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Servides e restries
de utilidade pblica
Direco-Geral do Ordenamento do Territrioe Desenvolvimento Urbano
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SERVIDESERESTRIESDEUTILIDADEPBLICA
Ediodigital
FichaTcnicaTtuloServideseRestriesdeUtilidadePblica(SRUP)
ColecoInformao9
CoordenaoAnabelaCoito
AutoresMargaridaCasteloBrancoeAnabelaCoito
EntidaderesponsvelpelaedioDireco
Geral
do
Ordenamento
do
Territrio
eDesenvolvimento
Urbano
(DGOTDU)
CampoGrande,50,1749014Lisboa
www.dgotdu.pt|[email protected]
LayoutgrficoecapaEsquemaImpresso,Unipessoal,Lda.
Ediodigital|Setembrode2011ISBN:9789728569
PropriedadedaDirecoGeraldoOrdenamentodoTerritrioeDesenvolvimentoUrbano
Reservados
todos
os
direitos
de
acordo
com
a
legislao
em
vigor.
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SERVIDESERESTRIESDEUTILIDADEPBLICAEdiodigital
ndiceIntroduoNotasobreosConceitosdeServidoAdministrativaedeRestriesdeUtilidadePblica
1. RECURSOSNATURAIS1.1 Recursoshdricos1.1.1 DomnioPblicoHdrico1.1.2 AlbufeirasdeguasPblicas1.1.3 CaptaesdeguasSubterrneasparaAbastecimentoPblico1.2 Recursosgeolgicos1.2.1 guasdeNascente1.2.2 guasMineraisNaturais1.2.3 Pedreiras1.3 Recursosagrcolaseflorestais1.3.1 ReservaAgrcolaNacional1.3.2 ObrasdeAproveitamentoHidroagrcola1.3.3 Oliveiras1.3.4 SobreiroeAzinheira1.3.5 Azevinho1.3.6 RegimeFlorestal1.3.7 PovoamentosFlorestaisPercorridosporIncndios1.3.8 rvoreseArvoredosdeInteressePblico1.4 Recursosecolgicos1.4.1 ReservaEcolgicaNacional1.4.2 reasProtegidas1.4.3 RedeNatura2000
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SERVIDESERESTRIESDEUTILIDADEPBLICA
Ediodigital
2. PATRIMNIOEDIFICADO2.1 ImveisClassificados2.2 EdifciosPblicoseOutrasConstruesdeInteressePblico
3. EQUIPAMENTOS3.1 EdifciosEscolares3.2 EstabelecimentosPrisionaiseTutelaresdeMenores3.3 InstalaesAduaneiras3.4 DefesaNacional
4. INFRAESTRUTURAS4.1 Abastecimentodegua4.2 DrenagemdeguasResiduais4.3 RedeElctrica4.4 GasodutoseOleodutos4.5 RedeRodoviriaNacionaleRedeRodoviriaRegional4.6 EstradaseCaminhosMunicipais4.7 RedeFerroviria4.8 AeroportoseAerdromos4.9 Telecomunicaes4.10 FariseoutrosSinaisMartimos4.11 MarcosGeodsicos
5. ACTIVIDADESPERIGOSAS5.1 EstabelecimentoscomProdutosExplosivos5.2 EstabelecimentoscomSubstnciasPerigosas
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SERVIDESERESTRIESDEUTILIDADEPBLICAEdiodigital
IntroduoediodigitalApresentepublicao, "Servides e Restries de Utilidade Pblica",umdos ttulosclssicosda
DGOTDU.A1ediotevelugarem1988,a2edioem1995,a3edioem1999ea4edio
em2006.
Apartirdeagora,apublicaopassaaestarpermanentementeacessvelemsuportedigital,atravs
doPortaldoOrdenamentodoTerritrioedoUrbanismo,etambmaserregularmenteactualizada
faceaqualqueralteraodoquadrolegaleregulamentarqueregeasservidesadministrativaseas
restriesdeutilidadepblicaemPortugal.
Mantmse a organizao por fichas, que facilita a actualizao e a consulta. Cada ficha tem
associada uma data de actualizao. As actualizaes de fichas sero anunciadas no Portal e
constarodeumregistoquepodeserconsultadojuntodapublicao.Osutilizadorespodem,dessa
forma,verificaremtodootemposedispemdaversomaisactual.
Esta evoluo da verso impressa para a verso em suporte digital inserese no mbito de um
projectomaisvasto,queaDGOTDU iniciouem2010equevisadisponibilizaratravsdoSNIT,em
suporte SIG, a delimitao georreferenciada de cada uma das servides e restries em vigor,
associando suaexpresso cartogrficaadescriodas respectivasnormashabilitantesedemais
atributos relevantes de caracterizao (DICOFRE, rea abrangida, data de constituio, entidade
responsvel,etc.).
Tratase de um projecto ambicioso, cuja concretizao depender no apenas da DGOTDU mas
tambm da boa colaborao com as entidades que tm competncias na gesto de servides e
restries. O resultado final, quando for atingido, traduzirse numa maisvalia aprecivel para
todos quantos tm responsabilidades de gesto territorial, dispensando nomeadamente a
delimitao das servides e restries caso a caso, sempre que necessrio elaborar plantas de
condicionantesno quadro da elaborao ou reviso de IGT. Tambm as empresas e os cidados
passaroadispordemaisemelhor informaosobreasreasdeterritriodequesotitularesou
sobreasquaisincideoseuinteresseoupretenso.Noconjunto,osresultadosdoprojectodevero
traduzirse
em
maior
economia
geral,
maior
celeridade
emaior
segurana
tcnica
ejurdica
dos
procedimentosdegestoterritorial.
DGOTDU,Setembrode2011
VitorCamposDirectorGeraldoOrdenamentodoTerritrio
eDesenvolvimentoUrbano
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SERVIDESERESTRIESDEUTILIDADEPBLICA
Ediodigital
NOTASOBREOSCONCEITOSDESERVIDOADMINISTRATIVA
EDE
RESTRIO
DE
UTILIDADE
PBLICA
Oconceitodeservidoadministrativaderivadoconceitodeservidopredialdodireitocivil,sendo
esta entendida como o encargo imposto num prdio em proveito exclusivo de outro prdio
pertencenteadonodiferente:dizse servienteoprdio sujeito servidoedominanteoquedela
beneficia(1).
Da noo civilista resulta que, para que exista a servido, necessrio existirem dois prdios
pertencentes adonosdiferentes equehajaumproveitodeumprdioobjectivamente ligado ao
outroprdio.
Tal
pode
no
acontecer
quando
se
fala
em
servides
administrativas.
Nadoutrina,aservidoadministrativatemsidoentendidacomooencargoimpostopordisposio
daleisobrecertoprdioemproveitodautilidadepblicadeumacoisa(1).
Noentanto,esteconceitotemevoludonamedidaemque,porum lado,aservidoadministrativa
pode incidir sobre imvel no considerado prdio ou at sobre um direito e, por outro lado, as
servidesadministrativastambmpodemserconstitudasporactosadministrativospraticadospara
oefeito.
Assim, por servido administrativa deve entenderse o encargo imposto sobre um imvel em
benefciodeumacoisa,porvirtudedautilidadepblicadesta.
Paraalmdoconceitogenricodeservidoadministrativa,importaaindaatenderscaractersticas
principaisdasservidesadministrativasqueaseguirseidentificam:
- Resultam de imposio legal ou de acto administrativo praticado por determinadaentidadeadministrativacomcompetnciaparatal;
- Tmsubjacenteumfimdeutilidadepblica;- Podem no ser obrigatoriamente constitudas a favor de um prdio, podendo serconstitudasafavordeumaentidadebeneficiriaoudeumacoisa;
- Podemrecairsobrecoisasdomesmodono;- Podem
ser
negativas
(proibir
ou
limitar
aces)
ou
positivas
(obrigar
pratica
de
aces);
- Quando a servido constituda por acto administrativo, obrigatrio darconhecimentodadecisodeconstituiraservidoaosrespectivosinteressados;
- Soinalienveiseimprescritveis;- Cessamcomadesafectaodosbensoneradosoucomodesaparecimentodafunodeutilidadepblicaparaaqualforamconstitudas.
1CAETANO,Marcello ManualdeDireitoAdministrativo,Vol.II,LivrariaAlmedina,Coimbra,1986.
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SERVIDESERESTRIESDEUTILIDADEPBLICA
Ediodigital
Convm ainda referir que o procedimento de constituio de servides administrativas segue
actualmenteoregimelegalprevistonoCdigodasExpropriaes(CE)aprovadopelaLein.168/99,
de18deSetembro(videart.8.doCE).
Quanto
noo
de
restrio
de
utilidade
pblica,
esta
distingue
se
da
de
servido
administrativa.
Porrestriodeutilidadepblicadeveentendersetodaequalquerlimitaosobreouso,ocupao
e transformaodo soloque impedeoproprietriodebeneficiardo seudireitodepropriedade
pleno,semdependerdequalqueractoadministrativoumavezquedecorredirectamentedaLei.
Na actualidade, so diversas as restries de utilidade pblica que podem surgir ao direito de
propriedade,impostaspelasmaisvariadasrazesevisandoaprotecodeinteressescolectivos.
Soasnovasexignciasdavidaemsociedade,comosejamoambiente,adefesadosoloagrcola,a
ecologia,osrecursosnaturais,opatrimniocultural,etc.quejustificamaimposioderestriesou
limitaesaosdireitosdosparticulares,emdefesadeinteressespblicos.
Aservidoadministrativanodeixadeserumarestriodeutilidadepblicapoistemsubjacentea
protecodeumbemoudeuminteressepblico,mascomcaractersticasprprias.
DGOTDU,Setembrode2011
AnabelaCoitoeMargaridaCasteloBranco
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DOMNIO PBLI
O dom
naturez
estabel
ou inte
corrent
adjacen
valores
defesa
CONSTITUIO E CAR
A constituio de servides ad
Pblico Hdrico segue o regime
de 29 de Dezembro e no DL n.
I - NOO DE LEITO, MARG
LEITO (art. 10. da Lei n. 54/20
Entende-se por leito o terre
extraordinrias, inundaes ou
areais nele formados por deposi
O leito das guas do mar, bem
linha da mxima preia-mar de
espraiamento das vagas em con
de cheias mdias, no segundo c
O leito das restantes guas li
guas cobrem em condies de
enxuto.
Figura 1 Leito, margem e zona
SERVIDES E RESTRIE
1.1.1 Do
Edio digital| Ficha actualiz
O HDRICO
nio pblico hdrico constitudo pelo conjunto
a so considerados de uso pblico e de interesse
cimento de um regime de carcter especial aplicv
rveno nas parcelas de terreno localizadas nos lei
s de gua, lagos e lagoas, bem como as respect
tes a fim de os proteger. Por outro lado, importa ta
que se relacionam com as actividades piscatrias e p
acional.
CTERSTICAS DA SERVIDO
inistrativas e restries de utilidade pblica
revisto na Lei n. 54/2005, de 15 de Novembr
26-A/2007, de 31 de Maio.
EM E ZONA ADJACENTE
05 e art. 4. da Lei n. 58/2005)
o coberto pelas guas, quando no influ
tempestades. No leito compreendem-se os
o aluvial.
omo das demais guas sujeitas influncia das
uas vivas equinociais que, para cada local, de
dies mdias de agitao do mar, no primeiro
so.
mitado pela linha que corresponder extrema
cheias mdias, sem transbordar para o solo na
adjacente
S DE UTILIDADE PBLICA
nio Pblico Hdrico
da em Dezembro de 2010
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e bens que pela sua
geral, que justificam o
l a qualquer utilizao
tos das guas do mar,
ivas margens e zonas
mbm salvaguardar os
orturias, bem como a
elativas ao Domnio
, na Lei n. 58/2005,
nciadas por cheias
ouches, lodeiros e
mars, limitado pela
finido, em funo do
aso, e em condies
dos terrenos que as
tural, habitualmente
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.1 Domnio Pblico Hdrico
Edio digital| Ficha actualizada em Dezembro de 2010
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MARGEM(art. 11. da Lei n. 54/2005 e art. 4. da Lei n. 58/2005)
Entende-se por margem uma faixa de terreno contgua ou sobranceira linha que limita o leito das
guas. A largura dessa faixa estabelecida por lei.
A margem das guas do mar, bem como a das guas navegveis ou flutuveis sujeitas jurisdio
das autoridades martimas ou porturias, tem a largura mnima de 50 metros.
A margem das restantes guas navegveis ou flutuveis tem a largura de 30 metros.
A margem das guas no navegveis nem flutuveis, nomeadamente torrentes, barrancos e crregos
de caudal descontnuo, tem a largura de 10 metros.
Figura 2 Largura da margem
Quando tiver natureza de praia em extenso superior estabelecida nos pargrafos anteriores, a
margem estende-se at onde o terreno apresentar tal natureza.
A largura da margem conta-se a partir da linha limite do leito. Se, porm, esta linha atingir arribas
alcantiladas, a largura da margem ser contada a partir da crista do alcantil.
Figura n. 3 Exemplo de margem alcantilada
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.1 Domnio Pblico Hdrico
Edio digital| Ficha actualizada em Dezembro de 2010
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ZONA ADJACENTE(art. 22. a 25. da Lei n. 54/2005 e art. 4. da Lei n. 58/2005)
Entende-se por zona adjacente s guas pblicas toda a rea contgua margem que, por se
encontrar ameaada pelo mar ou pelas cheias, como tal seja classificada em portaria do Ministro do
Ambiente, do Ordenamento do Territrio e do Desenvolvimento Regional (art. 22. a 24. da Lei n.54/2005).
As zonas adjacentes estendem-se desde o limite da margem at uma linha convencional definida,
para cada caso, em planta anexa portaria de classificao e que contem dentro desta, as reas de
ocupao edificada proibida e as reas de ocupao edificada condicionada (art. 22. e 25. da Lei n.
54/2005).
O Governo pode classificar uma rea como zona adjacente por se encontrar ameaada pelo mar
sempre que nessa rea se preveja tecnicamente o avano das guas do mar sobre terrenos
particulares situados alm da margem (art. 22. da Lei n. 54/2005).
A iniciativa desta classificao pertence ao Instituto da gua, como autoridade nacional da gua, ou
ao Instituto da Conservao da Natureza, no caso de reas classificadas como rea Protegida ou
como Rede Natura.
A classificao de uma zona adjacente por se encontrar ameaada pelo mar precedida de audio
das autoridades martimas em relao aos trechos sujeitos sua jurisdio.
O Governo pode classificar como zona adjacente por se encontrar ameaada pelas cheias, a rea
contgua margem de um curso de gua que se estende at linha alcanada pela maior cheia, com
perodo de retorno de 100 anos, ou maior cheia conhecida, no caso de no existirem dados que
permitam identificar a anterior (art. 23. e 24. da Lei n. 54/2005).A iniciativa desta classificao pertence ao Instituto da gua, como autoridade nacional da gua, ao
Instituto da Conservao da Natureza, no caso de reas classificadas como rea Protegida ou como
Rede Natura, ou Cmara Municipal.
A classificao de uma rea como zona adjacente por se encontrar ameaada pelas cheias
precedida de audio das autoridades martimas em relao aos trechos sujeitos sua jurisdio e
tambm do Instituto da gua, Instituto da Conservao da Natureza e das respectivas Cmaras
Municipais, se a iniciativa no lhes coube.
II CLASSIFICAO DOS RECURSOS HDRICOS
Consideram-se recursos hdricos todas as guas subterrneas ou superficiais, os respectivos leitos e
margens e ainda, as zonas de infiltrao mxima, as zonas adjacentes e as zonas protegidas (art. 1.
da Lei n. 54/2005 e art. 1. e 2. da Lei n. 58/2005).
Conforme a respectiva titularidade, os recursos hdricos abrangem (art. 1. n. 2 e art. 2., n. 2 e
art. 18.da Lei n. 54/2005):
Os recursos dominiais - pertencem ao domnio pblico do Estado, das Regies Autnomas, dosMunicpios ou das Freguesias e constituem o domnio pblico hdrico;
Os recursos patrimoniais - pertencem a entidades pblicas ou particulares.
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.1 Domnio Pblico Hdrico
Edio digital| Ficha actualizada em Dezembro de 2010
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De um modo geral, consideram-se dominiais ou pertencentes ao domnio pblico hdrico, os leitos e
as margens das guas do mar e das guas navegveis e flutuveis (art. 12. da Lei n. 54/2005 e art.
84. da Constituio da Repblica Portuguesa).
O domnio pblico hdrico subdivide-se em domnio pblico martimo, domnio pblico fluvial elacustre e domnio pblico das restantes guas.
O domnio pblico martimo compreende (art. 3. da Lei n. 54/2005):
As guas costeiras e territoriais; As guas interiores sujeitas influncia das mars, nos rios, lagos e lagoas; O leito das guas costeiras e territoriais e das guas interiores sujeitas influncia das mars; Os fundos marinhos contguos da plataforma continental, abrangendo toda a zona econmica
exclusiva;
As margens das guas costeiras e das guas interiores sujeitas influncia das mars.O domnio pblico lacustre e fluvial compreende (art. 5. da Lei n. 54/2005):
Os cursos de gua navegveis ou flutuveis, com os respectivos leitos, e ainda as margenspertencentes a entes pblicos;
Os lagos e lagoas navegveis ou flutuveis, com os respectivos leitos, e ainda as margenspertencentes a entes pblicos;
Os cursos de gua no navegveis nem flutuveis, com os respectivos leitos e margens, desdeque localizados em terrenos pblicos, ou os que por lei sejam reconhecidos como
aproveitveis para fins de utilidade pblica, como a produo de energia elctrica, irrigao,
ou canalizao de gua para consumo pblico;
Os canais e valas navegveis ou flutuveis, ou abertos por entes pblicos, e as respectivasguas;
As albufeiras criadas para fins de utilidade pblica, nomeadamente produo de energiaelctrica ou irrigao, com os respectivos leitos;
Os lagos e lagoas no navegveis ou flutuveis, com os respectivos leitos e margens, formadospela natureza em terrenos pblicos;
Os lagos e lagoas circundados por diferentes prdios particulares ou existentes dentro de umprdio particular, quando tais lagos e lagoas sejam alimentados por corrente pblica;
Os cursos de gua no navegveis nem flutuveis nascidos em prdios privados, logo quetransponham abandonados os limites dos terrenos ou prdios onde nasceram ou para onde
foram conduzidos pelo seu dono, se no final forem lanar-se no mar ou em outras guaspblicas.
O domnio pblico hdrico das restantes guas compreende (art. 7. da Lei n. 54/2005):
As guas nascidas e guas subterrneas existentes em terrenos ou prdios pblicos; As guas nascidas em prdios privados, logo que transponham abandonadas os limites dos
terrenos ou prdios onde nasceram ou para onde foram conduzidas pelo seu dono, se no final
forem lanar-se no mar ou em outras guas pblicas;
As guas pluviais que caiam em terrenos pblicos ou que, abandonadas, neles corram;
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.1 Domnio Pblico Hdrico
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As guas pluviais que caiam em algum terreno particular, quando transpuserem abandonadasos limites do mesmo prdio, se no final forem lanar-se no mar ou em outras guas pblicas;
As guas das fontes pblicas e dos poos e reservatrios pblicos, incluindo todos os que vmsendo continuamente usados pelo pblico ou administrados por entidades pblicas.
III - DELIMITAO E REGISTO
A delimitao dos leitos e margens do domnio pblico hdrico confinantes com terrenos de outra
natureza compete ao Estado, oficiosamente ou a requerimento dos interessados. A delimitao
homologada por Resoluo do Conselho de Ministros e publicada no Dirio da Repblica (art. 17. da
Lei n. 54/2005).
A organizao e a actualizao do registo das guas do domnio pblico hdrico competem ao Estado,
atravs do Instituto da gua, que procede s necessrias classificaes, nomeadamente da
navegabilidade e flutuabilidade dos cursos de gua, lagos e lagoas, as quais devem ser publicadas noDirio da Repblica (art. 20. da Lei n. 54/2005 e art. 8. n. 2 al. s) da Lei n. 58/2005).
A organizao e actualizao do registo das margens dominiais e do registo das zonas adjacentes
tambm competem ao Instituto da gua (art. 20. da Lei n. 54/2005).
IV UTILIZAO DOS RECURSOS HDRICOS
BENS DOMINIAIS (recursos hdricos pblicos)
Todos os bens, naturais ou artificiais, que se encontrem integrados no domnio pblico hdrico esto,
nos termos da lei, submetidos a um regime especial de proteco em ordem a garantir quedesempenham o fim de utilidade pblica a que se destinam, regime que os subtrai disciplina
jurdica dos bens do domnio privado, tornando-os inalienveis, impenhorveis e imprescritveis (art.
822. do Cdigo Civil).
Os recursos do domnio pblico hdrico so de uso e fruio comum, nomeadamente nas suas
funes de recreio, estadia e abeberamento, no estando esse uso ou fruio sujeito a ttulo de
utilizao, desde que respeite a lei geral e os condicionamentos definidos nos planos aplicveis e no
produza alterao significativa da qualidade e da quantidade da gua (art. 58. da Lei n. 58/2005).
No entanto, considera-se que h utilizao privativa dos recursos do domnio pblico hdrico quando
(art. 59. da Lei n. 58/2005):
Com essa utilizao algum obtm para si um maior aproveitamento desses recursos do que ageneralidade dos utentes ou
Se essa utilizao implicar alterao no estado quantitativo, qumico ou ecolgico dos mesmosrecursos ou colocar esse estado em perigo.
A utilizao privativa do domnio pblico hdrico s pode ser atribuda por licena ou por concesso,
qualquer que seja a natureza e a forma jurdica do seu titular (art. 59. da Lei n. 58/2005).
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.1 Domnio Pblico Hdrico
Edio digital| Ficha actualizada em Dezembro de 2010
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No anexo A desta ficha esto indicadas as utilizaes privativas do domnio pblico hdrico e os
respectivos ttulos de utilizao (licena ou concesso) a que esto sujeitas (art. 60. e 61. da Lei n.
58/2005 e 19. e 23. do DL n. 226-A/2007)
BENS PATRIMONIAIS (recursos hdricos particulares)
As utilizaes de recursos hdricos particulares esto sujeitas a autorizao, licena ou comunicao
prvia.
No anexo B desta ficha esto indicadas as utilizaes de recursos hdricos particulares e os
respectivos ttulos de utilizao a que esto sujeitas (art. 62. da Lei n. 58/2005 e 16. a 22. do DL
n. 226-A/2007)1.
Os recursos hdricos particulares esto sujeitos a servides administrativas e a restries de utilidade
pblica:
So bens patrimoniais sujeitos a servides administrativas (art. 12. e 21. da Lei n. 54/2005e art. 1387. do Cdigo Civil):
- Os leitos e margens das guas pblicas no navegveis nem flutuveis que atravessemterrenos particulares; e
- As parcelas dos leitos e margens das guas do mar e de quaisquer guas navegveis ouflutuveis que tenham sido objecto de desafectao ou tenham sido reconhecidas como
privadas. So bens patrimoniais sujeitos a restries de utilidade pblica, as zonas classificadas como
zonas adjacentes a guas pblicas (art. 24. da Lei n. 54/2005).
CONSEQUNCIAS DA SERVIDO
I - SERVIDES ADMINISTRATIVAS SOBRE AS PARCELAS PRIVADAS DOS LEITOS OUMARGENS DE GUAS PBLICAS(art. 21. da Lei n. 54/2005)
Todas as parcelas privadas dos leitos ou margens de guas pblicas esto sujeitas a servido de uso
pblico, no interesse geral:
De acesso s guas e De passagem ao longo das guas:
- Da pesca,- Da navegao ou flutuao, quando se trate das guas navegveis ou flutuveis,- Da fiscalizao e polcia das guas pelas autoridades competentes.
Nestas parcelas, no respectivo subsolo e no espao areo correspondente, no permitida a
execuo de quaisquer obras, permanentes ou temporrias, sem autorizao da entidade a quem
couber a jurisdio sobre a utilizao das guas pblicas correspondentes.
1
O art. 21. do Decreto-Lei n. 226-A/2007 foi alterado pelo Decreto-Lei n. 93/2008, de 4 de Junho e o art. 22. pelo Decreto-Lei n. 82/2010,de 2 de Julho
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.1 Domnio Pblico Hdrico
Edio digital| Ficha actualizada em Dezembro de 2010
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Os proprietrios de parcelas privadas de leitos e margens de guas pblicas devem mant-las em
bom estado de conservao e esto sujeitos a todas as obrigaes que a lei estabelecer no que
respeita execuo de obras hidrulicas necessrias gesto adequada das guas pblicas em causa,
nomeadamente de correco, regularizao, conservao, desobstruo e limpeza.
O Estado; atravs das administraes das regies hidrogrficas (ARH), pode substituir-se aos
proprietrios, realizando as obras necessrias limpeza e desobstruo das guas pblicas por conta
deles. No caso de linhas de gua em aglomerado urbano, pode ser o municpio a substituir-se aos
proprietrios.
II - RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA NAS ZONAS ADJACENTES(art. 25. da Lei n. 54/2005)
Os instrumentos de planeamento de recursos hdricos e os instrumentos de gesto territorial devem
demarcar as zonas adjacentes e identificar as portarias que procederam sua classificao (art. 40.n. 4 da Lei n. 58/2005).
A portaria que procede classificao de zonas adjacentes define, dentro destas, as reas de
ocupao edificada proibida e as reas de ocupao edificada condicionada (art. 25. da Lei n.
54/2005).
Nas reas delimitadas como zonas de edificao proibida interdito:
Destruir o revestimento vegetal ou alterar o relevo natural, com excepo da prtica deculturas tradicionalmente integradas em exploraes agrcolas;
Instalar vazadouros, lixeiras, parques de sucata ou quaisquer outros depsitos de materiais;
Realizar construes, construir edifcios ou executar obras susceptveis de constituir obstruo livre passagem das guas;
Dividir a propriedade em reas inferiores unidade mnima de cultura.2No entanto, nestas reas pode ser admitida:
a implantao de infra-estruturas indispensveis ou a realizao de obras de correcohidrulica, dependendo de licena concedida pela autoridade a quem cabe o licenciamento da
utilizao dos recursos hdricos na rea em causa;
a instalao de equipamentos de lazer que no impliquem a construo de edifcios,dependendo de autorizao de utilizao concedida pela autoridade a quem cabe olicenciamento da utilizao dos recursos hdricos na rea em causa.
Nas reas delimitadas como zonas de edificao condicionada s permitida a construo de
edifcios mediante autorizao de utilizao dos recursos hdricos afectados e desde que:
Esses edifcios constituam complemento indispensvel de outros j existentes e devidamentelicenciados ou, ento, que se encontrem inseridos em planos j aprovados;
2 A unidade mnima de cultura encontra-se definida na Portaria n. 202/70, de 21 de Abril.
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.1 Domnio Pblico Hdrico
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As cotas dos pisos inferiores dos edifcios a construir sejam superiores s cotas previstas para acheia dos 100 anos, devendo este requisito ser expressamente referido no respectivo processo
de licenciamento;
Os efeitos das cheias sejam minimizados atravs de normas especficas, sistemas de protecoe drenagem e medidas para a manuteno e recuperao de condies de permeabilidade dos
solos.
So nulos e de nenhum efeito todos os actos ou licenciamentos que desrespeitem o regime de
interdies ou condicionamentos anteriormente referidos.
III - RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA NAS ZONAS INUNDVEIS OU AMEAADASPELAS CHEIAS NO CLASSIFICADAS COMO ZONAS ADJACENTES(art. 40. da Lei n.58/2005 e DL n. 115/2010)
Zonas inundveis ou ameaadas pelas cheias so as reas contguas margem do mar ou de cursosde gua dentro do limite da maior cheia com perodo de retorno de 100 anos.
Os instrumentos de planeamento de recursos hdricos e os instrumentos de gesto territorial devem
demarcar as zonas inundveis ou ameaadas pelas cheias.
Os planos municipais de ordenamento do territrio devem estabelecer as restries necessrias para
reduzir o risco e os efeitos das cheias, devendo estabelecer designadamente que as cotas dos pisos
inferiores das edificaes sejam superiores cota local da mxima cheia conhecida (art. 40. n. 5 da
Lei n. 58/2005).
As operaes de urbanizao ou edificao carecem de parecer vinculativo da ARH territorialmentecompetente, quando se localizem nas reas contguas margem do mar ou de cursos de gua que
estejam:
Dentro do limite da maior cheia com perodo de retorno de 100 anos; Ou dentro de uma faixa de 100 metros, quando se desconhea o limite da cheia com perodo
de retorno de 100 anos.
A avaliao e gesto dos riscos de inundaes, com o objectivo de reduzir as suas consequncias
prejudiciais desenvolve-se no mbito do DL n. 115/2010 que, para as zonas onde existem riscos
potenciais significativos de inundaes ou nas quais a concretizao de tais riscos se pode considerar
provvel, prev a elaborao dos seguintes instrumentos:
Cartas de zonas inundveis para reas de risco; Cartas de riscos de inundaes; Planos de gesto dos riscos de inundaes.
ENTIDADE COMPETENTE
As entidades que actualmente tm jurisdio e detm competncias de administrao e gesto sobre
terrenos do domnio pblico hdrico so (art. 7. do DL n. 58/2005):
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O Instituto da gua (INAG), que, como autoridade nacional da gua, representa o Estado comogarante da poltica nacional das guas (art. 8. do DL n. 58/2005);
As administraes das regies hidrogrficas (ARH), que prosseguem atribuies de gesto dasguas, incluindo o respectivo planeamento, licenciamento e fiscalizao (art. 9. do DL n.
58/2005 e 12. do DL 226-A/2007).
A ARH pode delegar as suas competncias em matria de licenciamento e fiscalizao da utilizao
dos recursos hdricos (art. 9. n. 7 e art. 13. do DL n. 58/2005 e art. 13. n.1, 6 e 7 do DL 226-
A/2007):
Nas autarquias e nas associaes de municpios, mediante a celebrao de protocolos oucontratos de parceria;
No Instituto de Conservao da Natureza, para recursos hdricos em reas classificadas sob asua jurisdio, nomeadamente nas reas protegidas e rede natura 2000 (ver Ficha 1.4.2 - reas
Protegidas), mediante a celebrao de protocolos ou contratos de parceria;
Nas administraes porturias, nas reas do domnio pblico hdrico afectas s administraesporturias, por portarias conjuntas dos Ministros das Obras Pblicas, Transportes e
Comunicaes e do Ambiente, do Ordenamento do Territrio e do Desenvolvimento Regional
que definem os termos e mbito da delegao e os critrios de repartio das respectivas
receitas (art. 13. do DL 58/2005). As administraes porturias so as seguintes:
- Administrao do Porto de Lisboa, SA (APL) - DL n. 336/98, de 03/11;- Administrao dos Portos do Douro e Leixes, SA (APDL) - DL n. 335/98, de 03/11;- Administrao do Porto de Viana do Castelo, SA (APVC) - DL n. 211/2008, de 03/11;- Administrao dos Portos de Setbal e Sesimbra, SA (APSS) - DL n. 338/98, de 03/11;- Administrao do Porto de Sines, SA (APS) - DL n. 337/98, de 03/11;- Administrao do Porto de Aveiro, SA (APA) - DL n. 339/98, de 03/11, alterado pelo DL
n. 40/2002, de 28/02;
- Administrao do Porto da Figueira da Foz, SA (APFF) - DL n. 210/2008, de 03/11- Instituto Porturio e dos Transportes Martimos, IP (IPTM) - DL n. 146/2007, de 27/04
Em reas da jurisdio das autoridades martimas compete aos capites dos portos licenciar os
apoios de praia (art. 12. n3 do DL226-A/2007).
Esto sujeitos a parecer favorvel da (art. 106. do DL 58/2005 e art. 15. n. 1 al f), g) e h) do DL
226-A/2007):
- Autoridade Martima Nacional, a emisso de ttulos de utilizao do domnio pblicomartimo;
- Administrao porturia ou do Instituto Porturio e dos Transportes Martimos, I. P., aemisso de ttulos de utilizao que possa afectar a segurana porturia e de navegao
ou que tenha impacte econmico na explorao de infra-estruturas porturias j
existentes.
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LEGISLAO
Lei n. 54/2005, de 29 de Dezembro - Estabelece a titularidade dos recursos hdricos; Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro - Aprova a Lei da gua; DL n. 226-A/2007, de 31 de Maio Estabelece o regime jurdico da utilizao dos recursos
hdricos;
DL n. 115/2010, de 22 de Outubro Aprova o quadro para avaliao e gesto dos riscos deinundao com o objectivo de reduzir as suas consequncias prejudiciais.
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Anexo A - Utilizaes privativas do domnio pblico hdrico e ttulo de utilizao aque esto sujeitas
RECURSOSHDRICOSPBLICOS(superficiais ou subterrneos)
Utilizaes Tipo de ttulo Disposio legal Observaes
Instalao e explorao simultnea deequipamentos e de apoios de praia
Concesso Artigo 23. do Decreto-Lei n.226-A/2007, de 31 de Maio
Utilizao sujeita aconcurso
Utilizao de terrenos do domnio pblicohdrico que se destinem edificao deempreendimentos tursticos e similares
Concesso Artigo 61. da Lei n. 58/2005,de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso
Ocupao temporria para construo deinfra-estruturas e equipamentos de apoio circulao rodoviria
Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso para prazossuperiores a 1 ano
Ocupao temporria para construo deImplantao de instalaes e equipamentos
Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso para prazossuperiores a 1 ano
Ocupao temporria para construo oualterao de infra-estruturas hidrulicas
Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso para prazossuperiores a 1 ano
Implantao de infra-estruturas hidrulicas Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso
Recarga de praias e assoreamentos artificiais Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Recarga artificial em guas subterrneas Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Injeco artificial em guas subterrneas Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Competies desportivas e navegao, bemcomo as respectivas infra-estruturas deapoio
Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso para prazossuperiores a 1 ano
Instalao de infra-estruturas flutuantes Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso para prazossuperiores a 1 ano
Culturas biogenticas Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso
Marinhas Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso
Sementeira, plantao e corte de rvores earbustos
Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Aterros e escavaes Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Extraco de inertes Licena N. 1 do artigo 60. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Utilizao sujeita aconcurso para volumessuperiores a 500 m3
Pesquisa de guas subterrneas Licena Artigo 19. do Decreto-Lei n.
226-A/2007, de 31 de Maio
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Utilizaes Tipo de ttulo Disposio legal Observaes
Implantao de servios de apoio navegao martima ou fluvial, desde queimpliquem investimentos avultados e
integrem a prestao de servios tais como,postos de venda de combustveis, zonadestinada manuteno de embarcaes,postos de socorros e vigilncia e oucomunicaes
Concesso Artigo 23. do Decreto-Lei n.226-A/2007, de 31 de Maio
Utilizao sujeita aconcurso
Infra-estruturas e equipamentos de apoio navegao de usos pblico, ainda quelocalizadas em margens e leitos conexoscom guas pblicas, desde que impliqueminvestimentos avultados e integrem aprestao de servios tais como, postos devenda de combustveis, zona destinada manuteno de embarcaes, postos de
socorros e vigilncia e ou comunicaes
Concesso Artigo 23. do Decreto-Lei n.226-A/2007, de 31 de Maio
Utilizao sujeita aconcurso
Implantao de equipamentos industriais oude outras infra-estruturas que impliqueminvestimentos avultados, cujo prazo deamortizao seja superior a 10 anos
Concesso Artigo 23. do Decreto-Lei n.226-A/2007, de 31 de Maio
Utilizao sujeita aconcurso
Produo de energia elctrica a partir dasondas do mar, para potncias iguais ouinferiores a 25 MW
Licena Artigo 19. do Decreto-Lei n.226-A/2007, de 31 de Maio
Utilizao sujeita aconcurso
Produo de energia elctrica a partir dasondas do mar, para potncias superiores a25 MW
Concesso Artigo 23. do Decreto-Lei n.226-A/2007, de 31 de Maio
Utilizao sujeita aconcurso
Fonte: INAG, Domnio hdrico, Lista de utilizaes e ttulos.pdf. Acedido em 17/11/2010 em www.inag.pt .
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Anexo B - Utilizaes de recursos hdricos particulares e ttulo de utilizao a queesto sujeitas
RECURSOSHDRICOSPARTICULARES(superficiais ou subterrneos)
Utilizaes Tipo de ttulo Disposio legal Observaes
Realizao de construes Autorizao N. 1 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Implantao de infra-estruturas hidrulicas
Autorizao N. 1 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Captao de guas (inclui apesquisa no caso das guassubterrneas)
Autorizao N. 1 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Captao de guas com meiosde extraco inferiores a 5 CVe desde que no tenhaimpactes significativos nosrecursos hdricos
Comunicaoprvia
N. 4 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Aps a comunicao prvia aconselhvel que se aguarde aresposta da entidade licenciadorapois s ela pode informar seexistem ou no impactessignificativos. Caso existamimpactes mas a utilizao sejapassvel de licenciamento, entoser titulada por autorizao.
Outras actividades que alteremo estado das massas de guaou coloquem esse estado emperigo
Autorizao N. 1 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Rejeio de guas residuais Licena N. 2 do artigo 62. da Lei n.
58/2005, de 29 de DezembroImerso de resduos Licena N. 2 do artigo 62. da Lei n.
58/2005, de 29 de Dezembro
Recarga artificial em guassubterrneas
Licena N. 2 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Injeco artificial em guassubterrneas
Licena N. 2 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Extraco de inertes Licena N. 2 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Quando as guas so pblicas aextraco de inertes s permitidaquando:
a. Se encontre prevista em planoespecfico de gesto de guas;
b. For uma medida deconservao e reabilitao darede hidrogrfica, zonasribeirinhas, zonas costeiras ede transio;
c. For uma medida necessria criao ou manuteno decondies de navegao emsegurana.
Aterros e escavaes Licena N. 2 do artigo 62. da Lei n.58/2005, de 29 de Dezembro
Fonte: INAG, Domnio hdrico-Lista de utilizaes e ttulos.pdf. Acedido em 17/11/2010 em www.inag.pt .
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
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ALBUFEIRASDEGUASPBLICAS
Comoobjectivodeasseguraraharmonizaodasactividadessecundriasquese
desenvolvemnasalbufeiras,comasfinalidadesprincipaisqueestiveramnagnese
daconstruodasrespectivasbarragenstornousenecessriocriarumregimede
protecodasalbufeirasdeguaspblicasdeserviopblico.
Aesteobjectivoacresceoreconhecimentodanecessidadedeprotegeremelhorar
todasasmassasdeguapor formaaalcanarumbomestadodasguas,oque
tornaaindamaisprementeaadopodemedidasque,de formaeficazenuma
perspectivapreventiva,evitemeimpeamadegradaoeapoluiodosrecursos
hdricos,nomeadamentedasmassasdeguacompostaspelasalbufeiras, lagoase
lagosdeguaspblicas.
Paraaconcretizaodestesobjectivos impeseadefiniodeprincpioseregras
deutilizaodasguaspblicaserespectivazona terrestredeprotecocomou
semrecursoaplanodeordenamentodealbufeirasdeguaspblicas(POAAP).
CONSTITUIOECARACTERSTICASDASERVIDO
O regimejurdicodeprotecodas albufeirasde guaspblicasde serviopblico edos lagose
lagoasdeguaspblicasencontraseprevistonoDecretoLein107/2009,de15deMaio.
Considerasecomo(art.1.e3.doDL107/2009):
Albufeira o volume de gua retido e armazenado pela barragem em cada momento e orespectivoleito;
Leitodaalbufeiraoterrenocobertopelasguasnoinfluenciadasporcheiasextraordinrias,inundaesoutempestadeselimitadopelonveldeplenoarmazenamentodaalbufeira;
Nveldeplenoarmazenamentodaalbufeiraacotaaltimtricamximaque,deacordocomoprojectodarespectivabarragem,podeseralcanadapelaguaretidaearmazenadaporessa
barragem;
rea
internveis
a
faixa
do
leito
da
albufeira
situada
entre
o
nvel
de
pleno
armazenamento
e
o
nveldoplanodeguaemdeterminadomomento;
Albufeira de guas pblicas de servio pblico a albufeira que resulta da reteno earmazenamentodeguaspblicasequetmcomofinsprincipaisoabastecimentopblico,a
regaouaproduodeenergia.Napresente fichaaalbufeiradeguaspblicasde servio
pblicoporvezesdesignadaabreviadamenteporalbufeiraouporalbufeiradeguas
pblicas;
Lagoaoulagoummeiohdricolntico(guasparadasoucompoucomovimento),superficial,interiorerespectivoleito.
Leito da lagoa ou lago o terreno coberto pelas guas no influenciadas por cheiasextraordinrias,
inundaes
ou
tempestades
e
limitado
pela
linha
que
corresponde
estrema
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
FichaactualizadaaDezembro2010
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dosterrenosqueasguascobrememcondiesdecheiasmdiassemtransbordarparaosolo
natural,habitualmenteenxuto;
Daarticulaodoregimejurdicodeprotecodasalbufeirasdeguaspblicasdeserviopblicoe
doslagos
elagoas
de
guas
pblicas,
com
oda
lei
da
titularidade
dos
recursos
hdricos,
considera
se
aindacomo(art.3.doDL107/2009eLein.54/2005):
Margem a faixade terreno contguaou sobranceira linhaque limitao leitodas guas.Alarguradesta faixaestabelecidana leida titularidadedos recursoshdricos (ver ficha1.1.1
DomnioPblicoHdrico).
A margem das guas navegveis ou
flutuveis no sujeitas jurisdio das
autoridades martimas ou porturias
temalargurade30metros.
A margem das guas no navegveis
nem flutuveis, tem a largura de 10
metros.
Figuran.1Larguradamargem
CLASSIFICAODASALBUFEIRAS
As albufeirasde guaspblicas de serviopblico soobrigatoriamenteobjectode classificao
numdosseguintestipos(art.7.doDL107/2009):
Albufeirasdeutilizaoprotegida Albufeirasdeutilizaocondicionada Albufeirasdeutilizaolivre
Tipologia
Uso
principal
Localizao
Riscos
Regime
de
proteco
Albufeirasdeutilizaoprotegida
Abastecimentopblico
Emreaclassificada,inseridanoSistemaNacionaldereasClassificadas
Regimedeprotecomaiselevado
Albufeirasdeutilizaocondicionada
Rega;
Produodeenergia
Fronteiria Caractersticasquedeterminamriscosnautilizaodaalbufeira:
Superfciereduzida; Obstculossubmersos;
Restriessactividadessecundrias
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
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Tipologia Usoprincipal Localizao Riscos Regimedeproteco
Margensdeclivosas;
Dificuldades
de
acesso;
Variaes significativasou frequentes da gua
quantoao:
nvel potencialecolgico estadoqumico
Albufeirasdeutilizaolivre
Rega;
Produodeenergia;
Outrasvocaes:
turstica, recreativa, etc.
Figuran.2 TiposdeAlbufeirasdeguasPblicasdeServioPblico
As albufeiras de guas pblicas de servio pblico so classificadas por portaria do Ministro do
AmbienteedoOrdenamentodoTerritrio(MAOT),ouvidooInstitutodagua,IP(INAG).
Aportariadeclassificaodaalbufeiracontm(art.8.doDL107/2009):
Adesignao
da
albufeira
eotipo
em
que
foi
classificada;
Alocalizaogeorreferenciadadabarragem Osconcelhosabrangidospelaalbufeira; Acapacidadedearmazenamentodaalbufeira; Areaocupadapeloplanodegua; Onveldeplenoarmazenamento; Ousoouusosprincipais; Onveldemximacheia.
IDENTIFICAODOSLAGOSELAGOAS
OslagoselagoasdeguaspblicassoosqueestoidentificadosnoanexoIdoDL107/2009.
PLANODEORDENAMENTODEALBUFEIRADEGUASPBLICAS
Sempreque se revelenecessrioem funodosobjectivosdeprotecoespecficosdos recursos
hdricos em causa, a albufeira de guas pblicas de servio pblico, objecto de plano de
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
FichaactualizadaaDezembro2010
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ordenamentodealbufeiradeguaspblicas(POAAP),(art.5.n.2doDL107/2009eart.42.do
RJIGT1).
Quando a albufeira de guas pblicas se localiza integral ou parcialmente dentro da rea de
intervenode
um
plano
de
ordenamento
de
reas
protegidas
(POAP)
ou
de
um
plano
de
ordenamentodaorlacosteira(POOC),oPOAAPaelaborardeveestabelecernareadesobreposio
apenas as regras de utilizao da albufeira e da respectiva zona terrestre de proteco, no que
respeitaproteco,valorizaoequalidadedosrecursoshdricos(art.6.n.2doDL107/2009).
De igualmodo, os lagos ou lagoas de guas pblicas, identificados no anexo I do DL 107/2009,
tambmpodemserobjectodePOAAPsemprequeserevelenecessrioemfunodosobjectivosde
protecoespecficosdosrecursoshdricosemcausa.
Quandoolagooulagoadeguaspblicasselocalizaintegralmentedentrodareadeintervenode
outroplanoespecialdeordenamentodoterritrio(PEOT),aprotecodorecursohdricoemcausa
deveser
assegurada
atravs
do
POAP
ou
do
POOC
que
oabrange.
A
elaborao
de
um
POAAP
deve
ocorrerapenasattuloexcepcional,quandonenhumdosreferidosplanospossaassegurar,deforma
adequada,aproteco,valorizaoequalidadedosrecursoshdricos(art.5.n.3eart.6n.3do
DL107/2009).
OPOAAPumplanoespecialdeordenamentodoterritrio(art.9.doDL107/2009eart.42.n.3
doRJIGT), sendoa suaelaboraodeterminadapordespachodoMAOTeefectuadapelo INAGe
pelas administraes da regio hidrogrfica ARH (art. 46. do RJIGT; art. 10. n.1 e 2 doDL
107/2009;art.8.n.2b)eart.9.n.6f)daLeidagua2)
Quando a rea de interveno de um POAAP coincide, total ou parcialmente, com uma rea
protegida,integrada
na
Rede
Nacional
de
reas
Protegidas,
oInstituto
da
Conservao
da
Natureza
e
daBiodiversidade,I.P(ICNB)colaboranaelaboraodessePOAAP(art.10.n.5doDL107/2009)
NasuareadeintervenooPOAAP(art.11.n.1e3doDL107/2009):
Identificaosrecursoshdricosaprotegerearespectivazonaterrestredeproteco; Estabelece os regimes de salvaguarda e de gesto compatveis com a sua utilizao
sustentvel;
Compatibilizaearticulaasmedidasconstantesdosdemaisinstrumentosdegestoterritorialedos instrumentosdeplaneamentodeguasbemcomoosdiversosregimesdesalvaguardae
protecoquesobreamesmareaincidem.
Asnormas tcnicasderefernciaaobservarnaelaboraodosPOAAPconstamdosanexosdoDL
107/2009,respectivamente(art.10.n.6doDL107/2009):
DoanexoIIquandotemporobjectoumaalbufeiradeguaspblicas DoanexoIIIquandotemporobjectoumlagooulagoadeguaspblicas
1 RJIGTRegimejurdicodosinstrumentosdegestoterritorial Decreto Lein.380/99,de22deSetembro,republicadopeloDLn.46/2009,de20deFevereiro.
2LeidaguaLein.58/2005,de29deDezembro
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
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OPOAPaprovadoporresoluodoConselhodeMinistros,aqualdeveconsagrarasformaseos
prazos,previamenteacordadoscomascmarasmunicipaisenvolvidas,paraaadequaodosPMOT
abrangidos(art.49.doRJIGT).
CONSEQUNCIASDASERVIDO
Autilizaodasalbufeirasdeguaspblicasedasrespectivaszonasterrestresdeprotecoobedece
aodispostonorespectivoPOAAPenaausnciadesteaplicaseoregimedeutilizaoprevistonoDL
107/2009(art.16.n.1doDL107/2009).
Denotarquenaelaborao,alteraoourevisodosPOAAPtambmsorespeitadososobjectivos
de proteco constantes no DL 107/2009, devendo os respectivos regulamentos observar,
obrigatoriamente,oqueneledispostosobre(art.11.n.4doDL107/2009):
Actividadesinterditas
na
albufeira
(art.
17.)
ver
anexo
A
desta
ficha;
Actividadescondicionadasnaalbufeira(art.18.n.1) veranexoAdestaficha; Oscondicionamentosampliaodeedificaolegalmentelicenciada(art.13.n.3e4)eas
restantesactividadesinterditasnazonaterrestredeproteco(art.19.n.2e3)) veranexo
Bdestaficha;
Ainterdiodeedificarnazonareservada(art.13.n.2)easrestantesactividadesinterditasnazonareservada(art.21.n.1ala),b),d),e),i),j)el)) veranexoCdestaficha;
Permetrosurbanosnazonaterrestredeproteco,incluindonazonareservada(artigo25.).ALBUFEIRA
Naalbufeira
(volume
de
gua
armazenado
erespectivo
leito)
podem
desenvolver
se
usos
comuns
e
privativosdosrecursoshdricospblicos,nostermosdaLeidaguaedoregimejurdicodeutilizao
dosrecursoshdricos(RJURH)3.Noentantoaoabrigodoregimejurdicodeprotecodasalbufeiras
deguaspblicas,naalbufeirasointerditasoucondicionadasdiversasactividades,apresentadasno
anexoAdestaficha(art.17.e18.doDL107/2009).
ZONATERRESTREDEPROTECO
Na envolvente da albufeira definida uma zona terrestre de proteco que tem como funo
principalasalvaguardaeprotecodosrecursoshdricosaqueseencontraassociada.
Azona
terrestre
de
proteco
da
albufeira
uma
faixa
terrestre
com
alargura
de
500
m,
medida
na
horizontal, apartirda linha limitedo leito.Existindo POAAP, estepode ajustar a largurada zona
terrestredeprotecoparaumvalorsuperior,ataomximode1000m,ouparaumvalorinferior,
ataomnimode100m(art.3.e12.doDL107/2009).
Quando em PMOT so delimitados permetros urbanos que se integram em zona terrestre de
protecodealbufeiradeguaspblicas,aesse solourbanoaplicamseas regras constantesdos
PMOT,semprejuzododispostoRJURHesemprejuzododispostonoregimejurdicodeproteco
3RJURH RegimeJurdicodeUtilizaodosRecursosHdricos Decreto Lein.226 A/2007,de31deMaio,alteradopeloDecretoLei n. 391 A/2007, de 21 de Dezembro, pelo DecretoLei n. 93/2008, de 4 de Junho, pelo DecretoLei n.107/2009,de15deMaio,peloDecretoLein.245/2009,de22deSetembroepeloDecretoLein.82/2010,de2deJulho.
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
FichaactualizadaaDezembro2010
6/15
das albufeiras de guas pblicas sobre actividades interditas na zona terrestre de proteco da
albufeira(art.25.n.1doDL107/2009)
Ao abrigodo regimejurdicodeprotecodas albufeirasde guaspblicas,na zona terrestrede
protecoso
interditas
ou
condicionadas
diversas
actividades,
apresentadas
no
anexo
B
desta
ficha.
(art.19.e20.doDL107/2009;art.20.n.3daLeidagua).
Azonaterrestredeprotecodaalbufeiraintegraumazonareservada.
ZONARESERVADA
Azonareservadadazonaterrestredeprotecoumafaixaterrestre,medidanahorizontal,coma
largurade100mcontadosapartirdalinhalimitedoleito.(art.3.e13.doDL107/2009).
NazonareservadaosPMOTnopodemampliarospermetrosurbanosanteriormentedelimitados,
nem criar novos permetros urbanos, zonas, aglomerados ou ncleos urbanos, tursticos ou
industriais.(art.
25.
n.2
do
DL
107/2009)
Nazonareservadainterditaaedificao,excepto(art.13.n.2):
asobrasdeconstruodeinfraestruturasdeapoioalbufeira,estandosujeitasaparecerdaARH(art.22.n.1)
asedificaesno interiordepermetrourbano,estandosujeitassdisposiesdorespectivoPMOT,sdisposiesdoRJURHedesdequenosedestinemaactividadesinterditasnazona
terrestredeproteco(art.25.n.1eart.19.n.2e3)
Para alm das actividades que so interditas ou condicionadas em toda a zona terrestre de
proteco,na
zona
reservada
so
ainda
interditas
ou
condicionadas
pelo
regime
jurdico
de
protecodasalbufeirasdeguaspblicasoutrasactividades,apresentadasnoanexoCdestaficha
(art.21.e22.doDL107/2009).
ZONADEPROTECOEZONADERESPEITODABARRAGEM
Azonadeprotecodabarragemedosrgosdeseguranaedeutilizaodaalbufeiraumafaixa
delimitadaamontantedabarragem,noplanodegua,definidacomoobjectivodesalvaguardara
integridade da barragem e dos rgos de segurana e de utilizao da albufeira e garantir a
seguranadepessoasebens.
Esta zona de proteco tem a configurao e as dimenses que forem fixadas no projecto de
construodabarragem.Deveser identificadanaspeasgrficasdo respectivoPOAAPbemcomo
sinalizadaedemarcadanoplanodegua,atravsdacolocaodebiaspelaentidadequeexploraa
barragem(art.3.e14.doDL107/2009).
Nazonadeprotecodabarragemedosrgosdeseguranaedeutilizaodaalbufeirainterdita
(art.24.doDL107/2009:
Aprticabalnear,incluindobanhosounatao; Apesca; Arealizaodecompetiesdesportivasoudeactividadesoudesportosnuticos,taiscomo
remo,vela,pranchavela,windsurf,canoagem,motadeguaoujetski;
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
FichaactualizadaaDezembro2010
7/15
Anavegaodequalquer tipodeembarcaes,comexcepodeembarcaesdestinadasfiscalizao,manutenoouaoperaesdeemergncia.
Azonaderespeitodabarragemedosrgosdeseguranaedeutilizaodaalbufeiraumafaixa
delimitadaajusante
da
barragem,
na
zona
terrestre
de
proteco,
definida
com
oobjectivo
de
salvaguardar a integridadedabarragemedosrgosde seguranaedeutilizaoda albufeirae
garantiraseguranadepessoasebens(art.2.e15.doDL107/2009).
Esta zona de respeito tem a configurao e as dimenses que forem fixadas no projecto de
construodabarragem.Deveser identificadanaspeasgrficasdo respectivoPOAAPbemcomo
sinalizada e demarcada no terreno, pela entidade que explora a barragem (art. 3. e 15.doDL
107/2009).
Nazonaderespeitodabarragemedosrgosdeseguranaedeutilizaodaalbufeirainterditaa
edificao, com excepo das obras que forem necessrias ao funcionamento da infraestrutura
hidrulica(art.
25.
do
DL
107/2009).
LAGOSELAGOAS
A utilizao das lagoas ou lagos de guas pblicas e respectivas zonas terrestres de proteco
obedeceaodispostono respectivoPOAAP,ounoutroPEOT (POAPouPOOC)queosabranja (art.
26.,art.5.n.3eart.6n.3doDL107/2009).
NaausnciadestesPEOTaplicaseoregimedeutilizaoprevistonoDL107/2009paraasalbufeiras
deguaspblicas,comalgumasadaptaessespecificidadesdaslagoaselagos,noseaplicandoo
dispostoparaasalbufeirasquantoaactividadesagrcolas(art.17.n.1alc)en.3),navegaode
recreio
(art.
18.
n.2
al
a)),
estabelecimentos
de
aquicultura
(art.
26.,
do
DL
107/2009).
ENTIDADECOMPETENTE
CompeteaoINAG,enquantoautoridadenacionaldagua:
Pronunciarsenoprocedimentodeclassificaodasalbufeirasdeguaspblicas(art.8.n.1doDL107/2009);
Promoveroordenamento adequadodosusosdas guas atravs da elaborao dos POAAP(art.10.doDL107/2009eart.2.n.2b)daLeidagua).
CompetesARH:
ElaboraroucolaborarnaelaboraodosPOAAP(art.10.doDL107/2009eart.9.n.6f)daLeidagua);
Autorizarospedidos relativosaactividadescondicionadasnos termosdo regimejurdicodeprotecodasalbufeirasdeguaspblicasdeserviopblicoedos lagose lagoasdeguas
pblicas.(veranexospresenteficha).
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
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LEGISLAO
DLn107/2009,de15deMaio Estabeleceoregimejurdicodeprotecodasalbufeirasdeguaspblicasdeserviopblicoedoslagoselagoasdeguaspblicas;
Portaria n 522/2009, de 15 deMaio Reclassifica as 167 albufeiras de guas pblicas deserviopblicoexistentesdatanoterritrionacionaldocontinente;
Portarian1021/2009,de10deSetembroEstabeleceoselementosquedevem instruirospedidosdeautorizaorelativosaactividadescondicionadasnaalbufeirasdeguaspblicas
deserviopblicoenoslagoselagoasdeguaspblicas;
DLn276/2009,de2deOutubro,alteradopeloDecretoLein310/2003,de10deDezembroEstabeleceoregimejurdicodautilizaoagrcoladaslamasdedepurao.
Portaria
n
91/2010,
de
11
de
Fevereiro
Classifica
albufeiras
de
guas
pblicas
de
servio
pblico;
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
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AnexoA
Actividades
Interditas
eActividades
Condicionadas
na
Albufeira
DL107/2009
Actividadesinterditasnaalbufeira DL107/2009
Actividadescondicionadasnaalbufeira
17./1b) Aexecuodeoperaesurbansticasedeactividadesagrcolasnasilhasexistentesnoplanodegua;
17./1c) Aexecuo,nasreasinternveis,deobrasdeestabilizaoeconsolidao,bemcomoarealizaodeactividadesagrcolas;
17./3 Noscasosemquesejacomprovado,deformainequvoca,queasobrasdeestabilizaoeconsolidaonasreasinternveisso
imprescindveispara
assegurar
asegurana
de
pessoasoubensouaseguranadabarragem,asuarealizaoficasujeitaaautorizaodaARHterritorialmentecompetente.
17./1e) Acaasemplanodegestocinegticaaprovado
17./
1e),5
Acaa,apsaprovaodeplanodegestocinegticaquetenhaobtidoparecerfavorvelporpartedaARHterritorialmentecompetente.
OparecerdaARHincidesobreacompatibilizaoentreosusoseactividadesprevistosparaaalbufeira,asalvaguardadasnormasdeproteoevalorizaoambientaletememcontaosperigosouriscosparaaspessoasebens.
18./1
Apesca
com
recurso
aengodo,
no
mbito
de
concursos,competiesouprovasdepescadesportiva,estsujeitaaautorizaodaARHterritorialmentecompetente.
17./1d) Oabeberamentodogado,nasalbufeirasdeutilizaoprotegida;
17./1f) Ainstalaoouampliaodeestabelecimentosdeaquicultura;
17/1m) Aintroduodeespciesnoindgenasdafaunaedaflora,emincumprimentodalegislaoemvigor;
17./1g)
LA77.ss
A
extraco
de
inertes
sem
licena
da
ARH,
17./1g)
A
extraco
de
inertes,
realizada
nos
termos
e
condiesdefinidosnaLeidaguaenoregimejurdicodeutilizaodosrecursoshdricos;
17./1a) Arealizaodeactividadessubaquticasrecreativas;
17./2 ArealizaodeactividadessubaquticasrecreativasficasujeitaaautorizaodaARHterritorialmentecompetentequando:
aalbufeiraapresentacaractersticascompatveiscomasuarealizao,emcondiesdesegurana;e
asactividadesintegramseemprogramasorganizadosparaoefeito,promovidosporentidadeslegalmentereconhecidasparaaprticadasmesmas.
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DL107/2009
Actividadesinterditasnaalbufeira DL107/2009
Actividadescondicionadasnaalbufeira
17./1h) Oestacionamentodeembarcaescomabandonodasmesmas,excluindoparagens
temporriasrealizadas
no
decurso
da
actividadesdenavegaoderecreio,foradoslocaisdevidamenteidentificadosesinalizadosparaoefeito;
17./1p) Acirculaodeembarcaesderecreiomotorizadasnaszonasbalneares.
17./1i) Aprticadeparaquedismorebocadoporembarcaesououtrasformasdereboque;
17./1o) Alavagemeoabandonodeembarcaes;
17./1j) Arejeiodeefluentesdequalquernatureza,mesmoquandotratados;
17./4 Arejeiodeefluentes,casonohajaqualqueralternativatcnicavivel.Averificaodesta
situaoefetuada
pela
ARH
territorialmente
competente,emsededelicenciamentodautilizaodosrecursoshdricos,nostermosdoDecreto Lein.226 A/2007,de31deMaio.
17./1l) Adeposio,oabandono,odepsitoouolanamentodeentulhos,sucatasouquaisqueroutrosresduos;
17./1n) Aprticabalnear,incluindobanhosounatao,naszonasdeprotecoscaptaesdegua;
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AnexoB ActividadesInterditaseActividadesCondicionadasnaZonaTerrestredeProteo
DL
107/2009ouLeidagua
Actividadesinterditasnazonaterrestredeproteo
DL107/2009
Actividadescondicionadasnazonaterrestredeproteo
LA20./3a)
19./3h)
Oestabelecimentodeindstriasqueproduzamouusemprodutosqumicostxicosoucomelevadosteoresdefsforooudeazoto;
Ainstalaodeestabelecimentosindustriaisque,nostermosdoregimedoexercciodaactividadesindustrial,aprovadopeloDecreto Lein.209/2008,de29deOutubro,sejamconsideradosdetipo1;
20./1c)Ainstalaooualteraodeestabelecimentosindustriaisnointerditos,estsujeitaaparecerprviovinculativodaARHterritorialmentecompetente.
20./1e) Ainstalao,alteraooureconversodeparquesindustriaisoudereasdelocalizaoempresarial.
LA20./3b) Ainstalaodeexploraespecuriasintensivas,incluindoasavcolas;
20./1d) Ainstalao,alteraoouampliaodasrestantesexploraesouinstalaespecurias,estsujeitaaparecerprviovinculativodaARHterritorialmentecompetente.
LA20./3c) Oarmazenamentodepesticidasedeadubosorgnicosouqumicos;
LA20./3d) Oempregodepesticidas,anoseremcasosjustificadosecondicionadosszonasatratarequantonatureza,caractersticasedosesdosprodutosausar;
LA20./3e) Oempregodeadubosqumicosazotadosoufosfatados,noscasosqueimpliquemriscodecontaminaodeguadestinadaaoabastecimentodepopulaesedeeutrofizaodaalbufeira;
LA20./3f) Olanamentodeexcedentesdepesticidasoudecaldaspesticidasedeguasdelavagemcomusodedetergentes;
LA20./3g) Adescargaouinfiltraonoterrenodeesgotosdequalquernaturezanodevidamentetratadose,mesmotratados,quandoexcedamdeterminadosvaloresfixadosnosinstrumentosdeplaneamentoderecursoshdricosdosteoresdefsforo,azoto,carbono,mercrioeoutrosmetaispesados;
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DL107/2009
ouLeidagua
Actividadesinterditasnazonaterrestredeproteo
DL107/2009
Actividadescondicionadasnazonaterrestredeproteo
19./3b) Arejeiodeefluentesdequalquernatureza,mesmoquandotratados,naslinhas
de
gua
afluentes
ao
plano
de
gua;
19./4 Arejeiodeefluentesnaslinhasdeguaafluentesaoplanodegua,casonohajaqualquer
alternativa
tcnica
vivel,
sendo
a
verificaodestasituaoefetuadapelaARHterritorialmentecompetente,emsededelicenciamentodautilizaodosrecursoshdricos,nostermosdoDecreto Lein.226 A/2007,de31deMaio
LA20./3h) Ainstalaodeaterrossanitriosquesedestinemaresduosurbanosouindustriais.
19./3i) Ainstalaoouampliaodeaterrosdestinadosaresduosperigosos,noperigososouinertes;
19./3a)
A
deposio,
o
abandono
ou
o
depsito
de
entulhos,sucatasouquaisqueroutrosresduosforadoslocaisparataldestinados;
19./3c) Aprticadecampismooucaravanismoforadoslocaisprevistosparaessefim;
19./3d) Arealizaodeacampamentosocasionais; 19./5;
20./1h)
Arealizaodeacampamentosocasionais,abrangidosporprogramasorganizadosparaesseefeito,estsujeitaaparecerprviovinculativodaARHterritorialmentecompetente.
19./3e) Aprticadeactividadespassveisde
conduzirao
aumento
da
eroso,
ao
transportedematerialslidoparaomeiohdricoouqueinduzamalteraesaorelevoexistente,nomeadamenteasmobilizaesdesolonorealizadassegundoascurvasdenvel,aconstituiodedepsitosdeterrassoltasemreasdeclivosasesemdispositivosqueevitemoseuarraste;
19./6;
20./4
Asactividadesflorestaisqueimpliquem
significativasmobilizaes
do
solo,
que
representemriscosparaomeiohdricoouquepossamconduziraoaumentodaerosoouaotransportedematerialslidoparaomeiohdricoestosujeitasaautorizaodaAutoridadeFlorestalNacional(AFN),quedeveserprecedidadeparecerprviofavorveldaARHterritorialmentecompetente.
19./3f) Aintroduodeespciesnoindgenasdafaunaedaflora,emincumprimentodalegislaoemvigor;
19./6;
20./4
As
actividades
agrcolas
no
podem
implicar
significativasmobilizaesdosolo,representarriscosparaomeiohdrico,ouconduziraoaumentodaerosoouaotransportedematerialslidoparaomeiohdrico.CabeARHterritorialmentecompetente,fiscalizaraprticadestasactividades,podendoestabelecercondicionamentosedeterminar,quandotalserevelenecessrio,ainterdiodaprticadasmesmas.
19./3g) Oencerramentooubloqueiodosacessospblicosaoplanodegua;
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ouLeidagua
Actividadesinterditasnazonaterrestredeproteo
DL107/2009
Actividadescondicionadasnazonaterrestredeproteo
19./3j) Acaa,emterrenosnoordenados;
19./3l)
Aprtica
de
actividades
desportivas
que
possamconstituirumaameaaaosobjetivosdeproteodosrecursoshdricos,queprovoquempoluioouquedeterioremosvaloresnaturais,equeenvolvamdesignadamenteveculostodo oterreno,motocross,motoquatro,kartingeactividadessimilares.
20./1a) Ainstalao,alteraoouampliaodequalquertipodeempreendimentostursticos,estsujeitaaparecerprviovinculativodaARHterritorialmentecompetente
20./1b)
A
instalao
ou
ampliao
de
campos
de
golfe,
quandonosujeitosaavaliaodeimpacteambiental,estsujeitaaparecerprviovinculativodaARHterritorialmentecompetente
20./1f) Arealizaodequaisqueroperaesurbansticas,operaesdeloteamentoeobrasdedemolio,estsujeitaaparecerprviovinculativodaARHterritorialmentecompetente
20./1g) Arealizaodeactividadesdeprospeco,pesquisaeexploraodemassasminerais,estsujeitaaparecerprviovinculativoda
ARHterritorialmente
competente
25./1 Aospermetrosurbanosintegradosemzonaterrestredeproteodealbufeiradeguaspblicas,aplicamseasregrasconstantesdosPMOT,semprejuzododispostonoregimejurdicodeutilizaodosrecursoshdricosesemprejuzododispostonoregimejurdicodeproteodasalbufeirasdeguaspblicasparaasactividadesinterditasnessazonaterrestredeproteo
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1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
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AnexoC
Actividades
Interditas
eActividades
Condicionadas
na
Zona
Reservada
(paraalmdasactividadesquesointerditasoucondicionadasemtodaazonaterrestredeproteo)
DL107/2009
Actividadesinterditasnazonareservadaparaalmdasactividadesquesointerditas
emtodaazonaterrestredeproteo
DL107/2009
Actividadescondicionadasnazonareservadaparaalmdasactividadesquesocondicionadas
emtodaazonaterrestredeproteo
21./
1a)
Asoperaesdeloteamentoeobrasdeurbanizao;
21./
1c)
Asobrasdeampliao;
13./3
13./4
OPEOTpodecondicionarasobrasdeampliaoaparecerprviovinculativodaARHterritorialmentecompetente.
Quandoaedificaoexistenteselocalizaamenosde50mdoNPAdaalbufeira,asobrasdeampliaoapenaspodemserautorizadassedestinadasasupririnsuficinciasdeinstalaessanitriasecozinhas
21./
1b)
1h)
Asobrasdeconstruo;
Aaberturadenovasviasdecomunicaooudeacessoouaampliaodasviasexistentessobreasmargens;
22./
1a)
Obrasdeconstruooumontagemdeinfraestruturasdeapoioutilizaodaalbufeiradeguaspblicas;
22./
1b)
Obrasdeestabilizaoeconsolidaodasmargens;
21./
1e)
Arealizaodeaterrosouescavaes; 22./
1d)
Arealizaodeaterrosouescavaes,resultantesdaprticaagrcolaouflorestal,noscasosemqueestasactividadesnoestejamprevistasemplanodegestoflorestal(PGF)quetenhasidoobjetodeparecerfavorveldaARH.
22./
1c)
Ainstalaodeflorestasdeproduo,cujoregimedeexploraosejapassveldeconduziraoaumentodeerosoeaotransportede
materialslido
para
omeio
hdrico;
21./
1d)
Ainstalaoouampliaodeestabelecimentosdeaquicultura;
21./
1f)
Ainstalaodevedaescomexceodaquelasqueconstituamanicaalternativavivelproteoeseguranadepessoasebens,semprejuzododeverdegarantiadeacessoalbufeiraecirculaoemtornodamesma;
21./
1g)
Apernoitaeoparqueamentodegadoeaconstruodesistemasdeabeberamento,
mesmo
que
amovveis;
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SERVIDESERESTRIESDEUTILIDADEPBLICA
1.1.2AlbufeirasdeguasPblicas
FichaactualizadaaDezembro2010
15/15
DL107/2009
Actividadesinterditasnazonareservadaparaalmdasactividadesquesointerditas
emtodaazonaterrestredeproteo
DL107/2009
Actividadescondicionadasnazonareservadaparaalmdasactividadesquesocondicionadas
emtodaazonaterrestredeproteo
21./
1i)
Asactividadesdeprospeco,pesquisae
explorao
de
massas
minerais;
21./
1j)
Ainstalaoouampliaodecamposdegolfe;
21./
1l)
Aaplicaodefertilizantesorgnicosnosolo,nomeadamenteefluentespecurioselamas;
21./
1m)
Oabandonodeembarcaesnasmargens
DL276/
2009
Art.12./
1f)eg)
Aaplicaodelamasdedepurao
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SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.3 Captaes de guas Subterrneas para Abastecimento Pblico
Edio digital| Ficha actualizada em Dezembro de 2010
1/5
CAPTAES DE GUAS SUBTERRNEAS PARAABASTECIMENTO PBLICO
As guas subterrneas constituem importantes origens de gua, efectivas ou
potenciais, que importa preservar. Porm, a qualidade das guas subterrneas
susceptvel de ser afectada pelas actividades scioeconmicas, designadamente
usos e ocupaes do solo, em particular pelas reas urbanas, infraestruturas e
equipamentos, agricultura e zonas verdes.
A contaminao das guas subterrneas , na generalidade das situaes,
persistente pelo que a recuperao da qualidade destas guas , em regra muito
lenta e difcil. A proteco das guas subterrneas constitui, assim, um objectivoestratgico da maior importncia, no quadro de um desenvolvimento equilibrado e
duradouro.
CONSTITUIO E CARACTERSTICAS DA SERVIDO
A constituio de servides relativas captao de guas subterrneas para abastecimento pblico
segue o regime previsto pelo Decreto-Lei n 382/99, de 22 de Setembro, com as alteraes
decorrentes do art. 37. da Lei da gua1, pelo Decreto-Lei n. 226-A/2007, de 31 de Maio, e pela
Portaria n. 702/2009, de 6 de Julho.
O permetro de proteco abrange a rea limtrofe ou contgua captao de gua, cuja utilizao
condicionada, de forma a salvaguardar a qualidade dos recursos hdricos subterrneos utilizados (art.
37. n. 1 e 3 da Lei da gua).
O permetro de proteco compreende trs reas (art. 37. n. 3 da Lei da gua):
Zona de proteco imediata - rea da superfcie do terreno contgua captao em que, paraa proteco directa das instalaes da captao e das guas captadas, todas as actividades so,
por princpio, interditas;
Zona de proteco intermdia - rea da superfcie do terreno contgua exterior zona deproteco imediata, de extenso varivel, onde so interditas ou condicionadas as actividades
e as instalaes susceptveis de polurem, alterarem a direco do fluxo ou modificarem a
infiltrao daquelas guas, em funo do risco de poluio e da natureza dos terrenos
envolventes;
Zona de proteco alargada - rea da superfcie do terreno contgua exterior zona deproteco intermdia, destinada a proteger as guas de poluentes persistentes, onde as
actividades e instalaes so interditas ou condicionadas em funo do risco de poluio.
1 A Lei da gua foi aprovada pela Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro.
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7/30/2019 DGOTDU
37/203
SERVIDES E RESTRIES DE UTILIDADE PBLICA
1.1.3 Captaes de guas Subterrneas para Abastecimento Pblico
Edio digital| Ficha actualizada em Dezembro de 2010
2/5
O permetro de proteco poder no incluir as zonas de proteco intermdia ou alargada,
relativamente a captaes de guas subterrneas em sistemas aquferos cujo risco de contaminao
seja reduzido, demonstrado por estudos hidrogeolgicos (art. 3. n. 5 do DL n.382/99).
O permetro de proteco poder englobar zonas de proteco especial sempre que se justifique,nomeadamente em zonas em que haja conexo hidrulica directa ou atravs de condutas crsicas ou
fissuras, e mediante a realizao de estudos hidrogeolgicos especficos (art. 3. n. 6 do DL n.
382/99).
Nas zonas sujeitas ao risco de intruso salina o permetro de proteco inclui ainda zonas de
proteco especiais para prevenir o avano da cunha salina , mediante a realizao de estudos
hidrogeolgicos especficos (art. 3. n. 7 do DL n. 382/99).
Compete Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Territrio (MAOT), atravs de portaria,
aprovar a delimitao dos permetros de proteco de captaes de guas subterrneas destinadas
ao abastecimento pblico, identificando as instalaes e actividades que ficam sujeitas a interdiesou a condicionamentos e definir o tipo de condicionamentos (art. 4. n. 1 do DL n. 382/99 na
redaco dada pelo art. 88. do DL n. 226-A/2007 e art. 43. n. 3 do DL n. 226-A/2007).
As propostas de delimitao dos permetros de proteco e respectivos condicionamentos so
elaboradas pela ARH, com base nas propostas e estudos prprios que lhe sejam apresentados pela
entidade requerente da concesso de captao de guas para abastecimento pblico, em
conformidade com os instrumentos normativos aplicveis e observando o estabelecido em portaria
do MAOT, ou seja, a Portaria n. 702/2009 (art. 37. n. 7 e art. 61. a) da Lei da gua e art. 43. n. 1
e 2 do DL n. 226-A/2007).
A atribuio do ttulo de utilizao destinado captao de guas para abastecimento pblicopressupe a prvia delimitao do respectivo permetro de proteco. A zona de proteco imediata
do permetro de proteco devidamente sinalizada pelo titular (art. 43. n. 4 e 5 do DL n. 226-
A/2007).
Quando se verificar a cessao do ttulo de captao de gua para abastecimento pblico e a
respectiva desactivao, deixam de ser aplicados os condicionamentos correspondentes zona de
proteco associada captao (art. 43. n. 7 do DL n. 226-A/2007).
Sempre que se justifique, os permetros de proteco so revistos, por iniciativa da ARH ou do titular
da concesso de captao, sendo o novo permetro de proteco aprovado por portaria da MAOT
(art. 37. n. 9 da Lei da gua e art. 43. n. 6 do DL n. 226-A/2007).
CONSEQUNCIAS DA SERVIDO
Na zona de proteco imediata (art. 1. n. 3 e art. 6. n. 1 do DL n. 382/99):
interdita qualquer instalao ou actividade, com excepo das que tm por finalidade aconservao, manuteno e melhor explorao da captao;
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1.1.3 Captaes de guas Subterrneas para Abastecimento Pblico
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O terreno vedado e tem que ser mantido limpo de quaisquer resduos, produtos ou lquidosque possam provocar infiltrao de substncias indesejveis para a qualidade da gua da
captao.
As captaes de gua subterrnea destinada ao abastecimento pblico para consumo humano deaglomerados populacionais com mais de 500 habitantes ou cujo caudal de explorao seja superior a
100 metros/dia, ficam ainda abrangidas pelos seguintes condicionamentos e interdies (art. 1.
n.2 e art. 6. n.1 do DL n. 382/99):
Na zona de proteco intermdia podem ser condicionadas as seguintes actividades einstalaes quando sejam susceptveis de provocar a poluio das guas subterrneas:
o Pastorcia;o Usos agrcolas e pecurios;o Aplicao de pesticidas mveis e persistentes na gua ou que possam formar
substncias txicas, persistentes ou bioacumulveis;
o Edificaes;o Estradas e caminhos de ferro;o Parques de campismo;o Espaos destinados a prticas desportivas;o Estaes de tratamento de guas residuais;o Colectores de guas residuais;o Fossas de esgotos;o Unidades industriais;o Cemitrios;o Pedreiras e quaisquer escavaes;o Exploraes minerais;o Lagos e quaisquer obras ou escavaes destinadas recolha e tratamento de gua ou
quaisquer substncias susceptveis de se infiltrarem.
Na zona de proteco intermdia so interditas as seguintes actividades e instalaes:o Infra-estruturas aeronuticas;o Oficinas e estaes de servio de automveis;o Depsitos de materiais radioactivos, de hidrocarbonetos e de resduos perigosos;o Postos de abastecimento e reas de servio de combustveis;o Transportes de hidrocarbonetos, de materiais radioactivos ou de outras substncias
perigosas;
o Canalizaes de produtos txicos;o Lixeiras e aterros sanitrios.
Na zona de proteco alargada podem ser condicionadas as seguintes actividades einstalaes quando sejam susceptveis de provocar a poluio das guas subterrneas:
o Utilizao de pesticidas mveis e persistentes na gua ou que possam formarsubstncias txicas, persistentes ou bioacumulveis;
o Colectores de guas residuais;o Fossas de esgotos;o Lagos e quaisquer obras ou escavaes destinadas recolha e tratamento de gua ou
quaisquer substncias susceptveis de se infiltrarem,
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1.1.3 Captaes de guas Subterrneas para Abastecimento Pblico
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o Estaes de tratamento de guas residuais;o Cemitrios;o Pedreiras e exploraes mineiras;o Infra-estruturas aeronuticas;o Oficinas e estaes de servio de automveis;o Postos de abastecimento e reas de servio de combustveis;
Nas zonas de proteco alargada so interditas as seguintes actividades e instalaes:o Transportes de hidrocarbonetos, de materiais radioactivos ou de outras substncias
perigosas;
o Depsitos de materiais radioactivos, de hidrocarbonetos e de resduos perigosos;o Canalizaes de produtos txicos;o Refinarias e indstrias qumicas;o Lixeiras e aterros sanitrios.
Nas zonas de proteco especial so interditas quaisquer actividades ou instalaes (art. 6. n. 6 doDL n. 382/99).
Nas zonas de proteco especial contra o avano da cunha salina podem ser limitados os caudais de
explorao das captaes existentes e interdita a construo ou a explorao de novas captaes de
gua subterrnea ou condicionado o seu regime de explorao (art. 6. n. 7 do DL n. 382/99 e art.
37. n. 4 da Lei da gua)
Os Planos de Bacia Hidrogrfica bem como os Planos Municipais e Especiais de Ordenamento do
Territrio contemplam obrigatoriamente todos os permetros de proteco (art. 9. do DL n.
382/99).
As interdies e os condicionamentos aplicveis nos permetros de proteco podem dar lugar a
indemnizao nos termos previstos no artigo 8. do Cdigo das Expropriaes, sendo assegurado aos
proprietrios privados dos terrenos que integrem as zonas de proteco o direito de requerer a
respectiva expropriao (art. 7. do DL n. 382/99 e art. 37. n. 5 da Lei da gua).
ENTIDADE COMPETENTE
A administrao da regio hidrogrfica (ARH) territorialmente competente a entidade que
superintende em todas as questes relacionadas com esta servido.
Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Territrio (MAOT) compete, atravs de portaria,
aprovar a delimitao dos permetros de proteco de captaes de guas subterrneas destinadas
ao abastecimento pblico, identificando as instalaes e actividades que ficam sujeitas a interdies
ou a condicionamentos e definir o tipo de condicionamentos (art. 4. n. 1 do DL n. 382/99 na
redaco dada pelo art. 88. do DL n. 226-A/2007 e art. 43. n. 3 do DL n. 226-A/2007).
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1.1.3 Captaes de guas Subterrneas para Abastecimento Pblico
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LEGISLAO
DL n 382/99, de 22 de Setembro, alterado pelo art. 88. do DL n. 226-A/2007 de 31 de Maio Estabelece permetros de proteco para captaes de guas subterrneas destinadas ao
abastecimento pblico.
DL n. 226-A/2007, de 31 de Maio (art. 43.) Aprova o regime jurdico da autorizao, licenaou concesso para utilizao dos recursos hdricos.
Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro (art. 37.) Aprova a Lei da gua.
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1.2.1 guas de Nascente
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GUAS DE NASCENTE
A fim de garantir a proteco das guas de nascente, dentro dos seus permetros
de proteco, podem ser proibidas ou condicionadas as ocupaes ou aces que
possam contaminar as guas de nascente, causar dano ou interferir na sua
explorao.
CONSTITUIO E CARACTERSTICAS DA SERVIDO
A constituio de servides relativas a guas de nascente segue o regime previsto nos Decretos-Lei
n 90/90 e 84/90, ambos de 16 de Maro.
Entende-se por guas de nascente, as guas subterrneas naturais que no se integram no conceito
de recursos hidrominerais (guas minerais naturais e guas mineroindustriais), desde que na origem
se conservem prprias para beber. Entende-se por exploraes de nascente os estabelecimentos de
explorao de guas de nascente (art. 6. e 11. do DL n. 90/90).
A qualificao de uma gua como gua de nascente compete Direco-Geral de Geologia e Energia
(DGGE), aps emisso do parecer da Direco Geral de Sade (art. 2. do DL n. 84/90).
As guas de nascente no se integram no domnio pblico do Estado, podendo ser objecto de
propriedade privada ou outros direitos reais (art. 1. do DL n. 90/90).
A explorao das guas de nascente depende da obteno de licena de estabelecimento, concedida
por despacho do Ministro da Economia e da Inovao. A licena pode ser concedida ao proprietrio
do prdio ou a terceiro, se este tiver celebrado contrato de explorao com o proprietrio, nos
termos legais (art. 3. do DL n. 84/90 e art. 10. do DL n. 90/90).
Sempre que a adequada proteco do aqufero assim o exija, a DGGE define um permetro de
proteco que abrange trs zonas: zona imediata, zona intermdia e zona alargada (art. 5. do DL
n. 84/90 e art. 12. do DL n. 90/90).
O prdio onde se localiza uma explorao de nascente e os prdios vizinhos podem ser objecto de
servido administrativa, em razo do interesse econmico da explorao (art. 35. do DL n. 90/90).
Quando se reconhea existir interesse relevante para a economia nacional ou regional, a lei permite
o recurso expropriao por utilidade pblica dos terrenos necessrios explorao de nascente
(art. 34. do DL n. 90/90).
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1.2.1 guas de Nascente
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CONSEQUNCIAS DA SERVIDO
1. Na zona imediata de proteco (art. 42. do DL n. 90/90):1.1.So proibidas:
a) As construes de qualquer espcie;
b) As sondagens e trabalhos subterrneos;
c) A realizao de aterros ou outras operaes que impliquem ou tenham como efeito
modificaes no terreno;
d) A utilizao de adubos orgnicos ou qumicos, insecticidas, pesticidas ou quaisquer
outros produtos qumicos;
e) O despejo de detritos e de desperdcios e a construo de lixeiras;
f) A realizao de trabalhos para a construo, tratamento ou recolha de esgotos.
1.2. As obras e os trabalhos a que se referem as alneas a), b), c) e f) do nmero anterior
podem ser autorizadas pela entidade competente quando forem consideradas
proveitosas para a conservao e explorao das guas de nascente.
1.3. Ficam condicionados a prvia autorizao da entidade competente:
a) O corte de rvores e arbustos;
b) A destruio de plantaes;
c) A demolio de construes de qualquer espcie.
2. Na zona intermdia so proibidas as actividades referidas nos pontos 1.1. e 1.3., podendo ser
autorizadas pela entidade competente, se da sua prtica, comprovadamente, no resultar
interferncia ou dano para a explorao da gua de nascente (art. 43. do DL n. 90/90).
3. Na zona alargada, as actividades referidas nos pontos 1.1. e 1.3. podem ser proibidas por
despacho do Ministro da Economia e da Inovao quando representem riscos de
interferncia ou contaminao para a gua de nascente (art. 44. do DL n. 90/90).
ENTIDADE COMPETENTE
As entidades competentes so:
A Direco Geral da Sade para emitir parecer para efeitos de qualificao da gua denascente;
A Direco-Geral de Geologia e Energia para a qualificao da gua de nascente e para adelimitao do permetro de proteco com a definio das respectivas zonas;
O Ministro da Economia e da Inovao para a emisso da licena de estabelecimento para aexplorao de guas de nascente.
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1.2.1 guas de Nascente
Edio digital| Ficha actualizada em Janeiro de 2006
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LEGISLAO
DL n 84/90, de 16 de Maro - Define o regime de aproveitamento das guas de nascente. DL n 90/90, de 16 de Maro - Define o regime jurdico do aproveitamento de recursos
geolgicos.
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1.2.2 guas Minerais Naturais
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GUAS MINERAIS NATURAIS
A importncia crescente da gua mineral natural e a diversidade das suas
caractersticas, das tcnicas mobilizadas no seu aproveitamento e das implicaes
decorrentes da sua explorao, aconselham o estabelecimento de um regime
jurdico respeitante prospeco, pesquisa e explorao deste recurso, com vista
ao seu racional aproveitamento tcnico-econmico e valorizao, de acordo com o
conhecimento tcnico-cientfico j adquirido.
A fim de garantir a proteco das guas minerais naturais, dentro dos seus
permetros de proteco, podem ser proibidas ou condicionadas as ocupaes ou
aces que as possam contaminar, causar dano ou interferir na sua explorao.
CONSTITUIO E CARACTERSTICAS DA SERVIDO
A constituio de servides relativas a guas minerais naturais segue o regime previsto nos Decretos-
Lei n. 90/90 e n. 86/90, ambos de 16 de Maro.
A gua mineral natural uma gua considerada bacteriologicamente prpria, de circulao
profunda, com particularidades fsico-qumicas estveis na origem dentro da gama de flutuaes
naturais, de que resultam propriedades teraputicas ou simplesmente efeitos favorveis sade
(art. 3. do DL n. 90/90).
A certificao de uma gua como gua mineral natural compete ao Ministro da Economia e da
Inovao, sob proposta da Direco-Geral de Geologia e Energia (DGGE), aps emisso do parecer da
Direco Geral de Sade (art. 3. do DL n. 86/90).
As guas minerais naturais so bens do domnio pblico do Estado, podendo ser objecto de direitos
de prospeco e pesquisa ou de explorao mediante a celebrao de contratos (art. 1. do DL n.