dia nacional de luta das pessoas com deficiência

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Boletim Informativo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência Nº 2 | Set | 2013 O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Defi- ciência foi instituído pelo movimento social em Encontro Nacional, em 1982, com todas as entidades nacionais. O dia 21 de setembro foi escolhido pela proximidade com a primavera e o dia da ár- vore numa representação do nascimento das reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condi- ções. A data foi oficializada através da Lei Federal nº 11.133, de 14 de julho de 2005. Esta data é comemorada e lembrada todos os anos, desde então, em todos os estados, e se constitui em momento para reflexão e busca de novos caminhos para as lutas do seg- mento. Para as pessoas com deficiência, é também momento para divulgar as lutas e cobrar mais inclusão social. Páginas 4 e 5 Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência em foco Leia nesta edição: Encontro de Conselhos Representantes de 33 conselhos estaduais e municipais do Conade se reúnem em Brasília Página 8 Conade no Fórum Mundial de Direitos Humanos Página 10 Estatuto da Pessoa com Deficiência: Entendendo o processo! Página 3 Agendas transversais dos conselhos são debatidas em Brasília Página 9 Reunião descentralizada do Conade O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) realizou, no mês de agosto, a sua 87ª reunião ordinária, estendendo-a aos conselhos municipais e estaduais. Páginas 6 e7 O Plano Viver sem Limite é pauta permanente no Conade. Em todas as reuniões ocorrerão apresentações do balanço do andamento das ações de cada eixo. Todos os materiais e dados apresentados são enviados a todos os conselhos estaduais! Imagem da plenária

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Page 1: Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Boletim Informativo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Nº 2 | Set | 2013

O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Defi-ciência foi instituído pelo movimento social em Encontro Nacional, em 1982, com todas as entidades nacionais. O dia 21 de setembro foi

escolhido pela proximidade com a primavera e o dia da ár-vore numa representação do nascimento das reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condi-ções. A data foi oficializada através da Lei Federal nº 11.133, de 14 de julho de 2005.

Esta data é comemorada e lembrada todos os anos, desde então, em todos os estados, e se constitui em momento para reflexão e busca de novos caminhos para as lutas do seg-mento. Para as pessoas com deficiência, é também momento para divulgar as lutas e cobrar mais inclusão social.

Páginas 4 e 5

Dia Nacional de Luta dasPessoas com Deficiência

e m f o c o

Leia nesta edição:Encontro de ConselhosRepresentantes de 33 conselhos estaduais e municipais do Conade se reúnem em Brasília

Página 8

Conade no Fórum Mundial de Direitos Humanos

Página 10

Estatuto da Pessoa com Deficiência: Entendendo o processo!

Página 3

Agendas transversais dos conselhos são debatidas em Brasília

Página 9

Reunião descentralizada do ConadeO Conselho Nacional

dos Direitos da Pessoa

com Deficiência (Conade)

realizou, no mês de agosto,

a sua 87ª reunião ordinária,

estendendo-a aos conselhos

municipais e estaduais.

Páginas 6 e7

O Plano Viver sem Limite é pauta

permanente no Conade. Em todas as

reuniões ocorrerão apresentações

do balanço do andamento das ações

de cada eixo. Todos os materiais e

dados apresentados são enviados a

todos os conselhos estaduais!

Imagem da plenária

Page 2: Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

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Nº 2 | Set | 2013 Boletim Informativo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade)Composição da Comissão de Comunicação Social Academia Brasileira de Neurologia; Associação Brasileira de Autismo (ABRA); Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência dos Funcionários do Banco do Brasil e a Comunidade (APABB); Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC); Ministério da Cultura; Ministério das Cidades; Ministério das Comunicações e Ministério do Turismo.

Comitê Editorial CCS e Coordenação Geral do Conade • projeto gráfico e diagramação Daniel DinoSecretaria Executiva do Conade (SE/Conade) • Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD)

Setor Comercial Sul • Quadra 9 • Lote “C” • Torre “A” • 8º andar • Ed. Parque Cidade Corporate • CEP: 70308-200 • Brasília-DF • Telefones: (61) 2025-9219 2025-3673 • Fax: (61) 2025-9967 • E-mail: [email protected] • www.pessoacomdeficiencia.gov.br

e d i t o r i a l

e x p e d i e n t e

Celebrar e Lutar!

Criar, manter e fortalecer as ações dos con-selhos é tarefa de toda a cidadania.

No atual cenário do sistema de controle social, a ninguém é dado o direito de isentar-se do aprimoramento e qualificação. O papel dos governos e sociedade civil no fortaleci-mento dos conselhos é determinante na atua-ção dessas esferas de participação.

Um conselho composto por representan-tes conscientes de sua missão e um governo aberto à transformação social resultam numa sociedade menos desigual, fora de qualquer dúvida. Investir em qualificação de conse-lheiros e conselheiras é atitude que deve ser apoiada por todos nós. Ao longo da História, bagagem cultural da sociedade civil e investi-mento público em capacitação resultam em espaços fortalecidos de controle, fiscalização e monitoramento das ações públicas: ganha a sociedade e ganha o Brasil.

No segmento de pessoas com deficiência em particular, a necessidade da formação política é um imperativo. A dificuldade no acesso a edu-cação formal representa um entrave a uma par-ticipação plena e qualificada na arena da luta por defesa e promoção de direitos. Com isso, organizações, estado e sociedade devem contri-buir para trazer ao centro desse debate, aqueles que poucas oportunidades tiveram para qualifi-car-se e atingir uma razoável mobilidade social.

Muitas lideranças do movimento das pes-soas com deficiência surgem a partir de suas necessidades cotidianas, inerentes à sua con-dição, não necessariamente lapidadas em bancos escolares. Essa é uma realidade que precisamos enfrentar: a permanente forma-ção de conselheiros para uma atuação quali-ficada frente à gestão pública.

Precisamos conjugar dois fatores no en-frentamento a desigualdade em nosso país:

transformar nossos conselhos de direitos em bancos de escola da cidadania e mesa de de-bates das questões sociais que nos afligem.

Ednilson Sacramento

Presidente do Conselho Municipal dos

Direitos da Pessoa com Deficiência da

cidade de Salvador (COMPED)

Conselhos | Uma escola da prática social

O Dia Nacional de Luta das Pesso-as com Deficiência surgiu em um período em que vivíamos à mar-gem da sociedade e das políticas

públicas. Passamos por tempos difíceis, onde na história das civilizações o extermínio, a exclusão e a integração estavam presentes em nossas vidas.

Em 2008, o Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU, bem como seu Protocolo Facultativo, em 2009, documento que obteve equivalência constitucional, valorizando a atu-ação conjunta entre sociedade civil e governo. O comprometimento dos Estados Partes a assegu-rar e promover o pleno exercício de todos os di-reitos humanos e liberdades fundamentais para todas as pessoas com deficiência, sem qualquer tipo de discriminação, pode ser considerado um dos principais elementos da Convenção.

Para atender os desafios, o governo brasilei-ro lançou o Plano Viver sem Limite, que busca garantir que a política da pessoa com defici-

ência seja transversal, estando estabelecida em eixos estratégicos que enfrentam os anos de opressão e discriminação promovidos pela ausência de ações governamentais concretas.

Não podemos deixar de destacar que, nos úl-timos anos, tivemos três conferências nacionais com participação de milhares de atores sociais em processos democráticos e participativos, os quais produziram centenas de propostas para aperfeiçoamento das políticas públicas.

Os novos tempos exigem cada vez mais pro-tagonismo. O controle social avança em todo país, com mais de 500 conselhos municipais e estaduais dos direitos da pessoa com deficiên-cia já consolidados.

Hoje, todas as unidades da federação pos-suem órgão gestor da política pública para a pessoa com deficiência e cresce a implantação destes espaços nas capitais e demais municípios.

O dia é de luta, mas também de celebração de vitórias. Almejamos que a garantia dos di-

reitos esteja enraizada nas diferentes instân-cias sociais, como forma de avançar cada vez mais nas conquistas e na construção de uma sociedade que tenha como princípios a acessi-bilidade e a inclusão de todas as pessoas.

Antonio José Ferreira do Nascimento

Presidente do Conselho Nacional

dos Direitos da Pessoa com Deficiência

(Conade)

Page 3: Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

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www.facebook.com/ConadeBR Nº 2 | Set | 2013

1. O Grupo de Trabalho do Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído pela Portaria 616/2012, foi composto por representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Pre-sidência da República, que o coordenou, convidados da Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional em Defesa dos Di-reitos das Pessoas com Deficiência, juristas convidados e representantes do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com De-ficiência – Conade, através de entidades da sociedade civil – ONCB, AMPID e APABB.

2. As atribuições prioritárias do GT estiveram centradas em sistematização dos relatórios das Conferências Nacionais dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizadas nos anos de 2006 e 2008, no que concerne à in-corporação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no ordena-mento jurídico nacional; na sistematização dos relatórios dos cinco encontros regionais realizados pelo Conade – no ano de 2009, cuja temática era o debate dos Projetos de Lei nº 3.638, de 2000 e 7.699, de 2006 à luz da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; na análise da adequação dos Projetos de Lei nº 3.638, de 2000 e 7.699, de 2006 e da legislação vigente ao texto da Constituição da República Federativa do Brasil, emendada pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo; e por fim, no ofereci-mento de subsídios e contribuições ao Con-gresso Nacional sobre o tema.

3. Após conclusão dos objetivos pelo qual foi instituído, o GT apresentou a propos-ta de substitutivo a Câmara e ao Senado Federal, no prazo de dez meses, conforme acordado com a Frente Parlamentar Mis-ta do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência que abre agora, nova rodada de discussões, parte do processo democrático.

4. O Conade realizou oficina nos dias 1 e 2 de agosto, onde foram qualificadas as

Estatuto da Pessoa com Deficiência: Entendendo o processo!

propostas do texto enviado a Câmara dos Deputados à relatora do Texto, deputada Mara Gabrilli.

5. A Câmara dos Deputados e outras entida-des em todo país estão debatendo o tema através de seminários e audiências pú-blicas. O Conade acompanha o processo através da CAN e da CPP.

6. As entidades podem participar pelo E-Democracia: http://edemocracia.camara.

gov.br/web/estatuto-da-pessoa-com-de-

ficiencia/wikilegis#.UgPjZ5KkqL0

Atividades pelo Brasil!Alagoas

A Frente Parlamentar do Congresso Nacio-nal em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, em parceria com a Assembleia Legislativa de Alagoas, estará realizando um debate sobre o estatuto no dia 26 de setembro na Assembleia Legislativa de Alagoas as 11h!

Rio de JaneiroNo dia 09 de agosto, ocorreu o Seminá-

rio “ESTATUTO DA PESSOA COM DEFI-CIÊNCIA COMO REGULAMENTO DA CONVENÇÃO DA ONU”, organizado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD) da OAB/RJ.

Rio Grande do SulNo dia 12 de setembro, no Auditório Mar-

celo Kufner, ocorreu o Seminário de Avalia-

ção do Anteprojeto Substitutivo ao Projeto de Lei 7.699/2006, que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, organizado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Defici-ência (Coepede-RS).

Rio de JaneiroA Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa

com Deficiência (CDPD) da OAB/RJ, em par-ceria com a Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizou na sexta-feira, dia 13, uma audiência pública para debater e propor al-terações ao Projeto de Lei nº 7.699/06, que visa a instituir o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Mato Grosso do SulNo dia 19 de setembro, ocorre audiência pú-

blica para a confecção do Estatuto da Pessoa com Deficiência. O evento será realizado na As-sembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, das 13h às 18h, por solicitação do deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) ao presidente da Casa, Jerson Domingos (PMDB). Geraldo Re-sende é membro e um dos fundadores da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Defici-ência. Informações: www.al.ms.gov.br

PiauíNo dia 27 de setembro ocorre seminário

sobre o estatuto no Piauí, sob coordenação da Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência (SEID), em consonância com o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONEDE-PI)!

ParlamentaresO Conade está cadastrando parlamentares que tenham defi-ciência ou militam nesta área. Se você conhece vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores com estas características, acesse o cadastro e nos informe seus dados: https://docs.google.com/forms/d/1YtJV4s9X00_2DhNgOo-

jEVaP6nzxER_SARChtiOaf8gs/viewform

Formação na BahiaEntre os dias 07 e 09 de agosto, o Conade esteve presente no estado da Bahia, auxiliando no planejamento estratégico do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (COEDE). Durante os três dias foram tratados diversos temas e ainda, elaborado o planejamento do conselho. O Conade esteve re-presentando pela conselheira Naira Rodrigues.

f i q u e p o r d e n t r o

Page 4: Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Páginas 4 e 5

ABRASOÉ bom saber que estamos juntos nesse dia

21 de setembro, no Dia Internacional de Luta da Pessoa com Deficiência.

AMPIDConsiderando que a Convenção dos Di-

reitos das Pessoas com Deficiência, aprovada como emenda constitucional em 2008 pelo nosso Congresso Nacional, e outras normas infraconstitucionais de proteção à pessoa com Deficiência, ainda padecem de uma invisibi-lidade jurídica, provocando ainda algumas decisões esdrúxulas pelo Poder Judiciário e demais órgãos auxiliares da Justiça, quando não a impunidade de muitas pessoas físicas

e jurídicas que discriminam este grupo de pessoas; necessário ainda que di-

vulguemos a referida Convenção e demais normas, seja através de

campanhas, publicações e eventos junto a esses operadores do direito, seja também

fomentando ações judiciais e extrajudi-ciais para que se criem

novas posturas para uma efetiva apli-

cação dos d i r e i t o s

sociedade justa e incluída, pois é a sociedade quem tem que ser incluída na diversidade.

FENASPNeste ano de 2013, completam-se oito anos

de uma nova conquista na vida das pessoas com deficiência, que é o reconhecimento de luta desse importante segmento. Mais do que celebrar o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, neste dia precisamos reafir-mar a necessidade de continuarmos lutando para que alguns direitos já conquistados sejam de fato assegurados. Temos todos, instituições de e para pessoas com deficiência e as próprias pessoas com deficiência, a missão de gritar para os órgãos públicos e principalmente para a sociedade, que pessoas com deficiência, são e serão altamente capazes, na medida em que a própria sociedade promover suas mudanças atitudinais e se despir dos preconceitos, derru-bando todas as barreiras que impedem as pes-soas com deficiência mostrarem as suas poten-cialidade e eficiências. Que neste Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, possamos comemorar os avanços, sem nos esquecer dos desafios que ainda nos são impostos.

OABNossa missão, como movimento político,

é garantir o acesso das pessoas com defici-ência a todos os bens, produtos e serviços existentes na sociedade.

Assegurar os direitos das pessoas com defi-ciência é o ápice do processo civilizatório, na construção de uma sociedade que realmente valorize a diversidade humana, entendendo que nela reside nossa principal riqueza.

Nosso desafio é esclarecer a todos que a adoção prática dos princípios do desenho universal, além de inclusivos para as pesso-as com deficiência, traz benefícios concretos de acessibilidade, usabilidade e conforto para todos os cidadãos.

ONEDEFNo início dos anos 80, durante o processo

da constituinte os movimentos sociais contri-buíram decisivamente na democratização do nosso país. Esta democratização passa neces-sariamente pelo controle social, e sociedade or-ganizada tem finalmente o importante papel na formulação, deliberação, monitoramento, ava-liação e financiamento das políticas públicas.

É neste contexto que no dia 21 de setem-bro de 1982 o movimento das pessoas com deficiência em um grande encontro de todas as entidades nacionais decide criar o dia Na-

das pessoas com deficiência e o consequente respeito, dignidade e autonomia que o seg-mento busca para realizar sua concreta inclu-são social neste País. A AMPID através de suas ações e de seus associados, nas suas atribuições como membros do Ministério Público, busca cotidianamente realizar ações em prol da in-dependência e dignidade dessas pessoas com impedimentos físicos, sensoriais, intelectuais e mentais. E nossa participação no Conade é mais um passo nessa missão de respeito à di-versidade. Façamos assim deste 21 de setembro mais um dia de labuta por melhores e mais in-clusivos dias para as pessoas com deficiência.

APABB“Todos os dias são ‘dias de luta’ para as pes-

soas com deficiência! E no dia 21 de setembro, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Defi-ciência, pelo anúncio da Primavera e por ser o Dia da Árvore, temos um símbolo muito bonito das justas reivindicações pela Cida-dania e Justiça e pela participação plena com igualdade de condições e contra a discrimina-ção e o preconceito. Este dia deve servir para reconhecer os avanços na política nacional das pessoas com deficiência e, ao mesmo tempo, é o momento para refletir, articular, inovar e construir novos caminhos para avançar por uma inclusão social plena de acessibilidade. A Sociedade precisa perceber que o desenvol-vimento sustentável demanda acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência em todos

os níveis. A Sociedade deve tomar para si uma luta que é de todos os

cidadãos, e essa luta deve ramificar e se espalhar

como as árvores e florir inten-samente como a Primavera, a n u n c i a n d o novos tempos.

A luta é grande! Vamos a ela!”

FEBRAPEMAcreditamos que con-

seguiremos fazer com que a luta pelos direitos da pes-

soa com deficiência seja uma luta, não das pessoas com de-

ficiência, mas sim uma luta da sociedade como um todo.

Somente quando todos entendermos que deficiência pode atingir qualquer um, a qual-quer momento, é que teremos realmente uma

Nº 2 | Set | 2013 Boletim Informativo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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www.facebook.com/ConadeBR Nº 2 | Set | 2013

cional de Lutas das Pessoas com Deficiência, 23 anos depois através da Lei nº 11.133/2005 se institui o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência.

É importante resgatarmos estes momentos da história para podermos entender como o movimento das pessoas com deficiência avan-çou. É certo que muitos destes direitos ainda se encontram apenas no papel, mas não pode-mos negar que hoje as pessoas com deficiência são os protagonistas de suas histórias. Somos 24% da população brasileira, mas o que temos que ter em mente é que somos parte dos 100% da população, e é com este ideal que o movi-mento das pessoas com deficiência caminha para garantir a nossa cidadania.

Atividades pelo Brasil!Amapá - O Dia Nacional de Luta da Pessoa

com Deficiência, 21 de setembro, será come-morado no Amapá com uma programação que inclui ações sociais, show e caminhada. Será uma semana de atividades que iniciam na segunda-feira (16), às 8h, no Teatro das Ba-cabeiras, no Centro de Macapá. Com o tema “Sou diferente, e daí?” a ideia da Secretaria de Estado da Educação (Seed), organizadora da programação, é buscar melhorias na inclusão da pessoa com deficiência. A data foi escolhi-da devido à proximidade com a primavera e o Dia da Árvore, numa representação do nasci-mento das reivindicações de cidadania e parti-cipação plena em igualdade de condições.

Bahia - Feira de Santana sedia o “I Fórum de debates sobre o Atendimento educacional Especializado” no dia 20 de setembro, uma ação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Ceará - Na semana de luta das pessoas com deficiência, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde do Estado realiza nesta quarta-feira (18), o “Seminário Saúde da Pes-soa com Deficiência – Rede de Cuidados”, que reunirá 120 gestores, profissionais de saúde e representantes de organizações da sociedade civil no auditório Waldir Arcoverde, da Sesa. Durante o seminário será apresentada a pro-posta de organização da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do Ceará. No sábado (21), uma caminhada na Avenida Beira Mar, com concentração às 14h30min na Avenida Rui Barbosa, marcará o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência.

A Secretaria do Trabalho e Desenvolvi-mento Social (STDS) e do Instituto de De-senvolvimento do Trabalho (IDT), realiza 19 a 27 de setembro, uma série de atividades dedicadas ao trabalhador com deficiência. Na quinta-feira (19), na Unidade Central do Sine/IDT, em Fortaleza, ocorreu o “Mutirão da Inclusão”, com oferta de empregos para os profissionais com deficiência e o Laboratório de Inclusão da STDS promoverá, no auditó-rio da pasta, o III Arte com Acessibilidade, com o tema “Inclusão Qualitativa: uma recei-ta que vem dando certo”.

Maranhão - Com o slogan “Derrubando os muros da exclusão!” estarão ocorrendo entre os dias 16 e 21 de setembro diversas atividades no estado, com participação de di-versas entidades públicas e da sociedade civil!

Mato Grosso - Realizada pela Gerência de Gestão de Qualidade e Produtividade ou Serviço Social do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso sob a coordenação de Aureniza Ferreira dos Santos, a Semana da Luta da Pessoa com Deficiência começou na quarta-feira (18) e vai até a próxima sexta-feira (20) com programação no Auditório do órgão.

Pará - A Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer ( Sejel), de Belém, prepa-rou uma programação inédita para come-morar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, unindo em um mesmo evento esporte, lazer e cidadania. O “Supera Belém” vai reunir atletas e não atletas, pessoas com e sem deficiência, crianças, jovens e adultos em uma prova de 10 quilômetros, chamada de Circuito Vida. O “Circuito Vida” não será uma caminhada ou corrida, será uma opor-tunidade de integração e superação para cada um dos participantes, divididos em equipes de 10 integrantes cada uma.

Paraíba - A Semana de Luta da Pessoa com Deficiência em João Pessoa visa promo-ver a causa do deficiente físico procurando oferecer visibilidade e garantir os direitos dessa parcela da população. A Asdef, junta-mente com outras instituições voltadas para a causa, está envolvida diretamente com a organização e planejamento do evento, que aproveita a celebração do Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência no dia 21.

O Núcleo de Apoio às Pessoas com Neces-sidades Especiais (Napne) do Campus João Pessoa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) vai realizar a Semana de Inclusão entre os dias 16 e 20 de setembro. Com o tema “Eu pos-so! Vamos juntos?”, a programação é extensa envolvendo servidores e estudantes. O Napne espera a participação de toda a comunidade, inclusive externa ao Instituto.

Na quinta-feira (19) às 15h30, a Ouvidoria Geral da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), através do vereador e ouvidor da Casa, Marmuthe Cavalcanti (PT do B), re-alizou Audiência Pública alusiva ao dia Na-cional de Luta das Pessoas com Deficiências, e contou com a presença de Secretários Mu-nicipais, representantes de Órgãos Públicos, pais, professores, funcionários e alunos de entidades ligadas a essas pessoas.

Paraná - A Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba, rea-lizará no dia 21 de setembro, a 5ª edição do Dia da Cidadania Especial. Este é um evento que consta no calendário da Prefeitura e este ano estará celebrando o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. Estão previstas entre as várias atividades, palco com apresen-tações culturais, jogos de mesa, aula de ginás-tica, orientação de benefícios previdenciários, orientação vocacional, teste de glicemia.

Piauí - A Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), em parceria com a Coordenadoria Estadual da Juventude (Cojuv), está organizando uma programação especial para comemorar a passagem do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Com atividades esportivas, artísticas e cultu-rais, a comemoração será realizada no próxi-mo dia 21 de setembro, sábado, na Nova Po-tycabana, com a presença de representantes de diversos segmentos da área da pessoa com deficiência, além de familiares e autoridades.

Rio de Janeiro - Na segunda-feira (16), co-meçaram as ações da Semana de Luta da Pessoa com Deficiência em Cabo Frio, Região dos La-gos do Rio de Janeiro. As atividades começaram pela manhã, com uma caminhada. A concen-tração foi na Praia do Forte, e do local os parti-cipantes foram em direção ao centro da cidade.

Roraima - O Dia Nacional de Luta da Pes-soa com Deficiência, 21 de setembro, será celebrado em Boa Vista com uma programa-ção especial. A primeira atividade alusiva à data ocorreu na quinta-feira (19) na escola municipal Raimundo Eloy Gomes, no bairro Conjunto Cidadão, zona Oeste de Boa Vista.

São Paulo - Mogi das Cruzes sedia estará realizando atividades entre os dias 16 e 21 de setembro! Ocorrerão palestras, apresenta-ções e workshop!

O Fórum Paulista de Entidades das Pessoas com Deficiência iniciativa, que marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro), reunirá organizações, mili-tantes e autoridades nesta sexta, 20/09, na Ala-meda das Flores, região da Paulista, das 13h às 17h. Como fruto da manifestação promovida em agosto, em São Paulo, pelo Movimento Paulista dos Direitos das Pessoas com Defici-ência, nasce agora o Fórum Paulista de Enti-dades das Pessoas com Deficiência, cujo lan-çamento está marcado para essa sexta-feira, 20 de setembro, na Alameda das Flores 1330, na região da Avenida Paulista, das 13h às 17h.

O Centro Cultural São Paulo realiza uma sé-rie de eventos voltados à acessibilidade duran-te o mês em questão. As atividades iniciaram no sábado, 7, e continuam até o dia 29. A en-trada é Catraca Livre para toda programação.

A Secretaria Municipal de Ação Social e Ci-dadania de Salto promove no dia 21 de setem-bro, às 19 horas, diversas atividades em come-moração ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. Realizado pela Coordenado-ria da Pessoa com Deficiência, o evento acon-tece na Sala Palma de Ouro do Centro de Edu-cação e Cultura “Anselmo Duarte”, que fica na Rua Prudente de Moraes, nº 580, Centro. O atleta brasileiro Antônio Tenório da Silva, único tetracampeão paralímpico consecutivo de Judô para deficientes visuais, irá contar seu depoimento durante o evento.

Sergipe - O Conselho Estadual dos Di-reitos da Pessoa com Deficiência estará orga-nizando atividades entre os dias 16 e 26 de setembro, em parceria com 13 municípios! A abertura ocorreu no dia 16 de setembro no município de Lagarto!

Page 6: Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

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Nº 2 | Set | 2013 Boletim Informativo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

O Conselho Nacional dos Direi-tos da Pessoa com Deficiência (Conade) realizou, no mês de agosto, a sua 87ª reunião ordi-

nária, estendendo-a aos conselhos munici-pais e estaduais. O Secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Za-queu Teixeira, abriu a sessão anunciando a pactuação do Estado ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver Sem Limite. O Termo de Adesão deve ser assinado no dia 17 de setembro, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras.

“A secretaria está construindo, junto à Se-cretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a Adesão Coletiva do Plano Viver Sem Limite. É um esforço para que o estado inteiro vivencie em seu cotidiano a questão da acessibilidade e da integração to-tal das cidades com a pessoa com deficiência”, declarou o secretário Zaqueu Teixeira.

O objetivo desta reunião ampliada, segun-do o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, além de cumprir com a delibe-ração das normas legais que regem o conselho em suas prorrogativas, é promover a aproxi-mação dos Conselhos Estadual e Municipais.

“Na elaboração do nosso plano estratégico anual, definimos a necessidade de uma reu-nião descentralizada, com a intenção de apro-ximar e estimular os conselhos. Além disso, escolhemos o Rio de Janeiro como sede pela relevância de um dos temas que serão discu-tidos hoje à tarde, relacionando às ações de fomento à acessibilidade nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016”, destacou Ferreira.

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) também pro-moveu, por meio do Conselho Estadual para a Política de Integração das Pessoas Portado-ras de Deficiência (CEPDE), a capacitação de gestores e técnicos, para o fortalecimento dos 92 Conselhos Municipais que atuam na área em parceria com o CEPDE, de acordo com o presidente do conselho, Marcio Rodrigues.

A reunião teve como palco o a sede da OAB-RJ. Representando a entidade, Luís Cláudio Pontes destacou que a entidade tem compromisso com as políticas para pessoas com deficiência.

O presidente do conselho estadual, Marco Castilhos apoiou a iniciativa do Conade em estar em diálogo com conselhos municipais e estaduais, pois esta ação fortalece o controle social e as políticas públicas.

Estiveram na reunião os representantes dos municípios de Duque de Caxias, Carmo, Niterói.

Reunião descentralizada do Conade

Novo modelo de Avaliação dos Benefícios por incapacidade no

âmbito do INSS

Sergio Antonio Martins Carneiro, diretor

de saúde do

trabalhador – INSS

“Articular a segu-ridade social com outras políticas inter-setoriais no âmbito da saúde do trabalha-

dor e analisar os processos de adoecimento é o nosso desafio. Transparência na utilização dos critérios, humanização, busca de diversas fontes de informação qualificam a perícia. O que pode qualificar uma boa perícia não é o perito indivi-dualmente, e sim o quanto ele possui informa-ções. Se ele tiver mais informações desse segu-rado, com certeza ele vai estar mais seguro para tomar juízo em relação a suas decisões. Esta é a transição que estaremos fazendo, de um mode-lo medico, para um modelo social que leva em conta a funcionalidade.”

Acessibilidade na telefonia

Karla Crosara Ikuma Rezende, Gerente de

Universalização

e Ampliação do

Acesso – ANATEL

“Há necessidade de atuação governamen-tal para que sejam oferecidos produtos,

serviços com custo reduzido. Outras questões que estamos conversando na Anatel é que hoje a gente vislumbra vários dispositivos voltados à acessibilidade nas telecomunicações, só que espalhados em vários regulamentos diferen-tes. Isso dificulta o acesso organizado e de fá-cil compreensão para toda população. Então a curto e médio prazo a gente já tá trabalhan-do num regulamento que faça uma compila-ção de todos esses direitos e um regulamento só pra facilitar exatamente a identificação de quais são os direitos relativos à acessibilidade no nosso setor de telecomunicações. Estamos também trabalhando numa construção de mo-delo de orelhões com novos funcionalidades, aí seriam funcionalidades multimídias, talvez ou com teclados pra acessar a internet, ou com a possibilidade inclusive de ter o Wi Fi embutido no terminal justamente pra se dar novas fun-cionalidades e multimídias que são mais aces-síveis pra se poder então estar sendo utilizado pela população com deficiência, inclusive.”

Acessibilidade na Rio 2016

Augusto Fernandes, Coordenador de

Acessibilidade

“Estamos buscando a melhoria da acessi-bilidade dos pontos turísticos, educação profissional e treina-mento pra pessoas com deficiência, incentive a participação de pessoas com deficiência no programa de volun-taries, recrutamento de pessoas com deficiên-cia pra fazer parte do time 2016 e estimular o desenvolvimento da produção de uma gama de produtos voltados ao segmento são algumas de nossas iniciativas.”

Mesa de abertura da reunião

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Ações de empregabilidade – MTE

Fernanda Cavalcante, Conselheira Titular,

Auditora Fiscal do

Trabalho

O Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, por compe-tência determinada no § 2º do art. 93 da Lei nº 8.213, de 1991, combinado com o § 5º do art. 36 do Decreto nº 3.298, de 1999, é o único órgão responsável pela geração de estatísticas sobre o trabalho das pessoas com deficiência e pela fiscalização do cumprimento da cota legal, por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho, além da intermediação de mão de obra por meio do Sistema Nacional de Emprego – SINE.

As estatísticas relacionadas ao trabalho de pessoas com deficiência são divulgadas anu-almente por meio do Boletim da RAIS, divul-gado no sítio eletrônico do MTE.

O Projeto de Fiscalização para a Inserção de Pessoa com Deficiência no Mercado de Traba-lho é projeto obrigatório, desenvolvido pelas coordenações regionais nas 27 SRTE do Brasil, que fazem a articulação com os demais par-ceiros com vistas à inclusão com qualidade da pessoa com deficiência no mercado de traba-lho e atingir o objetivo maior da política afir-mativa do Estado Brasileiro que é a promoção da igualdade de oportunidades para todos, com a eliminação de todas as formas de dis-criminação e a promoção do bem estar social.

No início de 2006, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) assume a coordenação das atividades de fiscalização relacionadas ao cum-primento de cotas de pessoas com deficiência. A partir de 2005, os resultados da fiscalização passam a ser lançados em campo especifica-mente criado para o tema no Sistema Federal de Inspeção do Trabalho (SFIT), gerando um estatísticas específicas sobre a inclusão de pes-soas com deficiência no mercado de trabalho sob a ação direta da fiscalização. No primeiro ano, foram inseridas, sob ação fiscal, 12.786 pessoas com deficiência no mercado de traba-lho; em 2006 um total de 19.978 trabalhado-res, em 2007, mais 22.314, em 2008, 26.449; em 2009, 26.449; em 2010, 28.752; em 2011, 34.395; em 2012, mais 35.420; e até agosto de 2013 outros 26.795 trabalhadores com defici-ência pela ação direta da fiscalização do traba-lho. No período de 2005 a agosto de 2013 tota-lizamos 232.733 trabalhadores com deficiência adentraram no mercado formal de trabalho. No período de 2011 a agosto de 2013, mais de

22 mil ações fiscais foram realizadas visando especificamente o cumprimento da cota legal.

O turista com deficiência

Priscila Cavalcante Grintzos, Coordenação-

Geral de

Segmentação

O Ministério do Turismo, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a UNESCO, realizou “Estudo do Perfil de Demanda da Pessoa com Deficiência”. O Estudo é resultado de uma das metas do Programa Turismo Acessível lançado em novembro de 2012 pelo Ministério do Turis-mo em parceria com a Embratur e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

A pesquisa realizada pela empresa CP2 Pes-quisas, de 13 a 20 de maio de 2013, nos cinco principais centros emissores de turistas brasi-leiros, utilizou-se do método de discussão com grupos focais e entrevistas em profundidade e teve por objetivo identificar as características, comportamentos de consumo e necessidades dos turistas com deficiência (reais e poten-ciais), conhecendo suas percepções em relação à infraestrutura e ao atendimento nas cidades, as barreiras e empecilhos para a realização de viagens, suas expectativas e seus relatos de ex-periências positivas e negativas.

Foram pesquisados dois grupos distintos de pessoas com deficiência: os chamados turistas “reais” e turistas “potenciais”, que re-sidem atualmente nas cidades de Belo Hori-zonte, São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Curitiba (cinco principais centros emisso-res de turistas brasileiros). Os turistas “reais” são aqueles que viajaram a lazer para algum destino turístico brasileiro nos últimos 12 meses. Já os turistas “potenciais” são aque-les que não viajaram no último ano, mas que pretendem viajar a lazer para algum destino turístico nos próximos 12 meses. Ressalta-se ainda que, na composição dos grupos, procu-rou-se contemplar os 4 tipos de deficiências: visual, auditiva, física e intelectual.

Principais ResultadosHábitos de Mídia: Verifica-se que a inter-

net é o principal canal de comunicação utili-zado pela pessoa com deficiência: é utilizada por todos os pesquisados e o tempo gasto navegando varia entre 1 a 16 horas por dia.

Planejamento das Viagens: Nota-se que a pessoa com deficiência procura realizar um

planejamento para sua viagem com maior frequência que as pessoas sem deficiência. Os motivos para tanto variam desde a minimiza-ção na ocorrência de imprevistos e custos até a sensação de maior “segurança” que o plane-jamento permite.

Canais de Comercialização utilizados: Ve-rifica-se uma preferência pela utilização de pacotes ofertados por agência/operadora de viagens ou por viagens organizadas por gru-pos de trabalho/associações/igrejas por estes oferecerem maio segurança em caso de im-previstos durante a viagem. Aqueles que são autoguiados, ou seja, que contratam direta-mente o produto/serviço turístico, possuem uma característica recorrente: o fazem sem-pre por intermédio de um amigo ou parente sendo o primeiro um ator considerado muito importante no planejamento das viagens, já que geralmente viajam acompanhados.

A escolha do destino: A pesquisa mostra que o turista com deficiência considera também, além da acessibilidade, os preços competitivos, a existência de locais com aspectos históricos e culturais interessantes e singulares, gastro-nomia típica, as paisagens raras, condições do transporte local para a escolha do destino.

Disponibilidade de informações sobre estes locais:- Os pesquisados reforçam a percepção de que as informações disponíveis sobre os locais para os quais gostariam de visitar não são suficientes e não têm o detalhamento ne-cessário. Para eles é difícil encontrar informa-ções tanto sobre a estrutura física de hotéis, restaurantes e pontos turísticos – como por exemplo, a existência de rampas e adaptação dos espaços para acesso de cadeira de rodas – como sobre existência de pessoal qualificado para atender pessoas com deficiência.

Duração das viagens realizadas: Maior parte dos entrevistados costuma realizar viagens com duração média de uma semana, sendo que a frequência gira em torno de 2 a 4 vezes ao ano.

Conselhos Participantes

Estadual:

• Rio de Janeiro.

Municipais:

• Tanguá;• Itaboraí;• Duque de Caxias;• Niterói;• Mesquita;• São João do Meriti;• Nilópolis;• Petrópolis;• Rio de Janeiro.

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Nº 2 | Set | 2013 Boletim Informativo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Representantes de 20 estados e de 13 muni-cípios participaram, na manhã desta segunda-feira (2), da reunião do Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência (Conade), na sede da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), em Brasília. O ob-jetivo do encontro é aproximar o Conade dos demais conselhos locais, além da apresentação das ações do Plano Nacional da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite.

O secretário nacional de Promoção dos Di-reitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José

Encontro de ConselhosRepresentantes de 33 conselhos estaduais e municipais do Conade se reúnem em Brasília

Ferreira, abriu o encontro e considerou bastan-te positivo o número de conselheiros presentes. “Tivemos uma conversa essencial para articu-lação da rede de conselhos na perspectiva de fortalecer a política da pessoa com deficiência e o monitoramento do Plano Nacional Viver sem Limite”, afirmou.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Joinville (Comde), Sérgio Celestino Pereira, considerou o encontro importante para o conhecimento das políticas, mas lamentou o pouco tempo

Imagem panorâmica do encontro

para conhecer as ações de todos os outros con-selhos presentes. “São muitos conselhos para conhecermos, ações bem sucedidas e políticas que poderiam ser copiadas”.

Presidindo o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Roraima (COE-DE/RR), a socióloga Maria das Dores Pereira ra-tificou a importância da aproximação do Conade junto aos conselheiros estaduais. “Nosso con-selho é recente e hoje percebemos a quantidade de informações que precisamos de outros esta-dos e municípios para pensarmos nossas ações”.

REGIÃOSUDESTE

MG – 27 (3,1%)SP – 122 (18,9%)RJ – 34 (36,9%)ES – 16 (20,5%)Total: 199 (10,1%)

REGIÃONORDESTE

BA – 24 (5,7%)SE – 8 (10,6%)PE – 22 (11,8%)PI – 22 (9,9%)MA – 14 (6,4%)CE – 29 (15,7%)RN –7 (4,1%)PB – 9 (4%)AL – 2 (1,9%)Total: 137 (7,6%)

REGIÃO NORTE

TO – 7 (5%)AM – 1 (1,6%)PA – 6 (4,1%)RR – 0 (0%)RO – 5 (9,6%)AC – 1 (4,54)AP – 0 (0%)Total: 19 (4,2%)

REGIÃO CENTRO-OESTEGO – 34 (13,8%)MT – 6 (4,3%)MS – 7 (8,9%)Total: 47 (10,1%)

REGIÃO SULSC – 16 (7,2%) PR – 29 (5,4%)RS – 60 (12%)Total: 105 (8,8%)

Conselhos Municipais no Brasil:

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Protocolo Nacional Conjunto para a Proteção Integral a Crianças e Adolescentes, Pessoas Idosas e Pessoas com Deficiência em Situação de Riscos e Desastres

O Brasil vem enfrentando, nos últimos anos, um número significativo de altera-ções climáticas e desastres naturais que pro-vocam risco à população, sobretudo àquelas que, nessas situações, se encontram mais vulneráveis ao acometimento de violações de direitos.

Em meio a esse contexto, o Protocolo Na-cional Conjunto foi construído pela Secreta-ria de Direitos Humanos da Presidência da República em parceira com o Ministério da Integração com o foco na proteção integral de crianças e adolescente, pessoas idosas e pessoas com deficiência – sujeitos de direitos que necessitam de uma atenção diferenciada nos momentos de riscos e desastres.

O Protocolo consolida ações transversais e intersetoriais dentre as diversas políti-cas públicas no âmbito nacional, estadual, distrital e municipal. Tem como objetivo orientar os agentes públicos, a sociedade ci-vil, o setor privado e as agências de coope-ração internacional que atuem em situação de riscos e desastres no desenvolvimento das fases de preparação, prevenção, respos-ta e recuperação.

Uma das diretrizes do Protocolo é o for-talecimento das capacidades locais e con-trole social, fundamentais para a constitui-ção de espaços de participação dos usuários no diálogo com o poder público, com vistas a garantir padrões mínimos de proteção a

Portaria Interministerial nº 02 de 06 de dezembro de 2012crianças e adolescentes, pessoas idosas e pessoas com deficiência em situações de riscos e desastres.

Para tanto, o envolvimento de todos os Conselhos de Direito das Pessoas com De-ficiência torna-se imprescindível, visto que representam um importante canal de divul-gação e ampliação do alcance das orienta-ções e diretrizes presentes no Protocolo.

Link de acesso ao Protocolo: http://

www.sdh.gov.br/assuntos/direito-para-to-

dos/legislacao

Ana Luísa Coelho MoreiraCoordenadora de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência

R epresentantes e integrantes dos conselhos vinculados à Secretaria de Direitos Humanos da Presi-dência da República (SDH/PR),

participaram, na última segunda-feira (2), no Palácio do Planalto, em Brasília, do IV Fó-rum Interconselhos.

Presente no evento, o Secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos e presidente do Conselho Nacional do Idoso, Biel Rocha, ressaltou a importância do for-talecimento dos conselhos. De acordo com o secretário, o diálogo com estas instituições é fundamental para a construção das políti-cas públicas que compreendem demandas de segmentos como população em situação de rua, idosos e população LGBT.

A Ministra do Planejamento, Miriam Bel-chior, apresentou o relatório das agendas transversais 2012-2015. O documentos traz um balanço das políticas do governo federal para Juventude, Mulheres, Igualdade Racial, População LGBT, População de Rua, Crian-ça e Adolescente, Idosos, Deficientes e Po-vos Indígenas, a partir dos Planos Plurianu-ais implementados no país desde 2004.

Participaram ainda do fórum representan-tes do Conselho Nacional do Idoso (CNDI); Conselho Nacional contra a Discriminação

• José Antonio Ferreira Freire (CBDV)• Wilson Roberto Gomiero (FEBRAPEM)• Ester Alves Pacheco Henriques (FENASP)• Adinilson Marins dos Santos (FENAPAE)• Pedro Leonardo da Luz Loss (APABB)• Isaias Dias (CUT)

Assessoria de Comunicação Social

LGBT (CNCD-LGBT); Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Co-nade) e o Conselho Nacional da Criança e Adolescente (CONANDA).

Representantes do Conade no evento:

• Carmem Lúcia Lopes Fogaça (ONEDEF)• Janilton Fernandes Lima (CNC)

Agendas transversais dos conselhos são debatidas em Brasília

Conselheiros do Conade no encontro

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Nº 2 | Set | 2013 Boletim Informativo do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Durante três dias, 150 representantes de Conselhos da Pessoa com Deficiência de todo o Estado, participaram do Semi-nário que discutiu os avanços e desafios da pessoa com deficiência na Paraíba. O evento, promovido pelo Governo do Esta-do, através da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de deficiência( FU-NAD), teve como objetivo, qualificar os Conselheiros dos Direitos da pessoa com Deficiência no Estado e debater sobre a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Plano Viver Sem Limites, as ações já implementadas na Paraíba, a política de controle e os desa-fios na estruturação dos conselhos, como espaço de articulação política e participa-ção social. Segundo Rosa Helena Vascon-celos, Coordenadora do Núcleo de Educa-ção Permanente da FUNAD o evento é de grande importância. “Espera-se que com essa formação sejam aprofundados os de-bates sobre direitos humanos, controle so-cial, avanços e desafios dos Conselhos De Direitos Da Pessoa Com Deficiência, de modo que possam atuar com efetividade”.

Seminário na Paraíba

O Conade definiu o processo de

monitoramento das ações da con-

ferência nacional dos direitos da

pessoa com deficiência. O processo

envolverá publicação impressa das

deliberações, que será enviado a to-

dos os conselhos estaduais e muni-

cipais, bem como gestores da políti-

ca da pessoa com deficiência.

O monitoramento envolverá duas

etapas. A primeira envolve a tabu-

lação de todas as propostas, ana-

lisando sua constitucionalidade. A

partir disso, as comissões estarão

identificando a responsabilidade

(pública, privada, sociedade civil),

Monitoramento da 3ª Conferência Nacionalo âmbito (federal, estadual ou mu-

nicipal), o poder (executivo, legisla-

tivo, judiciário, ministério público),

o órgão específico e o território de

abrangência. A partir disso serão

definidos os encaminhamentos de

cada uma das propostas, que pode-

rá ser um ofício, reunião ou seminá-

rio, por exemplo.

“Queremos que na próxima con-

ferência possamos ter os elementos

necessários para uma avaliação con-

sistente e madura de tudo que foi

aprovado e assim, dar uma resposta

à sociedade” destacou o presidente

do Conade Antonio José Ferreira.

Conade no Fórum Mundial de Direitos Humanos

O Conade estará realizando ativi-dade com conselhos estaduais e municipais durante o Fórum Mundial de Direitos Humanos.

O FÓRUM MUNDIAL DE DIREITOS HUMANOS – FMDH acontecerá em Bra-sília, no período de 10 a 13 de dezembro de 2013. O FMDH é uma iniciativa da Secre-taria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR, com o objetivo de promover um espaço de debate público so-bre Direitos Humanos, no qual serão trata-dos seus principais avanços e desafios com foco no respeito às diferenças, na partici-

pação social, na redução das desigualdades e no enfrentamento a todas as violações de direitos humanos.

O FMDH será um espaço de debate pú-blico sobre Direitos Humanos, no qual serão tratados seus principais avanços e desafios com foco no respeito às diferenças, na par-ticipação social, na redução das desigualda-des e no enfrentamento a todas as violações de direitos humanos. Concebido para apro-ximar e integrar pessoas e organizações, o FMDH será composto por conferências, de-bates temáticos e atividades autogestionadas.

Para saber mais: http://fmdh.sdh.gov.br

Reuniões Ordinárias

OUTUBROREUNIÃO: 88ª Reunião PlenáriaDatas: 17 e 18Local: Sala do Plenário (10º andar)

Brasília-DFHorário: 9h às 19h

DEZEMBROREUNIÃO: 88ª Reunião PlenáriaDatas: 12 e 13Local: Sala do Plenário (10º andar)

Brasília-DFHorário: 9h às 19hEncontros Regionais

Calendário de Eventos!Encontros | Seminários

OUTUBROENCONTRO: Regional NordesteDatas: 03 e 04Local: Recife-PEHorário: 9h às 18h

NOVEMBROENCONTRO: Regional Centro-OesteDatas: 21 e 22Local: Goiânia-GOHorário: 9h às 18h

ENCONTRO: Fórum Mundial de Direitos Humanos

Datas: 10 a 13Local: Brasília-DFHorário: 9h às 18h