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Esse documento é o resultado final do grupo A do curso de especialização em tecnologias da PUC do RJ.

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Page 1: DF08 -Grupo-A-documento-sintese

Curso de Especialização Tecnologias em Educação

Disciplina: Informática e Sociedade

Mediadora: Cely dos Santos Araujo

Turma: DF08

Grupo: A

Atividade

Seminário Virtual

Albanice Ferreira de França

Adriana Alves de Moura

Ana Kátia da C. Silva

Andrea Massi Carneiro

Aparecida Izabel Nunes Freitas

Cibele Almeida Amaral de Souza

Cleia Alves Nogueira

Patrícia Souza de Freitas

Priscila Patrícia Paiva Mesquita

Sheila Loianne Alves de Lucena

Fonseca

Sonia Luiza de França Silva

Soraia Rezek

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1. Considerações iniciais

A teoria da complexidade, defendida por Edgar Morin, parte de um todo indissociável e

propõe uma abordagem multidisciplinar e multirreferenciada para a construção do

conhecimento, de modo que não se pode compreender algo separado de seu conjunto. Nesse

contexto o termo complexidade, complexus, significa totalidade. O advento da globalização

associado às tecnologias contemporâneas, em especial as da comunicação e informação, flui

em tempo real no ciberespaço tornando-se sensíveis os efeitos dessa complexidade na

contemporaneidade.

Anísio S. Teixeira, em Os Mestres de Amanhã diz: “Os meios modernos de comunicação

fizeram do nosso planeta um pequenino planeta e dos seus habitantes vizinhos uns dos outros.

Por outro lado, as forças do desenvolvimento também nos aproximaram e criaram problemas

comuns para o homem contemporâneo”.

Nessa complexidade, o ser humano carece de uma educação renovada e

contextualizada, que o oriente na busca da cidadania plena no século XXI. O educador tem o

dever de compreender o mundo atual na perspectiva do pensamento complexo de modo a

conduzir os indivíduos em suas necessidades.

Diante da complexidade e da globalização, antevendo possíveis problemas de ordem

educacional mundial a UNESCO propõe uma educação para o século XXI com base em Quatro

Pilares que fundamentam a aprendizagem e em Sete Saberes necessários na prática

pedagógica, estes aliados a docentes comprometidos e políticas públicas eficazes podem ser

favoravéis a uma educação plena.

2) Os Quatro Pilares da Educação

O relatório para a UNESCO, da comissão Internacinal sobre Educação para o século

XXI, coordenada por Jacques Delors e editado no Brasil no livro “Um tesouro a descobrir” de

1999, propõe uma educação direcionada para os quatro pilares da aprendizagem. Estas

aprendizagens se interagem de forma que não podem ser consideradas completas se forem

trabalhados apenas um ou outro aspecto. Devido ao caráter subjetivo, o aprender a ser ou

aprender a viver são trabalhados em menor escala que o aprender a fazer que também

permanece aquém do aprender a conhecer, trabalhado em larga escala.

Aprender a conhecer: debruçando-se sobre os processos cognitivos, esta

aprendizagem refere-se à aquisição dos instrumentos do conhecimento, com ênfase no

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raciocínio lógico, compreensão, dedução e memória. A preocupação de despertar no

estudante, não só estes processos em si, como o desejo de desenvolvê-los, a vontade de

aprender, de querer saber mais e melhor. Tendo em vista este objetivo, deve-se incentivar o

pensamento dedutivo e intuitivo, ensinar o método científico, de modo que possa se aventurar

e concluir nos domínios do saber e do desconhecido.

Aprender a fazer: preparar a pessoa para trabalhar em equipe, adquirir uma

qualificação profissional e mais, de forma ampla deve-se preparar a pessoa para enfrentar

situações que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações.

Aprender a viver: este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios

para os educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. O combate ao conflito, ao

preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Aposta-se na educação como veículo de paz,

tolerância e compreensão.

Aprender a ser: a semelhança do aprender a viver com os outros. Fala-se aqui da

educação de valores e atitudes, mas direcionados para o desenvolvimento individual. A idéia é

formar indivíduos autônomos, intelectualmente ativos e independentes, capazes de estabelecer

relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma

consciente e proativa na sociedade, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à

altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de

responsabilidade pessoal. Como depende diretamente dos outros três, deve-se considerar que

a Educação tem como finalidade o desenvolvimento global do indivíduo.

3) Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro

Edgar Morin

Atendendo a UNESCO Edgar Morin (antropólogo, sociólogo e filósofo francês)

relaciona temas que não podem faltar para formar o cidadão do século 21. Assim nasceu o

texto Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. Esses servem de inspiração, pois

incitam o educador a redefinir sua posição na escola, nas suas relações com os alunos, com os

currículos, com as disciplinas e com a avaliação.

Desses sete saberes faz-se necessário destacar quatro:

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1. As cegueiras do conhecimento: O erro e a ilusão O conhecimento nunca é espelho

ou reflexo da realidade; é sempre uma tradução, seguida de reconstrução. Não é viável

afastar o erro do processo de aprendizagem. Deve-se, portanto, considerá-lo como

uma possibilidade concreta que redunde no avanço do conhecimento.

2. O princípio do conhecimento pertinente: Diz respeito à contextualização e o fim da

fragmentação dos conhecimentos, pois no mundo globalizado os acontecimentos locais

têm repercussão sobre o conjunto e essa visão global deve ser priorizada. É preciso

situar as informações num contexto para que adquiram sentido. O conhecimento de

dados isolados é insuficiente. O conhecimento fragmentado de acordo com as

disciplinas impede frequentemente de operar o vínculo entre as partes e a totalidade, e

deve ser substituída por um modo de conhecimento capaz de apreender os objetos em

seu contexto, sua complexidade, seu conjunto.

3. Ensinar a condição humana: Conhecer o humano é situá-lo no universo. Trata-se de

reconhecer que ele é simultaneamente físico, biológico, psíquico, cultural, social,

histórico. A natureza humana é totalmente desintegrada na educação contemporânea

por meio das disciplinas. É preciso restaurá-la, de modo que cada um, onde quer que

se encontre, tome conhecimento e consciência, ao mesmo tempo, de sua identidade

complexa e de sua identidade comum a todos os outros humanos.

4. Ensinar a identidade terrena: Este saber provoca profundas reflexões sobre a relação

do homem com o planeta, a complexidade do mundo, os seus problemas e a nossa

responsabilidade sobre eles, buscando soluções. Trata-se de ensinar que a Terra é um

planeta que precisa ser sustentado a qualquer custo. Enfim, mostrar a necessidade da

sustentabilidade da Terra-Pátria.

4. Ação didática

Criamos nossa ação didática baseada no Ciclo PDCA, também conhecido por ciclo de

Shewhart ou ciclo de Deming, foi desenvolvido em 1930 por Walter Shewhart no Bell

Laboratories. Ele analisou estatisticamente o controle de processos e criou um modelo para ser

aplicado na abordagem de qualquer situação. Aplicamos os conhecimentos de Shewhart aos

pensamentos de Edgar Morin para direcionar estas ações.

Passo 1 –APRENDER A SER - Discussão Pedagógica pela equipe gestora entre professores,

funcionários e APAM- Associação de Pais Alunos e Mestre, visando a condução de um ciclo de

gerenciamento eficaz para implantação das ações na escola. Buscando localizar problemas e

estabelecer metas para a inclusão de novas tecnologias na educação.

Passo 2 – APRENDER A SER- Buscar apoio junto ao Núcleo de Informática na Educação para

implementação do uso das tecnologias da informática Núcleo de Informática na Educação.

Estabelecer um plano de ação junto com os órgãos competentes e conduzir a execução de

acordo com o contexto em que a escola está inserida, visando a sua melhoria.

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Passo 3 – APRENDER A CONHECER - Discussão com os alunos sobre as vantagens do uso

das novas tecnologias. Descobrir junto com o corpo docente quais são as novas tecnologias

para implementação imediata e a longo prazo.

Passo 4 – APRENDER A FAZER - Capacitação dos alunos para o uso das tecnologias

escolhidas pelos professores e equipe escolar para trabalhar em sala de aula.

Passo 5 – APRENDENDO E FAZENDO - Utilização do Laboratório de Informática por parte dos

professores e junto com seus alunos, no horário de aula em mini-projetos de acordo com o

nível de aprendizagem do aluno.

Passo 6 – APRENDENDO A VIVER JUNTOS - Eleição dos melhores trabalhos para inclusão

de matérias no site da escola . Verificar se meta foi atingida.

Passo 7 – APRENDENDO A VIVER JUNTOS – Exposição das publicações dos alunos e

entrega do questionário ao final do semestre para consequente redirecionamento das ações,

para professores, servidores, alunos e comunidade em geral. Tomar ação corretiva no

insucesso e padronizar e treinar no sucesso.

Passo 8 – APRENDENDO A VIVER JUNTOS - Avaliação Final - O processo ensino-

aprendizagem requer constante busca de novas soluções às dinâmicas e constantes

problemáticas que envolvem o ato de aprender, neste intuito espera-se criar uma ferramenta de

integração entre os alunos e o mundo, levando-o a atuar como cidadão globalizado,

aumentando sua auto-estima e envolvendo-o em um processo de abertura de sua visão de

mundo no que diz respeito aos temas interdisciplinares.

5. Ação contextualizada

Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem que o ensino seja realizado a partir de

conteúdos que, em sala de aula, evidenciem para os alunos suas aplicações práticas.

Devemos considerar que a concepção de contexto, abordada pelos PCN, está de acordo

com o pensamento de Brousseau (1996), quando ele afirma que o contexto deve estar

associado a uma situação que dê sentido aos conhecimentos a serem elaborados, sendo

necessário que os alunos descontextualizem o saber produzido, para reconhecer nele um

conhecimento cultural a ser reutilizado. A contextualização nos PCNs referem-se a aspectos

tais como: a relação entre sujeito e objeto; o papel do aluno como participante e não como

sujeito passivo; o ato de compreender, inventar, reconstruir; a relação com as áreas e aspectos

presentes na vida social, pessoal e cultural do aluno, entre outros.

Embora as situações do dia-a-dia tenham importância no sentido de favorecer a

construção de significados para muitos conteúdos, faz-se necessário considerar também a

possibilidade de construção de significados a partir de questões internas da própria disciplina.

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Caso contrário, muitos conteúdos seriam descartados por não fazerem parte da realidade dos

alunos.

Isso demanda um processo de reconstrução da prática pedagógica em que devemos ir

além do aprendizado operacional dos recursos tecnológicos, compreendendo as implicações

dos diferentes recursos no processo de ensino/aprendizagem. Na prática, a teoria ganha vida

ao mesmo tempo em que esta elucida e orienta aquela. O conhecimento da tecnologia

possibilita reconhecer as potencialidades/ limitações no uso pedagógico. E o conhecimento da

pedagogia permite relativizar e ressignificar os recursos tecnológicos. Na verdade, os conceitos

tornam-se significativos através das situações com as quais se interage, não sendo

necessariamente uma aplicação na vida cotidiana.

6. Como deve ser o professor do século XXI

Torna-se claro e evidente após reflexões e apontamentos dos autores Edgar Morin,

Anísio Teixeira a urgente necessidade de mudança de postura do professor perante a evolução

tecnológica e globalização.

Nas palavras de Maria Edmir Maranhão, as últimas décadas exigem do professor uma

transformação profissional, que vai além da formação continuada sendo necessário tornar suas

aulas mais atraentes não perdendo de vista temas transversais, evitando-se a fragmentação do

conhecimento. Valendo-se da contextualização mostrando aos alunos que todas as disciplinas

são vivenciadas por nós no cotidiano. Preocupando-se sempre com a construção da auto-

estima dos alunos, considerando, portanto, as inteligências múltiplas.

O século XXI procura resgatar valores universais e permanentes, conduzindo a uma

visão mais ampla sobre o ser humano e a sua ação. Isso exige um professor multidimensional

e mais abrangente, ou seja, UM EDUCADOR.

7. Qual é o “papel” do professor do século XXI

Para dar conta da complexidade do mundo atual a escola não pode mais pretender

simplesmente transmitir o que a geração anterior aprendeu; e isso muda completamente o

papel do professor nos dias atuais. Que deve estar voltado para a aprendizagem não apenas

dos conceitos e informações fundamentais nas diversas áreas e disciplinas, mas

principalmente para o pensamento criativo, a aplicação do conhecimento de modo flexível em

situações diversas, formular e resolver problemas desconhecidos, colaborar efetivamente com

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outras pessoas e utilizar novas tecnologias de forma fluente como ferramentas de investigação

e comunicação. (Wiske 2008)

Ainda há a grande reflexão trazida por Edgar Morin sobre os sete saberes necessários

à educação do futuro, que indicam a necessidade de rever o tratamento dado ao erro e à ilusão

na reconstrução do conhecimento, da fragmentação desse conhecimento; exigindo novas

concepções didáticas e metodológicas que ainda estão sendo pensadas para dar conta destes

aspectos. Os demais saberes: A Identidade Humana, a Compreensão Humana, a Incerteza, a

Condição Planetária e a Antropo-ética que trazem as questões da natureza humana, da

solidariedade e cooperação, da responsabilidade ambiental, da ética, autonomia pessoal e

participação social à luz da explosão dos conhecimentos e das mudanças tecnológicas,

também exigem do professor novas habilidades e competências para incorporarem esses

princípios educativos modernos às suas práticas. Sobre o sucesso da aprendizagem e o papel

do professor disse Wiske, 2008: “A tarefa dos professores deve ser engajar, motivar, inspirar e

apoiar seus alunos no difícil processo de desenvolver, avaliar e refinar sua compreensão.”

8. Arquitetura pedagógica

Arquitetura Pedagógica é uma combinação de estratégias, dinâmicas de grupo,

softwares educacionais e ferramentas de apoio à cooperação voltadas para o favorecimento da

aprendizagem. Essas arquiteturas, independente de sua natureza, usando ou não a tecnologia

digital, irão sempre requerer a utilização de objetos de aprendizagem. A concepção adequada

desses objetos tem implicações diretas na construção do conhecimento pelos estudantes. As

arquiteturas buscam traduzir propostas pedagógicas em situações de aprendizagem mediadas

por materiais didáticos interativos e por Ambientes Virtuais. Tais situações caracterizam-se pelo

deslocamento das compreensões hierárquicas e disciplinares de ensino e direcionam-se para a

concepção do conhecimento interdisciplinar em um modelo de "rede de relações".

O papel do professor é imprescindível no sentido de criação e proposição de

arquiteturas e de orientação aos estudantes. Assim, as arquiteturas não prescindem de

propostas de trabalho aos estudantes, elas são necessárias para ajudar na construção da

autonomia e do conhecimento dos estudantes, apresentando componentes propositivos e

oferecendo fontes de informação ricas e variadas.

As arquiteturas não se confundem com as formas de trabalho tradicionais de uso de apostilas,

fascículos ou livros didáticos que, na maioria das vezes propõem uma estrutura de trabalho na

qual é privilegiada a apresentação de informação e a proposição de exercícios repetitivos,

fechados e factuais. Elas implicam atividades interativas e problematizadoras, que atuam de

forma a provocar, por um lado, desequilíbrios cognitivos e, por outro, suportes para as

reconstruções. Dessa forma, as arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas,

solicitando do estudante ação e reflexão sobre atividades que priorizam a criação de

estruturas de trabalho interativas e construtivas.

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As arquiteturas pedagógicas trazem em sua proposta um rompimento com a

pedagogia tradicional, pois com a inserção de ferramentas tecnológicas proporcionam

uma aprendizagem interativa, onde o aluno se torna o sujeito de sua aprendizagem. Com

a construção e aplicação de uma arquitetura pedagógica estaremos nos aproximando dos

ideais pedagógicos propostos por Paulo Freire, oportunizando a autonomia de nosso aluno,

pois a mesma parte dos conhecimentos, das certezas e dúvidas dos mesmos trabalhando, ela

possibilita uma quebra de paradigmas, desestruturando conceitos para após reconstruí-los a

partir de testes, troca de informações. Como foi citado acima, o papel do professor neste

processo é o de mediador, questionador, facilitador. O aluno construirá a sua

aprendizagem.

9. O que é de fato necessário para a atuação pedagógica eficaz?

A atuação pedagógica eficaz primeiramente deve estar centrada em apresentar um novo

universo, nova idéias e estudos para os docentes, pois muitos ainda persistem nas aulas

tradicionais, em que a transmissão das matérias e conteúdos não são mais tão significantes, o

advento da inserção da internet no nosso cotidiano facilita a propagação das informações

mesmo sendo relevantes ou não.

Trazer à tona essa discussão propicia ao professor reflexões nas posturas em relação

às formas de aprendizagem adotadas. Uma reestruturação desta postura com base nos quatro

pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, bem

como a junção dos sete saberes necessários a uma educação do futuro requer várias ações,

desde aquelas de curto prazo, como o enfoque dado aos temas estudados em sua aula a partir

de um conhecimento imediato, assim como ações a longo prazo como a integração das

diversas disciplinas, seja em pequenos blocos temáticos ou eixos.

Neste contexto para iniciar a atuação docente deve-se centrar na condução do aluno

aos conhecimentos realmente pertinentes para sua vida profissional, social e pessoal, além da

constante conscientização dos assuntos inerentes à condição humana e das ações e suas

consequências para o planeta Terra. O erro deve perder seu posto de vilão no processo

avaliativo e passar a ter uma carga mais significativa no processo ensino-aprendizagem,

como uma das fases importantes para a reconstrução dos conhecimentos adquiridos.

9.1. Propostas de Ações Estratégicas

Incluir projetos e/ou ações com o uso das tecnologias de informação e comunicação

TIC’s no Projeto Político Pedagógico das Instituições de Ensino.

Coordenar coletivamente, utilizando temáticas voltadas para o estudo das novas

tendências educacionais (transdisciplinaridade, TIC, etc.), por meio de oficinas, cursos

e palestras.

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Ampliar o número de especialistas e apoio específico para diversas áreas na escola:

orientadores, psicólogos, pedagogos para formação de equipes multidisciplinares para

tratar das questões sociais e de socialização / indisciplina dos alunos.

Reestruturar o ensino para integrar as disciplinas, elaborando novas formas de

avaliação do processo de aprendizagem dos alunos.

Reavaliar a postura do professor. Proposta do professor-articulador/orientador.

Inserir aulas/momentos relevantes com temas de filosofia, ética, psicologia, ecologia

nos estudos para valorizar a construção da identidade do educando como ser

integrante desse planeta.

Incentivar os jogos interescolares, que perfazem atividades desportivas, e também

atividades culturais (tais como: concursos de música, arte, poesia, teatro, gincanas,

festivais, entre outros), que propiciem, inclusive, a aproximação da família ao ambiente

escolar.

Desenvolver projetos interdisciplinares, como jornais, rádio, TV, sala ambiente,

propiciando o uso das tecnologias na escola e a participação de toda a comunidade.

9.2. Propostas de Políticas públicas

Ofertar mais cursos de formação continuada para os docentes, desde cursos de

extensão, bem como especializações, mestrados e outros.

Valorizar o profissional da educação, apoiando a melhoria das condições de trabalho

dos professores, do salário e da carreira.

Adquirir novas tecnologias para o universo educacional (Continuar com Programas

Nacionais ProInfo e Banda Larga nas Escolas, bem como ampliar e melhorar outros

programas como TV Escola, DVD Escola, Rádio Escola e etc.).

Criar linhas de financiamento, com custos mais baixos ou zero, para a aquisição de

novas tecnologias para o grupo docente; incentivar a sua formação, levando em

consideração as suas necessidades de acesso a materiais, conteúdos e

equipamentos que o coloquem em condições de pensar em práticas diferenciadas

para contemplar a diversidade em sala de aula.

Reestruturar políticas públicas para educação, especialmente no que se refere à

questão da transferência de renda para que não gerem comodismos. Exemplo:

“Renda minha” – Há famílias que se preocupam apenas em enviar seus filhos para

escola, já que estes seriam encarados como certa fonte de renda e, com isso,

negligenciam a formação do filho.

Promover concursos em âmbito nacional com temas voltados para a conscientização

do nosso Planeta, nossa origem e nossas ações ou ainda sobre a diversidade cultural

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para os alunos, além das demais disciplinas, seguindo o formato, por exemplo, das

Olimpíadas de Matemática.

Incentivar os jovens cientistas, com prêmios, tais como: bolsas de estudo e viagens.

Essa iniciativa deve acontecer desde as séries iniciais, fomentando em todos os

segmentos o espírito investigativo e não somente nas séries finais.

Incentivar os alunos cineastas, atores, diretores, escritores com o intuito de propagar

os diversos olhares sobre nossa realidade.

Reformular o currículo dos cursos de licenciatura, incluindo nas disciplinas existentes

o tema Tecnologia da Educação.

Formar professores para utilizar as tecnologias assistivas em seu trabalho

pedagógico, bem como disponibilizar as tecnologias necessárias para a realização

deste trabalho.

Reconhecer profissionalmente o professor responsável pela coordenação das

tecnologias dentro das Instituições Escolares.

Criar políticas que visem incluir os alunos com necessidades educacionais especiais.

Exemplo: “Igualdade nas Diferenças” em que a falta de preparo dos professores e as

condições oferecidas pela estrutura física da escola comprometem a real inserção

destes alunos.

Aumentar a velocidade da internet do Programa Banda Larga do Governo Federal

para os laboratórios das Instituições Escolares, devido ao grande número de

máquinas dentro dos mesmos.

Capacitar continuamente a equipe dos NTE/Professores/Gestores, para utilização das

TIC’s em suas escolas.

Criar uma política de reciclagem de equipamentos tecnológicos obsoletos ou

danificados, dentro das Instituições Escolares.

Reestruturar políticas como as do “Programa de Descentralização Administrativa e

Financeira – PDAF”, visto que a verba das escolas não é suficiente.

Reestruturar políticas que amenizem a defasagem idade/série. Exemplo: “Aceleração

da Aprendizagem” (Projeto Vereda). A aceleração da aprendizagem acaba por

desestimular que certos alunos vivenciem o processo gradual da educação e

formação.

10. Conclusão

A concepção de ensino mudou e com esta mudança os professores e governantes

devem estar atentos às necessidades que se apresentam em sua realidade. Cabe aos

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governantes a valorização da educação, colocando-a como prioridade máxima em seus

governos. Os professores devem buscar uma mudança de postura pessoal e principalmente

estimular o aluno a mudar de posição em relação à passividade ainda encontrada em sala de

aula.

Uma relação de independência e determinação é criada em um aluno ativo que

constrói o conhecimento, onde cada passo ganha novos significados que irão contribuir para a

formação integral da pessoa humana, valorizando a si mesmo, o outro e o ambiente.

Portanto, podemos afirmar que os sete saberes estarão incorporados na vida e nas

atitudes de cada um de forma permanente e com os quatro pilares desenvolvidos e prontos

para serem colocados em prática na vida cotidiana de um ser complexo, porém em constante

construção.

11. Referências Bibliográficas

CONTEUDOESCOLA. Resenha: Os Sete Saberes Necessários À Educação

do Futuro (Edgar Morin). Disponível em: <http://www.conteudoescola.com.br/

site/content/view/89/27/1/0/. Acesso em: 01 de abril de 2009.

WISKE, Martha Stone. O que é possível fazer para que os alunos tenham um bom

desempenho na escola? Revista Pátio. Ano XII, nº 47, p. 28-30. 2008

MÓDULO. Informática e Sociedade, Tecnologia na Educação PUC Rio/2010

http://www.webartigos.com/articles/10975/1/Nova-Visao-da-Educacao---O-Professor-do-Século-

XXI.

http://marleneportoalegre.blogspot.com/2009/11/arquitetura-pedagogica.html, acessado

em 03/06/10.

http://pmies.org.br/v2/centraladm/artigos/arquivos/20-09_Ciclo_PDCA_-

_Um_instrumento_para_melhoria_continua.pdf, acessado em 25/09/07