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LIÇÃO 4 – Não farás imagens de esculturas (Ex 20.4-6; Dt 4.15-19)
SUBSÍDIOS PARA OS PROFESSORES DA EBD-ADEJA
ESBOÇO
INTRODUÇÃO
1. Homus Religiosus (INTERAGINDO).
I – DOUTRINA DE DEUS
1. A soberania de Deus. (p. 40, 2° §; DEVER)
2. A transcendência de Deus. (III.3, SOARES)
3. A imanência de Deus. (III.3)
4. A misericórdia de Deus. (II.2,3; p. 46, 3°§, p. 48, SOARES, JOYNER)
II – A ADORAÇÃO A DEUS (III.1; WYCLIFFE, p. 47)
1. Deus é espírito e é invisível. (III.2, SOARES, JOYNER)
2. A adoração é em espírito e em verdade. (Jo 4.24; JOYNER)
3. O acesso direto a Deus (Hb 10.19; INTRODUÇÃO).
4. Jesus é o único mediador entre Deus e o homem (I Tm 2.5; INTERAÇÃO).
III – A IDOLATRIA (I)
1. Etimologia de ídolo (eidolon), de imagem (péssel) e de semelhança
(temunah) (I.1-3).
2. Uma agressão ao senhorio e à soberania de Deus (I.2, ZUCK).
3. Etimologia de zeloso (qanna). Adoração exclusiva a Deus. (II.1; p. 46, 2°§)
4. Idolatria não é só no paganismo, o culto aos santos também é. Além disso, o
materialismo também é. Tudo o que substitui ou distrai a adoração que é
devida somente a Deus. (IV.3)
5. Por que o homem tende a prestar culto às imagens? As pseudo-dádivas
concedidas por “santos” ou “anjos”. (I Co 10.20)
6. A doutrina católica sobre o culto às imagens: latria, doulia e hiperdoulia.
(IV.1, CHAMPLIN)
7. Mariolatria. (IV.4; TIAGO SILVA)
8. As pseudo bases bíblicas para o culto às imagens. (II Mc 15.14)
9. Judeus não cultuavam a Arca da Aliança ou a Serpente de Bronze, quando
essa serpente passou a ser adorada, o rei Ezequias mandou destruí-la. (IV.2)
10. A movimentação financeira por trás do culto às imagens. (IV.SUBSÍDIO)
11. Ídolos X objetos de decoração. (CONCLUSÃO; p. 44, 2° §, p. 45, 2° §)
CONCLUSÃO
1. Tolerância religiosa, seus limites. (LUTZER)
MARK DEVER
I.1 - De acordo com a Bíblia e, especificamente, com Êxodo, Deus não é passivo. As
circunstâncias não determinam o seu plano, ao contrário, seu plano determina as
circunstâncias. Amigo, essa é a história de toda a Bíblia. Por isso, tantas coisas
incomuns acontecem — desde a promessa de dar um filho para um casal estéril com
cem anos de idade até a de Deus se fazer carne e morrer na cruz pelos pecados do
mundo. Poucas vezes, a Bíblia lida com o provável. Do início ao fim, a grande história
das Escrituras apresenta o propósito soberano de Deus realizado de forma
surpreendente. Portanto, o Senhor trabalha soberanamente na vida de Moisés e de
Faraó. E supõe-se que testemunhemos isso, assim, ouviremos as suas promessas para
nós, creremos nelas e lhe obedeceremos, sabendo que Ele cumprirá tudo que prometeu.
Deus opera com soberania para salvar seu povo particular;
Ao diferenciar seu povo dos Egípcios;
Ao diferenciar seu povo de todos os povos da Terra;
Na verdade, Êxodo desafia diretamente a noção de que Deus faz tudo por causa
da raça humana. O homem não é o propósito supremo da criação, mas sim a glória de
Deus! Façamos mais um rápido passeio pelo livro a fim de garantir que você apreenda
esse ponto principal. Podemos dizer que o livro inteiro tem o intuito de estabelecer a
própria fama de Deus! Você vê isso em todas as passagens. Acho que você, se ainda não
tinha percebido isso, mudará a forma de ler Êxodo, e talvez toda a Bíblia.
Essa é a mensagem de Exodo: o Senhor — Jeová — é maior que todos os outros
deuses. Deus trabalhou soberanamente para salvar um grupo especial de pessoas a fim
de que observemos sua grandeza. Ele não é apenas outra projeção das esperanças do
homem ou de ideais filosóficos. O Senhor age no tempo e no espaço, portanto, podemos
ver seu poder e adorar sua majestade.
Deus trabalha soberanamente para salvar um povo particular para a sua glória.
Ele fez isso e ainda faz hoje. Isso é o que Ele faz na igreja!
EZEQUIAS SOARES
I.2,3 - Um Deus pessoal
Não é possível conciliar panteísmo e cristianismo. O Deus revelado na Bíblia é pessoal,
transcendente e imanente. O que é a imanência? E o relacionamento do Criador com o
mundo criado, principalmente com o ser humano e a sua história.
A transcendência denota que Deus é um Ser não pertencente à criação, que transcende a
toda matéria e a tudo que foi criado. Ele é independente e está, nesse sentido, separado
da criação, haja vista existir antes da fundação do mundo.
II.1 - Espiritualidade. Este termo não é a mesma coisa que a qualificação “espiritual”;
está relacionado com o substantivo “espírito”; no caso do salvo, relaciona-se ao Espírito
Santo. A Palavra de Deus afirma: “Deus é Espírito” (Jo 4.24). Seu Ser, portanto, não se
compõe de matéria. Jesus disse que “espírito não tem carne nem ossos” (Lc 24.39). Um
espírito é uma substância !material, invisível e indestrutível.
E mudaram a gloria do Deus incorruptivel em semelhanca da imagem de homem
corruptivel, e de aves, e de quadrupedes, e de repteis (Rm 1.23).
O qual e imagem do Deus invisivel, 0 primogenito de toda a criacao (Cl 1.15).
Ora, ao Rei dos seculos, imortal, invisivel, ao unico Deus seja honra egloria para todo 0
sempre. Amem! (ITm 1.1 7).
O termo grego traduzido por “imortal” (I Tm 1.17), em nossas versões portuguesas da
Bíblia, é aphthartos, que literalmente significa “incorruptível”. O adjetivo em questão
foi traduzido dessa mesma forma na versão inglesa Young’s Literal Translation of the
Holy Bible e também aparece em Romanos 1.23.
Ser espírito, por conseguinte, não implica impessoalidade, e sim qualidade de perene,
imperecível. O Senhor Jesus disse que Deus tem voz e forma, mas isso é
incomparavelmente infinito: “Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer”
(Jo 5.37).
I.1. A PROVIDENCIA DIVINA
O termo “providência” não aparece nas Escrituras Sagradas, porém a doutrina é bíblica.
Ela consiste na atividade de Deus para preservar a sua criação até ao seu destino final.
Isso implica governo, soberania e preservação, haja vista ser Ele o Criador de todas as
coisas. O Universo lhe pertence: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas;
glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
Deus é o único soberano do Universo e tem o controle de tudo: “E ele é antes de todas
as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl I.17). Esses aspectos, por si só,
afastam qualquer idéia panteísta ou deísta.
Preservação é o cuidado divino em conservar e manter todas as coisas criadas. Isso
inclui o homem, os demais seres viventes e toda a natureza: “Abres a mão e satisfazes
os desejos de todos os viventes” (SI 145.16). Deus cuida de todos os viventes, desde a
estrutura mais simples até a mais complexa. O que seria do mundo sem a vontade
preservadora de Deus?
Tu so es Senhor, tu fizeste 0 ceu, 0 ceu dos ceus e todo 0 seu exercito, a terra e tudo
quanto nela ha, os mares e tudo quanto neles ha; e tu os guardas em vida a todos, e 0
exercito dos ceus te adora CNe 9.6).
OTodo-Poderoso é, por conseguinte, o Criador e o Mantenedor do Univer- so. Ele está
no controle de tudo e sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3),
como Paulo asseverou em Atos 17.24-27:
O Deus que fez 0 mundo e tudo que nele ha, sendo Senhor do ceu e da terra, nao habita
em templos feitos por maos de homens. Nem tampouco e servido por maos de homens,
como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo e quem da a todos a vida, a
respiracao e todas as coisas; e de um so fez toda a geracao dos homens para habitar
sobre toda a face da terra, determinando os tempos ja dantes ordenados e os limites da
sua habitacao, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, 0 pudessem
achar, ainda que nao esta longe de cada um de nos.
I.4 - Misericórdia, graça e longanimidade. Estes três atributos são correlatos, porém
distintos entre si; manifestam a bondade de Deus. Misericórdia é o termo teológico para
compaixão; trata-se da disposição de Deus para so- correr os oprimidos e perdoar os
culpados. A graça é o favor imerecido de Deus para com o pecador; é a bondade para
quem apenas merece o castigo. Já a longanimidade é a demonstração de paciência; é ser
lento para 1rar-se; retardar a ira.
Passando, pois, 0 Senhor perante a sua face, clamou: JEOVA, 0 SENHOR, Deus
misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficencia e verdade; que
guarda a beneficencia em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressao, e 0
pecado; que ao culpado nao tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os
filhos e sobre os filhos dos filhos ate a terceira e quarta geracao (Ex 34.6,1).
Misericordioso e piedoso e 0 SENHOR; longanimo e grande em benignidade (Sl 103.8).
Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os
homens, nao pelas obras de justica que houvessemos feito, mas, segundo a sua
misericordia, nos salvou pela lavagem da regeneracao e da renovacao do Espirito Santo,
que abundantemente ele derramou sobre nos por Jesus Cristo, nosso Salvador CTt 3.4-
6).
RUSSEL JOYNER
II.1,2 - ESPÍRITO
Os samaritanos eram considerados sectários pelos judeus do primeiro século, e inimigos
a serem evitados. Forçados a abandonar a idolatria, os samaritanos elaboraram uma
interpretação própria do Pentateuco, consagrando o monte Gerizim como o seu local de
adoração. Além disso, rejeitavam o restante do Antigo Testamento. Jesus, na sua
conversa com a mulher samaritana, desfez esse grave erro: "Deus é Espírito, e importa
que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4-24)- De acordo com
essa declaração, a adoração está limitada a nenhum local específico, posto que tal , fato
refletiria um conceito falso da natureza divina. A adoração teria de estar em
conformidade com a natureza espiritual de Deus.
A Bíblia não define "espírito"; limita-se a oferecer algumas descrições. Deus, como
espírito, é imortal, invisível e eterno, digno de nossa honra e glória para sempre (1 Tm
1.17). Como espírito, Ele habita na luz, da qual os seres humanos são incapazes de
aproximar-se: "A quem nenhum dos homens viu nem pode ver" (1 Tm 6.16). Sua
natureza espiritual é-nos de difícil entendimento, pois ainda não o temos visto conforme
Ele é. E, à parte da fé, somos incapazes de compreender o que não experimentamos.
Nossa percepção sensorial não nos oferece nenhuma ajuda para discernirmos a natureza
espiritual de Deus. Ele não está preso à matéria. Adoramos aquEle que é bem diferente
de nós, mas que deseja dar-nos o Espírito Santo como antegozo do dia em que o
veremos conforme Ele é (1 Jo 3.2). Então, poderemos aproximar-nos da sua presença,
porque a nossa mortalidade será anulada, e nos vestiremos da gloriosa imortalidade (1
Co 15.51-54).
I.4 - GRACIOSO E MISERICORDIOSO
Os termos "graça" e "misericórdia" representam dois aspectos do caráter e da atividade
de Deus que, embora distintos, são correlatos entre si. Experimentar a graça divina é
receber uma dádiva que não podemos adquirir por conta própria, e da qual não somos
merecedores. Experimentar sua misericóridia significa ser preservado do castigo a que
se faz jus. Deus é o juiz supremo que detêm o poder para determinar, em última análise,
a punição a quem merece. Quando Ele nos perdoa o pecado e a culpa, experimentamos
a sua misericórdia. Quando recebemos o dom da vida, experimentamos a sua graça. A
misericórdia divina remove o castigo, ao passo que a sua graça coloca algo positivo no
lugar do negativo. Embora mereçamos o castigo, Ele nos dá a paz e restaura-nos
integralmente (Is 53.5; Tt 2.11; 3.5).
"Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade" (SI
103.8). Posto que precisemos ser trazidos da morte para a vida, esses aspectos de Deus
são amiúde mencionados juntamente nas Escrituras com a finalidade de demonstrar seu
inter-relacionamento (Ef 2.4,5; cf. Ne 9.17; Rm 9.16; Ef 1.6).
III.2 - ROY ZUCK
O segundo mandamento. Este preceito (w. 4-6) proibe a representacao do Senhor por
qualquer tipo de idolo ou semelhanca, pois representa-Lo e limitar o Deus transcendente
e inefavel e confundir o Criador com a criacao. Curvar-se e adorar (literalmente,
“servir”) tal imagem constitui fracasso em reconhecer e reagir corretamente a soberania
do Senhor. O motivo para se obedecer a esta exigencia e duplo e esta expresso na forma
de formula abreviada de maldicao e bencao. Os que praticam a idolatria aborrecem o
Senhor (v. 5), ao passo que os que nao a praticam sao os que o amam (v. 6). No
contexto do concerto, estes verbos sao muito instrutivos, pois “aborrecer” significa
rejeitar e “amar” significa escolher.52 Os idolatras, pelo proprio ato da idolatria,
rejeitam o verdadeiro Deus quando Ele escolhe revelar-se, e escolhem uma invencao da
sua própria imaginacao. Por outro lado, os que o amam (escolhem), ou seja, lhe
obedecem (v. 6), tornam-se recebedores do seu amor reciproco, o seu hesed. A lealdade
ao Senhor por parte do povo-servo ocasionara a resposta de compromisso leal e infalivel
a eles.
CONCLUSÃO – ERWIN LUTZER
E muito provavel que seus vizinhos e companheiros de trabalho acreditem que nao
importa a qual deus você faca suas preces pois, no final das contas, toda deidade e a
mesma deidade embutida em um nome diferente. De acordo com relatorio levantado
pela pesquisa Barna em 1993-94, quase dois de cada tres adultos afirmam que a escolha
de uma fe religiosa sobre outra e irrelevante, porque todas as religioes ensinam as
mesmas licoes basicas de vida.
X - Aqui estao tres maneiras possiveis de relacionar Cristo com os desafios de outras
religioes: Primeiramente' existe o pluralismo — a afirmacao direta de que temos de
aceitar todas as religioes como iguais. Cristo e so um homem, um profeta, um entre
varias opcoes, e nao necessariamente uma opção melhor entre outras. 0 pluralismo
insiste que ate a palavra tolerância cheira a fanatismo, a insinuacao de que temos de
“tolerar” aqueles que sao diferentes de nos. Nao devemos apenas tolerar as religioes
diferentes; devemos conceder a elas o mesmo respeito que damos a nossa. Nesse
cenario Cristo e interpretado de forma generica, mas Ele sempre e despojado de sua
deidade (a menos que suas afirmacoes sejam interpretadas com o sentido de que todos
somos divinos). Este pluralismo (ou universalismo) afirma, sem competencia, que
nenhuma religiao tem o direito de julgar a outra. Sem respeito mutuo, tolerância sem
criticas e aceitacao incondicional da “rica” heranca dos outros, não ha base para a
unidade. A superioridade conduz ao preconceito, o qual deve ser exposto, desdenhado e
subsequentemente arrancado pelas raizes.
Uma segunda instancia mais comum e o inclusivismo — abertura as outras religioes que
comecou com o iluminismotdo seculo XIII. Cristo,1 - de acordo com essa perspectiva,
ainda pode ser incomparavel, mas Ele nao tem a exclusiva possessao da verdade. As
outras religioes também sao uma expressao do divino, embora sua forma seja menos
clara que aquela que nos esta especificada no Novo Testamento. Os liberais sempre
procuram demonstrar o valor espiritual das outras religioes. O Concilio Mundial de
Igrejas ressalta que somente pelo dialogo religioso entre as diversas religioes do mundo
sera possivel ver a totalidade da revelacao de Deus. So a ignorancia e a estreiteza de
mentalidade limitaria a revelacao de Deus ao cristianismo, a religiao dominante no
ocidente. Desde o Vaticano II, essa marcha em direcao ao inclusivismo também tem
sido observada na Igreja Catolica. Anteriormente, cria-se com todo fervor que a
salvacao so era possivel pela Igreja, ou seja, a Igreja Catolica. Mas agora que os
protestantes sao chamados de “os irmaos separados”, um texto do concilio diz que a
Igreja Romana nao deve mais ser identificada como a igreja exclusiva de Jesus Cristo i
“os que ainda nao receberam o Evangelho estao relacionados com a Igreja de varias
maneiras”^ Curiosamente, agora que a porta da salvacao foi aberta para os protestantes,
também abriu-se para os adeptos de outras religioes. Sabe-se que o papa Joao Paulo I
rezava com hindus, budistas e representantes de outras crencas.
-Em terceiro lugar, ha o exclusivismo, que sustenta que Deus se revelou somente em
Cristo; portanto, todas as outras religioes sao imperfeitas, desencaminhadoras e falsas.
Pode-se dizer que Elias, o poderoso profeta do Antigo Testamento, era exclusivista.
Quando ele teve uma disputa com os profetas de Baal e ficou comprovado que eles
eram falsos, Elias apanhou 400 deles e matou-os no ribeiro de Quisom.
O Novo Testamento mantem esta tradicao de exclusividade, com a diferenca de que os
seguidores de outras religioes nao sao mais sujeitos as penalidades civis.
O exclusivismo, eu poderia acrescentar, nao esta em conflito com a liberdade religiosa.
A liberdade de adotar qualquer religiao que a pessoa queira (ou nao queira nenhuma),
deve ser um direito em todos os paises, especialmente naqueles que foram influenciados
pela fe crista. Como veremos mais tarde, uma definicao adequada do exclusivismo
significa que, ao mesmo tempo que reconhecemos e respeitamos a liberdade religiosa,
nao comprometemos nossas conviccoes. Tambem nao as combinamos com outras
religiões ou filosofias. Sc ha um Deus verdadeiro, nossas opcoes sao limitadas.
Estas tres possibilidades geram outras Variacoes. Por exemplo, ha o seletivismo dizendo
que nao temos de seguir uma religiao, mas compilar nossa propria lista particular de
crencas apreciadas.
Nossa geracao cada vez mais quer tirai- a religiao do ambito .do discurso racional e
relega-la a area das preferencias e opinioes pessoais! (...)Os deuses do movimento da
Nova Era sempre sao, quase a qualquer custo, tolerantes com as preferencias sexuais, o
feminismo e os prazeres hedonisticos. (...)
Permita-me deixar claro que a tolerancia pode ser definida de duas maneiras legitimas.
Como mencionado no primeiro capitulo a tolerancia lesal e o direito que cada um tem
de acreditar em qualquer crença (ou em nenhuma) que se queira acreditar. Tal tolerancia
e muito importante em nossa sociedade, e nos, como cristaos, devemos manter nossa
conviccao de que ninguem jamais deve ser coagido a crer no que cremos. A liberdade
religiosa nao so deve ser mantida nas democracias ocidentais, mas tambem promovida
em outros paises.
Segundo, existe a tolerancia social, o^ompromisso de respeitar todas as pessoas mesmo
que discordemos frontalmente de sua religiao e ideias. Quando nos envolvemos com
outras religioes e questoes morais na feira ideologica, deve ser com cortesia e bondade.
Temos de viver em paz com todos os individuos, mesmo com os de conviccoes
divergentes, ou com os que nao tem nenhuma crenca. Nao precisamos mais de cristãos
farisaicos que julguem piamente os outros, sem admitir com humildade que todos
somos criados a imagem de Deus. A tolerancia, como a paciencia, e fruto do Espirito
Santo.
Mas a tolerancia da qual falo — se preferir, nosso icone nacional — e algo bastante
diferente. Trata-se de uma tolerancia desprovida de critica que evita o debate energico
na busca da verdade. Esta nova tolerância insiste que nao temos direito de discordar de
uma agenda social liberal; nao devemos defender nossas perspectivas de moralidade,
religiao e respeito pela vida humana. Esta tolerancia respeita ideias absurdas, mas
castiga qualquer um que acredite em absolutos ou que reivindique ter descoberto
alguma verdade. Alguem disse que essa tolerancia inclui todos os pontos de vista. Esta e
a tolerancia apenas para aqueles que marcham no passo da multidao tolerante.
Voce ouviu falar do “politicamente correto", a doutrina baseada em um novo direito
americano — j) direito de nunca ser ofendido. Se suas opinioes batem de frente contraia
agenda liberal oficial! e melhor permanecer quieto ou sera acusado de “violencia
verbal”. Leis estao sendo feitas para proibir todo discurso que seja ofensivo a um grupo
minoritario. Desnecessario e dizer que os grupos contra o aborto sao uma ofensa para
muitas pessoas; da mesma forma sao aqueles que nao acreditam na agenda
homossexual; assim sao os que acreditam em Cristo como o único caminho que nos
conduz a Deus.
CHAMPLIN
III.6 – Adoração e Veneração
A Igreja Católica Romana faz muita questão de distinguir entre «adorar.. e «venerar»,
afirmando que os seus adeptos não adoram, mas somente veneram as imagens de
escultura. Mas isso é fugir da questão, pois as Escrituras não nos ordenam que
veneremos as imagens de escultura. Na realidade, para todos os efeitos práticos,
«adorar» e «venerar.. são sinônimos perfeitos. Quem adora, venera; e quem venera,
adora. Na linguagem religiosa, o termo é usado para indicar a devoção, o serviço e a
honra que prestamos a Deus, em público ou individualmente. Os templos evangélicos
são lugares de adoração, e as formas de culto divino, seguidas pelas diversas
denominações cristãs, são formas de adoração. O verbo «adorar» pode ser usado tanto
transitivamente, «adorar a Deus.., como intransitivamente, «participar da adoração».
Visto que a adoração inclui todos os seus elementos constitutivos por exemplo, louvor,
oração e pregação, e visto 'que também envolve várias questões associadas, como
templos, música, hinos, o número de vocábulos hebraicos e gregos envolvidos nesse ato
é muito elevado e diversificado. Nosso estudo estará alicerçado sobre o exame de cinco
termos gregos básicos, embora devamos mencionar ao menos o sentido de certas
palavras hebraicas mais importantes, como «prostrar-se», «fazer um idolo» , «servir»,
«inclinar-se», No hebraico, a primeira dessas palavras é usada por cerca de cento e
setenta e duas vezes nos vários livros do Antigo Testamento. Abaixo damos o esboço do
artigo:
TIAGO VIDAL DA SILVA
Olhando por uma outra vertente, o Concílio convocado por Cirilo de Alexandria tinha
como principal objetivo combater a heresia denominada nestorianismo2, o que de certo
modo foi alcançado.
Maria depois de 400 anos de penumbra sai do Concílio de Éfeso, que durou apenas 10
dias (de 22 a 31 de julho de 431) com uma história, uma missão, uma doutrina, um
culto, um lugar eminente na corte celeste, Rainha dos Céus, dos Anjos e de todos os
Santos, Mãe da Igreja, Mãe de Deus (SILVA, 2006, p. 17).
Sob o título de “Mãe de Deus”, todos os outros hipocorísticos dedicados aos deuses
pagãos passam a fazer referência a Maria (Rosa de Ouro, Rainha do Universo, etc.).
Fiores e Meo (1995, p.900) nos declaram que “a força mitológico-simbólico de Maria é
tal que ela polariza em si uma encruzilhada de mitos”. Deste ponto de vista, ratifica-se o
fato de que o culto mariano foi integrando-se gradativamente na religiosidade do povo
cristão e que será somente a partir do século IV que a figura de Maria vai assumir
dimensões maiores dentro do Cristianismo.
NOTAS
Assunção de Maria 1950 - Pio XII
Perpétua virgindade - séculoVII
Imaculada Conceição - 1854 - Pio IX
Mãe da Igreja - Concílio Vaticano II 1962-65- Paulo VI
Medianeira - não é dogma
Corredentora - não é dogma
Rainha do Céu - Encíclica de 1954 - Pio XII
BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA de Estudo Defesa da Fé: questões reais, respostas precisas, fé solidificada. Rio
de Janeiro: CPAD, 2010.
DEVER, Mark. A mensagem do Antigo Testamento: uma exposição teológica e
homilética. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
HIGGINS, John R. A Palavra inspirada de Deus. In: HORTON, Stanley M. (ed.).
Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD.
HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Editora Vida, 1983.
MERRIL, Eugene H. Uma teologia do Pentateuco. In: ZUCK, Roy B. (ed.). Teologia do
Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
SOARES, Esequias. Teologia: a doutrina de Deus. In: GILBERTO, Antonio (ed.).
Teologia Sistemática Pentecostal. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.