fenômenos meteorológicos extremos revisão bibliográfica de...

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA. DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SAÚDE E SERVIÇO CURSO TÉCNICO EM METEOROLOGIA ORIENTADORA: CAMILA DE SOUZA CARDOSO. André Padilha Kern Bruno Vieira Tarouco Bueno Suelen Meira Pedro Fenômenos Meteorológicos Extremos Revisão Bibliográfica de Fenômenos Meteorológicos Extremos Florianópolis 05 de Julho de 2010

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA.

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SAÚDE E SERVIÇO

CURSO TÉCNICO EM METEOROLOGIA

ORIENTADORA: CAMILA DE SOUZA CARDOSO.

André Padilha Kern

Bruno Vieira Tarouco Bueno

Suelen Meira Pedro

Fenômenos Meteorológicos Extremos

Revisão Bibliográfica de Fenômenos Meteorológicos

Extremos

Florianópolis 05 de Julho de 2010

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AGRADECIMENTOS

Nossos agradecimentos são direcionados primeira e principalmente a

nossa coordenadora Camila Cardoso, por ter aceitado nos ajudar e reiniciar as

pesquisas pra realização do trabalho, por sempre estar presente quando

necessária sua ajuda.

Para a professora Eliane Bareta, por ler todo trabalho palavra pro

palavra e apontar erros e defeitos para a concretização desse trabalho. Para a

aluna do segundo módulo do Curso Técnico de Meteorologia do IFSC,

Jaqueline Estivallet por nos apresentar fontes confiáveis para a realização do

mesmo.

Nossos amigos, inclusive os que nos abandonaram no meio do caminho,

foram de vital importância, nos apoiando e nos fazendo respirar a cada

momento difícil que foi passado durante esse semestre.

As nossas famílias por dar todo apoio necessário em nossas vidas,

desde sempre, e por último e não menos importante agradecemos a ajuda do

senhor Milton Kern Pinto, Comandante do Batalhão de Aviação do Estado de

Santa Catarina, por nos ajudar sobre a relação de fenômenos meteorológicos

extremos em alguns aeródromos do país, o nosso muito obrigado.

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"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.”

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Albert Einstein

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RESUMO

No levantamento bibliográfico, aqui executado, sobre os Eventos

Meteorológicos Extremos, veremos que os mesmos ocorrem em várias

partes do mundo, exemplos destes são os tornados, frentes de rajada,

windshear e downburst, focados no corpo desta monografia.

Com ênfase nos fenômenos extremos analizar-se-á estudos já

realizados sobre suas ocorrências, formações, origens e suas classificações.

E ainda sobre os danos causados nas superfícies, que podem ser de ordem

social ou econômica atingindo principalmente a população mais carente,

visto que estes não possuem suas residências construídas com a devida

segurança. E se tratando de tornado, que é considerado o fenômeno

meteorológico mais devastador devido à velocidade do vento em sua coluna

de ar giratória, o estrago pode ser de proporções incalculáveis. Proporções

que também podem ser de importante relevância quando analisada uma

frente de rajada que é um fenômeno associado a supercélulas e provoca

fortes rajadas de ventos à superfície.

Ainda sobre fenômenos que podem ocasionar prejuízos e danos

relacionados ao ar em movimento (ventos), o windshear, também

denominado cortante do vento, é definido como uma variação na direção do

vento e/ou na velocidade de vento em uma dada distância. Já o downbust

causa ventos fortes próximos ou no solo em diferentes superfícies. No

entanto tanto tornado como frente de rajada, windshear e downburst são

fenômenos diretamente ligados aos Cbs, que nada mais são do que nuvens

escuras de tempestade que se formam no céu, principalmente em dias

quentes, antes de uma chuva forte, seguida de ventos fortes e

aparentemente sem direção definida.

Palavras-chaves: Eventos extremos, tornado, tromba d’água, Santa

Catarina, Brasil, windshear, downburts, América do Sul e ventos.

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SUMÁRIO

1.0 Introdução......................................................................................................9

2.0 Tornados.....................................................................................................10

2.1 Tornados no Brasil.......................................................................................12

2.2 Características atmosféricas para a formação de um

tornado...............................................................................................................13

2.3 Classificação Intensidade x Danos..............................................................15

3.0 Frente de rajada...........................................................................................17

3.1 Origens de uma Frente de

Rajada................................................................................................................17

3.2Classificações...............................................................................................20

3.3 Danos Causados.........................................................................................20

4.0 Wind Shear..................................................................................................22

4.1 Wind Shear e sua relação com a aviação...................................................23

4.1.2 Nivel de vôo mais perigoso.......................................................................23

4.1.3 Como evitar um windshear.......................................................................23

4.2 Estatísticas de ocorrência............................................................................24

5.0 O que é uma downburst...............................................................................26

5.1 Downbursts e suas classificações...............................................................27

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Conclusão..........................................................................................................29

Anexo A – Tromba D’água assusta banhistas em

Florianópolis......................................................................................................32

Anexo B – Tornado pode ter atingido laguna, no sul de Santa

Catarina.............................................................................................................33

Referências........................................................................................................30

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Episódio de tornado ocorrido no município de Forquilhinha em

24/11/99.............................................................................................................11

Figura 2 - Previsão de tempestades severas utilizando-se parâmetros convectivos de mesoescala: uma estratégia operacional adotável no Brasil?..12

Figura 3 - Nuvem - Tromba d’água ocorrida em Campos/RJ, próxima a

plataforma P17 e Tromba d’água ocorrida no dia 10/11/2002, em São

Sebastião do Uatumã/AM, respectivamente......................................................13

Figura 4 – Formação de um tornado na base de uma nuvem

cumulunimbus....................................................................................................14

Figura 5 - Esquema de uma frente de rajada....................................................19

Tabela 1 - Escala Fujita ......................................................................................19

Figura 6 - Frente de Rajada em Laguna e Florianópolis respectivamente.......20

Figura 7 - Um exemplo clássico de uma frente de rajada intensa, acima se

percebe uma forte frente fria. Imagem de radar da aeronáutica madrugada do

dia 08/09/2009...................................................................................................21

Tabela 2 - Variação e velocidade do vento em uma determinada distância.....22

Figura 8 - Fluxo de ar em uma micro-explosão.................................................27

Figura 9 –Downburst em ocorrência..................................................................28

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1.0 INTRODUÇÃO

Os desastres naturais estão diretamente vinculados á história do homem e ao

seu modo de apropriação e uso dos recursos naturais. Desde a formação dos

primeiros agrupamentos humanos até as concepções das cidades modernas, os

desastres têm gerado duros impactos na sociedade.

Entretanto, nas últimas décadas, as pesquisas têm demonstrado que houve

um aumento considerável não só na freqüência dos desastres naturais, mas também

na intensidade, o que resultou em sérios danos e prejuízos sócio-econômicos. De

acordo com alguns cientistas, este cenário pode estar vinculado ao aquecimento

global, como uma das conseqüências diretas das mudanças climáticas (MUNICH RE

GROUP, 1999; MARCELINO ET AL., 2006)

Com essa monografia e o levantamento bibliográfico sobre os fenômenos

meteorológicos extremos, como tornado, frente de rajada, windshear e downburst,

os realizadores desse trabalho pretendem identificar, conhecer e entender o porquê

de alguns desses fenômenos que vem prejudicando a humanidade com a sua fúria.

O Brasil, nos últimos anos, vem sofrendo com alguns desses fenômenos que

são inéditos para algumas pessoas. Mostrando também como na região sul há

acontecimentos que até pouco tempo atrás eram vistos somente em noticiários

norte-americanos, mas que agora são realidade nessas localidades.

No corpo da monografia apresentada na seqüência trará maiores

entendimentos sobre os tornados, como se formam, suas condições, danos,

classificações e casos. Assim também ocorrerá com a frente de rajada, com a

apresentação de fotos clicadas pelo grupo, com o cisilhamento de vento conhecido

como windshear que provoca perigos a aviação e as downbursts que também estão

relacionados com o movimento do ar.

Este estudo também mostrará casos de eventos extremos ocorridos em Santa

Catarina e Rio Grande do Sul, estados da região sul do Brasil, que sofrem com

tornados, trombas d’água e frentes de rajada. O assunto em questão ainda gera

polêmica entre os cientistas que os pesquisam devido aos poucos estudos na área.

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2.0 TORNADOS

O tornado é um fenômeno atmosférico extremo que, assim como as chuvas

intensas, vendavais, chuvas de granizo e estiagens, podem ocorrer em diferentes

partes do globo, causando sérios danos socioeconômicos. Segundo o Glossário de

Meteorologia, o tornado é uma violenta coluna de ar giratória, normalmente

visualizada como uma nuvem em forma de funil, que se estende da base das

nuvens que os originam (tipo cumulonimbus) até a superfície terrestre. A partir da

observação do processo de formação do tornado, pode-se perceber que ele também

pode ocorrer em superfícies aquosas ou em terra, o que implica a mudança de sua

denominação, passando a ser chamado de tromba d’água (watersprout), landsprout

ou tornado (tornado) respectivamente. “Em virtude de sua intensidade e violência, os

tornados são considerados como um dos principais agentes responsáveis pela

ocorrência de desastres naturais.” (MARCELINO, 2004, p.28).

Stull (2000) define tornado como um fenômeno originado a partir de uma vorticidade horizontal (ventos giratórios) na baixa troposfera, (próximo a superfície), que ao se intensificar, inclina-se para a posição vertical devido às correntes ascendentes de ar. Dentre tantas diferentes teorias referentes à formação do tornado esta é a mais aceita.

No dia 24 de novembro de 1999 foi observada a formação de um tornado no

município de Forquilhinha, conforme apresentado na figura 1, que mostra

nitidamente a nuvem em forma de funil ao centro e a base do Cb onde se origina o

tornado.

Os danos causados pelo tornado em Santa Catarina afetaram diferentes setores

socioeconômicos como o agropecuário, o comercial, o industrial e setor público

(abastecimento de água, anergia elétrica e telefonia). Além disso, ressalta-se que

muitas residências foram parcialmente ou completamente destruídas, gerando

grandes prejuízoa (Marcelino et al., 2002)

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FONTE: Diário Catarinense (1999)./Análise de Tornados em Santa Catarina

FIGURA 1 - Episódio de tornado ocorrido no município de Forquilhinha em 24/11/99.

2.1 Tornados no Brasil

No Brasil ainda não há um órgão competente capaz de estudar os tornados, no

âmbito de analisar, enumerar e classificar os eventos severos. Por conta disso as

informações de tal fenômeno passam a ser equivocadas e até errôneas visto que os

meios de comunicação abrangem com particularidade apenas os prejuízos

causados, mas sem nenhum esclarecimento maior sobre o assunto.

Nascimento (2005) afirma que a Região Sul do Brasil juntamente com o Mato

Grosso do Sul, apresenta condições ideais para a ocorrência de tempestades

severas capazes de formar tornados, granizos, vendavais e chuvas intensas. Prova

disso está na similaridade das condições atmosféricas da região supracitada e dos

Estados Unidos, entre a primavera e o outono austrais, mostrados na figura 2.

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FONTE: Ernani Lima de Nascimento FIGURA 2- Previsão de tempestades severas utilizando-se parâmetros convectivos de mesoescala: uma estratégia operacional adotável no Brasil?

Em ambos os casos é comum documentar-se a presença de um escoamento de jato de baixos níveis (JBN) transportando ar quente e úmido dos trópicos para latitudes mais altas. Em (a) JS representa o jato subtropical e em (b) JP representa o jato polar.

Porém, o tornado é um evento extremo que ocorre não apenas em superfícies terrestres mas pode tocar superfícies aquosas como mares, lagos e oceanos. Essa mudança de localidade tocada pela coluna de ar giratória do tornado implica também a mudança de sua denominação passando a ser chamado de tromba d’água (watersprout). A seguir, exemplos dessa ocorrência, como o que muda é apenas a superfície qual o tornado toca, na figura 3 percebemos as mesmas condições da figura 1, com nuvem funil, base do cumulunimbu e agora a superfície aquosa.

FONTE: A Crítica (2002)./ Análise de Tornados em Santa Catarina

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FIGURA 3- Tromba d’água ocorrida em Campos/RJ, próxima a plataforma P17 e Tromba

d’água ocorrida no dia 10/11/2002, em São Sebastião do Uatumã/AM, respectivamente

.

2.2 Características Atmosféricas Para a Formação de um Tornado

Inicialmente detém na informação de que os tornados são encontrados nas

tempestades de supercélulas de cumulonimbus, nuvens convectivas, quando elas

passam a ser chamadas de supercélulas ciclônicas ou mesociclones. O tornado se

forma na base dos cumulonimbus, apresentando uma intensa coluna de ar giratório

que se estende até o solo, percebido como uma nuvem funil pendente na

supercélula que liga a base da nuvem à superfície na qual entrará em contato. Para

ser caracterizado como um tornado e qual a sua classificação, o fenômeno deve

causar danos a superfície na qual entra em contato. (GLICKMAN, 2000)

Os tornados são encontrados em grandes tempestades de supercélulas, assim,

esses fenômenos formam-se numa condição instável da atmosfera, diretamente

ligados aos valores elevados de umidade e temperatura. Há a necessidade também

da presença de movimentos verticais de ar ascendentes no ambiente para que

ocorra o tornado. (MARCELINO, MARCELINO, SAUSEN, 2007, p.8)

As nuvens base dos tornados podem chegar até o limite da Troposfera, a

distância varia de acordo como o local onde se está, mas pode variar de 12 a 17 km

de altitude o que acaba por acumular uma grande quantidade de energia em relação

ao ambiente atmosférico em que se encontra, ou seja, existe diferença entre elas e o

resto do ambiente em que se encontra (na atmosfera). Essa energia pode ser

liberada na forma de precipitação intensa, ventos fortes, relâmpagos e granizo. A

intensidade do tornado que se formará na nuvem dependerá da Energia Convectiva

Potencial Disponível (CAPE). (MARCELINO, MARCELINO, SAUSEN, 2007, p.8)

O esquema de formação do tornado está ilustrado na figura 4. Apresentando,

com clareza, a nuvem cumulunimbus, sua bigorna, o topo, a linha de flaco, onde

estão as nuvens de gelo, o esfriamento da base da nuvem, a chuva e por fim o

tornado acoplado na base da nuvem mãe.

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FONTE: Tornado ocorrido em Muitos Capões – RS.

FIGURA 4 – Formação de um tornado na base de uma nuvem cumulunimbus.

2.3 Classificações Intensidade x Danos

Para uma tempestade ser considerada um tornado essa coluna de ar giratória

deverá ter força para causar algum dano na superfície. Mesmo havendo

instrumentos que medem a velocidade do vento (anemômetro) e a pressão

atmosférica (barômetro), na ocorrência de um tornado esses instrumentos sofrem

danos, o que impossibilita saber certos dados do fenômeno. Fazendo-se assim

necessária uma escala para se ter um parâmetro de classificação e comparação dos

tornados.

As escalas para estimar a intensidade dos ventos de tornados (e furacões

também) baseiam-se na escala de ventos Beaufort, que estima a velocidade dos

ventos pelos danos causados. Apesar da tecnologia avançada que possuímos

atualmente, ainda encontra-se imensa dificuldade em inserir algum tipo de

instrumentos para registrar os dados, no centro de um tornado.

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A escala Fujita (tabela 1) por ser baseada nos danos ocasionados pelo fenômeno e

por ser de maior facilidade na sua aplicação, ainda é uma das mais utilizadas para

estimar a intensidade do tornado. Essa tabela apresenta uma classificação

relacionada com os danos e intensidade que esses ventos causam.

Tabela 1 – Classificação de tornados conforme intensidade e danos.

Intensidade Categoria Velocidade

(km/h)

Comprimento da

Trilha

(km)

Largura da

Trilha

(m)

Danos

F0 Fraco 65-116 0- 1,6 0 – 16 Leves

F1 Fraco 119-177 1,6 -5 17 – 50 Moderados

F2 Forte 180-249 5,1 – 15,9 51 – 160 Consideráveis

F3 Forte 252-332 16 – 50 161 – 508 Severos

F4 Violento 335-418 51 – 159 540 – 1400 Devastadores

F5 Violento 421-512 161 – 507 1600 – 5000 Incríveis

FONTE: Adaptada de Fujita e Pearson (1973).

A classificação acima se relaciona, respectivamente, com os danos de cada

categoria, citados abaixo, segundo Fujita (1981) e FEMA (1988).

a) F0 – danos leves - danos em antenas de TV, em letreiros, em placas de

propaganda, destelhamento parcial nas casas, quebra e retorce de galhos de

árvores, arranque de árvores de raízes rasas, quebra de vidros de janelas

pelos objetos arremessados;

b) F1 – danos moderados - a velocidade do vento no limite inferior refere-se ao

início da velocidade de furacão, que retira telhas e cobertura das casas,

derruba casas das fundações, desloca automóveis em movimento nas

estradas, arranca pequenas árvores;

c) F2 – danos consideráveis - provoca retirada de telhados juntamente com o

teto, provoca demolição de casas, deslocadas com estruturas fracas, arranca

árvores grandes; desloca pequenos objetos com grande velocidade tornando-

se verdadeiros projéteis, retira automóveis das pistas, danifica estruturas em

concreto e paredes;

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d) F3 – danos severos – arranca telhados e paredes de casas bem construídas,

derruba trens, levanta carros do chão e arremessa-os longe, arranca e retorce

árvores;

e) F4 – danos devastadores – acontece quando casas bem construída são

levantadas, estruturas com fraca fundação são jogadas para longe, carros

são atirados para longe, objetos pesados tornam-se projéteis;

f) F5 – danos inacreditáveis – ocorre que casas bem construída são retiradas

das fundações e carregadas para longe com destruição da sua grande parte,

automóveis tornam-se projeteis e podem ser arremessados em distâncias

maiores que 100 metros, árvores são arrancadas em pequenas frações de

tempo.

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2.0 FRENTES DE RAJADA

3.0

Segundo o National Severe Storms Laboratory, uma frente de rajada é a

ponta de ar resfriado da chuva que se choca com o ingresso mais quente da

trovoada. Frentes de Rajada são caracterizadas por uma mudança de vento, queda

de temperatura, fortes ventos e à frente de uma tempestade. A frente de rajada

origina-se a partir de uma célula convectiva convectiva chamada cumulunimbus ou

supercélula, daí a classificação de nuvem baixa e horizontal. Essa, por sua vez, está

associada com o limite frontal do fluco de uma tempestade, ou com uma frente fria,

acompanhada ou não de tempestades. mais precisamente chamada de

cumulusnimbus ou super célula, ou seja é uma formação de nuvem baixa e

horizontal que está associada ou com o limite frontal do fluxo de uma tempestade,

ou com uma frente fria até mesmo sem tempestades. Nuvens arco possuem dois

tipos: nuvens rolo ou “nuvens prateleira" conhecidas como “shelf clouds”. Estas

nuvens se formam quando o fluxo de ar frio descendente, a partir de uma nuvem de

tempestade espalha-se pela superfície da nuvem, com a sua parte frontal chamada

de frente de rajada. Isso reduz o fluxo de ar quente sendo puxado para dentro da

tempestade, ou seja, reduz a corrente ascendente. Como o ar frio levanta o ar

quente e úmido, a água se condensa criando uma nuvem que freqüentemente rola

em função dos ventos acima e abaixo da nuvem.

3.1 ORIGENS DE FRENTES DE RAJADA

Segundo o National Severe Storms Laboratory, uma frente de rajada é a

ponta de ar resfriado da chuva que se choca com ingresso mais quente da trovoada.

Frentes de rajada são caracterizadas por uma mudança de vento, queda de

temperatura, fortes ventos e à frente de uma tempestade. Às vezes, os ventos

empurram o ar para cima formando uma nuvem de prateleira ou individual, chamado

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também de nuvem rolo como na figura abaixo.

FIGURA 5 - Esquema de uma frente de rajada.

Um limite de escoamento, também conhecido como uma frente de rajada, é um

limite de tempestade ou mesoescala que separa o ar de trovoada resfriado (saída)

do ar circundante, semelhante ao efeito de uma frente fria, com passagem marcada

por uma mudança de vento e, geralmente, há uma queda na temperatura e um

aumento de pressão. O limite de vazão pode persistir por 24 horas ou após os

temporais que os gerou se dissipar, e ainda podem viajar centenas de quilômetros

de sua área de origem.

Novas tempestades desenvolvem-se freqüentemente ao longo das fronteiras

de saída, especialmente perto do ponto de intersecção com outra fronteira (frente

fria, a linha seca, outro limite de saída, etc.) Vazão limites podem ser vistos como

linhas finas em imagens de radar, além de nuvens baixas sobre imagens de satélites

meteorológicos. A partir do solo, limites de saída podem ser localizados com o

aparecimento de nuvens rolo prateleira.

Limites de vazão criam ventos de cisalhamento de baixo nível que podem ser

perigosos durante pousos e decolagens de aeronaves. Se uma tempestade

executada em um limite de escoamento, a erosão do vento de baixo nível a partir do

limite podem causar tempestades e expor rotação na base da tempestade,

causando algumas vezes a atividade tornática.

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FONTE: André Padilha Kern

FIGURA 6 – Frente de Rajada em Laguna e Florianópolis respectivamente

FIGURA7 - Um exemplo clássico de uma frente de rajada intensa, acima se percebe

uma forte frente fria. Imagem de radar da aeronáutica madrugada do dia 08/09/2009.

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3.2 Classificações

A nuvem arco do tipo prateleira que é uma nuvem horizontal em forma de

cunha como serão apresentados nas próximas imagens. Não se compara com a

nuvem rolo por estar ligada à base da "nuvem mãe" (habitualmente uma nuvem de

tempestade). O movimento de ascensão freqüentemente pode ser visto na parte

frontal de fora da nuvem prateleira, enquanto o lado de baixo parece ser turbulento.

A nuvem rolo também é do mesmo tipo, mas em forma de um tubo horizontal.

É um tipo raro de nuvem arco, e difere da outra por ser completamente destacada

de uma nuvem de tempestade ou outras nuvens. Nuvens rolo habitualmente

parecem estar rolando sobre um eixo, elas podem dar sinal de possíveis

microexplosões (fortes correntes descendentes de microescala).

Com os ventos intensos na parte da frente da nuvem arco, ela ficará irregular e

alinhada formando nuvens do tipo fractus. Em casos severos ocorrerão vórtices ao

longo da borda da nuvem, formando nuvens do tipo scud que podem alcançar o solo

ou ser acompanhadas pela ascensão de poeira.

FONTE: André Padilha Kern

FIGURA 8 – Nuvem rolo e nuvem arco tipo prateleira.

3.3 Danos Causados

Os danos causados por ventos de tempestades severas são responsáveis por

metade de todos os relatórios graves em 48 estados nos EUA, é mais comum do

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que os danos de furacões. A velocidade do vento pode atingir até 150 km/h e pode

produzir um caminho de danos que se estende por centenas de quilômetros. Esses

ventos são muitas vezes chamados de straight-line winds. Fortes ventos tempestade

podem vir de uma série de processos diferentes.

Como as maiorias das tempestades podem produzir ventos em linha reta, o

resultado da saída gerada pela tempestade, quem vive em áreas propensas a

tempestade do mundo está em risco de experimentar esse fenômeno. Os tipos de

ventos fortes em linha reta chamados de straight-line winds é um termo usado para

definir qualquer tempestade de vento que não está associada à rotação e é usado

principalmente para diferenciar dos ventos de tornado.

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4.0 WINDSHEAR

Segundo MATSCHINSKE, 2004 e FREITAS, 2004 uma Windshear, também denominado cortante de vento, gradiente de vento ou cisalhamento do vento, pode ser definida como uma variação na direção do vento e/ou na velocidade do mesmo em uma dada altura.

Suas causas podem ter várias origens: trovoadas, presença de Cumulonimbus, frente frias, correntes de jato de baixos níveis, ventos fortes a superfície, brisas marítimas e terrestres, ondas de montanhas, linhas de instabilidade e fortes inversões de temperatura, dentre outras. A presença de formação de Cumulonimbus , é um bom indicativo de que possa vir a existir uma corrente de vento, mas não necessariamente a ocorrência de um microburst (forte descendente de vento) pois somente 5% dos cumulonimbus produzem tal fenômeno.

Entradas de frente frias também podem causar os Windshear, embora com maior intensidade. Há casos em que ventos de altitude podem soprar de NW (típicos de sistemas pré-frontais) e, embora sua direção possa ser totalmente oposta à superfície, gerados por uma brisa por exemplo. Os pilotos não devem se assustar caso a torre de controle coloque- os com vento de cauda na final, pois nesses casos, o vento de proa estará ocorrendo à superfície. Em virtude da aproximação da frente-fria, os ventos à superfície e em altitude tenderão a alinhar-se, conforme citado na tabela abaixo:

TABELA 2 – Variação e velocidade do vento em uma determinada altura.

Cortante Vertical Minímos de Intensidade

Leve 0 a 2,06 m/s / 30m

Moderada 2,58 a 4,11 m/s / 30m

Severa 4,61 a 6,17 m/s / 30m

Extrema > 6,17 m/s / 30m

FONTE: DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

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5.0 O QUE É UMA DOWNBURST

Tetsuya Theodore Fujita define uma downburst como uma severa corrente

de ar localizada, composta por uma área de ar frio e úmido que causa ventos fortes,

próximos ou no solo podendo ocorrer em superfície aquática ou terrestre.

Elas acontecem quando um vento descendente se desprende da base da

nuvem e atinge o solo com grande intensidade, podendo durar de segundos a

minutos. Após tocar o chão, esses ventos se espalham em todas as direções

produzindo ventos em linha reta e em 360° com mais de 240 km/h. Apesar dos

danos serem similares, é totalmente diferente dos danos causados por um tornado,

isto deve-se pelas propriedades físicas de uma downburst ser diferente das

propriedades de um tornado, por exemplo, elas não provocam rotação de vento,

mas uma única rajada divergente. Os ventos nessa explosão são de dentro para fora

em linha reta, divergindo. Já nos tornados, esses ventos tendem a convergir em

forma rotativa.

De acordo com o Laboratório Nacional de Tempestades Severas, NOAA, usa-

se para a diferenciação entre os danos de um tornado e o dano de uma downburst,

o termo straight-line winds é aplicado para os danos das downbursts. As downbursts

ocorrem devido ao movimento descendente gerado pela súbita redução de

temperatura e pelo arrasto aerodinâmico provocado pelas gotas das chuvas ao cair;

elas podem gerar também as windshear, que representam uma grande ameaça para

a aviação.

Entre essas explosões, várias classificações foram surgindo, que vão de

acordo com seu diâmetro, os danos causados e a quantidade da água nessas

colunas de ar, podendo também ser levada em consideração, a temperatura em

alguma parte dessa tempestade na hora de sua formação. Formação mostrada na

figura abaixo:

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FONTE: Tempestades Severas: Formação e Descrição

FIGURA 8 – Fluxo de ar em uma micro-explosão

5.1 Downbursts e suas Classificações

Segundo o Departamento de Ciencias Atmosféricas da Universidade de

Illinois, fortes tempestades de ventos foram estudadas e classificadas pelo

renomado cientista Dr. Ted Fujita. Dr. Fujita classificou esses eventos pelos danos

que essas explosões deixaram ao redor em uma área de até 4km. As downbursts

que serão estudadas são classificadas em quatro tipos: microbursts, macrobursts,

wet downburst e dry downbursts.

Os termos microburst e macroburst descrevem o tamanho de uma downburst.

A grande semelhança está nos danos causados na área onde esse vento ocorreu.

Uma microburst pode ter ventos em uma área de até 4 km ou menos de diâmetro,

durante cinco a quinze minutos, causando ventos de até 75 m/s. Uma macroburst

possui ventos em área de mais de 4 km de diâmetro, com duração de cinco até trinta

minutos, que podem alcançar mais de 60 m/s.

Outras explosões são classificadas de acordo com a quantidade de umidade

dentro de cada uma. As dry downbursts e as wet downbursts, que traduzidas no

sentido literal da palavra, significam respectivamente “explosão sem água ” e

“explosão com água”. As dry downbursts, são associadas a tempestades com pouco

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volume de chuva ou até sem nenhuma quantidade de chuva, enquanto as wet

downbursts são explosões como um volume razoável de chuva, acompanhada de

granizo, ou ambas as explosões podem sem acompanhadas por relâmpagos até

tornados, como essa microexplosão que aconteceu em Oklahoma que descende da

nuvem principal até o solo.

FONTE: Bill Bunting

FIGURA 9 – Downburst em ocorrência

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CONCLUSÃO

Á partir do levantamento bibliográfico sobre os eventos meteorológicos extremos pode-se observar que mesmo em locais, aparentemente improváveis, podem ocorrer eventos meteorológicos extremos. Porém tais eventos necessitam de condições atmosféricas específicas. Condições que o Brasil vem apresentando ao longo do tempo com o surgimento, inclusive, do primeiro furacão registrado na América do Sul, no entanto enfatizamos com prioridade os fenômenos de microescala, tais como: tornados, frente de rajada, windshear, frente de rajada e as downbursts.

Eventos que vêm se popularizando ao longo do tempo foram o foco do trabalho, e algumas questões foram esclarecidas com as pesquisas realizadas na concepção do trabalho. Pode-se perceber a importância de se ter informações ao respeito dos fenômenos severos.

Destacamos o tornado, que com sua coluna de ar giratória tem um poder devastador, também levantamos (bibliograficamente) casos e estudos de casos do tornado, e em relação à classificação de tornados, pode-se perceber ainda que os mesmos não sejam classificados pelos dados registrados, pois isso é impossível, e sim se classificam pelos danos causados quando entram em contato com a superfície.

Diferente dos tornados, as frentes de rajadas, os windshears e os downbursts não possuem uma coluna de ar giratória, mas estão todos relacionados com o ar em movimento e possuem semelhanças quanto ao modo de formação e dependendo de sua intensidade podem ter conseqüências catastróficas.

Graças aos estudos já realizados e aos avanços da tecnologia pode-se perceber que os eventos meteorológicos ocorrem em determinadas estações e com maior freqüência em alguns períodos, as vezes, anuais. Contudo, conclui-se que não há uma determinada forma de evitar e sim de prevenir as conseqüências possíveiis.

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REFERÊNCIAS

CARACENA. Forecasting Microbursts & Downbursts. NOAA/Forecast Systems

Laboratory. Disponível em: /<http://www-

frd.fsl.noaa.gov/mab/microburst/micro_course.html>

CARUZZO, Amaury. Formação e Descrição. Tempestades Severas. São Paulo.

Department of Atmospheric Sciences (DAS) at the University of Illinois at Urbana-

Champaign. Disponível em /<

http://ww2010.atmos.uiuc.edu/(Gh)/guides/mtr/svr/dngr/dburst.rxml>

MARCELINO, Emerson Vieira. Desastres naturais e geotecnologias. 2008.

38f. Caderno didático n°1. INPE/CRS. Santa Maria, 2008.

MARCELINO, Isabela Pena Viana de Oliveira. Análise de episódios de tornados

em Santa Catarina: caracterização sinótica e mineração de dados. 2004. 224f.

Dissertação de Mestrado do Curso de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto,

INPE, São José dos Campos, 2004.

MATSCHINSKE, Martim Roberto. FREITAS, José Carlos de. DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO SUBDEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES. 2009.

MOORE, Gene. A Look at Different Shapes & Sizes of Tornadoes. Many are

different from what Dorothy saw. Disponível em

/<http://www.chaseday.com/tornadoes.htm>. Acesso em: 06/06/10

National Severe Storms Laboratory. Damaging Winds Basics. Disponível

em /<http://www.nssl.noaa.gov/primer/wind/wind_basics.html>. Acesso

em 25 de Junho de 2010

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NASCIMENTO, Ernani Lima de. Previsão de tempestades severas utilizando-se

parâmetros convectivos e modelos de mesoescala: uma estratégia operacional

adotável no Brasil? Revista Brasileira de Meteorologia. Curitiba, v. 20, n. 1, 121-

140, 2005.

NECHET. Dimitrie. OCORRÊNCIA DE TORNADOS NO BRASIL. Vol. 26,

Número 2, de agosto de 2002. 10f. Departamento de Meteorologia da UFPA. 2002.

NASCIMENTO, Ernani Lima de. Previsão de tempestades severas utilizando-se

parâmetros convectivos e modelos de mesoescala: uma estratégia operacional

adotável no Brasil? Revista Brasileira de Meteorologia. Curitiba, v. 20, n. 1, 121-

140, 2005.

Tornado assusta moradores em Santa Catarina. Globo G1. Disponível em /<

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL303007-5598,00-

TORNADO+ASSUSTA+MORADORES+EM+SANTA+CATARINA.html>. Acesso em 06/06/10.

Tornado ou microexplosão pode ter atingido região entre Tabaí e Triunfo. Zero

Hora. Set 2008. Disponível em:

/<http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral

&newsID=a2173663.xml>. Acesso em 06/06/10

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ANEXO A

- Tromba d’água assusta banhistas em Florianópolis

Disponível em:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL334355-5598,00.html Acesso em 24 de

Junho 2010

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ANEXO B

- Tornado pode ter atingido Laguna, no Sul de Santa Catarin

Disponível em:

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2901742.xml Acesso em 24 de Junho de 2010