diabruras saci: museu, memória, educação e patrimôniosecure site...

11
Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário Chagas Resumo MuseoFogo, doutor em Ciências Sociais pela Univer- srdade do Estado do Rio de janeiro (UERJ). Atual- mente. é professor adjunto do rnestrado em Memó- ria Social e do Departamento de Processos e Estudos MuseoIÓgicos da Universidade do Rio de Janeiro (UN I-Rio) e coordenador tbcnico do Departamento de Museus e Centros Culturais do IPHAN. Do coração de um museu que completa seus seten- ta anos de existência, o Museu Histbrico da Cidade do Rio de janeiro, o autor resgata urna "Perna do Moleque Saci". para falar de imaginário e memória social. Mais ainda. trata de uma existência que trans- cende a veracidade documental, e mesmo a materialidade pura, apontando para uma relação inextrincavel entre patrimònio material e espiritual. tal como diferentes aspectos de um mesmo patrimônio cultural. Em outras palavras. mais do que abordar a rnusealizaqáo da "Perna do Saci". o artigo tematiza a musealizaçáo da idéia do Saci, o que leva o autor ao encontro de Monteiro Lobato e seu mer- gulho na memória do personagem, bem como a dis- cussão mais ampla em torno da importaçáo do ter- mo inglês heritage education. Traduzido como "edu - cação patrimonial", seu transplante ignorou possi- bilidades de dihlogo em um primeiro momento: por outro lado. aponta o artigo que se acenam atual- mente tentativas e reconhecimentos de uma antro- pofagia inevitável.

Upload: others

Post on 31-Oct-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio

Mário Chagas

Resumo

MuseoFogo, doutor em Ciências Sociais pela Univer- srdade do Estado do Rio de janeiro (UERJ). Atual- mente. é professor adjunto do rnestrado em Memó- ria Social e do Departamento de Processos e Estudos MuseoIÓgicos da Universidade do Rio de Janeiro (UN I-Rio) e coordenador tbcnico do Departamento de Museus e Centros Culturais do IPHAN.

Do coração de um museu que completa seus seten- t a anos de existência, o Museu Histbrico da Cidade do Rio de janeiro, o autor resgata urna "Perna do Moleque Saci". para falar de imaginário e memória social. Mais ainda. trata de uma existência que trans- cende a veracidade documental, e mesmo a

materialidade pura, apontando para uma relação inextrincavel entre patrimònio material e espiritual. ta l como diferentes aspectos de um mesmo patrimônio cultural. Em outras palavras. mais do que abordar a rnusealizaqáo da "Perna do Saci". o artigo tematiza a musealizaçáo da idéia do Saci, o que leva o autor ao encontro de Monteiro Lobato e seu mer- gulho na memória do personagem, bem como a dis- cussão mais ampla em torno da importaçáo do ter- mo inglês heritage education. Traduzido como "edu - cação patrimonial", seu transplante ignorou possi- bilidades de dihlogo em um primeiro momento: por outro lado. aponta o artigo que se acenam atual- mente tentativas e reconhecimentos de uma antro- pofagia inevitável.

Page 2: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

I - A perna do Saci

Cravado iio coraçáo do Parqrie cia Cirladc, cercado píir rirvores e por uma coniuiiidacle

popiilar cliie nãci prira de sc movimeiitar e crcs-

çer, o Muscu Hisrorico da Cidade c10 Rio de Janeiro segue por irilia estrada qitc aparente-

mente o afasra da cidade. Mas a cidade teiiiia

em sc aproximar dele. Talito a cidade quanto

as árvores dci Parque são devoradoras. Alheio

5 s n-ifiltiplas redes dc sentido e ao caos rirbano,

o Museu da Cidade parece iim erice fancAstico

Iiabitando a floresta. A cidacle de qiic ele trata

é quase iima abstraçáo, é quase inexisr&ncia - c

s6 não 12 ínexistzncia conipleta porqiie ele mata

de afirniri-Ia c cfe dar-lhe iirii ctirpci material de rnen16ria; a cidadc dc que o Museii trata pare-

ce n2o ter ccinexão com a cidadc praticada e

cotidianamenzç vivida por seus habitnnrcs e usuiirios. Todavia, para alEm dessc jogo de afas.

tamenros e aproxiniações, é possível ccirnpre- ender que, assim como a. cidade cncatita e as-

susta, niarwilha c assombra, nferece armadi-

lhas e abrigos, assini tamls8n-i 6 o Museu, sobre-

tudo quando ele trata de apresentar uii-ia cida-

dc que riso se pode ver, que n5o se pode tocar e

que C tecida cnin as linhas da rncn16ria - agu-

lha invisível -, que atravessa coisas ç inzageris.

Como evitar a armadillia do Museu da Ci- dacie? Decisão: por hoje e apenas por hoje

não quero faIrir do Muscii Histbrico da Cida- de do Rio dç Janeiro, qire em 2004 comple-

tou 70 anos de existencia oficiar, e nem mes- mci da Cidndc do Rici de Janeiro, que em 2005 completará 440 anos. Quero falar cic nlg-unia

coisa qiie I5 se enccitlrra ocirlta, 110 coraq5n

Jociiti~eiital do Mirscii, ria intimidade dc iriii Iiigar ile rnernhria da cidade; quero Mar clc tiri-ia "Pcrtia do Muleciirc Saci".

Scgiindo alguns depoimentos, cuja veraci- dade rião E comprovada, existiria ali iriiia ficha

catalogtifica que daria conta do registro

i~~iiseogáfico de unia "Periia do Saci". Devo

dizer que, para alguns tknicos cspcci.il* C ~stas, o

assunto C morivo dc çonstrangiir-teiito e , para cititros, é niotivti de sorriso e blagiie. Em turno

da "Perna do Saci" havia até recentetnciite uni

ar mistdrio c iirn ccrco siiêncio, o que conrri-

buiir para anipliar a sria pedomançe dc curio-

sidade e parn robustecer a sira iiiirsculritiira

aiirritica. N5o tenho interesse, no presente

niclmento, ns comprovação oii ria negação da existêi~cia concrcra do reffiscrn dnciiniental da "Perna do Saci". Deixo csse assunto para in-

vestigadores interessadcis em provas docirmeii-

tais positivas. Para os objetivos a y tie me pro-

ponho, a si1pc3sição de sua existência e o faro

de iirn dia. algueni ter imaginado que o seu re-

gistro estaria ali nci nficleo docuniental do Mt~scu s5o suficierites. Síntese: meu interesse

est5 concentrado no iniagináriti, na merniiria social e rio debate que sc organiza en-i torno dci dcnominadci patsim6nio cultural (Abreu e

Chngas, 20003).

Assirri, admitida a suposiç50 anteriormente

indicada, C possível avançar um pouco mais. Algitii-ias questfies poclern, então, ser levanta-

das: aqiiela "Perna" seria a "Perna" (ou a repre-

scnta~ão da "Perna") quc n Saci tem ori a "Per- na" (011 a represei~taçiio da "Pertia") que ele

1150 tem! Casci aqiicla fosse a "Pernaii (OU a re-

prcscntaçh da "Peri-ia") que ri Saci não ~ c m , estaria ali iini iiidicio de qtrc o Saci pocleria rcr

tido cluas pcrtias; casci fosse a "Perna" (ou a rc- presentnçã~i da "Peri~a"') qiic « Saci tem, csta-

tia rili o siilnl de sim niortc, no papel de niole- que qtic vixPc pulai~dci. A rillisealizaçá» dri "Per-

Page 3: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

ou oijln3laiir urn noydrrr! 'esua~duii r;p o:odr!

~103 'c~~eqci~ lod eprzripucis 0!3e2!lsanu! v ;!XS o alqos o~qnbu! urn - olnvd cipS ap op

-msg 0 ~EUJO~ op ~u~~adsan oeS!pa ep ~clndod

op5errZ!sap - ,,oyu?pelsg,, op 1!1~ed e 'n!lq~ '~161 ma 'anh 'ol~qo~ oqajuow ap ol~uor,

-ua or: IIE?~WFJ NU-r'ia~al ,,!~cs OF errraj,, ep

o~Sezqeasniir ep asa~»d!rl eu assamlu! O ;oj

-uos UIII CJU~U~IIF: ~xuíid iirn eluoii mano

-!ss~ ~~1n11r13 O!IIQ~~I!BEC~ op Ias ap opoirr

iun ouim serrr 'o-Seluasalcla~ crrrn oiiio~ nlu ep

-!p11331d11103 lieulaj,, r: opueiih 'lcxpel cym

cpu!e ripoiir ap 'iio 'qdrrre ~1cir1 rpulr: scip!~urrs ap apal eiun sy ssnxauns scldp~~iir lessed nrap

-od no irrt:sçed 3p1í~) 10~1 CIIIICX~ run riri rrrnrp?rrr

iiin ciirror, epiirnssr: p ,,emacI,, e npuctiI7 :solir

-laJ soano Irra 'tio iu~ru!x.o~dc as oíTm3 o a 03!u1

o opuenb as-anlcisa~ Id~3e~ atlbalom onyi cuia~,, ep ri-Sczqcssriur qsd o~scido~d oxipe~cd alua2

-de O .ol!irr o epueruap od~orr o s odlori. o cp -u;ei-rIap o1~1r1 Q *~3!1!rr1 apcp!lua e-riu?~aja~ e

uras caaldrrrti~ ysa o-u t,emaa,, r: sciu ! (r,~umc~,,

errrn souarrr nlad no) odms irrn epumap e3!l!rrr

apepyua c 'e~iez!lcacnm 13s eled 'cl?,-iucrrr ~snh

-1enh sa .!seç op t:!?p! ep o-Sez!le,?sn~~~ F eeqd

-UI! ir!=ieç cip eruad,, ep oc3ezqeasnrn e anb 1e3

-UEAF: ossod 'cin3 1.113 OJJO~U! EU as ka~iss~

-çajuaIapp sr:l!aur:m ap scçsa~iixa anb ep

-u!t: '1~1nqn3 O!UQUI!JIC~ 0 ebs lenb 'es~os crrr

-saiu a errrii ap solsaclse a supnrrr ssjualyip nys ~cnlydsa o a lepalerrr o?u(jiul~led (i anh epu!e

a !~E!J~IE~U O!U~~~I!IIC~ op CI-X~UO~ C a rrtatiro e anb serrrsartr sr; 0:s ~cnj!l!dsa o!u?ui~ned op o~x -31103 e3 rr1ap10 e anb ap oesuaa~drrro3 opcn

-31 nos'ewu!dq ap ogxausl FU OP~JO~UV

'(Lbl 'd '~L61) WNKll3"f~ SE"

-!aucrri serip nti es<aldxn seiti 'CS!Q~ erirsarir e a erun c-s oporri ssssp emp! P a og~ua~sa

-olmo clos em 'ri~nq?lje uin ynç elo ep!prIa -a~cimr>ri lepuysqns c:rirssrrr e s erzrri ocs cç

-unlxn ejsugjsqns i? 3 SIUUSIISCI Plriuyçclns c:

.idscs!or, sep ocxãuar, E a wapo ri anb eiirsaiu

e sw?p! sep ogxmo~" E 3 iuap-~o v,, :(TIA 053

e~sodo~d "e3!lg) esnu!dq opunss~ .~enjplcIsa

o a ~~!mlcii~ i> amua 053~131 F: IoY1aw lapuaa~d

-11103 CJR~ '~s3nSn31od 3~111 3p oyly 'BSOI~~S~ ap

-cil!ur cip oy3:z!le~ e e~ed langsuad

-s~pul olnq~~lr: rrrn ela 'e!~?lerrr ep ezrilrilcii I: X"J lcnh craç -1cyIcrrr ocllo3 rrrn ap 1x13

-31~1 'sout:iunrl sop!su~s so lczqlq!srras a op1l

no e~y21crr1 apepraira ala elas '!~cs anbqoli~

O -0q1"1 op lErnlr!w O~IO~, op r: elas letib

'~)33~3nb c13110 erun la3sa.n zej ,,!seS op eu

.sepcrlleZ1r!2 ge a sos

íip ciiissttr epuysixa c oystinh rtia ysa anb o

no semad senp aaal~rieç o no :oxcipe~ed alital

-ed~ iwri 'O~UEIJO~ 'a~dofd t,pe~ anbaloru op eu

Page 4: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

Sacy anda no mundo pra fazê trcrmpolinage E o Si6 seo imperado Pra f& pol it icage!

Page 5: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

-iC3??~ 0 olny op o13yjald op sequl] sm!aru!ld

sv -epeclex uisq a criirrn apepran mrrn ay 0-5

-ez!je>s!rD F: enel!.\a a sazoa ap apk?p!riqd!llnrrr

e e~ed serpaiq eqe 13eç anbalorir op oruol ma

olp?nbu! 0 .aur: a miuny ap asop coq eled so5 -cdsa eyqc epu!i: ;i sn!8?Sepad a eylyod o@ orrros ss-e~~rulqe 'e3gpua;ri oruos leurrye as

~alanb 3p 32~101 'oleqos ap ci~SeZ!lsanu! v ;!xç op wn8y erI sop

-e~!dsu! sorlleqea uro3 sws!ue soslaa!p ure~~d

-!s!ued ~cnh op oç~nriuori run na~oauold qnod 021s 3p upulsg O ICIIJ(I[ 0 ']e!sos esinbsad ap (11

-uarrr!Aoru sssap oluamelqopssp rzrn owo3

.sclnqeip ~eri!~~~d 3 ~eSrr~p rip en~1ru3 'saj -uaociap so opirnznc 91ibn]orri Q 'ieln~ eu02 f:

ol!nsun3n3 .wpqlSe sa~iepspdo~d scrianh -acl iua no sepuazq sriu çopcas~ditia sonclxa

-xa ap SO~BIM ap er21xun snb 'oliru op lua9 +C) e 'urnurus run 'rusaerussuos sela 'rue.le

-IRA se~sndsn~ scp rus8eploq~ e a olilsa o as

.se~siped sn~!3x sp InpnlaJqos 'a ow ap op -L?JSg Qp 's!EJag SFL1.W 2p SE1185 Ult?ISACiY3

.elnplom epp3y a e3 -!uq Fiurnu 01-~xy ap oc5uam! e ruas 'sarnel~~n

sms a o2iljru od~ori nas o %!e~uarrreiiodrrro2

SE~!IS?J~~~EIE~ sens ap oe5e3ylluap! E as -e~em3old 'alue~nru a opqq iua2euos~ad a1 - anbep opelasyqtirrr cilellai l!nl!lsrroD ac-~ari - snq 'o! pãur~alir! nas IOJ -apri~]durr: ~nrssaldxa

ap iira3epr1os errrn nanorrrold peç op IZ!J~UI

-aru ep omol rwa ~slnbsad e 's!cnlxa~ sojuarrir

-odap ap sails!;la~ a so!~guo!lsanb opueu!qruo~ 'sopep ap ela103 ap se3r~!ma~3 scri!usp ap as -opuszqpn -1ePos ey?ur;iit~ leurrirouap epapod

as afoy anb op odrue3 ou a ~qndod oyu?Z~tu!

Page 6: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

Perêrê: resultado de um iquérirci, publicado em 19 18, sao, nesse sentido, bastante explicitas:

Para vcnrilar uma creação puramente suba jctiva corno csta do Sacy a forma dc inqcicrito 6 a mais razoavel. Evira quc um s6 srijeita tamc conra do assunipto, e im-

ponha maçadoramente a sira idcia em es- tiradas consideraçcies eruditas, ondc o qiic mais procura não é revelar o Sacy, scn8o pavonear a si proprio com grande riqueza dc protiomes bem collocaclos. Assim, em inqucriro, rodos falani, o estylo varia, o píttorcsco augmenra; e concorrem sobre- tudo os não profissionais das letra^.^

Textos em prosa, depoimentos orais, ver- SCJS, cantigas, desenhos, aquareIas, medalhões, esculturas, anúncios comerciais e ou trus içens serviam pata dar corpo c sentido i entidade.

O livro priblicado por Monteiro Lcibato, por

seir tiirno, 6 mais um fragmento desse mcsmo corpo rnitico; é mais uni aspecto ou um atri-

buto da substância Saci, considerada aqui

como patrim8nio cultural. A iniciativa do au-

tor de prolnover a atualização e o registro da potente memhria do Saci tem correspondtn- cia coni o qiic na atualidade se denomina de Registro do Patrimfinio Irnateria], ofiçialrnen- te ii~stituído por meio do Decreto 3.55 1, de 4 de agosto de 2000.

E importante lembrar que em 1917 o mtin-

do estava em guerra; o Brasil das belas letras nlliava para a Eiiropa e se expressava em fran-

cés, e os modeniistas ainda ensaiavam os seus

primeiros passos. A rnoIdura conservadora do cliiadro cultural da @oca realça o carftter pio-

neiro, social e moderno, aIém do i~icido acento

poIítico, pedaghgico e nacionalista, do inqué-

rito coi~duzido por Lobato, que no Intróitu do livro anteriorinei~te referido afirmava:

Page 7: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

.çaQsuaruTp seano sens qciqe 'O~UFI

-ria orr 'rrias 'ojnrr op eri!l!yod a e3pp '1331398

-i;.pad o~s_srrau~!p e Ezqenle 3 rn~!~sa~ 'oil?ls!r5r)iu

ap sou^ emP3 ap srodap 'epexmode elossaj

-01d ep olep~ O .ii33~~p!lod,, urazej 'ogSr)u ep sn!lyepueur ap o%es o oprrednrio 'anb sajanb~ as-e~eduro3 'sose~ soj~a:, ura 'a ,,a9eu!loduren,,

zq 313 I~z?ue3~owap ala 'selnlqe!p zej

ala 'eSuep ala 'eqiiioz a13 'salelene sopy rrral

!=iI?S O :OpOUl 013n0 3a .?3&Ç OP R3J3JW ZipBPp

-uã t: uro2 0~5e~sdo : alsjal as anb ou sapEpy1q

-1ssod ap 0du.1~3 OPE!~~UIR wn rilqxa anb rual33

-ns yq 3p opoqe3 oip~ op ~Senos~xl OE Inq -!ae ela anb elLalaqiiioz moa e a epejuasode

e~ossqo~d ep oqal osoprlap O +oJeqq ap 01

-!~?nhur OF: OPBIO~~O~U! qne RP 018]310 '~33~

ep o~si~!paur e134 -!~F:s op C~LU O 'SOY~~SUO~

lep ~anb uranb um03 'e~au ens E eled al!rusuen

"1 ~Z-L~T 'd '5861) ~u~!~!me!uaq elopelleu

RuIn oruori '~~ossqo~d aluauadx~ a eillaa v iaZeri!j!lod azej eq

gpwadru! oas g!ç o 3 a5err!qodtiie~ ~ej ud opunur ou epur: iiries

(68 'd "66 ó1 "W0-I) a~iradal ap nopueur a sepeyle2~e2 no2o~old 'oyl

-!q!Jlsa uzn nexnd 'npuasuor, opoqe3 O +eriral o alqos çoslan sun assazy 0130q~3 D 3nb n!p #ad erileuorrr o 'eslaauori EU opessala-JuI *:rie~

o ruon opeprnri 01~nu1 asseiiio3 ~ope~adrr11 o anb nopuauro3a~ opoqe3 O .ouaxaqos op ~Suasald

OPFA31 !O] L~3a~d I? OP!1;iUT 'oI~~u~%x~s 013

-oqeri oqlan uIn '9~1 ap apepr3 e 11 01p;ij iuoa

~ope~adm! op ej!s!r\ ep oelserio lod anb e3!p

.u! wossajo~d e 'olelal nas iug .e]au Ens ~od 03

-!13sa ojxal ura opells!2al 'apep! ap soui: emaç

-sas ruori. 6,~~!~ ap sanly Emag eluo~uv -EIS ei

emaj,, e anh 'oluaruour urn lod 'as-e~!urp~ Ilel

-uarunsop 01ls!42~ op asal?d!il ep rrqe wed

ens ~p asalqd!r1 v -aJ;ijal as "13 anb E ~:3!1!w

apep!>ua iip ol!alaqrrroz lalyL.3 orusaw o lep -ler18 asaled epezgeasnru ilemaj,, v .Ttasnm

o~S~urUsur~ E eyesap OJ!~UR[ ap ci!~ op ap

-EP!~ t:p ori!~ys!~ riasnw op sa3!jyZole~eri sxy3lj scp o>unFuos ou ,zuJaj,, essa aqos le1uaurn~op al3s@al mn ãp e!riu?js!xa

-epourairi crrrlsçll~qn~saxs ap '+I 6 I ap olsoav ap o~~s!ii!s olad cuaq" 5onorl sp s~uaii~ru~sd o~ssss epuo!psrI t! 'oiSeu -!3vrui cssoir ars 'olusrrroui rrrn ~od 'op~diiro~ -~n~u! salalzell ~ild seInssaaeJ1 sej!nrrx ap ayi? -oprad sysq jselas ollpuag -sonod sop leps -n31 o snh ounzue s!eur oipsnb eled o-Sunlli?

essotr e xscysap s 'o~o~crti ~aulrijul rio 'np -unur olairi alsejcilonle scueuras sepen J~J

.olapcsad op sori-re!~q]e semlqe!p sens tu03

ii!rin n 'Ases o n13ns ripri~nb !o3 -nrlln3u'ua irrn .a~n!l-ci~53as r; scriiurcBa~a~ sop an5ues e!n

os erlloj erun qrqc E asselnoje as luana -ap -rre~2' ura Jejeur ap sopes!~i~p sopoui sieur sop e!~a;Èenlas e a asue!xi(qds~ z~3 op eilsn2ue e %aznqo,p SoJnixsa so 'so!pupu? sop OEJ

-e13 o ~3 lod F?J~)s~>J *naQod& OU 'eisdolna eye5!me3 v 16 1 ap OUUE o leu1 e~eSatuo3

Page 8: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

Por esse relaro, firma-se a compreensão de qiie existe a possibilidade de rima conversa re- novada entre o patrimfinio material e o cspiri-

tua[. Essa cornpreens~cr abre caminlios para priiticas educacionais ainda nno previstas.

Voltando, mais irma vez, i "Perna" musea-

lizada do Saci e enfrentando a qirestão: O que fazer com esse fragmento do corpo do mito! Em primeiro lugar, eu gostaria de descartar t d a

e qualquer sirgescão de descartar esse bem cul- rural rnusealizado; em segundo lugar, eu gosta-

r ia de abandonar o caminho fscil que seria o de se enredar na crítica estéril da documenta*

ç5o museográfica feita por geraç8es anteriores; e, finalmente, em terceiro lugar, eu gostaria de sugerir que se acolhesse o caráter zombeteiro da "Perna do Saci" e que, a partir dai, se bus-

casse desenvolver experiencias museais e edii- cacionais criativas e inovadoras.

Em outras palavras, a minha siigestão 6 qiie

a "Perna do Saci" - independentemente da coniprova~ão de sua existência musealizada -, seja utiIizada çomo recurso educativo, como

objeto criador e gerador de rnúlriplas experiên-

cias. Para isso, scria nccess;írio reconhecer que esse objeto - fração do corpo mítico - rem o pocicr de condei~snr diferei~tcs histórias. Poder-

se-ia denominar essas experiencias e práticas sociais dc "edilcaçáo patrimonial"!

A complexidade do tema e a paix5o que ele aciona cxigcm abordagem cautelosa. Im- porta reconhecer, inicialiliente, que nos últi-

mos vinrc anos consagrou-se no meio muse- olhgico brasileiro, atii~gindci rntnbém alprins

iniiseiis poxtirgiieses (Diiarte, 19931, a expres-

s a ~ : "eilricaç:io patriiiionial". Trara-se, como

sc sabe, de uina tradiiçgo dri expressão inglesa

Iwrt~age ccdz~catinri.

Essa expressáo, que, em cerro sentido,

consritui um campo de traballio, de reflexão e aç5o e, çomo ta!, pode abrigar rendgncias e oricntaçcies educacionais diversas, divergentes

e até ccinficantcs, essa expressáo - insisto no

termo - estabeleceu-se no Brasil com o desejo

de se constituir em marco zero, eni gesto

inaugural de uma rnetodologia, de uma prática

e de uma reflexão vinciiladas ao campo do patrimònio cultural. O marco zero adotado foi: em termos temporais, o ann de 1983; em termos

espaciais, a Cidade de Petrbpolis; em termos

instituçionais, o Museir Imperial (Horta er: al.,

2999). Assim, tiidas as práticas e reflexões

anteriores a esse marco zero foram desau- torizadas como prriticas constituintes do campo

da educaçao patrimonial.

Em outras palavras: 0 esforço de fixação do

marco zero da educação patrimcjnial no Brasil,

como tima nietodologia de sabor inglês,

pretender], dc modo consciente o u

inconsciente, descartar as inúItiplas

experiências anteriores que sc dçsenvolveram

no campo da educação patrimonial.'

O transplante da heritage edmation para o

Rrasil não tevoit em conta que a antropofagia

não é uma exclusividade brasileira. Os brasileiros não são os únicos anrropcifagos do riiundo. A inteligência, a criarividade, a

inventividade, a inúsica, 0 esporte, a arte, ou,

ein duas palavras, a ciiltirra brasileira tanibén-i

teni sido antropofagizadn c ate cariibalizada,

ainda qiie os ritos e gestos scjam diferentes.

O traiisplancc da Jieritqe cduçatim para o Brasil tiáo levou em conta os trabalhos de PauIo

Freirc, alguns deles adotados corno base teiirica dn cIiaiiiada Nova Museolcigia, desde ns anos

70 Jci séculci XX (Freire, 1992). Veja-se a esse

Page 9: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

e IjznpaJ ap ea!leluaj epq .o!q>!llal assau

o3n.í mri ogs:, seslaA!p se!=lolopo~aru a se!riuap

sua3 'sa~3e~uarl0 .sop!juas ap se~iicIs!p a sal5

-epoZau 'so~!suy e~ed ollaqr: krp7y!l Irra o!ly -ylal 'o!ly~uo3 cw !o3!j!sed ? o~u s ol!nbuca 051.1 IB!UOI~~!D~~ ogSe3np3 ep odrrreri 0

.sa~5eny!u2!s sem11

irrori epel!S~n=lar opuas ysa e.xi2e a epelonap !oj

le!uoruyed 055miipa e :~riz!p rua ols!sul .opg

-uas rutlquau zq OFU yf IE!UOIU!IIC~ OFSB~R~S e eled nlaz o31~rn uin rip EX?~! e :oFsnpuci3 *o]du~e odrrre=i acsap amd mazq - (p!rawtu!

3 ~C!.I~?EIEI) pn11n3 o!rrqriiraed u 1rro3 s!epos

sodii~U a sonpyiprr! ap o~Selal E ~pglecl ap ci~

-uod urrrori merrrol anb mçsa se2ggld a sa~xaux

- scionti soluel a !J~ZE-J alaq!S 's~13lc~ 13y1s3

'1xr~qe3 A]eSey/y 'undsil~ aç!uaa 'ele;i'a~ c!~AJ

'rexralv elaA ~od sep!n]o~uasap sen11~3npa se3

-pyd 3 saQxaUa1 se 'op!mas assaN -cpez!3cjcid

-ouue lcij ~c!uorrr!~~ed o:.Swripa ciessa~rl

-xa v .ocSe a oexagal ap do~j/~qe~~ ap odirrcs

orrro3 serrr 'ep7olopo~ãur nrrro2 oeu as-ncSssuciri

1 'j!%lfl OU 3+il018~~tl03 ,~~E~uuIII€~~E~ 0~5~3

-ripa,, ciyssa~dxa e 'soue ajrr!h sriurpl!~ so~

+soljnci SOSUE~ 3 orrnl& eupsr13 'somc~

eliion eqaxraJ eq?C) e!-rem '»~~11o~q lnx 'od

-rrre3 '0 euey 'o5~errre-~ epueuq '11~33s 0!3j1

-nem 'oissny es!plcA (leay cui8a.d iso~~an3ul

scijues stip 'epuelo~ ap !nf> Y)I]ICNYJ "13

11s~ 'o~lo~ puU1~ ap sorlIeclrfl so elap!suorisap

'so~!j!riadsa s!errr Ias sc~rrr~asl~ih as 'a al~y olnca "ci~r!d mnbo~ 'e~!anl!ç ep as!N '()I

-!aqx dxe~ 'arhay cimql!~ 'e~yãx!a~ n!quv 'ap~lpuv a17 03ucq o~a~ 031~'!lpo>] 'apz~puv ap u!~gw 'osn~wq onclsng ap soqleqell so L:~~P!SUC~SS~~ IR!UO~II!I~ECL ci!St?3np3 3p OJELU

-19 3ssg -SOJ~~I!SCJ~ s3~ope3np3 3 SOJC)S~Y 'so3

-0p31s~1 '~0;301?!30~ 4sci301c,ldo~r~e 'so3cqciasiiiu

sti ~103 I!II?J aluaurla~!ssod a lanjssnd

oSopp rrrn 3p OGUI rl!lqe leiuour!lml íi:Sc2npa e 'uoyn~~zpa aUnpaii ep el!aplaq lazi:j as ov

-arr!JFp, ap ssii91i~ ap xuuaiu!odap sop ~y~ed e a:!ay O~IIEJ

ap eqo t: ~md sopcz!l!q!çuas rlrclnj sol!al!sely snasnru ap siciríirssyold sun3lv '(6~61 'au~n~) jr)ossxl íi~Serri~oj ens e el~d 31yq

ciln~:~~ ap ]E~!PEJ o~~a~~ç~ad op e!riuy~~cidrrr!

e arqos SU!IF:A SP san9n~ ap so~uaru!odap

solairrvu! so rrr?qruel as-efa~ .eSueq ~u sope3!1qnd ' 3 2661 'UEU"I~SSBA 3 h!?@

san9e~ k:suyajo> ~p saruiiloh qop so ol!adç3~

Page 10: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

Marcia Estellita Lins - criação e ao novo, à eclosão de valores que

educação patrimonial a uiiia única mctodologia

também pode ser lida como tentariva de domí-

nio hegemônico, conrxole e eIiminação de di- ferenças. Conclirsão: a denominada educação

patrimonial não é por si só emancipadora ori

repressora, fértil oii estéril, transforn~adora ou conservadora7.

Para alem da ediicaçãci patriiiioni al, ínte - rcssa pensar a educação camci alguma coisa que não se faz sem se tcr ein conta tini deter- minado patrimbnio cultiiral e determinados

aspectos da niemhria social; para além da educaç;*ia patrimonial, interessa compseen- dcr a educação como pratica social aberta 5

podem nos habilitar para a alegria e a emo- ção de Iidar com as diferenqas.

O ponto de partida para rcflexfies e práticas

inovadoras no campo da educação e dos mu-

seiis bem pode ser a "Perna do Saci". A partir

desse fragmento de corpo iiiítico muito pode ser feito, pois o novo nzo esta aprisionado nas coisas ou imagens e não tem domicílio fixo.

Todavia o novo pode eclodir e explodir a partir

da relação que formos capazes dc manter com as coisas ou imagens. Imagens e coisas tam-

bém nos oll~arn, nos ensinam, nos çondicionam e exercem sobre nos o seu poder de afetar e

serem afetadas.

Falei sobre a " Perna do Saci", mas poderia

ter falado scihrc a roupa da Bernúncia - ente

devorador de homens e mulheres c que reduz

tudo a iiina cíipia dc si mesmo -, poderia falar

sobre a farda de Dcodoro da Fonseca, sobre o

rnanto do Imperador D. Pedro IJ, sobre as Bo- tas do Gigante do Museu Júlio de CastiIhos, sobre o vestido cIe Msria &irlita, sobre o revol- ver de Caxias c muito mais. Em todos os casos,

115 um corpo liiateria1 e um sencido (ou corpo) imaterial que lhe confere sentido e desafia as

nossas práticas cotidianas.

Notas

I . Disprinível eni wwwflittp/cnntoahertri. org.bt>.

2. Em 1918. Monteiro Lohatn publicoii o Iivrn O Sacy Pcrcrê: rcsultndo de uni niyuénta. s,?u Rulo: SecçKo dc Obras do Estado de Srio Riilo.

3. R e p r d ~ ~ i ~ i s fortigráficas dc algirinas nhras que partici- pat~iiii desse conciirso ftirarn inclriiclas iio livro Sw-Per?r? rariltarlri de um i~yuhito.

4. Cf. Preficio. Lt;haro, 1993.

5 . Ser5 a Dona Rcnta?

Page 11: Diabruras Saci: museu, memória, educação e patrimônioSecure Site edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4201365/mod...Diabruras do Saci: museu, memória, educação e patrimônio Mário

6. Uma rápida conferencia da biblicigmfia apresentada no GEL~U 13ríslct~ de Educuçíui Puhinumuil (HnrL1 et al., 1999) é siificientc para comprovar qiie a prtduç5o dc ctinlieci- niento e práticas anteririres nrlo furam Icvadas em consi- dcraçáci.

7. Inspiro-me eni texto dc Mvrian Scpúlvcd;i dos Santos (193).

Refercncias bibliográficas

ARREU, Regina; CHAGAS, Mário (orgs.) Memrírirr e pratlimiiiiio: ensaios ccintcnipcir5netic. Riri Jc Janei- ro: D P M , 2003.

.4ZEVEIX1, Carrncii Lucia dc et aI. Um duendc Iobatianci. In: LOBATO, Monteirri. O S u q Perert7: resitltado de um ínqi16ritci. Rio de Janeiro: Gráfica ]R, 1998.

BARROSO, Gusravci. lntroliuçülin b rtcnicn de miistws. Rio dc Jancirti: Gráfica Olíiiipica, 195 1.

BARY, Marie-Odile; WASÇERMAN, E (orgs.) V q ~ s : une antholo~ie tle Ia n~itivelle rnus6ciIo~~e. Rris: Edití(~ns W-MNES, 1992, v. 1; 1994, i,. 2.

BENJAMIN, Wnltcr. Obra5 ercnIliirlo< I: magia c técnica, anc c politica. Sfio Parilo: Brasilienx, 1985.

BRUNO, Maria Crisrina Oliveira. A rniisenlogia como iimi. pedagogia p:ir;i r i p;itrimliniri. C r i ~ i c u ~ ~ 8 h- trus, Porto Alck~c, n. 31, p. 87-97, 2 0 0 2 .

CHAGAS, M5r1o. Mr<.icríIk~. Rio dc Jancirri: JC cditrrr:~, 1496.

CHAGAS, Miria; SANTOS, Mysi;in Scpúlvcd;~ d ( ~ . A vida social e prilItica dos objetos de irm miiseu. In: Amis rlo Musw Hkr6ncn NacimiaE. Rio de Janeiro, ir. 34, p. 195-220, 2002.

DELEUTE, Gilles. Esfivisa c os sipos. Prirtci: RCs, 1970.

DUARTE, Ana. Educnçfio [inrnmmiwl. guia para profes. srircs, cdiicadnrcs e míinitores de misseiis e tempos livrcs. Liqhia: Texto, 1993.

ESPINOSA, Baruch. Ética. In: Os pensndr)res, v. XVII. S5o Paulo: Victor Civita, 197 3.

FREIRE, Paulo. L6dticatior1, pratique de Ia liberte (197 1). In: BARY, Maric-Odilc; WASSERMAN, E (orgs.) V n p s : tine anth(i1r~ic dc Ia nouvcllc rniiiéologic. Paris: Éditions W-MNES, 1942. v. 1.

HORTA, Maria de Lourde~ I'arrciras ct al. GLIUI AAXICO de educa@) :iu,~atri~iiriniuI. BrasíIia: IPHAN, 1999.

LOEATO, Monteiro. O S r r q PmrC resiiltadt~ de um in- qiií-rito. Rio de Janeiro: Grifica JB, 1998.

REAL, Regina. Rrnfimù7: rniiscri r educação. Rio de Janei- ro: MECNNBA, 1969.

SANTOS, Magaly de Oliveira Cabrnl. Liçm d a cckm (uu crmtcrso de ohrris): atravts de iima metodologia baseada na educaçáo patrini(inia1. Uisscrtaç:Ío de niestrado eni Ediicaçári, Dcpnrtnnicnto de Educa- @o, PUÇ-ho, 1997.

SANTOS, Maria Célia Teixcira Moura. Prricrsso museo!bfiico e educação: constniindrr uni niuscii di- dlirico+coniunitário. Cndcriios de Socirim~~scologia. Lisboa: ULHT/Centro de Estiidos de Socio- rnusctilogia, n. 1, 1996.

SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. O pesadelo da amné- sia coletiva: um cstudri sobre os cnnceiros de me- míiria, tradiçio e traços do passado. Revista B ~ l u i - leir~t ck C~itncias Sociais, Rio de Janeiro, n. 23, p. 70- 84, 1993.

SILVEIRA, Nrsc da (si~pcrv.) O niundri das inwgns. Rio dc Jnncirti: Musçu dç Imagcns Jo Inconscicntc, [s.d.].

TRIGUEIROS, E dos Santos. Mtdsm e dilcaçüo. Rio dc Janeiro: IsmKos Pongetri, 1958.

VARINE, Hiigues de. Entrevista. In: Museus nri ntundo. R~CI de Janeiro: Salvat Editora do Brasil, 1979.

. A respeito 113 mesa+redonda cie Santiagci. In: A R A Ú ~ O , Marcclci Mattos; BRUNO, Maria Cristina Oliveira (rirgs.) A ~ l r í k dr) j?erurmenrri miaeolí&i nirn~q~orawo: docunientos c dcpoirneii- ~17s. 550 Pil111o: CnmitC Rrasilciro do Tconi, p. 17- 19, 1995.