 60%

Áreas com mineração Áreas com produção de corretivos agrícolas, minerais energéticos, de cimento e cal

Inundação Áreas com risco a inundação

Os níveis foram caracterizados em: alto, médio e baixo, a saber:

a) Alto Potencial de Risco à Contaminação

Referente a regiões onde há ocorrência, simultânea, de pelo menos cinco dos

potenciais contaminantes listados na Tabela 7, tanto de fonte pontual como de fonte

difusa.

b) Médio Potencial de Risco à Contaminação

Esta área engloba, simultaneamente, de três a quatro potenciais contaminantes em

termos de degradação dos recursos hídricos listados na Tabela 7.

c) Baixo Potencial de Risco à Contaminação

Esta área concentra no máximo dois potenciais contaminantes, listados na Tabela 7.

A Tabela 8 apresenta a ocorrência ou não dos potenciais contaminantes nas sub-

bacias, bem como identificam os níveis de potenciais riscos à contaminação das

águas superficiais.

Tabela 8: Risco à Contaminação por Atividade Antrópica na UGRHI 13.

POPULAÇÃO

Presença de Indústria

Resíduos Sólidos

Áreas com consumo de agrotóxico

Áreas com maior

produção Agrícola

Áreas com utilização da

Adubos e Corretivos

Mineração

Inundação

SUB-BACIA Acima de 100.000

habitantes

Outorga acima de 500 m3/h

Acima de 44.000 Kg/dia

Acima de 60%

1

Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú

X X X

2

Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira

X

3 Sub-Bacia do Rio Jaú

X X X

4 Sub-Bacia do Rio Lençóis

X X X

5 Sub-Bacia do Rio Bauru

X X

6 Sub-Bacia do Rio Claro

X

Para auxiliar na localização das potenciais fontes pontuais contaminantes de águas

superficiais, seguem mapas com os lançamentos públicos (Figuras 9 e 10),

industriais (Figuras 11 e 12), rurais (Figuras 13 e 14) e de mineração (Figura15), por

sub-bacia baseado no cadastro de outorgas do DAEE 2015.

Figura 9: Lançamentos Públicos por vazão, em m

3/h.

Figura 10: Lançamentos Públicos por curso d’água, em m

3/h.

Figura 11: Lançamentos Industriais por indústria, em m

3/h.

Figura 12: Lançamentos Industriais por vazão, em m

3/h.

Figura 13: Lançamentos Rurais por Propriedade, em m

3/h.

Figura 14: Lançamentos Rurais por vazão, em m

3/h.

Figura 15: Lançamentos Mineração por vazão, em m

3/h.

Parâmetros de Qualidade da Água a Serem Monitorados

De acordo com características de uso e ocupação do solo, dos usos de recursos

hídricos nas sub-bacias foram propostos cinco grupos de monitoramento. Para cada

grupo foi definido um conjunto mínimo de parâmetros de qualidade da água a ser

monitorado.

Segundo o relatório de AVALIAÇÃO E PROPOSIÇÃO DA REDE DE

MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICA E DE QUALIDADE DA ÁGUA DO

PARANÁ, 2010 “É fundamental observar que a definição concreta dos parâmetros a

serem monitorados, numa determinada estação de monitoramento, só será possível

a partir de uma análise detalhada da área de interesse, considerando suas

particularidades de uso e ocupação do solo e dos usuários dos recursos hídricos.

Um exemplo clássico desta assertiva é o caso dos agrotóxicos. Neste caso, só

poderão ser definidos parâmetros a serem monitorados, após a investigação de

quais são os produtos de agrotóxicos comercializados na região a ser monitorada e,

por conseguinte, a identificação dos ingredientes ativos presentes nestes produtos”.

Os grupos de monitoramento propostos são descritos a seguir.

Grupo I:

Estabelece o conjunto básico de informações a ser monitorado em todas as

estações de monitoramento: pH (potencial hidrogeniônico), oxigênio dissolvido,

condutividade, temperatura, turbidez, cor (padrão cobalto-platina) e profundidade

secchi.

Grupo II:

Recomendado em áreas de mananciais. Estabelece o conjunto de informações para

o controle de matéria orgânica e toxinas em regiões com elevado índice de

nutrientes e em áreas com problemas de drenagem urbana e poluição difusa.

Grupo III:

Estabelece o conjunto de informações para o controle de matéria orgânica,

transporte de sólidos, óleos e graxas. Recomendado em áreas de forte conurbação

e ocupação urbana, abrangendo também áreas industriais e áreas com problemas

de drenagem urbana e poluição difusa.

Grupo IV:

Estabelece o conjunto de informações para o monitoramento em áreas industriais e

de mineração.

Grupo V:

Estabelece o conjunto de informações para o monitoramento em áreas agrícolas.

As sub-bacias divididas por grupo poder ser visualizadas na Tabela 9. Os

parâmetros de qualidade da água que devem ser monitorados em cada grupo estão

tabulados na Tabela 10. A Tabela 11 expõe os parâmetros monitorados em 2014. As

Tabelas de 12 a 16 indicam quais parâmetros são monitorados e quais ainda são

carentes de monitoramento em cada sub-bacia.

Tabela 9: Determinação dos Parâmetros de Qualidade da Água das Sub-bacias

Grupos

SUB-BACIA Área de

Manancial População

Urbana Atividade Industrial

Área Agrícola

I II III IV V

1 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú

X X X X X X X X X

2 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira

X X X X X X X X X

3 Sub-Bacia do Rio Jaú X X X X X X X X X

4 Sub-Bacia do Rio Lençóis X X X X X X X X X

5 Sub-Bacia do Rio Bauru X X X X X

6 Sub-Bacia do Rio Claro X X X X X X X

Tabela 10: Parâmetros de Qualidade da Água a Serem Monitorados

Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos

Geral Áreas de Manancial Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)

Áreas Industriais e de Mineração

Áreas Agrícolas

Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas

Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas

Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas

Conjunto Mínimo de Parâmetros de

Qualidade da Água

Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados

PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina

OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis

Condutividade

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Hidrocarbonetos

Turbidez Coliformes Termotolerantes Coliformes Termotolerantes Fenóis

Resíduos de Pesticidas Organociorados

Profundidade Secchi

Densidade de Cianobactérias e Clorofila A

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fósforo Total)

Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides

Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Toxidade para organismos aquáticos

Toxidade para organismos aquáticos

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fósforo Total)

Toxidade para organismos aquáticos

Outros Outros Outros Outros

Tabela 11. Parâmetros monitorados em 2014.

Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira Sub-Bacia Rio Jaú Sub-Bacia do Rio Lençóis Sub-Bacia Rio Bauru

JCGU 03900 JCGU 03400 JCGU 03200 MONJ 04400 JPEP 03500 JPEP 03600 *JPEP 03150 *JAHU 02 500 LENS 03950 LENS 02500 RGRA 02990 TIET 02500

Cor X X X X X X X X X X X X

Condutividade X X X X X X X X X X X X

OD X X X X X X X X X X X X

PH X X X X X X X X X X X X

Temperatura X X X X X X X X X X X X

Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia X X X X X X X X X X X

Alcalinidade Total X

Alumínio Dissolv. X X X X X X X X X X X X

Alumínio Total X X X X X X X X X X X X

Arsênio Total X X

Bario Total X X X X X X X X X X X X

Boro Total X

Cádmio Total X X X X X X X X X X X X

Carbono Orgânico Dissolvido X X X X X X X X X

Carbono Orgânico Total X X X X X X X X X X X X

Chumbo Total X X X X X X X X X X X X

Cloreto Total X X X X X X X X X X X X

Cobre Dissolvido X X X X X X X X X X X X

Cobre Total X X X X X X X X X X X X

Cor Verdadeira X X X X

Cromo Total X X X X X X X X X X X X

DBO X X X X X X X X X X X X

Dureza X

Fenóis Totais X X

Ferro Dissolv. X X X X X X X X X X X X

Ferro Total X X X X X X X X X X X X

Fosforo Total X X X X X X X X X X X X

Manganês Total X X X X X X X X X X X X

Mercúrio Total X X X X X X X X X X X X

Níquel Total X X X X X X X X X X X X

Nitrogênio Amoniacal X X X X X X X X X X X X

Nitrogênio Kjeldahl X X X X X X X X X X X X

Nitrogênio Nitrato X X X X X X X X X X X X

Nitrogênio Nitrito X X X X X X X X X X X X

Potássio X X X X X X X X X X X X

Potencial de Formação de THM X

Sódio X X X X X X X X X X X X

Sólido Dissolvido Total X X X X X X X X X X X X

Sólido Total X X X X X X X X X X X X

Subst. Tensoat. Reagem c/ Azul Metileno X X X X X X X X X X X X

Turbidez X X X X X X X X X X X X

Zinco Total X X X X X X X X X X X X

Clorofila-a X X X X X X X X X X X

Feofitina-a X X X X X X X X X X X

Cryptosporidium sp X

E. coli X X X X X X X X X X X

Giardia X

Benzeno X

Estireno X

Etilbenzeno X

m,p-Xileno X

o-Xileno X

Tolueno X

Tabela 12: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Jacaré-Guaçu.

Sub-bacia Rio Jacaré-Guaçú

Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos

Geral Áreas de Manancial

Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)

Áreas Industriais e de Mineração Áreas Agrícolas

Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas

Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas

Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas

Conjunto Mínimo de Parâmetros de

Qualidade da Água

Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados

PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina

OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis

Condutividade

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Hidrocarbonetos

Turbidez Coliformes Termotolerantes

Coliformes Termotolerantes

Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados

Profundidade Secchi Densidade de Cianobactérias e Clorofila A

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides

Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Toxidade para organismos aquaticos ???

Toxidade para organismos aquaticos ????

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Toxidade para organismos aquaticos???

Outros Outros Outros Outros

Legenda

Realiza

Parcial

Não realiza

Realiza em apenas uma estação

É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???

Tabela 13: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Jacaré-Pepira.

Sub-bacia Rio Jacaré-Pepira

Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos

Geral Áreas de Manancial

Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)

Áreas Industriais e de Mineração Áreas Agrícolas

Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas

Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas

Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas

Conjunto Mínimo de Parâmetros de

Qualidade da Água

Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados

PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina

OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis

Condutividade

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Hidrocarbonetos

Turbidez Coliformes Termotolerantes

Coliformes Termotolerantes

Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados

Profundidade Secchi Densidade de Cianobactérias e Clorofila A

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides

Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Toxidade para organismos aquaticos ???

Toxidade para organismos aquaticos ????

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Toxidade para organismos aquaticos???

Outros Outros Outros Outros

Legenda

Realiza

Parcial

Não realiza

Realiza em apenas uma estação

É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???

Tabela 14: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Jaú.

Sub-bacia Rio Jaú

Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos

Geral Áreas de Manancial Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)

Áreas Industriais e de Mineração

Áreas Agrícolas

Tipo de Efluente

Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas

Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas

Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas

Conjunto Mínimo de

Parâetros de Qualidade da

Água

Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados

PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina

OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis

Condutividade

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Hidrocarbonetos

Turbidez Coliformes Termotolerantes

Coliformes Termotolerantes Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados

Profundidade Secchi Densidade de Cianobactérias e Clorofila A

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides

Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Toxidade para organismos aquaticos ???

Toxidade para organismos aquaticos ????

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Toxidade para organismos aquaticos???

Outros Outros Outros Outros

Legenda

Realiza

Parcial

Não realiza

Realiza em apenas uma estação

É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???

Tabela 15: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Lençóis.

Sub-bacia Rio Lençóis

Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos

Geral Áreas de Manancial Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)

Áreas Industriais e de Mineração

Áreas Agrícolas

Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas

Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas

Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas

Conjunto Mínimo de Parâetros de Qualidade

da Água

Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados

PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina

OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis

Condutividade

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Hidrocarbonetos

Turbidez Coliformes Termotolerantes Coliformes Termotolerantes Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados

Profundidade Secchi

Densidade de Cianobactérias e Clorofila A

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides

Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Toxidade para organismos aquaticos ???

Toxidade para organismos aquaticos ????

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Toxidade para organismos aquaticos???

Outros Outros Outros Outros

Legenda

Realiza

Parcial

Não realiza

Realiza em apenas uma estação

É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???

Tabela 16: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Bauru.

Sub-bacia Rio Bauru

Características Gerais Grupo 1 Grupo 3 Grupo 5

Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos Geral Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)

Áreas Agrícolas

Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica, óleos e graxas Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas

Conjunto Mínimo de Parâetros de Qualidade da Água

Temperatura DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados

PH DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina

OD OD Benzimidazol e triazóis

Condutividade Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Hidrocarbonetos

Turbidez Coliformes Termotolerantes Resíduos de Pesticidas Organociorados

Profundidade Secchi Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Resíduos de Inseticidas Piretróides

Cor Óleos e Graxas

Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão

Toxidade para organismos aquaticos ???

Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)

Toxidade para organismos aquaticos???

Outros Outros

Legenda

Realiza Parcial

Não realiza Realiza em apenas uma estação

É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???

Figura 16: Lançamentos (m

3/h) e Pontos de Monitoramento de Qualidade da Água.

Analisando a Figura 16, nota-se que, de um modo geral o número de postos de

qualidade nas sub-bacias 1 e 2 atendem a necessidade, no entanto, se houvesse

uma mudança de localização de alguns postos, a rede seria mais eficiente.

Já na sub-bacia 3 não existia posto de monitoramento de qualidade até 2014, o que

era preocupante, devido a grande utilização de recursos hídricos nessa sub-bacia e

do alto potencial de contaminantes.

Já nas sub-bacias 4 e 5 acredita-se que a rede está bem dimensionada.

A sub-bacia 6 não possui estação de monitoramento da qualidade da água, no

entanto, entende-se que, no momento, realmente não é necessário realizar o

monitoramento de qualidade nesta bacia, devido a pequena utilização dos recursos

hídricos superficiais na região.

Quanto aos parâmetros analisados, nota-se que a rede não atende as necessidades

exigidas quanto devido aos tipos de potencial polidor presente na bacia,

principalmente referente a poluição orgânica pela utilização de inseticidas,

herbicidas e fungicidas, o que é preocupante, já que a bacia tem forte característica

agrícola.

Segundo o Panorama da Contaminação Ambiental por Agrotóxicos e Nitrato de

origem Agrícola no Brasil: Cenário 1992/2011 (Embrapa, 2014) “estudos realizados

por Corbi et al. (2006) em sedimentos de 11 córregos da região central, em áreas

com cultivo de cana-de-açúcar, pastagem e mata ciliar, com abrangência dos

municípios de São Carlos, Araraquara, Ribeirão Bonito, Ibaté, Dourado e Américo

Brasiliense, identificaram a presença de 16 organoclorados. Entre tais produtos,

destacaram-se Aldrin, BHC, Endrin, DDT, Endossulfan I, Endossulfan II e Sulfato. O

Aldrin esteve presente no sedimento de todos os córregos e em altas

concentrações, de acordo com os valores de referência do Conselho Nacional Do

Meio Ambiente (2009). Os valores para este produto variaram de 7,14 no córrego

Andes (pastagem) até 1787 μg kg-1 no córrego do Ouro (cana-de-açúcar). No

entanto, os maiores valores e ocorrências foram observados nos córregos situados

em áreas adjacentes ao cultivo de cana-de-açúcar. Os resultados obtidos para o

composto BHC (alfa, beta e delta) evidenciaram que os córregos com atividade

canavieira no entorno apresentaram maiores quantidades e ocorrências desses

compostos. Os valores variaram de 1,75 μg kg-1 de alfa BHC no córrego Chibarro

(cana-de-açúcar) até 93,8 μg kg-1 de delta BHC para o mesmo córrego. O composto

Endrin, que pertence à classe toxicológica I (altamente tóxico), é um inseticida com

uso frequente nas culturas de cana-de-açúcar, algodão, milho e soja e que possui

efeitos tóxicos similares ao do Aldrin e Dieldrin. Este composto apresentou valores

que variaram entre 1,16 μg kg-1 e 31,7 μg kg-1 e foi detectado em todos os córregos

com atividade canavieira no entorno. Os produtos organoclorados Endossulfan I e

Endossulfan II, juntamente com DDT e seus análogos Dicloro-difenil-dicloroetano

(DDD) e Dicloro-difenil-clorofeniletileno (DDE) estiveram presentes em

concentrações variáveis, porém baixas, em todos os córregos estudados. Já o

agrotóxico Endossulfan Sulfato, principal metabólito do Endossulfan I e Endosulfan

II, esteve presente em todos os córregos estudados, em altas concentrações e em

maiores quantidades em relação aos isômeros I e II. No entanto, devido a alta

persistência desses produtos no ambiente, com meia vida longa, é possível que

parte dos mesmos tenha relação direta com a atividade cafeeira dos anos 50 e 60,

muito presente na região de Ribeirão Preto, apesar do declínio acentuado da

produção brasileira após a crise mundial de 1929.”

Dados como esse comprovam a necessidade do monitoramento de parâmetros que

comprovem a contaminação em áreas agrícolas, principalmente nas sub-bacias dos

Rios Jacaré-Guaçú e Jacaré-Pepira, regiões de grande área de vulnerabilidade de

qualidade da água subterrânea.

Figura 17: Captações (m3/h) e Pontos de Monitoramento de Vazão.

Figura 18: Captações (m3/h) e Pontos de Monitoramento de Vazão.

Figura 19: Captações (m

3/h) e Pontos de Monitoramento de Vazão comparativo com a vazão mínima.

Analisando a Figura 18, nota-se que, de um modo geral o número de postos de

qualidade na sub-bacia 1 atenderia a necessidade se todos os postos estivessem

em operação. Devido a grande demanda de água nesta região, seria importante a

reativação dos postos 5C-014 e 5C-021, ambos localizados no Rio Jacaré-Guaçú.

A exemplo do que ocorre na sub-bacia 1, também é de extrema importância a

reativação do posto 5C-020 na sub-bacia 2, localizado no Rio Jacaré-Pepira, já

que existe grandes captações logo a montante desde ponto.

Na sub-bacia 3 acredita-se que a rede de monitoramento de vazão está bem

dimensionada.

Na sub-bacia 4 considera-se mais interessante o monitoramento no posto 5D-012

que o 5D-013. Também seria interessante incluir o monitoramento no Ribeirão dos

Patos.

As sub-bacias 5 e 6 não possuem estação de monitoramento de vazão, no

entanto, entende-se que, no momento, realmente não é necessário realizar o

monitoramento de qualidade nesta bacia, devido a pequena utilização dos

recursos hídricos superficiais na região. Porém, seria interessante a inclusão de

pelo menos um posto fluviométrico na foz (descarga) de cada sub-bacia para

acompanhamento do deflúvio.

Através da Figura 19 é possível visualizar quais estações indicaram vazões

inferiores a vazão de referência, ou seja, vazão inferior ao Q7,10. Este fato ocorreu

no Rio Itaquerê (5C-029), no Córrego São João (5C-028) e no Rio Jacaré-Pepira

(5D-008).