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  • Terapia com clulas-tronco reverte diabetes tipo 1 no Brasil

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    GABRIELA CUPANI da Folha de S.Paulo

    Um estudo brasileiro indito revela que o pncreas de diabticos tipo 1 est voltando a funcionar aps o transplante de clulas-tronco do prprio paciente, livrando-o da necessidade de insulina.

    Os resultados da pesquisa, que acompanha 23 voluntrios h mais de quatro anos, esto publicados na edio de hoje do "Jama" (jornal da Associao Mdica Americana).

    Os autores constataram, pela primeira vez no mundo, que os nveis do peptdeo-C, uma espcie de marcador do funcionamento das clulas produtoras de insulina, aumentaram nos pacientes submetidos terapia.

    Essa substncia um dos resduos da produo do hormnio pelas clulas beta do pncreas. Ou seja, quanto maiores suas taxas, maior a produo de insulina e menor o risco de complicaes associadas ao diabetes, como amputaes.

    "O nvel dele no s deixou de cair como aumentou", comemora o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeiro Preto, e um dos autores do estudo. "Isso significa que o pncreas est voltando a funcionar", explica ele. "Esses pacientes produzem mais insulina do que quando chegaram at ns."

    A maioria dos voluntrios deixou de usar hormnio sinttico h mais de trs anos, em mdia, com bom controle da glicemia. "Temos pacientes livres h quatro anos e oito meses, com excelente qualidade de vida, sem picos de hipoglicemia", diz Couri.

    Oito deles precisaram voltar a tomar o hormnio sinttico, mas em doses muito baixas. "Por isso no d para afirmar que os benefcios sejam permanentes", avalia o imunologista Jlio Voltarelli, um dos lderes do estudo.

    Mas mesmo nesses pacientes os nveis do peptdeo-C esto aumentados, mostrando que o pncreas est funcionando melhor tambm nessas pessoas, apesar de no produzir todo o hormnio de que necessitam. "Eles provavelmente tero uma melhor evoluo da doena", acredita Jlio Voltarelli.

    O diabetes tipo 1 uma doena autoimune, em que o prprio sistema de defesa do corpo passa a atacar o pncreas. A terapia com clulas-tronco, ao que parece, consegue combater essa falha imunolgica, mas no recupera as reas destrudas da glndula. Da a necessidade de aplic-la em pessoas recm-diagnosticadas.

    Medicamento

    Outro resultado indito apontado pelos autores foi o efeito da droga sitagliptina, indicada para diabticos tipo 2, em dois dos pacientes que voltaram a precisar da insulina. Com dois meses de medicao, eles ficaram livres do hormnio sinttico. A droga estimula a secreo de insulina pelo organismo. Hoje tais pacientes controlam a glicemia tomando esse remdio uma vez ao dia.

    Em 2007, com a publicao dos primeiros dados do transplante de clula-tronco, o trabalho recebeu duras crticas da comunidade cientfica internacional, que atribuiu os bons resultados a um perodo conhecido como lua de mel, em que mudanas na dieta e exerccios, aliados ao acompanhamento mdico, seriam os responsveis pelos benefcios.

  • "Hoje no h dvidas de que no se trata de lua de mel", diz Couri, lembrando que o primeiro artigo sobre a pesquisa publicado no Jama levou um ano para ser aceito -a aceitao desse ltimo levou dois meses. Para Voltarelli, ainda no se pode falar em cura do diabetes. "Mas talvez estejamos trilhando o caminho para isso."

    Novas terapias

    O estudo da USP-Ribeiro ainda recruta voluntrios e testa formas menos agressivas e mais baratas para corrigir falhas no sistema imunolgico. Agora eles esto testando outra linha de pesquisa na tentativa de desligar o sistema imunolgico doente sem usar quimioterapia, lanando mo das chamadas clulas-tronco mesenquimais, presentes no organismo.

    Os participantes do estudo devem ter entre 12 e 35 anos e menos de seis semanas de diagnstico de diabetes tipo 1. Os candidatos podem escrever para [email protected].

    Como administrar a diabetes infantil por Timothy Gower - traduzido por HowStuffWorks Brasil

    Administrar a diabetes exige comprometimento e esforo independentemente do momento em que ela se desenvolveu. Mas a diabetes apresenta questes exclusivas para crianas e adolescentes diabticos. Por exemplo, os simples prazeres da infncia, tais como ir a uma festa de aniversrio, jogos de basquete ou pernoite na casa de um amigo, exigem planejamento cuidadoso para a criana com diabetes. Todos os dias, a criana diabtica pode precisar tomar insulina ou medicao oral. Os nveis de glicose no sangue da criana tm que ser verificados vrias vezes ao dia e a ingesto de alimentos e as atividades tm que ser planejadas. Dependendo da idade da criana, essas so responsabilidades assumidas somente pelo profissional de sade, compartilhadas entre uma criana mais velha e o profissional de sade, ou assumida completamente por um adolescente.

    Para os pais ou outro profissional de sade, a responsabilidade absoluta pode ser assustadora. Esse um trabalho difcil de ser feito. E fcil para o profissional de sade ficar sufocado pelas demandas dirias na determinao das quantidades exatas de insulina, antecipando os nveis de ingesto de carboidratos e de atividades da criana e prevenindo tanto a hipoglicemia (que, se no for tratada, pode causar danos cerebrais) quanto os altos nveis de acar no sangue (que, se mal controlado, pode aumentar o risco de complicaes a longo prazo).

    Alm disso, o estresse por cuidar de uma criana com diabetes pode agravar quaisquer problemas psicolgicos, sociais ou financeiros que a famlia possa j estar experimentando. Procurar e conseguir apoio social e psicolgico essencial para o bem-estar de todos os membros da famlia, porque o diagnstico da diabetes muda para sempre a famlia e sua dinmica.

    A equipe de apoio diabetes da criana importante e pode freqentemente sugerir opes de cuidados e tratamentos que podem ajudar a facilitar algumas dificuldades. Por exemplo, uma criana que precisa de insulina diariamente pode se beneficiar do uso de uma bomba de insulina. A bomba no somente melhora o controle mas ajuda a restaurar

    A maioria das crianas no tem disciplina para aderir ao tratamento e

    cabe aos pais fornecer a estrutura

  • alguma flexibilidade e espontaneidade ao estilo de vida e ao planejamento da famlia.

    Com a bomba, ficam resolvidas as programaes de refeies e lanches rpidos, havendo tambm menor risco de hipoglicemia. Mais que isso, o uso da bomba permite uma liberdade significativamente maior nas escolhas de alimentos e em suas quantidades.

    O que ?

    A diabetes mellitus a doena do sistema endcrino mais frequente na infncia e adolescncia e caracterizada por hiperglicemia crnica (aumento do acar no sangue). Esta hiperglicemia resulta de uma deficincia na secreo de insulina, de uma alterao na sua aco ou, ainda, de ambas, resultando num metabolismo anormal dos hidratos de carbono, das gorduras e das protenas. Dependendo da causa subjacente, esta doena dividida respectivamente em 2 grupos principais: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. A primeira, que a mais frequente na infncia, causada por uma destruio pelo prprio sistema imune das clulas secretoras de insulina, sendo tambm chamada insulino-dependente por a sobrevivncia da criana depender de insulina exgena; a segunda, conhecida como diabetes no insulino-dependente, a forma mais frequente no adulto, podendo tambm surgir na infncia e adolescncia, sobretudo se existir obesidade e sedentarismo.

    Factores de risco

    Apesar de as pessoas a quem surge a diabetes mellitus tipo 1 no terem outro familiar prximo com a doena, em cerca de 80% dos casos existe algum componente hereditrio na origem desta. Existe um aumento do risco de aparecimento da diabetes mellitus tipo 1 de 0,4% para 4 a 6% quando um dos pais ou irmo tem a doena. Este risco ser ainda maior se ambos os pais forem afectados ou se o irmo for gmeo idntico.

    Outros factores de risco, como a exposio precoce dos lactentes ao leite de vaca e, sobretudo, infeces por determinados vrus, podem precipitar a doena em indivduos geneticamente susceptveis. possvel que o nosso organismo, na tentativa de eliminar estes vrus, os confunda com as clulas secretoras de insulina e as destrua (doena auto-imune). A presena de outras doenas auto-imunes, como a doena tiroideia, doena celaca ou o vitligo, conferem um aumento do risco do aparecimento da diabetes mellitus tipo1.

    Os factores de risco para o aparecimento da diabetes mellitus tipo 2 so a obesidade e a histria familiar deste tipo de diabetes.

    Sinais e sintomas

    Como referido, a diabetes mellitus tipo 1 a forma mais frequente na criana. A apresentao tpica uma histria, muitas vezes com menos de 1 ms de evoluo, de poliria (urinar muito), polidipsia (muita sede), polifagia (muita fome), com

  • emagrecimento. Existem tambm formas mais insidiosas de aparecimento da doena, caracterizadas por letargia, fadiga e emagrecimento. A cetoacidose diabtica representa cerca de 25% das manifestaes iniciais da diabetes na criana, podendo manifestar-se precocemente de um forma leve, com vmitos, poliria e desidratao. Nos casos mais graves, o hlito tem um odor a acetona, a respirao tem um padro prprio (Kussmaul), pode haver dor abdominal e alterao do estado de conscincia at ao coma.

    A diabetes tipo 2 na criana tem aumentado de forma importante nos pases desenvolvidos, acompanhando o aumento da obesidade nesta faixa etria. Para alm da obesidade, poder haver poliria e polidipsia, menos marcada que na diabetes tipo 1, sendo frequentemente assintomtica. O seu diagnstico efectuado no contexto de anlises pedidas por outros motivos.

    Diagnsticos

    Perante a presena dos sintomas clssicos da doena (poliria, polidipsia, com emagrecimento), uma glicemia (nvel da glicose no sangue) ocasional igual ou superior a 200 mg/dl faz o diagnstico de diabetes. Em formas mais graves podem estar presentes corpos cetnicos na urina (cetonria), que, apesar de isoladamente no fazerem o diagnstico, complementam o resultado da glicemia elevada, definindo maior gravidade da situao.

    Tambm faz o diagnstico de diabetes mellitus o aparecimento, em duas ocasies diferentes, de uma glicemia em jejum igual ou superior a 126 mg/dl (7,0 mmol/l) ou igual ou superior a 200 mg/dl (11,1 mmol/l) 2 horas aps a ingesto de um soluto com 75 gramas de glicose dissolvida em gua (1,75 g/kg, se o peso da criana for inferior a 18 kg). A prova de tolerncia oral glicose no se faz por rotina, estando reservada para situaes de forte suspeita clnica com glicemia em jejum normal ou quando a glicemia em jejum superior a 100 mg/dl e inferior a 126 mg/dl.

    Tratamentos

    Dependendo da forma de apresentao da diabetes mellitus tipo 1, das condies scio-familiares da criana e do modo como est organizada a equipa que trata estes doentes, pode-se iniciar o tratamento em regime ambulatrio ou de internamento. A cetoacidose, a expresso mais grave da diabetes tipo 1, uma das situaes que justificam uma interveno emergente. necessrio repor a perda de lquidos que ocorreu nos ltimos dias ou semanas, corrigir os desequilbrios hidroelectrolticos e cido-base e iniciar insulina. Depois de tratada a cetoacidose (geralmente aps 12 a 36 horas), a alimentao oral geralmente tolerada e a insulina rpida administrada na forma subcutnea. Nas crianas com sintomas clssicos e com hiperglicemia, na ausncia de desidratao e cetoacidose, tambm pode ser utilizada esta forma de tratamento de transio. A monitorizao dos nveis de glicemia feita regularmente, com os devidos ajustes nas doses de insulina. Alguns dias aps, estabelecido um plano alimentar para a criana seguir em casa e introduzida insulina com aco mais prolongada. Ao estabelecer as necessidades nutricionais para a criana, com base na idade, peso e actividade, so

  • tambm levadas em conta as suas preferncias. O exerccio fsico devidamente acompanhado deve fazer parte integrante do tratamento, no sendo raros os exemplos de atletas com diabetes.

    Para alm da prescrio do tratamento com insulina e dos conselhos alimentares e actividade fsica, nesta doena o ensino efectuado s crianas e aos pais sobre a gesto diria da doena o componente mais importante no tratamento da diabetes. O objectivo da equipa dotar os doentes e familiares de conhecimentos sobre a diabetes que lhes permitam ajustar as doses e tipo de insulina, alimentao e actividade fsica, de modo a terem glicemias o mais prximo possvel do normal.

    Na diabetes tipo 2, a correco do excesso de peso e o aumento da actividade fsica so medidas importantes, sendo necessria medicao complementar em certos casos.

    Qual o prognstico?

    A diabetes mellitus da criana uma doena crnica, que exige uma co-responsabilizao no tratamento por parte da criana e da sua famlia. Para alm de problemas agudos, como agravamento nas infeces ou episdios de hipoglicemia (acar no sangue diminudo), complicaes visuais, renais, neurolgicas e do foro emotivo tambm podem ser frequentes. A vigilncia mdica, se possvel por equipas multidisciplinares, tem como objectivo tentar que estas crianas tenham uma doena o mais benigna possvel e que o seu crescimento e desenvolvimento sejam o mais prximo do normal. Uma alimentao equilibrada, evitando o excesso de peso, um cuidado importante na preveno da diabetes tipo 2

    Diabetes infantil e acar no sangue por Timothy Gower - traduzido por HowStuffWorks Brasil

    Os mdicos s vezes dizem que um objetivo saudvel para as crianas com diabetes tipo 1 alcanar nveis de glicose "quase normais". Embora fosse timo se o seu filho mantivesse uma hemoglobina glicada (HbA1c) de 7% ou menos - a mesma meta para os pacientes adultos - preocupaes com a hipoglicemia devem ser equilibradas com o desejo de baixar com rigor os nveis de acar no sangue em crianas.

  • O objetivo de administrar a diabetes infantil manter os nveis de glicose to prximos do normal quanto possvel

    Glicose baixa por tempo prolongado pode causar dano cerebral em crianas muito pequenas. Quando as crianas crescem, os seus padres de alimentao e de atividade fsica pode se tornar imprevisvel. Alm disso, os pais precisam depender, em parte, dos profissionais na escola para controlar os nveis de glicose da criana. Mudanas hormonais na puberdade acrescentam mais um desafio para o controle rgido.

    Embora o mdico do seu filho estabelea objetivos apropriados para os nveis de glicose, a Associao Americana de Diabetes (AAD) oferece orientaes gerais para as crianas com diabetes tipo 1 (a AAD no estabeleceu essas orientaes gerais para crianas com diabetes tipo 2, eentretanto, o Programa Nacional de Educao em Diabetes sugere que os pais de pacientes tipo 2 usem as metas detalhadas abaixo).

    Lembre-se de que essas so apenas orientaes gerais. O mdico pode recomendar metas mais rgidas se o seu filho tem hipoglicemia freqente ou hipoglicemia assintomtica.

    Idade Glicose no sangue antes das refeies (mg/dl)

    Glicose no sangue hora de dormir/ noite (mg/dl) HbA1C (%)

    Abaixo de 6 anos 100 a 180 110 a 200 7.5 a 8.5 6 a 12 anos 90 a 180 100 a 180 Menos de 8 13 a 19 anos 90 a 130 90 a 150 Menos de 7.5

    Independentemente do tipo de diabetes que o seu filho tenha, o objetivo do gerenciamento efetivo da diabetes manter os nveis de glicose no sangue to prximos do normal quanto seguramente possvel, de modo a reduzir as complicaes de curto e longo prazo da diabetes e promover crescimento e desenvolvimento normais. O valor-alvo de glicose no sangue deve ser determinado individualmente para cada criana.

    Tipos de diabetes infantil por Timothy Gower - traduzido por HowStuffWorks Brasil

    At a ltima dcada, a diabetes tipo 1 (antes conhecida como diabetes juvenil) era o tipo de diabetes mais comum na maioria das crianas norte-americanas. Mas, atualmente, mais crianas e adolescentes esto sendo diagnosticados com a diabetes do tipo 2, uma doena tradicionalmente diagnosticada somente em adultos.

    Como evidncia dessa "epidemia emergente", algumas clnicas norte-americanas relatam que entre 1/3 e a metade dos novos casos de diabetes infantil so agora do tipo 2. Considerando que a diabetes do tipo 2 mais comum em certos grupos tnicos e raciais, crianas negras americanas, hispnicas, latinas ou indgenas americanas e as que tm histrico familiar de diabetes tipo 2 esto em risco.

  • Mais e mais crianas esto sendo diagnosticadas com um tipo de diabetes que s era vista em adultos

    Uma criana diagnosticada com diabetes tipo 2 geralmente nasce dentro de uma famlia com histrico de diabetes, o que predispe a criana a desenvolver a doena. Quando essa predisposio est combinada a fatores como ganho de peso e inatividade, os nveis de glicose no sangue da criana aumentam, eventualmente levando diabetes.

    E, infelizmente, exatamente como nos adultos diabticos, comum que uma criana com diabetes tipo 2 seja resistente insulina e tenha presso arterial, nveis de colesterol e de triglicrides muito elevados. Portanto, a criana tem um risco aumentado de desenvolver precocemente doena cardaca e outras complicaes da diabetes. Como no caso de um adulto que tem a doena, a criana com diabetes tipo 2 pode precisar tomar medicao oral, insulina ou ambas para controlar a doena.

    H um terceiro tipo raro de diabetes visto em crianas. chamada de diabetes da maturidade de incio na juvenil, e podem ocorrer a todos os grupos tnicos. H realmente muitas tipos de diabetes na maturidade, com incio na juventude, todas causadas por defeitos genticos que afetam as clulas produtoras de insulina. Esses defeitos parecem ser raros e os testes de diagnstico biomolecular, atualmente s disponveis em laboratrios de pesquisas, so necessrios para diagnosticar esse tipo de diabetes. Os sintomas desse tipo de diabetes variam de um aumento moderado da glicose do sangue at nveis extremamente altos de glicose e cetoacidose diabtica.

    Portanto, o tratamentos da diabetes da maturidade, de incio juvenil, variam desde dieta e conscientizao da prtica de atividades fsicas, at o uso de medicamentos por via oral ou insulina. Por serem necessrios testes especializados para detectar a diabetes da maturidade, de incio juvenil, freqentemente ela permanece no reconhecida e a maioria das crianas com esse tipo de diabetes recebe tratamento como se tivesse diabetes tipo 1 ou tipo 2.

    Sintomas e tratamento do diabetes infantil

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    Diabetes infantil Escrito por Pablo Zevallos

  • Conhea os principais sintomas do diabetes infantil. Existem muitos casos em que as crianas desenvolvem diabetes e os pais no conseguem identificar. E quando isso acontece, no sabem como controlar o problema. Por essa razo, selecionamos alguns sintomas que podem ajudar aos pais a observarem alguma alterao no comportamento dos filhos.

    Os principais sintomas do Diabetes Infantil

    Diabetes tipo 1

    Aumento rpido dos nveis de acar no sangue. Muita sede. Aumento de fome. Emagrecimento ou perda de peso. Aumento da frequncia em urinar. Fraqueza, cansao e tonturas. Cimbras e formigamentos.

    Diabetes tipo 2

    Normalmente no apresenta sintomas, mas se a pessoa apresenta sintomas, estes podem incluir:

    Sede. Necessidade de urinar com frequncia. Perda de peso. Viso nublada.

    A maioiria dos casos de diabetes tipo 2 se descobre durante uma consulta de rotina.

    Diagnstico do diabetes infantil

    Quanto antes se diagnostique o diabetes, mais eficaz ser o controle da doena. Por isso, se notar alguma alterao no comportamento do seu filho, procure o mdico. Se o diabetes no for detectado e tratado a tempo, pode causar uma mudana brusca na taxa de glicose no sangue.

    O diabetes normalmente diagnosticado mediante uma anlise que mede os nveis de glicose no sangue. A anlise se realiza estando em jejum na noite anterior. Para o diabetes tipo 2, faz-se uma prova de tolerncia oral glicose. Realizam-se anlises de sangue e de urina antes e depois de beber uma soluo com glicose.

    Como se trata das crianas e bebs com diabetes O tratamento diferente segundo o tipo do Diabetes. Para o Diabetes tipo 1, o tratamento normalmente base de aplicaes de injees de insulina dirias. O contedo depende muito da necessidade que tenha o paciente. Ao mesmo tempo faz-se o controle do nvel de glicose no sangue.

    O fornecimento gratuito de medicamentos e insumos pelos Estados ou Municpios garantido pela Constituio Federal. Em algumas localidades a distribuio tem sido espontnea. Para saber se em sua regio esse processo administrativo eficaz, em que locais retirar e quais as quantidades ou tipos de medicamentos/insumos so fornecidos, necessrio que se dirija a uma unidade do SUS mais prxima de sua residncia e questione na farmcia. Caso no lhe saibam informar ou informem que no h esse tipo de distribuio, a opo o ingresso de uma ao judicial para exigir o cumprimento da Lei, cujo primeiro passo consultar um advogado, seja ele pblico (defensoria pblica) ou particular.

    Para o Diabetes tipo 2, em regra geral, no necessria a administrao de medicamentos. Pode-se controlar a doena vigiando o ndice de glicose no sangue, obedecendo a uma dieta adequada, e praticando exerccios fsicos todos os dias.

    No tratamento tambm se implica o estado emocional, social, alm do mdico e do paciente. Para que um tratamento seja efetivo, necessrio um trabalho educativo realizado entre pais, familiares, mdicos, professores, e todos que tenham um contato mais direto com as crianas.

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    Comer muito em pouco intervalo sintoma de diabete? escrito por Cristiane Alves, 24-05-2009 Meu filho tem 6 anos e ele anda com uma apetite incontrolavel,acaba de almoar ou jantar e logo apospede lanche, toda hora pede biscoito doce,pela quantidade de vezexs que come acho que j deveria estar muito gordo,porem ele magro pesando 23 kg.Esta fome i pose ser um sitoma de diabetes?

    +23

    xixi na cama escrito por Cristiane Alves, 24-05-2009 Meu filho tem 8 anos,ele todos os dias faz xixi na cama e no sente.Levei-o ao medidco e me foi dito que poderia ser pscologico,ai entao ele teve apompanhamento de uma pscologa por um ano e nada mudou.a medica disse que no aconselhavel remedio,acontece que no sei mais o que fazer. Ser que ele vai parar ou devo me preocupar?

    +19

    Diabete tem cura! escrito por Amilton Coitinho, 05-06-2009 Diabete tem cura !!! Meu nome Amilton Coitinho tenho 47 anos, sou casado e resido em Arapongas Pr. Como muitas pessoas eu tambm sofri muito por causa da diabete, eu no sabia o que tinha at que um dia eu passei mal e fui levado j quase em coma para o hospital. Fiz muitos exames e um deles deu diabete tipo dois j num gral muito elevado, pois, eu j estava ficando sego, fiquei internado e quando recebi alta veio a decepo, o doutor disse-me que eu era diabtico, e eu ia ter que tomar insulina pelo resto da vida. Entrei em depleo, no aceitava ser escravo de insulina, mas, tomei-a durante trs longos anos, ai comecei a procurar remdios caseiros, at que uma senhora do Mato Grosso me ensinou tal de ch de JAMBOLO, que ela garantiu que era diabtica e tomando esse ch a sua diabete desapareceu em poucos meses, eu estava disposto a qualquer coisa pra se livrar da insulina, e mesmo sem acreditar que ia me curar eu comecei tomar o ch de JAMBOLO, pois, eu no tinha nada a perder. E no que depois de trs meses tomando o ch de JAMBOLO fui ao medico medir o diabete, e, a surpresa, a diabete tinha sumido, o medico disse que eu no era mais diabtico e no precisava mais de insulina, no incrvel? E agora j faz dois anos que eu no tomo mais insulina graas a Deus e ao ch de JAMBOLO. difcil acreditar, pois, eu tambm no acreditava, mas, estou totalmente curado e levo uma vida normal j h dois anos, e agora eu quero que outras pessoas que sofrem com esse terrvel mal tambm sejam curadas. Faam o ch de JAMBOLO mesmo que voc no acredite, pois, eu tambm no acreditava, mas, faam voc no vai perder nada, e o JAMBOLO pra quem no a conhece s fazer uma busca por (jambolo) na internet que existe um monte de paginas relacionada ao JAMBOLO. Receita: PEGUE DEZ FOLHAS DE JAMBOLO DEIXE-AS SECAR E FERVA EM DOIS LITROS DE AGUA, GUARDE NA GELADEIRA E TOME TRES COPOS DURANTE O DIA E CONTINUI COM O TRATAMENTO CONVENCIONAL, VOCE VAI VER QUE EM ALGUNS MESES ESTARA LIVRE DE APLICAR ISULINA. EU ESTOU E A MINHA DIABETE ERA A TIPO DOIS, AMILTOM COITINHO, FONE (43)-8804-2760.

    +13

    Diabetes escrito por Fe e Ju, 18-06-2009

    Estamos fazendo uma pesquisa da escola sobre a diabetes infantil.

    E sabemos os sintomas,as curas(aplicao de insulina etc.)

  • etc.

  • +1

    texto escrito por gabrielle loureno da silva, 07-09-2009

    legal pra o meu trabalho!! brigado ai!!

    +1

    taxa de glicose escrito por gracilene, 30-12-2009 qual a taxa normal de glicose em crianas menores de um ano? [email protected]

    +4

    diabete escrito por lucilea pinto ribeiro, 26-02-2010

    meu filho passou mau e foi parrar no hospital la constatarm que meu filho ja e diabetico ele tem 9anos mais durante todo esse tempo os ezames de sangue dele nunca tinha dado nada a nao ser no penultimo izame q a glicoze dele veio alta mais ele fez um outro e deu normal mais no mes de fevereiro ele ficou doente ele teve febre entre 39 e40 teve dor de cabea minha irm levou ele pro hospital e la ela comentou sobre o izame q ele avia feito em q tinha dado gliemia alta e l s observando gliemia dele e nao fizerao o hemograma dele completo e no tereiro dia eu pedi q ela pedisse pra eles fazerem o hemograma completo e quando fizeram viram q ele estava com a garganta enframada e demorou 3dias pra eles descobrirem isso ele estava indo ao hospital so pra medir a glicoze mais mesmo assim a medica pediu q assim q ele acabar o tratamento com os antibioticos q devemos levalo ao medico para termos serteza se ele realmente tenha diabete ou nao mais eu descobri atraves da minha irm mais velha q o meu av~e minha avj falecidos tinha essa doena e tambm amae dele tambem j falecida tambem tinha diabete e o pai dele tem sera q por isso meu filho pode agora depois de 9anos ater essa doena a medica disse q a diabete dele pode ser emocional

    +0

    Diabetes infantil escrito por jouse frana, 07-03-2010

  • Bom DIa! estou muito preocupada com meu filho de 5 anos, ele ultimante tenhe tido um apetite a mais do normal na mihna familia a varios caso de diates uima vez que fiz o exame de sangue nela a glicose deu 75 ajud-me

    +1

    Meu filho teve tonturas escrito por Marisa Taniguchi Sarto, 02-04-2010 Ol, meu filho hoje cedo ao sentar para tomar caf, reclamou de dores no abdomem, quando fui leva-l ao quarto ele no viu nada na frente dele, bateu na parede e foi desmaiando, foi to rpido me virei e segurei ele. Quando o coloquei na cama seus lbios estavam brancos e suas mos frias, meu esposo suspeitou da dibetes dei um copo de soro caseiro, depois de leite com um pouco de aucar mascavo, ai fiz uma sopa de fub com macarro e dei aos poucos ele voltou a cor normal, reclamou de um pouco de dor de cabea, ento dei paracetamol. Eu apenas percibi a esses ultimos meses que para idade dele ele se alimenta pouco, ele deveria pesar mais de 31 quilos para ter 8 anos, mas sempre me falam que eles engordam, ai crescem e emagrecem e assim por diante, mesmo assim comprei alguns alimentos naturais ricos em fibras e fonte de vitaminas. Mas ontem ele no se alimentou bem e hoje acontece isso, como moro em uma cidade muito pequena s vou conseguir levar em um mdico especialista daqui alguns dias, vou tentar fazer o exame segunda... Gostaria de ter informaes melhores sobre como agir nestes casos.

    Obrigada

    +0

    e se devo mudar algum comportamento, escrito por Marisa Taniguchi Sarto, 02-04-2010 Como mais exerccios fsicos, atividades a mais. E se problemas pscicolgicos podem piorar, ele tem passado por constate cobranas do lado do pai, por ser uma criana que no para e sempre faz artes, se machuca e desobedece ai est sempre de castigo e leva bronca. Como ele fica muito preso em casa e tem poucos amigos tenho receio que isto possa piorar, apesar de j ter levado em mdicos e na poca no ter nada de mais, j coloquei em 3 atividades diferentes alm da escola mas ele mesmo no quis ir mais. O que posso fazer ?

    +0

    Diabetes escrito por Elizabeth Rodrigues de Carvalho, 02-05-2010 Meu filho tem 9anos eu fiz o exame e deu glicemia 102 vou repetir o exame mais estou muito preocupada ja devo evitar doces e outras coisas mais?

    +2

    Diabetes escrito por Diana, 13-05-2010 Bem eu nunca liguem muito a doenas , at que dia 25 de Maio de 2009, fui para as urgncias do hospital em Leiria e foi-me diagnosticado a diabetes tipo 1 , eu neste momento tenho 18 anos .A dor de saber que estamos pendentes de algo para o resto da vida dolorosa, s vezes s me apetece desistir disto tudo , mas os meus amigos, familia e o meu namorado , so quem me d fora para lutar. A diabetes no nenhum bicho de sete cabeas , apenas precisa de contolo.

  • +0

    sou diabetica escrito por nelma , 26-05-2010

    ola meu nome nelma tenho 16 anos tenho diabetes tipo 1 eu descobri quando tinha apenas 5 anos de idade,eu no entendia o que era,e comia doces isso complicou muito minha vida. mais hoje eu entendo muito bem o que controlo muito bem minha taxa de glisemia,vivo bem com a vida. tudo que eu presiso para ficar bem feliz e tomar todos os dias a insulina,doi mais vale apena.

    +0

    Diabetes infantil tem cura? escrito por Francisdarc Gonalves , 10-06-2010 Recebi a notcia que minha sobrinha de 6 anos de idade est com diabetes. Quando descoberto no incio, qual tipo de tratamento? Qual a dieta correta para uma criana?

    +2

    diabetes infantil escrito por Francisdarc Gonalves, 10-07-2010 Minha sobrinha tem diabetes tipo 1 e hj pela 1omou insulina e teve dor na barriga e na nuca, o que fazer?

    +0

    de suma importncia, para pessoas com Diabetes, medir vrias vezes ao dia seu nvel de glicose no sangue. Mas isso sempre um sofrimento, porque o teste feito fazendo um furo no dedo para colet-lo.

    Uma empresa de medicamentos est fazendo o possvel para diminuir o martrio das crianas diabticas. Trata-se de uma conexo entre o Didget (nome do aparelho que faz a medio) e um sistema de jogo porttil da Nintendo DS. Quanto maior a frequncia com que a criana testar sua glicose, mais ganha pontos para desbloquear jogos no videogame. Alm disso, o sistema conectado com a internet, e os pontos somados so registrados em uma comunidade online da Didget.

    Os mdicos apoiam a iniciativa, j que encoraja os pequenos a repetir, de 3 a 10 vezes por dia (dependendo de cada caso e tratamento), a operao de tirar sangue dos dedos para teste. Ainda no existe um meio indolor de se fazer isso, assim, o videogame um timo incentivo.

    O aparelho de medio custa 75 dlares isoladamente. As despesas com a novidade so parte, mas tambm podem ser cobertas pelo plano de sade. O sistema bem fcil de operar, inclusive para crianas pequenas. [The New York Times]

  • Diabetes cada vez maior entre crianas e adolescentes

    Luana Cmara

    Para crianas e adolescentes que possuem diabetes, o prazer em comer doces, balas, chocolates e sobremesas raro, j que vivem sob o regime de hbitos alimentares rgidos e seletivos que se prolongam at a velhice. A doena surge de forma crnica e afeta 200 novas vtimas por dia ao redor do mundo e, de acordo com especialistas, as crianas que possuem histrico familiar de diabetes devem ter cuidados redobrados com a sade.

    Segundo a pediatra Ktia Lauriano, sem determinados cuidados, elas podem desenvolver a doena, que provoca complicaes graves, como perda de sentidos e de membros. Essa doena est relacionada a fatores genticos acompanhados de uma m alimentao. Por isso, quanto mais cedo diabetes for descoberta, menores sero as alteraes nos rgos, disse.

    Descobrindo a doena Os portadores de diabetes apresentam em geral sintomas clssicos como a perda de peso e o aumento da sede e da eliminao da diurese. Quanto essa doena pode ser de difcil percepo, cabe aos pais ficarem atentos a fome e sede excessiva das crianas, alertou a pediatra.

    O diagnstico da doena feito atravs de um simples exame de sangue. O exame de descoberta da diabetes bastante simples, basta que aps 12h em jejum a criana ou o adolescente realize uma pequena coleta de sangue, descreveu Ktia.

    Cuidados com a alimentao Depois de constatada a doena atravs do exame de sangue, comea o tratamento e os cuidados mesa. Para a pediatra, os pais devem ser os principais responsveis pela apresentao dos alimentos as crianas. Os pais so os responsveis pelo controle e monitoramento do hbito alimentar infantil, pois chegando adolescncia esse monitoramento se torna mais difcil, alertou.

    A dieta para uma criana ou adolescente que apresente diabetes deve seguir os moldes propostos para uma alimentao saudvel para todas as idades. Ou seja, devem ser realizadas seis equilibradas refeies, com protenas, carboidratos, gorduras, evitando ao mximo o acar.

  • Descoberta a doena, que provoca a ineficincia da produo de insulina no organismo, a criana e o adolescente deve ter um acompanhamento mdico interdisciplinar, com um pediatra, um endocrinologista, um nutricionista e um educador fsico, recomendou a pediatra.

    Despreparo escolar Atravs de pesquisas desenvolvidas pela Sociedade Internacional de Diabetes em Adolescentes e Crianas (ISPAD), em parceria com o laboratrio Novo Nordisk, foram apontadas que as escolas brasileiras so despreparadas para o atendimento as crianas portadoras de diabetes. De acordo com os estudos, cerca de 60% dos jovens no controlam devidamente a doena no perodo letivo e 40% das crianas faltam escola ao menos uma vez por ms em funo da doena.

    Praticando esporte Nas atividades fsicas, deve ser observado o comportamento de glicemia, que devem ser medidos antes e aps a realizao de cada exerccio, para que sejam ajustadas alimentao, prtica esportiva e as doses de insulina. Os portadores de diabetes amena devem podem praticar atividades fsicas regulares, disse Ktia Lauriano.

    TRANSPLANTE ISOGNICO DE ILHOTAS DE LANGERHANS NO FGADO DE RATOS.

    (Metodologia para separao e purificao das ilhotas de Langerhans)

    Eleazar CHAIB*, Apostolos PAPALOIS**, Ingrid G. M. BRONS*** e Roy Y. CALNE****

    RESUMO

    A maior indicao do transplante de pncreas ou de ilhotas de Langerhans o diabetes mellitus do tipo I. O processo deve suprir as necessidades de insulina mantendo os nveis glicmicos dentro da normalidade. Estudou-se o transplante isognico de ilhotas de Langerhans no fgado de ratos WAG-RT1u. Com o mtodo de separao e purificao das ilhotas de Langerhans obteve-se 2.834 551,64 ilhotas com pureza de 83 2,45%. O transplante de 2.834 551,64 ilhotas de Langerhans no fgado destes animais, normalizou a glicemia que chegou a 35 mmol/L aps induo do diabetes pela estreptozotocina, ficando em 9,62 2,65 mmol/L nos primeiros 10 dias aps o enxerto e 7,43 0,27 mmol/L nos dias subseqentes (P

  • estreptozotocina, havendo sobrevida mdia superior a 73 dias do enxerto e do animal quando os animais foram sacrificados.

    DESCRITORES Transplante das ilhotas de Langerhans. Transplante isognico. Fgado. Rato.

    INTRODUO

    O objetivo do transplante de pncreas ou de ilhotas de Langerhans prover fonte de insulina que seja suficiente para manter a glicemia dentro dos limites da normalidade. Como conseqncia, o transplante deve prevenir as complicaes secundrias do diabetes, como tambm melhorar a qualidade de vida dos pacientes, liberando-os da dependncia de injees de insulina.

    A maior indicao do transplante de pncreas ou de ilhotas de Langerhans o diabetes mellitus do tipo I, doena na qual as clulas beta das ilhotas de Langerhans so destrudas por processo auto-imune, resultante de inter-relao complexa entre fatores genticos e ambientais desconhecidos(5).

    Antes do incio da chamada era "insulnica", o coma diabtico era a causa de morte em pelo menos 2/3 dos pacientes com diabetes mellitus do tipo I, de qualquer idade; porm, com a introduo da insulina em 1922, houve notvel regresso nestes nmeros, aumentando, significativamente, a longevidade dos doentes(2).

    Mais de meio sculo aps a introduo do tratamento do diabetes mellitus pela insulina, os diabticos ainda morrem mais cedo do que os no-diabticos. A taxa de mortalidade, por sexo e por idade, nos diabticos mais alta, em qualquer faixa etria, quando comparada populao normal.

    A diferena na taxa de mortalidade , em parte, dependente da idade. Entre 20 e 40 anos de idade, o risco de morte 10 ou mais vezes maior no diabtico do tipo I do que em no-diabticos, enquanto em diabticos acima de 50 anos, apenas de duas vezes.

    A causa de morte est, tambm, relacionada com a idade: pacientes mais jovens tendem a morrer de nefropatia, enquanto os mais idosos de doenas cardiovasculares(2).

    Na Inglaterra, a causa mais comum de cegueira, no perodo produtivo da vida, o diabetes mellitus. A retinopatia diabtica esperada em praticamente todos os diabticos e pode ser detectada em, aproximadamente, 80% dos pacientes doentes por mais de 20 anos, e em 100% daqueles com 40 anos de doena diagnosticada(9).

    A prevalncia da doena em nosso meio ainda no est bem estabelecida, porm nos Estados Unidos bem conhecida. Existe

  • mais de 1 milho de pacientes com diabetes mellitus insulino-dependente naquele pas. A incidncia anual da doena de 55 novos casos por milho de populao, ou 12.000 novos casos por ano. A maioria dos casos so crianas, embora em todas as faixas etrias existam grupos de risco(7, 26).

    A alternativa de tratamento para estes doentes o transplante de pncreas, que se sabe, pode normalizar o metabolismo de carboidratos(23). No entanto, se por um lado esta teraputica pode prevenir ou reverter as complicaes vasculares comumente vistas nos diabticos tratados com insulina, por outro, parece improvvel que o estrito controle da glicemia pela administrao de insulina minimize as complicaes(14, 24).

    Os resultados do transplante vascularizado de pncreas tm melhorado nos ltimos anos; no entanto, a cirurgia e a necessidade de imunossupresso continuam sendo responsveis pela significante morbi-mortalidade do procedimento.

    Desde que muitos dos problemas relacionados com este procedimento teraputico so inerentes tcnica cirrgica ou da poro excrina do pncreas transplantado, a simples implantao de ilhotas purificadas de Langerhans, seria uma alternativa vivel.

    Muito tem sido feito, nos ltimos 20 anos, para o aperfeioamento das tcnicas de transplante de ilhotas de Langerhans: a grande atrao desta modalidade teraputica de que as ilhotas podem ser injetadas, por via endovenosa, em rgo bem vascularizado (como por exemplo, o bao ou o fgado), evitando-se, assim, a necessidade de interveno cirrgica, como tambm, as inconvenincias imunlogicas e inflamatrias conseqentes do transplante de tecido excrino pancretico.

    Apesar dos resultados encorajadores em roedores, o transplante alognico de ilhotas de Langerhans em grandes animais, como tambm no homem, no tem demonstrado produo significativa de insulina, por longos perodos(12, 20). Por outro lado, o transplante de ilhotas de Langerhans vem enfrentando dificuldades no s na rejeio imunolgica, como tambm problemas anatmicos especficos(16).

    Sabe-se que as ilhotas de Langerhans dispersam-se entre os cinos pancreticos e constituem entre 1 e 2% da massa do pncreas, assim o seu transplante tem necessitado de mtodos complexos e s vezes ineficientes de isolamento e purificao das ilhotas.

    Com todos estes desafios existe, assim, um campo aberto para a pesquisa e entendimento dos mecanismos fisiopatlogicos relacionados com a aceitao e rejeio do transplante, assim como, da produo de insulina pelas clulas beta transplantadas.

    Neste estudo apresentaremos mtodo eficiente de separao e purificao de ilhotas de Langerhans com vistas ao transplante isognico em ratos.

    MATERIAL E MTODO

  • O estudo foi realizado em 20 Rattus albinus, sendo 15 (doadores) fmeas, da raa Wistar (RT1u) e 5 (receptores) machos, da raa Wistar (RT1u).

    Os animais foram obtidos da OLAC, 1976 Ltd. (Bicester, United Kingdom) e do CBS (Central of Biomedical Service - University of Cambridge, UK). gua e dieta foram administrados ad libitum.

    Para separao das ilhotas de Langerhans, foram utilizados ratos fmeas Wistar (RT1u), de peso corpreo entre 120 e 210 g. Para receptores das ilhotas de Langerhans, utilizaram-se ratos machos Wistar (RT1u), com peso corpreo entre 180 e 320 g, onde o diabetes foi induzido por injeo, na veia peniana, de estreptozotocina.

    Separao e purificao das ilhotas de Langerhans

    Digesto do pncreas

    O pncreas distendido pela colagenase era colocado em tubo com soluo de Hanks e a seguir em banho com gua a 37C e incubado por 17 minutos. Tomava-se cuidado para monitorizar o tempo e a temperatura aps a gua estar a 37C.

    Afim de se interromper a digesto pancretica, o tubo era retirado da gua morna e a soluo de Hanks aquecida, era desprezada e substituda pela mesma soluo fria, sendo o tecido pancretico colocado em "box" com gelo. A seguir, este passava por peneira com poros de 400 u.

    O tecido digerido era re-suspenso em 20 mL de lquido de lavagem (Hanks) e era centrifugado por dois minutos a 1000 rpm, sendo este procedimento repetido por duas ou trs vezes.

    O tempo de centrifugao era curto e a velocidade no muito alta para remover-se apenas clulas excrinas e os "debris".

    Mtodo de purificao das Ilhotas de Langerhans

    Aps a digesto enzimtica tecidual, o pncreas era lavado como descrito acima e aps a decantao do sobrenadante, obtinha-se o material para ser purificado.

    O mtodo de purificao utilizado foi com Dextran (Sigma Industrial D - 3759) com peso molecular entre 70.000 e 90.000; 169 mg de Dextran eram dissolvidos em 500 mL de Hanks (densidade = 1094) no perodo de uma hora, sendo a densidade da nova soluo conferida com hidrmetro.

    O material digerido era re-suspenso em 10 mL de Dextran a 31%, dissolvido em soluo de Hanks e misturado cuidadosamente. Os gradientes de Dextran usados foram: 29% (11,27 mL Dextran + 1,3 mL de Hanks), 25% (9,8 mL Dextran + 2 mL de Hanks) e 11% (4,4 mL Dextran + 6,4 mL Hanks).

    Em tubo universal, colocava-se 3 mL de Dextran a 31%, a seguir a soluo obtida (tecido pancretico) era sobreposta por 4 mL de

  • Dextran a 29%, 4 mL a 25% e 4 mL a 11%, sendo todo o material centrifugado a 400 rpm por 4 minutos e 2000 rpm por 16 minutos(3).

    Separao das ilhotas de Langerhans

    Aps a centrifugao, a separao das ilhotas era obtida da interface das seguintes concentraes de Dextran 11%-25% e 25%-29%. A seguir, eram removidas com pipeta plstica de Pasteur e lavadas duas vezes com soluo de Hanks: a primeira por trs minutos a 1000 rpm e a segunda por um minuto.

    Amostra de cada interface era examinada e contada numa placa de Petri, sob viso direta, com auxlio de microscpio. As ilhotas obtidas eram, ento, utilizadas imediatamente para o transplante.

    Mtodo de contagem das ilhotas isoladas

    O mtodo usado para a contagem do nmero das ilhotas isoladas era, em resumo, o seguinte: re-suspeno das clulas em 2 mL de soluo de Hanks misturando-se adequadamente; a seguir, 10 aliquotas de 20 uL eram colocadas em placa de Petri.

    As ilhotas eram contadas sob viso direta de microscpio com aumento de 10 vezes.

    A frmula usada para calcular o nmero de ilhotas era:

    mdia do n total de ilhotas (10 gotas) x 100 = n total de ilhotas em 2 mL

    Identificao das ilhotas de Langerhans

    Embora as ilhotas, em roedores, possam ser facilmente identificadas usando-se microscpio de disseco, mtodo simples de colorao das mesmas foi usado para quantificar-se a pureza da preparao.

    As ilhotas podem ser coradas antes ou depois da separao com DTZ (diphenylthiocarbazone - Sigma D-5130), que facilita a visualizao das clulas na interface das concentraes do Dextran.

    Tambm foi demonstrado que este mtodo de colorao no altera a funo das ilhotas in vitro e in vivo(11). O DTZ substncia que se liga s molculas de zinco nos grnulos de insulina, dando a cor avermelhada.

    A soluo de colorao foi preparada acrescentando-se seis gotas de 1 mmol de hidrxido de amnio (30%) a 20 mg de DTZ dissolvido em 6 mL de etanol a 96%, o que resultou numa soluo de 13 mmol de DTZ com pH = 7,8.

    A soluo final com pH = 7,4 foi obtida acrescentando-se 300 uL desta soluo a 100 mL de PBS (phosphate-buffered saline). Assim, um volume do pncreas digerido e nove volumes da soluo de DTZ foram misturados e incubados temperatura ambiente por 10 a 15 minutos.

  • Procedimento operatrio

    Todo procedimento operatrio foi realizado sob condies limpas. Os instrumentos cirrgicos eram colocados em recipiente com etanol a 70%, pelo menos seis horas antes do ato cirrgico.

    Os ratos eram anestesiados em cmara de vidro utilizando-se ter etlico (May; Baker Ltd., Dagenham, England). Esta anestesia era utilizada para os procedimentos de curta durao. Para as intervenes prolongadas usava-se o Hypnorm (0,04 mL/100 g de peso corpreo) (Janssen Pharmaceuticals Ltd., Grove Oxford - OX12 ODQ, UK), citrato de fentanyl (0,315 mg/mL) e fluanizone (10 mg/mL) atravs de injeo intramuscular na coxa dos animais, juntamente com o Diazepan (CP Pharmaceuticals Ltd, Wrexham, UK), 10 mg/2 mL, por via intraperitonial.

    A tricotomia do abdome era realizada com mquina eltrica e o animal era colocado em prancha de cortia na posio supina, com os membros fixados.

    Induo do diabetes mellitus

    O animal era submetido a anestesia superficial por inalao de ter etlico (May; Baker Ltd., Dagenham, England) e colocado em posio supina em prancha de cortia. Neste momento, colhia-se da veia da cauda do animal, amostra sangnea para dosagem da glicemia srica. A seguir, a veia peniana era canulada (com seringa de insulina de 1 mm e agulha de 12 mm x 0,4 mm ) e a estreptozotocina (60 mg/kg ) era injetada (a estreptozotocina era dissolvida em PBS na concentrao de 10 mg/mL). O pH do PBS era ajustado previamente para 4,5 com cido ctrico).

    A seguir, suspendia-se a anestesia inalatria e o animal era colocado em gaiola isolada para controle da glicemia srica a cada dois dias.

    Os animais com nveis de glicemia srica acima de 13 mmol/L foram utilizados para o transplante de ilhotas de Langerhans.

    Cirurgia do doador - pancreatectomia

    Utilizaram-se 15 ratos, fmeas, da raa Wistar (RT1u), com peso corpreo que variou de 120 a 210 gramas.

    Inciso mediana era feita no abdome do animal e o ducto biliopancretico era visualizado. A ligadura da parte proximal do ducto era feita o mais prximo possvel do duodeno, usando-se fio monofilamentar 5-0 (Ethicon Ltd., UK) e reparando-o com uma pina hemosttica tipo "mosquito" para visualizao de sua parte distal.

    O ducto era, ento, canulado com auxlio de microscpico (Zeiss, Germany - OPM1 6-SH), inserindo-se cnula de plstico fina e amarrando-a com fio de algodo 4-0.

    Antes da injeo enzimtica, o animal era exsanguinado, por seco da aorta abdominal, na emergncia dos vasos ilacos.

  • Aps o corao parar de bater, volume de 4 a 5,5 mL (25 mL/kg ) de soluo de colagenase (Sigma do tipo XI, C-7657, na dosagem de 0,7 mg/mL + DNase dissolvida em HBSS (Hanks balanced salt solution) - Sigma D-0876) era injetado no ducto biliopancretico, onde se observava a distenso pancretica.

    Aps o rgo encontrar-se totalmente preenchido pela colagenase, era realizada a pancreatectomia, dissecando-se o pncreas da grande curvatura gstrica, do duodeno, do retroperitnio, do intestino grosso, do intestino delgado e do bao, com tesoura de microcirurgia, tomando-se o cuidado de no romper-se a cpsula pancretica, para que no houvesse extravazamento da colagenase.

    A seguir, o pncreas era colocado em tubo universal que, imediatamente, era transferido para "box" de gelo, e levado ao laboratrio. O tempo de isquemia fria no era superior a 30 minutos.

    Cirurgia do receptor - transplante de ilhotas de Langerhans

    Ratos, fmeas, da raa Wistar (RT1u), pesando entre 180 e 320 g foram usados como receptores de ilhotas de Langerhans de doadores fmeas da raa Wistar (RT1u).

    O diabetes era induzido por injeo endovenosa de estreptozotocina (60 mg/kg) na veia peniana. Quatro dias depois da induo do diabetes, o animal era anestesiado com a associao Hypnorm intramuscular (0,04 mL/100 g de peso corpreo) e Diazepan intraperitonial (0,05 mL/100 g de peso corpreo), colhendo-se amostra sangnea da veia da cauda do rato, para dosagem da glicemia antes da laparotomia.

    O estmago, o intestino grosso e o delgado eram envolvidos em gaze mida e afastados para o lado direito do abdome. A veia porta era visualizada e puncionada com Butterfly n 23 (Venisystems, TM, Abbott, Ireland Ltd.), com agulha de 19,1 mm e dimetro de 0,5 mm.

    As ilhotas suspensas em 0,5 mL de PBS eram aspiradas em seringa de 1 mL com soluo salina e injetadas, via veia porta, no fgado. Aps a injeo, a agulha era retirada da veia porta e esponja de material absorvvel (Spongostan e Standard 70 x 50 x10 mm, Ferrosan - Denmark) era colocada no local da puno, comprimindo-se o vaso suavemente por dois minutos, para evitar o sangramento.

    O abdome era, ento, fechado em dois planos de sutura contnua usando-se algofil 4-0 para o plano muscular e para a pele.

    O animal era seguido diariamente no ps-operatrio e dosagens de glicemias sricas eram feitas a cada dois dias.

    Na anlise estatstica utilizou-se o teste de Mann-Whitney na comparao das glicemias antes e depois do transplante com nvel de significncia de 5%.

  • RESULTADOS

    Cirurgia do doador

    Com mtodo de separao e purificao das ilhotas de Langerhans, obteve-se 2.834 551,64 ilhotas com pureza de 83 2,45% (Tabela 1).

    Cirurgia do receptor

    A dose de estreptozotocina utilizada para a induo do diabetes mellitus, nos animais deste grupo, foi de 15,14 2,91 mg, obtendo-se nveis de glicemia srica de 33,82 2,66 mmol/L (Tabela 1).

    O transplante de 2.834 551,64 ilhotas de Langerhans no fgado destes animais, normalizou a glicemia que chegou a 9,62 2,65 mmol/L, nos primeiros 10 dias aps o enxerto e 7,43 0,27 mmol/L nos dias subseqentes, ambas as diferenas significativas (Tabela 1). A demonstrao grfica destes valores est na Figura 1.

    O tempo mdio de sobrevida das ilhotas transplantadas est na Tabela 2.

  • DISCUSSO

    O mtodo de separao e purificao das ilhotas de Langerhans, utilizado neste estudo complexo e por necessitar de vrias etapas subseqentes, sero discutidos aspectos tcnicos e histricos com relao ao uso de ilhotas isoladas e a injeo das mesmas na veia porta.

    A tcnica de ilhotas isoladas das mais promissoras, pelo menos teoricamente, e das que tem, com maior freqncia, levado o transplante de ilhotas ao sucesso(10).

    Da preparao do pncreas disperso, as ilhotas so separadas dos cinos pancreticos, ductos e componentes vasculares, de duas maneiras: com pipeta ou por centrifugao do preparado, atravs de concentraes diferentes de Ficoll.

    Embora este mtodo resulte em grande perda de ilhotas (mais de 95%) ele capaz de coletar entre 150 e 450 ilhotas por pncreas de rato. Sabe-se que, para o transplante de ilhotas ser bem sucedido, necessita-se de, pelo menos, 600 a 1500 ilhotas, assim de dois a seis doadores, geralmente, sero utilizados.

    Agentes que diminuem o contedo enzimtico das clulas acinares (pilocarpina), que causam atrofia acinar (DL-etionina), ou destruio acinar (anticorpo anti-clula acinar) podem ser teis para diminuir o contedo acinar nas preparaes das ilhotas(13, 17, 21, 22, 25).

    Outras preparaes usam filtro no qual o tecido pancretico colocado para digesto(21). As ilhotas que so separadas do tecido pancretico logo no incio do processo so filtradas, protegendo-as, assim, do excesso de digesto, enquanto o resto do tecido pancretico preparado para liberao de novas ilhotas(22).

    A modificao e a melhora destes mtodos tm, mais recentemente, mostrado melhora na separao das ilhotas, de modo que o transplante tem sido bem sucedido, s vezes, com ilhotas provindas de um nico doador. No entanto, mltiplos doadores so, ainda, necessrios para o sucesso do transplante, conforme demonstraram diversos autores(4, 6).

    A inoculao de ilhotas na veia porta foi descrita pela primeira vez por KEMP et al.(8), que imaginaram que a insulina produzida pelas ilhotas seria efetivamente aproveitada, pois atingiria o fgado diretamente.

  • A comprovao desta teoria que apenas 300 a 600 ilhotas isoladas de ratos (preparadas de trs a seis doadores), inoculadas por via portal, cura a diabetes, enquanto so necessrias de 800 a 2400 ilhotas (de 4 a 12 doadores) quando se usa a via peritonial(19).

    As ilhotas que se localizam em ramos portais terminais, mesmo antes de sua neovascularizao, produzem insulina em 24 horas e revertem o diabetes. A neovascularizao das ilhotas, por sua vez, ocorre em poucos dias e a implantao definitiva estimada em 50%(18).

    A grande vantagem do fgado como local de transplante das ilhotas sua dupla irrigao sangnea, o que permite a total ocluso das vnulas portais, causada pela embolizao e no infartando o local do transplante, que permanece nutrido pelo sangue arterial.

    O transplante intra-arterial de ilhotas em reas no providas de dupla irrigao (ex. o bao) resulta em seu infarto, com possvel insucesso do enxerto.

    Se o pncreas no purificado disperso inoculado via portal, as enzimas ativadas do tecido transplantado podem ocluir os ramos portais principais causando: hipertenso portal, leso heptica, hipotenso e coagulao vascular disseminada(15). Estas alteraes so severas em ces, embora tenha sido, tambm, descrita em ratos e humanos.

    Outro risco potencial da via portal a disseminao de microorganismos contaminados. Tambm a via portal no acessvel facilmente, a inoculao das ilhotas tem sido feita geralmente no intra-operatrio, embora a via transcutnea transheptica tambm tenha sido usada em auto-transplante em humanos(1).

    Apesar das desvantagens da via portal, esta tem se mostrado mais efetiva que as outras vias e deve ser considerada a de escolha na maior parte dos transplantes, especialmente se forem usadas preparaes purificadas no txicas de ilhotas.

    Para aplicarmos os conceitos expostos nos pargrafos anteriores, idealizamos o grupo isgenico de transplante das ilhotas, no qual se utilizaram, to somente, animais com complexos de histocompatibilidade maior semelhantes. Dessa forma, portanto, no houve necessidade de qualquer tipo de imunossupresso. Este grupo serviu, em ltima anlise, para o controle do mtodo de separao e purificao das ilhotas de Langerhans.

    Assim, neste grupo a injeo de 15,14 2,91 mg de estreptozotocina, na veia peniana, mostrou-se efetiva na produo do diabetes mellitus, visto que os animais possuiam no quarto dia pr-transplante das ilhotas, glicemia de 5,61 2,63 mmol/L, e no dia 0 (dia do transplante das ilhotas ), glicemia de 33,82 2,66 mmol/L, elevao significativa estatisticamente.

    Aps o transplante de 2834 551,64 ilhotas no fgado por via portal, a glicemia nos primeiros dias ps-transplante (1 ao 10) mostrou queda significativa, ficando em torno de 9,62 2,65 mmol/L.

  • Esta queda e normalizao da glicemia no ps-transplante evidenciou que as ilhotas de Langerhans foram preparadas adequadamente bem como foram efetivas na produo de insulina, podendo-se supor que houve boa implantao das clulas transplantadas no parnquima heptico.

    Se observarmos os nveis glicmicos nos dias subseqentes ao transplante das ilhotas de Langerhans (>10), veremos que a queda da glicemia tambm foi significativa com relao ao dia do transplante (dia 0), ficando evidente, agora, o sucesso do transplante destas clulas como demonstra a Figura 1.

    Este fato foi constatado ao longo do experimento, pois os animais ganharam peso corpreo total (244 46,3 g no pr-transplante para 312 48,33 g no ps-transplante), bem como se mantiveram com glicemia normal por, em mdia, 73 dias (Tabela 2), quando foram, ento, sacrificados.

    Assim, nas condies experimentais do presente estudo, o mtodo para separao e purificao de ilhotas de Langerhans de ratos foi eficaz e o isotransplante de ilhotas de Langerhans, em ratos, foi efetivo na correo do diabetes induzido por estreptozotocina, havendo sobrevida mdia superior a 73 dias do enxerto e do animal.

    Chaib E, Papalois A, Brons IGM, Calne RY. Isogenic islet transplantation on the rat liver. Method for isolation and purification of the rat islets. Arq Gastroenterol, 2000; 37(1):44-51.

    ABSTRACT The major indication for pancreas or islet transplantation is diabetes mellitus type I. This process has to supply the insulin necessity keeping glucose under control. We have studied isogenic islet transplantation on the rat (WAG-RT1u) liver. The method of isolation and purification of the islets obtained 2.834 551,64 islets with purity of 83 2,45%. Diabetes was induced by streptozotocin and seric glucose prior transplantation was 35 mmol/L. The islet transplantation of 2.834 551,64 islets in the rat liver has normalized glucose test from 9,62 2,65 mmol/L 10 days after transplantation to 7,43 0,27 mmol/L later in the follow-up (P

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Recebido para publicao em 11/3/1999. Aprovado para publicao em 16/7/1999.

  • Trabalho realizado no Departamento de Cirurgia da Universidade de Cambridge, Inglaterra.

    * Livre-Docente da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo - FMUSP (Servio de Cirurgia do Fgado, Hipertenso Portal e Transplante de rgos). Former Honorary Registrar (1991-1993) Departament of Surgery, Addenbrookes Hospital, University of Cambridge School of Medicine, Cambridge, England.

    ** Biomdico da Universidade de Atenas, Grcia.

    *** Pesquisadora-Senior (PhD) da Universidade de Cambridge, Inglaterra.

    **** Professor de Cirurgia da Universidade de Cambridge, Inglaterra.

    Endereo para correspondncia: Dr. E. Chaib - Rua Emba, 206 - apto.131 - 04039-060 - So Paulo, SP.

    Celular e web ajudam a tratar crianas diabticas distncia

    PUBLICIDADE DBORA MISMETTI EDITORA-ASSISTENTE DE SADE

    Hora de almoar, diz o celular. Hora de medir a glicemia, apita de novo. Em resposta, a criana diabtica ou quem cuida dela envia o resultado da taxa de acar no sangue a uma central.

    Divulgao/Divulgao

    Em vdeo, a enfermeira Taisa Barissa usa urso para ensinar crianas a injetar insulina e tratar diabetes distncia

  • Se o nmero estiver muito alto, o mdico avisado e toma providncias, como mudar recomendaes sobre a alimentao da criana.

    A tecnologia para tornar esse cuidado remoto uma realidade est sendo desenvolvida pela ONG Pr-Crianas e Jovens Diabticos, que d apoio a crianas pobres com diabetes tipo 1 em So Paulo e Minas Gerais.

    O projeto, chamado Zelous, patrocinado por uma empresa de telefonia celular e tem a colaborao de profissionais da rea mdica e de tecnologia da Unicamp.

    O sistema de medicina distncia envolve tambm a criao de pronturios virtuais com todos os dados do paciente e de sua famlia, acessveis gratuitamente pelos mdicos na internet. O programa de computador que compila os dados de domnio pblico.

    Claudia Filatro, 45, presidente da ONG e me de um menino de 11 anos diabtico desde os trs, diz que a maioria dos doentes no tem a doena sob controle, ainda mais no caso das crianas atendidas pela entidade, cujas famlias no tm dinheiro para comprar os alimentos dietticos.

    "Com esse sistema, vamos aproximar a criana do mdico", diz Filatro. Os primeiros testes devem comear no ano que vem, com crianas atendidas pela ONG.

    De acordo com o endocrinologista Walter Minicucci, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, que assessora o programa como voluntrio, o ideal seria que a rede pblica adotasse o sistema. "Isso no fcil, mas o desenho do projeto est caminhando bem", afirma.

    Alm dos cuidados remotos, a ONG est preparando aulas em vdeo para serem transmitidas pela internet para crianas e pais sobre como lidar com a doena, como com as injees de insulina.

    Nos Estados Unidos, um projeto semelhante, mas que engloba adultos diabticos, est sendo testado em um hospital de Washington.

    Esclarea todas suas dvidas sobre transplante de ilhotas

    15/3/2004 - Comunidade DiabeteNet.Com.Br

    Existem no pncreas as chamadas ilhotas de Langerhans onde esto concentradas as clulas beta que produzem insulina. A idia que ao invs de transplantar o pncreas inteiro, faa-se apenas o implante dessas ilhotas onde esto as clulas produtoras de insulina. Para isso, o pncreas retirado de uma

  • pessoa em morte cerebral (doador) e mantido no gelo durante o transporte para o laboratrio. No laboratrio, o rgo recebe uma infuso de enzimas, para digerir o tecido que mantm sua estrutura. Numa cmara contendo esferas de metal e sob agitao cuidadosa, o tecido do pncreas desmancha-se e passa por uma peneira fina.

    Depois disso, o pncreas submetido a um sofisticado processo de purificao numa centrifuga, at as ilhotas se separarem do material original. As ilhotas representam apenas 1% de um pncreas inteiro.

    Uma vez obtidas no processo de separao, as ilhotas permanecem num meio de cultura para repousar e ento so testadas em contato com glicose. Se neste contato for liberada insulina, significa que as ilhotas esto funcionando adequadamente e podem ser utilizadas para o transplante.

    Cirurgia Simples

    Neste tipo de transplante, as ilhotas de Langerhans so injetadas em uma veia do fgado. Localizada a veia do fgado atravs do ultra-som, faz-se uma anestesia local no ponto em que ser introduzido um cateter. Uma vez que o cateter esteja implantado no fgado, inicia-se a infuso da soluo com as ilhotas. Tudo isso monitorado por radiografias, para que a operao transcorra com segurana. Em cerca de 30 minutos as ilhotas so infundidas. O cateter retirado deixando uma minscula cicatriz na pele. No havendo nenhuma intercorrncia, a pessoa recebe alta no dia seguinte.

    O protocolo de Edmonton, cidade canadense onde foi realizado o primeiro transplante de ilhotas de Langerhans com taxas significativas de sucesso, prev de 3 a 4 aplicaes. O Programa Brasileiro de Transplante de ilhotas de Langerhans segue este protocolo.

    Aps o transplante necessrio adotar um tratamento com imunossupressores a fim de evitar a rejeio das ilhotas transplantadas. O tratamento feito com drogas injetveis no incio e depois com comprimidos orais que devem ser administrados durante toda a vida da pessoa transplantada. Portanto, ocorre aqui uma substituio, a troca das aplicaes de insulina por medicamentos imunossupressores. Diante disso, preciso avaliar muito bem os prs e os contras do transplante de ilhotas de Langerhans.

    Para quem indicado o transplante de ilhotas

    O candidato a este tipo de transplante deve ter diabetes tipo 1 h mais de 5 anos, idade superior a 18 anos, no ter complicaes e estar com a funo renal normal. Seu peso no pode ser superior a 60 Kg e deve utilizar menos que 30U de insulina por dia.

    Diante das dificuldades em se obter doaes de pncreas para extrao das ilhotas, este tratamento hoje extremamente limitado. Por isso, o transplante de ilhotas de Langerhans muito mais indicado aos portadores de diabetes tipo 1 com frementes crises de hipoglicemia severa que passam desapercebidas, mesmo em situaes de boa aderncia ao tratamento. Nesses casos, a substituio da insulina pela imunossupresso totalmente justificada.

  • O futuro do transplante de ilhotas

    No atual mtodo, as ilhotas so transplantadas diretamente no fgado, sem nenhuma proteo. Ou seja, elas so nuas ao organismo do portador de diabetes, de forma que ficam sujeitas rejeio. Por isso necessrio o tratamento com imunossupressores. Contudo, os cientistas internacionais e a equipe do Programa Brasileiro de Transplante de Ilhotas de Langerhans esto atrs de uma tcnica na qual as ilhotas transplantadas permaneam protegidas numa cpsula resistente que evite a rejeio. Com apoio da Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo FAPESP e da Bonn (empresa que atua na rea da Genmica), o NUCEL Ncleo de Terapia Celular Molecular da USP est desenvolvendo um prottipo de cpsula que dever permitir o isolamento das ilhotas, protegendo-as da resposta imunolgica e preservando as clulas betas que produzem a insulina. Isso poder determinar a cura do diabetes. Talvez, falte muito pouco para isso.

    A Cura da Diabetes?

    Para combater a verso mais severa da doena, uma recente aposta da Medicina transplantar minsculas estruturas do pncreas chamadas ilhotas de Langerhans. Elas tm o dimetro de um fio de cabelo, mas esto no centro das atenes na luta contra o diabete do tipo 1, antes conhecido por diabete infanto-juvenil ou insulino-dependendte. O alvoroo em torno das ilhotas de Langerhans comeou em maio de 1999, quando cientistas da Universidade de Alberta, no Canad, curaram oito pacientes transplantando essas clulas do pncreas. Outros dez centros de pesquisa se preparam para testar a faanha.

    No Brasil o trabalho est sendo tocado nos laboratrios da Universidade de So Paulo, sob a liderana de cinco especialistas. As primeiras experincias ocorreram em 2002 com nove voluntrios. "A tcnica estudada h 30 anos. Mas s depois de Alberta, porm, tornou-se uma esperana para a cura da doena", analisa o coordenador do estudo, Freddy Goldberg Eliaschewitz, endocrinologista de So Paulo.

    O mtodo recomendado para diabticos em estado grave. Apesar das perspectivas serem animadoras, o transplante das ilhotas indicado, por enquanto, apenas para um grupo restrito de pacientes. Isso porque, aps a operao, preciso recorrer a remdios que evitam a rejeio das novas clulas e essas substncias diminuem a resistncia do organismo: "S vale a pena trocar as doses dirias de insulina pelas drogas quando h risco de vida para o doente", explica Eliaschewitz. Alm disso, o fato das ilhotas no estarem tendo uma durao razovel de permanncia no organismo, a indicao ainda no para qualquer caso, dirigindo-se muito mais para o transplante de Pncreas, &rgo inteiro.

    Nos dois casos, "Encaixam-se nesse perfil os diabticos que no percebem a queda nos nveis de acar e tambm aqueles que j esto com outros rgos do corpo comprometidos", exemplifica.

    Transplante de Ilhotas.

    A glicose, uma forma simples de acar, a fonte principal de energia do corpo humano. Normalmente, armazenada dentro das clulas e libertada quando

  • necessria. A insulina uma substncia qumica que ajuda a glicose, transportada pelo sangue, a penetrar nas clulas. Pessoas com diabetes do tipo 1 no produzem insulina. Assim, a glicose no entra eficazmente nas clulas, mas permanece em nveis elevados no sangue. Para manterem-se vivas, e sentirem-se bem, pessoas com diabetes do tipo 1 tm que fazer aplicaes de insulina para controlar a glicose no sangue. O transplante de Ilhotas promete ajudar essas pessoas, que passaro a produzir sua prpria insulina, evitando a amolao e o desconforto das injees dirias.

    O papel do pncreas no diabtico

    O pncreas uma glndula do tamanho de uma mo. Localiza-se atrs da parte baixa do estmago e produz duas enzimas principais:

    1. Suco Pancretico - composto por substncias qumicas especiais chamadas enzimas digestivas que ajudam a digerir o alimento nos intestinos

    2. Hormnios - tais como a insulina, que ajuda a controlar a quantidade de glicose no sangue.

    So libertadas as enzimas do suco pancretico nos intestinos onde estas trabalham para "quebrar" as protenas, gorduras, e acares dos alimentos, fazendo com que o organismo possa absorv-los melhor. A maioria dos carboidratos complexos que comemos j est decomposta em acares simples, tais como a glicose, que entra no fluxo sanguneo. A insulina e a glicose, que estava armazenada no fgado e nos msculos para uso posterior, so transportados, ento , pelo sangue at as clulas do corpo.

    As Ilhotas de Langerhans.

    Dentro do pncreas existem agrupamentos de clulas chamados "ilhotas de Langerhans". Estes consistem em vrias variedades de clulas hormnio-produtoras. Os dois tipos principais so as clulas-beta, que produzem insulina e clulas-alfa, que produzem glucagon. Glucagon um hormnio responsvel pelo aumento dos nveis de glicose no sangue.

    O que o Transplante de Ilhotas ?

    No transplante de ilhotas, so retiradas clulas-beta, insulino-produtoras, do pncreas de um doador e transferidas para uma pessoa com diabete. Uma vez transplantadas, as ilhotas do doador comeam a produzir e libertar insulina, regulando, assim, o nvel de glicose no sangue.

    Um transplante de ilhotas bem sucedido pode melhorar significativamente a qualidade de vida de um diabtico. At mesmo quando um diabtico monitora cuidadosamente os nveis de acar no sangue, dosando a quantidade de insulina atravs de injees, ele

  • sempre pode no administrar a quantia correta de insulina para proteger-se contra complicaes srias. Uma vez transplantadas, as ilhotas automaticamente monitoram e regulam o nvel de insulina; at mesmo quando mudam as necessidades do corpo (por exemplo, depois de um exerccio ou de comer).

    Benefcios:

    Pode eliminar a necessidade das frequentes dosagens de glicose no sangue e a necessidade das injees dirias de insulina;

    Pode proporcionar maior flexibilidade no horrio das refeies; Pode ajudar a prevenir as complicaes a longo prazo causadas pela diabete,

    inclusive doenas do corao, nos rins, nervos e olhos.

    Quais so os riscos do transplante de ilhotas ?

    Como em qualquer transplante, a rejeio das clulas do doador o maior desafio. O sistema imunolgico serve para proteger o corpo contra "invasores" ( ex.: bactrias e vrus). At mesmo quando um tecido de doador transplantado, o sistema imunolgico do receptor o reconhece como "estranho", e tenta destru-lo. Este ataque ao tecido do doador chamado "rejeio". Todos os receptores de transplante tm que tomar, para o resto da vida, drogas fortes para suprimir a resposta imune e prevenir-se contra a rejeio. Os efeitos, a longo prazo, destes imunossupressores, ainda no so conhecidos.

    Como um transplante de ilhotas bem sucedido ?

    Os cientistas desenvolveram o processo para isolar ilhotas nos anos 70. As primeiras tentativas de transplante tiveram uma taxa de sucesso de apenas 8 por cento, que foi atribuda ao fato das drogas anti-rejeio disponveis na poca interferirem na produo de insulina.

    Mas em 1999 uma tentativa, realizada na Universidade de Alberta, em Edmonton, Canad, trouxe uma nova esperana aos diabticos. Utilizando novas tcnicas para selecionar e preparar ilhotas de doador ( que so extremamente frgeis ) e tambm com novas drogas anti-rejeio , os cientistas chegaram a uma taxa de sucesso de 100 por cento. Todos os pacientes do experimento ficaram livres da necessidade de insulina por pelo menos um ms. Dez desses 15 pacientes permanecem insulino-independentes at hoje e os outros cinco tiveram uma significativa reduo na necessidade de insulina. O processo seguido por estes cientistas chamado de "Protocolo de Edmonton" e ainda est sendo estudado em tentativas clnicas ao redor do mundo. Sabe-se que atualmente cerca de 500 pessoas, no mundo inteiro, j receberam transplante de ilhotas, com diferentes graus de sucesso.

  • Qualquer diabtico pode fazer o transplante de ilhotas?

    Tipicamente, os candidatos ao transplante de ilhotas esto entre 18 e 65 anos, tiveram diabete do tipo 1 por mais de 5 anos e esto tendo complicaes tais como perdas freqentes de conscincia (devido falta de insulina) e indcios de problemas futuros nos rins.

    Quais pesquisas esto sendo realizadas em transplante de ilhotas?

    H duas reas principais em foco na pesquisa do transplante de ilhotas: Obter bastante clulas para fazer o transplante e prevenir a rejeio. Obter bastante clulas para o transplante o desafio principal. So necessrias aproximadamente 1 milho de clulas - o que equivale a dois pncreas de doador. Como a necessidade ultrapassa o nmero de doadores, os cientistas esto estudando o uso de clulas de outras fontes, tais como tecido fetal, clulas-tronco e animais como porcos. Os cientistas tambm esto tentando cultivar clulas humanas em laboratrio.

    Foram feitos muitos avanos no estudo de drogas imunossupressoras nos ltimos 15 anos. Drogas mais novas - como o tacrolimus (FK506) e a rapamicina - causam menos efeitos colaterais e so menos prejudiciais que as drogas mais antigas como a ciclosporina e a predinisona. Os cientistas buscam continuamente desenvolver novas e melhores drogas imunossupressoras.

    Os cientistas tambm esto trabalhando para desenvolver mtodos de transplante de ilhotas que iro reduzir, ou eliminar, o risco de rejeio e a necessidade de imunossupresso. Uma das tentativas consiste em envolver as ilhotas com uma camada de um gel especial que impea que o sistema imunolgico do receptor reconhea e destrua as clulas do doador.

    Tentativas clnicas.

    Uma tentativa clnica um programa de pesquisa, administrado em pacientes, para avaliar novos tratamentos mdicos, drogas ou dispositivos.

    O National Center for Research Resources, o National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases - NIDDK e a Fundao de Pesquisa de Diabete Juvenil Internacional, esto buscando, tambm, estabelecer seis centros de estudos de ilhotas espalhados pelos Estados Unidos. Estes centros sero responsveis por localizar rgos de doadores, preparar as ilhotas para transplante e distribuir as clulas dentre os hospitais que participam das tentativas clnicas aprovadas.

    Doenas

    Diabetes Infantil

    Muitas crianas desenvolvem diabetes e os pais normalmente no sabem como lidar com esse problema e ficam perdidos. O melhor conhecer o que essa doena e tirar todas as dvidas para ajudar seu filho.

  • Diabetes uma alterao na produo do hormnio insulina pelo pncreas ou uma resistncia ao da insulina pelo organismo. a insulina que ajuda o organismo a transformar o acar (glicose) em energia para o funcionamento do corpo humano.

    A quantidade de insulina liberada depende de quanto acar ingerido. Quanto mais alimentos ricos em carboidratos (doces, batata, arroz, macarro, biscoito e bebidas alcolicas) so consumidos, mais o pncreas precisa trabalhar.

    Existem dois tipos de diabetes, a do tipo 1 e a do tipo 2. A diabetes do tipo 1 o tipo mais comum em crianas, de aparecimento sbito e pode surgir desde as primeiras semanas de nascimento at os 30 anos de idade, mas na faixa dos 5 aos 7 anos e durante a puberdade que a doena tende a ser mais comum. Est relacionado falta ou pouca produo de insulina, no conseguindo controlar a taxa de glicose ingerida.

    A diabetes tipo 2 hereditria e acontece quando as clulas resistem ao da insulina, mesmo que sua produo seja normal. Antigamente era uma doena de adulto, mas com a elevao da taxa de obesidade infantil associada a uma vida sedentria e com maus hbitos alimentares, esse tipo de diabetes aumentou consideravelmente entre as crianas.

    Quanto mais cedo o diabetes for detectado, mais chances se tem de eficcia no controle da doena e de evitar complicaes futuras. Desde o nascimento h medidas de preveno ao diabetes como o aleitamento materno, evitando a alimentao artificial, rica em acares desnecessrios nesta fase.

    Ento, deve-se manter uma alimentao saudvel para evitar a obesidade infantil. Pais devem levar as crianas para um espao grande para brincarem e praticarem esportes e assim evitar que fiquem apenas frente de computadores e videogames.

    Sintomas- Os sintomas da diabetes infantil so sede, aumento de fome e emagrecimento, aumento do nmero de vezes em que se urina e so na maioria das vezes acompanhados por grande mal estar, sonolncia, fraqueza, tonturas, cimbras e formigamentos.

    Se no diagnosticada e tratada desde cedo, o mal pode causar variao brusca da taxa de glicose no sangue. O aumento da glicose, hiperglicemia, leva a criana a beber muita gua. J a hipoglicemia (baixa taxa de glicose) causa tremores, suores gelados, taquicardia e falta de resposta a estmulos. A variao pode levar ao coma.

    A longo prazo, a doena causa perda de viso, derrame, infarto, hipertenso, impotncia sexual, doenas pulmonares e insuficincia renal.

    Como cuidar - Para o controle da diabetes tipo 1 so necessrias aplicaes dirias de injees de insulina. O nmero de injees dirias varia de acordo com a necessidade, ficando em torno de 2 e 4 injees. To importante quanto aplicar o hormnio fazer o monitoramento do nvel de glicose no sangue.

    J o tipo 2 em geral no preciso tomar medicamento, mas imprescindvel fazer um controle rgido da taxa de glicose, acertar a dieta e praticar exerccios.

    A criana precisa de uma dieta rica em fibras e pobre em acar, com seis refeies ao dia. O ideal retirar da alimentao os acares de absoro rpida como acar refinado, mascavo, cristal e mel. Consumir de maneira moderada os acares de absoro lenta como massas, tubrculos e frutas. Adoantes devem ser usados por crianas a partir de um ano de idade.

    Deve-se procurar o mdico rapidamente ao se suspeitar desta doena para que o diagnstico e tratamento da diabetes seja o mais precoce possvel.

    Bruno Thadeu

    Labrador avisa menina diabtica quando taxa de acar se altera

  • DA BBC BRASIL

    Um co labrador treinado para detectar a queda do nvel de acar no sangue de seres humanos vem ajudando uma menina britnica de seis anos a evitar entrar em coma por causa de diabetes.

    BBC

    Labrador avisa menina diabtica quando taxa de acar se altera

    A cadela Shirley um dos dez ces treinados pela entidade beneficente Cancer & Bio-detection para alertar diabticos quando sua condio se deteriora e mora h quatro meses com a pequena Rebecca Farrar, que tem diabetes tipo 1.

    "Ela salva a minha vida", diz Rebecca, que a primeira criana a receber um cachorro para detectar sua doena. "Ela minha melhor amiga."

    Shirley capaz de sentir uma mudana de odor exalado pelo corpo de Rebecca quando sua taxa de acar cai ou sobe a nveis alarmantes.

    O cheiro no detectado por seres humanos e um sinal emitido pelo corpo antes de outros mais aparentes, como palidez.

    Ela ento comea a lamber os braos e as pernas da menina para alert-la. Desta forma, a menina ou sua me tm condies de tomar providncias para evitar um colapso.

    Alerta precioso

    "Shirley percebe (a queda no nvel de acar) bem rapidamente e comea a lamber as mos e pernas de Rebecca at ela tomar uma Coca-cola ou ingerir acar, que elevam seus nveis de acar novamente. Quando a taxa est muito alta, Shirley tambm sente e d o alerta", explica a me de Rebecca, Claire.

    A me lembra de um episdio em que ningum percebeu que a taxa de acar de Rebecca estava caindo at Shirley dar o precioso alerta.

  • "Ns no tnhamos ideia de que ela estava com a taxa de acar baixa. Ela estava danando em um clube com seu irmo-gmeo, Joseph, e quando os dois voltaram mesa para tomar algo, Shirley comeou a lamber as mos de Rebecca. O kit de primeiros-socorros estava embaixo da mesa e Shirley foi at l e pegou um exame de nvel de acar", conta Claire.

    "Ela deu o exame a Rebecca e comeamos a desconfiar que tinha algo de errado. Fizemos o teste, e o nvel estava bem baixo. Se eu no tivesse Shirley, Rebecca teria entrado em colapso. E quando isso ocorre, ela entra em um sono to profundo que se tentamos colocar acar em sua boca, ela engasga."

    A presena de Shirley na casa tambm tornou a vida de toda famlia mais fcil.

    "Ela tinha um colapso a cada dois dias. s vezes eu a socorria apenas pouco antes de ela entrar em um colapso muito srio, outras vezes eu tinha de chamar a ambulncia", conta Claire.

    "Mas agora temos Shirley e ela detecta a queda no nvel de acar antes de Rebecca perceber o problema."

    Claire conta que tambm consegue ter noites de sono mais tranquilas, sem medo de a filha ter algum problema durante a noite, como ocorria antes de Shirley dormir ao lado da cama de Rebecca.

    A entidade beneficente que deu Shirley famlia treina cachorros para detectar todo tipo de doena, incluindo cncer.

    "O que ns descobrimos nos ltimos cinco anos que ces so capazes de detectar doenas humanas pelo odor. Quando a nossa sade altera, temos uma pequena alterao no odor do corpo. Para ns uma mudana mnima, mas para o cachorro fcil de notar", diz ClaireGuest, da organizao Cancer & Bio-detection.

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    Brasil: mdicos usam clulas-tronco em diabticos 10 de abril de 2007 19h51 atualizado s 20h29

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    m grupo de 13 diabticos brasileiros ficou livre da injeo diria de insulina aps um tratamento com suas prprias clulas-tronco hematopoiticas, afirmou um estudo divulgado nesta tera-feira pela revista Journal of the American Medical Association. Segundo o relatrio da pesquisa, isso no significa uma cura para a doena, mas o tratamento que envolve o transplante de clulas-tronco do sangue do paciente permitiu que eles vivessem normalmente durante mais de trs anos sem recorrer insulina.

    O tratamento com clulas-tronco foi administrado na Universidade de So Paulo (USP) em um estudo parcialmente financiado pelo Ministrio da Sade brasileiro. Esta a primeira vez que pacientes com diabetes tipo 1 continuam sem tratamento de nenhum tipo, sem medicao e com um nvel adequado de acar no sangue, disse Richard Burt, da Escola de Medicina da Universidade Northwestern, em Chicago.

    O procedimento foi aplicado em 15 pacientes diabticos, que tinham entre 12 e 31 anos, mas no apresentou os resultados desejados em dois deles, disseram os cientistas em seu relatrio. Os resultados desses testes realizados com pacientes de diabetes tipo 1 em Ribeiro Prieto ajudariam a estimular a pesquisa de mtodos que poderiam frear e reverter a doena, disse Jay Skyler, do Instituto de Pesquisa de Diabetes da Universidade de Miami.

    Apesar do sucesso do tratamento, os cientistas admitiram que um passo inicial e que necessrio fazer mais pesquisas, incluindo o uso de grupos de controle e um nmero maior de pacientes. Esses grupos permitiriam confirmar que o tratamento melhor que o atendimento mdico tradicional dado diabetes por meio da injeo diria de insulina, afirmaram

    Clulas da Esperana

    21/3/2004 - VEJA

    Os gmeos Adriana e Luigi tm pouco mais de 8 meses. Perfeitamente saudveis e muito engraadinhos, eles pertencem a um grupo de 2 600 crianas brasileiras pioneiras de uma revoluo na medicina. Assim como quem reserva dinheiro para os estudos dos filhos, seus pais, a atriz Luiza Tom e o empresrio Adriano Facchini, decidiram fazer uma espcie de poupana biolgica para os bebs. Na manh de 5 de julho de 2003, ainda na sala de parto do Hospital Albert Einstein, em So Paulo, to logo Adriana e Luigi nasceram, 80 mililitros de sangue foram retirados do cordo umbilical de cada um. Estocadas em um tanque de nitrognio, a uma temperatura de 190 graus negativos, as duas amostras de sangue guardam um punhado de clulas-