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Governos Federal e Estadual se omitem e contribuem para agravar situação 19 de Fevereiro 2016 | nº 190 RLAM Rotina de acidentes expõe falência do modelo gerencial na Rlam. JURÍDICO Sindipetro ajuíza ação para garantir a RMNR para todos. Pág.2 Pág. 3 O desmonte da Petrobrás já é uma triste realidade na Bahia. A empresa informou ao sindicato que encerrará todas as suas atividades nas sondas de perfuração no estado, assim como reduzirá o número de Sondas de Produção Terrestre (SPT). A notícia foi dada na terça-feira, 16/02, em reunião com a gerência da CPT, Queiroz, Newton e Wildes e a direção do Sindipetro Bahia, representada pelos diretores Alcimar Sacramento, Jorge Mota e Radiovaldo Cos- Sondas de Produção Terrestre – haverá uma redução das 20 atuais, para 17. Sondas de perfuração – As sondas da Petrobras 105 e 116, já estão paradas. Existe uma possibilidade de, a partir de julho, a volta da sonda 109 para iniciar uma campanha. Já com relação às sondas contratadas, as duas sondas HK, operadas pela Lupatech, vão encerrar suas atividades em 15 de março. Com isso, pela primeira vez na história da Petrobrás na Bahia, o estado vai ficar sem nenhuma sonda de perfuração (própria ou contratada), em operação. Leia continuação da matéria na pág. 02 De 20 a 28/02, reafirme seu compromisso com quem realmente representa os trabalhadores. Converse com o seu colega de trabalho, seja ele de turno ou do administrativo, esclareça sobre a importância de eleger Deyvid Bacelar e Bob Ragusa para dar continuidade à luta contra o desmonte da Petrobrás. www.deyvidbacelar.com.br O desmonte da Petrobrás VOTE NA DUPLA 1010 TAMBÉM NO 2º TURNO ta. O Sindipetro Bahia denuncia a omissão e insensibilidade da direção da Petrobrás e dos governos Federal e Estadual, que co- locaram de lado a responsabilidade social, prejudicando centenas de trabalhadores e dezenas de municípios baianos. diálogo JORNAL JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA anos Resgatando o passado para construir o futuro

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Governos Federal e Estadual se omitem e contribuem para agravar situação

19 de Fevereiro 2016 | nº 190

RLAM Rotina de acidentes expõe falência do modelo gerencial na Rlam.

JURÍDICOSindipetro ajuíza ação para garantir a RMNR para todos.

Pág.2 Pág. 3

O desmonte da Petrobrás já é uma triste realidade na Bahia. A empresa informou ao sindicato que encerrará todas as suas atividades nas sondas de perfuração no estado, assim como reduzirá o número de Sondas de Produção Terrestre (SPT).

A notícia foi dada na terça-feira, 16/02, em reunião com a gerência da CPT, Queiroz, Newton e Wildes e a direção do Sindipetro Bahia, representada pelos diretores Alcimar Sacramento, Jorge Mota e Radiovaldo Cos-

Sondas de Produção Terrestre – haverá uma redução das 20 atuais, para 17.

Sondas de perfuração – As sondas da Petrobras 105 e 116, já estão paradas. Existe uma possibilidade de, a partir de julho, a volta da sonda 109 para iniciar uma campanha. Já com relação às sondas contratadas, as duas sondas HK, operadas pela Lupatech, vão encerrar suas atividades em 15 de março. Com isso, pela primeira vez na história da Petrobrás na Bahia, o estado vai ficar sem nenhuma sonda de perfuração (própria ou contratada), em operação.

Leia continuação da matéria na pág. 02

De 20 a 28/02, reafirme seu compromisso com quem realmente representa os

trabalhadores. Converse com o seu colega de trabalho, seja ele de turno ou do

administrativo, esclareça sobre a importância de eleger Deyvid Bacelar e Bob Ragusa

para dar continuidade à luta contra o desmonte da Petrobrás.

w w w . d e y v i d b a c e l a r . c o m . b r

O desmonte da Petrobrás

VOTE NA DUPLA 1010TAMBÉM NO 2º TURNO

ta. O Sindipetro Bahia denuncia a omissão e insensibilidade da direção da Petrobrás e dos governos Federal e Estadual, que co-

locaram de lado a responsabilidade social, prejudicando centenas de trabalhadores e dezenas de municípios baianos.

diálogoJ O R N A L

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA

anos

Resgatando o passado para construir o futuro

19 de Fevereiro 2016 | nº 190 anos

diálogoJ O R N A L 2

DESMONTE DA PETROBRÁS

RLAM

Sindipetro repudia decisão

Rotina de acidentes expõefalência do modelo gerencial

A direção do Sindipetro Bahia externou o seu repúdio em relação à decisão da em-presa de encerrar as operações nas son-das de perfuração. Mesmo entendendo a realidade do preço internacional do barril do petróleo, é contra essa medida que penaliza os trabalhadores terceirizados com demissões e contribui com o enfra-quecimento da Petrobrás como empresa pública, numa atividade de extrema im-portância para Bahia e para os municípios do recôncavo.

O Sindipetro já recorreu ao governo do estado da Bahia, ao governo Federal, realizou e participou de audiências na As-sembleia Legislativa, na União dos Prefei-tos da Bahia e CREA, não obtendo êxito. A nossa entidade sindical também colo-cou nas ruas de Salvador uma campanha pela permanência dos campos terrestres na Bahia, denunciando o vice-governador do estado, Otto Alencar, que manifestou seu apoio à entrega desses campos a ini-ciativa privada.

Como se não bastasse o comporta-mento do governador do estado, Rui Cos-ta, de “lavar as mãos” em uma questão tão crucial para a economia da Bahia, ago-ra nos deparamos com a nova postura da presidente Dilma, que, pressionada, come-ça a admitir a entrega de parte do pré-sal às petrolíferas multinacionais.

Essa medida também prejudica os trabalhadores (as) da Petrobrás, gerando insegurança e prejuízos como as provoca-das pela mudança de regime de trabalho entre outros.

Como na reunião participou também a gerência da Lupatech, os representantes da empresa presentes, informaram que com a decisão da Petrobras em relação às sondas HKs, a Lupatech vai encerrar as atividades na Bahia, demitindo cerca de 344 trabalhadores (as) diretos.

Para o diretor do Sindipetro Bahia, Ra-diovaldo Costa, essa notícia é lamentável, principalmente “em um momento em que precisamos mais do que tudo, preservar os

Omissão, descaso, falta de comprometi-mento com a vida humana. Essas são as premissas que norteiam o comportamen-to de grande parte da gerência da Petro-brás. Na primeira quinzena de fevereiro, houve um risco de acidente na planta de gás natural (UPGN-Catu) e dois aciden-tes na Rlam, nos dias 04 e 12/02 – que deixaram os trabalhadores em alerta, aumentando a sensação de insegurança no ambiente de trabalho. A situação mais preocupante acontece na Rlam devido à péssima gestão na unidade.

O desastroso gerenciamento da RLAM aparece no crescente índice de acidentes registrados ao longo dos anos e já neste começo de 2016: além dos já divulgados pelo sindicato, com sérias ameaças à vida dos trabalhadores e moradores do entor-no da refinaria, ocorreu mais um na U-32 (destilação). O fato foi denunciado à dire-ção do Sindipetro Bahia na sexta (12\02), quando houve um vazamento pela linha de RCF (diesel pesado) da U-32, seguida de flash em isolamento, que foi prontamente debelado pela operação e o pessoal da SI.

Segundo ainda os trabalhadores, que atuaram para evitar um dano maior, foi in-jetado vapor na linha para correção do furo, sem necessidade de ser chamada a brigada.

Outro grave acidente aconteceu na noite de quinta (04\02), por volta das 23h, durante a troca de turno, com chamado de emergência em razão de uma grande nu-vem de gás que cobriu toda a U-6. Segun-do relato dos trabalhadores, o vazamento de gás ocorreu pelo selo d’água do F-672, que baixou e permitiu a passagem do combustível gasoso, que felizmente não

encontrou uma fonte de ignição em at-mosfera com uma mistura ideal. Caso isso ocorresse, poderia haver uma catástrofe não somente nessa Unidade de Craquea-mento, mas também nos seus arredores.

Para o coordenador do sindicato e conselheiro representante dos trabalha-dores no Conselho de Administração (CA), Deyvid Bacelar, a direção da Petrobrás precisa urgentemente proceder a uma criteriosa investigação no que ocorre na RLAM e fazer uma mudança na sua ge-rência.

Boletim Informativodos Trabalhadores do

Sistema Petrobrás

E X P E D I E N T E

Rua Boulevard América 55, Jardim Baiano, Salvador, BahiaCEP 40050-320 – Tel.: 71 3034-9313E-mail: [email protected] – Site: www.sindipetroba.org.br

Diretores de Imprensa: Leonardo Urpia e Paulo César MartinTextos e Edição: Alberto Sobral e Carol de AthaydeEditoração: Márcio Klaudat – Tiragem: 6.000 exemplares – Gráfica: Contraste

empregos”. Ele afirma que “infelizmente esse número de demissões vai ser muito maior, já que por desdobramento dessa medida, trabalhadores (as) das áreas de transporte, alimentação, vigilância e servi-ços especiais, também serão impactados”.

Fica o repúdio da direção do Sindipetro e estaremos acompanhando e prestando todo apoio e assistência aos trabalhadores (as) envolvidos direta e indiretamente. As-

sim como continuaremos cobrando da di-reção da Petrobrás e dos governos Federal e Estadual para que tenham responsabi-lidade social e garantam a manutenção dos empregos através da continuidade da exploração nos campos terrestres. No pró-ximo Diálogo divulgaremos o resultado da reunião com os trabalhadores da COM e CPT, convocada pelo sindicato e que acon-teceu na sede da entidade no sábado, 20.

nº 190 | 19 de Fevereiro 2016anos

diálogoJ O R N A L

3JURÍDICO

POÇOS MARÍTIMOS

ELEIÇÕES CA DA PETROBRÁS

Sindicato ajuíza ação garantindoRMNR para todos trabalhadores

Sindipetro cobra soluçãopara os trabalhadores da CPM

DUPLA 1010 MOSTRA NO DEBATE QUEM REALMENTE DEFENDE A PETROBRÁS E SEUS EMPREGADOS

O Sindipetro ajuizou duas ações traba-lhistas em substituição processual dos trabalhadores, uma contra a Petrobrás (0000115-78.2016.5.05.0007) e outra contra a Transpetro (0000110-32.2016.5.05.0015). Nas referidas ações, o sindicato requer se-jam revistos a forma de cálculo e o paga-

mento das diferenças no complemento da RMNR.

As novas ações visam beneficiar os em-pregados que não estão nas listas de subs-tituídos das ações coletivas em curso e os novos empregados contratados após as ações judiciais que foram ajuizadas em 2011.

SOBREAVISO DA EQUIPE SÍSMICAOutra ação do sindicato diz respeito à reclamação trabalhista em substituição processual de um grupo de trabalhadores no cargo de “técnico de segurança” na atividade de prospecção de petróleo e gás, compondo um grupo de trabalhadores engajados em “equipe sísmica”. Na ação, o sindicato requer o pagamento aos trabalhadores do adicional de sobreaviso, conforme previsão contida na lei do petroleiro e não pago pela Petrobrás.

O processo de terceirização das ativida-des de exploração faz a cada dia novas vítimas. Aqui na Bahia, apesar da luta do sindicato e das reivindicações encami-nhadas ao governo estadual para inter-vir junto à Petrobrás, muitos trabalhado-res da Construção de Poços Marítimos - CPM - estão na iminência de terem

seus postos de trabalho desativados. Os diretores do Sindipetro Bahia, Gil-son Sampaio, Francisco Ramos e André Araújo, diante de tal situação, estiveram reunidos na manhã da segunda (01\02), com o GG José Venâncio, quando cobra-ram explicações e uma solução dada a gravidade dos fatos.

No caso da CPM, três petroleiros já estão realocados na base de Taquipe, trabalhando no almoxarifado. À medida que outras plataformas são atracadas nos “cemitérios” de São Roque do Pa-raguaçu e Base Naval de Aratu, mais trabalhadores serão desembarcados. A previsão é de que cerca de 150 próprios,

sendo 58 técnicos de perfuração, sejam desmobilizados.

No encontro com a Gerência, os dire-tores do Sindipetro cobraram uma alter-nativa para esses trabalhadores, em face da extinção dos postos de trabalho. Leia matéria completa no site do sindicato em www.sindipetroba.org.br

A dupla 1010 deu um show de competên-cia e profissionalismo no debate promo-vido na quarta (17), através da WebTV da Petrobrás, sobre a eleição para o 2º turno do CA e mostrou, com muita clareza, se-gurança e tranquilidade quem realmente defende a Petrobras e seus empregados.

Deyvid Bacelar respondeu a todas as perguntas, acompanhado do seu suplen-

te, Bob Ragusa, ao contrário da candida-ta adversária, que passou boa parte do tempo em silêncio, deixando que o seu suplente tentasse responder ao que era perguntado a ela.

Ao final, a dupla 1010 demonstrou, com muita convicção, sua independência ao governo, ao partido e a administração da empresa, através dos votos de Deyvid

no CA e das ações que foram implemen-tadas no seu mandato por ele e as dire-ções sindicais que o apoiam . Essas ações foram fundamentais na defesa da Pe-trobras e dos empregos dos seus traba-lhadores ao se contrapor aos votos dos demais membros do CA indicados pelo governo e a administração entreguista de diversas gerências da Petrobras.

19 de Fevereiro 2016 | nº 190 anos

diálogoJ O R N A L 4

Após denúncia, gerênciamanda consertar ambulância

Não à exploração das terceirizadas

Acidente na UPGN-Catu

CUT quer debater geraçãode emprego e renda

RLAM

SAÚDE E SEGURANÇA

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Somente após a denúncia dos trabalha-dores e do sindicato de que a ambulância da UTI da RLAM - fato divulgado no jornal Diálogo 189 - estava parada há quase um ano por problemas de “bateria”, mas pa-gando aluguel pelo uso da ambulância da Humana, foi que as gerências saíram da inércia e resolveram solucionar o caso. A informação é de que a empresa Marimar recebeu a ambulância para correção de defeito proveniente da adaptação incor-reta que tinha sido feita.

A direção do Sindipetro e os trabalhado-res esperam que ela funcione o mais rápido possível, pois foi comprada para ser usada e para ajudar a salvar vidas, evitando-se, por exemplo, fatos como o que ocorreu em

MAP

De acordo com a denúncia, o transporte oferecido pela empresa está sempre lotado e a terceirizada informou que não haverá aumento na quantidade de veículos para transportar os trabalhadores. O pior é o risco a que ficam expostos. Na semana passada, por pouco não acontece um incêndio no kit gás do veículo. Que por sinal está com os pneus “carecas”. Eles também reclamam que cada dia o transporte é feito por um motorista diferente que não conhece o campo e suspeitam que não seja uma Kombi da locadora e sim um carro clandestino. Os trabalhadores cobram providências e fiscalização da Petrobras para solucionar este gravíssimo problema.

EXTERRANApós aprovação da proposta considerada insatisfatória do ACT 2015, com reposição de 7% de ganho real, quando a Exterran enviou alguns supervisores para participarem da assembleia e ajudar a aprovar a proposta, a direção da empresa decidiu não assinar o que foi aprovado. Outra assembleia acontece no dia 29/02, às 8h, na sede do sindicato.

BRASITESTOs trabalhadores da Brasitest ainda não receberam o 13º, o ticket alimentação está atrasado, o FGTS não é recolhido e o plano se saúde não funciona, pois ninguém consegue atendimento. Ainda segundo a denúncia, o gerente da Brasitest está liberando o boletim de metragem (BM) sem apresentar os encargos sociais pagos, o que constitui ilegalidade. O Sindipetro está de olho e acompanha essa demanda dos trabalhadores.

Um acidente grave e que poderia cau-sar vítimas ocorreu em pleno domingo de Carnaval (07\02), na planta de gás natural (UPGN-Catu). Felizmente des-sa vez não houve vitimas, mas um dos hidrantes direcionou um jato de água

para o compressor 04 de Propano, que estava em operação, com a presença de água queimou o motor e quase provoca uma tragédia em uma unida-de que circula dois mil metros cúbicos de gás natural. Ninguém se feriu, mas

os trabalhadores relatam que o susto foi enorme e deixou registrado o risco de ocorrência de acidente por falta de medidas de segurança, uma respon-sabilidade dos gestores. Leia matéria completa em www.sindipetroba.org.br

A reforma da Previdência Social não está fechada e o governo está aberto ao diálo-go. Este foi o recado que o governo deu na primeira reunião do Fórum de Debates sobre Emprego, Trabalho e Renda e Pre-vidência Social, realizado nesta quarta--feira, 17, em Brasília. Diálogo foi a palavra que os ministros mais falaram em suas

exposições. O movimento sindical deixou claro que considera essencial o diálogo, mas, reafirmou que o momento é de cri-se econômica e, portanto, não é hora de discutir como dificultar acesso a benefí-cios e, sim, garantir recursos girando na economia.

Para o presidente nacional da CUT,

Vagner Freitas, as alterações na Previdên-cia Social que estão sendo construídas, pelo que dizem os jornais, “não dialogam com a essência do problema que estamos vivendo agora, que é a necessidade de re-tomar o crescimento e gerar de emprego. Isso é o mais urgente agora.” Leia mais em www.sindipetroba.org.br

2005, com o técnico de operação sênior da RLAM, Lázaro Andrade Sayão, que passou mal, sofreu um AVC, e teve seu estado de

saúde agravado em razão da demora no atendimento e da ambulância, que na épo-ca também não funcionava.