diabetes gestacional importÂncia de maior

27
1 ANTEPROJETO DE LEI DO SISTEMA VIÁRIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS “Dispõe sobre o Sistema Viário do Município de São José dos Pinhais.” CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar, parte integrante do Plano Diretor Municipal, estabelece os critérios para a definição e hierarquização do Sistema Viário do Município de São José dos Pinhais. Art. 2º Constituem objetivos da presente Lei Complementar, além daqueles expressos na Lei do Plano Diretor: I - estabelecer e classificar o sistema hierárquico das vias oficiais de circulação,de forma a garantir a efetividade do deslocamento de veículos, pedestres e ciclistas, atendendo às necessidades da população, do adensamento habitacional, das atividades comerciais e de serviços e do sistema de transporte coletivo; II - garantir a continuidade da malha viária, inclusive nas áreas periféricas e de expansão urbana, de modo a, entre outros fins, ordenar o seu parcelamento; III - definir as características geométricas e operacionais das vias oficiais,compatibilizando-as com a Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, com o itinerário das linhas do transporte coletivo e com a mobilidade de pedestres e ciclistas; IV - priorizar a implantação de uma malha urbana e de obras de arte que favoreçam a expansão urbana para a porção sudoeste do território municipal, principalmente ao longo do Corredor Metropolitano, prolongamento da Avenida Rui Barbosa com ligação ao Município de Fazenda Rio Grande; V - ampliar as alternativas de circulação da área central com a implantação de anéis de integração. Art. 3º Integram este Código os seguintes anexos: ANEXO I - Tabela das Dimensões Mínimas das Vias Urbanas ANEXO II - Tabela das Dimensões Mínimas das Vias Rurais ANEXO III – Mapa do Sistema Viário do Município de São José dos Pinhais

Upload: lamphuc

Post on 08-Jan-2017

230 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DIABETES GESTACIONAL IMPORTÂNCIA DE MAIOR

Informe-se em promoção da saúde, v.1, n.1.s/p, 2005.

DIABETES GESTACIONAL IMPORTÂNCIA DE MAIOR INFORMAÇÃO À GESTANTE DE BAIXA RENDA

Zilandra Granja Baltar1 Marilda Andrade2

O diabetes reveste-se de grande importância por ser intercorrência comum na gravidez, por apresentar riscos maternos potencialmente letais, como cetoacidose diabética, risco aumentado de infecções, piora das complicações diabéticas previamente existentes e maior risco de pré-eclâmpsia, além de consequências desfavoráveis para o concepto: elevada incidência de morte fetal, distúrbios metabólicos, infecções, parto prematuro, malformações congênitas e síndrome de angústia respiratória do recém-nascido (NOGUEIRA: 2001). Quando a intolerância à glicose aparece deflagrada pela gravidez, caracteriza-se o diabetes gestacional que ocorre em 1 a 3% de todas as gestações. È sabido que 98% das mulheres reverterem à normalidade no período pós-parto, o diabetes clínico desenvolve-se em 60% dentro de 16 anos. A intolerância à glicose só é patológica durante a prenhez, retornando à normalidade quando finda a gestação. É o tipo de diabetes latente que se exterioriza pelo estresse diabetogênico suscitado pela gravidez, vale dizer, hormônios contra-insulínicos: hPL, estrogênios, progesterona, cortisol. Constituem princípios gerais da terapia: o exame freqüente da paciente pelo obstetra e pelo diabetólogo, tendo por objetivo primordial o equilíbrio do diabetes e a avaliação da vitabilidade fetal. A hiperglicemia materna e os níveis muito oscilantes de glicose no sangue são os responsáveis pelos índices elevados de morbiletalidade perinatal; macrossomia, SAR, hipoglicemia, hipocalcemia, hiperbilirrubinemia e malformações congênitas. A dieta deverá conter, segundo Rezende (1998), 30 kcal/kg de peso/dia e constará de 40 a 50% de carboidratos, 30 a 35% de gorduras e 20 a 25% de proteínas, distribuídos em três refeições maiores e três menores. Açúcares simples, concentrados, devem ser evitados, dando-se preferência a carboidratos mais complexos que são digeridos e absorvidos lentamente. O ganho ponderal manter-se-á inferior a 250 g/semana e não deve haver cetonúria. Hipoglicemizantes orais estão contra-indicados na gestação, pelo possível

efeito teratogênico e por determinarem hiperbilirrubinemia neonatal. Esses fármacos interferem na avaliação da glicemia, dificultando-a. O tratamento obstétrico é apontado para a gestação de alto risco, com algumas particularidades. No diabetes sem complicação vascular não há centralização fetal, detectada pelo doppler. Não é tampouco comum a oligodrâmnia, pelo contrário, há polidrâmnia. A cardiotocografia (CTG) computadorizada parece ser o melhor procedimento para avaliar o concepto. No diabetes gestacional, conforme divulgado no site (diabetes, nós cuidamos), a mulher desenvolve o diabetes somente durante a gestação porque produz uma quantidade insuficiente de insulina. Isto ocorre porque, neste período, a placenta produz substâncias que bloqueiam a ação da insulina, o que pode provocar a elevação da glicose.

A causa exata do diabetes gestacional não está esclarecida, mas existem algumas hipóteses. Os hormônios da placenta ajudam a desenvolver e manter o bebê, mas também bloqueiam a ação normal da insulina no corpo da mãe durante a gestação. Este problema é conhecido como resistência à insulina, fato que torna mais difícil para o organismo da mãe utilizar a insulina produzida.

Esta é uma situação passageira na vida de uma mulher e o bebê irá desenvolver-se normalmente, se forem seguidas todas as recomendações do médico.

No final da gestação, quando a placenta é removida, não existe mais o efeito dos hormônios placentários e o quadro de diabetes materno desaparece, e a mulher volta ao seu estado normal e vai experimentar a emocionante tarefa de ser mãe.

Os fatores de risco do Diabetes Gestacional podem ser assim especificados: idade acima de 30 anos; obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação; parentes próximos com diabetes; gestação anterior com bebê pesando mais que 4 kg ao nascer; aborto ou morte fetal anterior (não esclarecidos); Tratamento para “pressão alta”; diabetes presente em gestações anteriores; presença de glicose na urina.

Page 2: DIABETES GESTACIONAL IMPORTÂNCIA DE MAIOR

Informe-se em promoção da saúde, v.1, n.1.s/p, 2005.

São os seguintes os sintomas da doença: urinar muito, ter sede exagerada, comer muito, perda ou aumento exagerado de peso, cansaço, fraqueza e desânimo.

O diabetes gestacional pode estar presente, mesmo sem que a mulher apresente quaisquer desses sintomas.

As consequências do aumento anormal da glicose para a mãe e o bebê são as seguintes, conforme o site (Diabetes. Nós cuidamos.): Macrossomia - a criança cresce muito e pode nascer pesando mais que 4 kg; Parto cesariano em função do tamanho da criança; Bebê com hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue); Morte fetal intra-útero; Infecções urinárias frequentes na gestação; Parto prematura em função do excesso de líquido amniótico no útero, causando, inclusive, aumento exagerado da barriga e do peso corporal.

Mantendo os níveis de glicose em valores normais, a gestante evita todas as consequências do Diabetes Gestacional.

Quando o Diabetes Gestacional for diagnosticado, seria ideal o acompanhamento de uma equipe composta por médicos obstetra e endocrinologista, nutricionista e enfermeira. Caso contrário, caso seguir corretamente as instruções do médico clínico que acompanha o caso.

O objetivo do tratamento é manter os níveis de glicemia iguais aos das gestantes que não têm diabetes. É necessária uma dieta especial e um programa de atividades físicas. Também podem ser necessários testes de glicemia diários e aplicações de insulina. O auxílio do médico, do nutricionista e do educador em diabetes é importante para o sucesso do tratamento, que evitará os problemas no momento do parto e futuros problemas de saúde do bebê.

Um programa de exercícios diários é importante para uma gestação saudável. A atividade física aumenta o bem-estar e reduz o estresse, além de proteger contra dores nas costas e manter o tônus e a força da musculatura. As mulheres que residem em áreas urbanas carentes sofrem mais desvantagens econômicas, de desajuste social e isolamento com a gravidez do que as residentes no campo. A gravidez é o período em que a mulher e seu concepto estão expostos a maior risco de adoecer e morrer. Não obstante, deve-se considerar também que as condições de saúde podem refletir a situação social, econômica e assistencial dessa população. Daí a necessidade de se classificar a gestação como de alto, médio e baixo risco, a fim de

se diferenciar o atendimento em terciário, secundário e primário.

A melhoria dos sistemas de informação é importante não apenas no ponto de vista estatístico. Existe uma forte interação da qualidade da informação com a eficácia das intervenções. Estados e municípios que investiram em seus sistemas de informação são também os que têm apresentado as maiores reduções na mortalidade infantil. Uma das áreas da Medicina que mais evoluiu nos últimos tempos foi a da saúde da mulher, principalmente nos aspectos ligados à prevenção. Na gravidez desejada e planejada, iniciar o acompanhamento dez (pré-natal) precocemente, ou seja, no início da gestação. O início precoce do pré-natal evita as complicações de uma gravidez de risco. A hipertensão que incide mais frequentemente na gravidez, se diagnosticada cedo e a gestante for orientada, pode deixar de ser problema, pois será possível exercer algum controle sobre o ganho excessivo de peso. O mesmo se pode dizer em relação à restrição do crescimento fetal. Uma avaliação correta do estado nutricional das gestantes e de sua ingestão protéico-calórica pode corrigir distorções importantes. Além disso, quanto mais cedo a anemia for detectada, mais fácil será combatê-la. Toda gestante deve ser educada e informada sobre a gravidez, o trabalho de parto e o parto. A gestação é um processo fisiológico normal, com estresse ligado a mudanças do corpo feminino, portanto não é uma doença, e deve ser cuidada com carinho e dedicação pelos profissionais de saúde, respeitada pelos familiares e compreendida pela comunidade.

Nossa experiência na área de Saúde nos leva a apontar as seguintes medidas que poderiam ser tomadas para disponibilizar uma maior quantidade de informações e melhorar o atendimento a gestantes com suspeita de Diabetes Congênita, reduzindo assim as taxas de mortalidade e morbidade: Maior orientação a pais e professores, em centros de saúde, escolas, centros comunitários, associações de bairros, etc. Realização de projetos e campanhas nos mesmos locais de concentração citados acima, visando esclarecer sobre a Diabetes Congênita, dando destaque aos meios de auto-diagnóstico da doença. Confecção e distribuição de cartilhas contendo as informações básicas sobre a doença. Incentivar a realização de testes nos locais de atendimento principalmente à população carente.

REFERÊNCIAS

____________________ Diabetes gestacional Importância de maior informação à gestante de baixa renda.

____________________ Diabetes gestacional Importância de maior informação à gestante de baixa renda.

Page 3: DIABETES GESTACIONAL IMPORTÂNCIA DE MAIOR

Informe-se em promoção da saúde, v.1, n.1.s/p, 2005.

NOGUEIRA, A.I. In: Enciclopédia da Saúde. Diabetes Mellitus. Vol. 3, p. 463. Walter dos Reis Caixeta Braga [org.] Rio de Janeiro, 2001: Medsi Ed. REZENDE, J.; MONTENEGRO, C.A.B. Obstetrícia Fundamental. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. Diabetes. Disponível em: < http://www.diabetesnoscuidamos.com.br>. Acessado em: 18/09/2003. 1 Enfermeira. Especialista em Promoção da Saúde pelo Curso de Especialização em Enfermagem e Promoção da Saúde com ênfase em PSF/ UFF 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Médico-cirúrgica da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa UFF Coordenadora do Curso de Especialização em Enfermagem e Promoção da Saúde/ UFF