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A.43 UGRHI 12 – BAIXO PARDO/GRANDE UGRHI 12 BAIXO PARDO/GRANDE 1. DESCRIÇÃO GERAL Área: 7.239 km 2 (CORHI – 2004) A UGRHI 12 – Baixo Pardo/Grande localiza-se ao Norte do Estado de S. Paulo (ver Mapa A.12.1), estendendo-se desde a foz do rio Mogi-Guaçu até o rio Grande, na divisa com o Estado de Minas Gerais. Limita-se, a leste, com a UGRHI 8 – Sapucaí/Grande; a sudeste, com a UGRHI 4 – Pardo; ao sul, com a UGRHI 9 – Mogi-Guaçu; a oeste, com a UGRHI 15 – Turvo/Grande; ao norte, com o Estado de Minas Gerais. O substrato geológico da região é formado por rochas sedimentares e vulcânicas de idade mesozóica, pertencentes à bacia do Paraná, e por formações cenozóicas, estas representadas por depósitos aluvionares antigos e recentes, além de depósitos continentais indiferenciados, representados por sedimentos elúvio-coluvionares. Os recursos minerais da UGRHI se enquadram na categoria dos materiais de construção. A área de vegetação nativa da UGRHI é de 14.858 ha, o que equivale a 2,27% de todo o seu território. 2. CONJUNTURA SOCIOECONÔMICA O Quadro 2.1 abaixo mostra que em 2000 a população total da UGRHI era de 310.877 habitantes, sendo que 93,1% residiam em áreas urbanas. Barretos e Bebedouro são os dois municípios com as maiores populações desta UGRHI, sendo Barretos o pólo urbano mais importante da região. Em conjunto, esses municípios concentravam, no ano 2000, mais de 57% da população total da UGRHI. Quadro 2.1 - Projeção Demográfica da UGRHI Censo Projeções População 1991 2000 2004 2007 2010 2015 2020 2025 Total 279.884 310.877 326.010 337.106 348.205 363.643 376.865 386.866 Urbana 249.351 289.400 306.518 318.723 330.743 347.189 361.027 371.421 Rural 30.533 21.477 19.492 18.384 17.462 16.454 15.838 15.445 Taxa Cresc. Geom. Anual 1,2% 1,2% 1,1% 1,1% 0,9% 0,7% 0,5% Grau de Urbanização 89,1% 93,1% 94,0% 94,5% 95,0% 95,5% 95,8% 96,0% Densidade Demográfica (hab/km 2 ) 38,6 42,9 45,0 46,6 48,0 50,2 52,0 53,4 Fonte: Estudos de Projeção Demográfica SEADE/SABESP, 2003 CORHI (Critérios para Distribuição das Populações, proporcionalmente à área da UGRHI) A distribuição dos municípios segudo o IPRS - Índice Paulista de Responsabilidade Social é mostrada no Quadro 2.2. É siginificativo o fato que 33,3% dos municípios apresentam altos escores nas três dimensões do IPRS (riqueza municipal, escolaridade e longevidade) e estão no Grupo 1. Nota-se, porém, que ao lado de 41,6% dos municípios nos Grupos 1 e 2, ou seja nos patamares superiores deste índice, existem 41,7% nos Grupos 4 de 5 (patamares inferiores). Verifica-se, também, que a UGRHI engloba municípios, praticamente com os mesmos percentuais (acima de 40%), nos dois extremos dos Grupos do IPRS, mostrando a desigualdade de desenvolvimento humano entre os municípios. Quadro 2.2– Percentual de Municípios por Grupo do IPRS Grupo do IPRS % de Municípios da UGRHI 1 33,3 2 8,3 3 16,7 4 25,0 5 16,7 Fonte: Assembléia Legislativa/SEADE A atividade agrícola tem grande expressão na UGRHI Baixo Pardo/Grande, sua produção está voltada principalmente para a cultura de cana-de-açúcar e laranja. A agropecuária de corte também é significativa. O ramo alimentício é o principal segmento da atividade industrial, com destaque para os frigoríficos, as processadoras de suco de laranja e as usinas de álcool e açúcar. 3. ÁGUAS SUPERFICIAIS A UGRHI possui uma precipitação anual média de 1.400 mm/ano. produção hídrica superficial, dentro dos limites territoriais da UGRHI, apresenta as seguintes vazões características (PERH 2004-2007): - Q LP (vazão média) = 87 m 3 /s - Q 7,10 (vazão mínima média de 7 dias consecutivos e 10 anos de período de retorno) = 21 m 3 /s Os principais reservatórios existentes nesta UGRHI são os das UHEs de Porto Combia (Furnas) e Marimbondo (CESP), ambos no rio Grande, cujos volumes médios totalizam 5.543 hm 3 . Desde 2001 a CETESB monitora a qualidade das águas superficiais através de um ponto de amostragem (ver Figura A.12.1). A situação geral da qualidade d’água desta UGRHI, avaliada com base nos dados coletados nesse ponto, é apresentada na Figura 3.1, em termos de distribuições percentuais do Índice de Qualidade da Água para Fins de Abastecimento Público- IAP e Índice de Qualidade da Água para Proteção da Vida Aquática - IVA, referentes ao ano de 2003.

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A.43

UGRHI 12 – BAIXO PARDO/GRANDE

UGRHI 12 BAIXO PARDO/GRANDE

1. DESCRIÇÃO GERAL

Área: 7.239 km2 (CORHI – 2004)

A UGRHI 12 – Baixo Pardo/Grande localiza-se ao Norte do Estado de S. Paulo (ver Mapa A.12.1), estendendo-se desde a foz do rio Mogi-Guaçu até o rio Grande, na divisa com o Estado de Minas Gerais. Limita-se, a leste, com a UGRHI 8 – Sapucaí/Grande; a sudeste, com a UGRHI 4 – Pardo; ao sul, com a UGRHI 9 – Mogi-Guaçu; a oeste, com a UGRHI 15 – Turvo/Grande; ao norte, com o Estado de Minas Gerais.

O substrato geológico da região é formado por rochas sedimentares e vulcânicas de idade mesozóica, pertencentes à bacia do Paraná, e por formações cenozóicas, estas representadas por depósitos aluvionares antigos e recentes, além de depósitos continentais indiferenciados, representados por sedimentos elúvio-coluvionares. Os recursos minerais da UGRHI se enquadram na categoria dos materiais de construção.

A área de vegetação nativa da UGRHI é de 14.858 ha, o que equivale a 2,27% de todo o seu território.

2. CONJUNTURA SOCIOECONÔMICA

O Quadro 2.1 abaixo mostra que em 2000 a população total da UGRHI era de 310.877 habitantes, sendo que 93,1% residiam em áreas urbanas. Barretos e Bebedouro são os dois municípios com as maiores populações desta UGRHI, sendo Barretos o pólo urbano mais importante da região. Em conjunto, esses municípios concentravam, no ano 2000, mais de 57% da população total da UGRHI.

Quadro 2.1 - Projeção Demográfica da UGRHI

Censo Projeções População

1991 2000 2004 2007 2010 2015 2020 2025 Total 279.884 310.877 326.010 337.106 348.205 363.643 376.865 386.866 Urbana 249.351 289.400 306.518 318.723 330.743 347.189 361.027 371.421 Rural 30.533 21.477 19.492 18.384 17.462 16.454 15.838 15.445 Taxa Cresc. Geom. Anual 1,2% 1,2% 1,1% 1,1% 0,9% 0,7% 0,5% Grau de Urbanização 89,1% 93,1% 94,0% 94,5% 95,0% 95,5% 95,8% 96,0% Densidade Demográfica (hab/km2) 38,6 42,9 45,0 46,6 48,0 50,2 52,0 53,4 Fonte: Estudos de Projeção Demográfica SEADE/SABESP, 2003 CORHI (Critérios para Distribuição das Populações,

proporcionalmente à área da UGRHI)

A distribuição dos municípios segudo o IPRS - Índice Paulista de Responsabilidade Social é mostrada no Quadro 2.2. É siginificativo o fato que 33,3% dos municípios apresentam altos escores nas três dimensões do IPRS (riqueza municipal, escolaridade e longevidade) e estão no Grupo 1. Nota-se, porém, que ao lado de 41,6% dos municípios nos Grupos 1 e 2, ou seja nos patamares superiores deste índice, existem 41,7% nos Grupos 4 de 5 (patamares inferiores). Verifica-se, também, que a UGRHI engloba municípios, praticamente com os mesmos percentuais (acima de 40%), nos dois extremos dos Grupos do IPRS, mostrando a desigualdade de desenvolvimento humano entre os municípios.

Quadro 2.2– Percentual de Municípios por Grupo do IPRS

Grupo do IPRS % de Municípios da UGRHI

1 33,3 2 8,3 3 16,7 4 25,0 5 16,7

Fonte: Assembléia Legislativa/SEADE

A atividade agrícola tem grande expressão na UGRHI Baixo Pardo/Grande, sua produção está voltada principalmente para a cultura de cana-de-açúcar e laranja. A agropecuária de corte também é significativa. O ramo alimentício é o principal segmento da atividade industrial, com destaque para os frigoríficos, as processadoras de suco de laranja e as usinas de álcool e açúcar.

3. ÁGUAS SUPERFICIAIS

A UGRHI possui uma precipitação anual média de 1.400 mm/ano. produção hídrica superficial, dentro dos limites territoriais da UGRHI, apresenta as seguintes vazões características (PERH 2004-2007):

- QLP (vazão média) = 87 m3/s - Q7,10 (vazão mínima média de 7 dias consecutivos e 10 anos de período de retorno) = 21 m3/s

Os principais reservatórios existentes nesta UGRHI são os das UHEs de Porto Combia (Furnas) e Marimbondo (CESP), ambos no rio Grande, cujos volumes médios totalizam 5.543 hm3.

Desde 2001 a CETESB monitora a qualidade das águas superficiais através de um ponto de amostragem (ver Figura A.12.1). A situação geral da qualidade d’água desta UGRHI, avaliada com base nos dados coletados nesse ponto, é apresentada na Figura 3.1, em termos de distribuições percentuais do Índice de Qualidade da Água para Fins de Abastecimento Público- IAP e Índice de Qualidade da Água para Proteção da Vida Aquática - IVA, referentes ao ano de 2003.

A.44

UGRHI 12 – BAIXO PARDO/GRANDE

Figura 3.1 – Distribuições Percentuais de IAP e IVA em 2003

Fonte: Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo – 2003, CETESB/2004

4. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

As unidades lito-estratigráficas que ocorrem na área da UGRHI são classificadas em três grandes sistemas aqüíferos: Aqüífero Bauru, Aqüífero Serra Geral e Aqüífero Botucatu.

O Plano da Bacia apresenta uma estimativa da reserva explotável, nesses aqüíferos, em cerca de 11 m3/s, qualificando de privilegiadas as características hidrogeológicas dos aqüíferos existentes na UGRHI.

Admitida como muito boa a qualidade das águas subterrâneas, prestando-se aos mais diversos usos, o Plano de Bacia recomenda que essa situação favorável seja mantida através da implantação de instrumentos eficientes de controle do uso dos aqüíferos.

5. DEMANDAS

A estimativa das demandas (fontes superficiais e subterrâneas) em 2004, efetuada no âmbito do PERH 2004-2007, chegou nos seguintes resultados:

Categoria de Uso Demanda ( m3/s) Urbano 0,86 Industrial 3,02 Irrigação 9,11 Total 12,99

Os mananciais subterrâneos são responsáveis pelo suprimento de mais da metade das demandas domésticas/urbanas, enquanto que no uso industrial cabe destaque para as demandas das índústrias sulcro-alcooleiras.

6. PRINCIPAIS PROBLEMAS APONTADOS NO PLANO DE BACIA/RELATÓRIO ZERO

− Segundo o Plano de Bacia, o intenso e descontrolado desmatamento promovido, tornou região como uma das porções do Estado com menor cobertura vegetal nativa. Enquanto o Estado possui 13,7% da cobertura original, a UGRHI apresenta apenas 4,53%.

− O lançamento de esgotos diretamente em cursos dágua, sem tratamento, especialmente nas cidades de maior porte da bacia, constitui outro problema relevante na UGRHI.

− Existe forte tendência de concentração da população nas áreas urbanas, podendo a UGRHI exibir uma taxa média de urbanização de 96% em 2020, com os conseqüentes problemas de gestão de recursos hídricos e poluição ambiental.

− Há necessidade de controle do uso de agrotóxicos nas sub-bacias dos rios Grande e Velho; dos córregos Água Limpa, das Pedras, do Jacaré, das Pitangueiras; dos ribeirões do Turvo, das Palmeiras, do Banharão e do Agudo.

7. PROGRAMA DE INVESTIMENTOS

Nos cenários de implementação das ações, propostos pelo PERH 2004-2007, os respectivos montantes de recursos estimados para a UGRHI são os seguintes:

Cenário Investimentos (R$) Desejável 34.290.000 Recomendado 32.336.000 Provável 14.840.000

Cenário Desejável: formulado sem restrições financeiras, contemplando todas as ações propostas e possíveis de serem realizadas no horizonte do plano, ou seja, de 4 anos; Cenário Recomendado: formulado a partir de uma visão mais realista, considerando a priorização das metas gerais e a possibilidade de captação de recursos financeiros adicionais; e Cenário Provável: formulado a partir do Cenário Recomendado, ajustando-se o montante dos investimentos aos recursos financeiros possíveis de serem alocados para múltiplos programas inseridos no PERH 2004/2007. É equivalente ao Cenário “Piso” definido como sendo formulado com base nos recursos já alocados para o PERH 2004/2007, cuja finalidade é garantir a manutenção da situação atual dos recursos hídricos no Estado.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos

Plano Estadual de

Recursos Hídricos

2 0 0 4 / 2 0 0 7

LOCALIZAÇÃO DA UGRHI NO ESTADO

MAPA A.12.1

UGRHI 12BAIXO PARDO / GRANDE

MAPA A.12.1

UGRHI 12

20 0 20 40 60

Escala Gráficakm

LEGENDA

BEBEDOURO - Sede Municipal

Rios e Reservatórios

APA - Área de Proteção Ambiental

Limite da UGRHI

Limite Municipal

Área Urbana

Limite entre UGRHIs

Limite Estadual

Exploração mineral nos limites municipaisa - areiaag - argilab - britac - calcáriogr - rochas ornamentais

Pontos de monitoramento de água superficial

Pontos de monitoramento de água subterrânea

Postos Fluviométricos

km10 0 10 20 30

Escala Gráfica

FAIXAS DO IAP

79 < IAP < 100

51 < IAP < 7936 < IAP < 5119 < IAP < 36

< IAP < 19

CLASSIFICAÇÃO

ÓTIMA

BOAREGULARRUIM

PÉSSIMA

Corpo d´água não avaliado

SUB-BACIASQUALIDADE DA ÁGUA (IAP)

107

5

1

7

2

3 12

4

102

104

106

8

6

101

103

1011

105

109

9

108

MUNICÍPIOS COM ÁREA NA UGRHI

5 0 5 10 15

Escala Gráficakm

Municípios com sede na UGRHI

Municípios com sede fora da UGRHI

MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE FORA DA UGRHIITE(%) ITE(%)Nº IQRMUNICÍPIO

Nº IQRMUNICÍPIO

1 Altair2 Barretos3 Bebedouro4 Colina5 Colômbia6 Guaraci7 Icém8 Jaborandi9 Morro Agudo10 Orlândia11 Terra Roxa12 Viradouro

Nº MUNICÍPIO

9,08,05,28,2

6,87,38,83,44,28,18,6

6,2

IQR

0

0

0

9

100

10

60

100

100100

100

65

101 Guaíra102 Ipuã103 Monte Azul Paulista104 Nuporanga105 Olímpia106 Pitangueiras107 Sales Oliveira108 São Joaquim da Barra109 Taquaral

5,27,85,36,3

6,68,0

10,08,9

3,50

100

100

400

0

100

30

30

Nota : O mapa da UGRHI apresenta apenas as Áreas de Proteção Ambiental. Para demais unidades de Conservação, ver Mapa 4.14“Unidades de Conservação e Área de Proteção de Mananciais”.

RESERVATÓRIOMARIMBONDO

Rio

Vel

ho

RIO

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Ped

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Cór

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Córr.das

RIO

Pitangueiras

PA

RD

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RIO

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Rio das Palmeiras

Cór

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Beb

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Rib.do Turvo

das

Pedra

s

PARDO

RESERVATÓRIOPORTO COLÔMBIA

GRANDE

Rosário

Rib.do

Agudo

7.700.000

7.750.000

7.750.000

850.

000

800.

000

7.650.00080

0.00

0�7.650.000

750.

000

700.

000�

7.700.000

UGRHI 8

UGRHI 4

UGRHI 9

Minas Gerais

UGRHI 15

ICÉMICÉMICÉMICÉMICÉMICÉMICÉMICÉMICÉM

GUARACIGUARACIGUARACIGUARACIGUARACIGUARACIGUARACIGUARACIGUARACI

COLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIA

BARRETOSBARRETOSBARRETOSBARRETOSBARRETOSBARRETOSBARRETOSBARRETOSBARRETOS

COLINACOLINACOLINACOLINACOLINACOLINACOLINACOLINACOLINA

BEBEDOUROBEBEDOUROBEBEDOUROBEBEDOUROBEBEDOUROBEBEDOUROBEBEDOUROBEBEDOUROBEBEDOURO

JABORANDIJABORANDIJABORANDIJABORANDIJABORANDIJABORANDIJABORANDIJABORANDIJABORANDI

TERRA ROXATERRA ROXATERRA ROXATERRA ROXATERRA ROXATERRA ROXATERRA ROXATERRA ROXATERRA ROXA

VIRADOUROVIRADOUROVIRADOUROVIRADOUROVIRADOUROVIRADOUROVIRADOUROVIRADOUROVIRADOURO

MORRO AGUDOMORRO AGUDOMORRO AGUDOMORRO AGUDOMORRO AGUDOMORRO AGUDOMORRO AGUDOMORRO AGUDOMORRO AGUDO ORLÂNDIAORLÂNDIAORLÂNDIAORLÂNDIAORLÂNDIAORLÂNDIAORLÂNDIAORLÂNDIAORLÂNDIA

PARD02800

Fonte: Relatório de Qualidade das ÁguasInteriores do Estado de São Paulo 2003(CETESB, 2004)

A.46

UGRHI 13 - TIETÊ/JACARÉ

UGRHI 13 TIETÊ/JACARÉ

1. DESCRIÇÃO GERAL Área: 11.779 km2 (CORHI – 2004)

A UGRHI-13 localiza-se na porção central do Estado. É definida pelas bacias hidrográficas de cursos d’água afluentes ao rio Tietê no trecho, de cerca de 140 km, entre as barragens das UHEs de Ibitinga e Barra Bonita, dos quais se destacam os rios Jacaré-Pepira, Jacaré-Guaçu e Jaú pela margem direita e os rios Bauru e Lençóis pela margem esquerda. As unidades geológicas que afloram na área da UGRHI são os sedimentos clásticos predominantemente arenosos, as rochas ígneas basálticas do Grupo São Bento, as rochas sedimentares do Grupo Bauru, os sedimentos cenozóicos e depósitos correlatos, pelos depósitos aluvionares associados à rede de drenagem, além dos coluviões e eluviões. Segundo Inventário Florestal do Estado de São Paulo, realizado pela SMA (1993), a cobertura vegetal natural da Região Administrativa de Bauru exibe os seguintes tipos de vegetação: cerradão, cerrado, várzea, capoeira e mata.

2. CONJUNTURA SÓCIO-ECONÔMICA Esta UGRHI chegou a uma população de 1.268.800 habitantes em 2000 (ver Quadro 2.1). Dentre seus municípios, os de maior população são pela ordem: Bauru, São Carlos, Araraquara e Jaú; juntas concentram cerca de 61% da população total da Unidade de Gerenciamento. Em particular Bauru, com mais de 300 mil habitantes, figura entre os 20 municípios com maior população do Estado e é o pólo regional principal da UGRHI. Mas São Carlos e Araraquara também têm relevante influência na região, porque concentram importantes centros de formação universitária.

Quadro 2.1– Projeção Demográfica da UGRHI

Censo Projeções População

1991 2000 2004 2007 2010 2015 2020 2025 Total 1.071.522 1.268.807 1.357.887 1.421.415 1.484.078 1.570.529 1.640.897 1.696.194 Urbana 998.411 1.216.871 1.309.977 1.375.754 1.440.288 1.528.813 1.600.561 1.656.839 Rural 73.111 51.936 47.910 45.661 43.790 41.716 40.336 39.355 Taxa Cresc. Geom. Anual 1,9% 1,7% 1,45 1,4% 1,1% 0,9% 0,7% Grau de Urbanização 93,2% 95,9% 96,5% 96,8% 97,0% 97,3% 97,5% 97,7% Densidade Demográfica (hab/km2) 91 108 115 121 126 133 140 144

Fonte: Estudos de Projeção Demográfica SEADE/SABESP (populações), 2003 CORHI (Critérios para Distribuição das Populações, proporcionalmente à área da UGRHI)

Verifica-se pelo Quadro 2.2, que mostra o percentual dos municípios por Grupo do IPRS - Índice Paulista de Responsabilidade Sócia (caracterizado por três dimensões: riqueza municipal, escolaridade e longevidade), que a maior parte dos municípios (69,4%) estão nos Grupos 3 e 4, o primeiro constituído por municípios com baixo nível de renda municipal, mas como escolaridade próxima da média e elevada condição de longevidade, e o segundo de municípios de baixo nível de riqueza municipal, porém com nível médio de escolaridade e longevidade pouco abaixo da média. Nota-se, também, que há um expressivo percentual de municípios (16,7%) n o Grupo 1, ou seja, que apresentam altos escores nas três dimensões do IPRS.

Quadro 2.2 – Percentual dos Municípios por Grupo do IPRS -2000

Grupo do IPRS % de Municípios da UGRHI

1 16,7 2 0,0 3 33,3 4 36,1 5 13,9

Fonte: Assembléia Legislativa/SEADE

A agroindústria tem importante participação regional na UGRHI, principalmente pelas grandes usinas de álcool e açúcar instaladas próximas a Araraquara e Jaú, porém a implantação de novos ramos de atividade vem mudando o perfil industrial da região. Essa mudança é perceptível, principalmente em São Carlos, onde estão se instalando indústrias de grau tecnológico mais elevado. A agricultura e pecuária também são atividades relevantes.

3. ÁGUAS SUPERFICIAIS Os totais anuais médios de chuvas na UGRHI variam de 1.200 a 1.600 mm. A produção hídrica superficial, dentro dos limites territoriais da UGRHI, apresenta as seguintes vazões características (PERH 2004-2007): - QLP (vazão média) = 97 m3/s - Q7,10 (vazão mínima média de 7 dias consecutivos e 10 anos de período de retorno) = 40 m3/s. Os principais reservatórios da UGRHI são os das UHEs de A. Souza Lima (Bariri) e Ibitinga, implantados no rio Tietê, que totalizam um volume útil de 114 hm3. Os pontos de monitoramento da qualidade das águas da UGRHI estão apresentados no Mapa A.13.1. A situação geral da qualidade dos seus recursos hídricos superficiais é apresentada a seguir na Figura 3.1, em termos de distribuições percentuais do Índice de Qualidade de Água para fins de Abastecimento Público - IAP e do Índice de Qualidade da Água para Proteção da Vida Aquática - IVA, referentes ao ano de 2003.

A.47

UGRHI 13 - TIETÊ/JACARÉ

Figura 3.1 - Distribuições Percentuais de IAP e IVA em 2003

Fonte: Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo – 2003, CETESB/2004

4. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Quatro unidades aqüíferas se destacam na UGRHI, a saber: Aqüífero Cenozóico, Sistema Aqüífero Bauru, Aqüífero Serra Geral e Aqüífero Botucatu, em suas porções livre e confinada. Não há, no Relatório Zero, estimativas de reservas explotáveis de água subterrânea na região da UGRHI. Atualmente, a rede de monitoramento das águas subterrâneas é composta por 146 poços tubulares profundos em todo o Estado. Destes, 14 localizam-se na UGRHI em tela; destes 7 estãos situados no Aqüífero Botucatu em condições de confinamento, 4 no Aqüífero Botucatu livre e 3 poços no Aqüífero Serra Geral. Segundo o Relatório de Qualidade das Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo 2001- 2003, CETESB/abril de 2004, de modo geral, as águas captadas no Sistema Aqüífero Guarani apresentam qualidade boa para consumo humano. Entretanto, observou-se elevada concentração de boro em Agudos; ferro em Araraquara e Itirapina e manganês nos municípios de Dois Córregos e Macatuba.

5. DEMANDAS A estimativa das demandas (fontes superficiais e subterrâneas) em 2004, efetuada no âmbito do PERH 2004-2007, chegou nos seguintes resultados:

Categoria de Uso Demanda ( m3/s) Urbano 4,53 Industrial 7,55 Irrigação 10,61 Total 22,69

Todo o trecho do rio Tietê na UGRHI, de 140 km entre Ibitinga e Barra Bonita, é navegável e integra a hidrovia Tietê-Paraná.

6. PRINCIPAIS PROBLEMAS APONTADOS NO PLANO DE BACIA/RELATÓRIO ZERO O Relatório de Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – Relatório Zero – 1999, aponta os problemas desta UGRHI, destacando dentre eles: − Elevadas demandas de água devidas à irrigação e ao setor sucro alcooleiro, principalmente no médio Jacaré-

Guaçu e ribeirão dos Lençóis; − Riscos de rebaixamento acentuado da superfície do lençol subterrâneo nas áreas urbanas de Baurú e Araraquara; − Risco de poluiçao das águas subterrâneas nas regiões de Bauru, Araraquara, Brotas e arredores; − Baixo índice de cobertura de tratamento de esgotos; − Média a alta suscetibilidade a inundações nas sub-bacias dos rios Jacaré-Guaçu e Jacaré-Pepira, com

agravamento nas áreas urbanizadas − Muito alta suscetibilidade a erosão nas regiões noroeste e sudeste da UGRHI

7. PROGRAMA DE INVESTIMENTOS Nos cenários de implementação das ações, propostos pelo PERH 2004-2007, os respectivos montantes de recursos estimados para a UGRHI são os seguintes:

Cenário Investimentos (R$) Desejável 185.580.000 Recomendado 178.659.000 Provável 81.992.000

Cenário Desejável: formulado sem restrições financeiras, contemplando todas as ações propostas e possíveis de serem realizadas no horizonte do plano, ou seja, de 4 anos; Cenário Recomendado: formulado a partir de uma visão mais realista, considerando a priorização das metas gerais e a possibilidade de captação de recursos financeiros adicionais; e Cenário Provável: formulado a partir do Cenário Recomendado, ajustando-se o montante dos investimentos aos recursos financeiros possíveis de serem alocados para múltiplos programas inseridos no PERH 2004/2007. É equivalente ao Cenário “Piso” definido como sendo formulado com base nos recursos já alocados para o PERH 2004/2007, cuja finalidade é garantir a manutenção da situação atual dos recursos hídricos no Estado.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos

MAPA A.13.1

UGRHI 13TIETÊ / JACARÉ

MAPA A.13.1

UGRHI 13

10 0 10 20 30

Escala Gráficakm

MUNICÍPIOS COM ÁREA NA UGRHI

103

102

101

33

34

14

314

32

3029

2821

27

26

25

24

2210

20

5

196

18

1716

15

13712

11

9

8

3

2

1

23

20 0 20 40 60km

Escala Gráfica

Municípios com sede na UGRHI

Municípios com sede fora da UGRHI

ITE(%)Nº IQRMUNICÍPIO

MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE FORA DA UGRHIITE(%)Nº IQRMUNICÍPIO ITE(%)Nº IQRMUNICÍPIO

1 Agudos2 Araraquara3 Arealva4 Areiópolis5 Bariri6 Barra Bonita7 Bauru8 Boa Esperança do Sul9 Bocaina10 Boracéia11 Borebi12 Brotas13 Dois Córregos14 Dourado15 Gavião Peixoto16 Iacanga17 Ibaté

6,46,8

10,09,4

5,99,59,08,69,28,88,69,06,2

8,78,1

9,3

10,0

0

99

0

0

0

100

0025

0

100100100

100100

100

100

18 Ibitinga19 Igaraçu do Tietê20 Itaju21 Itapuí22 Itirapina23 Jaú24 Lençóis Paulista25 Macatuba26 Mineiros do Tietê27 Nova Europa28 Pederneiras29 Ribeirão Bonito30 São Carlos31 São Manuel32 Tabatinga33 Torrinha34 Trabiju

6,8

10,09,7

6,07,7

9,47,65,69,56,8

6,19,8

6,2

10,0

10,0

10,0

6,2

0

0

0

311

0

100

100

0

040

0

000

100

101 Analândia102 Matão103 São Pedro

3,05,78,2

0

00

Nota : O mapa da UGRHI apresenta apenas as Áreas de Proteção Ambiental. Para demais unidades de Conservação, ver Mapa 4.14“Unidades de Conservação e Área de Proteção de Mananciais”.

Plano Estadual de

Recursos Hídricos

2 0 0 4 / 2 0 0 7

Rio Grande

RIO

TIE

Rio Jaú

RESERVATÓRIOIBITINGA

RIO

TIETÊ

Rio Jacaré-Guaçu

Rio Jacaré-Pepira

REPRESADO LOBO

7.610.000

800.

000

830.

000

7.570.000

760.

000

810.

000

7.500.000

7.490.000

700.

000

7.520.000

7.600.000

690.

000

UGRHI 16

UGRHI 16

ag

UGRHI 17

ag

ag

ag

UG

RH

I 5

UGRHI 10

UGRHI 9

DOURADOBOCAINA

BORACÉIA

IGARAÇU DO TIETÊ

BAURU

SÃO CARLOS

ARARAQUARA

JCGU 03900

TIET 02500

LENS 02500

AGUDOS

AREALVA

AREIÓPOLIS

BARIRI

BARRA BONITA

BOA ESPERANÇA DO SUL

BOREBI

BROTAS

DOIS CÓRREGOS

GAVIÃO PEIXOTO

IACANGA

IBATÉ

IBITINGA

ITAJU

ITAPUÍ

ITIRAPINA

JAÚ

LENÇÓIS PAULISTA

MACATUBA

MINEIROS DO TIETÊ

NOVA EUROPA

PEDERNEIRAS

RIBEIRÃO BONITO

SÃO MANUEL

TABATINGA

TORRINHA

TRABIJU

JPEP 03500

JCGU 03400

RES. BARIRI

LOCALIZAÇÃO DA UGRHI NO ESTADO

20 0 20 40 60

Escala Gráficakm

LEGENDA

JAÚ - Sede Municipal

Rios e Reservatórios

APA - Área de Proteção Ambiental

Limite da UGRHI

Limite Municipal

Área Urbana

Limite entre UGRHIs

Limite Estadual

BAURU - Sede Municipal - Pólo Regional

Exploração mineral nos limites municipaisa - areiaag - argilab - britac - calcáriogr - rochas ornamentais

JPEP 03500 - Pontos de monitoramento de água superficial

Pontos de monitoramento de água subterrânea

Postos Fluviométricos

FAIXAS DO IAP

79 < IAP < 100

51 < IAP < 7936 < IAP < 5119 < IAP < 36

< IAP < 19

CLASSIFICAÇÃO

ÓTIMA

BOAREGULARRUIM

PÉSSIMA

Corpo d´água não avaliado

SUB-BACIASQUALIDADE DA ÁGUA (IAP)

Fonte: Relatório de Qualidade das ÁguasInteriores do Estado de São Paulo 2003(CETESB, 2004)

Importação0,48 m³/s

da UGRHI 16(abastecimento de Bauru)

A.49

UGRHI 14 – ALTO PARANAPANEMA

UGRHI 14 ALTO PARANAPANEMA

1. DESCRIÇÃO GERAL

Área: 22.689 km2 (CORHI – 2004)

A UGRHI 14 (ver Mapa A.14.1) compreende a porção paulista da bacia hidrográfica do Alto Paranapanema. Um dos principais cursos d’água dessa UGRHI, além do próprio Paranapanema, é o rio Itararé que forma divisa entre os Estados do Paraná e São Paulo. Os dois principais reservatórios da UGRHI sãos os das UHEs de Armando Laydner (Jurumirim) no rio Paranapanema e de Chavantes no rio Itararé.

Ocorrem na região as rochas epimetamórficas constituídas por metassedimentos argilosos, arenosos e carbonáticos pertencentes ao Grupo Açungui (Complexo Pilar), assim como, em grandes proporções, as rochas sedimentares e vulcânicas básicas constituintes da bacia do Paraná. Os recursos minerais da UGRHI são constituídos por carvão, turfa, pedras ornamentais, quartzo, argila, talco, caulin, cobre e areias e cascalhos.

A cobertura vegetal presente na UGRHI compreende: (i) fragmentos de mata, capoeira, campo, cerradão, cerrado e tipos intermediários, além de vegetação de várzeas; (ii) areas de reflorestamento; (iii) culturas perenes e temporárias e (iv) pastagens; tendo cerca de 15% de sua área protegida por legislação especial.

2. CONJUNTURA SOCIOECONÔMICA

Os municípios que compõem a UGRHI Alto Paranapanema tem em sua maioria uma população abaixo de 30 mil habitantes.Os municípios que possuem maior contingente populacional são pela ordem: Itapetininga, Itapeva, Capão Bonito e Itararé e juntos reuniam, em 2000, por volta de 45% do total da população da UGRHI.

Quadro 2.1 – Projeção Demográfica da UGRHI

Censo Projeções População

1991 2000 2004 2007 2010 2015 2020 2025 Total 616.302 709.118 749.607 780.145 811.599 862.054 909.176 952.412 Urbana 422.999 526.893 570.390 604.068 639.056 697.534 754.718 809.379 Rural 193.303 182.225 179.217 176.077 172.543 164.519 154.458 143.033 Taxa Cresc. Geom. Anual 1,6% 1,4% 1,3% 1,3% 1,2% 1,1% 0,9% Grau de Urbanização 68,6% 74,3% 76,1% 77,4% 78,7% 80,9% 83,0% 85,0% Densidade Demográfica (hab/km2) 27,0 31,1 33,0 34,4 35,6 37,8 39,9 41,8 Fonte: Estudos de Projeção Demográfica SEADE/SABESP, 2003 e CORHI (Critérios para Distribuição das Populações,

proporcionalmente à área da UGRHI)

Verifica-se pelo Quadro 2.2, que mostra o percentual dos municípios da UGRI por Grupo do IPRS - Índice Paulista de Responsabilidade Social (caracterizado por três dimensões: riqueza municipal, escolaridade e longevidade), que a maior parte dos municípios (91,2%) está nos Grupos 4 e 5 com predominância deste último (70,6%); o Grupo 4 compõe-se de municípios com baixo nível de riqueza municipal, mas com nível intermediário de escolaridade e longevidade pouco abaixo da média do Estado, enquanto que o Grupo 5 é constituído por municípios que apresesentam baixos níveis de riqueza municipal, escolaridade e longevidade.

Quadro 2.2 – Percentual dos Municípios por Grupo do IPRS -2000

Grupo do IPRS % de Municípios da UGRHI 1 0,0 2 0,0 3 8,8 4 20,6 5 70,6

Fonte: Assembléia Legislativa/SEADE

A economia da região não apresenta um dinamismo significativo; Itapetininga é o pólo mais expressivo, onde se concentra a maior parcela da atividade industrial. A agropecuária é a atividade de maior vulto do setor primário, sendo que na agricultura as culturas mais tradicionais como milho e feijão se destacam na ocupação das áreas rurais.

3. ÁGUAS SUPERFICIAIS

As precipitações pluviométricas da UGRHI atingem em média, 1.200 mm/ano. A produção hídrica superficial, dentro dos limites territoriais da UGRHI, apresenta as seguintes vazões características (PERH 2004-2007): - QLP (vazão média) = 255 m3/s - Q7,10 (vazão mínima média de 7 dias consecutivos e 10 anos de período de retorno) = 84 m3/s

Os dois principais reservatórios da UGRHI (Jurumirim e Chavantes), já mencionados, apresentam um volume útil total de 5.905 hm3.

Os pontos de monitoramento de qualidade das águas da CETESB, na UGRHI, estão mostrados no Mapa A.14.1. A situação geral da qualidade da água na mesma é apresentada na Figura 3.1 em termos de distribuições percentuais do Índice de Qualidade de Água para fins de Abastecimento Público - IAP e do Índice de Qualidade da Água para Proteção da Vida Aquática - IVA, referentes ao ano de 2003.

A.50

UGRHI 14 – ALTO PARANAPANEMA

Figura 3.1 – Distribuições Percentuais do IAP e IVA em 2003

Fonte: Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo – 2003, CETESB/2004

4. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Os sistemas aqüíferos desta UGRHI com suas áreas aflorantes são: Coberturas Cenozóicas (1%); Bauru (1%); Serra Geral (10%); Botucatu/Pirambóia (10%); Diabásico (2%); Passa Dois (12%); Tubqrão (43%); Furnas (3%) e Cristalino (18%). O Relatório de Situação não apresenta a estimativa de reservas explotáveis nestes sistemas aqüíferos.

De um modo geral, o Relatório de Qualidade das Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo 2001-2003 da CETESB, anteriormente citado, apresentou as seguintes conclusões que podem ser aplicadas à UGRHI: (i) nenhum dos poços com indícios de contaminação por nitrato e cromo total estavam localizados na bacia do Alto Paranapanema; (ii) o Sistema Aqüífero Itararé apresenta pH predominantemente básico, valores mais elevados de ferro total e maior amplitude de variação para valores dos sólidos totais dissolvidos e condutividade elétrica.

5. DEMANDAS A estimativa das demandas (fontes superficiais e subterrâneas) em 2004, efetuada no âmbito do PERH 2004-2007, chegou nos seguintes resultados:

Categoria de Uso Demanda ( m3/s) Urbano 1,39 Industrial 2,81 Irrigação 20,00 Total 24,20

Destaca-se nesta UGRHI a alta demanda de água para fins de irrigação; pela avaliação efetuada no PERH 2004- 2007 é a maior dentre todas as UGRHIs.

6. PRINCIPAIS PROBLEMAS APONTADOS NO PLANO DE BACIA/RELATÓRIO ZERO − Disposição inadequada de resíduos sólidos; − Controle de agrotóxicos nas sub-bacias dos rios Verde, Paranapanema (baixo curso) e Taquari; − Coleta e tratamento de esgotos; − Desenvolvimento racional da irrigação; − Prevenção e defesa contra erosão e assoreamento. Em Itapetininga ocorrem duas situações de risco de contaminação das águas subterrâneas representada por altos (no primeiro caso) e moderados (no segundo caso) valores de carga industrial e baixa-baixa vulnerabilidade natural dos aqüíferos. Todos os demais casos restantes correspondem a situações de baixo baixa-baixa vulnerabilidade e reduzida carga potencial.

7. PROGRAMA DE INVESTIMENTOS Nos cenários de implementação das ações, propostos pelo PERH 2004-2007, os respectivos montantes de recursos estimados para a UGRHI são os seguintes:

Cenário Investimentos (R$) Desejável 85.786.000 Recomendado 84.102.000 Provável 35.597.000

Cenário Desejável: formulado sem restrições financeiras, contemplando todas as ações propostas e possíveis de serem realizadas no horizonte do plano, ou seja, de 4 anos; Cenário Recomendado: formulado a partir de uma visão mais realista, considerando a priorização das metas gerais e a possibilidade de captação de recursos financeiros adicionais; e Cenário Provável: formulado a partir do Cenário Recomendado, ajustando-se o montante dos investimentos aos recursos financeiros possíveis de serem alocados para múltiplos programas inseridos no PERH 2004/2007. É equivalente ao Cenário “Piso” definido como sendo formulado com base nos recursos já alocados para o PERH 2004/2007, cuja finalidade é garantir a manutenção da situação atual dos recursos hídricos no Estado.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos

Plano Estadual de

Recursos Hídricos

2 0 0 4 / 2 0 0 7

LEGENDA

ITE(%)Nº IQRMUNICÍPIO

MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE FORA DA UGRHIITE(%)Nº IQRMUNICÍPIO ITE(%)Nº IQRMUNICÍPIO

LOCALIZAÇÃO DA UGRHI NO ESTADO

MAPA A.14.1

UGRHI 14ALTO PARANAPANEMA

MAPA A.14.1

UGRHI 14

Escala Gráficakm

20 0 20 40 60

Escala Gráficakm

10 0 10 20 30

Sede Municipal - ITAPEVA

Rios e Reservatórios

APA - Área de Proteção Ambiental

Limite da UGRHI

Limite Municipal

Área Urbana

Limite entre UGRHIs

Limite Estadual

ITAPETININGA - Sede Municipal - Pólo Regional

Exploração mineral nos limites municipaisa - areiaag - argilab - britac - calcáriogr - rochas ornamentais

ITAP 02800 - Pontos de monitoramento de água superficial

Pontos de monitoramento de água subterrânea

Postos Fluviométricos

FAIXAS DO IAP

79 < IAP < 100

51 < IAP < 7936 < IAP < 5119 < IAP < 36

< IAP < 19

CLASSIFICAÇÃO

ÓTIMA

BOAREGULARRUIM

PÉSSIMA

Corpo d´água não avaliado

SUB-BACIASQUALIDADE DA ÁGUA (IAP)

MUNICÍPIOS COM ÁREA NA UGRHI

111

110

109

108

107

106

105

23

103

1042

20

102

12

101

25

41334

29

10

24

33

30 3115

22

918

3

11 2621

1732

627

167

1

14

19

5

828

30 0 30 60 90

Escala Gráficakm

Municípios com sede na UGRHI

Municípios com sede fora da UGRHI

1 Angatuba2 Arandú3 Barão de Antonina4 Bernardino de Campos5 Bom Sucesso de Itararé6 Buri7 Campina do Monte Alegre8 Capão Bonito9 Coronel Macedo10 Fartura11 Guapiara12 Guareí13 Ipauçu14 Itaberá15 Itaí16 Itapetininga17 Itapeva

2,63,96,96,3

0,97,19,25,95,79,34,27,77,7

2,83,1

5,9

3,9 0

100

0

100

100

100100

100

100100

100

0

00

0

10100

18 Itaporanga19 Itararé20 Manduri21 Nova Campina22 Paranapanema23 Pilar do Sul24 Piraju25 Ribeirão Branco26 Ribeirão Grande27 Riversul28 São Miguel Arcanjo29 Sarutaiá30 Taguaí31 Taquarituba32 Taquarivaí33 Tejupá34 Timburi

5,94,52,73,4

5,66,82,38,79,22,22,53,86,9

8,82,5

3,1

8,3

100

100

100100

100

100

100

0

0

100

100100100

100

0

0

0

101 Apiaí102 Avaré103 Bofete104 Cerqueira César105 Chavantes106 Itatinga107 Óleo108 Pardinho109 Piedade110 Sarapuí111 Tapiraí

6,21,87,04,0

8,25,08,22,92,28,7

6,0100

100

100

100

1

14

0

0

0

0

100

Nota : O mapa da UGRHI apresenta apenas as Áreas de Proteção Ambiental. Para demais unidades de Conservação, ver Mapa 4.14“Unidades de Conservação e Área de Proteção de Mananciais”.

7.340.000

860.

000

820.

000

7.400.000

7.440.000

800.

000

7.300.000

760.

000

700.

000

7.320.000

7.380.000

620.

000

7.460.00062

0.00

0

CHAVANTES

RIO

Rio

PARANAPANEMA

Rio

Itararé

Rio

Verde

Taquari

Rio

RESERVATÓRIOJURUMIRIM

Api

aíG

uaçu

Guaçu

Rio

Apiai

RIO

Rio

PA

RA

NA

PA

NE

MA

Guareí

RioItapetininga

Rio

Turvo

c

c

c

gr

c

ag

TARQ02400

PARP02100

ITAR02500

SÃO MIGUEL ARCANJO

ITAPETININGA

GUAPIARA

ITAPEVA

PARANAPANEMA

ANGATUBA

ITARARÉ

ITAÍ

CORONEL MACEDO

TEJUPÁ

FARTURA

PIRAJUTIMBURI

IPAUSSU

BERNARDINO DE CAMPOS MANDURI

ITAP02800

JURU02500

ARANDU

BARÃO DE ANTONINA

BOM SUCESSO DE ITARARÉ

BURI

CAMPINA DO MONTE ALEGRE

CAPÃO BONITO

GUAREÍ

ITABERÁ

ITAPORANGA

NOVA CAMPINA

PILAR DO SUL

RIBEIRÃO BRANCO

RIBEIRÃO GRANDE

RIVERSUL

SARUTAIÁ

TAGUAÍ

TAQUARITUBA

TAQUARIVAÍ

RESERVATÓRIO

Fonte: Relatório de Qualidade das ÁguasInteriores do Estado de São Paulo 2003(CETESB, 2004)