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211
DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO COEFICIENTE DE POISSON DIFERIDO EM UM ESTADO DE TENSÕES DE COMPRESSÃO BI-AXIAL ANTONIO CLAUDIO FERRARO MAIA TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERDIDADE FEDERAL DO RIO DE JA NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CI~NCIA (M.Sc.) ,. Aprovada por: RIO DE JANEIRO ESTADO DA GUANABARA - BRASIL DEZEMBRO DE 1974

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Page 1: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO

COEFICIENTE DE POISSON DIFERIDO

EM UM ESTADO DE TENSÕES DE COMPRESSÃO BI-AXIAL

ANTONIO CLAUDIO FERRARO MAIA

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE

PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERDIDADE FEDERAL DO RIO DE JA

NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO

GRAU DE MESTRE EM CI~NCIA (M.Sc.) ,.

Aprovada por:

RIO DE JANEIRO

ESTADO DA GUANABARA - BRASIL

DEZEMBRO DE 1974

Page 2: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

i

A meus pais e

a minha noiva Cristina

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ii

A G R A D E C I M E N T O S

Ao Professor Fernando Luiz Lobo B. Carneiro, pela amiza

de, inestimáveis sugestões, orientação e ensinamentos.

Aos colegas, professores e funcionários da COPPE pelo

apoio e ajuda dedicada.

A Iraci Mélo de Lima e a Raymundo DÓria Soares pela ex~

cuçao do texto datilografado e dos desenhos das figuras e gráfi

cos.

 CAPES pelo auxílio.

A todos que se empenharam para que essa dissertação p~

desse ser apresentada.

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iii

R E S U M O

Este trabalho pretende apresentar e analisar os prime!

ros resultados de medida direta de deformações no concreto da pl~

ca de reação (laje pretendida em duas direções) do Laboratório de

Estruturas do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio

de Janeiro.

A observação realizada teve como objetivos a obtenção

da fluência do concreto e a variação com o tempo do Coeficiente

de Poisson correspondente às deformações instantânea e lenta no

estado plano de tensões.

A verificação da segurança no estado limite de utiliza

çao e no estado limite Último da placa de reação sob a açao dos

sistemas de forças auto-equilibradas é apresentada paralelamente

neste trabalho.

O conjunto de aparelhos empregados constou de 31 ex

tensômetros elétricos de resistência tipo Carlson e 12 bases para

leituras com o extensômetro mecânico removível "defôrmetro de

Huggenberger".

O período de observação correspondente aos resultados

apresentados está compreendido entre a concretagem e um ano após

a realização da pretensão.

As variações de temperatura que ocorrem no interior da

massa de concreto durante a fase de hidratação do cimento e, ao

longo do tempo, podem ser constatadas através de gráficos temper~

tura-tempo.

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iv

Os Princípios e Recomendações do Comitê Europeu do Con

ereto (CEB) e da Federação Internacional da Protensão (FIP) foram

utilizados nessa pesquisa, procurando-se também estabelecer uma

comparaçao de alguns resultados obtidos experimentalmente com os

valores propostos por estas Recomendações.

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V

ABSTRACT

It is the intention of this work to present and analyse

the first results of direct strain measurement in the concrete of

the test slab (prestressed slab in _two directions) of the Labora

tório de Estruturas do Centro de Tecnologia da Universidade Fede

ral do Rio de Janeiro.

The purpose of the work is to observe the creep of the

concrete and the change with time of Poisson's ratio relative to

instantaneous and deferred deformations in plane stress.

The safety check in the serviceability limit state and

in the ultimate limit state of the test slab under systems of

self-equilibrated forces are presented in parallel in this work.

The set of employed instruments consisted of 31 Carlson

electric strain gauges and 12 supports for readings with removable

mechanical strain gauges "deformeter Huggenberger".

The observation period corresponding to the results

presented is between the concrete placing and one year after

prestressing.

The change in temperature which occurs in mass concrete

during cement hydration and along of time is presented in graphical

form.

The Principles and Recommendations of the Comité

Européen du Béton (CEB) and of the Fédération Internationale de

la Précontrainte (FIP) were used in this research, in an attempt

to establish a comparison of some experimental results with those

proposed by the Recommendations.

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vi

ÍNDICE

NOTAÇÕES.

UNIDADES

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I DESCRIÇÃO DA PLACA DE REAÇÃO

1.1 Plantas

1.2 Materiais ...... 1. 2 .1 Agregados

1.2.2 Cimento

1.2.3 Concreto

1. 2. 4 Aço

1.3 Execução ...... . .... 1.3.1 Concretagem

1.3.2 Protensão

1. 4 Ensaios de controle do concreto e do aço

1. 4.1

1.4.2

CAPÍTULO II

Concreto

Aço • • . • • • ••••

INSTRUMENTAÇÃO

2.1

2.2

2.3

2.4

2.5

2.6

Generalidades

Extensômetros elétricos de resistência tipo Carlson.

2.2.1

2.2.2

2.2.3

2.2.4

2.2.5

Princípio de funcionamento

Instrumento de medida

Medida da deformação

Medida da temperatura

Cálculo da deformação e da temperatura

Extensômetro mecânico removível "defórmetro de Hugge!!_

berger" .......................................... Localização dos extensômetros Carlson e das bases

ra leitura

Preparação

com o "defórmetro de Huggenberger"

e instalação dos extensômetros Carlson

Programa de leituras ............................ .

1

9

10

13

13

18

18

18

18

19

19

19

22

27

27

42

45

45

47

47

48

48

50

51

52

54

61

63

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vii

CAPfTULO III - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA À FLEXÃO COMPOSTA

DA PLACA DE REAÇÃO • . . • • • • • • • • • • • . • . . • • • • • • • 6 4

3.1 - Propriedades geométricas da seçao ...••••••..•..••••. 64

3. 2 - Perdas de pretensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

3.2.1 - Perdas instantâneas......................... 66

3. 2. 2 - Perdas diferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 4

3 3 P ~ . . - eso propr10 ....................................... .

3.4 - Verificação da segurança à flexão composta •.••.....•

3.4.1 - Considerações do cálculo ................... .

3.4.2 - Valor característico da resistência à compres

78

79

79

são do concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

3.4.3 - Esforços resistentes da seção no estado lim!

te de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

3.4.4 - Esforços resistentes da seção no estado limi

te Último . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

3.4.5 - Verificação da segurança à flexão composta da

placa de reação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8

CAP!TULO IV - RESULTADOS EXPERIMENTAIS ••• , •••••••••• , . . • • • 101

4.1 - Temperatura no interior do concreto fresco.......... 101

4.2 - Gráficos deformação total e temperatura do concreto-

tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116

4.3 - Diagramas de deformações totais do concreto na seção. 144

4. 4 - Efeitos térmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

4.5 - Retração do bloco compensador....................... 164

4.6 - Retração da placa de reação......................... 170

4.7 - Fluência do concreto ....••................•...••••.. 174

4.8 - Coeficiente de Poisson do concreto.................. 187

CAP!TULO V -

BIBLIOGRAFIA

CONCLUSOES •••••••••••••••••••••••••••••••••••

.............................................. 193

196

APtNDICE . . . • • • • • • • • . . • . • • • • . . . • • • . . . • • • • . • • • . • . • • • • • • • • . • • 199

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N O T A Ç Õ E S

As notações utilizadas seguem os Princípios do acordo

internacional entre CEB, FIP e ACI •

a

D

E . CJ

- areada seçao de concreto.

- areada seçao homogeneizada.

- areada seçao transversal de um fio de pretensão.

- comprimento de influência do deslizamento na ancora

gem.

- grau de endurecimento.

- módulo secante de deformação do concreto na idade da

aplicação de âcr .• C1

módulo secante de deformação do concreto na idade j.

ECilldin,j - valor médio do módulo de deformação longitudinal dinâ

mico do concreto na idade j .

E~8

• módulo de deformação longitudinal tangente na origem

do concreto na idade j.

- valor médio do módulo de deformação longitudinal tan

gente na origem do concreto na idade j.

- módulo secante de deformação do concreto aos 28 dias.

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E p

F

f . CCJ

f . cem, J

f t . c m, J

f 0,2m

2

- módulo de deformação longitudinal do aço de protensão.

- valor médio do módulo de deformação longitudinal do

aço de protensão.

- cargas verticais nos furos de ancoragem.

- resistência a compressao do concreto na idade j.

valor médio da resistência a compressao do concreto

na idade j.

- resistência a compressao do concreto aos 28 dias.

- valor médio da resistência a compressao do concreto

aos 28 dias.

valor característico da resistência a compressao do

concreto aos 28 dias.

- valor médio da resistência a tração do

idade j.

concreto na

resistência a tração de um fio de protensão.

valor característico da resistência a tração do

de protensão.

aço

- valor médio da resistência à tração do aço de prote~

sao.

- tensão de escoamento convencional a 0,2%.

- valor médio de f 0 , 2 •

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g

h m

I

k

M

M gx,d

3

carga uniformemente distribuída de peso próprio.

- espessura fictícia.

- momento de inércia.

- momento de inércia da seçao homogeneizada.

- intensidade da corrente elétrica.

- coeficiente de dilatação térmica do concreto.

- valor médio de k.

- comprimento do enrolamento em determinado instante.

- comprimento do extensómetro Carlson em um determinado

instante.

distância entre a extremidade ativa e a passiva dos ca

bos de protensão.

- momento fletor.

- momento fletor de cálculo.

- momento fletor devido ao peso próprio cujo plano de

atuação contém o eixo x.

- momento fletor devido ao peso próprio cujo plano de

atuação contém o eixo y.

momento fletor de cálculo devido ao peso próprio cujo

plano de atuação contém o eixo x.

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M gy,d

N u

n

s

T

a

4

momento fletor de cálculo devido ao peso próprio cujo

plano de atuação contém o eixo y.

- momento fletor Último.

- esforço normal de cálculo.

- esforço normal Último.

- número de corpos de prova.

- número de etapas de pretensão.

- força de pretensão inicial.

- força de pretensão de cálculo.

- resistência (elétrica) de cada enrolamento.

- resistência (elétrica) fixa.

- resistência (elétrica) variável.

- desvio padrão.

- temperatura,

- distância do centro de gravidade ao bordo inferior.

distância do centro de gravidade ao bordo superior.

- soma dos valores absolutos dos desvios dos cabos de

pretensão até a seção considerada.

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y

5

- valor médio do ângulo da superfície de ruptura com a

seçao transversal dos corpos de prova de concreto.

- peso especifico do concreto.

- coeficiente de ponderação aplicado as solicitações.

- coeficiente de ponderação aplicado a força de prote~

sao.

- deslizamento na ancoragem.

- variação de comprimento do extensômetro Carlson.

- alongamento medido na pretensão.

- alongamento do aço de pretensão.

- perdas na força de pretensão.

- variação da temperatura interior do concreto.

- desvios parasitas dos cabos de pretensão.

- deformação instantânea do concreto devida à pretensão

considerada a influência da não simultaneidade da pr2

tensão.

- variação da tensão no concreto ocorrida após a aplic~

çao da pretensão.

- variação da tensão no concreto na idade j.

- perdas de tensão na armadura de pretensão.

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6

ôrJ - perda de tensão na armadura de pretensão devida a p,s+c fluência e a retração do concreto.

ôrJ - relaxação pura em um instante t. pt

t,crpt,ap - relaxação aparente em um instante t.

ôrJpco - relaxação pura a tempo infinito.

ôrJpco, ap - relaxação aparente a tempo infinito.

ôrJpco,cal - relaxação pura a tempo infinito obtida a partir de

ôrJ • pco

- deformação de compressao do concreto.

- deformação de fluência do concreto em um instante t.

Ecct,obs - deformação de fluência do concreto em um instante t

obtida experimentalmente.

Eci,obs

- deformação inicial do concreto.

- deformação inicial do concreto obtida experimentalmeg

te.

ecp - deformação do concreto devida a totalidade da proteg

sao.

- deformação de retração do concreto

- deformação total do concreto.

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Ecl,obs

Ec2,obs

Ec3,obs

7

deformações do concreto segundo as direções princ!

pais, obtidas experimentalmente.

Eclt'Ec2 t - deformação do concreto segundo as direções principais

em um instante t.

E Po

n

µ

V

p

- deformação de fluência do concreto decorridos 360 di

as.

- deformação da armadura de pretensão.

- pré-alongamento do aço.

- coeficiente numérico.

- relação entre a retração do concreto da placa de rea

çao e a do bloco compensador calculadas pelas Recomen

dações do CEB-FIP/1970.

- valor médio de À.

- coeficiente de atrito entre o cabo e a bainha.

- Coeficiente de Poisson do concreto.

- percentagem geométrica da armadura em relação a seçao

da peça.

- tensão no concreto.

- tensão de compressao no concreto.

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a . PJ., o

'l'(t-j)

8

tensão de compressao no concreto na idade j.

- valor médio das tensões de compressao no concreto.

- tensão no concreto ao nível da armadura de pretensão.

- tensão na armadura de pretensão.

- tensão na armadura de pretensão aplicada na extremida

de ativa.

- tensão inicial de pretensão.

- tensão na armadura de pretensão numa seçao distante x

da extremidade ativa.

- tensão na armadura de pretensão na extremidade passi

va, após a cravação, quando o comprimento de influên

eia é superior a l.

- coeficiente de fluência.

'l'ct-j) ,obs- coeficiente de fluência obtido experimentalmente.

- diâmetro de uma barra ou de um fio de pretensão. Diâ

metro interno dos furos de ancoragem.

- Coeficiente.

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9

U N I D A D E S

O sistema de medidas utilizado foi o "Sistema Interna

cional de unidades S.I.".

A equivalência entre as unidades metro/quilograma-força/

segundo e as do sistema internacional S.I. é a seguinte:

l kgf = 9,8 N

1 kgf/cm 2 = 0,098 N/mm 2

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I N T R O D U Ç Ã O

No Laboratório de Estruturas do Centro de Tecnologia da

Universidade Federal do Rio de Janeiro foi construída uma placa

de reaçao em concreto pretendido com dimensões 13 m x 39 m no pl~

no e 0,90 m de espessura. A pretensão foi realizada por cabos

Freyssínet com 12 fios de 8 mm de diâmetro, contendo 178 cabos na

direção longitudinal e 546 na direção transversal. A tensão de ,, compressão no concreto,aproxímadamente igual nas duas díreções,é

de 7,80 N/mm 2•

A placa de reaçao foi projetada a fim de permitir en

saíos de peças estruturais de grandes dimensões. Sua função é

criar reações necessárias à realização de um ensaio estrutural,e~

tabelecendo sistemas de forças em equilíbrio.

Dispondo deste enorme corpo de prova submetido a um es­

tado plano de tensões, foram instalados no interior da massa de

concreto, bem como na face superior da placa de reação, aparelhos

capazes de medirem deformações.

Com as direções principais bem definidas, os aparelhos

foram situados segundo as direções longítudínal,transversal e nor

mal ao plano da placa de reação.

Pela necessidade de medir no concreto pequenas deforma

çoes que vém afetadas pelas variações de temperatura, foram empr~

gados, internamente, extensômetros elétricos de resistência tipo

Carlson, possuindo entre outras propriedades a de funcionarem co

mo termômetros.Nas medições de superfície roí utilizado o extensô

metro mecânico removível "defórmetro de Huggenberger".

O interesse pela fluência do concreto e pela variação

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11

do Coeficiente de Poisson diferido no estado plano de tensões

orientou a pesquisa sobre os primeiros resultados da observação

realizada.

As medições resultaram em deformações relativas devidas

a pretensão (deformação instantânea), fluência, retração e varia

ções de temperatura.

Para tentar eliminar a retração da deformação medida,

foi construído um bloco com 1 m2 de área e 0,90m de espessura com

concreto de mesmo traço e sujeito às mesmas condições ambiente da

placa de reação; no interior deste bloco quatro extensômetros elé

tricos de resistência tipo Carlson foram instalados.

Os efeitos causados por variações de temperatura foram

compensados determinando-se o coeficiente de dilatação térmica do

concreto e a temperatura no interior da massa no ponto considera­

do.

Desde 1960 vem sendo efetuada na placa de

"Centre d'Essai des Structures", por G. DREUX (ref.

não dissociada da fluência e retração do concreto.

reaçao do

9) 1 , a medida

Esta placa de

reação possui 29,50 m de comprimento, 15,85 m de largura com 1 m

de espessura. A compressão do concreto foi produzida por cabos de

12 fios de 12,7 mm de diâmetro, centrados em ambas as direções. A

tensão de compressao do concreto é de 2,06 N/rnrn2 no sentido long~

tudinal e 4,41 N/rnrn2 no sentido transversal. A medida das deforma

ções foi feita por dois tipos de extensômetros dispostos segundo

as direções longitudinal e transversal. Um deles é constituído

por um tubo e urna haste de aço. o tubo é instalado submerso no

concreto ao nível do plano médio da laje. A haste e colocada no

seu interior e tornada solidária ao tubo em urna de suas extremida

des. Realiza-se então, na extremidade livre, a medição do deslo

camento relativo entre a haste e o tubo. O outro tipo é o extensô

metro de corda vibrante.

1 Referência bibliográfica

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12

Os extensômetros elétricos de resistência tipo Carlson

sao largamente empregados na observação de obras de concreto. Po

dem ser citadas as diversas barragens em Portugal e a barragem do

Funil no Brasil.

Atualmente, os extensômetros Carlson de fabricação

KYOWA sao utilizados pela COPPE-UFRJ nao só nesta observação a

longo prazo, como também em provas de carga de pontes.

Em vista disso, no capítulo referente à instrumentação,

procurou-se apresentar mais detalhadamente o princípio de funcio

namente deste aparelho.

A grande quantidade de leituras(emtômo de 5000) fez com

que fosse elaborado um programa para o computador IBM-1130 com

Plotter associado ao sistema, traduzindo as leituras realizadas

com os extensômetros Carlson em termos de deformação e tempera­

tura, traçando os gráficos deformação e temperatura-tempo e v~

riação de comprimento-temperatura, apresentados neste trabalho.

Com a finalidade de fornecer os pares de valores limi

tes - momento fletor e esforço normal foi apresentado o desen

volvimento do cálculo realizado para verificação da segurança à

flexão composta no estado limite de utilização e no estado limite

último da placa de reaçao sob a ação de forças estáticas auto­

equilibradas.

Os Princípios e Recomendações do CEB-FIP/1970 (ref.7)f~

raro utilizados no cálculo das perdas de pretensão, na verificação

da segurança e na obtenção do gráfico da fluência do concreto p~

ra comparaçao com os gráficos experimentais.

As conclusões apresentadas serao acrescidas e complet~

das com a continua observação da placa de reação.

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CAP!TULO I

DESCRIÇÃO DA PLACA DE REAÇÃO

1.1 - Plantas

As figuras 1.1, 1.2 e 1.3 contêm as plantas que definem

as características geométricas da placa de reaçao representadas

por uma vista superior, corte longitudinal e corte transversal,

respectivamente.

A laje se apóia sobre duas faixas longitudinais descon

tínuas de pilares, distantes entre si 8 m. O aparelho de apoio é

constituído por "neoprene" associado a placas metálicas, permiti!!.

do a rotação da seção e o deslocamento no plano.

A placa de reaçao possui uma malha de furos de ancora

gemem tubos de aço com diâmetro interno de 120 mm, contendo nas

extremidades chapas também em aço, cujos detalhes constam da fig~

ra 1.4.

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8 456 furos com =º 12

-r 2,25 o o o o o o o o o o o o o o o o o o º 1 º o o o o o o o o o o o o o o o o o o

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o _:-.::_-_-_J ,------, ,------, r----, r-----. ,------, ,----, r-----

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o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o A 1--' A

il7,50 o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 13.00j .o,.

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o ------, r-----, r-----, .-----, ,------. .-----, i-----, .------o-õ--o..J ~-o-õ....l o

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2r_ o o o o o o o o o o o o o o o o o o o ! o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

t==3,50-+2.00+-3,oo-t2.00+3,oo-t2.oo-t-3.00-f-2.60+-3,oo-t2,oo-t-3.oo-t2.oo-t-3,oo-t2.oo 1 3.50 1

39,00 s-J

( cotas em metroos )

VISTA SUPERIOR

Figura 1.1

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39,00

~2 º' " ~' w:rn flf-li:í ~J

~1+1 ro rn,,

~iljj m:::1 rn:µ1 mij rtt.JH iil~tl ~:iH 4!-lLi >tt 'U 0,90 l1LJ u11u .... 11.U rH1u ~~u '"l,u '-'i~u "tlu ~;U "11 "h _j_ 1 - J l lj l J J J L!

~prene \ Neoprene ~prene ~proene

..... Pilaíl Pilar Pilar Pilan V1

( cotas em metros)

CORTE LONGITUDINAL A - A

Figuro 1.2

Page 24: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

l cotos em metr-os)

.CORTE TRANSVERSAL 8 - 8

FiQUí'O 1.3

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----+------51-------;----------49------,

+------------~100--------------~

' ,,. ·<>'.'·.l>.' u-·o .. ~-.-...... ,o-··Q-. ,o ~ . .,, .,,-;ow /////,j

Acobomento com arigomosso no/ ~~~~b,-~~-,J[i;;:·"·'Í/,í'"~;!;"'l.'14'f- =;:,,.

Aco ::::!=:::)[=~

100·//~ .: .... ,.• __J2

L ~

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Chumbadores / Aco •

20 ~o -~_-24<1>11/4/ -90

Aco ~t =·~2~~·=5/:::B!ÍtcJ-- __ _

l.__18-"-----'-__,,_18---1

>

j\ 1

FUROS DE ANCORAGEM ( cotos em centimetr-os)

Figur,a 1.4

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18

1. 2 - Materiais

1.2.1 - Agregados

Ensaios realizados com amostras destes materiais condu

ziram aos seguintes resultados:

Granulometria

Modulo Diâmetro Agregado de máximo

finura (mm)

Areia 3,66 2,4

Brita n9 1 7,97 25

Brita n9 2 8,87 38

1. 2. 2 - Cimento

Utilizou-se no preparo do concreto o cimento tipo Port

land comum, marca !rajá.

1.2.3 - Concreto

Com o fator água-cimento 0,35 e percentagens de água r~

!ativa à mistura seca cimento-agregado 8,6% e 8,1%, utilizaram-se

dois traços em peso:

1,000: 1,085: 2,015

1,000: 1,056: 0,990: 1,254

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19

com consumos de cimento de 540 e 520 kg/m 3, respectivamente.

1. 2. 4 - Aço

- Armadura de pretensão

A pretensão se realizou com 14 cabos Freyssinet,de aço

CP-125 B com 12 ~ 8 mm,por metro nas duas direções.

Os fios sao dispostos em feixe no interior de uma bai

nha metálica não revestida, de diâmetros interno e externo de

45 mm e 50 mm, respectivamente.

Os cabos possuem uma ancoragem ativa e outra passiva,

constituída de peças prescritas pelo processo Freyssinet.

- Armadura Frouxa

Com exceçao das regiões vizinhas às ancoragens, utili

zou-se aço CA-24 com ~ 3/4".

O detalhe da armaçao encontra-se nas figuras 1.5 e 1.6.

1.3 - Execução

1.3.l - Concretagem

A concretagem foi realizada ininterruptamente durante

133 horas.

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20

i------23 18 18 . 18 23------f

r 21 231 1

23 21~

1 1 i I i 1 ___i í H : 1

1 1 [ _ L ! 1 i-·~-

lE > 1 1 j 11 1 l J '[ 1 1 • • ~ 1 j j 1 1 1 +· ii ! _li -1 .> 1 _ _, u__-1--l, _-1 1 . 1::-I 1-t-- -+ 1- ti

1 f--, Ff-t-1' t--i 1 17 18 ++· ~o 1 -1 t• --ti ---i

+ - 11 111 1 1l I LiE:p- --0- -+ 1 i 111

·, li 1 11 : 1 111 l 1 1 i 1 1 1 1 1 / 11 1 1 :

18 1 1 1 IJ 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1

1 f=i H==--11 F~ 1 6 1 ;h ~! 1=-=i ff=--~ I=~ 1

, -11 i 11 111 1i{p- --$-- -qr ~I 111 11 I 11 1 t l 1 11 I li 1 1 1 11 111 111 i 1 _~

Ll-:-1_ -==-+1-J_-::LJ 3 - 4 u:-...::-..l~==:!!.c-.=-LJ tt18

1 J I ti 1 ! 11 1 *I l4cobos Freyssinet de l2~8m~/m ! ! 1 l I JI 1 1 1

- 1 • · 1 1

1 i 1 1 1

t-- i 1 1 -f ~- ~ --<i)-"""li LL .. 18,. 1 , 1 11·- - 1

1· 1 :-~~ -~+ ~ +, : 1 1 _,. ~

20 1 30 1 30 1 20 1 1 1 1 1 -, t--,~~~~~~~100~~~~~~-~___,

ARMAÇÃO LONGITUDINAL

Figura .l. 5

( cotos em centimetr,os)

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21

i--20--t-20 20 20 20--------i t---27 ' 23 23 27 . 1 ' 1 1 1 12

1 r, 1 i 1 1 - 1 _r•-

~> 1 1 i 11 1 11 i I i ~ f-9 lO~- 1 l i I i ! 1 i I i 1 ,>

-~ -- 1 l=::.J l:1:=·_.±I r-J 1-+n- -Ep- -m-1 F=j w=r-1] :==i 1 , , 1 r, .,, ,11 11 , 1 1 1 1

11 1

11 , 1

1 18 1 1 1 1 I l 1 1 1 1 : 1 i 1 / 1 i I i 1

+r---1 ~~ ~==:=~ ~~ ! + -6-- -$-1 pd ~==41 i=~ 1

18> 1 1 1 11 1 i 1 . 1 1 1 1 1 1

1 l 11

11 1

1 1

1, 111 1,111 11 ± 11 111 ,li 11 .>

+ -- 1 1 1 11 l 1 1 1 1 -©- + 1 1 1 1 I 1 1 1 1 90

12 lJ:::i.,_~-=--=-p-'-:-lJ 14cobos Rreyssinet de +8mm 4 Ll-:-_li}-=--fc:.-:LJ 1 11 4 ~- 1 1 1 1 1 -y 1 1

18 l 1 1 1 1 1 l ~l ~2 l~ 141 1 1 1

~--~- 1 1 -w- ---w- ~ ~ç~t·-~~-,24·6+3!4" 12 > - -- i • -· , .r .1.- , ·- ,,,.. 1

1.__ _ _.__ í _ _._f--!-1 __._I ---'--'-----------'--l _ _._l_é---1-'--l-~1 ~-L ' 1 1 1

~-_' __ 3_0·=-==--1;,-0===-30~~-----_:-=_-=_2o_=t__....

ARMAÇÃO TRANSVERSAL

Figuro 1.6

(cotos em centimetros)

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22

A figura 1.7 esclarece os trechos concretados divididos

em turnos diários, podendo fornecer as diferentes idades em que

se encontram as regiões da placa de reaçao quando da aplicação da

pretensão.

O traço contendo somente brita n9 1 foi utilizado em lu

gares em que a vibração do concreto foi prejudicada pelo excesso

de armação (ancoragens) ou pelo cuidado necessário com a aparelh~

gem.

Durante a cura procurou-se manter a umidade da mistura

e, para evitar temperaturas elevadas nesta fase, fez-se circular

água no interior das bainhas metálicas.

Um paralelepípedo de 0,9 m3 de volume com 0,9m de espe~

sura foi executado com concreto sem armação no interior. As ca

racterísticas dos materiais, bem como as condicÕes ambiente a que

foi exposto, são as mesmas que as da placa de reaçao. Possui cin

co de suas faces em contato com o ambiente.

A concretagem obedeceu a um controle rigoroso, com as

amostras de concreto destinadas à moldagem de corpos de prova re­

tiradas de diversos pontos da obra.

1.3.2 - Pretensão

Os alongamentos foram medidos na extremidade ativa du

rante a pretensão e controlados a fim de que a tensão inicial fos

se de 1030 N/mm 2•

Procurou-se pré-comprimir o concreto uniformemente em

ambas as direções, com o cuidado de não introduzir o efeito de

Poisson no sentido da pretensão mais fraca.

O quadro 1.1 e a figura 1.8 contêm as diversas fases da

pretensão.

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11-11-1972 10-11-1972 9-11-1972 8-11-1972

l-, 600 8 Ἴ 1 600 6,00

CONCRETAGEM

Figuro 1.7

L

7-11-1972 6-11-1972

1 6.00 _L__ 7,00 - __J

N w

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24

Quadro 1.1 - Descrição da pretensão.

N9 DOS DATA FAIXAS CABOS

22/11/72 Ll a L4,L7 1 L8,Ll3 2

23/11/72 T2 1 Tl,Tl9,T20,T39 1 a 4

24/11/72 T2 2 a 4 Tl8,T21,T38 1 a 4

26/11/72 L8 a Ll2 1 L2 a L7 2 T6 1

27/11/72 T24 1,2 T3 a T5,Tl7,T22,T23,T36,T37 1 a 4 T28 1,2 T24 3,4

28/11/72 Tl5 1 a 3 T6 2 a 4 T7 a T9,Tll a Tl4,Tl6,T25 a T27,T32 a T35 1 a 4 L5, L6 1 L9 a Lll 2 Tl5 4 T22 6 Ll3 1,6

29/11/72 T28 3,4 Tl a T4,Tl9 a T21,T37 a T39 5 a 7 TlO ,T29 a T31 1 a 4 Ll2 2 a 4,6 Ll 3 Tll,T34 5,6

30/11/72 T22 5,7 L2 a Lll 3,4 T5 a Tl0,Tl7,Tl8,T23,T35,T36 5 a 7 Ll2 5 L7,Lll,T34 7

01/12/72 L2,L4 a Lll 5,6 Ll3 3 a 5 L3,Tl2 a Tl6,T24 a T33 5 a 7 Ll 2.4 a 6 L5 7 T8 8

05/12/72 T37 8,9 Tl a T7 ,Tl9 a T24,T36,T38,T39 8 a 10 L9,Ll0 7 a 10

Obs: Número dos cabos de acordo com as figuras 1.5 e 1.6.

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25

Quadro 1.1 - Continuação

DATA FAIXAS N<? DOS CABOS

T37 10 T8 9,10 T38 11,12

06/12/72 T39 13,14 Ll,Ll3 7 a 9 L3,L5,L7,T9 a Tl5 ,T25 a T35 8 a 10 L2,L4,L6,L8 7 a 10 Tl 11 a 14 T39 11,12 T38 13,14 Ll3 10 a 12

07/12/72 Lll 7 a 10 Tl6 8 a 12 T2,T3,Tl9,T23 a T25 11 a 14 Ll2 7 a 14 Tl7,Tl8 8 a 14

T20 11 T26 12

08/12/72 T8,T28,T31 11,12 L 7 ,T4 ,Tl6 13,14 L8 a Lll.T5 a T7.Tl4.Tl5.T29.T30 11 a 14 T8,T28 14 L7 11,12

09/12/72 T31 13, 14 T9 11 a 13 L4,T20 12 a 14 L5.L6.Tl0.Tll.T22.T32 a T34.T37 11 a 14 L4 11

11/12/72 Ll 10 a 12 Tl2 12 a 14 L2.L3.Tl3.T35.T36 11 a 14 Tl2 11

22/12/72 T26 11,13,14 T21.T27 11 a 14

Obs: Número dos cabos de acordo com as figuras 1.5 e 1.6.

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o >

~ ;

Ancoeogemi passivo

1

1 ;

1 ~

~ ~ --- --- -i--------------------- i -7x -"' 00 o -' ~

- o "' u -' e

o ::l -;::;-::l

<1

, e 1 ~ 1

1 A ncol'\ogem otivo

lrn~Bsln1l13slBs~ln3~32ln1b~r29lr2slrz1b6hslr24lr23~22~21lr2dnJnsln 1ln6~1s n4lrdnialnolT9 lrs ln lrs lrs lr4 lr3 lr2 I T 1 f

f y

NUMERAÇÃO DAS FAIXAS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS PARA DESCRIÇÃO DA PROTENSAO

FiQUl'\O 1.8

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27

1.4 - Ensaios de controle do concreto e do aco

1.4.l - Concreto

Para determinação das resistências do concreto -a com-

pressão simples e à tracão, foram ensaiados corpos de prova cilin

dricos de 15 cm de diàmetro e 30 cm de altura, em diferentes ida

des, submetendo-os a compressão simples e à compressão diametral.

Na obtenção das resistências e para o traçado do diagr~

ma tensão-deformação foi utilizada a seguinte aparelhagem:

Máquina de ensaios Amsler com capacidade de 980 kN

extensômetros mecânicos

Tensotast (base de medida - 100 mm)

Huggenberger(base de medida 100 mm)

extensômetros elétricos de resistência em serpentina

com base de papel (base de medida - 20 mm)

Os extensômetros foram instalados na direção do carreg~

mento e, em certos corpos de prova, também na direção transversal

ao carregamento para determinação do coeficiente de Poisson do

concreto em ensaio rápido.

O quadro 1.2 contêm o número de corpos de prova ensaia

dos, nas diferentes idades, para a determinação das resistências

à compressão simples e à tração apresentadas nos quadros 1.3 e

1.4. Os outros valores do quadro 1.3 constituem as médias dos da

dos de dois corpos de prova.

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28

Quadro 1.2 - Número de corpos de prova ensaiados

TIPO DE IDADE (dias) ENSAIO 3 7 28 60 90 180 270 360

Compressão 9 22 29 2 2 2 2 3 Simples

Compressão - - 2 - - 1 1 1 Diametral

Nos quadros 1.3 e 1.4 sao encontrados além dos valores

médios das resistências, módulo de deformação longitudinal e Coe

ficiente de Poisson, os do ângulo da superfície de ruptura com a

seção transversal (ensaio à compressão simples) e do módulo de de

formação longitudinal dinâmico. Estes dois Últimos, embora nao

interessem diretamente neste trabalho,constituirão dados que se

rãa adicionados aos de outros pesquisadores.

Nas figuras 1.9 a 1.15 apresentaram-se os diagramas ten

são-deformação relativos aos ensaios à compressão simples, a PªE tir dos 28 dias de idade, de alguns corpos de prova.

Através dos resultados obtidos experimentalmente, foram

E . traçados os gráficos das relações com,J

lf . ccm,J

çao do tempo que constam da figura 1.16.

e f .

ccm,J f ccm,28

em fun

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29

Quadro 1.3 - Valores médios em diferentes idades da resistência à

compressão simples, módulo de deformacão longitudi­

nal, Coeficiente de Poisson, ângulo de superficie de

ruptura com a seção transversal e módulo de deforma­

çao longitudinal dinâmico

IDADE t . E . ~m Ecm din,j ccm,J com,J (dias) (N/mm 2 ) (N/mm 2

) V (graus) (N/mm 2

)

3 22,75 - - - -7 30,49 - - - -

28 41,57 35000 - 69 -60 44,22 36570 - 72 -90 44,80 39220 - - -

180 45,10 36570 0,28 67 39510

270 46,67 38730 0,29 69 -

360 44,51 33330 0,18 68 -

Quadro 1.4 - Valores médios em diferentes idades da resistência a

tracão

IDADE f tm . c ,J (dias) (N/mm2)

28 3.24 60 -90 -

180 3.24 270 3.43 360 2.94

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50

40

30

20

10

30

0.5 1,0 1,5

fccj = 41,18 N/mm2

Ecoj = 31770 N/mm2

2,0

DIAGRAMA "TENSÃO-DEFORMAÇÃO"DO CONCRETO TRAÇO

1,000 • 1.056 •0,990 •l.254 NA IDADE j = 28 DIAS

Figul""a 1. 9

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50

40

3

2

10

31

o

0.5 .1.0 .1,5

fccj; 41,67 N/mm2

Ecoj = 37750 N/mm2

2.0 .......

E (lo-3 l CC

DIAGRAMA "TENSÂO-DEFORMAÇÃO"DO CONCRETO TRAÇO­

l.000• l.056 •0.990•1.254 NA IDADE j = 60 DIAS

Figura 1.10

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50

40

30

20

10

32

0,5 l,O 1,5

_i_c_c_i ___ _

fcc j = 44,61 N/mm2

Ecoj = 35000 N/ mm2

2,0 E ( 10-3 l CC

DIAGRAMA "TENSÃO-DEFORMAÇÃO"DO CONCRETO TRAÇO

1.ooo:1,056 :0,990:J,254 NA IDADE j = 90 DIAS

Figuro 1.11

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50

30

20

10

33

(

0.5 1.0 1.5

I

fccj = 39.61 N/mm2 .

Ecoj = 397.10 N/mm2

2.0 E uo-3J CC

DIAGRAMA "TENSÃO-DEFORMAÇÃO"DO CONCRETO TRAÇO

l.OOOcl.056 'Ü.990,1,254 NA IDADE j cl80D!AS

Figuro 1.12

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50

40

30

20

10

34

i ccj

Ecoj

v

0.5 1,0 1,5

= 48,63 N/mm2

=43140 N/mm 2

= 0,29

2.0 º E 110-3> CC

• E ( 10-3 l t

DIAGRAMA "TENSÃO-DEFORMAÇÃO"DO CONCRETO TRAÇO

l,000'1,056:0,990:1,254 NA IDADE j=270DJAS

Figuro 1.13

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50

40

30

20

10

35

0,5 l,O l,5

fccj = 44.61 N/mm2

Ecoj = 34310 N/mm 2

2,0 E (10·3) CC

DIAGRAMA "TENSÃO-DEFORMAÇÃO"DO CONCRETO TRAÇO

l,OQO,l.056'0,990'1,254 NA IDADE j=270DIAS

FigtJra 1.14

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50

40

30

20

10

36

0,5 1,0 1.5

f . CCJ

fccj = 40,59 N/mm2

Ecoj = 34310 N/mm2

2,0

DIAGRAMA "TENSÃO-DEFORMAÇÀO"DO CONCRETO TRAÇO

1.000' 1.056 ,o.sso,1,254 NA IDADE j =360 DIAS

Figuro 1.15

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6000 EcomJ-( N/mm2)

~ cmj- (N/mm2)

5000 1,4 - fccm,j ---

fccm,28

l.2 .

4000 LO .

3000 0.8 -

0.6 -2000

0,4 -

l 000 0.2 -

o l

1

'

1

1

37

EcomJ ~:,5500

Vrccm.j 5429

fccmj irc;;;-~ e

/ ,;, 0.73

0,55

3 7 14 28

fccm,j GR AFICO E

Ecom.j ---TEMPO Vtccm,i fccm,28

Figuria 1.16

5859

5499

1,06 1,08

60 90

5445 5669

4996

1,12

1,08 1,07

180 270 360 tempo (dias)

Page 46: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

38

- Peso específico

Da pesagem dos diversos corpos de prova obteve-se um va

lor médio para o peso específico do concreto, ou seja:

y = 25,S kN/m 3

- Comparação dos resultados das resistências à compressao simples

e dos módulos de deformacão longitudinal tangente na origem

obtidos experimentalmente com os propostos pelas Recomendações

do CEB-FIP/1970

O CEB-FIP/1970 diz que se pode assumir para concretos

endurecidos em condições normais, isto é, a uma temperatura média

do concreto de 20°c e protegido contra perda excessiva de umidade,

coeficientes para as relações entre a resistência -a compressao

simples a uma determinada idade e a resistência à compressão sim

ples aos 28 dias.

Na figura 1.17 aparece em gráfico a tabela encontrada

nas Recomendacões R.12,11, levando-se em conta o fato de o concre

to endurecer a uma temperatura diferente de 20°c, onde a idade de

carregamento é substituída pelo grau de endurecimento correspon -

dente.

onde,

Ou seja:

D = L j (T + 10 o)

D - grau de endurecimento no momento do carregamento

j - representa o número de dias durante os quais o endu

recimento do concreto ocorre a uma temperatura T(ºC)

Analisando os resultados obtidos para as resistências à

Page 47: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

2,0 fccm,j

lccrn28

l,C,

o

1/

1/

l

7 ./

/

39

135

1,20 ---- .l,20 - o endurecimento rapid lo ......._...._~-0115 o- u

/ o ' l,00 /

0.75 ~·· /exper,imental

-- _.o,,, CEB-FIP 7197~/- 'Ó,65 /

0.5~ v~.77 /cimento normal

./ / / 0,40

/

3 7 28 90 180 360

1-------- IDADE DO CONCRETO QUANDO APLICADO O CARRAGAMENTO-------l

30 100 1000 10(}00

D - Grau de endurecimento (graus-dias)

VALORES DE fccm,j / fccm,28 PARA T te 20º C

Figuro l.17

Page 48: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

40

compressao simples nas diferentes idades (figura 1.17),conclui-se

que para as condições ambiente a que estavam submetidos os corpos

de prova, o cimento Portland utilizado mais se assemelha ao de al

ta resistência inicial das Recomendações do CEB-FIP/1970.

f . ccm,J

fccm,28 Para o traçado da curva experimental -tempo da

figura 1.17, admitiu-se que o endurecimento do concreto dos cor

pos de prova atê a idade de carregamento se realizou a uma tempe-

ratura média de 2sºc.

O módulo de deformação longitudinal tangente na origem,

segundo a recomendação R.12,221, pode ser determinado pela se

guinte fórmula:

E . = 6600 /f . com, J cem, J

onde E . e f . sao expressos em N/mm 2 • com,J ccm,J

Sendo:

E . - módulo de deformação longitudinal tangente na com,J origem

f . - valor médio da resistência à compressao do con ccm,J ereto na idade j obtida em ensaios de corpos

de prova cilíndricos

Page 49: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

41

E . com,J

lf . ccm,J

Na figura 1.18 compara-se a relação provenieE_

te de resultados experimentais com a fornecida pelo CEB-FIP/1970.

Ecom,j

Yfccmj

5 500

4 000

2 000

o

Experimenta 1

Tempo

RELACÂO Ecom,j DO CEB-FIP/1970 E EXPERIMENTAL ' Vtccm,j

Figuro 1.18

O quadro 1.5 contém os módulos de deformação longitud!

nal obtidos experimentalmente e os calculados pelas Recomenda­

ções do CEB-FIP/1970, em diferentes idades.

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42

Quadro 1.5 - Módulos de deformação longitudinal tangentes na ori­

gem obtidos experimentalmente e calculados pelas Re­

comendações do CEB-FIP/1970

E . E com,j E com,j

com,J IDADE (CEB-FIP/1970)

(dias) (experimental) (CEB-FIP /1970) E . (N/mm 2 ) (N/mm 2 ) com,J

(experimental)

28 35000 42550 1,22

60 36570 43890 1,20

90 39220 44180 1,13

180 36570 44320 1,21

270 38730 45090 1,16

360 33330 44030 1,32

Baseado nestes resultados, pode-se sugerir que a deter

minação do módulo de deformação longitudinal tangente na origem

do concreto se realize através de ensaios à compressão simples,p~

lo traçado de diagramas tensão-deformação ou pela utilização de E .

uma constante para a relação oom,J inferior à que se apresenta ,lf .

ccm,J em R.12,221.

1. 4. 2 - Aço

Foram recolhidas amostras dos fios de pretensão e cinco

delas ensaiadas à tração.

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43

Aparelhagem utilizada:

Máquina de ensaio Amsler com capacidade de 980 kN

- extensômetro mecânico Amsler (base de medida 100 mm)

As características do aço CP-125 B e o diagrama tensão­

deformação de uma das amostras estão apresentados no quadro 1.6 e

na figura 1.19, respectivamente.

médios dos ensaios realizados.

Os valores deste quadro são os

Quadro 1.6 - Características do aço CP-125 B

<P f fptm E A 0,2 m pm (mm) p (N/mm 2) (N/mm 2) (N/mm 2) (mm2)

8 50,3 1289 1441 206000

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44

o

1000

500

fpl = 1453 N/mm2

f0

_2

= 1338 N/mm 2

EP = 208000 N/mm2

O'--.L.-----,------,-------r------r------,----;,~ 2 5 10 15 20

DIAGRAMA "TENSÂO-DEFORMAÇÂO"DE UMA AMOSTRA DO AÇO CP-125 B

Figura 1_19

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CAP!TULO II

I N S T R U M E N T A Ç Ã O

2.1 - Generalidades

A escolha dos extensômetros, aparelhos destinados a me

dir a deformação de um corpo, e sua localização neste corpo sao

os primeiros problemas que surgem em uma observação.

A experiência mostra que as medidas de deformações ao

longo do tempo devem ser efetuadas por aparelhos colocados no in

terior do concreto. Uma ressalva é feita às medições de superfí

cie realizadas em laboratório, onde as leituras não vêm afetadas

pelas excessivas variações de temperatura.

Dos diversos trabalhos de auscultação de obras e suas

conclusões, principalmente os realizados em Portugal pelo Labora

tório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), foram estabelecidas as

características que um extensômetro deve reunir para que possa

ser utilizado em observações a longo prazo. são elas:

- grande comprimento e pequeno diâmetro.

- pequena rigidez longitudinal e grande rigidez trans -

versal.

durabilidade.

sensibilidade, precisão e fidelidade.

grande campo de medida.

funcionar como termômetro.

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46

Os medidores utilizados neste trabalho,embebidos na mas

sa de concreto, são os chamados extensômetros elétricos de resis­

tência tipo Carlson que atendem em grande parte a estas propried~

des.

As medições de superfície serao realizadas com extensô

metro mecânico, o qual será tratado por extensômetro mecânico re

movível "defórmetro de Huggenberger".

A localização e a quantidade de aparelhos em um determi

nado ponto dependerão da natureza do estado de tensão neste ponto.

Para o estado plano de tensões é suficiente a colocação

de uma roseta de três extensômetros normais entre si,dispostos se

gundo as direções principais.

A grande dificuldade encontrada foi nas medições das v~

riações de volume do concreto. Denominaram-se variações volumétri

cas do concreto àquelas produzidas por retração ou expansao e por

variações de temperatura. No caso de emprego dos extensômetros

Carlson o problema se reduz à determinação da retração ou expa~

sao. Para que possam ser detectadas estas variações de comprime~

to é necessário que na vizinhança dos medidores ativos sejam col~

cados aparelhos embebidos em um mesmo concreto livre de tensões,

podendo ser utilizadas caixas cilíndricas de metal com paredes d~

plas imersas no concreto, contendo no seu interior extensômetros

Carlson. O uso deste dispositivo não foi possível em virtude da

densidade de armadura nas direções longitudinal e transversal.

A finalidade da instalação dos extensômetros mecânicos

consistiu no conhecimento do diagrama de deformações ao longo da

seção e na substituição dos extensômetros Carlson nas medidas de

deformações, caso haja uma interrupção no funcionamento

aparelhos.

destes

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47

2.2 - Extensômetros elétricos de resistência tipo Carlson

2.2.1 - Princípio de funcionamento

Os extensômetros Carlson se baseiam na variação de re

sistência elétrica de um fio condutor quando tracionado, comprim!

do ou submetido a alguma variação de temperatura.

Demonstra-se que a variação de resistência de um condu

tor é proporcional à deformação que a provoca.

Os extensômetros Carlson utilizados têm o formato de um

cilindro enrugado em certa região, contendo no seu interior uma

estrutura de aço que suporta quatro isoladores rígidos.Entre eles

se estabelecem dois enrolamentos, como se observa esquematicame~

te na figura 2.1.

Cilindro deformavel

/

' ----------- L 2 -----------+-- AL ~

EXTENSÔMETRO CARLSON

Figul"O 2.1

A deformação do concreto é aplicada ao aparelho nas

suas extremidades e transferida por dispositivos mecânicos aosel~

mentos sensíveis. Estes elementos são constituídos por dois enr~

lamentos de fio condutor protendido, de mesmo comprimento e mesma

resistência inicial.

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48

A parte enrugada, os enrolamentos e as chapas que unem

as barras suportes apresentam um comportamento elástico.

Devido às variações de temperatura as barras suportes

podem se dilatar.

Para evitar corrosoes,que atingindo os condutores podem

alterar as suas resistências, o interior do aparelho na parte que

os contém é parcialmente cheio com Óleo.

Os extensômetros Carlson possuem um campo de medida li

mitado. Está geralmente, compreendido entre + 500 x 10-6 e

- 1000 x 10-6 , garantido o comportamento elástico das diversas

partes.

2.2.2 - Instrumento de medida

O instrumento de medida utilizado consta essencialmente

de uma Ponte de Wheatstone.

O princípio de medida se baseia no método do zero.

No seu interior sao encontrados resistores de resistên

cias variáveis e resistências fixas, as quais juntamente com o ex

tensômetro elétrico formam os braços de uma Ponte de Wheatstone.

2.2.3 - Medida de deformação

A medida da deformação neste aparelho é função da varia

çao da relação de resistência dos condutores.

Seja admitir que o concreto sofra uma deformação ~L (fi L2 -

gura 2.1) e que a temperatura varie de ~T. Pela figura 2.1 obser

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49

va-se que as deformações sofridas pelos enrolamentos, causadas p~

lo concreto, são iguais mas opostas. Esta característica permite

usar este aparelho como um medidor de temperaturas. O alongamento

ou encurtamento das barras suporte, por motivo de variações de

temperatura, deforma desigualmente os enrolamentos. t interessan

te notar que variações de temperatura afetam os enrolamentos

igualmente.

Na medida de deformação as resistências do extensômetro

sao colocadas em dois braços adjacentes da Ponte de Wheatstone(f,!.

gura 2.2). O desequilíbrio desta ocorre pelas seguintes causas de

variações de resistência:

R var

Rfix

- tiL deformaçao L 1

alongamento ou encurtamento das barras suporte.

RESISTÊNCIAS DO EXTENSÔMETRO NA PONTE DE WHEATSTONE

Figura 2.2

Para medição da relação de resistência faz-se variar

até que a intensidade de corrente que passa pelo galvanôm~

tro seja igual a zero. Se IE = o, tem-se:

R1 R var

i'f;""" = Rfix

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50

As resistências foram submetidas a uma deformação

No entanto o concreto se deformou de

uma correção, incluída nas constantes

l:,L ~, tornando-se necessária L2 de calibração.

Pelo que foi exposto, para se obter a medida correta da

deformação imposta pelo concreto ao aparelho, ê suficiente a de

terminação da variação de temperatura l:,T e da influência do alon­

gamento ou encurtamento das barras suporte por esta variação de

temperatura.

Todo medidor depois de pronto é testado e mecânicamente

calibrado determinando-se as constantes de calibração de cada ap~

relho que interessam no cálculo da deformação e da temperatura.

2.2.4 - Medida da temperatura

A medida da temperatura em qualquer instante

das resistências dos condutores naquele instante.

-e função

De acordo com a característica deste aparelho já descri

ta anteriormente, procede-se à ligação em série em um mesmo braço

da Ponte de Wheatstone das resistências do extensômetro, como mos

tra a figura 2.3.

RESISTÊNCIAS DO EXTENSÔMETRO NA PONTE DE WHEATSTONE

Figurio 2. 3

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51

Neste caso o desequilíbrio da Ponte de Wheatstone ocor

repor variações de resistências devido ao encurtamento ou alonga

mento das barras suporte e pela influência da temperatura nos

condutores.

Utilizando o método do zero, como anteriormente, deter

mina-se a resistência total. Ou seja:

= o R var

Na calibração do aparelho é medida a resistência total

dos condutores a oºc e determinada a constante que traduz a varia

çao de temperatura por variação de resistência.

2.2.5 - Cálculo da deformação e da temperatura

Conhecidas as relações de resistência e as resistências

totais determinadas nos itens 2.2.3 e 2.2.4 e as constantes de ca

libração que acompanham cada aparelho, passa-se a descrever o câl

culo da deformação e da temperatura.

Seja:

R0 resistência total dos enrolamentos a o0c.

ª1 constante de temperatura que traduz a variação da

temperatura por variação de resistência.

ª2 - constante de calibração, também chamada de constan

te de deformação, que traduz a relação entre a va

riação de deformação e a variação da relação de re

sistência.

ª3 - constante de correçao devido a variação de temper~ tura.

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52

8~ - variação da relação de resistência entre dois ins

tantes considerados.

R - resistência total em um determinado instante.

A temperatura em qualquer instante é dada por:

( 2 .1)

e a deformação

E= a 8~ + a 8T 2 3

( 2. 2)

Determinada a variação de temperatura e conhecido o coe

ficiente de dilatação térmica do concreto, pode-se calcular uma

deformacão corrigida da influência de efeitos térnicos na deforma

çao do concreto.

( 2. 3)

onde k é o coeficiente de dilatação térmica do concreto.

2.3 - Extensômetro mecânico removível "defórmetro de Huggenberger"

O aparelho utilizado apresenta um princípio simples de

funcionamento idêntico ao de diversos extensômetros mecânicos e

cuja bibliografia é ampla e detalhada.

A base de medida é de 25 cm. A menor divisão da escala

do mostrador é de milésimos de milímetros.

Para a realização das leituras foram fixadas bases no

concreto depois deste colocado. Durante a concretagem deixaram-se

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53

gabaritos com as dimensões do furo previsto e posteriormente fi

xaram-se as bases com argamassa. o detalhe da base consta da fi

gura 2.4.

Alumínio ( cotas em centimetl"'os)

CORTE A- A

' . BASE PARA LEITURA COM O EXTENSOMETRO MECANICO REMOVIVEL

"oEFÓRMETRO DE HUGGENBERGER"

Figuro 2.4

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54

2.4 - Localização dos extensôrnetros Carlson e das bases para lei­

tura com o "defórrnetro de Huggenberger"

Foram instalados 27 aparelhos na placa de reaçao dispo~

tos em determinadas seções em dois níveis diferentes ao longo da

espessura, segundo as direções longitudinal e transversal.Em duas

seçoes foram localizadas rosetas de três extensôrnetros dispostos

a meia altura. As figuras 2.5, 2.6, 2.7 e 2.8 esclarecem a loca

lização dos extensôrnetros Carlson na placa de reação. Procurou-se

situar a aparelhagem no eixo de simetria (z)das faixas longitudi­

nais e transversais com l rn de largura, afastados igualmente dos

quatro furos de ancoragem próximos ao aparelho.

A base de medida de oito destes extensôrnetros é de 10cm

e as demais de 25 cm.

No bloco compensador foram instalados extensôrnetros elé

tricosem quatro níveis diferentes, corno mostra a figura 2.9. De

vido às suas características os aparelhos detectarão as variações

de comprimento do concreto do bloco compensador produzidas por

urna expansão ou retração.

lhos serão utilizados corno

De urna maneira aproximada estes apar~

compensadores da retração na deforma

ção medida pelos extensôrnetros Carlson na placa de reaçao.

As bases para leitura com o extensómetro mecânico remo

vível "defórrnetro de Huggenberger" se encontram na face superior

da placa de reação, nas direções longitudinal e transversal em di

versas seções contendo os extensôrnetros elétricos, de acordo com

a figura 2.10. Estas bases são encontradas também em urna das

faces do bloco compensador (figura 2.9), cujas leituras têm por

finalidade eliminar o efeito das variações de volume na deforma

ção medida na placa de reação.

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) E 20 - E 2 S.l E 16 - E .l

(direção

( direção X )

y)

lElO-Ell S5 E 14 - E 18

E 5 - E 9 ( direção X) E 24

s2 JE2.l-E22 ( d ire coo y ) S6 l E 25

E 4 - E 8 ( direção X ) E 26

S3

\ E 15 - E 19 ( direção y ) E 6

E 3 - E 7 direção X ) S7 i E .l7

S4

\ E 12 - E 13 direção y ) E 23

S8 l E 31

( direção x

( direção y )

{ direção x )

direção y

( dirieção lxy)

( direção x

( direção y

{ direção lw.y)

( direção x d )

Base dermedido = 10cm

Base de medido =

Base de medida=

iS21 1 3.00

10cm

10cm

o ,+, L

13,00 -----------s; __ 5+6 __ \3 s; __l_ ___ 5.; __ _

l _j_ !saT J

1 1 2,00

3,00 3,00j1~0L- 5.00

1

1 l---------------------------39,00------------------------1

ir y ( cotas em metros)

ESQUEMA DA LOCALIZAÇÃO DOS EXTENSÔMETROS ELÉTRICOS TIPO CARLSON NA PLACA DE REAÇÃO

( VISTA SUPERIOR)

Figura 2.5

U1 U1

Page 64: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

@ 1

-600-

1 7

E20 1

E2 ·~ --, El6,El

1

1 ~ Sl

<la- ~ ~

"' E E -< E o u 00 "õ e

1

'

l -6 :E '-------'\,---~-~ "'~----~,,.-------ª 00 o -~ .E -1l .---r----'1.----.---, .g ,---------:'\,------, ;; 1

--600-- -­.. 1

---~---

1

'

1

7

ElO T

S5

§ • -300--,I 00 'É ~ ~

o -~ UJ

-<Ca -·

.>

4

,, _ _l E2~ 21 . i-- 6 ·--E 251 -- --,- '

S6

A

'

s3]

__ ,_JT E4 6 E8

' El5 El9

--,---- ---1

300 1

t2.5 , [ E3

--t 5 Sl _._ __ -=:_E_7 _ __,, 5

El~IE13

Eixo de simetria de faixas transversais com l m largura

®. S8 -, 1 V

-!101 p--

<la 1

S7

1, V

-- . To -1 E31 -l. <la X

S8 ' - 3

}.t

(cotos em centimetl"oi) ESQUEMA DA LOCALIZAÇÃO DOS EXTENSÔMETROS ELÉTRICOS TIPO CARLSON NA PLACA DE REAÇÃO

( DETALHE DA VISTA SUPERIOR)

FiguPa 2.6

V

V

u,

"'

Page 65: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

2

45 E20 E5

i ' 1 20,5 20

X ---+- >. >---- - 1 - --;,;>

t 1

2 18 18

E _j_ E9 _j_ z 45

E4 E3 1 -r

20,5 19,5

·""--. ----+--< '- --- --t-· >

20,5 19 E8 _J_

E7 -1

\ \ Face in feriiol" ! l

,2

1 ElO

+45 -----:r.5

r-7"'--S:~x + --· > .. >-- - --

t, ~_j 45

r6r IE.26-·-i-

l 20,5 E24 l -- -- .~

E 31

5,5 -, r- 35

.>---~-- .>--~-__l-~ > E23

\'----------'-'-- Face in erior ! / (cotas em centimetros)

ESQUEMA DA LOCALIZAÇÃO DOS EXTENSÔMETROS ELÉTRICOS TIPO CARLSON NA PLACA DE REAÇÃO

( CORTES LONGITUDINAIS)

Figul'o 2. 7

V1 -.J

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r .. ~x

z

'

I • X

z

.2

1 1 El6 E21

45 1 -----r L 20,5 20

---·f---. >. >·--· -- - ---+--~> 1 18 18 1 El __j_ E22. __l

45

El5 El2 --, T 20,5 19,5

• >--- - -- - --}---. >. . -- - ---j- ---.',. 20.5 19

El9 1 E 13 ..L ___..

\ \ Face i nf eriol" 7 7

12

1 6

1 El4 11 45 -----r IE26-T

1 20,5 1 20,5

·-l- ,"'--- ----~ -·L- .. :::. ! 1

El8 lS 45

_ ___j_

5.5 T • . 1

~ _.,.___ 2-3--~ ',.. '>---~ -

1

!

\ \ Face in el"iOfl 7 7 (cotos em centimetr>os)

ESQUEMA DA LOCALIZAÇÃO DOS EXTENSÔMETROS ELÉTRICOS TIPO CARLSON NA PLACA DE REAÇÃO,

( CORTES TRANSVERSAIS l

Figul"a 2.8

u, 00

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1 90

59

o

·+ L

l--~~~~~100~~~~----,

VISTA SUPERIOR

Bases do "defórmetro de Huggenbergeri"

Bases do "defórmetro de Huggenbergera"

· E27

/ E28·

/E29 / ;~;º -· T lf/ - ll Extens6metrios elétricos tipo Col'lson

CORTE A - A

(cotos em centimetros)

ESQUEMA DA LOCALIZAÇÃO DOS EXTENSÔMETROS ELÉTRICOS TIPO CARLSON

E DAS BASES DO"DEFÓRMETRO DE HUGGENBERGER0•0NO BLOCO COMPENSADOR

Figur,o 2.9

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--,------------------------+-'------------------------, !

1 <t '

13,00 ·1-------------

º! D3 "' • o

tcit +-- ~!01 ~105

0.25-o .... 11-------·•·· o-------

-1--T t o ci f 09

-o-,- o - --- ----;a.- X

~!· 07 • •

1

i -'-----------------------',,---+-------------------------' 1 \Bases db defórmetro{base de medida:; 25cm)

._1-----------~--------- 39'.oo ---- ----------------<

'V y ( cotas em metros)

ESQUEMA DA LOCALIZAÇÃO DAS BASES PARA LEITURA COM O OEFÓRMETRO NA PLACA DE REAÇÃO

( VISTA SUPERIOR)

Figuro 2.10

"' o

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61

2.5 - Preparação e instalação dos extensômetros Carlson

Com a estação de medida situada aproximadamente a uns

10 metros do centro da placa de reação, tornou-se necessária a

conexao de cabos de maior comprimento aos que acompanham o apare­

lho.

Sendo esta uma das possíveis causas da interrupção do

funcionamento dos extensômetros elétricos, cuidados especiais fo

ram tomados na execuçao das emendas.

Após soldados e isolados os terminais, algumas emendas

foram realizadas com "neoprene" vulcanizado. Nas outras utiliza

ram-se fitas de auto-fusão protegidas por fitas adesivas comuns.

Posteriormente foi testada a medida da temperatura usando-se como

comparaçao um termômetro de mercúrio de precisão.

Na instalação dos aparelhos foram empregadas barras de

aço de pequeno diâmetro. Para cada extensômetro, com auxílio de

arames, duas barras eram unidas pelas extremidades do aparelho,

transversalmente à direção do mesmo e fixadas de modo conveniente

na posição desejada (figura 2.11).

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62

INSTALAÇÃO DO EXTENSOMETRO CARLSON

Figur>o 2.11

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63

Esta instalação foi improvisada pois toda a armaçao da

placa de reação já estava posicionada.

O concreto foi lançado em toda a volta próximo ao apar~

lho e era então bem vibrado,evitando assim um possivel choque dos

vibradores com a aparelhagem.

A estação de leituras é constituida por uma caixa con

tendo terminais para cada extensómetro, podendo ser ligada ao ap~

relho de medida.

2.6 - Programa de leituras

Até que o concreto atingisse a temperatura máxima,dura~

te a fase de pega, as leituras nos extensômetros Carlson foramrea

lizadas com pequenos intervalos de tempo. Já a partir do segundo

dia as leituras eram tomadas diariamente durante os três meses se

guintes. Daí em diante vem sendo obedecido um minimo de quatro

leituras mensais.

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CAP!TULO III

VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA Ã FLEXÃO COMPOSTA

DA PLACA DE REAÇÃO

O objetivo deste capítulo é o traçado de diagramas de

interação esforço normal - momento fletor provenientes da determi

nação dos esforços resistentes da seção no estado limite de util.!,

zação e do esgotamento da capacidade resistente da seção.Com isto

torna-se possível a verificação da segurança nos estados limite

de utilização e Último da placa de reação quando submetida aos

sistemas de forças auto-equilibradas.

3.1 - Propriedades geométricas da seção

Considerou-se a seçao compreendida em uma faixa longitu

dinal ou transversal de 1 metro de largura.

As propriedades geométricas da seçao foram calculadas

atendendo a duas fases distintas que ocorrem no concreto protend.!,

do com aderência posterior, isto é, antes e depois da injeção com

pasta de cimento das bainhas metálicas dos cabos de protensão.

Na primeira fase foram considerados dois tipos de se

çoes. Em ambos eram descontados os vazios relativos às bainhas em

uma determinada direção. Os dois tipos se caracterizavam pela de

dução ou não dos furos correspondentes aos cabos transversais a

esta direção (figura 3.1).

Page 73: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

e (d)

65

r230tl80tl80tl80t2301

1 180

o

o ()

A

()

o

o

o

o

o

A

z

O)

()

()

o

o

()

r,+0

o

z C)

o

0-

0-

A

"'

e, --

A--

·--o

0-

+ 180

+ 180~y

-+-180

+ 180 _j_

SEÇÃO TRANSVERSAL

'

SECÃO LONGITUDINAL

SEÇÕES DE CONCRETO

Figuroa 3.1

o o o o 1 o o o o + 900~y

o o

J o o o o

1.000

t z

b)

o o o l o o o

o+o 900

J o o

o o o o

1000 ! ' 'f

z o)

( cotas em mílimetros)

Na segunda fase admitiu-se as seçoes da figura 3.1 (b) E

homogeneizadas com coeficiente Ec28/(l

~ s, sendo: - ")

E = 206000 N/rnrn 2 p

Ec28 = 31500 N/rnrn 2

" = 0,2

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66

O quadro 3.1 contêm as propriedades geométricas das se-

çoes.

Quadro 3.1 - Propriedades geométricas das seções

SEÇÃO AC zs I

FASE (m 2 /m) ( cm) (m ~ /m)

Transversal sem 0,880 45,04 0,0606 desconto dos furos transv.

Transversal com 0,630 44,81 0,0470 Sem desconto dos furos transv.

injeção Longitudinal sem desconto dos furos longit. 0,880 44,95 0,0601

Longitudinal com 0,680 44,93 0,0520 desconto dos furos longit.

Com Transversal 0,941 44,95 0,0630

injeção Longitudinal 0,941 45,06 0,0640

3.2 - Perdas de protensão

Para a armadura de protensão com aderência posterior,to

das possuindo urna ancoragem passiva, foram considerados os segui~

tes fatores que influem na diminuição da tensão dos fios de pr2

tensão: os que ocorrem durante a protensão,chamados de perdas in~

tantâneas e aqueles produzidos pelo comportamento reolÕgico doco~

ereto e do aço, denominados de perdas diferidas.

3.2.1 - Perdas instantâneas

- Tensão inicial de protensão e perdas por atrito

Neste- trabalho determinou-se a tensão inicial de prote~

Page 75: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

67

sao, antes da cravaçao, na extremidade ativa a partir das medidas

de alongamento por ocasião da pretensão (figuras 3.2 (a) e (b)).

Torna-se necessário o conhecimento da influência do atri

to entre o cabo e a bainha na força de pretensão, que segundo a

recomendação R.21,321 do CEB-FIP/1970 é dado por:

ou seja:

àPx = Pi (1 - e-(µ:+µ àa)x) (3.1)

(3.2)

Sendo:

àPx - perda de pretensão por atrito na seçao considera

da,distante x do ponto de aplicação do instrumen

to de pretensão.

Pi - força de pretensão na extremidade ativa

Px - força de pretensão na seçao considerada

Convém observar que a fórmula 3.1 é geral embora neste

trabalho se aplique para o caso particular de cabos retos. Então:

(3.3)

Sendo a força de pretensão em qualquer seçao dada pelas

fórmulas 3.2 e 3.3, tem-se (figura 3.3):

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Pressão (N/mm 2 )

68

40 ---t------------------------,.-------~

35

20

15

100 150 200 , Alongamentos medidos(milimefr'os)

>-------ALONGAMENTO MEDIO REAL= 193 mm-----+

DIREÇÃO LONGITUDINAL

Figurio 3.20

15 25 30 35 40 45 50 55 60 165 70 Alongamentos medidos(milimetr,os)

+-------------ALONGAMENTO MÉDIO REAL= 72,3mm----------+

DIREÇÃO TRANSVERSAL

ALONGAMENTOS DE PROTENSÂO

Figura 3.2b

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69

e admitindo-se que o alongamento do aço esteja dentro do regime

elástico, pode-se escrever:

J~ dx =J~ o px o P =E J~ p o p

dx

Na pretensão com aderência posterior, utilizando-se o

processo Freyssinet, tem-se que o alongamento fil medido na prote~

são é o do aço adicionado ao encurtamento do concreto. Isto é ex

plicado, pois o que se mede é o deslocamento relativo entre a fa

ceda peça e uma referência no aço de pretensão.

Como o encurtamento do concreto, devido à força de pr~

tensão aplicada é muito menor que o alongamento do aço, adotou-se

fil = fil. p Sendo assim, igualando-se as expressões acima, encon

tra-se:

Ancol"agem ativo

Jl _,, fiO. X = cr. e~ dx o pl.

() =cr .• -µó(l(,x ípx -pi

Ancoragem passiva

:----------------...;;~'

TENSÃO DE PROTENSÃO AO LONGO DO CABO

Figura 3.3

( 3. 4)

Tem-se então, para a tensão inicial de pretensão na ex

tremidade ativa, antes da cravação, a seguinte expressão:

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70

= Ep t:.l 1 -

µ t:.a -µ t:.a l

e

onde t:.l é o alongamento medido na pretensão.

As perdas por atrito foram dadas pela fórmula 3.3.

- Perdas por deslizamento na ancoragem

(3.5)

O deslizamento nos cabos constituídos por fios lisos du

rante a cravação do cone macho de ancoragem provoca urna diminui­

ção da tensão de pretensão. A influência do atrito é considerada a mesma tanto no alongamento quanto no encurtamento do cabo.

As expressoes que fornecem os valores das perdas de pr~

tensão devido ao deslizamento na ancoragem foram estabelecidas no

caso deste efeito se propagar até urna distância menor ou maior do que o comprimento do cabo.

Sendo f o comprimento do cabo e supondo o comprimento de influência a menor do que f, tem-se (figura 3.4):

t,a t:.a(2a - x))dx

sendo t:.a deslizamento na ancoragem.

Ancof"agem ativo

'-------------------';~, i- a _j

PERDAS POR DESLIZAMENTO NA ANCORAGEM ( a< I)

FigUl"O 3.4

(3.6)

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71

Desenvolvendo a expressao 3.6, encontra-se:

a = -_l_ ln (1- -_µ_.t._a_._t._a_.E ..... ~

µ âa ªpi } (3.7)

Portanto, como se observa na figura 3.4, o valor da pe!.

da será dado por:

âcrpx = ªpi .-,•ox~ _ e2µâax (i - 2 a . P + cr • (3.8) µóa.óa.E µóa.óa.E ~

pi pl.

Sendo o comprimento de influência calculado pela fórmu

la 3.7 maior do que l, tem-se (figura 3.5):

âa âa (l - x)) dx

Ancoragem ativo

AncoPogem passivo

1

\ CT -µLI()(,( 1 - x) \\Jpl e

'-----------------.;~,

f=_'_j~ PERDAS POR DESLIZAMENTO NA ANCORAGEM ( a> f)

Figur>o 3.5

(3.9)

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72

Desenvolvendo a expressao 3.9, chega-se:

o = o . -pl pi µ t.a.t.a.Ep

1 - e-µ t.a l ( 3 .10)

O valor da perda será dado por:

e -µt.a (l - x) (o (1 - e -µt.at)-1 _ e-µt.a l pi

, •••• ·p),,.11(

O quadro 3.2 contém dados utilizados no cálculo da ten

sao inicial e das perdas de tensão por atrito e deslizamento naan

coragem.

Quadro 3.2 - Valores do alongamento médio de protensão,deslizamen

to médio na ancoragem,coeficiente de atrito, desvios

parasitas e módulo de deformação longitudinal do aço

de protensão

t.l t.a t.a Ep (mm) (inm)

µ (rad/m) (N/mm 2 )

Direção 193,0 5,5 0,21 0,009 206000 longitudinal

Direção 72,3 5,3 n li " transversal

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73

- Perdas por deformação instantânea do concreto

O encurtamento no concreto produzido pela protensão de

determinados cabos provoca uma perda de tensão nos cabos já anco

rados. Ou seja, são perdas por deformação do concreto devido a

não simultaneidade da protensão.

Este alívio de tensão foi considerado de acordo com as

Recomendações do CEB-FIP/1970, conforme R.21,322.

Sendo n1 o número de etapas da protensão e E a defor cp

maçao instantânea devida à totalidade da protensão, tem-se:

(3.12)

Para o estado plano de tensões, supondo as tensões

iguais nas duas direções e um comportamento linear do concreto,

tem-se:

(3 .13)

sendo:

ªc - a tensão no concreto causada pela totalidade de

protensão, admitida centrada, consideradas as pe!: das por atrito e deslizamento na ancoragem. To

mou-se uma tensão média das calculadas com os

dois tipos de seções nesta fase de protensão pa­

ra ambas as direções (quadro 3.1)

Ec28 - o módulo secante de deformação do concreto,ca,!

culado a partir do módulo de deformação longitu­dinal aos 28 dias de idade

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74

Ec28 = 0,9 x 35000 = 31500 N/mm 2

v - Coeficiente de Poisson do concreto. Segundo a re

comendação R.12,4, v = 0,2

n 1 - número de etapas da protensão

n 1 :<:: 5 (quadro 1.1)

Tem-se então a perda da tensão de protensão dada por:

( 3 .14)

3.2.2 - Perdas diferidas

- Perdas devidas à fluência e retração do concreto

Estas perdas de tensão sao causadas pelo encurtamento

de retração e fluência do concreto que ocorrem ao longo de um cer

to tempo desde a aplicação da protensão.

Para um estado uniaxial de tensão, tendo por base as h! póteses de fluência linear e principio de superposição, adotada a

aproximação proposta por TROST para as funções de fluência e rela

xação, pode-se estabelecer a expressão que fornece a perda de te~

são no aço devido à retração e fluência do concreto (ref.3 e ref.

15). Nesta expressão foi admitido o módulo de deformação longit~

dinal constante com o tempo e a armadura aderente ao concreto.

Ou seja:

1 - w w <Pooe5(t - j)

w i + wn<P)~5Ct - jl (a . e: ) _2.J. + ~ E . <P CJ oo

( 3 .15)

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75

sendo:

No caso de estado plano de tensões, supondo as tensões

iguais nas duas direções, é valida a mesma fórmula 3.15, substi­

tuindo-se Ecj por Ecj/(1 - v).

Na fórmula 3.15,

- é a tensão no concreto ao nivel da armadura de

protensão devido a uma tensão ºP nesta armadura

0 cj = 0 cp + 0 cg

Sendo,

o cg - a tensão no concreto ao nivel da armadura de pr,2 tensão devido ao peso próprio. No caso deste tra

balho foi desprezada esta parcela

Ep - módulo de deformação longitudinal do aço de pr,2 tensão.

Ecj - módulo secante de deformação do concreto

n - coeficiente de relaxação. Este coeficiente foi

obtido no gráfico da figura 17.3 do livro de A.M.

Neville -"Creep of concrete:plain, reinforced and prestressed" (ref. 15). Com a idade do primeiro

carregamento (aproximadamente 28 dias) e ljJ <f! sen n

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76

do ""n = l3ifl3l34 = 1,37 e 1ji = 0,056 (quadro 3.9) ,

obtém-se:

n ::::: o, 75

v - Coeficiente de Poisson do concreto

v = 0,2

Coeficientes do CEB-FIP/1970 em R.12,31 e R.12,32.

'I' = .. 131132133134

13 1 = 2,30 (umidade relativa do ar de 70%)

13 2 = 0,95 (para j = 28 dias, T = 21°c e D = 1036 graus-

dias)

13 i = 0,85 (consumo de cimento = 520 kg/m3 e fator -agua-

cimento = 0,35)

13 4 = 0,70 (hm = 0,90 m)

Então 'I' = .. 1,3 •

13 5 (t _ j) - coeficiente que considera a influência do

tempo. Por exemplo, para as perdas calcula

das a tempo infinito 13 5 = 1,0

-5 Eo = 27,5 x 10 (umidade relativa do ar de 70%)

l34 = 0,50 (hm = 0,90 m)

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77

Então E = 117 x 10-6 • cs

Para o cálculo desta perda admitiu-se a pretensão cen­

trada e aplicada em sua totalidade aos 28 dias de idade.

- Perdas por relaxação do aço

A perda de tensão devida à relaxação do aço será avalia

da tendo por base as Recomendações do CEB-FIP/1970.

Na falta de dados experimentais para os fios de

sao utilizados, foi adotada uma função de relaxação pura

do-se uma variação linear t,.opt - log t, considerando que a

çao a um tempo t = 1000 h é a metade da relaxação a tempo

to. Ou seja:

log t 80pt = log 1000

prote~ admitin

relaxa

infini

(3 .16)

Na recomendação R.11,22 é fornecida para diversos tipos

de aço a perda da tensão de pretensão devido à relaxação pura t,.a - • - poo

para uma tensao inicial apos a cravaçao a. = 0,8 f tk' Para ou pi, o p -

tros valores de tensão inicial a perda de tensão correspondente

obedece a uma variação.parabólica traduzida pela equaçao:

(op~o- 0,5 fptk)2

80pm,cal = 80pm O 3 f , ptk (3.17)

Como esta perda de tensão no aço ocorre em uma peça de

concreto pretendido onde os fenômenos de retração e fluência do

concreto e a relaxação do aço são interdependentes, será conside

rada uma atenuação na perda, chamada relaxação aparente, que pode ser expressa a tempo infinito por:

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78

àa ) p,s + c a . pi, o

(3.18)

Para um tempo t pode-se considerar aproximadamente a

mesma atenuação substituindo-se as perdas de tensão a tempo infi

nito pelas correspondentes no tempo considerado. Ou seja:

3.3 - Peso próprio

àa~,s + c) pi, o

(3.19)

As tensões devidas ao peso próprio foram determinadas

com auxílio de um programa de elementos finitos. O elemento utili

zado foi o "BPR" pertencente ao programa ICES-STRUDL II.

Os dados fornecidos ao programa foram:

carga permanente uniformemente distribuída devido ao

peso próprio g = 22,9 kN/m 2

módulo secante de deformação calculado a partir do módu

lo de deformação longitudinal aos 28 dias de idade

Ec28 = 31500 N/mm 2

Coeficiente de Poisson do concreto

v = 0,2

Os valores de momento fletor apresentados no quadro 3.3 obedecem à convençao da figura 3.6.

Quadro 3.3 - Momentos fletores devidos ao peso próprio

M M SEÇÃO gx gy

(kN.m/m) (kN.m/m) Sl,S3,S5 24,5 116,0

S2,S4 8,0 10,0

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79

Mgy

y

z

MOMENTOS FLETORES POSITIVOS

Fi~Ul"'O 3.6

A retirada do escoramento foi realizada ao final da pr2

tensão sendo aI considerado o início da atuação do peso próprio.

Sabe-se que a pretensão excêntrica em uma viga isostát!

ca, com cabos situados na região inferior da viga, levanta a peça

descolando-a do escoramento e fazendo com que o peso próprio atue

antes do final da pretensão. No caso da placa de reação a prote~

são pode ser considerada centrada (excentricidade muito pequena.em

ambas as direções) não só pela disposição da armadura ao longo da

seção, como também pela fase de aplicação da pretensão onde proCE,

rou-se mantê-la aproximadamente centrada. Sendo assim, pode-se

admitir que o peso próprio comece a atuar no final da pretensão.

3.4 - Verificação da segurança à flexão composta

3.4.1 - Considerações do cálculo

Para verificação da segurança no estado limite de utili

zaçao e no estado limite Último de uma peça em concreto protend!

do foram adotadas as Recomendações do CEB-FIP/1970.

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80

A consideração das seçoes longitudinal e transversal si

tuadas no meio da placa obedeceu às seguintes justificativas:

- as tensões devidas à flexão da placa de reaçao prod~

zidas pelo seu peso próprio

prezíveis em presença das de

- -em qualquer seçao sao des

pretensão.

- as tensões de

pretensão, j ã radas iguais

compressao no concreto causadas pela

deduzidas as perdas, podem ser conside--nas diferentes seçoes.

- a seçao do meio apresenta o maior valor, em módulo,de

momento fletor devido ao peso próprio.

Os quadros 3. 4, 3. 5 , 3. 6 , 3. 7 , 3. 8, 3. 9 , 3 .10 e 3 .11 co!l

têm um resumo dos diversos cálculos realizados para as seções si

tuadas no meio da placa de reação. A determinação dos esforços r~

sistentes da seção nos estados limite Último e de utilização foi

feita com a força de pretensão antes das perdas lentas (por fluên

eia e retração do concreto e por relaxação do aço) e, com a força

de pretensão após estas perdas a tempo infinito.

Quadro 3.4 - Tensão inicial e perdas por atrito.

.f. crpi X licrp (mm) (N/mm 2

) (mm) (N/mm 2)

Direção 39000 1057 19500 38,24 longitudinal

Direção 13000 1159 6500 14,12 transversal

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81

Quadro 3.5 - Perdas por deslizamento na ancoragem

R. ªpi X a llcrp (mm) (N/mm 2

) (mm) (mm) (N/mm 2 )

Direção 39000 1057 19500 24400<R. 18,53 longitudinal

Direção 13000 1159 6500 22800>R. 83,92 transversal

Quadro 3.6 - Tensão nos cabos após as perdas por atrito e desli­

zamento na ancoragem

llO' llcrp ªP ªpi p atrito desliz. ancor. atrito+ desliz. (N/mm 2

) (N/mm 2

) (N/mm 2) (N/mm 2

)

Direção 1057 38,24 18,53 1000 longitudinal

Direção 1159 14,12 83,92 1061 transversal

Quadro 3.7 - Perdas por deformação instantânea do concreto

O' O' llcr p

lle: cp atrito+ desliz. cm e:cp p (N/mm 2

) (N/mm 2

) (N/mm 2)

Direção 1000 11,57 294 X 10-6 235 X 10-6 48,43 longit.

Direção 1061 n n " li

transv.

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82

Quadro 3.8 - Tensão nos cabos após as perdas instantâneas

ªp (N/mrn 2

)

Direção 952 longitudinal

Direção 1013 transversal

Quádro 3.9 - Perdas por fluência e retração do concreto

E . 1jJ

tia + e CJ ªp a . = a p,s j = 28 dias CJ Cp

(N/mrn 2 ) (N /mrn 2 ) (N/mrn2 ) (N/mrn 2

)

Direção 31500 952 longit. 982 11,08 0,056 89,22

Direção li 1013 transv.

Na determinação das perdas por fluência e retração do

concreto considerou-se uma tensão média ªcj devida a pretensão me

nos as perdas instantâneas por atrito, deslizamento na ancoragem

e deformação instantânea do concreto, tomando-se as seções de con

ereto com furos, que constam do quadro 3.1.

Quadro 3.10 - Perdas por relaxação do aço

tia tiaP""tcal tia poo p ªp· a (N/mrn 2

) l.' o Pi,o

Direção 0,16 0,067 61,00 longitudinal

Direçao li 0,10 97,20 transversal

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83

Quadro 3.11 - Tensão e força de pretensão no cabo a tempo infini­

to

(1 p ( 1 cabo) p (N/mm 2 ) (kN)

Direção 802 483 longitudinal

Direção 827 498 transversal

3.4.2 - Valor característico da resistência à compressao do

concreto

Dos ensaios de 29 corpos de prova aos 28 dias de idade

foi obtida uma resistência característica à compressao. Ou seja:

onde

tem-se:

fcck,28 = f 28 - 1,64 s cem, (3.20)

desvio padrão.

Sendo no número de corpos de prova.

Se ô= s , onde ô é o coeficiente de variação, fcem,28

f cck,28 = f 28 (1 - 1,64 ô) cem, (3.21)

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84

No quadro 3.12 sao apresentados os valores das resistên

cias à compressão aos 28 dias de idade de 29 corpos de prova.

Quadro 3.12 - Resistência à compressao aos 28 dias.

fcc28 f cc28 f cc28 (N/mm2

) (N/mm 2) (N/mm2 )

47,25 40,20 41,76

49,02 41,18 37,45

45,49 41,37 37,06

45,10 36,86 40,98

46,67 37,06 38,04

45,88 40 ,98 45,10

43,92 39,31 37,25

43,14 43,92 41,18

35,78 41,37 45,78

36,27 41,18

Tem-se então:

f = 41,61 N/mm 2 ccm,28

S = 3,63 N/mm 2

li= 0,09

f = 35,29 N/mm 2 cck ,28

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85

3.4.3 - Esforços resistentes da seçao no estado limite

utilização

de

A força de pretensão de cálculo no estado limite de uti

lização, considerada como uma força externa aplicada na seção, é

definida por:

(3.22)

Sendo yp = 1,0.

Para as cargas permanentes, o coeficiente de ponderação

adotado no estado limite de utilização foi yf = 1,0.

O cálculo dos esforços resistentes no estado limite de

utilização da placa de reação atendeu a sua especificação como

obra em concreto pretendido classe I. Ou seja,sob a ação do peso

próprio, pretensão e cargas admissíveis nos furos de ancoragem

(sistemas de forças auto-equilibradas) não devem surgir tensões

de tração em qualquer das faces, durante sua utilização.

As tensões de compressao nao devem ultrapassar o valor

da resisténcia característica minorada de 1,5.

As retas das figuras 3.7 e 3.8 correspondem aos pares

de esforços resistentes esforço normal - momento fletor para as

seçoes longitudinal e transversal, considerada a força de prote~

são de cálculo antes das perdas por fluência e retração do concre

to e por relaxação do aço. Por sua vez, as retas das figuras 3.9

e 3.10 correspondem aos pares de esforços resistentes com a força

de pretensão de cálculo após estas perdas a tempo infinito.

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86

A seguir, é apresentado o cálculo dos esforços resiste~

tes da seção transversal no estado limite de utilização, com a

força de pretensão antes das perdas por fluência e retração do

concreto e por relaxação do aço.

Propriedades geométricas da seçao transversal.

~ = 0,9410 m2 /m

Ih= 0,0630 m4 /m

z = 44,95 cm s

- força inicial de pretensão.

Pi= 637 kN (1 cabo)

- perdas da força de pretensão.

õP = 63 kN (1 cabo)

- forças de pretensão de cálculo.

pd = 1,0 (Pi - 0,7 õP) = 593 kN (1 cabo)

Pd = 1,0 (Pi - 1,3 âP) = 555 kN (1 cabo)

momento fletor de cálculo devido ao peso próprio.

M d= 21,1 kN.m/m gx,

- diagramas de tensões no concreto

Page 95: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

seguir,

87

8,82 0,76 0.18 9,76

= ( 0,7AP)

8,82 0,76 0,18 7,88

8,25 0,72 0,18

(l,3llP)

8,25 0,72 0,18 7,35

PROTENSÀO EXCENTRICIOAOE PESO PROPRIO (TENSÕES EXPRESSAS EM N/mm2) DA PROTENSÀD

As equaçoes das retas da figura 3.7 sao as indicadas

onde os valores de Nser e M são referidos ao centro ser gravidade da seçao.

N M reta ( a) ser + ser 7,88 o ""1Ç ~

z. - = l.

Nser M reta (a' l + ser 7,35 o ""1Ç ~

z. - = l.

a

de

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88

reta (b) N M ser + ser - 9,76 = o ~ r;- zs

reta (b') N Mser ser + - 9,15 o r;- zs = ~

N M reta (c) ser + ser 7,88 23,53

~ r;- z - = -i

reta (c') N Mser ser + 7,35 23,53 ~ r;- z - = -i

N M reta (d) ser + ser 9,76 23 ,53

~ r;- zs - = -

reta (d') Nser

+ Mser - 9,15 23,53

~ r;- zs = -

sendo f cck,28 = 23 53 N/mm2 1,5 '

Cumprindo as limitações de utilização em serviço traç~

ram-se os contornos poligonais fechados da figura 3.7.

3.4.4 - Esforços resistentes da seçao no estado limite úl­

timo

A força de pretensão de cálculo no estado limite Último

é definida por:

(3.23)

= 11,0 Sendo yp O 9 ,

Para as cargas permanentes foi adotado o coeficiente de

ponderação yf = 1, 5.

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89

A capacidade resistente foi determinada considerando-se

coeficientes de minoração das resistências sendo de 1,5 para o do

concreto e 1,15 para o aço.

O diagrama tensão-deformação de cálculo utilizado para

o concreto foi o parábola-retângulo com um coeficiente 0,85 redu

zindo a tensão de ruptura à compressão determinada em ensaios de

corpos de prova cilindricos. Este coeficiente se deve à diminui

ção da resistência do concreto com a permanência da carga.

O diagrama tensão-deformação de cálculo do aço empr~

gado na armaçao de protensão foi obtido a partir da curva caracte

ristica, com um coeficiente de minoração para as tensões de 1,15

e deslocando os pontos segundo uma paralela à tangente na origem,

à curva tensão-deformação.

Utilizou-se o diagrama tensão-deformação do aço CP-125B

para uma tensão de escoamento convencional de 1289 N/mm 2 e módulo

de deformação longitudinal 206000 N/mm 2 (valores médios dos obti

dos experimentalmente), apresentado na figura 3.11.

Segundo as Recomendações do CEB-FIP/1970 a capacidade

resistente da seção é atingida pelo esmagamento do concreto ou p~

la deformação excessiva do aço. As distribuições de deformações

normais que estabelecem um critério onde a seçao se encontra em

um estado limite Último, estão na figura 3.12.

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ip=.!_.0 e 0,7"P

lpº0.9el,3c.P

-l5000

-5000

o

10000

Nd ( kN/m)

SECÃO TRANSVERSAL Antes das perdas pon fluênciÔ e retrioçõo do concr>eto e por, relaxação do aço

CURVAS DE INTERAÇÃO ESFORÇO NORMAL-MOMENTO FLETOR

Figura 3. 7

2000 2500

"' o

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1P = 1.0 e 0.7AP

'p =0,9 e l.3LI P

-15000

E~todo limite de utilizo9áo

-10000

-5000

10000 Nd { k N /m)

SEÇÃO LONGITUDINAL Antes das perdas por, fluência e r-etração do concfleto e por rieloxoçõo do aço

CURVAS DE INTERAÇÃO E S FORÇO NORMAL-MOMENTO FLETOR

Fi~ura 3. 8

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10

=l,O e 0,76P

10

=0.9 e l,36P

-2000

Estado limite de utilização

-10000

-5000

SECÃO TRANSVERSAL

Após as perdas por, fluênc1~ e retração do concl'leto e pari r"eloxoçõo do aço

CURVAS DE INTERAÇÃO ESFORÇO NORMAL-MOMENTO FLETOR

Figuf"a 3 .9

2500

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lp =l.O e 0,7t>P

l 0 =0,9e l,3t>P

-.LOOOO

-5000

10000 Nd(kN/m)

SEÇÃO LONGITUDINAL

Estado limite de utilizoçõo

Após os pel"dos por fluência e f"letroçõo do concreto e por relaxação do aço

CURVAS DE INTERAÇÃO ESFORÇO NORMAL-MOMENTO FLETOR

Figura 3. lO

00 "' w

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94

l500

característico __ --c~o__ - - - - - ----Cul"vo de câlculo

500

2 5 10

CURVAS ap-tp CARACTERÍSTICA E DE CALCULO DO ACO CP-125 8

Figuro 3 .11

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o

o •

o o

o

95

-3 -3 -3

Ec "' 10,10 -2,10 -3.5x10

-\ Es E Ec -3

10, 10

Região l Deformação excessivo do aço

Região 2 .3 e 4 Esmagamento do concreto

DEFORMAÇÕES NORMAIS NO ESTADO LIMITE ULTIMO

Figuro 3.12

O cálculo da capacidade resistente foi feito como indi

cada a seguir.

Foram arbitradas algumas distribuições de deformações

normais do concreto no estado limite Último, determinando-se para

cada uma a posição da linha neutra e as deformações nos niveisdos

cabos de pretensão.

Considerando que as deformações nos cabos de pretensão

sejam iguais às do concreto adjacente e adicionando-as ao pré­

alongamento do aço, determinam-se as tensões de tração na armadu

ra de pretensão com auxilio do diagrama ªP - Ep de cálculo da fi

gura 3.11.

O pré-alongamento foi determinado pela tensão no aço,

consideradas as perdas de tensão. Estando a tensão no aço na zo

na elástica, o pré-alongamento é dado por:

E Po

(3.24)

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96

No pré-alongamento foi desprezada a parcela devida ao

encurtamento do concreto.

A resultante dos esforços de compressão no concreto e

sua posição foram determinadas para cada distribuição de deforma

ções normais com auxílio de diagramas (preparados por J. Perchat)

que podem ser encontrados em ref, 6 e ref. 8.

Os esforços internos da seção foram calculados para as

diversas distribuições de deformações normais no estado limite úl

timo. Para cada uma destas distribuições foi determinada a resul

tante dos esforços normais Últimos e o momento fletor Último re­

sultante em relação ao centro de gravidade da seção; estes const!

tuem os esforços resistentes da seção no estado limite Último.

Com os diversos pares

diagramas de interação, que são

3.9 e 3.10.

de valores N e M foram u u

apresentados nas figuras

traçados

3.7, 3.8,

Como exemplo do cálculo realizado,apresentou-se a dete.E

minação de um par de valores Nu e Mu para a seção longitudinal com a força de pretensão antes das perdas por fluência e retração do

concreto e por relaxação do aço.

Propriedades geométricas da seçao longitudinal

~ = 0,9410 m2 /m

Ih= 0,0640 m~/m

z = 45,06 cm s

momento fletor de cálculo devido ao peso próprio

M = 116 x 1,5 = 174 kN.m/m gd,y

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97

- força inicial de pretensão

P. = 699 kN (1 cabo) l.

- perdas da força de pretensão

6P = 88 kN (1 cabo)

Para o caso de Yp = 1,0 e 0,7 6P tem-se:

- força de pretensão de cálculo

Pd = 1,0 (Pi - 0,7 6P) = 637 kN (1 cabo)

- cálculo do pré-alongamento do aço

e: = Po

1057 206000 = 5,10 X 10-3

diagrama de deformações normais do concreto (arbitr~

do), esforço de compressão no concreto e esforços de tração no aço.

T 12

-t-18

+ 18

-l----12

--+ 18

--1-12

--1-

-3 -3.5, 10

-3 10,00 x 10

-l.42x1Õ3

-3 1.69, 10

-3 4,8lx 10

-3 6.88,10

< 3 234k N 1494 kN

2013 k N

~ 1390 kN

1406 kN

2872 k N

. t cotas em centi metros l

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98

- resultante dos esforços internos Nu e Mu referidos ao

centro de gravidade da seção.

N = 5940 kN/m u

Mu = 1590 kN.m/m

Com este par de valores determina-se o ponto 1 da curva

de interação da figura 3.8.

3.4.5 - Verificação da segurança à flexão composta da placa

de reaçao

O gráfico que consta na figura 3.13 consiste numa envol

tória a favor da segurança, para ambas as direções, das diversas

considerações de cálculo estabelecidas.

As retas correspondem aos esforços resistentes da seçao

no estado limite de utilização e a curva em tracejado aos obtidos

no estado limite Último.

A utilização em serviço é garantida comparando os valo

res dos esforços solicitantes em uma determinada seção devido aos

sistemas de forças auto-equilibradas com os limitados pelas retas.

Na verificação da segurança no estado limite Último de

vem-se majorar os esforços solicitantes provenientes da ação do

peso próprio (carga permanente) de 1,5 e dos sistemas de forças

auto-equilibradas de 2,16. A natureza e o elevado custo da placa

de reação conduziram ao aumento de 44i nos esforços solicitantes

de cálculo (devido aos sistemas de forças auto-equilibradas)no e.:!_

tado limite Último (1,5 x 1,2 x 1,2 = 2,16 -CEB-FIP/1970,R.22.4).

Com o par de valores Md e Nd a segurança no estado limi

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99

te Último é atendida desde que o ponto definido no gráfico da fi

gura 3.13 não ultrapasse a curva tracejada.

t importante observar que as cargas limites nos furos

de ancoragem são de 500 kN para as verticais e de 250 kN para as

horizontais aplicadas a 500 mm da face da placa de reação.

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- -15000

Estado limite Ultimo

- -- -- --. Estado limite de ufiliso9ão

"", -10000 -... ...._

10000

Nd(kN/m)

ENVOLTORIA DAS CURVAS DE INTERAÇÃO ESFORÇO NORMAL-MOMENTO FLETOR

Figuria 3.13

1-' o o

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CAPtTULO IV

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Neste capítulo sao apresentados os resultados experime~

tais de um ano de observação, com a análise do comportamento reo

lógico do concreto da placa de reaçao neste período.

Os cálculos necessários à conversao das leituras reali

zadas com os extensômetros Carlson em termos de deformação e tem

peratura e os respectivos gráficos (deformação-tempo,temperatura­

ternpo e variação de comprimento-temperatura)foram executados atra

vês de um programa para o computador IBM-1130 com traçador de gr!

ficos (PLOTTER) associado ao sistema.

4.1 - Temperatura no interior do concreto fresco

Através de medições com os extensômetros Carlson, a tem

peratura no interior da massa de concreto pode ser obtida com au

xílio da fórmula 2.1.

Sendo assim, foram traçados gráficos que traduzem a ev2

lução das temperaturas com o tempo, desde a concretagem até a da

ta correspondente ao início da protensão da laje.

As figuras de 4.1 a 4.14 contêm os gráficos tempera tu

ra-tempo para diversos aparelhos localizados na placa de reaçao

e no bloco compensador.

Observa-se nas primeiras horas um aumento considerável

da temperatura devida ao calor resultante das reações quimicas de

hidratação do cimento durante a fase de pega.

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10

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NOVEMBRO ( 1972)

TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.1

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.4

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

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NOV~MBRO (1972)

TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.8

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10

10 11 12 OJ,',.S-1',POS D IN!ClC C"'- CONCRET'°'CiE.M-

NOVEMBRO (1972)

TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.9

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.10

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.11

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NOVDABRO ( 187 2 l

TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.12

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NOVEMBRO (19721

TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

FIGURA 4.13

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TEMPERATURA NO INTERIOR DO CONCRETO FRESCO

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116

Na placa de reação a temperatura máxima de cada ponto

observado foi atingida entre 24 e 30 horas após o lançamento do

concreto, enquanto que no bloco compensador tal ocorreu aproxim~

damente 18 horas após sua concretagem.

Na figura 4.15 apresentam-se esquematicamente as temp~

raturas máximas em diversos níveis ao longo da espessura,na placa

de reação e no bloco compensador.

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TEMPERATURA MÁXIMA EM DIFERENTES NIVEIS DURANTE A FASE DE PEGA

Figuro 4.15

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A água que circulou pelos furos das bainhas na placa de

reaçao e a umidade mantida na face superior da placa de reação e

do bloco compensador influenciaram no aparecimento de gradientes

térmicos durante a evolução das temperaturas iniciais.

4.2 - Gráficos deformação total e temperatura no concreto-tempo

Os gráficos das figuras 4.16 a 4.42 mostram a deforma

çao total e a temperatura no interior do concreto desde o início

da pretensão durante um ano de observação.

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GRÃFICO DEFORMAÇÃO TOTAL E TEMPERATURA DO CONCRETO-TEMPO

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144

No decorrer deste per!odo a placa de reaçao nao foi so

licitada por cargas normais ao plano, ou seja, pelas forças vert!

cais auto-equilibradas provenientes da realização de ensaios es

truturais.

A deformação total inclui nao só aquelas produzidas por

um estado tensional como também por variações de volume do concr~

to. Por este motivo, convém assinalar que a conversão deste est~

do de deformação em tensões no concret~ não corresponde às insta

!adas pela protensão e pela atuação do peso próprio.

Verificam-se por esses gráficos deformações iniciais bem

mais elevadas do que as que se poderiam esperar pelo valor do mó

dulo de deformação longitudinal aos 28 dias de idade e pela força

de protensão aplicada. Justifica-se por ter sido a protensão efe

tuada com o concreto ainda novo, encontrando-se em certas regiões

com 10 dias de idade,e pela seção de concreto reduzida pelos f~

ros transversais e longitudinais das bainhas nao injetadas (pr~

tensão com aderência posterior). Acrescenta-se também o fato,

observado nos gráficos, de que alguns cabos ao serem protendidos

encontravam o concreto apresentando o fenômeno de fluência devido

à pré-compressão provocada pelos cabos anteriores.

Durante a fase de protensão o efeito de Poisson se fez

sentir no sentido da protensão mais fraca, porém desaparecendo no

decorrer do tempo.

Nota-se no concreto um mau condutor de calor, nao apr~

sentando variações bruscas de temperatura no seu interior, mante~

do-se aproximadamente em um valor médio das temperaturas ambiente

ocorridas durante o ano.

4.3 - Diagrama de deformações totais do concreto na seçao

Utilizando as medidas de superflcie realizadas com o

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145

extensômetro mecânico removível "defórmetro

extensômetros Carlson,

de Huggenberger" e as

foram traçados diagr~ de interior com os

mas de deformações totais do concreto na seção, ao final

à injeção das bainhas, tensão e em

ção Sl a S5

duas idades posteriores

(figuras 4.43 a 4.52).

da pr~

da se

Com auxílio desses diagramas tem-se uma visão geral do

bom funcionamento dos extensômetros elétricos.

As deformações totais determinadas pelos extensômetros

elétricos apresentam, em certos pontos, resultados influenciados

pelo efeito local relativo ao grande acúmulo de furos longitud!

nais e transversais,devidos às bainhas sem a injeção de pasta de

cimento,até o final da protensão.

Os diagramas permitem também observar o estado de defor

maçao na seçao antes e depois da atuação do peso próprio associa­

do aos efeitos reológicos do concreto.

Tendo em vista a obtenção da curva de fluência e o Coe

ficiente de Poisson, tornou-se necessário descontar da deformação

total as variações de comprimento do concreto causadas por uma re

tração e por variações de temperatura.

4.4 - Efeitos térmicos

Com o emprego dos extensômetros Carlson, a dedução da

parcela devida às variações de temperatura torna-se simples,conh~

cido o coeficiente de dilatação térmica do concreto.

Este coeficiente pode ser determinado com uma certa pr~

cisão, com extensômetros embutidos em um concreto livre de ten­

sões, através do traçado de gráficos traduzindo a variação de com

primento em função da temperatura (ref.19).

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146

l Seção com furos

10/12/72 Final da pl"Otensõo 1

Seção. homogeneizadJ!:-0 •

28/3/73 107dias após o pretensão

·---+--------< •---+---------1

• •----------<

- 800 -600 -400 -200 OE11

(10- 6 ) e, o

-800 -600 -400 -200 -6

O €e to! ( 10 ) '

Legendo

1 Seção homogeneizada

2/5/73 141 dias após a pretensão

•---1------1

-800 -600 -400 -200

o -defor,mação tato I na superficie ( face superior)

• -defol"moção total intel"'na

Sl - DIREÇAO LONGITUDINAL

Aporelhos - Dl, E 20, E2

DIAGRAMA DE. DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SECAO

Figuro 4.43

J

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147

l Seção com furos 10/12/72

final do pretensão ~ Seção homogene·1zoda

28/3/73 107dias após a pretensão

•-------l

/------1 •-------1

-600 -400 -200

Legenda

-6 OEctot{lO) - 600 -400 -200

1 Secao homogene1zado

2/5/73 141 dias após o pretensão

[ .•--------1

-600 -400 -200

o -deforimação total na super>ficie ( face superior)

x -deformo~Õo total interno

Sl - DIREÇAO TRANSVERSAL

Apooelhos-D2. El6, El

-6 O "c,tol 10 )

DIAGRAMA DE DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figura 4.44

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148

~ Seção com furios

10/12/72 Final do pretensão ~

Seção homogeneizado ·

28/3/73 107 dias após o protensôo

:,,+--------,

X

- 600 -400 -200

Legenda

z

1~y

-6 O Ec,tot 110 1

'

-600 -400 -200

t Seção homogeneizada

2 /5 /73 141 dias após o pretensão

~:~--------1

,--------<

- 600 -400 -200 -6

O Ec,tot(lO 1

o -deformação total no superifície ( face superion)

,.: -deformação total interna

S2 - DIREÇÃO LONGITUDINAL

Aparelhos -03. E 5. E9

DIAGRAMA DE DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figura 4.45

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149

1 Seção com furos

10/12/72 Final da pr>otensõo ;

Seção homogeneizada 28/3/73

107dias após a pPotensão

- 600 -400 -200

Legendo

X

-6 OEc,tot\10 J -600 -400 -200

1 Seção homogeneizada

2/5/73 141 dias após o pretensão

- 600 -400 -200

o -defol"'moçõo total no superfície ( face·superior)

x -deformação total interna

S2 - DIREÇÃO TRANSVERSAL

Apooelhos - D4, E 21, E22

DIAGRAMA DE DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figuro 4. 46

-6 O E t t \10 l e, o

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150

;

Seção com furos

10/12/ 72 1 Seção homogeneiz.odo

28/3/73 ' Final do pretensão 107 dias após a pretensão

,, i

1

- 600 -400 -200 -600 -400 -200

Legendo

~ Seção homogeneizada

2/5 /73 141 dias após a pretensão

··-------'

-600 -400 -200 -6 O E 1 1110 l e, o

o- defol"moçõo total no superificie ( face superior)

)'.-deformação total interno

S3 - DIREÇÃO LONGITUO INÁL

Aporelhos -D5. E 4, E 8

DIAGRAMA DE DEFORMAÇOES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figuro4.47

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151

~ Se9õo com furos

10/12/ 72 Final do pl"'otensão i

Se~õo homogeneizado 28/3/73

107dios após o pretensão

-x------l ~,,·-____ _,

-800 -600 -400 -zoo

Legenda

-61 O l::c,tot(lO -sào -600 -400 -zoo

i Se9õo homogeneizado

2 /5/73 141 dias após a pretensão

-800 -600 -400 -zoo -6) O Ec,tot ( 10

o -defol"'mação total no superficie ( face superior)

,,, -deforirnaçôo total interina

S3 - DIREÇAO TRANSVERSAL

Apaeelhos-D6, El5,El9

DIAGRAMA DE DEFORMAÇOES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figuro 4. 48

t~y -6

O Ec,tol( 10 l

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152

~ Seção com furos

10/12/72 Final da protensão ~

Seção homogeneizada

28/3/73 107 dias após a protensóo

,~-t-------l

'

-600 -400 -200

Legendo

'-----+----------.

,-----;

-600 -400 -200

i Se~õo homogeneizado

2/5/73 , _ 141 dias apos o protensao

,~--+-------<

-600 -400 -200 ( -6 O Ec,tot 10 1

o -deformação total no superificie( face superiior}

-deformação total interna

S4 - DIREÇÃO LONGITUDINAL

Aparelhos -07, E 3, E 7

DIAGRAMA DE DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figuro 4 .49

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153

! Seção com furios

10/ 12/72 ( Seção homogeneizado

28/3/73\ ( 107dios o-pós o pf'lotens.ão Final da pl"otensôo

-600 -400 -200

°Legenda

,1

-600 -400 -200

~ Seção homogeneiz.ada

2 /5/73 141 dias apó_s o prc,tensão

-··---·---<

-600 -400 -200

o -d.eformaç:ão total na superifície f face superior)

x -deformo~ão total inter,no

S4 - DIREÇÃO TRANSVERSAL

Apoeelhos- 08, E12.El3

OI AGRA MA OE DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figuro 4. 50

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154

1 Seção com furos

10/12/72 Final da priotensõo ~

Se9ão homogeneizada 28 /3/73

107 dias após o protensão

~.- 1-----x~

- 600 -400 - 200 -600 -400 -200

;

Seção homogeneizado

2/5/73 , _ 141 dias opos a protensoo

'--~--~

-600 -400 -200 O í {10-6 ) e, tot -

Legenda

o -deformação total na supePficre { face superior,)

x -defol"lmoção tota I interina

S5 - DIRECÃO LONGITUDINAL

ApoPelhos - 09, E 10, E 11

DIAGRAMA DE DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇÃO

Figuro 4. 51

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155

~ Seção com furos

10/ 12/72 Final do protensõo l

Seção homogeneizada

28/3/73 107dios apósa pl"otensão

• -------l-------j ,,-----1----------j

,-------l •-------l

-soo -600 -400 -200 e -6 O 0 c,tot( lO ) -1000 -soo - 600 -400 -200

Legendo

1 Secõo homogeneizada

2 /5 /73 141 dias após a pretensão

,-----lf-----------< z

-1000 -800 -600 -400 -200

o - deformação fota I na superificie (face super,ior)

x -deformo~õo total interino

S5 -DIREÇÃO TRANSVERSAL

Apaeelhos - 010, E 14, El8

DIAGRAMA DE DEFORMAÇÕES TOTAIS DO CONCRETO NA SEÇAO

Figuro 4. 52

-6 O E,,tot(lO )

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156

Seja a curva da figura 4.53 relativa a um concreto sem

tensões,durante as primeiras horas após o seu lançamento, admiti~

do-se no trecho HOJ mudanças de volume produzidas por variações

de temperatura e também por expansão autógena.

Varia~ão de comprimento

Temperatura

GRÁFICO VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO -TEMPERATURA

Figuro 4. 53

No trabalho apresentado por J. Lajinha Serafim e Mareia

no Guerreiro (ref.19) a expansão autógena de concreto é definida

como sendo o resultado das reações de hidratação do cimento, sem

troca de umidade com o exterior, junto com uma possivel

devida à perda de âgua capilar necessária à hidratação

se do cimento.

retração

e hidróli

A vertical distante 6T do ponto o intercepta as curvas

.em ·A.é B. Por O traça-se uma paralela

coeficiente de dilatação térmica do

à reta cuja inclinação -e o

concreto. Fazendo A e B tende

rem para o, os segmentos IA e IB corresponderão avariações iguais

de expansão autógena e AO e BO serão tangentes no ponto o.

Assim, o coeficiente de dilatação térmica do concreto é

determinado pela inclinação do bissetor do ângulo formado pelas

tangentes às curvas, obtidas durante o aquecimento e o resfriamen

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157

to inicial, no ponto de temperatura máxima.

Com este fim utilizaram-se dois extensômetros elétricos

da placa de reação (concreto sem tensões até o inicio da prote~

são) e os do bloco compensador.

As leituras para o traçado desses gráficos foram fre

qüentes desde o instante em que o concreto alcançou o aparelho e

se converteram nas coordenadas dos pontos pelas fórmulas 2.1 e

2.2.

Nas curvas das figuras 4.54 a 4.59 tem-se um estágio

inicial em que o concreto apresentou uma variação linear 'de ·compr!

mént9 com a temperatura,causada por uma dilatação e por uma po~

sivel expansao autógena.

Após atingir a temperatura máxima, o gráfico retorna li

nearmente, observando-se no bloco compensador o inicio de uma re

tração em torno de 6 dias após a concretagem (considerando esta

idade como referência), enquanto que na placa de reação o gráfico

se mantém linear até o inicio da protensão.

Os valores dos coeficientes de dilatação térmica do con -6 o -I ereto constam em cada gráfico e foi adotado km= 10,0 x 10 e.

A recomendação R.12,5 do CEB-FIP/1970 fornece estes coe

ficientes para concretos de agregados normais, podendo variar en

tre 7 x 10-6 ºc-1 e 13 x 10-6 ºc-1 •

Os resultados obtidos experimentalmente comparados com

os propostos por esta recomendação situam-se na faixa recomendada.

As parcelas atribuldas às variações de temperatura fo

ram então deduzidas das deformações totais, a partir do inicio da

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7()J

4(D

:rn

l(f.)

-20:J

-]()J .

VI\R I/\C.1\0 OE COMPRIMEl'-JTO {~iICRONS/lvíETROJ

EXH:J>.JSOl\;'iETRO Ell

GRÃFICO VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO-TEMPERATURA

FIGURA 4.54

1-' V, (X)

H-H'.]R,;S l.1\PLJS L1 t(,JlCI!J LlA CLl~~TAGEMJ

0-0.t.L,S(J,..PCJS O TI\JTCIO llA CCNi::RET.<-!;EMl.

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7('0

E)JJ

4~J

[IX)

·tlXl

-20J .

·3('()

VARIACAO OE COlvPRIME1'1TO ( MICROl\JS-'M~ TROJ

D<TE.I-.J50METRO ElB

:lJ Rl

GRÃFICO VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO-TEMPERATURA

FIGURA 4.55

H-HC.i~AS(APCil:::" O tr-.JILHJ DA COl'-JCRETAGEMl

Cl··LU.'1S(APOS L1 Il>JICtLl DA CO\JC~Erh.GES'd.

70 BJ TElviPERA TUR/\ ( ° C J

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7CO

.. i(X)

-2(j)

VARIACAO [JE [ClMF'RIMENTO (MJCRU!\I.S/METR[)l

X

+ Fll

GRÃFICO VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO-TEMPERATURA

FIGURA 4.56

1-'

"' o H-H(lf..Z,A,S lAPLJ~l [1 !NICI.U UA coN:r<r-:rAGEMJ

f.1-UlAStN 1U~; U TNTCHl UA CCNC.S2E.T.AGC'.ll.

-----~ r----• 70 fil ; f MPERATLJRA ( ºCl

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700

500

5(0

,m

:ro

1DJ

VARIAC,\O DE COMPRIMENTO (MlCRONS/lvETRO)

5 D

[)' L1 k.= 9,$ X lQ-6 ºC-1

X

o t:;;-----sz'""";------:;::--,;-é'-'""-'L""'-·'--"Lº -----:=------------~---~~-----------­X'· aJ ~ ~

-iJ)J .

8J

GRÃFICO VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO-TEMPERATURA

FIGURA 4.57

70 00 TE~H='ERA TLJRA ( 0

[)

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i'OJ

lCO

V/IRIACAD DE COMPRIME!\JTO (MICRONS/Mt::TROl

H +-iCR,\S ( APGS Ll rN te IO [lA

1B1

r-'

"' COl>.!CRETAGEMlj"

Ll-LlL\SíAPI.E l] [!..Jicro [lA CC'N[RETAGEMl.

Ü +------------><eC·U'CLIL'ei·'~'"----~------------------------------•-----------+ 20 ]]

- l[)J

-ê'CO

50 RJ

GRÃFICO VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO-TEMPERATURA

FIGURA 4.58

10 TEMPERATUR"-

1D ( º[)

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:ro

iCü

-1rn

-:n,

VARI/-\CAO OE COMPRIMENTO ( ~H CROl>.JS/~IE:TRD)

X

9.l

GRÃ.FICO VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO-TEMPERATURA

FIGURA 4.59

'6H

~

"' w l-1-HCRAS(APGS O INICIO DA [lJNCR:=:ThCE!vi)

0-0L\S(APOS Ll INICIO DA LO\ICRET,\GEMJ

70 SJ TEMPERATURA (ºCl

"

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164

pretensão, utilizando-se a fórmula 2.3.

4.5 - Retração do bloco compensador

As figuras 4.60 a 4.63 contêm os gráficos da evolução

da retração do bloco compensador durante um ano de observação,co~

tado a partir do início da pretensão da placa de reação.

Através das leituras fornecidas pelos extensômetros

Carlson E27, E28, E29 e E30 a retração foi obtida, descontando as

parcelas devido às variações de temperatura, como mostra a fórmu

la 2.3.

Ao nível do aparelho E27, próximo às faces em contato

com o ambiente, possivelmente se desenvolve uma maior evaporação

de água de amassamento, explicando a maior retração

to que a retração observada com o extensômetro E30

tificada pelo fato de uma das faces, a mais próxima

medida,enqua~

pode ser ju~

do aparelho,

estar impedida de retrair livremente. Ou seja, esta face repousa

sobre uma laje entre as quais permaneceu a forma de madeira, nao

retirada após a concretagem.

O cálculo da retração pelos coeficientes fornecidos p~

las Recomendações do CEB-FIP/1970 em R.12,32 permitiu estabelecer

uma comparação com os resultados experimentais.

Coeficientes para o cálculo da retração:

E: o = 27,5 x 10-5 (umidade relativa do ar 70%)

S3 = 0,85 (consumo de cimento= 520 kg/m 3 e fator água­

cimento = 0,35)

S4 = 0,57 (espessura fictícia hm = 0,39 m sendo

h _ Volume ) m - semi-area em contato com a atmosfera

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C::FCs!Mf..CAO l lÜ ·6 )

-,oo

-:ro

-,oo

MJV

lRF.lRJ

CEZ

.. SAN FEV MAR

lõ:XTENSC!tJ,EíRO E2i'

.. . . . . MAI .JUL AGO S~T D.JT

... . . .. .. .

GRÃFICO RETRAÇÃO E TEMPERATURA DO CONCRETO-TEMPO NO BLOCO COMPENSADOR

FIGURA 4.60

Page 174: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

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EXTENS[j),1ET.~O E23

. . . • MAI JJ'J

''" . . . .

. . . . . . . .. .. . .J.J_ ;\G[J SET ruT '°V

. . ,• . . . .. . .

GRÂFICO RETRACÃO E TEMPERATURA DO CONCRETO-TEMPO NO BLOCO COMPENSADOR

FIGURA 4.61

.

.

Page 175: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

OEF(iFjü.U.0 l10"6l

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-!00

N'JV

• • TE:11.PERl'I Ti..R.'I C ºCJ

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ºª "°'N FEV MAR

- e: -. -. ~

EXTENSCJ.l.lETRO E2'3

... . . . . J .. N J..L AGO SET OJT i'OV

.. . . . .. .. .

GRÃFICO RETRACÃO E TEMPERATURA DO CONCRETO-TEMPO NO BLOCO COMPENSADOR

FIGURA 4.62

Page 176: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

C~FCRMACA.G { 10·ei (<..'[TR)

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• . . . . .. . . . .. .. J..,S .ll.. ,oo SET D.JT ,OV

. . . . . ..

GRÃFICO RETRAÇÃO E TEMPERATURA DO CONCRETO-TEMPO NO BLOCO COMPENSADOR

FIGURA 4.63

..... "' o,

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169

i = 10 dias

(t - i) <135,t - 13 5,il (dias)

30 0,096

60 0,150

100 0,220

200 0,360

360 0,490

A retração é dada por:

( 4 .1)

Quadro 4.1 - Retração do bloco compensador segundo as Recomenda­

çoes do CEB-FIP/1970

(t - i) e:cs (dias) CEB-FIP/1970

30 13 X 10-0

60 20 X 10-6

100 29 X 10-6

200 48 X 10-6

360 65 X 10-6

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170

Pelo gráfico apresentado na figura 4.64 se observa que

a retração calculada segundo as Recomendações mais se aproxima

daquela medida no centro da massa de concreto.

4.6 - Retração da placa de reaçao

Como já foi dito, com a finalidade de se deduzir are

tração da deformação total medida na placa de reação,foi construf

do um bloco de O, 9 m 3 ·de volume com um mesmo concreto e sujei to

às mesmas condições ambiente da placa de reação; nele foram insta

lados quatro extensômetros Carlson. Observa-se no entanto, que

ambos diferem nas dimensões e na percentagem de armadura na seçao,

fatores que também influem na retração do concreto.

A dedução foi feita para as deformações totais medidas

no plano (direções x e y) e para as da direção normal a este pl~

no (direção z), a partir do início da pretensão.

Não sendo possível uma determinação experimental (ver

item 2.1), a retração nas direções x e y foi avaliada através dos

coeficientes propostos pelas Recomendações do CEB-FIP/1970 em R.

12,32. Primeiramente, calculou-se a retração da placa de reaçao

e a do bloco compensador pelos coeficientes desta ·recomendação em

diferentes idades.

Coeficientes para o cálculo da retração da placa de rea

çao segundo as Recomendações do CEB-FIP/1970:

Eo = 27,5 x 10-5 (umidade relativa do ar 70%)

Bs = 0,85 (consumo de cimento= 520 kg/m 3 e fator água­

cimento = 0,35)

a.= 0,50 (espessura fictícia hm = 0,90 m)

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-6 - 500 Deformação( 10 )(Retração)

-400

-300

-200

-100 CEB - FIP/ J.970

novembro dezembro janeiro fevereir,o maPÇO abril maio . Junho julho agosto setembro outubro novembro

1972 J.973

RETRAÇÃO-TEMPO NO BLOCO COMPENSADOR SEGUNDO A NORMA DO CEB - FIP/ l.970

Figuro 4. 64

1--' ..., 1--'

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172

1 A f3 6 = (p = ...E sendo A = 84,4 cm2 e A = 9000 cm 2,

1 + np A p c c considerada a seção compreendida em uma

faixa longitudinal ou transversal com 1 m

de largura.

n = 20)

f3 6 = 0,84

(t - i) Cf35,t - 135,il

(dias)

30 0,027

60 0,060

100 0,096

200 O, 160

360 0,250

A retração é dada pela fórmula 4.1.

Quadro 4.2 - Retração da placa de reaçao segundo as Recomendações

do CEB-FIP/1970

(t - i) e:cs (dias) (CEB-FIP/1970)

30 3 X 10-6

60 6 X 10-6

100 9 X 10-6

200 16 X 10-6

360 25 X 10-6

Page 181: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

173

A retração do bloco compensador está apresentado no qu~

dro 4.1.

Em seguida, foi obtida a relação entre as retrações das

duas peças também nas diversas idades.

Quadro 4.3 - Relação entre a retração da placa de reaçao e a do

bloco compensador calculadas pelas Recomendações do

CEB-FIP/1970

(t - i) e:cs placa de reaçao \CEB-FIP/1970) À = (dias) e:cs bloco compensador (CEB-FIP71970 j

30 0,23

60 0,30

100 0,31

200 0,33

360 0,38

Para intervalos de tempo desde o início da pretensão da

placa de reação, foram adotados coeficientes Àm a partir dos valo

res apresentados no quadro 4.3. Estes coeficientes Àm sao os mé

dios entre os correspondentes aos extremos de dois intervalos con

secutivos (quadro 4.3).

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174

Quadro 4.4 - Valor médio de À

À m

20/11/72 - 20/12/72 0,12

20/12/72 - 20/01/73 0,27

20/01/73 - 30/02/73 0,31

30/02/73 - 10/06/73 0,32

10/06/73 - 30/11/73 0,36

A partir destas relações À (quadro 4.4) e da curva de m

retração correspondente àquela fornecida experimentalmente pelo

extensômetro E29 do bloco compensador, ajustou-se uma curva de re

tração para a placa de reaçao.

Na direção z admitiu-se as mesmas variações de compr!

mente, independentes das de origem térmica, das direções x e y ma

joradas de a6

: 0 , 84 = 1,19, ou seja, sem a consideração da in

fluência da armação na retração.

As curvas utilizadas constam da figura 4.65.

Embora esta determinação da retração seja aproximada, a

sua influência nas curvas de fluência e principalmente no cálculo

do Coeficiente de Poisson do concreto é pequena em presença das

deformações produzidas pela ação da pretensão, neste período da

observação.

4.7 - Fluência do concreto

Os gráficos que caracterizam o fenômeno de fluência do

Page 183: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

w OIRECMJ )( E Y • 01RECflO 2

1, ,'IJV .P ~, .... ,..,..---:w••H

DEZ JAN FEV MAR ABR MA! JJ'J J..L AGO SET OJT NJV

""

GRÃFICO RETRAÇÃO DO CONCRETO-TEMPO DA PLACA DE REAÇÃO

FIGURA 4.65

Page 184: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

176

concreto da placa de reaçao foram traçados para todos os extensô

metros situados internamente.

Devido ao estado de cornpressao uniforme,aproximadamente

o mesmo em qualquer ponto e igual nas duas direções,optou-se pelo

traçado de uma curva média deformação-tempo, relativa a uma faixa

de curvas correspondentes às de todos os pontos de medida segundo

uma mesma direção (figuras 4.66 e 4.67).

Não foram considerados os gráficos dos extensôrnetros

E3, ElO, El4 e E20 cujos resultados estão influenciados por algum

efeito local, seja por urna falha de concretagem,por cabos com uma

maior ou menor protensão, ou mesmo um defeito na instalação des­

tes aparelhos.

O traçado de um gráfico teórico deformação-tempo util!

zando a recomendação R.12,31 do CEB-FIP/1970 é encontrado na fig~

ra 4.68, permitindo uma comparação com as obtidas experimentalme~

te.

Neste gráfico, as deformações segundo as direções x ey,

devidasa um estado plano de tensões sendo tais tensões iguais nas

duas direções e variáveis com o tempo, são dadas por:

onde:

=""'âa -~ 1 + 1 'L...J CJ E ./(1-v) E 28/(l CJ C .

+Eâa . (E.l + C1 ci

1 '{J

Ec28 (t -

-v)

(4.2)

Eclt'Ec2t - deformação do concreto em um instante t

v - Coeficiente de Poisson (constante com o tem po)

Page 185: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

- 900

- 800

- 700

-600

-soo

-400 - 300

- 200 - 100

Deformocõo( Pretensão+ Fluência)[ 10-6 )

------r----------------------------10.47E0

;

o.32 E,;

Ê .=-330xl0-G e,

novembro dezembro janeiro fevereiro mor90 1972

abri 1 maio junho julho

1973

DIREÇÃO LONGITUDINAL

CURVA MÉDIA DE FLUÊNCIA EXPERIMENTAL

Figuro 4. 66

agosto setembro outubro novembro

Page 186: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

-700

-600

-500

-400

-300

-200

-100

Deformação( Protensõo+ Fluência)( 10-6 )

-----r---------------------------- 0.47Eci

o,32 Eci

novemDro dezembro janeiro fevereiro março

1972

abril maio junho

1973

DIREÇÃO TRANSVERSAL

julho

CURVA MEDIA DE FLUENCIA EXPERIMENTAL

Figuro 4.67

agosto setembro outubro novembro

,~ ,..J ,:o

Page 187: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

-700

- 600

- 500

-400

-300

-200

-100

Deforma~ã o ( Protensõo+ FI uência) ( 10-G)

.--==;,,c=:::::::::::::::=:============================Jo.31 t,; E .=-301 x 10-6

CI

novembro dezembro janeiro fevereiro marco 1972 abril maio junho julho 1973

CURVA DE FLUÊNCIA ( CE 8 - FI P / 1970)

Figura 4.68

agosto setembro outubro novembro

Page 188: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

180

- módulo secante de deformação do concreto na ida

de de aplicação da carga (pretensão)

Ec28 - módulo secante de deformação do concreto aos 28

dias de idade

variação da tensão no concreto devida à sao

proteE_

âcrci - variação da tensão no concreto ocorrida após a

aplicação da pretensão.

Eci - módulo secante de deformação do concreto na ida

de de aplicação de âcrci

<P - coeficiente de fluência (CEB-FIP/1970.,R.12,31)

Para este cálculo considerou-se a força de pretensão no

centro da placa de reação, deduzida das perdas instantâneas por

atrito e deslizamento na ancoragem.

Como a maioria dos aparelhos está localizada nas faixas

centrais segundo as direções longitudinal e transversal (L7 eT20,

figura 1.6), apresenta-se no quadro 4.5 as datas da pretensão dos

cabos destas faixas, conforme observa-se na figura 1.6 e na tabe

la 1.1.

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181

Quadro 4. 5 - Protens·ão dos cabos das faixas centrais

Longitudinal Transversal

DATA L7 T20

Número de cabos

22/11/72 l -23/11/72 - 4

26/11/72 l -29/11/72 - 3

30/11/72 2 -01/12/72 3 -05/12/72 - 3

06/12/72 3 -08/12/72 2 l

09/12/72 2 3

A pretensão foi considerada aplicada de uma maneira~

ximada, como mostra o quadro 4.6.

A idade do concreto ao ser comprimido refere-se a uma

data média de concretagem tomada como 09/11/72 (figura 1.5).

Quadro 4.6 - Número de cabos pretendidos em uma determinada idade

Idade do Numero concreto de

(dias) cabos

14 3

21 4

28 7

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182

O desenvolvimento necessário à determinação de âcr .(for CJ -

ças de pretensão e propriedades geométricas da seção) foi aprese~

tado no decorrer do capitulo III. Adotou-se uma tensão média no

concreto, para ambas as direções, como esclarecem os quadros 4.7

e 4.8.

Quadro 4.7 - Tensão média no concreto devida a 1 cabo

crp p (1 cabo) AC . cr c ( 1 cabo) ªcm (1 cabo) (N/mm 2 )

(kN) (m 2 /m) (N/mm 2 ) (N/mm 2 )

Direção 0,880 0,69 1000 603 0,82 0,83 longit. 0,630 0,96

Direção 0,880 0,73 0,84 li 1061 640 transv. 0,680 0,94

Quadro 4.8 - Variação da tensão no concreto

Idade do âcr . concreto CJ

(dias) (N/mm 2)

14 2,5

21 3,3

28 5,8

A tensão aplicada no concreto nas diferentes idades foi

comparada com o limite de 0,40 f . do CEB-FIP/1970 em R. 12,3, ccm,J

até o qual poderão ser utilizados os coeficientes de fluência des

ta norma e aplicada a hipótese de fluência linear no cálculo da

deformação lenta do concreto (quadro 4.9).

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183

Quadro 4.9 - Tensões n·o concreto devidas à pretensão e as limita­

das pelas Recomendações do CEB-FIP/1970

Idade do a 0,40 f . concreto cj ccm,J

(dias) (N/mm 2 ) (N/mm 2 )

14 2,5 0,4 X 36,60 = 14,6

21 5,8 0,4 X 39,50 = 15,8

28 11,6 0,4 X 41,57 = 16,6

Os módulos de deformação longitudinal tangentes na ori

gem,em qualquer idade, foram calculados. tendo por base as Recomen

dações do CEB-FIP/1970 e resultados experimentais deste trabalho,

com auxílio da figura 1.16,pela fórmula:

Ecom,j = 5500 {fccm,j (4.3)

onde Ecom,j e fccm,j sao expressos em N/mm 2 (quadro 4.10).

Quadro 4.10 - Módulos de deformação longitudinal tangentes na ori­

gem

Idade do E . concreto com,~

(dias) (N/mm )

14 33100

21 3 4400

28 35000

Page 192: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

184

De acordo com as Recomendações do CEB-FIP/1970 utili­

zou-se no cálculo teórico o módulo secante de deformação do con

ereto.

o módulo secante de deformação do concreto a uma idade

j foi determinado a partir do módulo de deformação longitudinal

tangente na origem, na idade considerada, segundo a recomendação

R.12,222 (quadro 4.11).

EcJ·=0,9E . com,J ( 4. 4)

Quadro 4.11 - Módulo secante de deformação do concreto

Idade do E concreto cj (dias) (N/mm2 )

14 29800

21 30900

28 31500

Foram desprezadas, por nao serem significativas, aspa~

celas que consideram as diminuições de tensões no concreto,ocasi2

nadas pelas perdas na força de pretensão, apos a aplicação de

ôocj neste período de observação.

Na fórmula 4.2 tem-se ainda:

v = 0,2 (CEB-FIP/1970 - R.12,4)

"°(t _ j) = 6162636,SS(t _ j) (CEB-FIP/1970 - R.12,31)

8 1 = 2,30 (umidade relativa do ar 70%)

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185

B2 = 1,1 (para j = 14 dias,T = 27°c e D= 518

dias)

s·2 = 1,0 (para j = 21 dias, T = 26°c e D = 756

dias)

B2 = 0,95 (para j = 28 dias,T= 21°c e D = 1036

dias)

gráus-

graus-

graus-

Na determinação do coeficiente B2 foram utilizados os

valores da temperatura média de endurecimento do concreto até a

idade da aplicação de âcrcj·

B3 = 0,85 (consumo de cimento= 520 kg/m 3 e fator água­

cimento = O, 35)

B4 = 0,70 (espessura fictlcia hm = 0,90 m)

j I" .. (dias)

14 1,51

21 1,37

28 1,30

\O( • t - ])

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mente

186

(t - j) 65Ct - j) (dias) h = 90 m cm

30 0,025

60 0,054

100 0,082

150 0,123

200 0,151

360 0,230

As deformacões médias instantâneas obtidas experimental

foram de -330; 10-6 na direção longitudinal -350 x 10-6 n:

direção transversal, enquanto que no cálculo teórico estas foram

de - 301 x 10-6 nas duas direções.

As principais causas das discordâncias entre as deforma

çoes instantâneas medidas e a calculada são:

- Influência dos furos longitudinais e transversais devi­

da às bainhas não injetadas.

- Imprecisão na avaliação do módulo de deformação longit~

dinal do concreto, considerado no cálculo teórico.

- Imprecisão na avaliação da fluência do concreto devida

aos acréscimos iniciais de tensão, considerada no cál

culo teórico.

- Imprecisão na avaliação da força de pretensão, conside

rada no cálculo teórico.

Para o estado plano de tensões aplicado,aproximadamente

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187

igual nas duas direções, a deformação de fluência para cada dire

ção foi ao final de 30, 90 e 360 dias cerca de 18%,32% e 47%, re~

pectivamente, da deformação inicial. No cálculo teórico, entretan

to, obteve-se 4%,11% e 31%.

Para análise da evolução da fluência do concreto com o

l°(t - j) ,obs Ecct - tempo e_....::..;:...:~ Ecc360

tempo traçaram-se os gráficos - tem

po.

O primeiro gráfico foi obtido a partir das diversas cur

vas de fluência do concreto (experimentais) e do coeficiente de

fluência <p_ = 1,51 calculado no item 4.7 (CEB-FIP/1970). Ou seja, 00

E t b /E . b para cada curva determinou-se a relação cc ,os ci,o s em di

~

ferentes idades.

ção do coeficiente

A figura 4.69

""<t - j) ,obs

contém a representação da varia

em função do tempo podendo ser

comparada

dações do

\Oco

à curva 8 5 - tempo encontrada em R.12,31 (6) nas Recomen

CEB-FIP/1970.

No gráfico da figura 4.70 sao apresentadas as curvas

Ecct - tempo experimental. e a obtida utilizando-se a recomenda

Ecc360 ção R.12,31.

Observa-se pela curva experimental da figura 4.69 que

esta e análoga à fornecida pelas Recomendações do CEB-FIP/1970 e

que o fenômeno de fluência se apresentará ainda por algum tempo.

Dos resultados obtidos conclui-se que a fluência do con

ereto é bem mais sensível nos dias iniciais (figura 4.70) em com

paraçao com a calculada pela recomendação R.12,31 do CEB-FIP/1970.

4.8 - Coeficiente de Poisson do concreto

A instalação no interior da massa de concreto da placa

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188

l.0...--------------------,-----------,-----,----,-------,----------,-----~

~5

5.0

- {experimental)

(CEB-FIP/1970poro hm=90cm)I~-~ o-t-------------------+-----+--+--+-+----'-!------4

l 30 60 90 120150 360 (dias) 1000

COMPARA CÃO ENTRE •

<ft t - i 1 AS CURVAS DE ~

5 (CEB-FIP/ 1970) E -- EXPERIMENTAL

cp= Figuro 4.69

Page 197: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

189

0,5

\cEB-FIP / 1970

o~--;--+--+-----+------------------; 30 60 90 150 (dias) 360

EVOLUÇÃO DA FLUENCIA DO CONCRETO

Figuro 4.70

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190

de reaçao de rosetas de três extensômetros normais entre si, se

gundo as direções principais, possibilitou a determinação do Coe

ficiente de Poisson do concreto.

O objetivo foi o de constatar experimentalmente a hip2

tese que considera constante com o decorrer do tempo o Coeficien

te de Poisson relativo às deformações que sofrem o fenômeno de

fluência.

O Coeficiente de Poisson foi determinado a partir das

deformações medidas, deduzidas as parcelas devido às variações de

volume do concreto.

Estando a peça submetida a um estado plano de tensões,

admitindo-se o Coeficiente de Poisson constante com o tempo e o

mesmo para qualquer direção, pode-se estabelecer para um determi­

nado instante:

V = e:cl,obs

-e: c3,obs + E c2 ,obs - E c3,obs

( 4. 5)

O Coeficiente de Poisson relativo as deformaçõe.s medi

das pelas rosetas dos extensômetros E6, El7 e E23 e E24, E25 e

E26, de acordo com as figuras 4.71 e 4.72, apresentou uma pequena

variação durante os cinco primeiros meses e posteriormente mante

ve-se constante com valores iguais a 0,14 e 0,18,respectivamente.

O Coeficiente de Poisson correspondente as

instantâneas medidas pelas rosetas E6, El7 e E23 e

deformações

E24, E25 e

E26, assumiu valores iguais a 0,20 e 0,24, respectivamente.

do as Recomendações do CEB-FIP/1970 em R.12,4,o Coeficiente

Segu!!c

de

Poisson relativo as deformações elásticas sob tensões normais de

utilização (cr .< 0,40 f .) é tomado em média igual a 0,20. cJ ccm,J

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0,5

o,,

0•3

0•2

COEFICIENTE DE POISSON

' ' ' ' ' " ' ' . .

F'ROTENSN) ' ' :,,: K M x>< " i.: ". IC )CM.,

DEZ ~AN FEV MAR A8R MAI -llN ~L AGO SET OJT. NOV

1$'2 1973

VARIAÇÃO DO COEFICIENTE DE POISSON DE CONCRETO COM O TEMPO (E 6, E 17 e E 23)

FIGURA 4.71

Page 200: DETERMINAÇÃO DA FL~NCIA DO CONCRETO E DO ANTONIO … · determinaÇÃo da fl~ncia do concreto e do coeficiente de poisson diferido em um estado de tensÕes de compressÃo bi-axial

.0•5

0·4

O,J

COEFICIENTE OE POI550N

' ' " '

NOV OEZ ,.JAN MAf-.! ABR MAI

1071 1~3

)( )( )( )( )(

~R.IN AGO

' )( )( )( )(

,, ' ' "

----------SF.T our NOV

VARIAÇÃO DO COEFICIENTE DE POISSON DO CONCRETO COM O TEMPO (E 24,E 25 e E 26)

FIGURA 4.72

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CAPÍTULO V

e o N e L u s õ E s

f . 1. As relações fccm,J obtidas experimentalmente se

ccm,28 aproximam daquelas fornecidas pelas Recomendações do CEB-FIP/1970

para concreto executado com cimento de alta resistência inicial,

como mostra o quadro 5.1.

Quadro 5.1 - Relações

Idade do concreto (dias)

"' o 'O normal H ~ fü li-!O 1 r- (!) ..-i alta

il'.I "' E.µ

resistência µl ..-i ·rl " u uo inicial "'

EXPERIMENTAL

f . ccm,J

f ccm,28

1

3

0,40

0,55

0,55

do CEB-FIP/1970 e experimental

f ./f 28 cem, J cem,

7 28 60 90 180 270 360

0,65 1,00 1,14 1,20 1,30 1,33 1,35

0,75 1,00 1,11 1,15 1,19 1,20 1,20

0,73 1,00 1,06 1,08 1,08 1,12 1,07

E . 2. Tendo sido achado para a relação com,J valor infe

./f . ccm,J

rior ao indicado pelas Recomendações do CEB-FIP/1970 (quadro 5.2),

sugere-se que sejam realizados ensaios para comprovação do valor

da recomendação ou determinação de uma relação mais conveniente

para concretos correntes.

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194 E .

Quadro 5.2 - Relação com,J do CEB-FIP/1970 e experimental /f .

ccm,J

CEB-FIP/1970 EXPERIMENTAL CEB-FIP/1970 EXPERIMENTAL

E com,j (N/mm 2

)

"1fccm,j (N/mm2)

6600 5500 1,20

3. o valor médio da temperatura máxima do concreto du

rante a fase de pega foi na placa de reação 63°c e no bloco com

pensador 77°C. Na placa de reaçao, a evolução da temperatura nes

ta fase esteve influenciada pela circulação de agua no interior

das bainhas cujo objetivo era evitar temperaturas elevadas duran

te a fase de hidratação do cimento.

4. A temperatura no interior do concreto da placa de

reaçao se manteve aproximadamente constante, em torno de um valor

médio das variações da temperatura ambiente, durante o ano da

observação.

5. O coeficiente de dilatação térmica do concreto de -6 -1

terminado experimentalmente, k = 10 x 10 ºe , situa-se entre m

os valores 7 x 10-6 ºc-1 e 13 x 10-6 ºc-l indicados na recomenda

ção R.12,5 do CEB-FIP/1970.

6. A retração observada no centro da massa de concreto

do bloco compensador se aproxima da calculada segundo

ção R.12,32 do CEB-FIP/1970 (figuras 4.62, 4.64).

7. A fluência obtida através dos resultados

tais se desenvolve mais rapidamente do que a calculada

Recomendações do CEB-FIP/1970 em R.12,31, no período

a recomenda

experimeg

segundo as

da obser

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195

vaçao realizada (quadro 5.3).

Quadro 5.3 - Evolução da fluência do concreto

e:cct/e:cc360

CEB-FIP/1970 EXPERIMENTAL

t = 30 dias 0,14 0,37

t = 60 dias 0,25 0,58

t = 90 dias 0,37 0,70

t = 150 dias 0,54 0,83

t = 360 dias 1,00 1,00

8. O Coeficiente de Poisson instantâneo do concreto na

placa de reaçao foi em média 0,22. O Coeficiente de Poisson dife

rido durante o primeiro ano da observação apresentou uma pequena

redução nos 5 meses iniciais após os quais manteve-se aproximad~

mente constante em um valor médio de 0,16.

9. A placa de reaçao resiste, atendendo as condições

de utilização, à sistemas de forças verticais auto-equilibradas,

que satisfaçam às seguintes limitações:

valores extremos de momento fletor devido aos siste

mas de forças auto-equilibradas.

M = ± 804 kN.m/m

valores extremos de forças auto-equilibradas por fu

rode ancoragem.

F = ± 500 kN

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B I B L I O G R A F I A

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AP:eNDICE

FOTOGRAFIAS

Foto 1 - Roseta de 3 extensômetros Carlson (base de medida= 25cm)

Foto 2 - Rose ta de 3 extensômetros Carlson (base de medida= 10cm)

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200

Foto 3 - Extensômetros Carlson em duas direções (base de medida

= 25 cm)

Foto 4 - Extensômetros Carlson em duas direções (base de medida

= 25 cm)

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Foto 6 - Quadro contendo os terminais

ligado ao aparelho de leitura

Foto 5 - Extensômetros Carlson

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... ~-

~ ..., ~ ,.,,,, .., ... --r .... ... - - ... ... 111111 .. ~ .,. .. 11111 - .. Foto 8 - Vista superior da placa de reação

q uadro de ensaios

. .. -~.

Foto 7 - Montagem de um ensaio

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PÃGINAS

1 02 a 115

117 a 143

158 a 163

165 a 168

175

191 a 192

ANEXOS