dia das mães - bibliotecas.sebrae.com.br · envolve ainda a criação de centrais de...

24
Dia das Mães: comércio aposta nos presentes eletrônicos Publicação Trimestral Ano 2 Nº 3 Abril 2007 Publicação Trimestral Ano 2 Nº 3 Abril 2007

Upload: hacong

Post on 07-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Dia das Mães:comércio aposta nos

presentes eletrônicos

Publicação Trimestral • Ano 2 • Nº 3 • Abril 2007Publicação Trimestral • Ano 2 • Nº 3 • Abril 2007

Page 2: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de
Page 3: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de
Page 4: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

SumáDia das MãesSalário mínimo em vigor

desde 1º de abril deixa setorvarejista otimista

Marketing deRelacionamento

Ferramenta sofisticada degeração de novos negócios

Shopping a CéuAberto deCamaçari

Iniciativa já foi aprovada eagora será elaborado o

projeto de execução da obra

06

08

LEI GERALA Lei Geral das Micro ePequenas Empresasinaugura um novotempo para o varejobrasileiro

18/21 15

Page 5: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

rioENTREVISTASuperintendente do MagazineLuiza dá dicas para quem querfazer sucesso

12/13

IDENTIDADE DONEGÓCIOEspecialista destaca aimportância de reforçar a marcapara garantir consumidores fiéis

16/17

Publicação do Sebrae voltada para o segmento varejista da Bahia. Nº 3 – Abril de 2007 Elaboração: Texto.Com Jornalista Responsável - Adelmo Borges Reportagens – Adelmo Borges

e José Pacheco Filho Tiragem – 10.000 exemplares Impressão – Gráfica Santa Helena, Tel.: 71 3203-1449 Foto Capa– Welton Araújo Projeto e Editoração Gráfica – Autor Visual Design Gráfico, Tel.: 71 3232-2722 Designer – PerivaldoBarreto Telefone para contato: 71 3320-4437.

EXPEDIENTE

ChequesPesquisa realizada peloTelecheque mostra declíniode transações irregulares

10

Page 6: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 20076

ES

| C

OM

ÉR

CIO

A advogadaMaria Cláudiatrabalha fora eprecisa datecnologia paradesempenharsuas atividadescom maisrapidez e aindacuidar de doisfilhos

Presentes sofisticadosdevem aquecer o comércio

no Dia das Mãese roupas. No Piedade, que é um centro de com-pras popular, com um fluxo diário de 110 milpessoas por dia, os eletrodomésticos tambémsão bem vendidos. “Os filhos optam em geralpor presentear as mães com objetos para usopessoal, mas também tem muita gente que dáutensílios domésticos”, acentua Ana Karina.

O presidente do Sindilojas, Paulo Mota,destaca que maio é o segundo mês mais fortede vendas do varejo, só perdendo para dezem-bro. “Este ano, além da entrada do salário míni-mo, o setor está otimista porque os preços es-tão estáveis, os juros caindo e a inflação contro-lada”, destaca Mota, acrescentando que a ofer-ta de crédito, principalmente por parte das gran-des redes varejistas, é outro fator que deve fa-vorecer as vendas.

Com relação aos segmentos que devemlucrar mais no mês, o presidente do Sindilojasdestaca o de bens duráveis (televisão, geladei-ra, ar-condicionado) e novidades tecnológicas,como celular e câmeras digitais. “Setores tradi-cionais, como flores, perfumaria e jóias, devemregistrar boas vendas também”, diz Mota, lem-brando que a competição acirrada entre as gran-des redes varejistas de eletrodomésticos é ou-tro fator que vai beneficiar o consumidor no Diadas Mães. “O comércio de Salvador registroudurante a Liqüida Salvador um bom movimentode vendas e esperamos agora, com o Dia dasMães, continuar no mesmo ritmo”, diz.

A estudante Flávia Damasceno, 18 anos,faz parte desse novo universo. Nada de panelaou objeto de decoração para a casa. Ela sópensa no modelo de celular que vai presenteara mãe. “Estou escolhendo com calma um apa-relho que mais combine com ela”, disse a jo-vem, enquanto percorria as lojas do ramo noShopping Piedade.

A advogada Maria Cláudia, gerente do es-critório Mota Fonseca, diz que, como tem fi-lhos pequenos, uma menina de 3 anos e umgaroto de 7 meses, geralmente não recebepresentes eletrônicos. De qualquer forma, noDia das Mães de 2005 ela ganhou do maridoum DVD Player de presente e adorou. Confes-sa que usa mais aparelhos de última geraçãono escritório, principalmente o computador. Jápara a sua mãe, Maria Cláudia prefere dar sem-pre objetos para uso pessoal, como roupas eacessórios de beleza.

Lojistas estão com umaexpectativa de aumento de 4%nas vendas em relação aomesmo período do anopassado por causa do novosalário mínimo

O Dia das Mães este ano tem um compo-nente que está deixando os lojistas animados: onovo salário mínimo que começou a ser pagoem abril deve aquecer as vendas e deixar asmamães mais felizes. A projeção do sindicato doslojistas da Bahia é de que as vendas sejam pelomenos 4% superiores ao ano passado por con-ta dessa injeção de recursos no mercado. Alémdesse aspecto, o setor está otimista tambémcom as possibilidades de vendas de produtosmais caros para a mulher.

De acordo com Ana Karina Farani, 30 anos,gerente de marketing do Shopping Piedade, opresente do Dia das Mães está cada vez sofisti-cado. Celular, aparelhos de MP3 e câmeras digi-tais já fazem parte do universo de desejos damãe moderna, ao lado dos tradicionais calçados

Page 7: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

7Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

Foto

s: W

elto

n A

raú

jo

Page 8: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 20078

Existemmaneirascriativas,possíveis e quenão são carasde fazer.

MA

RK

ETIN

G |

CLIE

NTE

E E

MP

RE

SA

Ferramenta sofisticada de geração de novosnegócios, pode ser aplicada nas fases depré-venda, venda e pós-venda

Marketing de relacionamento:o casamento fiel entre cliente

e empresa

O surgimento freqüente de empresas co-

laborou para a formação de um ambiente extre-

mamente competitivo em qualquer segmento

do mercado. Com tantas opções, torna-se cada

vez mais difícil conquistar e manter clientes. Po-

rém, o marketing de relacionamento, cujo ob-

jetivo é a fidelização do consumidor, surge como

uma valiosa ferramenta de gestão empresarial,

propondo outra perspectiva às tradicionais con-

cepções de transação comercial.

O marketing de relacionamento é um pro-

cesso de identificação e criação de valores jun-

to aos clientes atuais e potenciais, bem como

de compartilhamento de benefícios. É conheci-

do por ser uma ferramenta sofisticada de gera-

ção de novos negócios que pode ser aplicada

nas fases de pré-venda, venda e pós-venda.

Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-

dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes

de consumidores assíduos e programas de pon-

tos e milhagens.

O cartão de fidelidade oferecido pelos res-

taurantes que vendem comida a quilo é outro

exemplo de como o cliente pode ser conquista-

do. Alguns estabelecimentos oferecem um al-

moço gratuito a cada dez consumidos e outros

não cobram para quem está fazendo aniversário

no dia. Ou seja, é preciso pesquisar e estar aten-

to para identificar quais são as principais necessi-

dades e desejos dos clientes para depois im-

plantar um programa de fidelidade.

Apesar das altas somas destinadas às ações

de relacionamento com o cliente, essa modali-

dade de marketing também pode ser adotada

Page 9: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

9Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

“O pequenoempresário, donode uma farmácia,uma floriculturaou uma confeita-ria, não temrecursos parainvestir empublicidadetradicional.Então, para ele, omarketing derelacionamento éum grandeinstrumento decrescimento”

pelas pequenas empresas. Nesse caso, para com-

pensar os reduzidos recursos disponíveis, conta

mesmo é a criatividade. “Existem maneiras cria-

tivas, possíveis e que não são caras de fazer. Há

três anos, a nossa agência era uma empresa

pequena, mas nós fazíamos alguns mimos para

os clientes. Mandávamos brindes nas datas

promocionais como a Páscoa, Dia dos Namora-

dos e Natal”, relata Cleo Silva, diretora de aten-

dimento da SLA Propaganda.

Ao estabelecer um canal de comunica-

ção constante, a empresa desenvolve um cli-

ma de afetividade e estreita os laços com os

clientes, gerando lembrança de marca. Essa

aproximação é benéfica a partir do momento

em que o consumidor percebe a diferença no

tratamento recebido. Ele não só realiza novas

compras como também passa a recomendar

os produtos e serviços para outras pessoas.

No entanto, o diálogo deve ser particu-

larizado, cada consumidor deve ser tratado

como único e chamado pelo nome. É impor-

tante que a empresa conheça profundamen-

te os gostos, preferências, necessidades e

aspirações dos seus clientes. Para coletar os

dados e atender a essas singularidades, a tec-

nologia se apresenta como braço direito do

marketing de relacionamento.

Os sof twares de CRM - CustomerRelationship Management - utilizados para ad-

ministrar e planejar o relacionamento com o

cliente, possibilitam velocidade e qualidade

nos contatos, com redução de custos para

a empresa. A elaboração de um banco de

dados, através do acúmulo de informações

sobre o cliente, auxilia na tomada de deci-

sões e na e laboração de campanhas

promocionais individualizadas, aumentando as

chances de sucesso. As mensagens permi-

tem a aproximação e a interatividade entre

consumidor e empresa.

Diante da realidade dos empreendimen-

tos de pequeno porte, o marketing de rela-

cionamento se revela uma importante ferra-

menta de transformação dos consumidores

atuais e potenciais em clientes rentáveis,

que gerem fluxos de receitas para a empre-

sa. A técnica agrega valor, promove lembran-

ça de marca e estimula a freqüência e o vo-

lume de vendas por cliente. “O pequeno em-

presário, dono de uma farmácia, uma flori-

cultura ou uma confeitaria, não tem recursos

para investir em publicidade tradicional.Então, para ele, o marketing de relacionamento

é um grande instrumento de crescimento”,

revela Cleo.

Foto

s: A

del

mo

Bor

ges

Page 10: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 200710

O mercado estácada vez maiscauteloso eatento aosgolpesaplicados pelosestelionatários

OR

IEN

TA

ÇÃ

O |

FR

AU

DE

S C

OM

CH

EQ

UE

S E

M Q

UE

DA

Fraudes com chequeestão em queda

Pesquisa realizada pelaTelecheque mostra declíniodessas transações irregulares

Page 11: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

11Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

O banco de dadosda empresa éalimentado porinformaçõesfornecidas peloBanco Central,por mais de 100instituiçõesfinanceiras, pelosusuários dosistema, pelabase de dados daTelecheque e porparceiros,reunindo cerca de309,5 milhões deinformações demais de 50milhões deemitentes,atualizadaspermanentemente.

O ano de 2007 começa com queda nasfraudes com cheques no Brasil. Segundo pes-quisa da Telecheque, empresa de conces-são de crédito no varejo, o declínio vem ocor-rendo desde janeiro, quando o índice foi22,22% inferior ao do ano passado. Em fe-vereiro, a queda se acentuou. O índice defraudes foi de 0,14%, enquanto no mesmomês de 2006 atingiu 0,21%.

Para o vice-presidente da Telecheque,José Antônio Praxedes, o mercado está maisatento e cauteloso aos golpes aplicados pelosestelionatários. “É preciso que os lojistas bus-quem sempre se atualizar e treinar seus fun-cionários para não serem surpreendidos pornovos tipos de fraudes, já que os responsá-veis por este tipo de crime estão sempre ino-vando” alerta.

O volume de cheques roubados tam-bém apresentou uma significativa redução.Com índice de 0,10% em fevereiro, o estudoapurou uma queda de 9,09% em relação aomês anterior (0,11%). Na comparação comfevereiro do ano passado, período em que oíndice ficou na marca de 0,13%, o declíniochegou a 23,08%.

Outra modalidade que apresentou bai-xa foi a de cheques sustados. Enquanto nomês de janeiro o índice foi de 0,43%, feve-reiro registrou indicador de 0,40%, geran-do uma diminuição de 6,98% na compara-ção mensal. Em relação ao mesmo períodode 2006, a queda foi de 11,11%, já que oindicador de cheques sustados no períodoficou em 0,45%.

Na avaliação de José Antônio Praxedes,ainda não se pode confirmar a tendênciade queda dos cheques sustados. “Temosapurado alguns desvios praticados por al-

gumas agências, o que acreditamos queocorram por erros operacionais”, diz.

Segundo ele, o que tem acontecido éque algumas instituições têm devolvido umpercentual significativo de cheques pela alí-nea 35, correspondente a classificação docheque fraudado pelo Banco Central. “Emnossas verificações, os reais motivos são asustação destas transações peloscorrentistas”, conclui Praxedes.

A pesquisa da Telecheque temabrangência nacional e avalia a inadimplênciacom cheques, bem como outros indicadoresrelacionados a esse meio de pagamento, con-siderando o valor em reais das transaçõescom cheques.

Há 23 anos no mercado, a Telecheque éuma empresa especializada na concessão decrédito no varejo e líder no mercado de veri-ficação e garantia de cheques do país. Se-gundo José Antônio Praxedes, a Telechequevem aperfeiçoando seus serviços para queseus clientes possam expandir suas vendas ea oferta de crédito a seus consumidores, comtotal segurança.

O banco de dados da empresa é ali-mentado por informações fornecidas peloBanco Central, por mais de 100 instituiçõesfinanceiras, pelos usuários do sistema, pelabase de dados da Telecheque e por parcei-ros, reunindo cerca de 309,5 milhões de in-formações de mais de 50 milhões de emiten-tes, atualizadas permanentemente.

Atualmente, mais de 12 mil usuáriosutilizam os seus sistemas em mais de milmunicípios do Brasil. A empresa é associa-da à Abracheque (Associação Brasileira deServiços de Informação, Verificação e Ga-rantia de Cheques).

É preciso que os lojistas busquem semprese atualizar e treinar seus funcionários paranão serem surpreendidos por novos tipos defraudes, já que os responsáveis por este tipode crime estão sempre inovando

José Antônio PraxedesVICE-PRESIDENTE DA TELECHEQUES

“ “

Page 12: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 200712

“Nossodesenvolvimentotem sidofundamentadono espírito dahonestidade eno bom trato aocliente”

EN

TR

EV

ISTA

| E

MP

RE

RIA

DE

SU

CE

SS

O

C

“Cada um de nossão os ‘dono

riada numa família formada essencialmente porvendedores, Luiza Helena Trajano, superintendentedo Magazine Luiza, segue a tradição procurandoinovar sempre. Em 1992, quando ainda não existia

internet, a rede já vendia em lojas virtuais, por meio de terminaismultimídia. Em 1999, o Magazine Luiza se tornava a primeirarede varejista a iniciar as vendas on-line. Hoje, a maior loja é osite que, ao lado das lojas virtuais e televendas, representa 12%do faturamento. Luiza Helena Trajano tem sob suaresponsabilidade mais de 10 mil funcionários, que recebem umasérie de incentivos. Entre eles bolsas de estudos.

1- Fale um pouco sobre o inícioda rede, quando começou, asprincipais dificuldades e comoelas foram superadas.

O Magazine Luiza foi fundado por meus tios,Pelegrino José Donato e Luiza TrajanoDonato. A história começou em 1957 quan-do eles adquiriram uma pequena loja de pre-sentes, chamada ‘A Cristaleira’, em Franca,interior de São Paulo. Hoje, o Magazine Luizapossui 352 lojas, distribuídas por sete esta-dos brasileiros: São Paulo, Minas Gerais,Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul.Nosso desenvolvimento tem sido fundamen-tado no espírito da honestidade e no bomtrato ao cliente, sem esquecer, é claro, davalorização de nossos maioresincentivadores, os mais de 10 mil funcioná-rios do Magazine Luiza.A maior dificuldade que o Magazine Luizaenfrentou foi ser uma empresa de varejo quetrouxe uma nova forma de administrar, naeconomia contemporânea. Nós colocamosa idéia da gestão participativa e do intra-empreendedorismo muito antes destes con-ceitos serem amplamente propagados eteorizados. Eu sempre acreditei que fossepossível administrar uma empresa para queela tivesse bons resultados e pessoas feli-zes. Então, no início era difícil explicar paraas pessoas o que estávamos fazendo como,por exemplo, tirar paredes do escritório, pro-mover a participação nos resultados, a trans-parência e a ética. Conseguimos superar asdificuldades fazendo a equipe entender queessa era a única forma de a empresa sobre-

viver. Hoje dizemos que cada um dos nos-sos colaboradores são os ‘donos’ da em-presa, e temos alcançado muitos resultadospositivos.

1- Além das lojas físicas, a redepossui um amplo atendimentopela internet. É vantageminvestir nesse segmento? Quaisas dicas para quem pensa emfazer o mesmo?

Luiza Helena Trajano – O Magazine Luizasempre buscou a inovação para atingir ummaior número de clientes. Em 1992, quandoainda não existia internet, já vendíamos naslojas virtuais, por meio de terminaismultimídia. Em 1999 nos tornamos osprimeiros varejistas a iniciar as vendas on-line. Hoje, nossa maior loja é o sitewww.magazineluiza.com.br, que ao lado daslojas virtuais e televendas, representa 12%do faturamento.Penso que quem deseja investir na internetdeve manter a mesma personalidade quecultiva nas lojas físicas. Para que o atendi-mento no nosso site não seja frio e possapreservar uma de nossas principais qualida-des, que é a prioridade pelo bom atendi-mento, criamos uma vendedora virtual, a TiaLuiza, que tira dúvidas dos clientes em tem-po real e os ajuda a decidir pelo melhor pro-duto. Buscamos prestar um atendimento di-ferenciado e personalizado, com respeito eeficiência.

3- O Magazine Luíza não serestringe às lojas de

Page 13: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

13Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

nossos colaboradoresonos’ da empresa”

“O MagazineLuiza oferecebolsas deestudos atodos osfuncionários.O percentual dabolsa varia de20% a 70% docusto total damensalidade”

eletrodomésticos, masadministra empresas de outrosramos. É vantagem para umpequeno comerciantediversificar o investimento?

Luiza Helena Trajano – Não temos diversi-ficações, a não ser as que agregam valor aonosso negócio, como o Consórcio Luiza, aLuizaCred e a Luizaseg.

4- Fale um pouco sobre oinvestimento feito nosfuncionários. Existe algumaregularidade em relação aotreinamento? Há algumapremiação para o melhordesempenho?

Luiza Helena Trajano – A política de Re-cursos Humanos do Magazine Luiza está ba-seada na valorização do ser humano e nacrença da sua evolução. A empresa realizauma série de programas que visam dar qua-lidade de vida, capacitação técnica e evo-lução pessoal, para que as pessoas tenhamuma visão de mundo mais ampliada. Temosum grande investimento em treinamentos ecursos de técnicas de vendas, produtos ecomportamentais.Nos últimos anos, o Magazine Luiza investiufortemente na estruturação dos veículos decomunicação corporativa, que são utiliza-dos para garantir o acesso às informações ediretrizes estratégicas e também como veí-culos de treinamento. Utilizamos principal-mente um canal de TV via satélite e um por-tal de intranet.

Dicas de uma empresáriade sucesso

Procure prestar um atendimento diferenciado e

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

personalizado, com respeito e eficiência;

Valorize os recursos humanos da empresa

implantando programas visando melhorar a

qualidade de vida, capacitação técnica e

evolução pessoal dos funcionários. Invista em

treinamentos e cursos de técnicas de vendas,

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

sobre os produtos e comportamentais;

Busque inovar sempre para atingir um maior

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

número de clientes;

Quem deseja investir na internet deve manter a

mesma personalidade que cultiva nas lojas

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

físicas, buscando priorizar o bom atendimento;

Para fazer sucesso é preciso ter paixão pelos

negócios, honestidade e tratar muito bem o

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

cliente.

O percentual da bolsa varia de 20% a 70% do custo total da mensalidade.A ajuda é fornecida para qualquer tipo de formação, desde segundo grau até níveluniversitário, e outros cursos, como informática e inglês.A empresa tem vários benefícios que se estende à família do funcionário. Um deles é o cheque-mãe, uma ajuda mensal de R$ 200,00 para mulheres que trabalham na empresa e têmfilhos de até 10 anos, para pagamento de creches e babás. Todos esses benefíciosacabam se refletindo no desempenho da empresa, que possui 352 lojas, distribuídaspor sete estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul,Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por enquanto, a empresa não tem planosde chegar ao Nordeste. Acompanhe a seguir a entrevista da empresária que comandauma rede que é referência em termos de varejo no Brasil.

Page 14: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 200714

O Magazine Luiza ainda oferece bolsas deestudos a todos os funcionários que quei-ram estudar. O percentual da bolsa varia de20% a 70% do custo total da mensalidade.A ajuda é fornecida para qualquer tipo deformação, desde segundo grau até nível uni-versitário, e outros cursos, como informáti-ca e inglês.A empresa tem uma série de benefícios quese estendem à família do funcionário. Um de-les é o cheque-mãe, uma ajuda mensal deR$ 200,00 para mulheres que trabalham naempresa e têm filhos de até 10 anos, parapagamento de creches e babás. Há tambémo Cheque Educação Especial direcionado aosfuncionários que têm filhos com algum tipode deficiência.

5- A rede física de lojas doMagazine Luiza não atende aregião Nordeste. Existe algumplano de expansão que inclua aBahia?

Luiza Helena Trajano – Gostaríamos muitode estar na Bahia, até pela beleza do Esta-do, e hoje sabemos que o mercado do Nor-deste é muito bom. Mas, por uma questãode logística temos que investir nas regiõesonde temos muito para crescer ainda.

6 - Como é feito o investimentoem publicidade? É importantereservar uma quantia fixa noorçamento ou o melhor éconcentrar esforços nosmomentos de promoção?

Luiza Helena Trajano – Nosso investimen-to em publicidade é definido a partir de umpercentual das vendas mensais, desta for-ma, conseguimos estar na mídia todos osmeses, reforçando a divulgação nos mesesde melhor resultado em vendas.

7- Para finalizar, quais as principaisdicas que você daria para quemquer alcançar o sucesso?

Luiza Helena Trajano – Fui criada em umafamília formada, essencialmente, por vende-dores. Com meus tios aprendi que o suces-so de uma empresa está sempre alicerçadona paixão pelos negócios, no espírito da ho-nestidade e no bom trato ao cliente.

LUIZA HELENA

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

TRAJANO

Superintendentedo MagazineLuiza

Page 15: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

15Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

CO

RC

IO |

SH

OP

PIN

G A

U A

BE

RTO

É um conceitoque possibilitaque osempresáriossaiam doisolamento epossam terestratégiascoletivas demarketing eadministraçãodo espaço.

Os consumidores de Camaçari vão ganharum espaço diferenciado de compra e venda: umShopping a Céu Aberto. Filosofia já implantadaem outros municípios, o projeto foi aprovadodia 29 de março por vereadores e empresáriosde Camaçari em audiência pública na Casa doTrabalho. Entre os participantes, o prefeito LuizCarlos Caetano, secretários municipais, vereado-res, deputados estaduais, representantes dosempresários e do Sebrae.

A próxima etapa será a elaboração doprojeto de execução da obra, a ser concluídono prazo médio de três meses. A intenção éresgatar o prazer das pessoas em comprar nocomércio local, por meio da reurbanização, hu-manização e embelezamento das vias públicas.O shopping de rua será implementado na áreade maior movimento comercial da cidade, emum trecho que engloba mais de 150 lojas e120 empresários: a Avenida Getúlio Vargas eas ruas da Bandeira, Adelina de Sá, Costa Pin-to e Santa Bernadete.

Segundo Adriano Câmera, coordenadorestadual do Varejo Vivo, além de propor a inter-venção física da área, observando aspectos ur-banísticos, arquitetônicos, culturais e históricos,na busca de um padrão de identidade, a idéiaprevê uma mudança de comportamento doempresariado e do consumidor, por meio decapacitações e da criação de atrativos para evi-tar a fuga de recursos e consumidores.

O prefeito Luiz Caetano acredita queo empreendimento deve atrair novos investi-mentos e mais consumidores para o comérciolocal, destacou ainda a importância da parceriacom o Sebrae para a concretização do empre-endimento. Disse também que o shopping vaifuncionar como uma vitrine de visitação para aspessoas que trabalham nas empresas instaladasem Camaçari, além de valorizar os imóveis da-quela região. “O Shopping a Céu Aberto vai con-tribuir para a economia da cidade, além de pro-mover um desenvolvimento maior no municípioe gerar mais empregos”, disse.

Já Joilma Freitas, presidente da Asso-ciação Comercial e Empresarial de Camaçari,(acredita que o projeto é arrojado e podeaumentar a receita do comércio, além defixar os consumidores locais.

O objetivo de um Shopping a CéuAberto é aumentar a atratividade do cen-tro de compras, tornando o ambiente docomércio de rua mais humanizado, commaior acessibilidade, sanitários públicos, pi-sos mais adequados, mais vagas para esta-cionamento, segurança e conforto. É umconceito que possibilita que os empresári-os saiam do isolamento e possam ter es-tratégias coletivas de marketing e adminis-tração do espaço.

O Projeto Shopping a Céu Aberto,desenvolvido pelo Sebrae em conjuntocom as prefeituras municipais, associaçõescomerciais, CDL’s locais, Faceb, FCDL eFeceb, tem buscado requalificar os tradi-cionais centros comerciais de cidadescomo Senhor do Bonfim, Jequié, PortoSeguro, Itamaraju, Ilhéus, Jacobina eItabuna, trazendo para as ruas a filosofiados Shoppings Centers.

Iniciativa já foi aprovada eagora será elaborado oprojeto de execução da obra

Camaçari teráum Shopping

a Céu Aberto

LUIZ CARLOS

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CAETANO

Prefeito

Page 16: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 200716

ES

PE

CIA

LIS

TA

| ID

EN

TID

AD

E D

O N

EG

ÓC

IO Investir na identidadedo negócio é fundamental

para cativar o clienteEspecialista destaca a importância de reforçar a marcapara garantir consumidores fiéis

em marketing pela Escola de Administração deEmpresas da Fundação Getúlio Vargas, destacaque para entender a situação atual é precisovoltar um pouco no tempo. “Nos últimos 15 anos,o setor varejista cresceu num ritmo acelerado,exigindo mudanças cada vez mais rápidas”,ressalta. Antes, a oferta de produtos e serviçosera menor e o cliente não tinha tantas opçõesde compra. Hoje, além das lojas físicas, existe aconcorrência da internet, um setor que crescedevido à confiança cada vez maior dosconsumidores nos sites de vendas.

“O consumidor está cada vez menos fielporque ele tem mais opções”, afirma o consultor,

O empresário do ramo varejista é comoum ciclista subindo um morro: ele não pode pararde pedalar sob o risco de ficar para trás. Ametáfora é do especialista em marketing econsultor Eugênio Foganholo, da ConsultoriaMixxer, de São Paulo. Ele destaca que o comérciovarejista mudou muito de perfil nos últimos anose que por isso o empresário, sobretudo o depequeno porte, precisa estar atento paramanter a fidelidade dos clientes e com issogarantir a sua identidade da empresa perante asociedade.

Foganholo, que possui mestrado emadministração de empresas, com especialização

Page 17: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

17Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

que é importante gostar do que se faz, masnão é tudo. “Não basta apenas força de vontade,é preciso analisar os concorrentes, verificar o níveltecnológico, conseguir envolver oscolaboradores no processo e atender asnecessidades do cliente, que é a melhor formade garantir sua fidelidade”.

O especialista destaca que o empresárionão pode se descuidar da opinião do cliente.Não precisa nem ser uma pesquisa estruturada,ele mesmo pode conversar com as pessoas, ouvirsuas sugestões. “Nesse tipo de conversa oempresário pode aprender muito com oconsumidor”, destaca Foganholo, lembrando queas mudanças devem obedecer ao bom senso.Nem tudo o que o cliente sugere deve seracatado, mas sua opinião deve ser sempre levadaem conta antes de qualquer projeto demudança.

Foganholo destaca ainda que esseprocesso vale tanto para o lojista de rua quantopara aquele que atua em shopping center,lembrando que não basta estar instalado numgrande centro de compras para fazer sucesso.“O investimento em identidade é fundamentalem qualquer circunstância, mais ainda numshopping onde a concorrência é acirrada”. Quemnão consegue cortar suas despesas acaba tendoque fechar as portas. Não é por outro motivoque a taxa de rotatividade dos lojistas de váriosshoppings tem sido elevada. Mesmo aqueles queadquirem uma franquia conhecida têm que estarconstantemente aperfeiçoando seus processospara não ficar para trás.

Com relação à publicidade para o pequenovarejista, o especialista recomenda o marketingde guerrilha (folders, propaganda dirigida por e-mail e outras ações não-tradicionais). “Empresá-rio de pequeno porte geralmente não tem di-nheiro para investir em televisão, mas não devedeixar de anunciar sua empresa em outros veí-culos e com isso reforçar sua marca, sua identi-dade”, finaliza.

Dicas do consultorem varejo para quempensa em investir naidentidade do negócio

Reforçar a identidade é uma dasformas de garantir a fidelidade do

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

cliente;

Definir bem o público, o lay-out daempresa e o tipo de produto que

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

vai oferecer;

O empresário não pode sedescuidar da opinião do cliente. Nãoprecisa nem ser uma pesquisaestruturada, ele mesmo podeconversar com as pessoas, ouvirsuas sugestões e aprender com o

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

consumidor;

É preciso analisar os concorrentes,verificar o nível tecnológico,conseguir envolver oscolaboradores no processo e

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

atender às necessidades do cliente

“O investimentoem identidade éfundamental emqualquercircunstância,mais ainda numshopping onde aconcorrência éacirrada”.

lembrando que o reforço na identidade é umadas formas de garantir a fidelidade do cliente.Foganholo diz que antigamente quando umapessoa queria comprar um determinado produtoprocurava sempre uma loja específica. Hoje nãoé mais assim. “Você encontra roupa, produtosde beleza e até itens farmacêuticos nosupermercado”, ressalta o especialista. Da mesmaforma, a cerveja, que antes era vendidapreferencialmente nos bares e supermercadoshoje é encontrada até em postos de gasolina.

Ou seja, devido à concorrência, oempresário precisa definir muito bem seu público,o lay-out da empresa e o tipo de produto quevai oferecer. “O público-alvo é fundamental, poisa identidade não é importante para o lojista,mas para o cliente”, destaca Foganholo. No casode uma confecção feminina, por exemplo, elediz que é preciso saber com clareza que públicose quer atingir, faixa etária, classe social, tipo deroupa, etc. “Se for uma loja voltada para mulheresque trabalham fora, por exemplo, é precisofechar mais tarde para atender esse público forado horário comercial padrão. Além disso, é precisocontratar vendedores externos para levar asmercadorias até o cliente.

Foganholo diz que antes de pensar naidentidade do negócio o empresário deve terclaro como quer se posicionar no mercado, qualo estilo de atendimento e quais seus diferenciaispara garantir um público fiel. O especialista diz

Page 18: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 200718

LE

I G

ER

AL |

MU

DA

AS

NA

LE

GIS

LA

ÇÃ

O

no porte que representa 99,7% das 2.451.488empresas do comércio brasileiro, segundo pes-quisa do Sebrae/UED com base em dados doIBGE. Desburocratização, redução de carga tri-butária, facilidades de acesso à inovação e a cré-dito são alguns efeitos positivos que a nova leivai causar no setor varejista.

Para o presidente da Confedereção dasAssociações Comerciais e Empresariais do Brasil,Alencar Burti, a importância da Lei Geral é ge-rar um processo de simplificação. “O problemamais grave das micro e pequenas empresas é acarga burocrática. Para contribuir, é necessárioum corpo de funcionários para atender as exi-

Supersimples vai simplificatributação para a pequena eA expectativa é que oempresário do varejo faça sóum cálculo para pagamentodo imposto e se dediquemais ao seu negócio

“No começo databela dealíquotas hádesoneraçãotributária de até70% e, no final,chega a 10%”

A Lei Geral das Micro e Pequenas Empre-sas inaugura um novo tempo para o varejo bra-sileiro. A nova legislação, que está em vigênciadesde 15 de dezembro do ano passado mas aindaprecisa de regulamentação, traz uma série debenefícios para o segmento de micro e peque-

Empresários de todo o Brasil foram mobilizados pelo Sebrae para a aprovação da Lei Geral no Congresso

Page 19: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

19Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

Foto

: Eu

gêni

o N

ovae

s milhões. “No começo da tabela de alíquotas hádesoneração tributária de até 70% e, no final,chega a 10%”, comenta.

Na avaliação de Quick, quando entrar emvigência, a nova regulamentação vai significar,na prática, uma reforma tributária em benefíciodos milhões de pequenos negócios, reduzindocustos e burocracia. A expectativa com oSupersimples é que o empresário do varejo façasó um cálculo para pagamento do imposto e sededique mais ao negócio. O prazo de adesão aoSupersimples vai ocorrer durante todo o mêsde julho. “Quem já for optante do atual SimplesFederal migrará automaticamente para oSupersimples. Já quem não quiser terá que soli-citar a retirada à Receita Federal”, alerta.

Alencar Burti reconhece os benefícios queo Supersimples poderá trazer para as micro epequenas empresas do varejo, mas consideraque seja o início de um processo para que seconsiga atingir níveis internacionais de tributa-ção para o varejo brasileiro. “A união das em-presas e das associações e um contato perma-nente com o legislativo é muito importante paraque continuemos aperfeiçoando a lei, porquenão existe nada que possa ser perfeito. Os in-teresses divergentes são muitos e temos quesupera-los com paciência e determinação”, afir-ma, confiante que as medidas iniciais já vãopermitir a diminuição da informalidade no co-mércio brasileiro.

O Supersimples acaba com a restrição àspequenas empresas do varejo de não poderemter lojas em mais de um estado. Outra boa no-tícia é a possibilidade da constituição de consór-cios entre os varejistas para a compra e vendade mercadorias, podendo-se usufruir da neutra-lidade tributária. “A tributação só ocorrerá naempresa”, diz Bruno Quick, destacando que amedida beneficiará os segmentos de farmácias,lojas de materiais de construção e pequenossupermercados.

gências tributárias que a pequena empresa nãosuporta, faz mal e geralmente fica submetida àssanções tributárias”, diz.

O diretor de Políticas Públicas do Sebrae,Bruno Quick, destaca que a Lei Geral prevê umsistema simplificado de tributação, o SimplesGeral Nacional ou Supersimples, que começa avigorar a partir do dia primeiro de julho desteano. O novo regime fiscal reúne os tributos fe-derais e estadual, ICMS no caso do comércio,num só imposto com alíquotas que variam de4%, para empresas com faturamento anual deaté R$ 140 mil, a 11,61%, para as com receitabruta superior a R$ 2, 280 milhões até R$ 2,4

ficar o sistema dea empresa

Nacional, em Brasília

Foto

: Már

cia

Gou

thie

ri

Page 20: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 200720

Dono de um pequeno supermercado numbairro popular de Salvador, o empresárioLeonildes Souza considera positiva a medida quevai fortalecer o associativismo entre as peque-nas empresas. “Com a possibilidade de formarconsórcios, vamos ter mais condições de con-correr com as grandes empresas e sobreviver-mos no mercado”, diz.

Leonildes Souza assinala também a inser-ção das pequenas empresas nas compras go-vernamentais como outro importante aspectoda Lei Geral, que contribuirá com o desenvolvi-mento dos varejistas de menor porte. A novalegislação estabelece a preferência aos micro epequenos empreendimentos nas compras pú-blicas de até R$ 80 mil.

Mas, para que isso aconteça, ainda é pre-ciso regulamentar a Lei Geral das Micro e Pe-quenas Empresas, cuja maioria dos dispositivosainda precisa de regulamentação nos âmbitosfederal, estadual e municipal. “É o caso do capí-tulo que trata das aquisições públicas”, lembraBruno Quick, que estima a regulamentação eefetivação do capítulo da lei que trata de com-pras governamentais num prazo de três a cincoanos. “Se conseguirmos, significará um merca-do adicional de R$ 44 bilhões ao ano para essasempresas, o que poderá gerar um milhão denovos postos de trabalho diretos e dois milhõesde indiretos”, afirma.

Com a nova legislação, os pequenos ne-gócios do varejo também terão mais acesso aosrecursos de inovação. “Todos os programas deinovação no Brasil terão que dedicar um míni-mo de 20% dos projetos para micro e peque-nas empresas”, avisa Bruno Quick, acrescentan-do que as instituições de pesquisa terão deincluir as micro e pequenas empresas no plane-jamento anual.

As instituições públicas de crédito tambémvão ter metas e estratégias previamente defini-das para atender às micro e pequenas empre-sas. “O setor do varejo deve sentar com o Ban-co do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa e BNDESpara a negociar a construção das estratégias”,diz Quick. Ele lembra ainda que a maioria dascooperativas de crédito do País, que são de ori-gem comercial, poderão ter acesso, a partir deregulamentação do Conselho Deliberativo doFundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), aosrecursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador(Fat), com custos mais baixos do que as linhasoferecidas pelo mercado.

Outro aspecto interessante da lei para ovarejo é a desburocratização do acesso à justiçacom a possibilidade do uso do mecanismo damediação e arbitragem. “Esse procedimentoreduz custos e agiliza a solução dos conflitos esua utilização está sendo reforçada na Lei Ge-ral”, informa Bruno Quick.

Para o diretor de Políticas Públicas doSebrae, o principal objetivos da Lei Geral é aredução da informalidade e fortalecimento dotecido social e econômico do País. “Se temum setor afetado pela informalidade é o va-rejo, que precisa abraçar essa legislação se ar-ticulando e pressionando os órgãos públicosnas diversas instâncias para que ela aconteça,porque no dia que os benefícios estiverem emvigor, só desfrutarão deles aqueles que esti-verem na formalidade”.

Alencar Burti concorda que a Lei Geral é oinício de um processo que vai permitir a diminuiçãoda informalidade no comércio brasileiro. “Precisa-mos formalizar os 10 milhões de negócios que es-tão na informalidade e não causam só um mal eco-nômico, mas social, pois, na informalidade, o cami-nho mais fácil é descambar para a criminalidadepor meio do contrabando e da pirataria”, afirma,convocando os comerciantes brasileiros a seengajarem na regulamentação da nova lei.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

BRUNO QUICK

Diretor dePolíticasPúblicas doSebrae

Page 21: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

21Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

LE

I GE

RA

L |

MU

DA

AS

NA

LE

GIS

LA

ÇÃ

OVeja abaixo algumas mudançasque vão ocorrer com a Lei Geral

O QUE MUDA COM A LEI

A LG abrangerá as três esferas do poder público,trazendo mais eficácia aos seus dispositivos.Haverá um sistema legal uniforme, facilitando oentendimento e cumprimento das obrigações.

Serão ampliados os limites de enquadramento,que serão respeitados por União, estados emunicípios. Os limites de Receita Bruta Anual,serão: - ME: R$ 240.000,00 - EPP: R$2.400.000,00

Está prevista a utilização de princípiosexpressos, oriundos do projeto do Redesim, quedefinam diretrizes objetivas para a implantaçãodo cadastro unificado, entrada única dedocumentos, inexigência de vistorias préviaspara atividades sem risco, dentre outros. • Aabertura da empresa será efetuada medianteregistro simplificado dos seus atosconstitutivos, • A empresa terá apenas umúnico nº de identificação, baseado no CNPJ; • Abaixa da inscrição no CNPJ será de imediato pormeio de requerimento acompanhado do ato dedissolução da empresa. • MPE sem movimentohá mais de 3 anos, poderão encerrar atividadesindependente do pagamento de taxas ou multas.As empresas poderão ser baixadasimediatamente, independente de haver débitotributário. Nesse caso os sócios responderãopor esses débitos.

Proibição de opção por parte das atividades deserviços regulamentadas por lei, salvo algumasatividades importantes como, contabilidade,informática, consertos em geral, academias dedança e ginástica, escolas técnicas e de línguas,construção civil, dentre outros (cerca de 200mil novas empresas poderão optar). Forammantidas as exceções já existentes, comolotéricas, escolas, creches, correios, etc. Oslimites são os mesmos do item 2. Esses novosserviços terão tabelas de recolhimentodiferenciadas e continuarão recolhendo o INSSpatronal sobre a folha.

O Super Simples engloba contribuições, taxas eimpostos federais (IRPJ, PIS, COFINS, IPI, CSL,INSS sobre folha de salários), estaduais (ICMS)e municipais (ISS), que serão recolhidosmensalmente a partir da mesma base decálculo e de uma escrituração contábil e fiscalúnica. Reduz e simplifica o pagamento detributos federais, estaduais e municipais.

As alíquotas propostas na Lei Geral incorporamas melhores práticas do País. A redução nacarga tributária, aliada à simplificação deprocedimentos, servirá de estímulo para ocrescimento das ME e EPP, além de reduzir ainformalidade e incentivar o desenvolvimento daeconomia global. A redução estimada médiapara quem já é optante pelo Simples é da ordemde 20% e para quem não é pode chegar a 45%.

A base de cálculo será a média das receitasauferidas nos últimos 12 meses . Há 23 faixas,com 20 diferentes alíquotas. As 3 primeirasfaixas foram condensadas (0 a 120 mil), combase na menor alíquota. As empresas poderãooptar pela tributação com base na receitarecebida . Isso quer dizer que só serátributado naquele mês o que efetivamenteentrou no caixa da empresa.

Fixa o limite preferencial de R$ 80.000,00 paracompras de ME e EPP, sempre que houverempresas desse porte em condições de fornecera preços competitivos. Prevê, ainda, asimplificação na participação em licitações e ofornecimento parcial de grandes lotes,ressalvada a exigência de lei local para que seutilizem tais mecanismos. Por fim, prevê anegociação do empenho com bancos.

Cooperativas de crédito das quais participemME e EPP terão acesso direto a recursos doFAT, o que barateará os financiamentos efortalecerá o setor. Linhas de créditoespecíficas para o segmento. Prevê aportabilidade das informações cadastrais daempresa em caso de mudança de banco.

20% dos recursos de tecnologia de todos osórgão e entidades serão destinados às ME e EPP.Ainda são propostas políticas de fomento aodesenvolvimento tecnológico de ME e EPP.Autoriza o Ministério da Fazenda a zerar asalíquotas do IPI, da Cofins e do PIS/Pasep.

COMO É HOJE

A lei do Simples está voltada para os tributosfederais. Os sistemas de tributação da União,Estados e municípios funcionam de forma dispersa ediferenciada, criando dificuldades para as ME e EPP.

Há uma multiplicidade de conceitos. Os limites deReceita Bruta Anual do Simples são: - ME: R$ 240.000,00- EPP: R$ 2.400.000,00 De acordo com o Estatuto da MPE:- ME: R$ 433.000,00 - EPP: R$ 2.133.000,00 Alémdisso, vários estados e municípios têm conceitospróprios, o que causa uma maior confusão.

Para abrir uma empresa, o empreendedor é obrigadoa se inscrever, isoladamente, em mais de dez órgãose apresentar mais de 90 documentos. Sãonecessários: - 152 dias - R$ 2.000,00 de custos -Excessiva quantidade de declarações. Dados:Pesquisa do Banco Mundial

Só podem aderir ao Simples Federal as empresascom Receita Bruta Anual de até R$ 2.400.000,00 eestão vedadas as atividades de prestação de serviço,em sua grande maioria, o que representa quase 1milhão de empresas.

As empresas que não podem optar pelo Simples têmque calcular os valores de, aproximadamente, deztributos diferentes, informar dados em diversasdeclarações e fazer os pagamentos em datasdiferentes. Quem pode optar, tem declarações eescrituração mais simplificada, mesmo assim ficasujeito a exigências estaduais e municipais.

No Simples Federal não são incluídos o ICMS e ISS.As alíquotas variam da seguinte forma: Comércio –3% a 12,6% + ICMS Indústria – 3,5% a 13,1% +ICMS Serviços – 4,5% a 18,9% + ISS Quem nãopode optar recolhe, em média 12% a título detributos federais+5% de ISS + 27% sobre a folhade pagamentos a título de INSS, Sistema S, INCRA eSalário Educação

O cálculo de tributos está baseado na receitaacumulada da empresa, mês a mês, até o final doano. Há 23 faixas, com 23 diferentes alíquotas. Hojesó se paga pela receita bruta auferida, ou seja, sobrea emissão de notas fiscais e sobre resultados deoperações financeiras, alienação de ativos, dentreoutros. Se a empresa levar um calote, ela pagaimposto sobre essa ocorrência. Da mesma forma, aoparcelar um produto com caixa próprio, ela recolhede uma vez a carga tributária relativa a todo omontante, como se o pagamento fosse a vista.

As ME e EPP concorrem nas mesmas condiçõesimpostas às grandes empresas. As exigênciasburocráticas e os grandes lotes são impeditivos daparticipação das pequenas empresas nas compraspúblicas

A maior dificuldade para os pequenos negóciosacessarem crédito são as garantias, que lhes faltam.O cooperativismo de crédito tem demonstrado seruma saída bastante interessante para o acesso aserviços financeiros, devendo ser incentivado.

Não há limite fixado para a aplicação de recursos detecnologia nas ME e EPP. Não há qualquer estímulopara acesso dessas empresas a políticas deinovação tecnológica.

PONTOS LEI GERAL

1 – Alcance da Lei

2 – Conceito de MPE

3 – Cadastro Unificado edesburocratização deabertura de empresas

4 – Super Simples

5 – Pagamento de Tributos

6 – Alíquotas

7 – Cálculo do Imposto

8 – Compras Governamentais

9 – Estímulo ao Crédito e àCapitalização

10 – Estímulo à inovação

“Se tem umsetor afetadopelainformalidade éo varejo, queprecisa abraçaressa legislaçãose articulando epressionando osórgãos públicosnas diversasinstâncias paraque ela aconte-ça, porque nodia que osbenefíciosestiverem emvigor, sódesfrutarãodeles aquelesque estiverem naformalidade”.

Page 22: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 200722

Notícias do Varejo:Notícias do Varejo:

Notícias do Varejo:Notícias do Varejo:Notícias do Varejo:

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Renda aumenta e brasileiro vai às compras

Cerca de oito milhões de brasileiros

migraram das classes D e E para níveis mais

altos de renda, em 2006. As classes A e B

receberam seis milhões de pessoas. Essa

mobilidade social foi responsável por uma

mudança significativa na pirâmide social,

segundo os dados levantados pelo

Observador – pesquisa anual realizada pela

Cetelem, multinacional de crédito ao

consumo. Já se pode afirmar que a maior

parte dos brasileiros pertence, agora, às

classes média e altas: 54% da população

figuram nos patamares A, B e C em 2006,

contra 49% em 2005.O aumento de renda

disponível (renda total, menos gastos

essenciais) da população D e E possibilitou

que ela fechasse dezembro de 2006 no

azul, ao contrário do que aconteceu em

2005. A região Nordeste destacou-se com

crescimento de 38% de dinheiro disponível

para consumo de bens e serviços conside-

rados não-essenciais, como vestimentas,

prestações de crediário e telefone fixo.

Com mais dinheiro em caixa, as aspirações

de compra da população D e E também

mudaram. No fim de 2005, 25% desta

classe tinha intenção de comprar eletrodo-

mésticos – esta proporção aumentou para

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

32% no ano passado.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Fita pré-cortada facilita embalagem

Os lojistas já dispõem de mais uma opção

em fitas para decoração de embalagem.

Trata-se da linha de fitas pré-cortadas cujo

principal diferencial é otimizar o processo

de produção em escala ao eliminar a etapa

de corte. O cliente recebe a fita pronta

para ser aplicada, no tamanho que lhe for

mais conveniente em vez de recebê-la em

rolos. As fitas podem ser cortadas em

ângulos de 45 ou 90 graus e receber ou

não o processo de estampa numa das três

tecnologias disponíveis: hot stamping,

impressão rotativa e silk screen.

Segundo o fabricante, a PH FIT Fitas e

Inovações Têxteis, a utilização da fita pré-

cortada não impacta apenas em ganho de

tempo na produção. Há ainda uma redução

real de custos do processo, uma vez que o

cliente não necessita desenvolver

processo de corte automatizado e alocar

mão-de-obra para a realização do corte,

além da perda ser zero. Os principais

mercados para esta novidade da PH FIT são

os de chocolate, cosméticos, perfumes,

alimentos, bebidas e especialidades em

geral. A empresa fabricante fica em Osasco,

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

São Paulo (www.progresso-hudtelfa.com)

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

BC quer estimular uso de moedas

O Banco Central colocou no ar uma nova

campanha publicitária para estimular o

uso de moedas pelos brasileiros. O

objetivo é fazer com que entre 5% e 10%

das moedas “esquecidas” voltem a

circular. O BC estima que 50% das moedas

não estão circulando, disse o presidente

do Banco Central, Henrique Meirelles,

durante a solenidade de lançamento da

campanha. Segundo o chefe do Departa-

mento do Meio Circulante do BC, João

Sidney, o retorno de pelo menos 5% das

moedas daria para o Brasil uma economia

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

de aproximadamente R$ 45 milhões.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Shoppings aumentam faturamento

Os shoppings tiveram um faturamento em

2006 acima do previsto, que era de R$ 59,3

bilhões em termos nominais. Segundo a

Associação Brasileira de Lojistas de

Shopping (Alshop), graças aos novos

pontos de vendas (2.634 novas lojas em

mais 21 shopping centers) o faturamento

chegou a R$ 60,3 bilhões. Com o total de

76.922 lojas em operação, no ano de 2007

as lojas deverão faturar ainda mais, com

uma projeção de crescimento real de 3,5%,

crescendo para R$ 62,4 bilhões. Além

disso, o número de shoppings no Brasil

cresceu em 3,49% no ano passado e a

capital baiana segue essa tendência

nacional com a inauguração do Shopping

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Salvador dia 24 de abril.

Page 23: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de

23Revista VAREJO VIVO • Ano 2 • Abril, 2007

AUTO

RVISUAL

Procure a Associação Comercial e Empresarial da sua cidade.

Page 24: Dia das Mães - bibliotecas.sebrae.com.br · Envolve ainda a criação de centrais de tele-aten-dimento e pesquisa, bancos de dados, clubes de consumidores assíduos e programas de