diagnóstico da rede de monitoramento da ugrhi 13 · dados para a caracterização do ciclo...
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APRESENTAÇÃO
O presente trabalho visa atender o item 3.3 - “Monitoramento Hidrológico” do anexo
da Deliberação CRH nº147.
Tendo em vista a importância do monitoramento quali/quantitativo da água para
gestão de recursos hídricos, este colegiado realizou o diagnostico da rede de
monitoramento existente na bacia e propõe a ampliação, alteração/ manutenção de
dessa rede.
O relatório está dividido em duas partes:
Parte A: Identificação e mapeamento dos pontos de monitoramento existentes de
quantidade (pluviométricos e fluviométricos) e qualidade dos órgãos gestores e
outros com dados disponíveis e acessíveis (tanto de quantidade quanto de
qualidade).
Parte B: Identificação das áreas da UGRHI que necessitam a ampliação, alteração
ou manutenção de suas redes de monitoramento de quantidade e qualidade com as
justificativas para essas propostas (tanto para quantidade quanto para qualidade).
O CBH-TJ optou por tratar inicialmente do monitoramento de águas superficiais para
posteriormente estudar o monitoramento de água subterrânea.
RESUMO
A rede de monitoramento é importante para auxiliar a gestão, o planejamento, a
fiscalização e a outorga de recursos hídricos e tem como objetivo auxiliar no
cumprimento de um dos objetivos da Política Estadual de Recursos Hídricos que é
assegurar que a água, recurso natural essencial à vida, ao desenvolvimento
econômico e ao bem-estar social, possa ser controlada e utilizada, em padrões de
qualidade satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras, em todo
território do Estado de São Paulo.
Sendo assim, este diagnóstico tem a finalidade de verificar se a rede de
monitoramento oficial implantada está cumprindo sua proposta de balizar os
instrumentos de gestão e a fiscalização dos recursos hídricos e se está sendo
operada adequadamente. Além disso, foram propostas alterações nos postos de
monitoramento de acordo com os tipos de usos existentes nos principais cursos
d’água e de características de uso e ocupação do solo.
Esta análise resultou no mapeamento das áreas críticas da UGRHI em função da
utilização dos recursos hídricos e potenciais riscos de contaminação, sendo
prioritárias para o monitoramento.
Esse documento foi executado pela Secretária executiva deste colegiado e
posteriormente submetido a analise e sugestões da Câmara Técnica de
Planejamento e Gestão do Comitê de Bacia Hidrográfica Tietê-Jacaré.
INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta o diagnóstico da rede de monitoramento existente
quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos superficiais na UGRHI 13 e identifica
áreas onde o monitoramento é ineficaz, propondo a adequação da rede para uma
gestão e fiscalização mais eficiente.
Foram avaliadas as principais características de uso e ocupação do solo e dos
usuários dos recursos hídricos da bacia hidrográfica Tietê-Jacaré possibilitando a
diferenciar áreas de acordo com diferentes níveis de risco de contaminação e de
potencial utilização dos recursos hídricos gerando um produto capaz de auxiliar na
gestão das águas.
OBJETIVO*
O objetivo de uma rede de monitoramento é definir um conjunto de informações -
quantidade e qualidade da água - de forma que se possam avaliar as vazões e as
características físicas, químicas e biológicas de um ponto selecionado no corpo
d’água e a sua influência e efeito na sua área de contribuição total.
O monitoramento oferece informações necessárias para a implantação dos
instrumentos de gestão dos recursos hídricos e da sua fiscalização, construindo as
bases para uma gestão participativa e transparente.
Para determinação de uma rede de monitoramento eficiente é fundamental a inter-
relação de um banco de dados consistente entre as ferramentas de gestão dos
recursos hídricos, as características de uso e ocupação do solo, os usuários dos
recursos hídricos e as tendências socioeconômicas de crescimento da região.
Sendo assim, os objetivos da rede de monitoramento das águas superficiais são:
Apoiar e propiciar informações para subsidiar a gestão e o planejamento dos
recursos hídricos;
Gerar dados importantes para o aprimoramento dos estudos sobre recursos
hídricos,
Otimizar a fiscalização e o controle dos usuários de recursos hídricos.
O monitoramento destinado à gestão e ao planejamento configura uma ação de
longo termo e procura fornecer informações que subsidiem a implantação dos
instrumentos do Plano Estadual de Recursos Hídricos. Já o monitoramento
destinado à fiscalização possui um foco específico em atividades humanas que
possam influenciar na quantidade e na qualidade das águas. Por fim, o
monitoramento para o controle visa identificar áreas críticas destinadas à proposição
de ações preventivas e avaliar a eficácia das medidas de controle na manutenção
e/ou na melhoria da quantidade e da qualidade das águas.
Em termos específicos, é possível detalhar, preliminarmente, estes objetivos:
a) Quanto à gestão e ao planejamento:
1. Contribuir para a calibração e validação de modelos hidrológicos,
climatológicos, de qualidade da água e de transporte de sedimentos;
2. Determinar a variabilidade, espacial e temporal, da quantidade e da
qualidade da água para avaliar sua adequabilidade aos usos propostos;
3. Acompanhar a evolução e as tendências, a curto, médio e longo prazo, da
quantidade e da qualidade da água do manancial;
4. Fazer o prognóstico do efeito de novas captações ou de lançamentos de
efluentes no corpo hídrico;
5. Avaliar as consequências do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica;
6. Avaliar as variações hidrológicas, provocadas por obras hidráulicas, sobre
o regime de escoamento do curso de água;
7. Estabelecer as bases para a gestão, participativa e transparente, dos
recursos hídricos; e,
8. Subsidiar a tomada de decisão com relação à gestão dos recursos hídricos.
b) Quanto à fiscalização:
1. Fiscalizar, em termos quantitativos e qualitativos, os usuários dos recursos
hídricos.
c) Quanto ao controle:
1. Identificar as áreas críticas e avaliar a urgência de ações que visem a
melhoria da quantidade e da qualidade da água;
2. Avaliar a eficácia das medidas de controle na manutenção e/ou na melhoria
da quantidade e da qualidade da água; e,
3. Determinar as variações da quantidade e da qualidade da água, em
períodos específicos, para detectar e medir as tendências e, também, propor
ações preventivas.
A rede de monitoramento da UGRHI 13 é composta por 15 estações fluviométricas,
10 estações de qualidade da água e 109 estações pluviométricas. A bacia conta
com a seguinte rede de monitoramento em operação: 8 estações fluviométricas, 10
estações de qualidade da água e 19 estações pluviométricas, conforme Figuras 1 a
4.
(*)Objetivo retirado do: Produto 1.2 – Parte C – Avaliação e Proposição da Rede de Monitoramento Hidrometereológica e de Qualidade da Água, Volume I – Águas Superficiais - integra os produtos previstos para o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Paraná, em execução pelo Instituto de Águas do Paraná (antiga Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – – SUDERHSA / COBRAPE.
Figura 3: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água (CETESB)
Em 2014 foram instalados dois novos pontos de monitoramento na Bacia, um no Rio
Jaú, sub-bacia 3 e outro no Rio Jacaré-Pepira, sub-bacia 2 em pontos coincidentes
com o monitoramento fluviométrico realizado pelo DAEE, Tabela 1.
Tabela 1: Novos Pontos de Amostragem na Rede de Monitoramento CETESB 2014
SUB-BACIA Município Área de
Drenagem (km2)
Responsável Nome
Estação Prefixo DAEE
Código CETESB
Curso D'água
Última Medição
Coordenadas
2 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira
Brotas 442,00 DAEE / CETESB
Brotas 5D-028 JPEP 03150 Rio
Jacaré Pepira
2014 7531952.6 797011
3 Sub-Bacia do
Rio Jaú Jaú 417,00
DAEE / CETESB
Jaú 5D-029 JAHU 02500 Rio Jaú 2014 7531834.0 753269.7
A localização dos novos pontos de monitoramento pode ser vista no mapa abaixo,
Figura 4.
Figura 4: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água 2014 (CETESB)
Figura 5: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água (CETESB) e Vazão (DAEE).
DIAGNÓSTICO DA REDE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO TIETÊ-JACARÉ Identificados os postos de monitoramento, pode-se verificar inicialmente que, assim
como ocorre em todo Estado de São Paulo, na bacia hidrográfica do Tietê-Jacaré
também apresenta uma rede de monitoramento fluviométrica distinta da rede de
monitoramento de qualidade da água, rompendo assim o que deveria ser a
indissociabilidade do binômio quantidade e qualidade da água, tão importante na
gestão dos recursos hídricos. Em 2013, das 16 estações ativas da UGRHI, apenas
uma possui monitoramento de nível, descarga e qualidade. Em 2014 esse número
passou a 3, com a inclusão de dois pontos de monitoramento de qualidade em
pontos onde já havia monitoramento fluviométrico.
Não existe monitoramento telemétrico na bacia. O monitoramento em tempo real é
importante, pois permite controlar a disponibilidade hídrica; orientar a gestão no
momento de crise hídrica; a operação das descargas para jusante dos reservatórios;
o alerta quando da ocorrência de vazões máximas (enchentes); e, acompanhar a
dinâmica das águas, permitindo maior agilidade na mobilização de equipes de
fiscalização.
A seguir, as estações foram classificadas de acordo com o tipo de monitoramento:
Tabela 2: Postos de Monitoramento de Qualidade da Água (CETESB, 2013) e Vazão (DAEE, 2013).
Coordenadas Tipo Monitoramento
SUB-BACIA
Município Área de
Drenagem (km2)
Código ANA
Responsável Nome Estação Prefixo DAEE
Código CETESB
Curso D'água
Última Medição
Nível Descarga Sedimentos Qualidade
1
Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú
Ibitinga
CETESB Ponte SP-304 Ibitinga a Itajú.
JCGU 03900
Rio Jacaré-Guaçú
7584866.2 724043.8
X
Ibitinga 338,00
DAEE Sítio Esperança 5C-028
Córrego São João
2013 7589247.0 729708.3 X X
Nova Europa 334,00
DAEE Meia Legua 5C-029
Rio Itaquerê
2013 7588692.3 752174 X X
Araraquara 1.867,00
DAEE / CETESB
Ponte SP-255,
Boa Esperança do Sul a Araraquara, junto a régua DAEE 5C-013
5C-013 JCGU 03400
Rio Jacaré-Guaçú
2014 7579525.6 781274.2 X X
X
Ribeirão Bonito
CETESB Pontea jusante do Cór. Santa Rufina.
JCGU 03200
Rio Jacaré-Guaçú
7562587.1 796875
X
São Carlos
CETESB
Ponte a jusante da ETE MONJILINHO.
MONJ 04400
Rio Monjolinh
o
7560160.0 814080.2
X
Boa Esperança do Sul 190,00
DAEE Boa Esperança do Sul 5C-027
Rio Boa Esperança
2014 7565784.0 769691.5
X X
Araraquara 56,00
DAEE Araraquara Urbano 5C-015
Ribeirão do Ouro
2013 7585642.3 792017.8
X X
2
Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira
Dourado CETESB Ponte SP-255, Jaú a Boa Esperança do
Sul. JPEP 03500
Rio Jacaré Pepira
7556395.6 764309.9 X
Bocaina CETESB Ponte sobre o Rio Jacaré-Pepira, a
jusante do Ribeirão da Bocaina JPEP 03600
Rio Jacaré Pepira
7556909 759355.8 X
Brotas 442,00 DAEE Brotas 5D-028 Rio Jacaré
Pepira 2014 7531952.6 797011 X X
3 Sub-Bacia do Rio Jaú
Jaú 417,00
DAEE Jaú 5D-029
Rio Jaú 2014 7531834.0 753269.7
X X
4 Sub-Bacia
do Rio Lençóis
Igaraçú do Tietê
CETESB Ponte na Rod. Macatuba / Igaraçu do
Tiete, a 400 metros da sua Foz LENS 03950
Rio Lençóis
7509384.3 744609.6 X
Lençóis Paulista
185,00 DAEE Montante Lençóis 5D-013 Rio
Lençóis 2014 7502272.5 720433 X X
Lençóis Paulista
CETESB Na Rua Quinze de Novembro, 1111, na captação do município de Lençóis
Paulista.
LENS 02500
Rio Lençóis
7499425.5 725763.5 X
5 Sub-Bacia do Rio Bauru
Pederneiras CETESB Ponte na Rod. Augusto Sgavioli, a 3
km da sua foz no rio Tiete RGRA 02990
Ribeirão Grande
7536658.7 725706.8 X
6 Sub-Bacia do Rio Claro
Na primeira etapa, a rede de monitoramento em operação foi avaliada de acordo
com a densidade mínima recomendável segundo os padrões da World
Meteorological Organization – WMO, uma das organizações mundiais, em termos de
concepção e técnica para projetos de redes de monitoramento, mais bem
conceituadas.
A WMO considera que o objetivo da rede de monitoramento é o de prover uma
densidade compatível para a distribuição de estações de monitoramento em uma
bacia hidrográfica, devendo possibilitar, portanto, a interpolação do conjunto de
dados para a caracterização do ciclo hidrológico, dos elementos meteorológicos e de
qualidade da água em qualquer ponto da bacia.
As normas da WMO, quanto à rede mínima de monitoramento, são definidas
segundo o tipo de estação de monitoramento e as características de relevo e de
clima da região.
Tabela 3: Densidade Mínima da Rede de Monitoramento.
Tipo de Região
Normas para Rede
Mínima de
Monitoramento
Normas Provisórias Toleradas
para Condições Difíceis de
Monitoramento
Área (km²) por Estação Área (km²) por Estação1
I. Regiões planas de zonas temperada,
mediterrânea e tropical. 1.000 - 2.500
3.000 - 10.000
II. Regiões montanhosas de zonas
temperada, mediterrânea e tropical. 300 - 1.000
1.000 - 5.0004
Pequenas ilhas montanhosas com
precipitação muito irregular e com grande
concentração de redes hidrográficas.
140 - 300
III. Regiões áridas e polares2. 5.000 - 20.000
3
FONTE: World Meteorological Organization, 1981.
NOTAS:
(1) Somente para circunstâncias excepcionalmente difíceis.
(2) Grandes desertos não estão incluídos.
(3) Dependendo da praticidade.
(4) Sob circunstâncias muito difíceis o valor poderá ser estendido para 10.000 km².
Para a avaliação da Rede em operação de Monitoramento na UGRHI, utilizou-se
como densidade mínima de estações o valor médio de 2.500 km²/estação.
De modo geral a Rede Fluviométrica em operação na bacia atende com folga, as
densidades mínimas recomendáveis pela WMO. Analisando por sub-bacias, nota-se
que não existe monitoramento fluviométrico na sub-bacia do Rio Bauru e do Rio
Claro.
A atual Rede de Monitoramento da Qualidade da Água conta com 12 estações em operação na UGRHI e atende com as densidades mínimas recomendáveis pela WMO. A sub-bacia do Rio Claro não conta com estação de monitoramento de Qualidade da Água. A sub-bacia do Rio Jaú passou a ter um ponto de monitoramento de qualidade em 2014.
Tabela 4: Densidade da Rede de Monitoramento da Bacia Tietê-Jacaré
Sub-bacia Área (km2) Estações
Fluviométricas
Densidade Estação
Fluviométrica
Estações Qualidade
Densidade Estação
Qualidade
1 Jacaré-Guaçú 4.183,47 5 836,69 4 1.045,87
2 Jacaré-Pepira 2.670,28 1 2.670,28 3 890,09
3 Jaú 1.527,61 1 1.527,61 1 1.527,61
4 Lençóis 1.436,61 1 1.436,61 2 718,31
5 Bauru 826,80 0 1 826,80
6 Rio Claro 1.159,10 0 0
Total 11.803,87 8 1.475,48 9 1.311,54
Em 2012 a CETESB passou a avaliar a dimensão e representatividade do
monitoramento de acordo com o Índice de Abrangência Espacial da Rede de
Monitoramento – IAEM, que considera fatores como fatores como a pressão
populacional, o macro-uso do solo e as informações de qualidade da água.
Com a inclusão dos dois novos pontos de monitoramento na Bacia em 2014 o Índice
de Abrangência Espacial passou a ser 0,51, atingindo um nível suficiente (de 0,505
a 0,605).
Para o diagnostico da rede de monitoramento existente é fundamental o
conhecimento das características de uso e ocupação do solo, dos usuários dos
recursos hídricos e das tendências socioeconômicas de crescimento da região.
Por meio das figuras abaixo é possível localizar as captações superficiais
regularizadas no DAEE em cada sub-bacia para abastecimento público (Figura 6),
para irrigação (Figura 7) e para fins industriais (Figura 8).
Figura 6: Captações para Abastecimento Público, em m
3/h (DAEE).
Figura 7: Captações para Irrigação, em m
3/h (DAEE).
Figura 8: Captações para fins Industriais, em m
3/h (DAEE).
Para analisar o potencial de uso de recursos hídricos em cada sub-bacia foi utilizado o critério indicado na Tabela 5 que apresenta o grau de ocorrência de cada tipo de uso.
Tabela 5: Potencial de Uso de Recursos Hídricos
Usos Usuários Grau de Ocorrência Fonte de Informação
Áreas de Manancial SABESP e Serviços Autônomos
Sim ou Não Cadastro DAEE 2015
Abastecimento Público Vazão outorgada acima de 500 m3/h Cadastro DAEE 2015
Irrigação Irrigante Vazão outorgada acima de 500 m3/h Cadastro DAEE 2015
Abastecimento Industrial Indústria Vazão outorgada acima de 500 m3/h Cadastro DAEE 2015
Mineração Mineração Áreas com Alta Demanda de Água Cadastro DAEE 2015
Os níveis foram caracterizados em: alto, médio e baixo, conforme indicado:
a) Alto Potencial de Utilização
Esta classe é restrita e corresponde a regiões onde há ocorrência, simultânea, de
quatro a cinco dos diferentes usos e usuários dos recursos hídricos superficiais
listados na Tabela 5.
b) Médio Potencial de Utilização
Esta área engloba três diferentes finalidades de uso em termos de demanda hídrica
listadas na Tabela 5.
c) Baixo Potencial de Utilização
Esta área concentra, no máximo, duas diferentes finalidades de uso listadas no na
Tabela 5.
A Tabela 6 apresenta, para cada uma das sub-bacias, os diferentes potenciais de
utilização dos recursos hídricos da UGRHI 13.
Tabela 6: Potencial de Uso de Recursos Hídricos na Bacia Tietê-Jacaré
Área de
Manancial
Captação para Abastecimento
Captação Indústria
Captação Irrigação
Mineração com Alta Demanda de Água
Potencial de
Utilização SUB-BACIA Outorga acima
de 500 m3/h
Outorga acima de 500 m
3/h
Outorga acima de 500 m
3/h
1 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú
X X X X Alto
2 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira
X X X X Alto
3 Sub-Bacia do Rio Jaú, X X X X Alto
4 Sub-Bacia do Rio Lençóis X X X X Alto
5 Sub-Bacia do Rio Bauru Baixo
6 Sub-Bacia do Rio Claro X X Baixo
Para uma melhor avaliação da rede de monitoramento existente é importante saber
o risco à contaminação das águas superficiais por atividade Antrópica. Para tanto se
utilizou de dados e características de uso e ocupação do solo para classificar as 6
sub-bacias segundo o potencial de contaminação de acordo com o critério
apresentado abaixo.
Tabela 7: Risco à Contaminação por Atividade Antrópica
Potencial Contaminante Grau de Ocorrência Fonte de Informação
Concentração de População Urbana Acima de 100.000 habitantes SEADE, 2013
Presença de Indústria Outorga acima de 500 m3/h Cadastro DAEE, 2015
Resíduos Sólidos Acima de 44.000 Kg/dia CETESB, 2013
Produção agrícola Área do Estado com maior produção agrícola
Áreas agrícolas
Áreas com consumo de agrotóxico
Percentual de proprietário que utiliza adubo corretivo superior a 60%
Áreas com mineração Áreas com produção de corretivos agrícolas, minerais energéticos, de cimento e cal
Inundação Áreas com risco a inundação
Os níveis foram caracterizados em: alto, médio e baixo, a saber:
a) Alto Potencial de Risco à Contaminação
Referente a regiões onde há ocorrência, simultânea, de pelo menos cinco dos
potenciais contaminantes listados na Tabela 7, tanto de fonte pontual como de fonte
difusa.
b) Médio Potencial de Risco à Contaminação
Esta área engloba, simultaneamente, de três a quatro potenciais contaminantes em
termos de degradação dos recursos hídricos listados na Tabela 7.
c) Baixo Potencial de Risco à Contaminação
Esta área concentra no máximo dois potenciais contaminantes, listados na Tabela 7.
A Tabela 8 apresenta a ocorrência ou não dos potenciais contaminantes nas sub-
bacias, bem como identificam os níveis de potenciais riscos à contaminação das
águas superficiais.
Tabela 8: Risco à Contaminação por Atividade Antrópica na UGRHI 13.
POPULAÇÃO
Presença de Indústria
Resíduos Sólidos
Áreas com consumo de agrotóxico
Áreas com maior
produção Agrícola
Áreas com utilização da
Adubos e Corretivos
Mineração
Inundação
SUB-BACIA Acima de 100.000
habitantes
Outorga acima de 500 m3/h
Acima de 44.000 Kg/dia
Acima de 60%
1
Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú
X X X
2
Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira
X
3 Sub-Bacia do Rio Jaú
X X X
4 Sub-Bacia do Rio Lençóis
X X X
5 Sub-Bacia do Rio Bauru
X X
6 Sub-Bacia do Rio Claro
X
Para auxiliar na localização das potenciais fontes pontuais contaminantes de águas
superficiais, seguem mapas com os lançamentos públicos (Figuras 9 e 10),
industriais (Figuras 11 e 12), rurais (Figuras 13 e 14) e de mineração (Figura15), por
sub-bacia baseado no cadastro de outorgas do DAEE 2015.
Figura 9: Lançamentos Públicos por vazão, em m
3/h.
Figura 10: Lançamentos Públicos por curso d’água, em m
3/h.
Figura 11: Lançamentos Industriais por indústria, em m
3/h.
Figura 12: Lançamentos Industriais por vazão, em m
3/h.
Figura 13: Lançamentos Rurais por Propriedade, em m
3/h.
Figura 14: Lançamentos Rurais por vazão, em m
3/h.
Figura 15: Lançamentos Mineração por vazão, em m
3/h.
Parâmetros de Qualidade da Água a Serem Monitorados
De acordo com características de uso e ocupação do solo, dos usos de recursos
hídricos nas sub-bacias foram propostos cinco grupos de monitoramento. Para cada
grupo foi definido um conjunto mínimo de parâmetros de qualidade da água a ser
monitorado.
Segundo o relatório de AVALIAÇÃO E PROPOSIÇÃO DA REDE DE
MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICA E DE QUALIDADE DA ÁGUA DO
PARANÁ, 2010 “É fundamental observar que a definição concreta dos parâmetros a
serem monitorados, numa determinada estação de monitoramento, só será possível
a partir de uma análise detalhada da área de interesse, considerando suas
particularidades de uso e ocupação do solo e dos usuários dos recursos hídricos.
Um exemplo clássico desta assertiva é o caso dos agrotóxicos. Neste caso, só
poderão ser definidos parâmetros a serem monitorados, após a investigação de
quais são os produtos de agrotóxicos comercializados na região a ser monitorada e,
por conseguinte, a identificação dos ingredientes ativos presentes nestes produtos”.
Os grupos de monitoramento propostos são descritos a seguir.
Grupo I:
Estabelece o conjunto básico de informações a ser monitorado em todas as
estações de monitoramento: pH (potencial hidrogeniônico), oxigênio dissolvido,
condutividade, temperatura, turbidez, cor (padrão cobalto-platina) e profundidade
secchi.
Grupo II:
Recomendado em áreas de mananciais. Estabelece o conjunto de informações para
o controle de matéria orgânica e toxinas em regiões com elevado índice de
nutrientes e em áreas com problemas de drenagem urbana e poluição difusa.
Grupo III:
Estabelece o conjunto de informações para o controle de matéria orgânica,
transporte de sólidos, óleos e graxas. Recomendado em áreas de forte conurbação
e ocupação urbana, abrangendo também áreas industriais e áreas com problemas
de drenagem urbana e poluição difusa.
Grupo IV:
Estabelece o conjunto de informações para o monitoramento em áreas industriais e
de mineração.
Grupo V:
Estabelece o conjunto de informações para o monitoramento em áreas agrícolas.
As sub-bacias divididas por grupo poder ser visualizadas na Tabela 9. Os
parâmetros de qualidade da água que devem ser monitorados em cada grupo estão
tabulados na Tabela 10. A Tabela 11 expõe os parâmetros monitorados em 2014. As
Tabelas de 12 a 16 indicam quais parâmetros são monitorados e quais ainda são
carentes de monitoramento em cada sub-bacia.
Tabela 9: Determinação dos Parâmetros de Qualidade da Água das Sub-bacias
Grupos
SUB-BACIA Área de
Manancial População
Urbana Atividade Industrial
Área Agrícola
I II III IV V
1 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú
X X X X X X X X X
2 Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira
X X X X X X X X X
3 Sub-Bacia do Rio Jaú X X X X X X X X X
4 Sub-Bacia do Rio Lençóis X X X X X X X X X
5 Sub-Bacia do Rio Bauru X X X X X
6 Sub-Bacia do Rio Claro X X X X X X X
Tabela 10: Parâmetros de Qualidade da Água a Serem Monitorados
Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos
Geral Áreas de Manancial Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)
Áreas Industriais e de Mineração
Áreas Agrícolas
Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas
Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas
Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas
Conjunto Mínimo de Parâmetros de
Qualidade da Água
Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados
PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina
OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis
Condutividade
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Hidrocarbonetos
Turbidez Coliformes Termotolerantes Coliformes Termotolerantes Fenóis
Resíduos de Pesticidas Organociorados
Profundidade Secchi
Densidade de Cianobactérias e Clorofila A
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fósforo Total)
Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides
Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Toxidade para organismos aquáticos
Toxidade para organismos aquáticos
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fósforo Total)
Toxidade para organismos aquáticos
Outros Outros Outros Outros
Tabela 11. Parâmetros monitorados em 2014.
Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçú Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira Sub-Bacia Rio Jaú Sub-Bacia do Rio Lençóis Sub-Bacia Rio Bauru
JCGU 03900 JCGU 03400 JCGU 03200 MONJ 04400 JPEP 03500 JPEP 03600 *JPEP 03150 *JAHU 02 500 LENS 03950 LENS 02500 RGRA 02990 TIET 02500
Cor X X X X X X X X X X X X
Condutividade X X X X X X X X X X X X
OD X X X X X X X X X X X X
PH X X X X X X X X X X X X
Temperatura X X X X X X X X X X X X
Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia X X X X X X X X X X X
Alcalinidade Total X
Alumínio Dissolv. X X X X X X X X X X X X
Alumínio Total X X X X X X X X X X X X
Arsênio Total X X
Bario Total X X X X X X X X X X X X
Boro Total X
Cádmio Total X X X X X X X X X X X X
Carbono Orgânico Dissolvido X X X X X X X X X
Carbono Orgânico Total X X X X X X X X X X X X
Chumbo Total X X X X X X X X X X X X
Cloreto Total X X X X X X X X X X X X
Cobre Dissolvido X X X X X X X X X X X X
Cobre Total X X X X X X X X X X X X
Cor Verdadeira X X X X
Cromo Total X X X X X X X X X X X X
DBO X X X X X X X X X X X X
Dureza X
Fenóis Totais X X
Ferro Dissolv. X X X X X X X X X X X X
Ferro Total X X X X X X X X X X X X
Fosforo Total X X X X X X X X X X X X
Manganês Total X X X X X X X X X X X X
Mercúrio Total X X X X X X X X X X X X
Níquel Total X X X X X X X X X X X X
Nitrogênio Amoniacal X X X X X X X X X X X X
Nitrogênio Kjeldahl X X X X X X X X X X X X
Nitrogênio Nitrato X X X X X X X X X X X X
Nitrogênio Nitrito X X X X X X X X X X X X
Potássio X X X X X X X X X X X X
Potencial de Formação de THM X
Sódio X X X X X X X X X X X X
Sólido Dissolvido Total X X X X X X X X X X X X
Sólido Total X X X X X X X X X X X X
Subst. Tensoat. Reagem c/ Azul Metileno X X X X X X X X X X X X
Turbidez X X X X X X X X X X X X
Zinco Total X X X X X X X X X X X X
Clorofila-a X X X X X X X X X X X
Feofitina-a X X X X X X X X X X X
Cryptosporidium sp X
E. coli X X X X X X X X X X X
Giardia X
Benzeno X
Estireno X
Etilbenzeno X
m,p-Xileno X
o-Xileno X
Tolueno X
Tabela 12: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Jacaré-Guaçu.
Sub-bacia Rio Jacaré-Guaçú
Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos
Geral Áreas de Manancial
Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)
Áreas Industriais e de Mineração Áreas Agrícolas
Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas
Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas
Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas
Conjunto Mínimo de Parâmetros de
Qualidade da Água
Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados
PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina
OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis
Condutividade
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Hidrocarbonetos
Turbidez Coliformes Termotolerantes
Coliformes Termotolerantes
Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados
Profundidade Secchi Densidade de Cianobactérias e Clorofila A
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides
Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Toxidade para organismos aquaticos ???
Toxidade para organismos aquaticos ????
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Toxidade para organismos aquaticos???
Outros Outros Outros Outros
Legenda
Realiza
Parcial
Não realiza
Realiza em apenas uma estação
É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???
Tabela 13: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Jacaré-Pepira.
Sub-bacia Rio Jacaré-Pepira
Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos
Geral Áreas de Manancial
Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)
Áreas Industriais e de Mineração Áreas Agrícolas
Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas
Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas
Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas
Conjunto Mínimo de Parâmetros de
Qualidade da Água
Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados
PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina
OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis
Condutividade
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Hidrocarbonetos
Turbidez Coliformes Termotolerantes
Coliformes Termotolerantes
Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados
Profundidade Secchi Densidade de Cianobactérias e Clorofila A
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides
Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Toxidade para organismos aquaticos ???
Toxidade para organismos aquaticos ????
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Toxidade para organismos aquaticos???
Outros Outros Outros Outros
Legenda
Realiza
Parcial
Não realiza
Realiza em apenas uma estação
É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???
Tabela 14: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Jaú.
Sub-bacia Rio Jaú
Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos
Geral Áreas de Manancial Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)
Áreas Industriais e de Mineração
Áreas Agrícolas
Tipo de Efluente
Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas
Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas
Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas
Conjunto Mínimo de
Parâetros de Qualidade da
Água
Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados
PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina
OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis
Condutividade
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Hidrocarbonetos
Turbidez Coliformes Termotolerantes
Coliformes Termotolerantes Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados
Profundidade Secchi Densidade de Cianobactérias e Clorofila A
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides
Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Toxidade para organismos aquaticos ???
Toxidade para organismos aquaticos ????
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Toxidade para organismos aquaticos???
Outros Outros Outros Outros
Legenda
Realiza
Parcial
Não realiza
Realiza em apenas uma estação
É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???
Tabela 15: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Lençóis.
Sub-bacia Rio Lençóis
Características Gerais Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos
Geral Áreas de Manancial Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)
Áreas Industriais e de Mineração
Áreas Agrícolas
Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica Matéria Orgânica, óleos e graxas
Matéria orgânica, metais pesados, óleos e graxas
Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas
Conjunto Mínimo de Parâetros de Qualidade
da Água
Temperatura DBO DBO DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados
PH DQO DQO DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina
OD OD OD CN- Benzimidazol e triazóis
Condutividade
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Hidrocarbonetos
Turbidez Coliformes Termotolerantes Coliformes Termotolerantes Fenóis Resíduos de Pesticidas Organociorados
Profundidade Secchi
Densidade de Cianobactérias e Clorofila A
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Metais Pesados Resíduos de Inseticidas Piretróides
Cor Óleos e Graxas Óleos e Graxas Óleos e Graxas
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Toxidade para organismos aquaticos ???
Toxidade para organismos aquaticos ????
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Toxidade para organismos aquaticos???
Outros Outros Outros Outros
Legenda
Realiza
Parcial
Não realiza
Realiza em apenas uma estação
É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???
Tabela 16: Parâmetros de Análise da Qualidade da Água na Sub-bacia do Rio Bauru.
Sub-bacia Rio Bauru
Características Gerais Grupo 1 Grupo 3 Grupo 5
Uso do Solo e/ou Recursos Hídricos Geral Áreas Urbanas que incluem áreas industriais, drenagem urbana (fonte difusa)
Áreas Agrícolas
Tipo de Efluente Geral Matéria Orgânica, óleos e graxas Poluição orgânica pela utilização de inseticidas, herbicidas e fungicidas
Conjunto Mínimo de Parâetros de Qualidade da Água
Temperatura DBO Resíduos de Inseticidas Organofosforados
PH DQO Herbicidas: derivado da glicina; triazinas; imidazolinonas; dintroanilina
OD OD Benzimidazol e triazóis
Condutividade Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Hidrocarbonetos
Turbidez Coliformes Termotolerantes Resíduos de Pesticidas Organociorados
Profundidade Secchi Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Resíduos de Inseticidas Piretróides
Cor Óleos e Graxas
Sólidos Totais, Sólidos Totais Voláteis, Sólidos Totais Dissolvidos e Sólidos em Suspensão
Toxidade para organismos aquaticos ???
Ciclo do Nitrogênio (Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Orgânico e Amoniacal), Ciclo do Fósforo (Fosforo Total)
Toxidade para organismos aquaticos???
Outros Outros
Legenda
Realiza Parcial
Não realiza Realiza em apenas uma estação
É a mesma coisa que Ens. Ecotoxic. C/ Ceriodaphnia dubia???
Analisando a Figura 16, nota-se que, de um modo geral o número de postos de
qualidade nas sub-bacias 1 e 2 atendem a necessidade, no entanto, se houvesse
uma mudança de localização de alguns postos, a rede seria mais eficiente.
Já na sub-bacia 3 não existia posto de monitoramento de qualidade até 2014, o que
era preocupante, devido a grande utilização de recursos hídricos nessa sub-bacia e
do alto potencial de contaminantes.
Já nas sub-bacias 4 e 5 acredita-se que a rede está bem dimensionada.
A sub-bacia 6 não possui estação de monitoramento da qualidade da água, no
entanto, entende-se que, no momento, realmente não é necessário realizar o
monitoramento de qualidade nesta bacia, devido a pequena utilização dos recursos
hídricos superficiais na região.
Quanto aos parâmetros analisados, nota-se que a rede não atende as necessidades
exigidas quanto devido aos tipos de potencial polidor presente na bacia,
principalmente referente a poluição orgânica pela utilização de inseticidas,
herbicidas e fungicidas, o que é preocupante, já que a bacia tem forte característica
agrícola.
Segundo o Panorama da Contaminação Ambiental por Agrotóxicos e Nitrato de
origem Agrícola no Brasil: Cenário 1992/2011 (Embrapa, 2014) “estudos realizados
por Corbi et al. (2006) em sedimentos de 11 córregos da região central, em áreas
com cultivo de cana-de-açúcar, pastagem e mata ciliar, com abrangência dos
municípios de São Carlos, Araraquara, Ribeirão Bonito, Ibaté, Dourado e Américo
Brasiliense, identificaram a presença de 16 organoclorados. Entre tais produtos,
destacaram-se Aldrin, BHC, Endrin, DDT, Endossulfan I, Endossulfan II e Sulfato. O
Aldrin esteve presente no sedimento de todos os córregos e em altas
concentrações, de acordo com os valores de referência do Conselho Nacional Do
Meio Ambiente (2009). Os valores para este produto variaram de 7,14 no córrego
Andes (pastagem) até 1787 μg kg-1 no córrego do Ouro (cana-de-açúcar). No
entanto, os maiores valores e ocorrências foram observados nos córregos situados
em áreas adjacentes ao cultivo de cana-de-açúcar. Os resultados obtidos para o
composto BHC (alfa, beta e delta) evidenciaram que os córregos com atividade
canavieira no entorno apresentaram maiores quantidades e ocorrências desses
compostos. Os valores variaram de 1,75 μg kg-1 de alfa BHC no córrego Chibarro
(cana-de-açúcar) até 93,8 μg kg-1 de delta BHC para o mesmo córrego. O composto
Endrin, que pertence à classe toxicológica I (altamente tóxico), é um inseticida com
uso frequente nas culturas de cana-de-açúcar, algodão, milho e soja e que possui
efeitos tóxicos similares ao do Aldrin e Dieldrin. Este composto apresentou valores
que variaram entre 1,16 μg kg-1 e 31,7 μg kg-1 e foi detectado em todos os córregos
com atividade canavieira no entorno. Os produtos organoclorados Endossulfan I e
Endossulfan II, juntamente com DDT e seus análogos Dicloro-difenil-dicloroetano
(DDD) e Dicloro-difenil-clorofeniletileno (DDE) estiveram presentes em
concentrações variáveis, porém baixas, em todos os córregos estudados. Já o
agrotóxico Endossulfan Sulfato, principal metabólito do Endossulfan I e Endosulfan
II, esteve presente em todos os córregos estudados, em altas concentrações e em
maiores quantidades em relação aos isômeros I e II. No entanto, devido a alta
persistência desses produtos no ambiente, com meia vida longa, é possível que
parte dos mesmos tenha relação direta com a atividade cafeeira dos anos 50 e 60,
muito presente na região de Ribeirão Preto, apesar do declínio acentuado da
produção brasileira após a crise mundial de 1929.”
Dados como esse comprovam a necessidade do monitoramento de parâmetros que
comprovem a contaminação em áreas agrícolas, principalmente nas sub-bacias dos
Rios Jacaré-Guaçú e Jacaré-Pepira, regiões de grande área de vulnerabilidade de
qualidade da água subterrânea.
Analisando a Figura 18, nota-se que, de um modo geral o número de postos de
qualidade na sub-bacia 1 atenderia a necessidade se todos os postos estivessem
em operação. Devido a grande demanda de água nesta região, seria importante a
reativação dos postos 5C-014 e 5C-021, ambos localizados no Rio Jacaré-Guaçú.
A exemplo do que ocorre na sub-bacia 1, também é de extrema importância a
reativação do posto 5C-020 na sub-bacia 2, localizado no Rio Jacaré-Pepira, já
que existe grandes captações logo a montante desde ponto.
Na sub-bacia 3 acredita-se que a rede de monitoramento de vazão está bem
dimensionada.
Na sub-bacia 4 considera-se mais interessante o monitoramento no posto 5D-012
que o 5D-013. Também seria interessante incluir o monitoramento no Ribeirão dos
Patos.
As sub-bacias 5 e 6 não possuem estação de monitoramento de vazão, no
entanto, entende-se que, no momento, realmente não é necessário realizar o
monitoramento de qualidade nesta bacia, devido a pequena utilização dos
recursos hídricos superficiais na região. Porém, seria interessante a inclusão de
pelo menos um posto fluviométrico na foz (descarga) de cada sub-bacia para
acompanhamento do deflúvio.
Através da Figura 19 é possível visualizar quais estações indicaram vazões
inferiores a vazão de referência, ou seja, vazão inferior ao Q7,10. Este fato ocorreu
no Rio Itaquerê (5C-029), no Córrego São João (5C-028) e no Rio Jacaré-Pepira
(5D-008).