dez anos de luta pelo direito ao transporte público de qualidade

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2003 O MDT foi criado em 2003, reunindo, na sua origem, um conjunto de endades e instuições que nas décadas anteriores vinham resisndo à políca de sucateamento e de despresgio do trans- porte público, lutando pela criação de recursos permanentes para o transporte público e pelo barateamento da tarifa. Grupo de Ação Pró-Transporte (GAT). No início do Século 21, as propostas e os esforços dessas endades convergiram, tendo como princi- pal ponto de aglunação o Grupo de Ação Pró-Transporte (GAT), oficialmente instuído em agosto de 2002, e a sustentação da As- sociação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), por intermédio de seu escritório em Brasília. Um dos principais resultados obdos foi a aprovação do projeto de lei de regulamentação da CIDE/ Combusveis na Câmara e no Senado, que garanria 25% desses recursos para os transportes públicos, argo infelizmente vetado. Reivindicações e interesses comuns. A primeira conquista do MDT foi idenficar um conjunto de reivindicações e interesses comuns a trabalhadores, empresários, organizações não governamentais, profissionais liberais, universidades, movimentos populares, gover- nos estaduais e municipais, e formular um conjunto de propostas que pudessem ser abraçadas por todos. Manifesto e Documento Base. Tomam forma o Manifesto e o Documento Base do MDT, que logo passam a ser divulgados por vários meios. É nesse instante que se fixa o nome Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos – MDT. Pré-lança- DEZ ANOS DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO DE QUALIDADE PARA TODOS 2003 - 2013 Este texto tem como objevo apontar ações significavas desenvolvidas no campo da mobilidade urbana no Bra- sil nos úlmos dez anos e como o MDT contribuiu para o sucesso da maior parte delas. Estão considerados aqui pon- tos da trajetória do MDT desde a época de sua gestação como Movimento, com o Grupo de Ação Pró-Transporte (GAT); a aliança com a Frente Parlamentar do Transporte Público, Fórum Nacional de Reforma Urbana, Frente Nacional de Prefeitos e Fórum Nacional de Secretários e Transporte, bem como os primeiros passos da atuação no Conselho Nacional das Cidades, no início da década pas- sada, até os momentos atuais. Hoje se observa um anteri- ormente inimaginável volume de recursos disponibilizados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e de iniciavas dos governos do Estado de São Paulo e do Estado do Rio de Janeiro para invesmentos em sistemas estruturais de transporte. O panorama atual, mais promissor do que foi há dez anos, envolve, entre outros pontos, maior vontade políca de governantes de promoverem desonerações das tarifas, e a perspecva de aprovação pelo Congresso, do Regime Especial de Incenvos para o Transporte Urbano de Pas- sageiros (REITUP); nova fase de implantação das polícas de acessibilidade universal, a aprovação e implementação da Lei da Mobilidade Urbana, que consagra diversos pontos defendidos historicamente pelo MDT; as manifestações nas ruas contra o aumento das tarifas e por maior qualidade dos serviços, e o trabalho de membros do Secretariado do MDT no Conselho das Cidades, em especial, recentemente, com propostas para um pacto nacional pela mobilidade. OS CINCO EIXOS DE LUTA DO MDT FORAM DEFINIDOS AINDA EM 2003 EIXO 1 – Mobilidade para Todos; EIXO 2 – Invesmentos Per- manentes nos Transportes Públicos; EIXO 3 – Barateamento das Tarifas para Inclusão Social; EIXO 4 – Prioridade para o Transporte Público no Transito; EIXO 5 – Transporte Público com Desenvolvimento Sustentável e Respeito ao Meio Ambi- ente.

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Este texto tem como objetivo apontar ações significativas desenvolvidas no campo da mobilidade urbana no Brasil nos últimos dez anos e como o MDT contribuiu para o sucesso da maior parte delas.

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Page 1: Dez anos de luta pelo direito ao transporte público de qualidade

2003 O MDT foi criado em 2003, reunindo, na sua origem, um conjunto de enti dades e insti tuições que nas décadas anteriores vinham resisti ndo à políti ca de sucateamento e de desprestí gio do trans-porte público, lutando pela criação de recursos permanentes para o transporte público e pelo barateamento da tarifa. Grupo de Ação Pró-Transporte (GAT). No início do Século 21, as propostas e os esforços dessas enti dades convergiram, tendo como princi-pal ponto de agluti nação o Grupo de Ação Pró-Transporte (GAT), ofi cialmente insti tuído em agosto de 2002, e a sustentação da As-sociação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), por intermédio de seu escritório em Brasília. Um dos principais resultados obti dos foi a aprovação do projeto de lei de regulamentação da CIDE/Combustí veis na Câmara e no Senado, que garanti ria 25% desses recursos para os transportes públicos, arti go infelizmente vetado. Reivindicações e interesses comuns. A primeira conquista do MDT foi identi fi car um conjunto de reivindicações e interesses comuns a trabalhadores, empresários, organizações não governamentais, profi ssionais liberais, universidades, movimentos populares, gover-nos estaduais e municipais, e formular um conjunto de propostas que pudessem ser abraçadas por todos. Manifesto e Documento Base. Tomam forma o Manifesto e o Documento Base do MDT, que logo passam a ser divulgados por vários meios. É nesse instante que se fi xa o nome Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos – MDT. Pré-lança-

DEZ ANOS DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO DE QUALIDADE PARA TODOS

2003 - 2013Este texto tem como objeti vo apontar ações signifi cati vas desenvolvidas no campo da mobilidade urbana no Bra-sil nos últi mos dez anos e como o MDT contribuiu para o sucesso da maior parte delas. Estão considerados aqui pon-tos da trajetória do MDT desde a época de sua gestação como Movimento, com o Grupo de Ação Pró-Transporte (GAT); a aliança com a Frente Parlamentar do Transporte Público, Fórum Nacional de Reforma Urbana, Frente Nacional de Prefeitos e Fórum Nacional de Secretários e Transporte, bem como os primeiros passos da atuação no Conselho Nacional das Cidades, no início da década pas-sada, até os momentos atuais. Hoje se observa um anteri-ormente inimaginável volume de recursos disponibilizados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e de iniciati vas dos governos do Estado de São Paulo e do Estado do Rio de Janeiro para investi mentos em sistemas estruturais de transporte.

O panorama atual, mais promissor do que foi há dez anos, envolve, entre outros pontos, maior vontade políti ca de governantes de promoverem desonerações das tarifas, e a perspecti va de aprovação pelo Congresso, do Regime Especial de Incenti vos para o Transporte Urbano de Pas-sageiros (REITUP); nova fase de implantação das políti cas de acessibilidade universal, a aprovação e implementação da Lei da Mobilidade Urbana, que consagra diversos pontos defendidos historicamente pelo MDT; as manifestações nas ruas contra o aumento das tarifas e por maior qualidade dos serviços, e o trabalho de membros do Secretariado do MDT no Conselho das Cidades, em especial, recentemente, com propostas para um pacto nacional pela mobilidade.

OS CINCO EIXOS DE LUTA DO MDT FORAM DEFINIDOS AINDA EM 2003EIXO 1 – Mobilidade para Todos; EIXO 2 – Investi mentos Per-manentes nos Transportes Públicos; EIXO 3 – Barateamento das Tarifas para Inclusão Social; EIXO 4 – Prioridade para o Transporte Público no Transito; EIXO 5 – Transporte Público com Desenvolvimento Sustentável e Respeito ao Meio Ambi-ente.

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mento em Brasília. Em 21 de agosto, houve o pré-lançamento do MDT em Brasília, em seminário da NTU, com 500 participantes. Na ocasião, o ministro das Cidades elogiou o MDT e defendeu investimentos em transporte público e o barateamento da tarifa como instrumento de inclusão social. Pré-lançamento em São Paulo. Em 5 de setembro, no encerramento da 9ª Semana de Tec-nologia Metroviária, organizada pela Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), aconteceu o pré-lançamento do MDT em São Paulo, com autoridades de governo das esferas estadual e municipal. Lançamento do MDT e da Frente Parlamen-tar. Em 25 de setembro de 2003, ato na Câmara Federal lançou o MDT, suprapartidário, e seu parceiro político, a Frente Parlamen-tar do Transporte Público, que reúne mais de 150 parlamentares na Câmara Federal e no Senado, de todos os partidos. Após o ato, 36 líderes e parlamentares entregaram as propostas do MDT ao vice-presidente da República. Na ocasião, o MDT recebeu apoio unânime dos deputados estaduais de Minas Gerais e da Frente Nacional de Prefeitos. 14º Congresso da ANTP. As propostas do MDT repercutiram no 14º Congresso da ANTP, realizado na cidade de Vitória, no Espírito Santo. A luta pela qualidade e contra a ex-clusão no transporte é um dos eixos de discussão do encontro. Na Conferência Nacional das Cidades. Entidades fundadoras do MDT atuam no Conselho Nacional das Cidades – organismo formal-izado na 1ª Conferência Nacional das Cidades, em Brasília, de 23 a 26 de outubro.

2004Pacto Federativo. É concluído o relatório do pacto federativo que vinha sendo discutido desde 2003, envolvendo quatro ministé-rios, entidades nacionais representativas dos municípios, a Frente Parlamentar do Transporte Público e ANTP, com participação do MDT. O documento final do encontro, que acabou não implemen-tado, incluía aumento de 10 centavos no custo da gasolina para re-duzir 10% das tarifas, combate ao transporte clandestino, fim das gratuidades, destinação de recursos da CIDE/Combustíveis para o transporte público, defesa do vale-transporte e ações para arregi-mentar a participação dos estados. Encontro Nacional do MDT e Manifesto 2004. Realizado em São Paulo, o Encontro Nacional do MDT – com 300 participantes e grande presença de lideranças dos movimentos sociais e populares, do ministro das Cidades, do presidente da Frente Nacional de Prefeitos e do secretario de Transportes do Município de São Paulo – debateu as teses depois publicadas no segundo documento do MDT, o Manifesto 2004. Decreto da Acessibilidade Urbana. O MDT participa de todo o

processo de elaboração e aprovação do Decreto nº 5296/2004 que regulamenta as leis nº 10.048/2000 e nº 10.098/2000.

2005Barateamento e qualidade com participação dos prefeitos. Em abril, foi realizado em Salvador, com participação do MDT, o encontro da Frente Nacional de Prefeitos intitulado Barateamento e Qualidade no Transporte Coletivo Urbano. Tarifa Cidadã. Desenvolve-se a partir de junho a Campanha Ação Nacional Tarifa Cidadã, com diferentes e atraentes peças publicitárias impressas e eletrônicas, mostrando pela primeira vez, de forma didática, a composição das tarifas de transporte com a clara identificação do peso dos tributos e das gratuidades, que acabam sendo pagos pelo usuário comum; mais de 100 municípios aderiram à cam-panha durante vários meses. Marcha pela Reforma Urbana. O MDT participa das ações da Marcha pela Reforma Urbana, em Brasília, levando as bandeiras do barateamento e mais recursos

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para os transportes públicos em passeata de rua e encontros com ministros do governo federal.

2006 Parti cipação dos governos. Lançamento de manifesto pela efeti va parti cipação dos governos na garanti a do direito ao transporte público de qualidade para todos. Defesa do vale-transporte. Luta pela manutenção do vale-transporte, que, no primeiro semestre daquele ano, sofreu pelo menos quatro tentati vas de eliminação ou descaracterização. O MDT lançou na ocasião o manifesto Não ao vale-transporte em dinheiro! Custo do diesel. Em maio, o MDT lança o documento Aumento do óleo diesel incenti va a exclusão social. De olho no voto. Em setembro, houve o lançamento da Campanha Nacional De Olho no Seu Voto, junto com o Fórum Nacional da Reforma Urbana.

2007 Direito ao transporte. Em abril, aconteceu o lançamento do mani-festo Pelo direito ao transporte público bom e barato. Sustentabi-lidade. No mês de setembro, publicação do manifesto Por uma mobilidade urbana sustentável com direito ao transporte público de qualidade. Poucos recursos do PAC. O MDT criti cou o baixo volume de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-1) para o setor de mobilidade urbana (menos de 1% do total).

2008 Críti ca aos subsídios para os automóveis. O MDT divulgou o documento Mais subsídios aos automóveis! Enquanto isso, nossas cidades estão parando e os transportes públicos recebem mais um aumento do diesel. “A rua é nossa”. Em setembro, foi divul-gado o manifesto A rua é nossa e não dos carros!, por ocasião da 8ª Jornada Brasileira “Na Cidade, Sem Meu Carro”. Este texto foi atualizado e reeditado nos anos seguintes.

2009 Contra o moto-táxi. Em maio, o Senado trouxe de volta o risco da regulamentação da profi ssão de moto-taxista e o MDT publicou manifesto contrário à medida. Recursos para o setor metrofer-roviário. Governo paulista anunciou o Plano de Expansão com investi mentos de R$ 20 bilhões, para o Metrô-SP e a CPTM. Reforma urbana e mobilidade. O MDT, o Insti tuto RUAVIVA e o Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU) lançaram manifesto sobre a mobilidade urbana por ocasião da 9ª Jornada “Na Cidade, Sem Meu Carro”. Publicação Mobilidade Urbana e Inclusão Social. Em parceria com o FNRU, o MDT lançou nacionalmente a publica-ção Mobilidade Urbana e Inclusão Social. A publicação integra um projeto de formação e sensibilização da sociedade, tendo como público-alvo os movimentos sociais, em especial os que compõem o Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU), e como instrumen-tos, seminários e cursos regionais. A publicação foi reeditada várias vezes com apoio de diferentes enti dades, alcançando 50 mil exemplares, já esgotados, até 2013.

2010Recursos do PAC-2. Foi anunciado o PAC da Copa, com R$ 7,68 bilhões federais e R$ 3,8 bilhões estaduais e municipais para 47 projetos em 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014. Trata-se do primeiro grande investi mento federal no setor. Em março, o PAC-2 prevê recursos da ordem de R$ 24 bilhões para a mobilidade urbana, incluindo calçadas e pavimentação do viário uti lizado por ônibus. Curso do MDT. Realizado com êxito o curso-piloto Mobilidade Urbana e Inclusão Social, que tem por base a publicação do mesmo nome; o curso aconteceu durante encontro do Fórum Nordeste da Reforma Urbana. Eleições. Candidatos à Presidência, aos Governos Estaduais e ao Legislati vo receberam propostas do MDT. Blog do MDT. Em junho, foi lançado o Blog do MDT, com dezenas de postagens mensais sobre temas do setor. Balanço de sete anos de ati vidades. O MDT divulgaou na 16ª Semana de Tecnologia Metroferroviária um balanço políti co dos seus sete anos de ati vidades, contrapondo suas teses e ações com

ACESSE O PORTAL DO MDT

www.mdt.org.br

Page 4: Dez anos de luta pelo direito ao transporte público de qualidade

as conquistas na área do barateamento tarifário e qualifi cação do transporte público. Novamente, de olho no voto. Com a proximi-dade das eleições, houve o relançamento da Campanha Nacional De Olho no Seu Voto. Reiterando a tese de que as ruas pertencem às pessoas. Durante a 10ª Jornada Brasileira “Na Cidade, Sem Meu Carro”, o MDT, o RUAVIVA e Fórum Nacional da Reforma Urbana reiteram a defesa das ruas para as pessoas.

2011

Mais recursos. O governo federal apresenta o PAC Grandes Cidades; registra-se o compromisso do governo do Estado de São Paulo de investi r R$ 45 bilhões em sistemas estruturais de transporte público. MDT em Goiás. No mês de agosto, houve o lançamento do MDT Goiás, que, como uma de suas primeiras ações, desenvolveu a segunda edição do curso Mobilidade Urbana e Inclusão Social. Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011/2020. Resolução da ONU que propôs que entre 2011 e 2020 os países reduzissem em pelo menos 50% o número de mortos no trânsito. O Brasil aderiu ofi cialmente a essa convocação da ONU e enti dades do setor (muitas delas, integrantes do Secretariado do MDT) formularam um conjunto organizado de propostas de ação encaminhado ao Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Se-gurança e Paz no Trânsito. O Comitê acatou boa parte das propos-tas e com elas preparou o documento fi nal, entregue ao governo. Esse documento ainda está em análise pelo governo federal, ape-sar de decorridos mais de dois anos do prazo proposto pela ONU. Na Década, em vez de diminuir, aumentou o número de mortes no trânsito e o Comitê fi cou mais de um ano sem se reunir.

2012 Lei de Mobilidade Urbana. Em janeiro, foi sancionada a Lei da Mobilidade, (Lei nº 12.587/12) que entrou em vigor três meses depois. Pontos defendidos nos cinco eixos do MDT integram as diretrizes estabelecidas pela lei, como por exemplo, a prioridade no uso das vias pelos modos de transporte não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coleti vo sobre o transporte individual motorizado, a políti ca de estacionamen-tos, ou a racionalização e integração entre os modos e serviços de transporte urbano. MDT em audiência com a Presidência da República. Responsável pelo Escritório da ANTP em Brasília, o coordenador nacional do MDT foi um dos quatro representantes do Fórum Nacional da Reforma Urbana em audiência concedida

em 14 de junho pela presidente da República a esse movimento; a questão da mobilidade foi um dos temas tratados. Rio+ 20. MDT parti cipa de ati vidades correlatas à conferência global da ONU Rio+20; o documento fi nal do encontro reconhece o transporte sustentável como essencial para o desenvolvimento sustentável. Seminários sobre a Lei de Mobilidade. Em ações que contaram com a parti cipação do MDT, a Lei de Mobilidade Urbana foi apre-sentada nacionalmente por meio de seminários regionais organiza-dos pela Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Ur-bana, do Ministério das Cidades. Prioridades nas vias. Em setem-bro, por ocasião da 12ª Jornada “Na Cidade, Sem Meu Carro”, houve o lançamento do manifesto com alusão à Lei de Mobilidade Urbana com o tí tulo Agora é Lei, a rua é dos pedestres, bicicletas e transportes públicos. Desoneração. Com início previsto para junho de 2013, o governo federal anunciou que isentará os transportes públicos do pagamento do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofi ns), que representam, juntos, 3,65% da planilha tarifária, bem como o pagamento dos encargos pelo faturamento, que permite reduzir as tarifas em mais 3%. Miti gação das Mudanças Climáti cas. O MDT parti cipou das audiências públicas que levaram em 2013 à aprovação pelo governo federal do Plano Setorial de Transporte e Mobilidade Urbana para Miti gação das Mudanças Climáti cas.

2013No Facebook. Em 20 de março, foi implantada a página do MDT no Facebook. Compreensão da Lei de Mobilidade. Com parti cipação do MDT, o Ministério das Cidades promove seminário de sensibi-lização e de capacitação de gestores para compreender e aplicar a Lei de Mobilidade Urbana. Manifestações e avanços legislati vos. Em junho de 2013, manifestações generalizadas tomaram as ruas do Brasil para reivindicar uma tarifa justa e qualidade para o trans-porte público. Em meio aos protestos, avançavam no Congresso projetos para melhorar e baratear o transporte público, como o que insti tui o Regime Especial de Incenti vos para o Trans-porte Urbano e Passageiros (REITUP) e a Proposta de Emenda à Consti tuição (PEC) 90/11, que inclui o transporte no grupo de direitos sociais estabelecidos pela Consti tuição. Pacto Nacional da Mobilidade. Membros do Secretariado do MDT parti cipam da elaboração de propostas ao governo federal para as diretrizes de um pacto federati vo a fi m de reduzir tarifas, dar qualidade ao transporte público e implementar a parti cipação da sociedade nas decisões da mobilidade urbana, consti tuindo um conselho de transporte através do Comitê de Mobilidade Urbana do Con-selho das Cidades, e propondo a uti lização de mais R$ 50 bilhões em investi mentos em transportes públicos.

ENTIDADES INTEGRANTES DO SECRETARIADO DO MDT

Estas são as enti dades integrantes do Secretariado do MDT: Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Central de Movimentos Populares (CMP), Confederação Nacional das Associações de Moradores (CO-NAM), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes/ Central Única de Trabalhadores (CNTT/CUT), Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU), Fórum Nacional de Secretários e Dirigen-tes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito (FNSTT), Insti tuto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), Metrô Rio, Metrô-SP, Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), Nova Central Sindical de Tra-balhadores (NCST), Sindicato dos Engenheiros da Bahia (SENGE-BA), Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), União Nacional por Moradia Popular (UNMP).