detecÇÃo de casos novos de hansenÍase no creden … · prae (m. leprae) que tem afinidade pe-las...

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1 DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE NO CREDEN-PES- GOVERNADOR VALADARES NOS ANOS DE 2006 A 2010 A PARTIR DO EXAME DE CONTATOS Cristiane Andrade Nunes 1 Jovelina Borges dos Santos 2 Markeline Lopes Monteiro e Silva 3 Sonia Maria Barros 4 Flávia Rodrigues Pereira 5 RESUMO O exame de contatos constitui em uma das estratégias de busca de novos casos de Hanseníase, que, se detectada precocemente, pode ser tratada e com isso diminuir as incapacidades e o estigma no meio familiar e social. Nesse contexto, esse estu- do, aborda uma metodologia quantitativa, de caráter descritivo e transversal sobre a detecção de casos novos de Hanseníase a partir do exame de contatos, nos perío- dos de 2006 a 2010 no Centro de Referências de Doenças Endêmicas e Programas Especiais Dr. Alexandre Castelo Branco CREDEN PES- Governador Valadares, onde utilizou-se de seu banco de dados sobre os casos novos de Hanseníase inscri- tos, contatos e algumas variáveis como gênero, faixa etária, classificação operacio- nal e clínica, escolaridade, tipo de alta e grau de incapacidade, em conformidade com os dados da Gerência Epidemiológica/Coordenação Municipal de Hanseníase, com objetivo de conhecer sobre essa estratégia, sobre os contatos registrados e a- valiados, a sua importância e a caracterização dos casos novos diagnosticados por meio dela. Os resultados mostraram que, dentre 650 casos novos diagnosticados nesse período, 72 foram detectados a partir do exame de contatos. Algumas situa- ções importantes foram encontradas na caracterização desses 72 casos, como um predomínio entre os 15 a 19 anos (faixa etária), a forma paucibacilar predominante 77% (classificação operacional) e um grau de incapacidade zero em 85% dos casos. A partir dos resultados, constatou-se a importância da vigilância de contatos e como essa estratégia deve ser implementada pelas equipes de saúde nas unidades, prin- cipalmente pelo enfermeiro. Palavras-chave: Hanseníase. Exame de contatos. Caracterização epidemiológica. 1 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce. E-mail: [email protected] 2 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce. E-mail: [email protected] 3 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce. E-mail: [email protected] 4 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce. E-mail: [email protected] 5 Orientadora, enfermeira e Mestranda, da Universidade Vale do Rio Doce / CREDEN-PES. E-mail: [email protected]

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Page 1: DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE NO CREDEN … · prae (M. leprae) que tem afinidade pe-las células cutâneas e nervos periféri- ... cia Epidemiológica. Ressalta-se que

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DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE NO CREDEN-PES-

GOVERNADOR VALADARES NOS ANOS DE 2006 A 2010 A PARTIR DO EXAME

DE CONTATOS

Cristiane Andrade Nunes1 Jovelina Borges dos Santos2

Markeline Lopes Monteiro e Silva3 Sonia Maria Barros4

Flávia Rodrigues Pereira5

RESUMO

O exame de contatos constitui em uma das estratégias de busca de novos casos de Hanseníase, que, se detectada precocemente, pode ser tratada e com isso diminuir as incapacidades e o estigma no meio familiar e social. Nesse contexto, esse estu-do, aborda uma metodologia quantitativa, de caráter descritivo e transversal sobre a detecção de casos novos de Hanseníase a partir do exame de contatos, nos perío-dos de 2006 a 2010 no Centro de Referências de Doenças Endêmicas e Programas Especiais Dr. Alexandre Castelo Branco –CREDEN PES- Governador Valadares, onde utilizou-se de seu banco de dados sobre os casos novos de Hanseníase inscri-tos, contatos e algumas variáveis como gênero, faixa etária, classificação operacio-nal e clínica, escolaridade, tipo de alta e grau de incapacidade, em conformidade com os dados da Gerência Epidemiológica/Coordenação Municipal de Hanseníase, com objetivo de conhecer sobre essa estratégia, sobre os contatos registrados e a-valiados, a sua importância e a caracterização dos casos novos diagnosticados por meio dela. Os resultados mostraram que, dentre 650 casos novos diagnosticados nesse período, 72 foram detectados a partir do exame de contatos. Algumas situa-ções importantes foram encontradas na caracterização desses 72 casos, como um predomínio entre os 15 a 19 anos (faixa etária), a forma paucibacilar predominante 77% (classificação operacional) e um grau de incapacidade zero em 85% dos casos. A partir dos resultados, constatou-se a importância da vigilância de contatos e como essa estratégia deve ser implementada pelas equipes de saúde nas unidades, prin-cipalmente pelo enfermeiro.

Palavras-chave: Hanseníase. Exame de contatos. Caracterização epidemiológica.

1 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce.

E-mail: [email protected] 2 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce.

E-mail: [email protected] 3 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce.

E-mail: [email protected] 4 Acadêmica de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce.

E-mail: [email protected] 5 Orientadora, enfermeira e Mestranda, da Universidade Vale do Rio Doce / CREDEN-PES.

E-mail: [email protected]

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1 INTRODUÇÃO

A Hanseníase é uma doença crô-

nica, causada pelo Micobacterium le-

prae (M. leprae) que tem afinidade pe-

las células cutâneas e nervos periféri-

cos, se manifestando por meio de le-

sões dermatológicas e alterações nas

funções neurais, resultando em inca-

pacidades físicas (VIEIRA et al., 2008).

O alto potencial incapacitante da

Hanseníase está diretamente relacio-

nado ao poder imunogênico do M. le-

prae (BRASIL, 2010).

O diagnóstico precoce e o trata-

mento adequado dos portadores de

Hanseníase são condições essenciais

para interromper a transmissão, pre-

venir a evolução da doença e reduzir

as consequências físicas e sociais, por

ela provocadas (BRASIL, 2002).

Para que isso aconteça, é neces-

sário que a equipe de saúde desenvol-

va algumas ações de controle, entre

elas, o monitoramento dos contatos

dos pacientes notificados.

De acordo com Brasil (2009), es-

se monitoramento deve ser feito a par-

tir do levantamento dos contatos intra-

domiciliares e da avaliação desses

indivíduos, configurando uma ação de

vigilância epidemiológica essencial ao

diagnóstico precoce e à ruptura das

cadeias de transmissão da Hansenía-

se, tornando-se estratégia central do

Programa Nacional de Controle da

Hanseníase.

Considerando essa ação de mo-

nitoramento relevante para a Saúde

Coletiva e como uma importante atri-

buição do enfermeiro, dentro da equi-

pe de saúde, buscou-se caracterizar

os casos novos de Hanseníase detec-

tados a partir do exame de contatos,

realizados no período de 2006 a 2010,

no Centro de Referência de Doenças

Endêmicas e Programas Especiais Dr.

Alexandre Castelo Branco (CREDEN-

PES) de Governador Valadares-MG.

Procurou-se conhecer o número

de contatos registrados e o número de

contatos avaliados nos anos em estu-

do; relacionar a importância entre a

avaliação de contatos e a detecção de

casos novos de Hanseníase e conhe-

cer alguns dados epidemiológicos dos

casos novos de Hanseníase detecta-

dos e diagnosticados por meio da ava-

liação de contatos no período estuda-

do, utilizando-se de metodologia quan-

titativa, descritiva e transversal.

A motivação dessa pesquisa pau-

tou-se na importância dessa doença,

tanto para seus portadores, em rela-

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ção às suas representações, como nos

dados epidemiológicos de Governador

Valadares, evidenciados nas discipli-

nas de Epidemiologia, Saúde Coletiva,

Doenças Infecto-contagiosas e Estágio

Supervisionado em Saúde Pública do

Curso de Enfermagem da Universida-

de Vale do Rio Doce.

1.1 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO

DA HANSENÍASE, DO EXAME DE

CONTATOS E DO CREDEN-PES

A transmissão da Hanseníase o-

corre de maneira direta, por via respi-

ratória, a partir do contato prolongado

com pessoas doentes e sem tratamen-

to. O agente etiológico tem a capaci-

dade de infectar grande número de

indivíduos (alta infectividade), porém,

poucos adoecem (baixa patogenicida-

de); fato esse decorrente das caracte-

rísticas intrínsecas do bacilo e de sua

relação com o hospedeiro e o grau de

endemicidade do meio (BRASIL,

2010).

Em termos epidemiológicos, a do-

ença ainda é de grande importância,

uma vez que o coeficiente de detecção

geral por 100 mil habitantes no Brasil

encontrava-se em 25,44 no ano de

2000.

Em 2006, esse índice foi de 23,37

e, 17,65, em 2011. Concomitantemen-

te, o número de Unidades de Saúde

com pacientes em tratamento em todo

país, em 2000, era de 3.327, aumen-

tando o número para 6.988 em 2006, e

9.445, no ano de 2011, indicando uma

detecção precoce de tratamento e pre-

venção de incapacidades (BRASIL,

2012a; BRASIL, 2012b).

No entanto, o percentual de con-

tatos examinados (uma das estraté-

gias de vigilância da doença) teve um

declínio, sendo 60,9% dos contatos

examinados em 2000, 43,8%, em 2006

e 48,1%, em 2011. Em Minas Gerais,

no total de 4.296 contatos registrados,

2.596 foram examinados (60,4%) tam-

bém em 2011 (BRASIL, 2012a; BRA-

SIL, 2012b).

Em Governador Valadares, o es-

tudo realizado por Morais (2010) de-

monstrou que, entre os anos de 2001

a 2006, a média foi de 46% dos conta-

tos avaliados, sendo considerada uma

proporção baixa, por se tratar de uma

importante ação de vigilância, embora

tenham sido observados anos em que

esses resultados foram acima de 50%.

Segundo a autora, nesse mesmo

período, foram diagnosticados 1873

novos casos da doença, sendo que

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456 (24,3%) foram feitos a partir do

exame de contatos, fato esse que ins-

tiga a investigação sobre tal estratégia

de monitoramento e vigilância da Han-

seníase.

Considerando que o contágio dá-

se por meio de uma pessoa doente,

portadora do bacilo de Hansen, ainda

não tratada e que o elimina para o

meio exterior, através das vias aéreas

superiores, sendo também a sua pro-

vável porta de entrada (BRASIL,

2002), fácil se torna entender que a

população com maior risco é a dos

contatos intradomiciliares, que convi-

vem com pacientes das formas multi-

bacilares e que ainda estejam sem

tratamento (BRASIL, 2007).

Considera-se que contato seja

“toda e qualquer pessoa que resida ou

tenha residido com o doente de Han-

seníase nos últimos cinco anos”.

(BRASIL, 2007, p.20). No entanto, é

importante salientar que, diante de um

doente multibacilar sem tratamento,

pode-se esperar cerca de cinco novos

doentes por ano, embora, para que o

indivíduo seja infectado, é preciso sus-

ceptibilidade ao bacilo e que se tenha

convívio direto com o doente não tra-

tado (BRASIL, 2002; VIEIRA et al.,

2008).

Em um estudo realizado por Ca-

mello (2006), no Rio Grande do Sul, foi

observada a viabilidade de exame de

contatos como uma das ações de con-

trole da doença, nesse estudo, dos

241 casos novos de Hanseníase notifi-

cados, 40 foram por meio do exame de

contatos intradomiciliares, com um

percentual de 16,7 do total das notifi-

cações do período de janeiro a de-

zembro de 2005.

Portanto, tal ação configurou na

ampliação de oportunidades de diag-

nóstico mais precocemente, evitando,

assim, que o paciente chegasse ao

diagnóstico já nas fases tardias da do-

ença e com incapacidades físicas ins-

taladas.

No entanto, muitos contatos,

quando solicitados pelos serviços de

saúde para exame dermatoneurológi-

co, não comparecem e isso pode ser

atribuído ao estigma, preconceito e

falta de informação, justificando uma

baixa percepção desses contatos in-

tradomiciliares sobre a Hanseníase se

relacionado à situação endêmica do

país, já que a maioria dos contatos

conhece a doença por intermédio de

seu familiar (PINTO NETO, 2004;

DESSUNTI et al., 2008).

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Nessa perspectiva, os contatos

tornam-se um grupo de risco vulnerá-

vel do ponto de vista da cadeia do pro-

cesso infeccioso (VIEIRA, 2008), cor-

roborando a necessidade de ações de

monitoramento e vigilância.

Em Governador Valadares, a as-

sistência aos pacientes acontece, em

sua grande maioria, no CREDEN-PES,

que conta com uma equipe multiprofis-

sional e interdisciplinar, com laborató-

rio próprio para realização das bacilos-

copias e é referência para os municí-

pios da Gerência Regional de Saúde

de Governador Valadares6 (MONTEI-

RO, 2003).

Nessa Unidade de Saúde, são

realizadas ações que compõem as

atribuições de uma Unidade de Saúde

de Atenção Primária e Secundária,

sendo: suspeição diagnóstica, diag-

nóstico, tratamento, prevenção de in-

capacidades, vigilância de contatos,

recuperação e reabilitação, diagnóstico

diferencial e esclarecimento de diag-

nóstico e outras dúvidas no manejo do

paciente de Hanseníase (BRASIL

2002).

6 Atualmente, Superintendência Regional de Saúde.

Assim, os resultados dessa pes-

quisa indicam que o exame de conta-

tos, é utilizado como uma estratégia

para o controle da doença.

2 PERCURSO METODOLÓGICO

Tratou-se de um estudo com a-

bordagem quantitativa, de caráter des-

critivo e transversal.

Tal metodologia permitiu a ob-

servação, registro, análise e correla-

cionamento de fatos e variáveis (des-

critivo) e também conhecer incidên-

cias, prevalências e associação entre

as variáveis (transversal) (CERVO,

BERVIAN E SILVA, 2010; CRUZ,

2012.)

Para tanto, inicialmente, recor-

reu-se ao banco de dados da Gerência

de Epidemiologia de Governador Va-

ladares, a fim de investigar se houve

detecção de casos novos de Hansení-

ase nos anos de 2006 a 2010, a partir

do exame de contatos.

Confirmada a informação de

que houve a detecção de casos novos,

nessa modalidade no CREDEN-PES,

no período proposto, partiu-se para a

coleta de dados no livro de registros e

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cópias dos SINANs7 e nos mapas de

registros de contatos.

Para a construção do banco de

dados, admitiram-se os seguintes cri-

térios de inclusão: pacientes com o

diagnóstico de Hanseníase, inscritos

nos anos de 2006 a 2010 no CRE-

DEN-PES; residentes em Governador

Valadares e registrados no SINAN no

tópico “Modo de Detecção de Caso

Novo” como número 4 “Exame de

Contato”.

Para a caracterização desses ca-

sos novos diagnosticados a partir do

exame de contatos, utilizou-se de al-

gumas variáveis como: gênero, faixa

etária, classificação operacional, clas-

sificação clínica, escolaridade, tipo de

alta e grau de incapacidade.

Em relação à cobertura de con-

tatos registrados e avaliados nesse

período, de 2006 a 2010, no CREDEN-

PES, contou-se com os resultados dos

mapas de registros de contatos infor-

mados pelo CREDEN-PES e disponibi-

lizados no banco de dados da Gerên-

cia Epidemiológica.

Ressalta-se que esse percurso

foi pautado nos princípios éticos, tendo

7 Sistema de Informação de Agravos de

Notificação

essa pesquisa sido aprovada pelo

Comitê de Ética em Pesquisa da UNI-

VALE, em 04 de maio de 2012, sob o

protocolo 017/12-05.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados serão apresenta-

dos em gráficos construídos a partir do

programa Excel, com os dados levan-

tados nas fontes já informadas. Nos

anos de 2006 a 2010, foram inscritos

650 casos novos no CREDEN-PES,

considerando todos os modos de de-

tecção de casos novos nesse período.

3.1 DETECÇÃO DE CASOS NOVOS

E COBERTURA DO EXAME DE

CONTATOS

Gráfico 1: Proporção de casos novos de han-

seníase diagnosticados com modo de detec-

ção "exame de contato” nos anos de 2006 a

2010.

Fonte: CREDEN-PES, Gerência Epidemiológica GV-MG

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Do total de 650 inscritos nos a-

nos em estudo, foram registrados 72

casos novos de Hanseníase no modo

de detecção: exame de contatos, per-

fazendo 11%, e 578 (89%) conside-

rando outros modos de detecção con-

forme mostra o gráfico 1.

Em relação ao numero de conta-

tos registrados e contatos avaliados no

período estudado, foram encontrados:

1958 contatos registrados e 1198 fo-

ram examinados, ou seja, uma cober-

tura de 61,2%. No entanto, não se po-

de afirmar, somente com esses dados,

que os novos casos detectados foram

a partir do exame de contatos de todos

os inscritos no período estudo, pois os

exames acontecem ao longo dos anos

e nem sempre é respectivo ao ano de

inscrição do caso índice.

Porém, esse resultado ainda po-

de ser melhorado, uma vez que a meta

Brasil para 2011 foi examinar 63% dos

contatos registrados dos casos novos

de Hanseníase (BRASIL, s/d) e pela

sua importância no contexto de vigi-

lância e monitoramento da Hansenía-

se.

3.2 CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIO-

LÓGICA DOS 72 CASOS NOVOS

Gráfico 2: Distribuição dos novos casos detec-tados a partir de exames dos contato nos anos

de 2001 a 2006. Fonte: CREDEN-PES,

Gerência Epidemiológica GV-MG

Em relação aos 72 casos novos

detectados, percebeu-se uma distri-

buição irregular nos anos estudados,

conforme o gráfico 2, concentrando-se

nos anos de 2006, 2007 e 2009 e, com

considerável queda em 2010, o que

pode apontar para uma baixa cobertu-

ra de contatos avaliados.

Gráfico 3: Distribuição por gênero dos casos a partir do “exame dos contatos” nos anos de

2006 a 2010. Fonte: CREDEN-PES,

Gerência Epidemiológica GV-MG

De acordo com o gênero, o gráfico

3 apresenta o sexo feminino com mai-

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or percentual dos casos (54%). Esse

resultado está em conformidade com

os dados de Lana et al. (2004), em um

determinado estudo no município de

Governador Valadares, apresentou a

prevalência de 55,3% no sexo femini-

no. Os autores relatam que o aumento

de caso entre as mulheres pode ser

explicado, uma vez que, entre elas

pode haver uma maior preocupação

com o corpo, e o acesso

às Unidades de Saúde, em detrimento

da priorização de programas como

atenção à saúde da mulher.

Gráfico 4: Distribuição por faixa etária dos casos a partir dos exames de contato no perí-

odo de 2006 a 2010. Fonte: CREDEN-PES,

Gerência Epidemiológica GV

No gráfico 4, encontra-se a distri-

buição por faixa etária, havendo pre-

domínio na idade dos 15 a 19 anos,

com 13 casos, e 18 casos em menores

de 15 anos. Situação preocupante,

devido às incapacidades que a Han-

seníase provoca aos doentes em lon-

go prazo, que poderá acarretar prejuí-

zos a vida produtiva (PAES et al.

2011).

Em relação aos menores de 15

anos, Lobo et al. (2011) identificaram,

em seu período de estudo, 21 contatos

doentes, diagnosticados através de

exame de contatos no município de

Campos dos Goytacazes, Rio de Ja-

neiro. Esses valores são de grande

importância para o controle da doença,

sendo indicador de influência na pre-

valência da endemia, partindo-se do

princípio que o diagnóstico nessa fase

é indício de contato com fontes de in-

fecção da forma multibacilar, ativos,

nos primeiros anos da vida, fato co-

mum, em municípios considerados

hiperidêmicos, como Governador Va-

ladares MG (BRASIL, 2009).

Gráfico 5: Classificação operacional dos casos

a partir dos exames de contatos no período de

2006 a 2010.

Fonte: CREDEN-PES, Gerência Epidemiológica GV

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O gráfico 5 apontou uma preva-

lência da forma paucibacilar (77%) em

relação à classificação operacional. A

prevalência entre as formas paucibaci-

lares pode apontar para a realização

do diagnóstico precoce pelo CREDEN-

PES, embora as ações de vigilância de

contatos devam ser intensificadas

(MORAIS, 2010).

Para Lana et al. (2004), o pre-

domínio das formas paucibacilares é

um sinal positivo, já que, nos diag-

nósticos precoces, há possibilidade da

prevenção das incapacidades e inter-

rupção da cadeia epidemiológica au-

menta.

Gráfico 6: Classificação clínica dos casos a partir dos exames de contatos no período de

2006 a 2010. Fonte: CREDEN-PES,

Gerência Epidemiológica GV

O gráfico 6, em que as formas

clínicas foram estudadas, demonstra

que as formas tuberculóides (42%) e

indeterminadas (35%) sobressaíram,

corroborando a classificação operacio-

nal encontrada no gráfico 5.

Entretanto, a forma dimorfa tota-

lizou (22%) dos casos, semelhante aos

resultados de Dessunti et al. (2008),

que foram (23%) dos casos. Já na

forma vichowiana obteve (28,6%), dife-

rente do valor identificado no gráfico 6,

(1%) dos casos inseridos nas formas

infectantes de grande relevância na

propagação do bacilo.

Gráfico 7: Nível de escolaridade dos casos a partir dos exames de contatos nos períodos de

2006 a 2010. Fonte: CREDEN-PES,

Gerência Epidemiológica GV

A falta de conhecimento pode

ser um fator importante na dissemina-

ção da endemia (MORAIS, 2010). Re-

forçando essa afirmativa, a maioria

dos casos apresentou como escolari-

dade o ensino fundamental incompleto

(56,9%), conforme nos mostra o gráfi-

co 7.

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Diante dos fatos, a autora men-

ciona a necessidade da inserção de

educação em saúde em instituições

escolares do município, com o objetivo

de elucidar os sinais e sintomas da

doença, importantes na prevenção da

enfermidade e das incapacidades con-

sequentes, muitas vezes, da falta de

informação.

Gráfico 8: Grau de incapacidade dos casos a partir dos exames de contatos nos anos de

2006 a 2001. Fonte: CREDEN-PES,

Gerência Epidemiológica GV

O gráfico 8 demonstra que

(85%) dos casos novos detectados

através de exames de contatos não

apresentaram comprometimento neu-

ral. No entanto, 3% apresentaram grau

de incapacidade 2, resultado conside-

rado baixo, parâmetro definido pelo da

MS, quando total menos de 5% dos

casos com grau de incapacidade 2 , o

que pode avaliar a efetividade das a-

ções para a detecção precoce dos ca-

sos de hanseníase (BRASIL, 2002).

Gráfico 9: Tipo de alta dos casos a partir dos exames de contatos nos anos de 2006 a 2010.

Fonte: CREDEN-PES, Gerência Epidemiológica GV

A partir dos dados do gráfico 9,

88% dos casos obtiveram alta por cu-

ra, 8% abandonaram o tratamento e

4% foram transferidos.

Resultado aproximado ao de Mo-

rais (2010) que identificou mais de

90% de alta por cura e queda no nú-

mero de abandono de tratamento a

partir de 2005, demonstrando a quali-

dade do acompanhamento da unidade

por critérios estabelecidos pelo Minis-

tério da Saúde, que considera propor-

ção de alta por cura, como: bom, maior

ou igual a 90%, regular, de 75 a

89,9%, menor de 75%, precário. Para

as taxas de abandono, bom, quando

proporção menor que 10%, de 10 a

24,9%, regular, e maior ou igual a

25%, precário.

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Em relação ao abandono, impor-

tante se faz salientar que esse aumen-

ta a possibilidade de resistência do

microorganismo à PQT, mantendo a

cadeia epidemiológica e colaborando

para disseminação da doença (PAES

et al., 2011).

4 CONCLUSÃO

A realização dessa pesquisa

demonstrou, no período estudado, que

foram inscritos, no CREDEN-PES de

Governador Valadares, 650 casos no-

vos de Hanseníase. Desse total, foram

detectados, por meio do exame de

contatos, 72 doentes, que correspon-

dem a 11% do total de inscritos, um

total considerável, mas que ainda pode

ser melhorado.

No mesmo período estudado, fo-

ram registrados 1958 contatos e exa-

minados 1198, perfazendo um percen-

tual de 61,2% de cobertura, fato tam-

bém evidenciado como baixo, diante

da relevância dessa estratégia.

Esses dados alertam sobre a

importância dos exames de contatos

na detecção de casos novos de Han-

seníase, pois se tratando de uma do-

ença endêmica, a rapidez dos diag-

nósticos é fundamental para o controle

e combate da doença, já que o tempo

entre a contaminação e o diagnóstico,

pode causar outras contaminações,

principalmente no entorno familiar.

Em relação à caracterização epi-

demiológica dos 72 casos detectados,

foi de grande importância perceber a

faixa mais acometida (menores de 15

anos e 15 e 19 anos) e uma prevalên-

cia entre doentes que possuem ensino

fundamental incompleto, indicando que

as ações junto à comunidade podem

ser intensificadas, utilizando-se de

parcerias com outras instituições.

Em contrapartida, os resultados

como a classificação operacional pau-

cibacilar (77%), grau de incapacidade

zero em 85% e a alta por cura em

88%, significa que a Unidade tem rea-

lizado ações pertinentes às metas do

Ministério da Saúde e, com isso, dimi-

nuído as chances de constrangimentos

individuais e sociais pelos portadores

da Hanseníase.

Com esses resultados, o pre-

sente estudo pretendeu contribuir para

a sensibilização dos profissionais da

saúde, inclusive o enfermeiro, quanto

à importância da detecção precoce da

Hanseníase por meio do exame de

contatos, sendo esta uma forma de

limitar e impedir a transmissão da do-

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ença, e ainda realizar a prevenção de

incapacidades, se identificada preco-

cemente.

Assim, o Enfermeiro, enquanto

membro da equipe de saúde, deve

buscar capacitação em relação à do-

ença para implementação de ações de

vigilância e monitoramento, não só em

relação aos contatos, mas como: reali-

zar busca ativa dos casos, orientar a

família, os contatos e a comunidade

sobre a doença, prevenção e incapa-

cidades; encorajar os doentes a seguir

o tratamento e a trazer seus familiares

para o exame dermatoneurológico;

realizar visitas aos faltosos em risco de

abandono.

Também, podem ser implemen-

tadas campanhas informativas para a

população, utilizando-se de uma lin-

guagem de fácil entendimento, rela-

cionando à vida diária das pessoas à

prática da auto-observação, o que con-

tribui para o diagnóstico precoce, tra-

tamento e cura.

DETECTION OF NEW HANSENIASIS CASES ON CREDEN-PES- GOVERNADOR

VALADARES IN THE YEARS 2006 TO 2010 AS INPUT MODE:

CONTACT EXAM.

Resume

The investigation of contacts is one of the search strategies of new cases of Hanse-

niasis, which, if detected early, can be treated, thereby reducing disability and stigma

in family and social environment. In this context, that the studies, discusses a quan-

titative methodology, descriptive and cross on the detection of new cases of Hanse-

niasis from the investigation of contacts in the periods 2006 to 2010 at the Center for

Endemic Disease References and Programs Dr. Alexander White Castle special

CREDEN-PES-Governador Valadares, where it was used for your database on the

new cases of leprosy registered, contacts, and some variables such as gender, age,

operational classification and clinical, education, type of high and degree of disability,

in accordance with data from the Epidemiological Management / Municipal Coordina-

tion of Hanseniasis, aiming to know about this strategy, about the contacts recorded

and evaluated, its importance and characterization of new cases diagnosed through

it. The results showed that among 650 new cases diagnosed in this period, 72 were

detected from the investigation of contacts. Some important situations were found in

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the characterization of these 72 cases as a prevalence between 15 and 19 years

(age group), the predominant paucibacillary 77% (clinical classification) and a zero

degree of disability in 85% of cases. From the results, we confirmed the importance

of surveillance of contacts and how this strategy should be implemented by health

staff in the units, mainly by nurses.

Key-words: Hanseniasis. Contact Exam. Epidemiological characterization.

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