diabetes gestacional

6

Click here to load reader

Upload: deizielli-cosma-camargo

Post on 03-Jul-2015

370 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Diabetes Gestacional

FACULDADES INTEGRADAS APARICIO CARVALHO – FIMCA

CURSO DE ENFERMAGEM

GERSILENE PEREIRA

VIVIAN

ACOMPANHAMENTO DAS GESTANTES COM DIABETES NA UNIDADE DE REFERENCIA DA MULHER NA POLICLINICA

RAFAEL VAZ E SILVA.

PORTO VELHO

2011

Page 2: Diabetes Gestacional

1 JUSTIFICATIVA

O Diabetes Melitos Gestacional (DMG) e definido como a “intolerância

aos carboidratos, de graus variados de intensidade, diagnosticada pela

primeira vez durante a gestação, podendo ou nao persistir apos o parto”. No

Brasil, a prevalência do diabetes gestacional em mulheres com mais de 20

anos, atendidas no Sistema Único de Saúde, e de 7,6% (IC95% 6,9-8,4 –

critério da Organização Mundial da Saúde), 94% dos casos apresentando

apenas tolerância diminuída a glicose e seis apresentando hiperglicemia no

nível de diabetes fora da gravidez( BRASIL, 2010,P.184)

A gravidez é uma condição fisiológica em que ocorre uma adaptação

hormonal, representada por aumento dos níveis de estrógenos, progesterona,

cortisol, prolactina e produção de lactogênio placentário humano. Essas

mudanças interferem no metabolismo dos carboidratos, podendo resultar, em

mulheres susceptíveis, no desencadeamento de DMG e, naquelas previamente

diabéticas, em piora do controle glicêmico (CHRISTESEN; MELANDER, 2008,

p. 698)

Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contra-

reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a

fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio

relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio

lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios

hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também

estão envolvidos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E

METABOLOGIA, 2006, P.3)

A prevalência de diabetes mellitus durante a gestação é paralela à sua

prevalência em mulheres em idade reprodutiva. Nas gestações complicadas

pelo diabetes, a hiperglicemia materna é acompanhada por uma constelação

de morbidades denominadas “fetopatia diabética”, sendo associadas a um

maior índice de perda fetal (METZGER, 2002.,P.184)

As complicações neonatais mais freqüentemente observadas nesta

situação são: macrossomia, com conseqüente aumento da indicação de partos

cesáreos,hipoglicemia, policitemia, icterícia, hipocalcemia e aumento de duas a

três vezes do risco de malformações congênitas (LUIZ,2001,P.28)

Page 3: Diabetes Gestacional

Do ponto de vista obstétrico, o diabetes complica a gestação, e do ponto

de vista metabólico, a gravidez complica o diabetes . Desta forma, a concepção

na mulher diabética ou com fatores de risco para o desenvolvimento de

diabetes tipo 2 deve ser cuidadosamente planejada, mantendo-se o

controleglicêmico adequado.(BARTHA;DELGALDO, 2003,P.487)

Apesar de todas as controvérsias no que se refere ao rastreio e

diagnóstico da DG, existe um consenso sobre a necessidade de controlo

glicêmico apertado (com dieta e, eventualmente, insulinoterapia) para melhorar

oprognóstico(CROWTHER ET AL, 2005, p.2476)

O rastreamento universal de diabetes gestacional entre 24-28 semanas

de gravidez. Aquelas com antecedentes familiares de diabetes, história

obstétrica de diabetes gestacional (recorrência de 30 a 35%), fetos com

macrossômicos (>4 kg), de obesidade materna, e infecção por monilia devem

ser testadas para glicose logo que possível (REZENDE, 2006, P.393)

A associação entre diabetes e gravidez deve ser enfrentada como um

relevante desafio de saúde pública, que exige de todos os profissionais

envolvidos no atendimento pré-natal a capacitação adequada para atuar de

forma sistematizada, reconhecendo essa endocrinopatia o mais precocemente

possível e não adiando intervenções necessárias (MANUAL TÉCNICO DO

PRÉ NATAL E PUERPÉRIO,2010,P.135)

Considerando que a apresentação do DMG é geralmente assintomática,

e sabendo-se que a terapêutica adequada pode reduzir a freqüência de

complicações, torna-se imperativa a avaliação de todas as gestantes, iniciando-

se na primeira consulta pré-natal.

Page 4: Diabetes Gestacional

Metzger BE. The Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome

(HAPO) study. Int J Gyn Obst 2002.

Lucas MJ. Diabetes complicating pregnancy. Ob

s tGyn Clin 2001;28(3).

3. Bartha JL, Fresno PDM, Delgado RC. Early

Diagnosis ofgestational diabetes mellitus and prevention of diabetes-

related complications. Eur J Obst Gyn ReprodBiol 2003]

CHRISTESEN HBT & MELANDER A.

Prolongued elimination of tolbutamide in a premature newborn with

hyperinsulinaemic hypoglycaemia. Eur J Endocrinol 138: 698-701,2008

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e

Metabologia Di abe t e s Me l l i tus Ge s t a c i ona l,2006.disponivel

em http://www.telessaudebrasil.org.br/lildbi/docsonline/6/3/036-

Diabetes_Mellitus_Gestacional.pdf acesso 19.04.2011

REZENDE, JORGE.OBSTETRICIA

FFUNDAMENTAL. RIO DE JANEIRO 10º ED: GUANABARA KOOGAN,

2006.

Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP:

manual técnico do pré natal e puerpério / organizado por Karina Calife,

Tania Lago, Carmen Lavras – São Paulo: SES/SP, 2010.