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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA .............. 3 HISTÓRICO DA ESCOLA................................................... ........ 4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE.................................... 4 RECURSOS HUMANOS.................................................. ........... 6 OBJETIVOS GERAIS ......................................................... ......... 8 MARCO SITUACIONAL ............................................. ................ 9 DADOS DE RENDIMENTO ESCOLAR ............................................ 12 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS .................................................... ........ 13 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO.......................................... 15 DISTRIBUIÇÃO DE SÉRIES E TURMAS........................................... 15 ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO................................. 16

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Page 1: Desvio | Escola Estadual Maria Vidal Novaes€¦ · Web viewCom a vinda da família real ao Brasil, Rio de janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA .............. 3HISTÓRICO DA ESCOLA........................................................... 4CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE.................................... 4RECURSOS HUMANOS............................................................. 6OBJETIVOS GERAIS .................................................................. 8MARCO SITUACIONAL ............................................................. 9DADOS DE RENDIMENTO ESCOLAR ............................................ 12PARTICIPAÇÃO DOS PAIS ............................................................ 13ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO.......................................... 15DISTRIBUIÇÃO DE SÉRIES E TURMAS........................................... 15ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO................................. 16EQUIPE PEDAGÓGICA E TÉCNICO ADMINISTRATIVA ................... 16METAS ........................................................................................ 17MARCO CONCEITUAL .............................................................. 18A ESCOLA QUE QUEREMOS CONSTRUIR .................................. 20CONCEPÇÃO DE CURRICULO ...................................................... 21CONCEPÇÃO DE HOMEM, DE MUNDO E DE SOCIEDADE ….......... 22CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ….................................................... 23CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E ESCOLA....................................... 24CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM …............................ 26GESTÃO DEMOCRÁTICA .............................................................. 27FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA …........................................ 28INCLUSÃO E DIVERSIDADE ........................................................ 30NOVAS TECNOLOGIAS …............................................................. 31AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ................................................. 32Critérios da Avaliação .............................................................. 33Recuperação Paralela ................................................................. 34Resultados das Avaliações ......................................................... 35Promoção.................................................................................... 35MARCO OPERACIONAL ............................................................ 36

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AÇÕES ........................................................................................ 38AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...................... 40REFERÊNCIAS …......................................................................... 41PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR................................. 42ARTES.......................................................................................... 42CIÊNCIAS..................................................................................... 61EDUCAÇÃO FÍSICA ...................................................................... 72ENSINO RELIGIOSO...................................................................... 86GEOGRAFIA ................................................................................ 93HISTÓRIA..................................................................................... 108LÍNGUA PORTUGUESA................................................................. 119MATEMÁTICA............................................................................... 140LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS.................................. 159ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - PROGRAMAVIVA A ESCOLA / MAIS EDUCAÇÃO.............................................. 181

APRESENTAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no seu artigo 12, confere à escola a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica consagrando como princípios à liberdade, a autonomia, a flexibilidade e a democracia.

Sendo a educação a principal via para tornar o indivíduo cidadão autônomo, crítico e participativo capaz de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vive e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas, faz-se necessário uma proposta de ensino democrático e um comprometimento de todos os envolvidos na educação, para que através do trabalho conjunto seja assegurado um ensino que atenda todas essas necessidades.

Neste sentido este Projeto Político Pedagógico destina-se a nortear todo o trabalho pedagógico a ser desenvolvido na escola, para que possamos oferecer aos alunos uma formação cultural, possibilitando o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de atitudes que permitam a formação de cidadãos críticos, conscientes e transformadores, que

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possam exercer sua cidadania ajudando na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

ESCOLA ESTADUAL MARIA VIDAL NOVAES

ENTIDADE MANTENEDORAGoverno do Estado do Paraná

LOCALIZAÇÃORua Santa Rita, 964Cidade Jardim – Fone: (41) 3283-5468CEP: 83035-250São José dos Pinhais – ParanáE-mail: [email protected]: Área Metropolitana Sul

ATOS LEGAISAto de autorização da escola:Resolução n.º 218/90 de 14/02/90Ato de reconhecimento da escola:Resolução n.º 3691/92 de 27/11/92Ato de renovação de reconhecimento da escola:

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Resolução n.º 2440/02 de 14/06/02

CÓDIGOS DO ESTABELECIMENTO ESCOLARCódigo do Estabelecimento: 01407Código do Município: 2570Código do NRE: 03Código do INEP: 41.137.698

MODALIDADE DE ENSINOEnsino Fundamental – 5ª a 8ª série – manhã e tarde

DIREÇÃOAndréia de Souza Oliveira

EQUIPE PEDAGÓGICA Eliane Horn Nunes – Professora Pedagoga

4HISTÓRICO DA ESCOLA

Este Estabelecimento de Ensino foi criado pelo Decreto 163/80, de 09 de setembro de 1980, sendo construído em convênio pela FUNDEPAR, administrada pela Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, com o nome de ESCOLA MUNICIPAL MARIA ROBERTINA S. TREVISAN – ENSINO DE 1º GRAU.

A criação da Escola Estadual Maria Vidal Novaes deveu-se ao convênio de municipalização do ensino de 1ª a 4ª séries, segundo o qual o ensino de 5ª a 8ª séries passou para o poder estadual o qual assumiu o encargo da criação de novas escolas, mas que continuaram a funcionar nos prédios existentes, compartilhando o espaço da escola municipal de 1ª a 4ª séries. Em 24 de janeiro de 1990, através da Resolução 218/90, foi criada a Escola Estadual Maria Vidal Novaes, com o ensino de 5ª a 8ª, funcionando ainda em prédio municipal, mas separado das turmas de 1ª a 4ª série.

O nome escolhido para a escola foi o da professora Maria Vidal Novaes, que lecionou durante anos no curso de magistério formando professores e que foi diretora do estabelecimento, quando este funcionava

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sob o poder municipal de 1ª a 8ª séries e era estimada e respeitada pela comunidade.

Atualmente a escola empresta no período noturno, duas salas de aula para serem utilizadas pelos alunos do CEEBJA.

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

Nossa escola está localizada num bairro próximo a região central do município, possui vários serviços que atendem a comunidade local como Posto de Saúde, Centro de Referencia de Assistência Social (CRAS), Ginásio de Esporte, entre outros.

5Muitas famílias residentes na comunidade são assalariadas, na sua

maioria constituídas por mais de um trabalhador para compor a renda familiar, entre eles estão os funcionários de empresas, trabalhadores autônomos e funcionários públicos, apresentando na maioria nível sócio-econômico entre baixo e médio. O nível de escolaridade desses moradores concentra-se no ensino fundamental e a busca pela educação de jovens e adultos, tem demonstrado crescimento contínuo na região.

Um dos grandes problemas existentes no bairro é o trafico de drogas. Constatamos que a maioria de nossos alunos tem algum contato, seja direto ou indireto, com as drogas, muitos tem pais alcoolistas e/ou usuários de drogas ilicitas, outros tem familiares onde a fonte de renda é o tráfico, inclusive temos conhecimento que alguns alunos até são usados para essa atividade, ou então, quando estão andando pelo bairro e constantemente se deparam com pessoas passando drogas.

A estrutura familiar é bastante diversificada, temos alunos onde a família baseia-se no modelo tradicional (pai, mãe e filhos), bem como muitos casos de famílias formadas por apenas um responsável ou pelos avós que criam os netos e/ou moram com outros parentes.

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Encontramos, bastante dificuldade, por parte dos pais, em acompanhar o rendimento escolar de seu(s) filho(s), pois geralmente devido ao trabalho, não podem comparecer em reuniões ou quando convocados, ficando muitas vezes essa função para a avó ou um irmão mais velho, isso quando comparece alguém. Também atendemos alunos que ficam no Abrigo de Passagem que fica localizado aqui no bairro, estes alunos, tem um histórico de vida muito complicado, envolvendo abondono, agressões e outros, além do fato de estarem em constante rotatividade de moradia, impedindo de estabelecer vínculos no ambiente escolar.

Algumas famílias são beneficiárias de programas do governo como Bolsa Família e Leite das Crianças.

6RECURSOS HUMANOS

EQUIPE PEDAGÓGICA E TÉCNICO ADMINISTRATIVA

Nome Função Habilitação Horário de Trabalho

Andreia de Souza Oliveira Diretora Educação FísicaManhã e

Tarde

Daniele Batista dos Santos Secretária Aux.

ContabilidadeManhã e

Tarde

Eliane Horn Nunes Equipe Pedagógica Pedagogia

Manhã e Tarde

Janine de Souza Lopes Agente Educacional II

Ensino Médio Manhã e Tarde

Marli Kolarve Borges Agente Educacional II

MagistérioManhã e

Tarde

Total de Servidores por Turno 5

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EQUIPE DE SERVIÇOS GERAIS

Nome Função Formação Horário de Trabalho

Adinacir T. Rodrigues Correia

Agente Educacional I

Ens. Fund. Manhã e Tarde

Adriana Sanches Fernandes

Agente Educacional I

Ens. Médio Manhã e Tarde

Idilha Hunkan Agente Educacional I

Ens. Médio Manhã e Tarde

Salete Gomes Velho Correia

Agente Educacional I

Ens. Médio(cursando)

Manhã e Tarde

Vera Lúcia Pereira Agente Educacional I

Ens. Médio Manhã e Tarde

Total de Servidores por Turno 57

RELAÇÃO DE DOCENTES

Professor(a) Disciplina FormaçãoPeríodo de Trabalho

Manhã Tarde

Adriane do Rocio de Souza Pinto Paulino Matemática Matemática X

Bianca Liz Possebom Franco História Ciências Sociais X X

Cristiane Alves Inglês Português e Inglês

X

Cleonir Batista da Silva Geografia Geografia X

Daniele Sanches de Souza Matemática Matemática X XJuceleni Barboza Baasch História História X X

Junia Santos de Oliveira Matemática Matemática XLeize Regina dos Santos Português Português e X

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Inglês

Mario Minhos Balsemão Neto Artes Artes Visuais(cursando)

X X

Mariza do Rocio Fabricio da Silva Davanço Português Português e

Inglês X

Mirelle Patzlaff Ciências Ciências X

Quéops Miguel David da Costa Silva Geografia Geografia

(cursando)X

Rose Souza Freire Inglês Português e Inglês

X

Tatiane Alves Sutil Ensino Religioso História X X

Thiago Vaz da Costa Ramos Ciências Biologia X X

Vera Lúcia Colasso Michalzechen Português Português e

Inglês X

Ynaê Pauline de Aguiar Nogueira

Educação Física Educação Física X X

Total de Docentes por Turno11 12

8OBJETIVOS GERAIS

Trabalhar com uma proposta educacional direcionada a qualidade de formação dos alunos;

Garantir aprendizagens significativas e essenciais para a construção de cidadãos autônomos, críticos, criativos, participativos e capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem;

Tornar a escola um ambiente agradável onde os alunos tenham prazer e motivação pelos estudos, assim evitando a evasão e repetência;

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Estimular a participação da comunidade nas questões da escola.

Efetivar a implementação dos Programas Viva a Escola / Mais Educação e PEP (Prontidão Escolar Preventiva).

9MARCO SITUACIONAL

A educação brasileira vem passando por constantes mudanças. De uma concepção pautada na transmissão de conhecimentos onde o professor era o detentor do saber até a concepção atual onde o educando é visto como um ser pensante com conhecimentos prévios, onde professor e alunos se tornam parceiros e co-participantes do processo de construção do conhecimento. Assim iniciou-se um processo visando o desenvolvimento da aprendizagem, buscando aperfeiçoar nos alunos sua capacidade de pensar e refletir, onde a construção do conhecimento se torna uma prática coletiva, exercitando a interação.

Superando a formação voltada apenas para o aspecto cognitivo, o que se busca é que o aluno desenvolva-se como cidadão responsável e engajado em sua comunidade.

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Em busca de uma educação de qualidade e uma efetiva reestruturação da escola foi necessário conhecer a real situação da mesma. Diagnosticou-se que, grandes são os problemas enfrentados.

Com relação ao espaço físico, encontramos varias dificuldades, pois este não condiz com as necessidades da escola: não há local adequado para a prática de atividades esportivas – aulas de educação física, não possuímos uma área coletiva coberta e isso tem ocasionado bastante problemas, principalmente nos dias de chuva, pois não tem onde os alunos lancharem. As salas da direção e equipe pedagógica pedagógica funcionam no mesmo ambiente. Não possuímos um espaço para funcionar a sala de apoio e a biblioteca é pequena, não tendo espaço suficiente para acomodar os alunos.

Outro item que merece destaque é com relação ao rendimento escolar dos nossos alunos, percebemos que muitos apresentam dificuldade de aprendizagem e o tempo que passam na escola não é suficiente para sanar essa dificuldade e para agravar não possuímos a sala de apoio, devida a falta de espaço, já citada anteriormente, e muitos não podem contar com o apoio da família pois os pais não tem tempo para

10ajudá-los ou não são capacitados para isso pois muitos não terminaram nem o ensino fundamental. Além desse fato percebemos que muitos alunos apresentam problemas de comportamento: não tem limites, ficam conversando e brincando durante as aulas e mesmo quando orientados quanto a necessidade e importância do estudo continuam se comportando da mesma forma demonstrando falta de maturidade e/ou responsabilidade.

Outra situação que vem atrapalhando o bom andamento das atividades escolares é com relação ao contato com a família, constatamos que, quando temos que entrar em contato com os responsáveis, não conseguimos localizá-los pois não deixam o telefone do local de trabalho e constantemente mudam o telefone residencial e principalmente o celular, demonstrando total descomprometimento em atualizar os dados cadastrais.

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No final do ano de 2008, nossa escola foi selecionada a participar dos Programas Viva Escola / Mais Educação, onde o Viva Escola é uma iniciativa do Governo Estadual e o Mais Educação do Governo Federal. Efetivamente as atividades iniciaram-se no ano de 2009, quando foram selecionados, através de critérios pré-estabelecidos, oitenta alunos para participarem das atividades pedagógicas realizadas na escola por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o processo educacional e melhorem o aprendizados dos alunos. Essas atividades, tem caráter de complementação curricular, a fim de atender às especificidades de formação do aluno e de sua realidade. Foram ofertadas seis atividades: Banda Fanfarra, Basquete, Horta Escolar, Informática, Matemática e Rádio Escolar. Os alunos permaneciam na escola em período integral, inclusive fazendo refeições na própria escola, como café da manhã e almoço para os que participavam das atividades no período da manhã e almoço e lanche para os alunos que participavam no período da tarde. Encontramos várias dificuldades para o desenvolvimento deste Programa, pois como já citamos, nosso espaço físico é muito limitado, ficando a maioria das

11atividades sendo desenvolvidas no laboratório de informática. Com relação a Banda Fanfarra os ensaios eram realizados na rua, na frente da escola, o que causou alguns transtornos pois tivemos reclamações de vizinhos, devido ao barulho, e não era possível realizar os ensaios no pátio da escola. pois este já era utilizado para a atividade de basquete e para as aulas de educação física dos outros alunos. Também não possuímos banheiros com chuveiro, com isso os alunos não tinham como tomar banho após a realização das atividades e isto foi bastante complicado principalmente para os alunos que realizavam as atividades no período da manhã e ficavam para a aula à tarde.

Com relação a organização do trabalho pedagógico, percebemos que este fica bastante comprometido devido a falta de quadro completo de professores no início do período letivo, pois muitos professores não participam na Semana Pedagógica, perdendo várias informações

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importantes que são repassadas neste momento, bem como não participam das discussões para realização do Plano de Trabalho Docente, tendo muitas vezes, que entrar em sala de aula sem ter tido um momento para planejar as suas atividades. E no decorrer do ano encontramo problemas com relação a falta de professores, por motivos médicos e/ou outros e também percebemos que há muita demora na substituição de professores nos casos de licença.

12DADOS DO RENDIMENTO ESCOLAR

RENDIMENTO ESCOLAR EM 2007

ENSINOENSINOTAXA DETAXA DE

APROVAÇÃOAPROVAÇÃOTAXA DETAXA DE

REPROVAÇÃOREPROVAÇÃOTAXA DETAXA DE EVASÃOEVASÃO

FUNDAMENTAL 76,65% 14,20% 9,15%

RENDIMENTO ESCOLAR EM 2008

ENSINOENSINOTAXA DETAXA DE

APROVAÇÃOAPROVAÇÃOTAXA DETAXA DE

REPROVAÇÃOREPROVAÇÃOTAXA DETAXA DE EVASÃOEVASÃO

FUNDAMENTAL 73,82% 20,82% 5,36%

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RENDIMENTO ESCOLAR EM 2009

ENSINOENSINOTAXA DETAXA DE

APROVAÇÃOAPROVAÇÃOTAXA DETAXA DE

REPROVAÇÃOREPROVAÇÃOTAXA DETAXA DE EVASÃOEVASÃO

FUNDAMENTAL 82,50% 9,25% 8,25%

13PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

O trabalho que se realiza com a participação responsável de todos os sujeitos envolvidos é o que atende de forma mais efetiva às necessidades concretas da sociedade em que vivemos,

Partindo do pressuposto de que, a escola não sobrevive sem a sociedade e que por sua vez não se efetiva sem a escola, retoma-se aqui uma reflexão de que somente com o comprometimento, vontade e confiança de todos os envolvidos no processo, haverá satisfação, tanto da sociedade para com a escola que tem, quanto da escola para com a sociedade que possui.

Para elevar a qualidade da educação não basta que apenas a

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comunidade interna da escola se comprometa com as questões escolares, é necessário que a comunidade externa também se sinta responsável e comprometida com a escola, participando das questões escolares, decidindo os rumos que ela deve tomar na busca de objetivos concretos.

Participar das questões escolares vai muito além de estar presente em reuniões de APMF, Conselho Escolar, Conselho de Classe ou Reuniões Pedagógicas. Participar aqui tem o sentido de inteirar-se do processo educacional com responsabilidade, decidir sobre as questões escolares e comprometer-se de forma consensual com as tomadas de decisões, e, principalmente, manter-se presente na implementação das mesmas.

Os pais precisam se conscientizar que a educação de seus filhos não é responsabilidade somente da escola, precisam compreender que esse é um processo que necessita de trabalho em conjunto. A escola fará sua parte proporcionando atividades para a construção do conhecimento e desenvolvimento de habilidades para atender as exigências do mundo atual, mas se somente a escola fizer sua parte será difícil alcançar algum resultado.

A família precisa assumir o seu papel, os pais precisam arrumar tempo para seus filhos, desenvolvendo algumas práticas:

Adquirir a prática do diálogo;14

Ser capaz de impor limites; Não acobertar erros dos filhos; Comparecer na escola quando solicitado e nas reuniões

trimestrais para poderem acompanhar o rendimento escolar do filho;

Cumprir as obrigações legais atribuídas à família.

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15ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO

Estrutura Organizacional e Funcionamento da Entidade Escolar

Turno Horário Ensino Fundamental Total de Turmas

Manhã 07:30 – 11:50 5ª a 8ª Séries 05

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Tarde 13:00 – 17:20 5ª a 7ª Séries 05

DISTRIBUIÇÃO DE SÉRIES E TURMAS

Modalidade de Ensino

SériesNúmeros de

Turma no Período da Manhã

Números de Turma no Período

da Tarde

5ª 01 01

Ensino6ª 01 02

Fundamental7ª 01 02

8ª 02 ---

16ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO

NÚMERONÚMERO DE SALASDE SALAS

FUNCIONAMENTOFUNCIONAMENTO

05 SALAS DE AULA01 SALA DOS PROFESSORES01 SALA PARA DIREÇÃO E PEDAGOGA01 SALA PARA LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

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01 COZINHA01 BIBLIOTECA01 SECRETARIA08 BANHEIROS

EQUIPE PEDAGÓGICA E TÉCNICO EQUIPE PEDAGÓGICA E TÉCNICO – ADMINISTRATIVA ADMINISTRATIVA

EQUIPEN.º DE SERVIDORES POR TURNO

MANHÃ TARDE

DIREÇÃO GERAL 01 01

PEDAGOGA 01 01

DOCENTES 11 12

AGENTE EDUCACIONAL I 05 05

AGENTE EDUCACIONAL II 03 03

17METAS

Maior participação e comprometimento do corpo docente com as normas regimentais e disciplinares;

Diminuição da evasão escolar e repetência; Aumentar o IDEB da escola;

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Conscientização da comunidade sobre a importância e o papel da escola;

Estimular a participação dos pais nas questões referentes ao bom andamento da escola e no processo de ensino - aprendizagem;

Formação global do aluno, destacando valores morais;

18

MARCO CONCEITUAL

“A escola não existe para transmitir “ dogmas” ou “verdades” acabadas, mas para sair em busca e em direção ao novo. E se ela não o fizer, a “novidade” continuará sendo construída fora de seus muros, como tantas vezes ocorreu no passado” (MEZOMO, 1997, p. 162). Esta

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frase toca fortemente a sensibilidade dos trabalhadores da educação e certamente levam todos a uma reflexão ética do compromisso assumido com a função da Escola e, sobretudo com a função destes na Escola e para a Escola.

A Escola Estadual Maria Vidal Novaes adota como linha pedagógica, a Pedagogia Progressista, na Tendência Crítico Social dos Conteúdos.

Esta linha pedagógica tem como características principais: A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais,

mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social:

A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa mesma realidade.

Sustenta a finalidade sócio-política da educação; Instrumento de luta de professores ao lado de outras práticas

sociais.A linha pedagógica progressista se fundamenta nas teorias críticas,

que por conseguinte é a fundamentação teórica das Diretrizes Curriculares para a Educação básica do Estado do Paraná.

Para as teorias críticas, nas quais estas diretrizes se fundamentam, o conceito de descontextualização propicia a formação de sujeitos históricos alunos e professores que, ao se apropriarem do conhecimento, compreendem que as estruturas sociais são históricas, contraditórias e abertas.

19É na abordagem dos conteúdos e na escolha dos métodos de ensino,

advindo das disciplinas curriculares, que as inconsistências e as contradições presentes nas estruturas sociais são compreendidas. Essa compreensão se dá num processo de luta política em que esses sujeitos constroem sentidos múltiplos em relação a um objeto, a um acontecimento, a um significado ou a um fenômeno.

Como o saber escolar, o conhecimento se explicita nos conteúdos

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das disciplinas de tradição curricular, quais sejam: Artes, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Lingua Estrangeira Moderna, Língua Portuguesa e Matemática.

Nas diretrizes, destaca-se a importância dos conteúdos disciplinares e do professor como autor de seu plano de ensino, contrapondo-se, assim, aos modelos de organização curricular que vigoraram na década de 1990, os quais esvaziaram os conteúdos disciplinares para dar destaque aos chamados temas transversais e a pedagogia de projetos.

Assim, em consonância com as Diretrizes Curriculares a escola faz a opção pelo currículo disciplinar.

20A ESCOLA QUE QUEREMOS CONSTRUIR

Queremos uma escola que seja inovadora, com uma filosofia de transformação, que esteja voltada para o indivíduo, que no processo de construção do conhecimento saiba respeitar os desejos, os interesses, a história de vida dos alunos, que proporcione atividades que estimulem a criatividade, o espírito crítico, o desenvolvimento de atitudes reflexivas e

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transformadoras.Cada aluno tem seu próprio tempo no processo de construção do

conhecimento, nesse sentido, o professor deve ter uma postura dinâmica e reflexiva, utilizando metodologias adaptadas aos interesses e necessidades dos alunos.

Procuramos desenvolver nos alunos suas potencialidades cognitivas, afetivas, psicomotoras e sociais, criando condições favoráveis para que possam conhecer e compreender o mundo em que vivem e assim possam transformá-lo, lutando por uma sociedade mais justa.

21

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O currículo é um meio de atribuição do sentido as diversas atividades realizadas no interior da escola, tomadas isoladamente, estas atividades poderiam parecer aleatórias, mas vistas na relação com o todo, com a intenção educativa, ganham significação.

Saviani (1992) traz a definição de currículo como sendo “o conjunto

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das atividades nucleares da escola”, através do qual se organiza o saber elaborado (ciência) e sistematizado , bem como os instrumentos que possibilitam o acesso a esse saber.

Entendemos que todas as experiências pedagógicas a serem vivenciadas em sala de aula e na escola fazem parte do currículo. O Planejamento Curricular precisa ter um compromisso com a transformação social. As escolas precisam pensar sobre o que pretendem, do ponto de vista político e pedagógico.

Utilizamos critérios claros para a organização do currículo, com atividades a serem desenvolvidas em parceria entre os professores, buscando uma forma de realizar na prática uma relação de comprometimento, utilizando uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar.

22

CONCEPÇÃO DE HOMEM, DE MUNDO E DE SOCIEDADE

Vivemos num mundo marcado por grandes transformações políticas, econômicas e sociais, com uma velocidade cada vez maior de mudanças que provocam impactos em nossa vida.

Percebemos que a sociedade atual está sendo determinada pelo modelo econômico vigente, marcado pela imposição de valores éticos, morais e culturais que ditam o estilo de vida atual, marcado pelo

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consumismo, o culto a beleza física, o egoismo, onde as pessoas estão centradas apenas em seus interesses pessoais. Além disso, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, exigindo profissionais dinâmicos, capacitados e preparados para as constantes mudanças.

Queremos formar cidadãos que busquem uma sociedade igualitária, democrática, justa. Na qual haja valorização individual, respeito a diferença, onde segregação seja algo desconhecido, o “ser” é valorizado no lugar do “ter”, a sustentabilidade deixa de ser preocupação e transforma-se em prática e o diferente é sinônimo de humano. Uma sociedade que cumpra as leis que legisla, onde a cidadania seja uma prática consciente.

Esta sociedade que idealizamos valoriza a educação, a saúde e a segurança. A população é consciente dos seus direitos e deveres, votam e acompanham a administração de seus governantes, sugerindo mudanças. É uma sociedade evoluída, com recursos para a ciência e alta tecnologia desenvolvidas e usufruídas por todos. As pessoas se respeitam mutualmente e as famílias possuam dignidade e condições mínimas para a sobrevivência.

A escola deve investir na formação de alunos críticos, que estejam engajados na luta por essa sociedade ideal, propiciando conhecimentos, procedimentos e situações para reflexões sobre valores e critérios de decisão, ação frente ao mundo da política e da economia, do consumo, dos direitos humanos, do meio ambiente, da violência e segregação social. A compreensão da realidade contraditória é ponto de partida da educação.

23

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

O termo cidadania nos remete diretamente a ser cidadão e entendemos que ser cidadão é ter plena consciência de seus direitos e deveres e participar ativamente de todas as questões da sociedade. Para Demerval Saviani, ser cidadão significa ser sujeito de direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”.

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De fato, o sentido etimológico da palavra cidadão deriva da noção de cidade. Cidadão é, assim, o habitante da cidade. É, originalmente, o burguês, isto é, o habitante do burgo que é a palavra de origem germânica que significa cidade. Vê-se, pois, que a questão da cidadania se põe de forma própria com o advento do capitalismo, que significou a constituição da sociedade burguesa, quer dizer, a sociedade centrada na cidade.

Ser cidadão significa, portanto, participar ativamente da vida da sociedade moderna, isto é, da sociedade cujo centro de gravitação é a cidade. Daí que, para ser cidadão, para participar ativamente da vida da cidade, é necessário o ingresso na cultura letrada, sem o que não se chega a ser sujeito de direitos e deveres.

A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.

24CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E ESCOLA

A educação está em todos os lugares e em todos os momentos de nossa vida. Educar não é apenas transmitir conhecimentos, mas também se preocupar com a formação global que os educandos se encontram, ou seja, que se efetue uma formação para a totalidade.

Segundo Medina (1987), a educação seria um processo pelo qual os seres humanos, buscam sistemática ou assistematicamente, o

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desenvolvimento de todas as suas potencialidades, sempre no sentido de uma auto-realização em conjunto com a realização da sociedade.

Desta forma, a escola é compreendida a partir do desenvolvimento da sociedade sendo a educação um processo mediador entre a vida do indivíduo e a história, entre os conteúdos historicamente produzidos pela humanidade e o aluno, objetivando a apropriação desses conhecimentos.

A escola, compreendida como uma totalidade que se relaciona com a sociedade, não tem razão de ser por meio de ações pedagógicas isoladas e fragmentadas. O conhecimento nela adquirido deve permitir o entendimento de condições reais da vida do aluno. O processo ensino-aprendizagem deve ser organizado com base histórica, científica e crítica, na direção da apropriação do saber elaborado pelo educando.

Se a educação é uma contínua construção e reconstrução do real, a escola deve procurar implementar um processo ensino-aprendizagem que viabilize instrumentalizar teórica e praticamente as pessoas para darem conta dos problemas práticos.

Embora não seja exclusivamente da escola a responsabilidade pelas demandas sociais, é inegável a tamanha contribuição que ela pode oferecer à sociedade. Também não se pode omitir o quanto à sociedade espera que a escola faça por seus integrantes. Neste sentido, faz-se necessário reconhecer e valorizar o educando não apenas como objeto de trabalho, mas, principalmente como sujeito, e, portanto, como parte integrante do processo educativo, proporcionando a ele o sentimento de co-responsabilidade pela sua própria educação e, fazendo parte deste conjunto. 25

A igualdade de oportunidades requer mais que a expansão quantitativa de ofertas; requer ampliação do atendimento com manutenção da qualidade. A qualidade não pode ser privilégio das minorias econômicas e sociais. O desafio do nosso projeto é propiciar uma qualidade para todos.

A escola precisa garantir qualidade formal: “(...) significa a habilidade de manejar meios, instrumentos, técnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento” (Demo 1994, p. 14) e precisa

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também garantir a qualidade política, que está voltada para os fins, valores e conteúdos: “a competência humana do sujeito em termos de se fazer e de fazer história, diante dos fins históricos da sociedade humana” (Demo 1994, p. 14).

Qualidade para todos deve garantir o acesso e a permanência das crianças e adolescentes na escola. Concluindo, qualidade “implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar” (Demo, 1994, p.19).

26

CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Ensino-aprendizagem é um processo pelo qual aluno e professor se relacionam em busca do conhecimento, pois julgamos que o conhecimento se torna fidedigno quando acontece uma relação cooperativa entre ambos, enriquecendo cognitivamente e emocionalmente os sujeitos envolvidos nesta ação..

Entendemos que a produção do conhecimento resulta de trocas que

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se estabelecem na interação entre o meio (natural, social, cultural) e o sujeito, sendo o professor o mediador desse processo. Acreditamos que, para que a aprendizagem seja mais eficaz, ao ensinar o professor deve partir do conhecimento prévio do aluno (conhecimento real) para o conhecimento formal (conhecimento potencial). Vygotsky (1993) afirma que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial que é a chamada Zona de Desenvolvimento Proximal, ou seja a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender.

E neste caso, o professor e aluno, passam a ter um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem. Assim, a partir do desenvolvimento dos conceitos de Zona de Desenvolvimento Proximal, será possível fazer uma relação entre pensamento, linguagem e intervenção no âmbito da escola, possibilitando assim um maior nível de aprendizagem.

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GESTÃO DEMOCRÁTICA

A Gestão Democrática abrande as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.

Entendendo que a Gestão Democrática exige participação responsável de todos os envolvidos na questões escolares quando possível, de modo a priorizar a formação da cidadania, faz-se necessário, portanto o envolvimento de toda a comunidade escolar. Nesse sentido, a

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participação em órgãos colegiados, a criação de associações de apoio a escola e agremiações de alunos, é fundamental para a concretização desse processo.

Essa prática, contudo, não deve ser concedida, mas conquistada pelos segmentos da escola e para que isso aconteça, faz-se necessário o envolvimento de todos, onde professores, alunos, pais e funcionários compreendam a importância da participação de cada um. Sendo necessário ter uma visão ampla de participação, onde muitas vezes essa é confundida com o simples fato de estar presente em eventos e atividades eventuais, ou simplesmente saber opinar sobre todos os assuntos que permeiam a escola. A participação é muito mais que isso, é comprometimento com a escola, é o envolvimento no planejamento, na organização das atividades, é a participação na construção e efetivação do projeto político pedagógico, pois este é a identidade da escola. É saber propor soluções e se posicionar para ajudar que essas aconteçam e não somente fazer críticas e fazer cobranças.

A Gestão Democrática exige o cultivo da cultura de participação, do trabalho coletivo, da ação colegiada, da realização pelo bem comum, da busca da qualidade do ensino. Enfim, é preciso possibilitar momentos de experimentação da democracia na escola para se tornar uma prática efetiva, consolidada e possível de ser efetivamente vivenciada.

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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Atualmente todos que estão inseridos no mundo do trabalho precisam estar em constante atualização. As mudanças na educação exigem uma nova postura do professor frente a realidade. A busca de novas informações são imprescindíveis para que os professores estejam preparados para estas mudanças.

A tarefa do professor é extremamente importante e complexa,

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devendo estar preparado para exercê-la. Sua prática deve ser dinâmica e reflexiva portanto deve estar constantemente se qualificando. Mesmo quem teve uma ótima formação acadêmica sabe que não domina tudo o que a atividade educativa exige e para isso deve estar sempre estudando, lendo, buscando, se capacitando.

Os agentes educacionais estão diretamente envolvidos no processo educativo e por isso precisam estar em constante capacitação. Os funcionários de escola, conscientes de seu papel de educador, independente da função que exerçam, também são responsáveis pelo desenvolvimento social dos alunos. Sendo assim precisam construir sua identidade profissional, buscando novos conhecimentos, aperfeiçoando suas práticas e colaborando para uma educação de qualidade.

Quanto a formação continuada para os educadores o plano de formação da escola prevê:

Reuniões pedagógicas e Conselho de Classe: são momentos importantes pois proporcionam um espaço para avaliação do trabalho, esclarecimentos de dúvidas, troca de experiências e discussão sobre temas específicos que se fizerem necessários em determinados momentos;

Grupos de estudos: sobre a LDB, Diretrizes, Projeto Político Pedagógico etc.;

Estudos por área ou individuais: textos específicos da disciplina, discussão e revisão do plano de trabalho docente, troca de experiências e sugestões;

29Cursos promovidos pela SEED ou outras entidades: incentivar

a participação nas Capacitações, Seminários, Simpósios, Grupos de Estudo, Projeto Folhas, Jornada Pedagógica, Curso Profuncionário, PDE entre outros.

“A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento.” (John Dewey)

Portanto devemos valorizar este espaço de trabalho na escola.

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INCLUSÃO E DIVERSIDADE

Entendendo que quando falamos em inclusão não estamos apenas nos referindo a pessoa com deficiência mas também a todos os grupos que sofrem algum tipo de exclusão como os negros, índios, moradores do campo, analfabetos, crianças que por motivos variados se evadem da escola, pessoas menos favorecidas economicamente etc..., procuramos desenvolver uma proposta de ensino que valorize as diferentes culturas,

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resgatando costumes e hábitos culturais de cada comunidade, orientando nossos educandos como devem agir perante as diferenças, explicando que vivemos em sociedade e que, ninguém é igual a ninguém, por isso devemos saber respeitar as diferenças sem qualquer tipo de humilhação ou discriminação.

Pensando na inclusão necessitamos de uma escola nova que aprenda a refletir criticamente e a pesquisar, uma escola que não tenha medo de se arriscar e com coragem suficiente para criar e questionar, procurando estratégias para atender a diversidade, propiciando qualidade de educação para todos.

Com relação ao aluno com deficiência, precisamos compreendê-lo, saber respeitá-lo e reconhecê-lo com uma pessoa que tem uma limitação. Para tanto devemos abandonar os rótulos e as classificações. Precisamos entender o significado de uma escola inclusiva, o sucesso dos alunos não pode depender de sua capacidade de se adaptar aos códigos existentes dentro da escola. Esses educandos muitas vezes são vistos como incapazes de aprender e cabe a nós, escola, mudar esse quadro e abrir esse espaço inclusivo como o nosso principal desafio que é a permanência e o sucesso de todos os alunos.

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NOVAS TECNOLOGIAS

As novas formas de tecnologia transformaram a forma de como as pessoas se comunicam e se relacionam, estão constantemente em busca de informações e são informadas com muito mais rapidez sobre seus interesses, isto se aplica a jovens e crianças que tem essas ferramentas como parte fundamental para o seu dia a dia, seja para lazer ou para a escola.

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Isso significa facilidade de acesso e um leque enorme de recursos que são indispensáveis a sua educação e desenvolvimento. Mas, também pode significar uma série de riscos que poderão não ser de conhecimento das famílias, escolas e comunidade, correndo o risco de gerar muitos problemas.

O uso das instalações do Laboratório de Informática dos estabelecimentos de ensino da Rede Pública do Paraná estão sujeitos às regras estabelecidas pela CRTE ( Coordenação de Tecnologias Educacionais).

No laboratório de Informática, a utilização dos computadores , programas e o acesso à Internet e outros meios de tecnologias, objetiva:

Aos professores e funcionários - oferecer instrumental para o exercício qualificado de suas respectivas funções, e inclusive, para pesquisa, realização de seus trabalhos

Aos alunos: oferecer instrumentos para iniciação à informática pedagógica, para pesquisa , realização de seus trabalhos acadêmicos e desenvolvimento das diversas disciplinas;

Podem utilizar-se do Laboratório dos estabelecimentos de ensino todos os usuários devidamente identificados e para eles várias recomendações de uso;

32AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

O ato de avaliar é exercido em todos os momentos do dia-a-dia. Avaliamos a tudo e a todos e formulamos juízos que vão orientar a tomada de decisões em nossas vidas. No contexto escolar, a avaliação educacional assume um papel de extrema importância na revisão da filosofia da escola, das atitudes e metodologias utilizadas, bem como da forma de existir da instituição e de sua gestão, no desenrolar o processo

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ensino - aprendizagem. Infelizmente ainda hoje, quando se pensa a prática da avaliação, nota-se que a mesma está voltada para o papel do educador, o qual detêm o poder de julgar a partir de registros acumulados durante o processo ensino - aprendizagem, baseando-se em conteúdos curriculares.

Como já diz Lílian Ana Wachowicz em texto elaborado para discussão entre os professores da rede municipal de ensino de Curitiba, se queremos uma escola ‘’viva e cheia de projetos’’ voltada para a capacidade de criação, não se pode ‘’conceber a avaliação como sendo a verificação dos resultados que cada aluno apresenta, em relação às expectativas definidas pelo currículo’’. A avaliação deve então ser um processo contínuo, cumulativo e participativo para compreender a aprendizagem, analisar o desempenho, o domínio de procedimentos e o desenvolvimento de atitudes tanto de alunos quanto de professores e da escola.

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Critérios de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: fazer prova, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Esta associação é resultante de uma concepção tradicional onde a educação é vista como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como ser passivo e receptivo. Dentro de uma concepção progressista de educação é vista como construção coletiva, considerando

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nessa construção experiências de vida do aluno.A avaliação deve ser um processo de coleta e análise de dados,

visando verificar se os objetivos propostos foram atingidos, sempre respeitando as características individuais e o ambiente em que o educando vive. A avaliação deve ser integral considerando o aluno como ser total e integrado e não de forma fragmentada.

Os professores precisam verificar o conhecimento prévio de seus alunos, diagnosticando o que ele aprendeu nos anos anteriores, para assim dar continuidade no processo de ensino. Precisa também identificar as dificuldades de aprendizagem, diagnosticando as possíveis causas e buscando soluções.

Ao iniciar o período letivo, o professor deve ter bem definido os conhecimentos que seus alunos devem adquirir, bem como as potencialidades a serem desenvolvidas. Caso o aluno não consiga atingir as metas propostas, cabe ao professor organizar novas situações de aprendizagem para dar a todos, condições de êxito nesse processo.

O ato de avaliar fornece dados que permitem verificar diretamente o nível de aprendizagem dos alunos, e também, indiretamente determinar a qualidade do processo de ensino. Ao avaliar o progresso dos alunos na aprendizagem, o professor pode obter informações valiosas sobre seu próprio trabalho. Nesse sentido, a avaliação pode ser um instrumento que fornecerá dados para que ele possa repensar e replanejar sua atuação didática, visando aperfeiçoá-la, para que os alunos obtenham mais êxito na aprendizagem.

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Recuperação Paralela

Segundo a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no seu artigo 13 inciso IV cabe ao professor estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento. Também de acordo com a Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de Educação, em seu Art.11 - A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pelo qual o aluno, com aproveitamento

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insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos bás icos.

A recuperação de estudos será realizada paralelamente ao processo ensino-aprendizagem, devendo ocorrer durante todo o ano letivo, através de atividades extras, exercícios de revisão, pesquisas, entrevistas e estudo direcionado pelo professor e anotado no livro registro de classe juntamente com as avaliações realizadas durante o período letivo.

O objetivo principal da recuperação paralela é a retomada dos conteúdos não apropriados e como consequência desse trabalho, o aluno terá possibilidade de recuperar suas notas.

No decorrer do aproveitamento escolar do aluno, deve-se priorizar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerando a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos, valorizando a atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

35Resultados das Avaliações

Os resultados das avaliações serão aferidos trimestralmente, respeitando o caráter cumulativo das mesmas, através da somatória de notas. Esses resultados serão expressos através de notas, numa escala de 0 (zero) a 10,0 (dez virgula zero). Serão registrados em documentos próprios, para que seja assegurada a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando. Os resultados trimestrais e finais serão transcritos

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pela secretaria da escola nos documentos escolares e comunicado aos alunos e/ou responsáveis através de boletins trimestrais, instrumento que possibilita aos alunos o acompanhamento do seu rendimento e freqüência.

Promoção

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência.

O cálculo da média anual para efeito de promoção seguirá a seguinte fórmula:

M.A. = 1º trim. + 2º trim. + 3º trim. = 6,0 3

Ao final do ano letivo, serão considerados aprovados os alunos que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

Serão considerados retidos ao final do ano letivo, os alunos que apresentarem:

Freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar.

Freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

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MARCO OPERACIONAL

Em nosso Projeto Político Pedagógico, o princípio norteador da ação pedagógica parte da seguinte premissa: que à educação caberá desenvolver o potencial existente nos homens, respeitando suas capacidades enquanto sujeitos, reconhecendo seus valores interiores e fazendo-os perceber que o homem, é o único ser capaz de intervir e provocar as transformações no meio em que vive. Acreditamos que a

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educação escolar deverá proporcionar a aquisição de instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado, levando o aluno a conhecer, questionar e aprofundar a sua participação na sociedade civil organizada.

Os conteúdos deverão ser trabalhados dentro de um processo ordenado e de uma integração do pensamento e da ação voltados para atingir a transmissão e a assimilação do conhecimento elaborado de forma mais coerente e organizada. No processo ensino aprendizagem, deve estar refletida a interação educador - educando, pois, se o objetivo maior é a educação do indivíduo para a vida social, a participação ativa de todos deve nortear toda a ação pedagógica.

Para alcançar uma aprendizagem efetiva, onde o aluno realmente se aproprie dos conhecimentos propostos , faz-se necessário adotar uma metodologia adequada, que desperte o interesse e participação dos alunos. O professor como mediador do processo, tem a função de orientar, abrir perspectivas, fazendo uma correspondência entre os conteúdos com os interesses dos alunos ou seja confrontando os saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado.

Conforme nos propõe Libâneo: ‘’O novo professor precisaria, no mínimo, de adquirir sólida cultura geral, capacidade de aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional e dos meios de informação, habilidade de articular as aulas com as mídias e multimídias, pois, está aí a ajuda do professor para o desenvolvimento das competências do pensar, em função do que coloca o problema, pergunta,

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dialoga, ouve os alunos, ensina-os a argumentar, abre espaço para expressarem seus pensamentos, sentimentos e desejos, de modo que tragam para a sala de aula sua realidade vivida. É nisso que consiste a ajuda pedagógica ou mediação pedagógica’’. (Libâneo, José Carlos, Adeus Professor, Adeus Professora! – Novas Exigências Educacionais e Profissão Docente – pág. 28 e 58).

O educador deve estar comprometido não apenas com a mera transmissão de conteúdos, mas sim ser um agente ligado a um complexo

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processo de aquisição do saber, que proporcione aos seus educandos subsídios para que os mesmos aprendam a estabelecer relações entre sua vivência de mundo e o saber aprendido; onde saibam questionar e usar o raciocínio lógico, propondo soluções criativas para os problemas que vivem no dia-a-dia.

Como ressalta Vani Moreira Kenski, ‘’A opção pôr uma educação que vise criar transformadores da sociedade exige, antes de tudo, mudança de atitude de professores e alunos. Aqueles comprometidos com uma proposta de educação transformadora devem possuir competência tanto no domínio de conteúdos da disciplina quanto ser conhecedores de propostas alternativas para a aprendizagem de seus alunos. Dos alunos espera-se mais do que o simples estudo da matéria. Espera-se sua participação de forma dinâmica, colocando em funcionamento os seus sentimentos, sua capacidade intelectual, suas habilidades, sentidos, paixões, ideias e ideologias. Ou seja, tudo aquilo que coloca permanentemente em funcionamento ao elaborar os juízos provisórios em sua vida diária’’. (1992, 138-139).

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AÇÕES

Reuniões internas com professores e agentes educacionais, para leitura e discussão do Manual de Orientação da Comunidade Escolar e do Regimento Escolar, enfocando as atribuições de cada segmento, bem como para discutir o regulamento interno e a melhor forma de cobrar dos alunos e de seus responsáveis o cumprimento das normas da escola, enfocando a importância do trabalho coletivo e participação de

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todos; Reuniões pedagógicas, previstas em Calendário Escolar, abrangendo

temas para estudo e troca de experiências e orientações que conscientizem os professores da necessidade de desenvolver atividades adequadas e estimulantes para a concretização do processo ensino – aprendizagem;

Desenvolver atividades e mini-projetos integrados as disciplinas como: Feira Cultural, Mesa Solidária, Apresentações de danças e teatros, Campeonatos e outros, visando tornar a escola um ambiente agradável, isso fará com que os alunos sintam-se estimulados e tenham prazer em freqüentar a escola. Assim, acredita-se que não haveria tanta evasão escolar. Também tem por objetivo trazer os pais para participar das atividades, aproximando então a comunidade da escola para que esta se conscientize e valorize a escola do seu bairro;

Promover reuniões com a comunidade escolar em parceria com o Conselho Comunitário, que em sua grande maioria é formado por pais de alunos, para discussão de como está o andamento do trabalho realizado na escola, bem como para troca de experiências e sugestões para mudanças que se fizerem necessárias;

Reuniões trimestrais com os pais para orientá-los quanto a importância de acompanhamento da família na vida escolar do(a) filho(a), essa participação se dará através da presença em reuniões para entrega

de boletins, diálogo com professores e equipe pedagógica,39

comparecimento na escola quando solicitado através de bilhete ou telefonema, bem como o acompanhamento em casa verificando o caderno e orientando o(a) filho(a) quanto a importância de se dedicar aos estudos realizando as atividades, respeitando os professores e funcionários e acatando as normas da escola (Regimento Escolar e Regulamento Interno); Semanalmente, realizaremos na 1ª aula, o momento da leitura, onde

serão trabalhados com os alunos temas que irão contribuir para

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reflexão de suas atitudes e de formação humana como valores morais, cidadania, drogas e outros que forem necessários.

Existem alguns problemas que foram levantados como a questão do espaço físico e da contratação/substituição de professores que não são de competência da escola, o que podemos fazer e o que faremos, é estar em constante contanto com os órgão responsáveis, solicitando a resolução dos problemas apontados Mais especificamente com relação a estrutura física a APMF e o Conselho Escolar estarão organizando documentos mensais (relatórios, ofícios, abaixo assinado), para serem enviados a SEED, solicitando a construção de uma nova unidade para a escola, sabendo que já existe um terreno do estado , próximo ao bairro, que pode ser utilizado para este fim, conforme informação de engenheiros do estado que visitaram o prédio atual, pois este pertence ao município, e não é permitido realizar nenhuma construção financiada pelo Governo do Estado.

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AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A Escola precisa ser avaliada de forma integral e para isso todos os segmentos deverão estar realimentando o Projeto Político Pedagógico.

Este processo poderá ser feito através de sugestões à Equipe Pedagógica Administrativa, nas reuniões pedagógicas, nas reuniões do Conselho Escolar e nos encontros com os pais ou responsáveis.

O Projeto Político Pedagógico deve ser a identidade da Escola para

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uma educação que tem como perspectiva a transformação.

41REFERÊNCIAS

D’AMBRÓSIO, U. Educação para uma sociedade em transição. Campinas: Papirus, 2000.

VEIGA, I. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In: VEIGA, I; REZENDE, L. M. Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 2ª ed. Campinas: Papirus, 1998.

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VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 6ª ed. São Paulo: Libertad, 2006.

MEZOMO, João Catarin. Gestão da Qualidade Total na Escola - Princípios Básicos. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.

MEDINA, João Paulo Subirá. A Educação Física cuida do corpo e...”mente”, Campinas – SP: Papirus, 1987.

LIBÂNEO, José C. . Adeus professor, adeus professora: Novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ARTES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte é um dos meios de expressão da sociedade. É considerada como parte integrante da cultura de um povo e dessa forma, está

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presente em tudo o que se faz. Através dela, o indivíduo tem condições de se conhecer, de mostrar como se sente e de perceber o que ocorre ao seu redor. Considerando estes pontos, a arte tem cada vez mais oportunidade de acontecer dentro da escola e conquistar mais espaço entre os conteúdos do currículo.

No processo de ensino de arte são trabalhadas as linguagens verbais e não-verbais, abordando os elementos básicos da composição das artes visuais, música, dança e teatro, respeitando a área de formação do professor, suas pesquisas e experiências artísticas, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Como linguagem verbal, a arte é trabalhada através de textos, debates, pesquisas e apresentações de vídeos; como linguagem não-verbal, a arte é trabalhada através de produções plásticas, imagens, sons, e expressão corporal. É através dessas linguagens que é possível se fazer uma leitura do mundo e despertar a imaginação criadora do aluno.

Os conteúdos trabalhados nesta disciplina, partem de uma análise histórica e social, relacionando o estético e o artístico, sempre de forma crítica. Isso faz com que o aluno tenha condições de sentir e perceber a importância que a arte deve ter em sua vida e como ela age de forma transformadora, abrindo caminho para o crescimento pessoal. Além disso, muitos assuntos são abordados de forma interdisciplinar, fazendo com que o aluno seja beneficiado durante o processo de sensibilização desencadeado em conjunto com as outras áreas do conhecimento.

43OBJETIVOS GERAIS

O estudo de arte deverá organizar-se de modo que, ao longo do Ensino Fundamental, os alunos sejam capazes de:

ARTES VISUAIS Expressar, representar ideias, emoções, sensações por meio da

articulação de poéticas pessoais, desenvolvendo trabalhos individuais e em grupo;

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Construir, expressar e comunicar-se em artes visuais articulando a percepção, a imaginação, a memória, a sensibilidade e a reflexão, observando o próprio percurso de criação e suas conexões com o de outros;

Interagir com variedade de materiais naturais e fabricados multimeios (computador, vídeo, cinema, fotografia), percebendo, analisando e produzindo trabalhos de arte;

Reconhecer, diferenciar e saber utilizar com propriedade diversas técnicas de arte, com procedimentos de pesquisas, experimentação e comunicação próprios;

Desenvolver uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal, relacionando a própria produção com a de outros, valorizando e respeitando a diversidade estética, artística e de gêneros;

Conhecer, relacionar, apreciar objetos, imagens, concepções artísticas e estéticas - na sua dimensão material e de significação - criados por produtores de distintos grupos, em diferentes tempos e espaços, físicos e virtuais, observando a conexão entre essas produções e a experiência artística pessoal e cultural do aluno;

Frequentar e saber utilizar as fontes de documentação de arte, valorizando os modos de preservação, conservação e restauração dos acervos das imagens e objetos presentes em variados meios culturais, físicos e virtuais, museus, praças, galerias, ateliês de artistas, centros de cultura, oficinas populares, feiras, mercados;

44 Compreender, analisar e observar as relações entre as artes visuais

com outras modalidades artísticas com outras áreas de conhecimento humano (Educação Física, Matemática, Ciências, Filosofia, etc.) estabelecendo as conexões entre elas e sabendo utilizar tais áreas nos trabalhos individuais e coletivos;

Conhecer e situar profissões e os profissionais de artes visuais, observando o momento presente, as transformações históricas já ocorridas, e pensar sobre o cenário profissional do futuro.

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MÚSICA Alcançar progressivo desenvolvimento musical nos processos de

improvisar, compor, interpretar e apreciar; Desenvolver a percepção auditiva e a memória musical criando,

interpretando e apreciando músicas em um ou mais sistemas musicais como: modal, tonal, e outros;

Pesquisar, explorar, improvisar, compor e interpretar sons de diversas naturezas e procedências, desenvolvendo auto confiança, senso estético crítico, concentração, capacidade de analise e síntese, trabalho em equipe com diálogo, respeito e cooperação;

Fazer uso de formas de registro sonoro, convencionais ou não, na grafia e leitura de produções musicais próprias ou de outros, utilizando algum instrumento musical, vozes e / ou sons os mais diversos, desenvolvendo diversas maneiras de comunicação;

Utilizar e cuidar da voz como meio de expressão e comunicação musical, empregando conhecimentos de técnica vocal adequados a faixa etária;

Interpretar e apreciar músicas de próprio meio sociocultural e nacionais e internacionais que fazem arte do conhecimento musical construído pela humanidade no decorrer de sua história e nos diferentes espaços geográficos, estabelecendo relações com as outras modalidades artísticas e as demais áreas do conhecimento;

45 Conhecer, apresentar e aceitar atitudes de respeito diante da

variedade de manifestações musicais e analisar as interpretações, refletindo sobre suas respectivas estéticas e valores;

Valorizar as diversas culturas musicais especialmente as brasileiras, estabelecendo relações entre a música produzida na escola, as veiculadas pela mídia e as que são produzidas individualmente e/ ou por grupos musicais da localidade e região, bem como procurar a participação em eventos musicais de cultura popular, shows, concertos, festivais, apresentações artísticas diversas, buscando enriquecer suas

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criações, interpretações musicais e momentos de apreciação musical; Discutir e refletir sobre as preferências musicais e influências do

contexto sociocultural, conhecendo usos e funções da música em épocas e sociedades distintas, percebendo as participações diferenciadas de gênero, minorias e etnias;

Refletir e discutir os múltiplos aspectos das relações comunicacionais dos alunos com a música produzida pelos meios tecnológicos contemporâneos (que trazem novos paradigmas perceptivos e novas relações de tempo/ espaço), bem como com o mercado cultural (indústria de produção, distribuição e formas de consumo);

Adquirir conhecimento sobre profissões e profissionais da área musical, considerando diferentes áreas de atuação e características do trabalho.

DANÇA Construir uma relação de cooperação respeito, diálogo e valorização

das diversas escolhas e possibilidades de interpretação e de criação em dança que ocorrem em sala de aula e na sociedade;

Aperfeiçoar a capacidade de discriminação verbal, visual e cinestésica e de preparo corporal adequados em relação às danças criadas, interpretadas e assistidas;

Situar e compreender as relações entre corpo e dança e sociedade, principalmente no que diz respeito ao diálogo entre a tradição e a sociedade contemporânea;

46 Buscar e saber organizar, registrar e documentar informações sobre

dança em contato com artistas, documentos, livros etc, relacionando-os a suas próprias experiências pessoais como criadores, intérpretes e apreciadores de dança.

TEATRO Compreender o teatro em suas dimensões artísticas, estéticas,

históricas, social e antropológicas; Compreender a organização dos papéis sociais em relação aos gêneros

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(masculino e feminino) e contextos específicos como etnias, diferenças culturais, de costumes e crenças para a construção da linguagem teatral;

Improvisar com os elementos da linguagem teatral. Pesquisar e otimizar recursos materiais disponíveis na própria escola e na comunidade para a atividade teatral;

Empregar vocabulário apropriado para a apreciação e caracterização dos próprios trabalhos, dos trabalhos de colegas e de profissionais do teatro;

Conhecer e distinguir diferentes momentos da História do Teatro, os aspectos estéticos predominantes, a tradição dos estilos e a presença dessa tradição na produção teatral contemporânea;

Conhecer a documentação existente nos acervos e arquivos públicos sobre o teatro, sua história e seus profissionais;

Acompanhar, refletir, relacionar e registrar a produção teatral construída na escola, a produção teatral local, as formas de representação dramática veiculadas pelas mídias e as manifestações da crítica sobre essa produção;

Conhecer sobre as profissões e seus aspectos artísticos, técnicos e éticos, e sobre os profissionais da área de teatro;

Reconhecer a prática do teatro com tarefa coletiva de desenvolvimento da solidariedade social.

47CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

Elementos básicos da linguagem das artes visuais

- ponto;- linha;- perspectiva básica;- luz e sombra;- cores;

- composição bidimensional;- linha reta, sinuosa, oblíqua, mista, tracejada;- cores primárias, secundárias e terciárias;

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- formas geométricas.- monocromia e policromia;- desenho de observação;- formas geométricas planas.

Elementos básicos da linguagem da música

- ritmo;- melodia;- harmonia;- instrumentos musicais;- canto.

- experimentação de sons;- composições musicais com improvisação;- familia dos instrumentos musicais.

Elementos básicos da linguagem da dança

- kinesfera;- eixo;- movimentos;- fluxo e velocidade;- níveis;- dimensões;- improvisação.

- desenvolvimento da memorização e reprodução de sequências dos movimentos criados pelos alunos;- danças brasileiras;- relaxamento.

Elementos básicos da linguagem do teatro

- personagem;- espaço cênico;- ação cênica;- jogos teatrais;- improvisação;- expressão corporal e facial;- máscaras;- tragédia, comédia e circo.

- criação de personagem;- desenvolvimento e representação de cenas de acordo com os gêneros tragédia, comédia e circo, utilizando improvisações;- mímica;- confecção de máscaras e fantoches.

História da arte e movimentos artísticos

- arte da Pré-história;- arte da Mesopotâmia;- arte Egípcia;- arte Grega;- arte Romana;- arte Afro-brasileira;- arte Indígena brasileira/

- arte rupestre, arquitetura, escultura, música, dança e rituais na Pré-história;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte da Mesopotâmia;- desenho, pintura, arquitetura, e

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paranaense;- arte Pré-colombiana;- arte Popular brasileira.

escultura na arte do Egito Antigo;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte da Grécia Antiga;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte do Império Romano;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e rituais da cultura Afro-brasileira;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e rituais da cultura Indígena brasileira/ paranaense;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte Pré-colombiana;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro Popular brasileiro;- música da antiguidade;- dança na antiguidade;- teatro na antiguidade.

496ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

Elementos básicos da linguagem das artes visuais

- cores;- perspectiva básica;- luz e sombra;- textura.

- cores primárias, secundárias e terciárias;- cores quentes e frias;- cores análogas e

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complementares;- cores neutras;- tonalidade;- textura natural e gráfica;- desenho de observação.

Elementos básicos da linguagem da música

- ritmo;- melodia;- harmonia;- paródia;- instrumentos musicais;- canto;- improvisação.

- experimentação de sons;- composições musicais com improvisação;- paródia de músicas populares brasileiras;- familia dos instrumentos musicais e construção de instrumentos através de reciclagem.

Elementos básicos da linguagem da dança

- ponto de apoio;- rotação;- coreografia;- salto e queda;- peso;- fluxo e velocidade;- níveis;- formação;- direção.

- criação e desenvolvimento de coreografia, memorização e reprodução de sequências dos movimentos da dança;- danças brasileiras e paranaenses;- dinâmicas de relacionamento utilizando dança.

Elementos básicos da linguagem do teatro

- personagem;- espaço cênico;- ação cênica;- jogos teatrais;- improvisação;- expressão corporal e facial;- cenografia;

- criação de personagem;- desenvolvimento e representação de cenas de acordo com o teatro de rua e arena, utilizando improvisações;- mímica;- criação e confecção de

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- leitura dramática;- teatro de rua e arena.

cenário.

História da arte e movimentos artísticos

- arte Paleocristã;- arte Bizantina;- arte Românica;- arte Gótica;- Renascimento;- Barroco;- arte Afro-brasileira;- arte Indígena brasileira/ paranaense;- arte Popular brasileira.

- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte Paleocristã;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte Bizantina;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte Românica;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte Gótica;- música na Idade Média;- dança na Idade Média;- teatro na Idade Média;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro no Renascimento;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro na arte Barroca;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e rituais da cultura Afro-brasileira;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e rituais da cultura Indígena brasileira/

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paranaense;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro Popular brasileiro.

527ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

Elementos básicos da

- cores;- textura;

- disco cromático;- técnicas de coloração;

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linguagem das artes visuais

- perspectiva;- sólidos geométricos;- luz e sombra;- figura humana;

- perspectiva com um ponto de fuga, dois pontos de fuga, cavalera e isométrica;- composição com sólidos geométricos e objetos/ desenho de observação;- face masculina e feminina;- corpo masculino e feminino;- caricatura;- história em quadrinhos.

Elementos básicos da linguagem da música

- ritmo;- melodia;- harmonia;- tonal, modal e fusão de ambos;- instrumentos musicais;- canto;- improvisação;- estilos musicais;- grupos musicais;- cover musical.

- experimentação de sons;- composições musicais com improvisação- familia dos instrumentos musicais e construção de instrumentos através de reciclagem;- estudo e formação de grupos musicais, imitação (cover);- estudo e composições musicais de acordo com os estilos musicais.

Elementos básicos da linguagem da dança

- giro;- rolamento;- saltos;- aceleração e desaceleração;- direção;- improvisação;- coreografia;- sonoplastia.

- criação e desenvolvimento de coreografia, memorização e reprodução de sequências dos movimentos da dança;- danças folclóricas gerais;- dinâmicas de relacionamento utilizando

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dança;- sonoplastia na dança.

Elementos básicos da linguagem do teatro

- personagem;- espaço cênico;- ação cênica;- jogos teatrais;- texto dramático;- maquiagem;- sonoplastia;- roteiro.

- criação de personagem;- desenvolvimento e representação de cenas dramáticas;- caracterização de personagem e maquiagem para teatro;- sonoplastia no teatro;- criação de roteiro para peças teatrais.

História da arte e movimentos artísticos

- arte Barroca brasileira;- Rococó;- Neoclassicismo;- Romantismo;- Realismo;- Impressionismo;- Pós-impressionismo;- Art Nouveau;- Folclore brasileiro/ paranaense.

- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro na arte Barroca brasileira;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro na arte Rococó;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro na arte Neoclassicista;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e teatro na arte Romântica;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte Impressionista;- desenho, pintura,

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arquitetura, e escultura na arte Pós-impressionista;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na “Art Nouveau”;- música na era moderna;- teatro na era moderna;- dança na era moderna;- desenho, pintura, arquitetura, escultura, música, dança e representações teatrais do folclore brasileiro/ paranaense.

558ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

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Elementos básicos da linguagem das artes visuais

- linhas;- planos;- composição bidimensional;- composição tridimensional;- escala monocromática e policromática;- comunicação visual;- publicidade.

- disco cromático;- técnicas de pintura;- colagem,- reciclagem;- outdoor, slogan;- produto, logotipo/ logomarca, propaganda, psicodinâmica das cores, ilustração, diagramação, embalagem, maquete, jingle.

Elementos básicos da linguagem da música

- ritmo;- melodia;- harmonia;- instrumentos musicais;- canto;- improvisação;

- composições musicais com improvisação- construção de instrumentos inusitados;- trilha sonora de cinema;- tecnologia e utilização de mídias na composição musical

Elementos básicos da linguagem da dança

- kinesfera;- giro;- rolamento;- saltos;- aceleração e desaceleração;- direção;- extensão;- performance;- espetáculo;

- criação e desenvolvimento de coreografia, memorização e reprodução de sequências dos movimentos da dança;- dança moderna e contemporânea;- musicais.

Elementos básicos da

- personagem;- espaço cênico;

- criação de personagem;- desenvolvimento e

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linguagem do teatro

- ação cênica;- jogos teatrais;- maquiagem;- sonoplastia;- iluminação;- cenografia;- figurino;- roteiro;- monólogo;- dramaturgia;- representação em televisão e cinema.

representação de cenas dramáticas;- caracterização de personagem e maquiagem para teatro;- sonoplastia no teatro;- criação de roteiro para peças teatrais;- tecnologia e utilização de mídias na representação teatral.

História da arte e movimentos artísticos

- Expressionismo;- Fauvismo;- Cubismo;- Abstracionismo;- Futurismo;- Dadaísmo;- Surrealismo;- Op Art;- Pop Art;- Modernismo no Brasil;- Arte Contemporânea;- Arte Paranaense;- Arte Oriental.

- desenho, pintura, escultura, música, dança, teatro e cinema Expressionista;- pintura Fauvista;- desenho, pintura e escultura Cubista;- desenho, pintura e escultura, Abstrata;- desenho, pintura, arquitetura, e escultura na arte Futurista;- desenho, pintura, escultura, música, dança e teatro Dadaísta;- desenho, pintura e escultura Surrealista;- desenho, pintura e artes gráficas Op Art;- desenho, pintura e artes

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gráficas Pop Art;- arte Moderna no Brasil e semana de 22;- desenho, pintura, escultura, artes gráficas, música, dança, teatro e cinema e outras linguagens na arte Contemporânea no Brasil e no mundo;- artistas paranaenses e suas obras;- desenho, pintura, escultura, música, dança, teatro e cinema oriental;- música contemporânea;- teatro contemporâneo;- dança contemporânea.

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59METODOLOGIA

A disciplina propõe atividades condizentes com a realidade do aluno, onde ele possa aprender, vivenciar, refletir, entender, apreciar e produzir arte, se expressando através das linguagens abordadas e fazendo relações entre elas, tornando-se um indivíduo crítico e participativo na sociedade.

A disciplina propõe atividades envolventes e atrativas, de forma contextualizada, possibilitando um processo progressivo de criação pessoal, que são as interações que o aluno realiza no ambiente natural e sociocultural.

Nas aulas, a arte é trabalhada através de textos, debates, pesquisas e apresentações de vídeos, produções plásticas, imagens, sons, e expressão corporal, utilizando as ferramentas necessárias para a prática das atividades.

Nesse contexto, o aluno aprende com prazer a investigar e compartilhar sua aprendizagem, ao relacionar o que se aprende na escola com o que se passa na vida social.

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60AVALIAÇÃO

Na avaliação é considerada a história do processo pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando os seus trabalhos e seus registros (sonoros, textuais, audiovisuais). Através da realização das atividades, é analisado se o aluno compreendeu o conteúdo a ser absorvido, se atingiu os objetivos propostos, se utilizou da criatividade e se houve comprometimento durante a realização. Também é analisada a compreensão do aluno através das imagens, dramatizações ou composições musicais articuladas por ele, assim como pequenos textos ou falas. É observado se o aluno articula uma resposta pessoal com base nos conteúdos estudados e se apresenta coerência e correspondência com a sua possibilidade de aprender.

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61

REFERÊNCIAS

HADDAD, Denise Hkel; MORBIN, Dulce Gonçalves. A Arte de Fazer Arte. São Paulo: Saraiva, 2004.

BRIOSCHI, Gabriela. Arte Hoje. São Paulo: FTD, 2003.

CANTELE, Bruna R. Arte, etc e tal. São Paulo: IBEP, 5º ano.

JANSON, Anthony F. e JANSON, H. W. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. Campinas: Papirus, 1995.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: Ática, 1991.

SEED. Diretrizes Curriculares de Arte e Artes para a Educação Básica. Curitiba, 2010.

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62

CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências , dentro de um contexto histórico, visa propor uma abordagem crítica e histórica dos conteúdos, onde sejam priorizados os conhecimentos científicos, físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, assim como a articulação entre a ciência, tecnologia e sociedade e as implicações decorrentes.

Desde a pré-história, o ser humano buscou entender os fenômenos naturais, seja no céu, animais, plantas, criou instrumentos e técnicas de observações ao longo do tempo, intensificando a construção da ciência como um todo.

O final do século XVIII foi um divisor de águas no processo que procurou reorganizar a educação e, particularmente, o ensino das ciências e as instituições que o ofereciam. Muito do que foi institucionalizado nessa época, já vinha sendo testado, em caráter não sistemático, em diversas escolas militares na França.

À medida que a Ciência e a Tecnologia foram reconhecidas como essenciais mo desenvolvimento econômico, cultural e social, o ensino de Ciências em todos os níveis foi ganhando destaque, sendo objeto de inúmeros movimentos de transformação de ensino, podendo servir de ilustração para tentativas e efeitos das reformas educacionais, refletidos pelas transformações no âmbito da política e economia ( KRASILCHIK, 2000).

A Ciência provou que os avanços científicos determinaram o crescimento e o desenvolvimento da humanidade em inúmeras áreas oferecendo meios para que houvesse melhora nas condições de vida no planeta. Apesar dela constituir um conhecimento especializado, está presente na vida cotidiana aproximando o que é científico do senso comum.

A segunda metade da década de 1980 foi um período de discussões no campo da educação e, especialmente, no do ensino de Ciências. O

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63processo de abertura política com a ampliação do debate educacional, associado às rápidas transformações ocorridas desde o advento de novas tecnologias fizeram com que as discussões sobre a formação científica se intensificassem.

A Ciência é uma disciplina com construção humana coletiva do qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influência do contexto social, histórico e econômico que está inserida. Ela contribui além da formação de investigadores do processo da ciência mas também na formação da cidadania na medida que favorece a participação dos alunos na vida comunitária.

Portanto não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer ciência exige escolhas e responsabilidades humanas. As afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.

Atualmente, a sociedade, está exigindo um questionamento maior dos indivíduos sobre a utilização racional dos recursos da natureza e sobre os problemas que envolvem as relações entre Ciência, Ser Humano e Ambiente.

A Ciência tem como finalidade a intenção de contribuir na formação de indivíduos com visão ampla do mundo, capazes de intervir na transformação do meio em que vivem, de forma racional criando uma consciência de responsabilidade para que não se negue as gerações futuras o direito a própria vida.

Deve-se mobilizar o aluno a aprender em situações reais, em casa, no trabalho, na cidade, no lazer, etc, preparando-o para a vida,para a coletividade, impulsionando assim o avanço da sociedade.

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64

OBJETIVOS GERAIS

O objetivo da disciplina é o conhecimento cientifico resultando na investigação da natureza , ou seja, elementos que formam o universo em todos os seus aspectos. Cabe a nós observar os fenômenos da natureza e promover relações entre elementos fundamentais como espaço e tempo, força e movimento, energia e vida... as relações entre seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza ocorre pela busca de condições favoráveis de sobrevivência . Para tanto o conhecimento das ciências naturais permite a incorporação de técnicas, valores produzidos na coletividade no processo de sobrevivência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conhecimentos físicos , químicos e biológicos, assim como os conteúdos estruturantes serão contemplados na disciplina favorecendo a reflexão, noção de contexto e articulação dos conteúdos específicos que passam a ser entendidos como expressão da realidade e deixam de ser compreendidos como elementos fragmentados.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Astronomia Matéria Sistemas biológicos

Energia

Biodiversidade

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65CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5º SÉRIE

estrelas constelações galáxias ano-luz sistema solar o planeta terra a lua atmosfera propriedades do ar água propriedades físicas e química da água tratamento e conservação da água as doenças transmitidas pela água solo rochas e minerais

estados fisicos da água as relações entre os seres vivos cadeia alimentar teia alimentar meio ambiente biodiversidade ecologia

656º SÉRIE

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constituição da matéria células morfologia e fisiologia dos tecidos dos seres vivos formas de energia transformação de energia transmissão de energia astros movimentos terrestres movimentos celestes origem da vida organização dos seres vivos evolução sistemática

667º SÉRIE

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origem e evolução do universo constituição da matéria formas de energia célula morfologia e fisiologia dos seres vivos evolução dos seres vivos

678º SÉRIE

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propriedades gerais da matéria átomos e moléculas calor e movimento das partículas

estados físicos

fenômenos físicos e químicos tecnologias a tabela periódica ligações químicas funções e reações químicas misturas ácidos, bases , sais e óxidos velocidade mru aceleração força inércia atrito peso equilíbrio potência calor som luz eletricidade e magnetismo

68METODOLOGIA

As questões da metodologia de ensino de Ciências dentro das ações

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didáticas do educador devem ser tratadas com o cuidado de não se limitar a rotina pedagógica e superficialidade do processo de ensino. Requer, portanto, a contraposição entre o processo educativo e a realidade do educando, o ambiente, a intencionalidade dos objetivos propostos , as possibilidades de oportunizar ao aprendiz extrair a essência dos fenômenos, criar situações desafiadoras, dialógicas que oportunizam a compreensão de suas vivências e a aplicabilidade desses conceitos em casos concretos do cotidiano.Partindo do princípio de que toda organização do trabalho pedagógico deve estar fundamentada na realidade da comunidade e de sua problemática social, o primeiro passo do educador é o de propor ações que reflitam na integração e no desenvolvimento do homem e da comunidade. A Ciência deve ser concebida no processo Ensino-aprendizagem, como uma construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passíveis de alterações e marcados por intensas relações de poder.Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes, dos quais ramificam-se os conteúdos específicos a serem trabalhados considerando a prática social do aluno.Para evitar uma abordagem descontextualizada, fragmentada por série, os conteúdos específicos serão trabalhados ao longo do Ensino Fundamental, respeitando-se o nível cognitivo de cada turma, a realidade local, a diversidade cultural e as diferentes formas de apropriação dos saberes pelos educandos.Os encaminhamentos metodológicos , portanto, devem considerar o dinamismo e a provisoriedade da Ciência, cuja as práticas e as descobertas estão constantemente sendo substituídas por outras mais modernas. Assim os conteúdos específicos devem estar relacionados entre si, com os conteúdos estruturantes, com outras disciplinas e com

69elementos científicos, tecnológicos e sociais.Historicamente o ofício de educador antecede a escola e, na atualidade, continuamos medindo conhecimentos ainda de geração a geração por meio de uma educação formal e não formal.

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Sendo assim , na escola formal o professor deve provocar discussões , análises e reflexões, valorizando o conhecimento empírico do aluno para chegar ao conhecimento produzido ao longo dos anos. Também deve se levar o aluno a pensar em sua história de vida e sobre as pessoas que lhe ensinaram algo que nunca esqueceram em virtude de terem sido muito importantes, como: pais, avós, irmãos, amigos... que certamente foi a escola não formal que lhes ensinou.

Aulas práticas, pesquisa e trabalhos de campo, problematizações, observações, visitas, projetos individuais e em grupos, palestras, seminários, conversações, músicas, desenhos, maquetes, experimentos, relatórios, histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições , feiras, utilização de tecnologias encontradas na escola como os recursos audiovisuais, dentre outros, são recursos utilizados para assim evitar a forma reducionista de repasse de livros didáticos.

70AVALIAÇÃO

As mudanças internas e externas acontecem e as pessoas avaliam constantemente o espaço que ocupam, bem como a maneira que

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dialogam com a realidade. Partindo desse pressuposto, podemos inferir que, com maior ou menor grau de consciência, a avaliação é um componente importante em qualquer contexto de nossas vidas. Nesse sentido, a amplitude do processo avaliativo ultrapassa nossas ações, internas do cotidiano e requer uma visão mais acurada acerca do que está em evidência para ser avaliado.Do ponto de vista da avaliação educacional, essa concepção se relaciona a uma visão mais ampla, pois ultrapassa a individualidade e atinge patamares de processos de tomadas de decisões, no âmbito do sistema da escola e de espaços educativos.

O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática a partir de critérios de avaliação que considere os conhecimentos acumulados, relações e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.A partir dessa proposta, são utilizados meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados como avaliações escritas, discursivas e objetivas, seminários, trabalhos de pesquisa individuais ou em grupos, atividades avaliativas entre outros.

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REFERENCIAS

ANDERY, M.A (et al). Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC, 1988.

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APPLE,M.W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.ASTOLFI,J.P. A didática das Ciências. Campinas/SP: Papirus, 1991.BASTOS,F. História da Ciência e pesquisa em ensino de Ciências.CARVALHO,A.M.P. (et al). Formação de professores de Ciências: Tendências e inovações. São Paulo: Cortez,2001FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003KRASILCHIK,M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em perspectiva, 14(1)2000:85-93,2000.LOPES, A.Conhecimento escolar: Ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:EDUERJ,1999LOPES, A.Contribuições de Gaston Bachelard ao ensino de Ciências. Ensenanza de Las Ciências,1993,11(3), p.324-330.LOSSE,J. Introdução histórica à filosofia da Ciência. Belo Horizonte: Itatiaia,2000.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997.NARDI, R (org) . Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras Editora,2002.PRETTO,N.D.L. A Ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora Unicamp, 1985.SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica:Primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores associados, 1997.LEITE,L.S. (coord). Tecnologia Educacional: Descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.CANIVEZ, P. Educar o cidadão? Campinas:Papirus, 1991.

SEED. Diretrizes Curriculares de Ciências para a educação básica. Curitiba,2006.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física não deve prender-se em modelos pré-

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determinados, e, ou impostos pela mídia, e sim criar suas formas estruturadas de organização e aproveitamento do espaço e do tempo disponível, tendo em vista os objetivos propostos, com a finalidade de valorizar a formação integral do ser.

O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física não pode se resumir ao simplismo de certas habilidades e destrezas, mas sim capacitar o educando a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-la de maneira social e culturalmente significativa e adequada. Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos pessoais dentro da linguagem e contextos sociais, pois um mesmo gesto adquire significados diferentes, conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso ocorre.

É necessário que o indivíduo conheça a natureza e as características de cada situação de ação corporal, como elas são socialmente construídas e valorizadas, para que possa organizar sua motricidade na expressão de sentimentos, emoções de forma adequada e significativa. Pretende-se encaminhar o processo de ensino-aprendizagem numa dimensão de totalidade (sem exclusão) fundamentando-se numa concepção de mundo, de sociedade, de homem, de trabalho e de corpo (ainda não acabado) em contínuo crescimento e transformação. Respeitar as especificidades que caracterizam o educando, dando-lhe o direito ao conhecimento vinculado pela disciplina, tanto no que se refere as suas relações com seu próprio corpo, como para a formação de uma consciência corporal, em seu sentido mais amplo. Trabalhar na compreensão de corpo e mente que formam a consciência, mas que a mesma emerge do corpo que é o ponto de partida e expressão.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Física para a 73

Educação Básica do Estado do Paraná, a Educação Física se consolidou, no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937, com forte Ênfase no desenvolvimento de uma disciplina corporal que objetivava doutrinar para o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Reafirmando a questão da obrigatoriedade da Educação Física nas escolas, na década de 1970, a Lei

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nº 5692/71 por meio de seu artigo 7º firmou seu caráter obrigatório da disciplina em todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino, passou a ter regulamentação em Lei específica sendo integrada como atividade escolar regular.

No final da década de 1980 e início da de 1990, no estado do Paraná, estabeleceram-se as discussões para a elaboração do Currículo Básico. Esse processo, que envolveu o coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação Pública do Paraná, deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e resultou em um documento que pretendia responder às demandas sociais e históricas da educação brasileira no primeiro grau.

Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná, percebemos que o documento referendando o Currículo Básico para a Educação Física, este fundamentava-se na pedagogia histórico-crítica, no aspecto progressista e crítico sob os pressupostos teóricos de materialismo histórico-dialético. Após discussões e revisões no período percebeu-se que a listagem de conteúdos que eram denominadas pressupostos do movimento enfraqueciam os pressupostos teórico-metodológicos da pedagogia crítica.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná são resultados de discussões coletivas ocorridas entre os anos de 2004 a 2008 que envolveu os professores da Rede Estadual de Ensino do Paraná. Nos anos de 2004, 2005 e 2006 a SEED promoveu vários encontros, simpósios e semanas de estudos pedagógicos para a elaboração dos textos das diretrizes curriculares para a educação básica, que passa por constantes leituras críticas de especialistas, podendo ser resultantes de alterações e complementações dependendo das necessidades percebidas.

74Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná,

entende-se que a escola como um espaço que , dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a educação física se insere

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neste projeto a garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural (DCE's PR – Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná, 123, 2010).

Por meio da citação acima, como forma de complementação, salientamos a preocupação em assegurar ao educando o contato com o conhecimento científico produzido, nos aspectos históricos-filosóficos e, instigando a possibilidade da aplicação do mesmo no seu cotidiano, sempre assegurando os preceitos morais e éticos na formação integral do aluno.

75

OBJETIVOS GERAIS

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando as características físicas e de desempenho de si próprio

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e dos outros, sem descriminar por características pessoais físicas, sexuais ou sociais;

Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação a sua saúde e a saúde coletiva;

Buscar o conhecimento de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência. Saber diferenciar os contextos amadores, recreativos, escolares e o profissional, reconhecendo e evitando o caráter excessivo competitivo em quaisquer desses contextos;

Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;

Conscientizar que o exercício do companheirismo contribui para amadurecer a emoção e fortalecer a independência de ser, criando uma boa imagem de si mesmo e configurando o sentido da trajetória da existência;

Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e frequência por meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais;

76 Organizar e praticar atividades corporais, valorizando-as como

recurso para usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais, com o intuito de torná-las mais adequadas ao momento do grupo, favorecendo a inclusão dos praticantes. Analisar, compreender e

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manipular os elementos que compõem as regras como instrumentos de criação e transformação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte; Jogos e brincadeiras; Ginástica; Lutas; Dança.

77CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

Jogos:

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Cognitivos;Cooperativos;Recreativos;Pré-desportivos;Esportes:Origem dos Esportes;O Esporte no Paraná;Iniciação ao Atletismo;Iniciação ao Voleibol (mini-voleibol);Iniciação ao Handebol;Iniciação ao Futsal;Ginástica:Postural;Movimentos básicos;Formativa;Pequenos grupos;Danças:Atividades Rítmicas;Tradicionais e folclóricas;Conhecimentos sobre o corpo e a saúde;Qualidade de vida: noções de higiene e saúde;Capacidades Físicas:Preparação para os exercícios físicos;Recuperação pós exercícios;Importância do exercício físico.

786ª SÉRIE

Jogos:Cognitivos;Cooperativos;Recreativos;

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Pré-desportivos;Resgate das brincadeiras infantis;

Esportes:Atletismo;FutsalVoleibol;Handebol;

Ginástica:Postural;Movimentos básicos;Formativa;Pequenos grupos;Danças:Atividades Rítmicas;

Lutas: Capoeira: Resgatando a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

Conhecimentos sobre o corpo e a saúde;

Capacidades Físicas:Preparação para os exercícios físicos;Recuperação pós exercícios;Importância do exercício físico.

797ª SÉRIE

Atletismo: saltos, arremessos, corridas;

Voleibol: fundamentos básicos ,regras básicas, jogos;

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Futsal: fundamentos, regras, fintas, jogos;

Punhobol : história, fundamentos e regras;

Handebol: fundamentos, sistemas de ataque e defesa, jogos;

Ginástica: GRD, exercícios de flexibilidade, força e equilíbrio;

Dança : cultura de rua, cultura de circo;

Qualidade de vida.

808ª SÉRIE

Atletismo: saltos, arremessos, corridas;

Voleibol: jogo, regras, sistema de ataque e defesa;

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Handebol: jogo, regras, sistemas, técnicas e táticas;

Futsal: fintas, regras, sistema tático, jogos;

Punhobol: história, fundamentos e regras;

Ginástica: GRD, step;

Lutas: capoeira;

Dança: cultura de rua, axé;

Qualidade de vida.

81METODOLOGIA

Os conteúdos serão trabalhados de tal forma a garantir a vivência prática da experiência corporal, incluindo o aluno na elaboração das propostas de ensino aprendizagem e, levando-se em conta sua realidade

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social e pessoal, sua percepção de si e do outro, suas dúvidas e necessidade de compreensão.

Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimento é necessário o acompanhamento, diversificando estratégias de abordagem dos conteúdos, onde o professor possa promover uma visão globalizada desse processo e o aluno contribua com o elemento novo (o seu estilo pessoal de executar e refletir e, portanto de aprender) de que se apropria, trazendo a síntese da atualidade para o momento da aprendizagem como por exemplo: conhecimentos prévios, informações da mídia, etc...

As habilidades motoras deverão ser aprendidas durante toda a escolaridade, do ponto de vista prático, e deverão sempre estar contextualizadas nos conteúdos dos outros blocos. Do ponto de vista contextual e procedimental, podem ser observadas e praticadas dentro dos esportes, jogos, lutas e danças.

Esses conteúdos serão trabalhados, visando sempre a aprendizagem vinculada à realidade de cada situação e em cada momento.

A concepção define a ação prática do profissional e traduz os níveis de abordagem do objeto da disciplina e, sua concretização depende exclusivamente do encaminhamento metodológico empreendido pelo professor. Partindo de uma concepção que não se limita às questões do desenvolvimento motor e da socialização do saber sistematizado, mas que pressupõe inclusive a produção do conhecimento, propomos o estabelecimento de eixos que conduzirão o processo de ensino aprendizagem. Estes eixos determinam os temas, subtemas e conteúdos essenciais da proposta, que para serem desenvolvidos dependem de alguns critérios metodológicos e fundamentação básica, que determinarão a ação do professor.

82Os conteúdos essenciais propostos englobam: os conceitos

corpo/movimento, espaço, tempo/ritmo, grupo, objeto, ludicidade são entendidos como elementos concretos capazes de favorecer o desenvolvimento de relações integradoras entre o sujeito e o meio.

Caberá ao docente considerar a complexidade na graduação dos

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conteúdos, pois a partir deles, serão desenvolvidos os demais conceitos em qualquer atividade. Considerar importante o conhecimento do processo de desenvolvimento motor, para que sejam sugeridas atividades que permitam a verdadeira tomada de consciência do corpo pelo movimento.

Trabalhar as atividades–meio: jogos, danças, ginástica, esporte e lazer como meios culturais. Devem ser trabalhadas como produção histórica dos povos, expressando e comunicando um sentido e incorporando-se a um contexto que lhes confira significado, servindo assim para desenvolver a cultura corporal do movimento, que é principal tarefa da Educação Física Escolar.

Possibilitar o conhecimento e mudança de regras dos jogos, de acordo com a própria realidade, contribuindo fundamentalmente para a criação de novos jogos e para uma consciência crítica do aluno.

Entender que a melhor forma de dominar as noções básicas de uma habilidade é através de sua prática corporal, não perdendo de vista as relações ação/compreensão e teoria/prática.

Os conteúdos serão desenvolvidos através de uma prática que visa a atender ao processo maturacional do aluno, procurando respeitar sua individualidade biológica, social e cultural. O conteúdo vivenciado deve ser sistematizado coletivamente, transformando em momento de aprendizagem.

O professor deve utilizar diferentes métodos e estilos de ensino, buscando conduzir o aluno à auto–eficiência quanto à prática da atividade física, aliada à aquisição do conhecimento pertinente a ela. Para as turmas de 5ª e 6ª séries estão descriminadas em grade curricular três aulas semanais que serão organizadas da seguinte maneira: uma aula

83

teórica, uma aula prática com intervenção e uma aula prática coletiva. Para as turmas de 7ª e 8ª série serão duas aulas semanais, sendo uma aula teórica e uma prática. Serão realizadas atividades teóricas e práticas por meio de aulas expositivas, seminários, discussões(debates); pesquisas em livros, jornais, revistas e internet; Trabalhos em grupo e individual. Os

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recursos didáticos utilizados serão: Arcos, barbante, bolas (borracha, voleibol, handebol, futsal), cones, cordas, giz, fitas, rede de vôlei, rádio, pendrive, tv e DVD.

Acrescenta-se que no decorrer do ano letivo serão trabalhados temas associados a legislação – Lei nº 10.639/09 da História e Cultura Afro-Brasileira, onde serão salientados os tipos de preconceito, evidenciando o racismo. Os materiais utilizados serão: filme – Duelo de titãs, pesquisas focando as personalidades negras do esporte. Em relação à educação Ambiental Lei nº9.795/99, serão realizadas Gincanas entre turmas de coleta de materiais recicláveis (lixo que não é lixo).

84AVALIAÇÃO

Entendendo a avaliação como sendo um processo diagnóstico, contínuo, participativo, qualitativo, descentralizado e fomentador da compreensão do ser humano em sua totalidade, podemos dizer que ela representa o instrumento de reflexão, de realimentação e de ponto de

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partida para uma ação voltada para o homem concreto.A avaliação deve estar em sintonia direta com os princípios,

conteúdos e objetivos, que expressam por sua vez, uma concepção de Educação Física numa perspectiva histórica – crítica, visando a fornecer ao corpo docente da escola, informações que permitam compreender melhor cada aluno e entendê-lo nas suas relações.

Não pretendemos nesta proposta definir uma metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos, fluxos informais e outros, mas, consideramos importante algumas orientações neste sentido, como por exemplo, a construção de seminários, participação e empenho em aulas teóricas e práticas e elaboração de trabalhos.

O esporte de forma geral requer algum entendimento para que se pratique, supõe-se que de uma forma recreativa, todos possam participar, com conhecimentos adquiridos anteriormente. Desta forma a participação nas modalidades esportivas requer empenho e colaboração mútua.

As avaliações serão realizadas continuamente, de modo que venham a diagnosticar o entendimento do aluno e juntamente com a atuação do professor. Visando a concretização de alterações necessárias, para a correção caso o processo esteja falho.

Neste processo, o professor deve instigar o aluno a manifestar seu senso crítico, com o respeito e consciência das suas ações e de seu próximo. O respeito mútuo e a cooperação serão instrumentos fundamentais a aquisição do sucesso em cada etapa cumprida. A avaliação será realizada seguindo os componentes: aulas práticas e teóricas (interesse pelas atividades propostas), presença e postura; avaliação teórica e prática; trabalhos escritos, bem como a apresentação oral de trabalhos; diálogo e debate sobre os temas propostos.

85REFERÊNCIAS

SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

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ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo do Ensino Religioso, como toda área do conhecimento, tem

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uma prática docente própria. Faz se compreender e ampliar horizontes de possibilidades sobre o sagrado. Tem uma intencionalidade e uma direção.

O Ensino Religioso como área do conhecimento promove o estudo sobre as manifestações do sagrado, cujo objetivo é contribuir para a promoção do diálogo inter-religioso e do respeito entre pessoas de diferentes crenças. Faz com que os educandos entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado.

Segundo a LDB 9394/96, um dos objetivos básicos do Ensino Religioso é contribuir para a superação das desigualdades étnico-religiosas, para assim garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão, e o direito à liberdade individual e política, direitos estes, fundamentais para o desenvolvimento da cidadania. Hoje o Ensino Religioso tem como função a socialização do conhecimento sobre o fenômeno religioso, para que o aluno possa compreender as diferentes manifestações do sagrado presentes na própria realidade.

No espaço escolar antigamente o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império. Após a proclamação da República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório de modo que foi rejeitada a hegemonia católica – o monopólio dessa religião sobre as demais.

A partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa.

87

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OBJETIVOS GERAIS

Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto sociocultural do aluno;

Refletir sobre o sentido da vida e sobre os questionamentos existenciais;

Analisar o papel das Tradições Religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas;

Formar para o exercício consciente da cidadania e convívio social baseado na alteridade e respeito as diferenças;

Promover o diálogo inter-religioso; Superar e desfazer toda a forma de preconceitos; Educar para a paz e a diversidade religiosa; Propiciar ao educando o conhecimento da formação da ideia do

Transcendente na evolução da estrutura religiosa, percebendo como ideia orientadora e referente para a vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa; Universo Simbólico Religioso; Texto Sagrado.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

Organizações religiosas

Os fundadores e/ou líderes religiosos; As estruturas hierárquicas,

Lugares Sagrados

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. Lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.

Textos Sagrados orais ou escritos

Literatura oral e escrita ( cantos,narrativas, poemas, orações, etc.) Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade de expressão e opinião; Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

Símbolos Religiosos

dos ritos; dos mitos; cotidiano.

896ª SÉRIE

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Temporalidade Sagrada Nascimento de líder religioso; Passagem de ano; Datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos.

Festas Religiosas Peregrinação; Festas familiares; Festas nos templos; Datas comemorativas; Festas religiosas no Paraná.

Ritos Os ritos de passagem; Os mortuários; Os propiciatórios; Os ritos religiosos das tradições Afro Brasileira.

Vida e morte O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas; A reencarnação: além da morte, ancestralidade, espíritos dos

antepassados que se tornam presentes; Ressurreição apresentação da forma como cultura/organização

religiosa encara a questão da morte e a maneira como lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.

90METODOLOGIA

A metodologia do Ensino Religioso deve ser dinâmica, flexível e adequada a cada conteúdo a ser desenvolvido, permitindo a interação e o

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diálogo no processo de construção e socialização do conhecimento.Considerando que o ato de construção do conhecimento se dá a

partir da relação sujeito-objeto, propiciando ao aluno, a ampliação de sua visão de mundo, o exercício do diálogo inter-religioso e a valorização das diferentes expressões religiosas e místicas a partir do seu contexto sociocultural.

Propor ao educando problematizações do conteúdo, fazendo com que detectem questões no âmbito da Prática Social que precisem ser resolvidas pois com isso pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do educando.

Trabalhar com recursos mais amplos, mais aprofundados, com pesquisas, debates, filmes, produções de cartazes, leitura e produção de textos, análises de fotos. Isto possibilitará o processo de construção do entendimento, de forma que o aluno perceba as razões e construa conceitos na própria sociedade.

91AVALIAÇÃO

Para o Ensino Religioso a abordagem do conhecimento escolar visualiza a Educação Religiosa como algo significativo, articulado,

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contextualizado em permanente formação e transformação.A avaliação nesta disciplina é processual, faz parte do processo

ensino – aprendizagem. A partir desse pressuposto a avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual é possível verificar e interpretar os dados da aprendizagem, bem como, acompanhar e aperfeiçoar o processo de construção e reconstrução do conhecimento.

A avaliação é um aspecto integrador através do qual interagem educando e educador. Ela permeia as metas, os conteúdos e a prática didática. Possui três etapas:

Inicial: é o reconhecimento da pluralidade cultural religiosa (grupos religiosos diferentes identificados na crença dos próprios alunos.)

Formativa: deve ser formal e sistematizada, organizada de acordo com os conteúdos, visando a informação. Tem como referencial perceber as diferenças das Tradições Religiosas, através do diálogo. Consequentemente, na convergência se dá a construção e a reconstrução do conhecimento do fenômeno religioso.

Final: consiste na aferição dos resultados da aprendizagem de acordo com metas definidas. A avaliação oral, escrita, pesquisas, oferece o conhecimento concreto.

Os pressupostos não são critérios para aprovação ou reprovação, mas fontes de análise individual de cada educando, de continuidade do processo de aprendizagem e oportunidade para o educador avaliar também a sua atuação. São alguns instrumentos de avaliação: testes escritos e orais, e trabalhos de pesquisa envolvendo os temas abordados.

92REFERÊNCIAS

Apostila: Ensino Religioso nas leis de ensino do Brasil a partir das concepções de religião.

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Site: www.ensinoreligioso.com.brSite: www. gper.com.br

SEED. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

93GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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“Agora que estamos descobrindo o sentido de nossa presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um mundo mais humano”

Milton Santos

A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda, conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de questões que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a formação que parpossibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista sob esta perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de ticipa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.

Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, às quais são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e SANTOS, “ espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais e econômicas) inter-relacionados.”

94Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um

dos grandes teóricos da Geografia Contemporânea. Para Santos:“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações,

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não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina”. (SANTOS, 1996b, p.51)Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos

conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-se como elemento fundamental na formação da observação, analise, interpretação e criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem contemplando a heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais estão cada vez mais globalizados.

É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de uma ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos dentro do corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim, articulado com outras ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia torna-se uma ciência sintética, isto é que trabalha com dados de todas as demais ciências e também descritiva e numerando os fenômenos em comum, objetivando uma visão conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos, seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país,

95assim como os demais países da superfície terrestre. O campo de preocupações da Geografia é o espaço da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura,

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rios, solos, climas, populações: todos esses elementos, além de outros, constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados a concepção de que a existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto ao espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, valorizando o conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista sua função enquanto agente transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

96

OBJETIVOS GERAIS

Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:

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Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida; Realizar a leitura das construções humanas como documento

importante que a sociedade em diferentes momentos imprimem sobre uma base natural;

Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio do espaço chamado espaço geográfico;

Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da ação humana para além da economia;

Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;

Conhecer o espaço geográfico, vendo neste o resultado das ações em escala local, regional e global;

Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação na elaboração do espaço geográfico;

Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em função do uso de novas tecnologias;

Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de conhecimento com o meio natural e seus aspectos fisicos;

Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre as sociedades:

Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar informações nos diversos campos do conhecimento.

97

CONTEÚDOS

5ª série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

A importância e o surgimento da

Geografia.

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DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Conceito de lugar: O lugar onde

vivemos e os diferentes lugares.

Relações entre os lugares: meios

de comunicação, meios de

transportes, relações culturais e

relações econômicas.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Conceito de paisagem: Formação

e transformação das paisagens

(paisagens naturais e

humanizadas)

Elementos da natureza formando

as paisagens: relevo, hidrografia,

clima, vegetação e as suas

relações.

Elementos culturais formando as

paisagens: cidades e as

atividades econômicas.

Elementos naturais e culturais

formando as paisagens.

Os lugares e as paisagens no

tempo de sociedade e da

natureza.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Natureza, tempo geológico e o

tempo histórico: estações do ano,

diferenças climáticas, ações do

ventos, das águas, forças internas

da Terra.

Espaço geográfico e suas

transformações: o trabalho e as

atividades econômicas

modificando o espaço.

Recursos naturais, sociedade e o

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meio ambiente.

996ª série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Território brasileiro: extensão e

localização no mundo.

Paisagens brasileiras e suas

transformações.

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Formação territorial do Brasil.

Os meios de transportes e a

integração do território.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

População brasileira: crescimento.

Pluralidade cultural do povo brasileira

e formação étnica da população.

Transformação demográfica do Brasil.

Desigualdade social brasileira.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

As diferentes características dos

espaços rural e urbano no Brasil.

Rural e urbano: espaços que se

completam.

A modernização da agropecuária e o

aumento da produtividade no campo.

Concentração de terras e a questão

fundiária no Brasil.

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DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Regiões brasileiras: conhecendo as

diferentes regiões .

Divisão regional do Brasil.

Região Centro-Sul: desenvolvimento

econômico e industrial, indústria e

urbanização, produção agropecuária

e transformação das paisagens e

degradação ambiental.

Região Nordeste: Diversidade, seca

no Sertão e seus efeitos e

crescimento da econômica

nordestina.

A Amazônia: Ocupação recente,

exploração sustentável da floresta e

sua importância do local ao, global.

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7ª série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

O conceito de Lugar

A origem dos continentes

Placas tectônicas

Movimentos da crosta

A formação das paisagens

processos naturais

Grandes paisagens naturais

Transformação das paisagens

Transformação do espaço atraves do

trabalho humano

Tecnicas e culturas construindo o

espaço

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DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

A ação humana e a dinâmica natural

Mudanças na dinâmica natural do planeta

Os diversos tipos de poluição Efeito estufa Chuva ácida Consumo humano Avanço tecnológico Crise ambiental Sustentabilidade Formas de regionalização do

espaço IDH regionalização em função do

desenvolvimento Crescimento econômico e

desenvolvimento

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Mundo subdesenvolvido Desigualdade interna Dependência econômica Dependência tecnológica Condições de vida, alimentação e

saúde Mundo desenvolvido Supremacia econômica e

tecnologia Multinacionais Qualidade de vida

1038ª Série

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Nesta série de acordo com as DCE, os conteúdos serão trabalhados focando

a Europa, Ásia, África e Oceania.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Localização Geográfica dos países e continentes

Regionalização mundial (Acordos e Blocos econômicos)

Globalização

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

A bipolaridade do século XX A nova ordem mundial do inicio

do século XXI Conflitos mundiais Órgãos internacionais Neoliberalismo Terrorismo Políticas econômicas culturais e

ambientais Novo papel das organizações

internacionais Redefinições de fronteiras:

conflitos – étnico – culturais – políticos – econômicos – de base territorial

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DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Circulação da poluição atmosférica

Chuva acida Buraco na camada de ozônio Desmatamento

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Formações e conflitos étnicos e religiosos

Estrutura etária de gênero e etnia da população

Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço geográfico.

África (economia, política, questões sociais e conflitos)

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METODOLOGIA

Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor aprimorar sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia – lugar, paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à questão da realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitar a fragmentação, desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais. Promover a articulação entre os assuntos abordados buscando relacionar a realidade social com a realidade individual do aluno. Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para os alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o ingresso na universidade como também para a sociedade. A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes, como um rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos através da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do espaço local para o global e vice e versa. Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas, musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo, possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração que o aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o conhecimento empírico. A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de materiais didáticos disponíveis.

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AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho pedagógico do professor. É imprescindível que a avaliação seja formativa, diagnóstica e processual, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem observado na avaliação seguem a formação de conceitos básicos, como: paisagem, região, lugar, território, natureza e sociedade. Entendesse que para a formação de um aluno consciente das relações socio- espaciais de seu tempo, o ensino da geografia deve assumir o quadroconceitual das teorias críticas dessa disciplina que incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço.

O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; seminários; construção e análise de maquetes, etc

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BIBLIOGRAFIA

SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2006. POPKEWITZ, T. S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.____________Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Cientifico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a____________ Por Uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, 1986

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HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A velocidade da vida moderna faz com que tudo envelheça muito rapidamente e pareça sem valor para as novas gerações. Diante do domínio do tempo presente, o passado é desqualificado como experiência digna de conhecimento e interesse e condenado ao esquecimento. O presente parece libertar-se do passado e adquirir existência própria. Segundo o historiador Marc Bloch, “A incompreensão do presente nasce da ignorância do passado”. Mas para ele, de nada adianta conhecermos o passado se nada sabemos do presente, resumindo não podemos perder de vista o compromisso com os problemas e indagações do tempo presente.

O estudo da História baseado nas diretrizes curriculares tem como pressupostos compreender e despertar as reflexões da realidade social, política e cultural na sua diversidade e nas mais variadas dimensões temporais. Para tanto, destacam-se a importância dos indivíduos, de grupos étnicos, no que se refere ao combate as desigualdades entre os povos.

Nesse sentido, se faz necessário a valorização e compreensão da história regional e local de modo a observar as mudanças e permanência no processo histórico ao longo do tempo.

Segundo o historiador britânico Eric Hobsbawm, em seu livro Era dos Extremos, nos fala dos perigos da perda dos referenciais históricos e reafirma a importância do historiador como guardião da memória coletiva. “A destruição do passado, ou melhor, dos mecanismos que vinculam nossa experiência pessoal a das gerações passadas, é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX”.

Dessa forma, é importante valorizar a pluralidade de ideias, no sentido de trazer a luz as experiências dos atores sociais que, ao longo do tempo, foram esquecidos pela historiografia. Análise das fontes históricas

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como as diferentes linguagens, fontes escritas e imagens iconográficas, músicas etc.

Assim, o ensino de história sob nova perspectiva do ponto de vista do ensino aprendizagem se torna positivo mais uma vez que rompe com a história positivista do século XIX, que valorizava o fator puramente econômico.

OBJETIVOS GERAIS

Os objetivos para o ensino de História não estão mais relacionados apenas a este ou aquele conceito de História – história econômica, história positivista ou história do cotidiano - mas a uma nova visão da utilidade do ensino de história para a realidade múltipla e complexa que os nossos alunos estão vivenciando no século XXI.

São as noções e conceitos necessários à compreensão, problematização e modificação dessa realidade aliados às ferramentas próprias da área - como a noção de temporalidade, as noções de sucessão e simultaneidade, por exemplo - que interessa desenvolver.

O ensino de História tem como objetivos: Contribuir para a formação cultural e intelectual e profissional dos estudantes; Favorecer o conhecimento de diversas sociedades historicamente constituídas, por meio de estudos que considerem múltiplas temporalidades; Propiciar a compreensão de que as histórias individuais e coletivas se integram e fazem parte da História; Contextualizar os fatos históricos; Reconhecer e dimensionar, em diferentes temporalidades, as relações entre a sociedade, a cultura e a natureza; Valorizar o conhecimento prévio; Reconhecer diferenças e semelhanças entre as relações de trabalho construídas no presente e no passado;

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Estudar a diversidade de documentos históricos; Dimensionar, em diferentes temporalidades, as formas de organização política nacional e internacional; Analisar diferenças e semelhanças entre os confrontos, às lutas sociais e políticas, as guerras e as revoluções, do presente e do passado; Observar características da cultura contemporânea atual e suas relações com a história mundial e local; Dimensionar a história do Brasil com a história Mundial; Identificar semelhanças, diferenças, transformações e permanências entre as idéias e as práticas envolvidas na questão da cidadania, construídas e vividas no presente e no passado; Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos; Conhecer e respeitar o modo de vida das diferentes sociedades.Percebe-se através desses objetivos a afirmação de que a história

tem como prioridade de estudo os processos históricos relativos as ações e as relações humanas praticadas no tempo bem como o respectivo significação atribuído pelos sujeitos tendo ou não consciência dessas ações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho; Relações de poder; Relações culturais.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

A produção de conhecimento histórico – documento; Temporalidade; As principais civilizações da África, Ásia e Europa: Abordar o modo de vida, origens, religião, cultura; A origem do homem; Estudar o período da Pré-história; A Pedra Lascada, Pedra Polida; Do nomadismo ao sedentarismo; A Revolução da agricultura; As civilizações da América: Incas, Astecas, os Maias – analisar cultura, modo de viver, religião

etc. Os povos indígenas brasileiros; Os grupos indígenas paranaenses; Grécia, aspectos culturais e políticos – Os filósofos gregos; Roma – Aspectos culturais e políticos; Ascensão e queda do Império Romano; África – Aspectos religiosos e culturais; Colonização do Paraná;

1126ª SÉRIE

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A formação dos reinos bárbaros; A Europa no século V e XV – Aspectos religiosos e políticos:

- A crise da Idade Média;- O nascimento da burguesia;- Renascimento comercial e urbano;- A formação de uma nova sociedade;- A cultura medieval, as grandes mudanças na forma de pensar e

“ver” o mundo moderno em ascensão; O Absolutismo, o domínio do Rei; As grandes navegações portuguesas e espanholas:

- A colonização dos países pobres;- Diáspora Africana;- O tráfico negreiro;- O trabalho escravo no Brasil;

A chegada dos portugueses e europeus na América: - O quilombo dos Palmares;

- A escravidão no Paraná;- O MST;

A América portuguesa e espanhola; O Renascimento cultural e científico: A contestação da religiosidade medieval; A valorização do homem, o desenvolvimento das ciências; Brasil Colonial: crise do sistema escravocrata e expansão territorial; Colonização e Emancipação do Paraná.

1137ª SÉRIE

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Movimentos Revolucionários no Velho Continente:- Iluminismo;- Revolução Francesa;- Revolução Industrial;

Movimentos de independência na América, sobretudo no Brasil:- A independência dos EUA, opressão inglesa, impostos, rebeliões,

vitória e construção do Estado, influência dos Estados Unidos;- A independência do Brasil, o que significa, quem fez guerras

napoleônicas, família real, o tratado de 1810, a invasão inglesa, revoluções, os partidos, D. Pedro I;

A formação do Estado Nacional:- Conceito de Democracia;- Conceito de República;

A Sociedade Brasileira: - O latifúndio;

- Café;- Ouro;- Borracha;- Indústria;

Colonização e Emancipação Política do Paraná; Neocolonialismo (imperialismo – séc. XIX):

- Segunda revolução industrial, capitalismo monopolista, crises do capitalismo, o imperialismo, novo colonialismo, domínio britânico, domínio da China;

O processo da abolição da escravatura (resistência); A atual situação do negro no Brasil.

1148ª SÉRIE

Os primeiros anos da República Brasileira:- A República Velha;

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- A República da Espada;- Revolução Federalista;- A política do café com leite;- Os coronéis e o voto de cabresto;- Revolução Russa- O apogeu da borracha na Amazônia;- Gestão Agrária: cangaço, contestado, canudos;- Movimento Operário;- Panorama político;- Movimentos Sociais;

Primeira Guerra Mundial:- A voracidade imperialista, guerra, disputa de mercados Inglaterra;- Alemanha;- O revanchismo francês;

Panorama pós 1ª guerra:- O estado socialista – Rússia;- Regimes totalitários;

A crise de 1929:- A crise;- EUA primeira potência;- Bolsa de valores- Crise mundial;- Superprodução;- Intervenção do Estado;

Regimes totalitários:- Nazismo; Fascismo;

115 A Revolução de 1930:

- A era Vargas; A construção do Paraná Moderno; A 2ª Guerra Mundial; A Guerra Fria;

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Populismo no Brasil e na América Latina; A Revolução Cubana de 1959; Regime Militar no Brasil; O Continente Africano: Mali, Daomé, Kongo, Niger etc. Colinização e Emancipação Política do Paraná

116METODOLOGIA

O trabalho pedagógico a ser realizado com os conteúdos propostos nesta Proposta Pedagógica Curricular tem por objetivo a formação do pensamento histórico, crítico, e principalmente participativo. E através de pesquisas investigativas o aluno perceberá que a história está narrada em

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diferentes fontes, fontes estas utilizadas na construção de narrativas históricas.

Todos os recursos abaixo mencionados serão utilizados pelo professor a fim de que possa ter um melhor direcionamento do seu trabalho e alcançar os objetivos propostos na disciplina.

Problematizar do conteúdo e do processo histórico; Análise de vários documentos, jornais, reportagens, fotografias

procurando sempre a fundamentação história. Aulas expositivas e dialogadas; Uso de imagens no retroprojetor; Visitar museus; Seminários; Vídeos, TV pen drive, laboratório de informática, músicas; Trabalhos de pesquisa; Produção de textos na sala de aula; Visita a praças públicas; Visitas aos bairros para compreender o fenômeno do êxodo rural. Aulas expositivas através de cartazes e desenhos. Trabalhar as lei propostas nos conteúdos de forma crítica e

avaliativa.

117AVALIAÇÃO

A avaliação, enquanto parte do processo ensino-aprendizagem, deve valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, suas noções primárias, seu ‘’pano de fundo’’ cultural. A função da avaliação não é classificar o aluno segundo suas notas, mas sim diagnóstica: avaliar não a simples apreensão de conceitos e conteúdos, mas os avanços aproximados e também as conquistas parciais. Por isso, a avaliação tem um caráter permanente e não deve restringir a um único momento do processo ensino-

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aprendizagem.A avaliação tem também o propósito de fornecer ao professor

parâmetros para que ele avalie o próprio encaminhamento metodológico, auxiliando no planejamento de novas intervenções didáticas. Deve-se valorizar nesse processo o uso de diferentes linguagens, bem como o crescimento do aluno em termos de atitude, habilidades e potencialidades.

Ao avaliar o conteúdo, deve-se considerar a apropriação de conceitos, o desenvolvimento de procedimentos e a formação de atitudes. Os critérios para a avaliação são vistos como expectativas de aprendizagem e marcos a partir de onde considerar os progressos realizados pelo aluno. Listamos abaixo alguns critérios amplos que, sendo flexíveis, permitem ao professor adequá-los à realidade particular de cada aluno ou turma.

O processo de recuperação será encaminhado paralelamente ao trabalho pedagógico, visando não a melhora da nota, mas oportunizar ao aluno a retomada de conteúdos fundamentais que não foram apropriados no momento adequado por algum motivo. A recuperação paralela deve, portanto, concentrar-se no resgate de conceitos que permitam ao aluno prosseguir seus estudos de um modo contínuo e sem lacunas.

Serão avaliados através de trabalhos, pesquisas, provas, seminários etc.

118REFERÊNCIAS

SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História. Curitiba, 2010.Nova História Crítica. Schimidt Mário. Nova geração, Ensino MédioHistória Geral. Villa, Marco Antônio e Furtado, Joaci Pereira, Editora Moderna.Toda História. Pileti, Claudino. Àtica.

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Projeto Araribá. Obra coletiva. Editora Moderna.História em documentoLei n° 10.639/03 Deliberação do CEE/PR (História e Cultura Afro Brasileira e Africana)Lei n° 11.645/08 (História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana)Lei n° 9.795./99 (Política Nacional de Educação Ambiental)Lei n° 13.381/01 (História do Paraná) Internet: www.diadiaeducacao.gov.pr, www.vagalume.com.br,

www.google.com.br, www.wikpedia.com.br.

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LíNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de Língua e de Literatura vem tendo como base as Diretrizes Curriculares que visa uma nova abordagem para o ensino da língua materna, buscando uma perspectiva mais dialógica da linguagem. Esta possibilita ao aluno desenvolver o domínio dos textos escritos e falados. Dessa maneira há uma integração entre a linguagem verbal com

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as demais linguagens, mostrando assim para o aluno o caráter social e transformador da língua.

Nessa concepção o professor de Língua Portuguesa e Literatura, incluindo os gêneros literários, participará da construção do conhecimento como um mediador do processo, pois os alunos conseguem construir sentidos e significados para a língua nos modelos interativos que eles possuem ao longo das trocas linguísticas, orais e escritas. Tais sentidos e significados são influenciados também pelas relações que os interlocutores ( autor e ouvinte leitor) mantêm com a língua, entre si, com o tema sobre o qual se fala e escreve, ouve ou lê; pelos seus conhecimentos prévios, atitudes e preconceitos e pelo contexto social em que ocorre a interlocução.

Com influência desse processo de ensino e aprendizagem da língua assume-se o texto verbal-oral ou escrito e também as outras linguagens como unidade básica que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas se estabelecem de modo dinâmico com experiências reais da língua, pois quando a criança entra para a escola já é um falante ativo da língua materna e o que a escola precisa fazer é desenvolver essa habilidade na sua totalidade. Portanto, é o discurso como prática social e a língua que serão fundamentais para a disciplina de Língua Portuguesa, fundamentando-se na Linguística, na Semiótica, na Semântica, na Sintaxe, na Fonologia, na Análise do Discurso, na Gramática para contribuir e aprimorar os conhecimentos linguísticos dos discentes.

120Quanto a dimensão histórica da Disciplina de Língua Portuguesa,

Literatura e segundo a Constituição Brasileira em seu artigo 5º, prescreve: ''Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e a propriedade(...), incluindo também os processos educativos nas aulas de Língua materna o aprimoramento linguístico.

Nesse contexto os aspectos históricos foram selecionados a partir de alguns recortes espaço- temporais entre o século XVI e o momento atual,

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em que novas teorias acerca da linguagem apontam diferentes concepções e metodologias para o ensino. O número reduzido desses recortes deve-se tanto à finalidade da dimensão histórica nestas Diretrizes quanto a pouca bibliografia referente a história da disciplina.

Historicamente o processo de ensino da Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação ministrada pelos jesuitas e era instrumento fundamental na formação da elite colonial e ao mesmo tempo se propunha a alfabetizar e catequizar os indigenas ( Moll,2006, pag. 13).

No período colonial a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português era a língua da burocracia (ILARI, 2007 s/p), ou seja das transações comerciais, dos documentos legais.

Só em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral ( Tupi- Guarani) que resultou da interação dos colonizadores e colonizados.

A partir da reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais. O ensino até então dominado pelos jesuitas dirigidos à população indigena passou a contar com os cursos de Letras e de Filosofia.

Com a vinda da família real ao Brasil, Rio de janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que emergia e que priorizava as camadas superiores da sociedade, europeizando e produzindo uma educação que visava a manutenção do status quo. As

121classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas.

Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os curriculos escolares brasileiros. Até 1869, o curriculo priviligiava as disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço secundário, ou seja, sem relevância ( Luz- Freitas, 2004).

Ainda no final do séc. XIX a industrialização influenciou a estrutura curricular, tendo em vista a formação profissional dando um caráter

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utilitário à educação. À escola se abria a camadas cada vez maiores da população e o ensino de Português tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada a ''boa língua'' e em 1871 foi criado o cargo de professor de Português que contemplava o conteúdo gramatical.

Com a expanção da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos da camada populacional para o espaço escolar dentre eles a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes até então concebidos no seio familiar.

Um dos muitos objetivos de se ensinar e aprender a Língua Portuguesa no ambiente escolar é fazer com que o educando leia e escreva proficientemente, pois além do direito inerente a quem nasce no Brasil o domínio do universo da língua materna também representa um instrumento legitimo de luta e posicionamento dentro da sociedade.

Sabemos que os desejos e as necessidades devem ser satisfeitos, mas isso só poderá se concretizar a partir do momento em que os conhecimentos prévios dos alunos, obedecendo os diferentes padrões culturais, sejam levados em consideração e sirvam como base no desencadeamento do processo ensino-aprendizagem.

As Diretrizes Curriculares Estaduais para a área de Língua Portuguesa focalizam a necessidade de dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania. 122

Em outras palavras, propõe que a escola organize o ensino de modo que o aluno possa desenvolver seus conhecimentos discursivos e lingüísticos, sabendo:

ler e escrever conforme seus propósitos e demandas sociais; expressar-se apropriadamente em situações de interação oral

diferentes daquelas próprias de seu universo; refletir sobre os fenômenos da linguagem, combatendo a

discriminação e os preconceitos relativos ao uso da língua.O ensino de Língua Portuguesa, em uma visão contemporânea,

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necessita de comprometimento, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo dialógico. A prática disso precisa, portanto, relacionar-se a situações reais de comunicação, tornando um espaço de interação, de encontro entre sujeitos. Propõe-se que as atividades planejadas sejam organizadas de maneira a tornar possível a análise crítica dos discursos para que o aluno possa identificar pontos de vista, valores e eventuais preconceitos neles veiculados.

Portanto, sendo a escola um espaço de relações não pode ignorar a linguagem que o aluno traz, possibilitando a apropriação da linguagem padrão através do domínio efetivo do falar, ler e escrever.

123OBJETIVOS GERAIS

Os desejos ou as necessidades a serem desenvolvidas explicam as ações educacionais próprias deste eixo:

Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, dentro dos diferentes padrões culturais;

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem verbal;

Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna,

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desenvolvendo estratégias de leitura e explicitação do conteúdo; Entender o avanço das tecnologias da comunicação e da

informação na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social;

Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meio de organização cognitiva da realidade pela constituição de expressão, comunicação e informação;

Comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto às idéias;

Levar os alunos a preparar feira sobre humor e teatro, fazendo representação teatral;

Despertar o interesse pela leitura, sensibilizando o educando a ouvir textos e a conscientização da importância de manter-se atualizado dos diversos acontecimentos;

Considerar o educando de cada série adequando a temática da leitura aos interesses de cada faixa etária e articular as redes de diferenças e semelhanças entre a língua oral e escrita;

Levar os alunos a produzir textos coerentes, refletindo sobre os recursos lingüísticos e as relações de significados dentro do texto;

Relacionar, comparar, justificar e argumentar sobre os diversos textos;

124 Adequar a variedade lingüística do educando para sua

participação nos diferentes grupos e seu relacionamento na sociedade.

Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso como Prática SocialO ensino da Língua Portuguesa por um período longo de tempo tinha

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como objetivo satisfazer os anseios de uma classe dominante e elitizada.Entretanto como esses conteúdos não atingiam a maior parte da

população brasileira no que se referem ao domínio da norma culta, algumas pesquisas na área da linguística foram realizadas e apresentaram abordagens pedagógicas pautando-se na concepção interacionista da linguagem para o ensino/aprendizagem da língua materna.

Entende-se por Conteúdos Estruturantes o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados diariamente em sala de aula. Relacionados com o momento histórico-social atende numa perspectiva de que o discurso como prática social refere-se as várias instancias sociais, ou seja, uma linguagem efetiva para o ambito social.

Como citamos acima, dele se sucedem os conteúdos básicos que devem ser trabalhados no dia a dia de sala de aula, e que estão diretamente articulados ao discurso como prática social.

O quadro com esses conteúdos básicos elaborado por professores do Estado do Paraná, nos eventos de formação continuada ( DEB Itinerante) tem por finalidade orientar o trabalho pedagógico em sala de aula. A partir dele o docente seleciona todos os conteúdos imprescindiveis para a formação integral dos estudantes que deverão ser contemplados no Plano de Trabalho Docente.

125Como conteúdos básicos serão contemplados os diversos gêneros

discursivos de acordo com suas esferas de circulação selecionados pelo professor levando-se em conta o contexto histórico, social, e político e que estejam de acordo com Projeto Político Pedagógico, com o Projeto Pedagógico Curricular e o Plano de Trabalho Docente fazendo sentido para os alunos nas suas diferentes realidades regionais, culturais e econômicas contribuindo assim com sua formação integral.

Oralidade;Leitura;Escrita;

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Análise Lingüística.

Prática da Oralidade:No processo de produção de textos orais, espera-se que o aluno: Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das

exigências da situação e dos objetivos estabelecidos; Saiba utilizar e valorizar o repertório lingüístico de uma

comunidade na produção de textos; Monitore seu desempenho oral, levando em conta a intenção

comunicativa e a reação dos interlocutores e reformulando o planejamento prévio, quando necessário.

Prática da Leitura:No processo de leitura de textos escritos, espera-se que o aluno: Saiba selecionar textos segundo seu interesse e necessidade; Leia de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os

quais tenha construído familiaridade.

126Prática da Escrita:No processo de produção de textos escritos, espera-se que o aluno: Redija diferentes tipos de textos, estruturando-os de maneira a

garantir:- A relevância das partes e dos tópicos em relação ao tema e propósitos do texto;- A continuidade temática;- A explicitação de informações contextuais ou de premissas indispensáveis à interpretação;

Troque impressões com outros leitores a respeito de textos lidos, posicionando-se diante da crítica, tanto a partir do próprio texto

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como de sua prática enquanto leitor; Compreender a escrita em suas diferentes dimensões : o dever

de ler, a necessidade de ler e o prazer de ler; Seja capaz de aderir ou de recusar as posições ideológicas que

reconheça nos textos que lê.

Prática da Análise Linguística:Todo falante é um grande conhecedor da chamada “ gramaica

natural”. As regras gramaticais bem como os estudos dos elementos mórficos e sintáticos fazem parte do conhecimento linguístico que os alunos precisam dominar, pois contribuem para desenvolver o raciocíonio do aluno, para a compreensão da forma como a língua se estrutura, para o manejo mais consciente, intencional da língua em suas produções. Assim, o aluno constrói e aplica um determinado conceito quando compreende para que serve, quando é capaz de fazer relações entre o que já sabe como o que está aprendendo.

Portanto, o uso da nomenclatura de gramática tradicional está relacionado aos objetivos de prática e reflexão sobre o uso da língua dentre de uma abordagem funcional da gramática que analisa o emprego da língua em situações tanto comunicação oral quanto nas de comunicação escrita.

127CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Organização e seqüênciação dos conteúdos do ensino fundamental de Língua Portuguesa, considerado o contexto de atuação educativa.

5ª SÉRIE 1ª Oralidade:Notícias televisivas e radiofônicasContação de histórias e piadas;Teatro mudo e falado;Músicas e declamações; 2ª Leitura:

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Textos verbais e textos não-verbais, fábulas , mitos, poemas, charges e fotografias;Textos literários, de imprensa, de divulgação científica e de ficção, leitura de cordel, cartoons, revistas, jornais, etc; 3ª Escrita : Diálogo (discurso direto e indireto);Texto poético;Narração (personagem/ narrador em 1ª e 3ª pessoa);Bilhetes e cartas;Personificação e ironia;História em quadrinho; 4ª Análise Lingüística:Fonemas;Frases;Classes de palavras;Pontuação;Acentuação gráfica;Ordem alfabética;Ortografia;Sinônimos e antônimos;Encontros vocálicos, consonantais e dígrafos.

1286ª SÉRIE

1ª Oralidade:Jornal falado;Debates;Dramatizações;Entrevistas;Piadas;Notícias televisivas e radiofônicas;

2 ªLeitura:Textos verbais e textos não verbais;

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Textos literários, de imprensa, de divulgação científica e publicidade;Topicalização de parágrafos;

3ª Escrita:Técnicas de composição e criação para textos variados;Narração e Descrição;Descrição;Relato de experiências pessoais;Resumo;Carta;Poesia;Notícias atuais;

4ª Análise lingüística:Acentuação;Pontuação;Ortografia;Classes de palavras;Sujeito e predicado;Verbos transitivos;Verbos regulares e irregulares;Adjuntos adnominais e adverbiais.

1297ª SÉRIE

1ª Oralidade:Jornal falado;Debates;Dramatizações;Entrevistas;Causos;Piadas;Notícias televisivas e radiofônicas;

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2ª Leitura:Textos verbais e não-verbais, crônicas, parábola;Textos literários, de imprensa, de divulgação científica e publicidade;notícias de jornais, e-mail, poema, prosa, resumos, relato histórico e biográfico;

3ª Escrita:Técnicas de composição;Níveis de linguagem;Poesia e prosa;Conto;Desenvolvimentos de períodos compostos;Narração em 1ª pessoa;Discurso direto e indireto;Elementos coesivos;Ampliação de parágrafos;Criação de personagens;

4ª Análise Lingüística:Classes de palavras (nos textos);Termos da oração;

130Ortografia;Acentuação;Pontuação;Denotação e conotação;Figuras de linguagem;Predicação verba;Aposto e vocativo;Verbos regulares,irregulares;Concordância verbal e nominal;Ambigüidade;Orações e Período.

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8ª SÉRIE

1ª Oralidade:Jornal Falado;Debates; Dramatizações;Enquetes;Entrevistas;Causos;Piadas;Notícias televisivas e radiofônicas;

131 2ª Leitura:

Estímulo através de textos verbais e não-verbais;Crônicas;E- mail;Apólogo;Parábolas;Notícias televisivas e radiofônicas;Resumos;Relatórios;Poemas;Prosas;

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3ª Escrita:Comparação de elementos em orações;Dissertação (argumentação);Descrição;Texto poético e paródia;Dissertação;Pesquisas;

4ª Análise Linguística:Período simples; Período composto por coordenação e subordinação;Concordância;Estrutura e formação das palavras;Regência verbal e nominal;Figuras de linguagem e de pensamento;Ortografia;Vozes do verbo;Ambigüidade;Orações reduzidas.

132Conteúdos que serão trabalhados em todas

as séries (5ª a 8ª)

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças no português falado e escrito entre eles. Ex.:

- na alimentação: vatapá, acarajé, caruru, canjica, etc. - na música: os instrumentos musicais maracá, cuíca, atabaque,

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reco-reco, agogô. - na religião: umbanda e candomblé.

Após debates sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos sobre temas como:

- o racismo no Brasil; - a presença do negro na mídia; - políticas afirmativas; - mercado de trabalho; etc.

Realizar com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, etc., destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional.

Utilizar pesquisas e revistas produzidas pela comunidade afrodescendente do seu município.

Propiciar acesso aos gêneros musicais do samba, rap e capoeira. Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial. Propor que os alunos declamam e também produzam poesias

relacionadas ao povo afrodescendente e sua cultura. Realizar estudos de obras literárias que discutam e abordem

questões relacionadas à cultura afro-brasileira: Macunaíma; Casa Grande e Senzala; O Escravo; A Cidade de Deus; O Mulato; etc.

133Meio Ambiente

Trabalhar com textos que tratem: aquecimento global; reciclagem do lixo – esgoto – tratamento; água – poluição – tratamento; desmatamento e queimadas.

METODOLOGIA

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A linguagem é vista como ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que se constituem uns aos outros em relações diagnósticas, onde o homem troca experiências, compreende a realidade em que ele está inserido e o seu papel como participante da sociedade.

Os objetivos estão relacionados aos conteúdos básicos das disciplinas para que assim se torne aproveitados pelo educando.

A Prática da Oralidade:A oralidade é vista como prática social interativa utilizada em

momento de comunicação através de vários gêneros e formas com fundamentação na realidade sonora, relacionada a recursos expressivos como a entonação , por exemplo.

Deverão ser desenvolvidas em sala de aula , atividades que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como:

- apresentação de temas variados : histórias da família, da comunidade, do seu grupo social ou até mesmo a mídia;- depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio;- relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;- debates, seminários, júri- simulado e outra atividade que possibilitem o desenvolvimento de argumentção;

134- trocas de opiniões- contações de histórias e ou piadas;- relatos de experiências e ou causos;

- declamações de poemas.A Prática da Leitura;A leitura precisa ser vista , na escola, como uma pŕatica consistente

do leitor perante a relidade. É necessário que no processo de formação de leitores, a dificuldade advém de questões práticas, internas de sala de aula, muitas vezes conflitantes, tudo isso permeado pela não clareza do significado do ato de ler.

Um texto fornece várias informações, conhecimentos,opiniões que,

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uma vez socializado pela turma, favoreçam a reflexãoe ampliação de sentido sobre o que foi lido. Como diz Bakhetin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção no mundo, ao mesmo tempo em que está articulado ao modo de produção social. ''Todo enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva. È a posição do falante nesse ou naquele campo do objeto de sentido, ( Bakhtin )''.

É nessa dimensão dialógica discursiva que a leitura deve ser experimentada, desde a alfabetização.Os reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no discurso,tomadas nas teorizações de Bakhtin, ajudam na construção de sentido de um texto e na compreenção das relações de poder a ele inerentes.

Algumas estratégias podem favorecer, na escola, o envolvimento com a leitura, como: cercar os lunos de livros que possam ser folhados, selecionados, levados para casa; proporcionarum ambiente apropriado e atrativo; produzir com os alunos um quadro de avisos sobre o prazer de ler, ilustrando com temas preferidos, encontrar músicas apropriadas para o momento da leitura; criar momentos em que os alunos exponham suas ideias, opiniões e experiências da leitura, organizar um clube do livro para que os alunos se reúnam pra a realização da leitura extraclasse, etc.

O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu papel na interação com o texto, uma vez que o aluno perceba

135seu papel na interação com o texto, uma vez que o aluno perceba em si as ideológias, mas somente a partir da visão do mundo de quem lê , em um determinado tempo histórico, é possível estabelecer relações que venham aceitar ou refletir os valores presentes.

Essa abordagem de ensino pretende fazer do aluno um leitor capaz de desvendar posisionamenos ideológicos que se fazem presentes no meio social e cultural que o cerca.

Nesse processo de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização do leitor que convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência.

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A Prática da Escrita:A escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva

discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática textual. Prática esta não ligada apenas à norma padrão, onde a assimilação da escrita em que há normas linguísticas, autoritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno.O aluno precisa antes de tudo compreender os mecanismos de funcionamento de um texto , que são diversos da oralidade. e depois de internalizar essas diferenças , pode amadurecer na produção de textos cuja intenção é provocar uma ação no mundo.

Pensar a prática da escrita é ter em mente que tanto o professor quanto o aluno necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido, em seguida escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e, finalmente, revisar, reestruturar e reescrever esse texto. É bom lembrar que estas são interdependentes e intercomplementares.

Também vale lembrar que, quando há uma proposta de produção escrita, é necessário saber quem será o leitor deste texto, quem será o seu destinatário. Considerando que há o “outro leitor”, a interação proposta nesta Diretriz tende a ser contemplada.

Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem ser trabalhados, dentre outros, relatos (histórias de vida); bilhetes;

136cartas; cartazes; avisos; poemas; receitas; contos e crônicas; resumos de artigo e verbetes de enciclopédias; notícias; editoriais; entrevistas; músicas; piadas; etc. Assim, essa prática orientará não apenas à produção de textos significativos, mas incentivará à leitura.

A Prática da Análise Lingüística:O objetivo é formar usuários competentes da língua que, através da

fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível, adaptando-se as diferentes situações de uso.

Será imprescindível trabalhar com conceitos gramaticais quando houver real situação de uso. Deverá ser considerado para análise

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lingüística não só a gramática normativa, aquela que considera a língua como uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, mas também a gramática descritiva, que além das regras não se atém unicamente na modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes lingüísticas a partir do seu uso pelos falantes. Também deverá ser considerada a gramática internalizada, aquela que o falante já domina, tanto em nível fonético, como sintático e semântico, e que possibilita o entendimento entre os falantes de uma mesma língua.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da norma padrão.

O estudo do texto - a revisão e a reestruturação - e da sua organização sintático-semântica permite ao professor a exploração das categorias gramaticais, conforme cada texto em análise.

A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito e/ou falado, uma trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vists o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a momenclatura gramatical e a sua construçaõ passa a ser o objeto de ensino.

137AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua, diagnóstica e permanente priorizando a qualidade do processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do período letivo. Esta é feita através da observação diária do professor em instrumentos variados de acordo com cada conteúdo, Através da avaliação formativa podemos garantir a aprendizagem de todos os alunos dando a eles a ênfase ao aprender e detectando os aspectos que precisam ser retomados.

Existem dois aspectos fundamentais, ou seja, tomar a produção oral e escrita como um parâmetro de avaliação, mas não deixando de lado o

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conhecimento prévio do aluno para garantir o cumprimento de um conteúdo mínimo. A função diagnóstica da avaliação deve ser usada como subsídio para a revisão do processo ensino-aprendizagem.

A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza e a argumentação ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor deverá propor aos alunos questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que eles empregaram no decorrer da leitura , a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema , bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita, é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como um ponto final. É importante ressaltar que , para Koch (1990), “só se pode avaliar a quantidade e adequação de um texto quando ficam muito claras as regras do jogo de sua produção. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos para o professor e para o aluno.

138Já na análise lingüística, como é no texto - fala e escrita - que a

língua se manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos usados nas produções dos alunos precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilite compreender esses elementos no interior do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem incluí-los em outras operações lingüísticas, de reestruturação do texto, inclusive.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o

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letramento.Como na Língua Portuguesa o objeto de estudo é o texto, nas

diferentes produções do aluno, tanto na oralidade quanto na escrita, a avaliação deverá ser contínua. É, portanto, dessa forma que o professor deverá observar os aspectos lingüísticos que o aluno já assimilou e os que eles ainda precisarão apropriar-se, avaliando também as condições oferecidas.

139REFERÊNCIAS

SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

História e cultura afro-brasileira: educando para as relações étnico-raciais / Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR, 2006. - 110p. - (Cadernos Temáticos).

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140MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao considerar a matemática como uma das áreas que compõe o currículo da escola constata-se que ela está presente na vida das pessoas.

As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. De fato, ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens , gradativamente, elaborassem códigos de

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representações, sejam de quantidades ou dos objetos por ele manipulados.

A humanidade, em seu processo de transformação, foi produzindo conceitos, leis e aplicações que compõem a matemática como ciência universal, um bem cultural da humanidade. Sendo organizada por meio de signos, torna-se uma linguagem de instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como instrumento de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais. Sendo assim o conhecimento matemático pode ser tratados como algo vivo, dinâmico, com vários campos interdependentes, como as ramificações de uma árvore em um bosque. Os ramos se entrecruzam, as raízes penetram na terra e se encontram, as árvores não estão isoladas umas das outras, fazem parte do mesmo ecossistema. Em uma mesma árvore, os galhos têm um tronco comum e interage uns com os outros constantemente; as folhas, por mais altas que estejam, dependem dos nutrientes fornecidos pelas raízes. Cada árvore tem sua história: Nasceu em condições favoráveis; durante sua existência, alguns galhos caíram, outros nasceram em substituição; seu crescimento é constante, ora em rítmo mais acelerado, ora mais lento.

141Nossa tarefa é apresentá-la aos alunos, permitindo que desfrutem

do que ela tem a oferecer. As formas de se aproximar e desfrutar da árvore podem ser muito variadas, conforme a proposta metodológica da escola e as condições de vida de cada grupo social e de cada indivíduo em particular. Alguns vão explorá-la desde as raízes até as folhas mais altas, farão uso abundante dos conhecimentos adquiridos e irão até contribuir para seu crescimento; outros vão se contentar em conhecê-la superficialmente.

Como professores interessados em elaborar propostas de trabalho significativas procuramos esclarecer a história passada e a situação atual dessa árvore. Queremos compreender as possíveis ligações entre seus

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ramos. Queremos descobrir relações entre raízes e o conjunto. Nas partes mais altas estão os conceitos mais elaborados, os conhecimentos de ponta, as produções que surgem dos trabalhos dos pesquisadores. Do chão para o alto, os conceitos vão crescendo em graus cada vez mais elevados de abstração, a linguagem assume um formalismo mais complexo e rigoroso. Nas raízes estão os embriões desses conceitos, ou seja, idéias que correspondem a eles, que podem ser embrionárias e os conhecimentos de ponta, há conhecimentos intermediários, como os galhos que se colocam entre as raízes e as folhas.

É papel da escola sistematizar o conhecimento matemático ajudando o aluno a refletir sobre a vida, revendo as suas raízes, nutrindo seu caule para que a árvore possa desenvolver e produzir seus frutos.

142OBJETIVOS GERAIS

O ensino da Matemática dentro da nova proposta curricular do Ensino Fundamental deve o aluno a: Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo a sua volta; Perceber que a disciplina estimula o interesse, a curiosidade, o

espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas;

Fazer observações de sua realidade em relação aos aspectos quantitativos e qualitativos com o uso dos conteúdos

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matemáticos; Resolver situações problemas adotando estratégias,

desenvolvendo formas de raciocínio e processos como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa;

Apresentar resultados e sustentar argumentos por meio da linguagem oral e escrita;

Desenvolver a auto-estima e a perseverança na busca de soluções para os desafios da vida cotidiana;

Integrar com os colegas de modo cooperativo no trabalho em conjunto buscando soluções.

143CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e Álgebra:Para o Ensino Fundamental, Números e álgebras se desdobra nos conteúdos: conjuntos numéricos e operações, e inequações, polinômios, proporcionalidade.

Grandezas e Medidas:Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturantes Grandezas e Medidas englobam os seguintes conteúdos: sistemas monetários, medidas de comprimentos, de massa, de tempo, medidas derivadas: área e volume, medidas de ângulos, temperaturas, velocidade, trigonometria: relação métrica no

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triângulo e relação trigonométrica nos triângulos. Para o Ensino Fundamental o conteúdo Estrutural se desdobra nos seguintes conteúdos: Geometria plana, geometria espacial

Funções:Para o Ensino Fundamental, o conteúdo estrutural Funções engloba os seguintes conteúdos: função afim e função quadrática.

Tratamento de Informações:Para o Ensino Fundamental o conteúdo estrutural Tratamento de Informações engloba os seguintes conteúdos: Noções de probabilidade, estatística, matemática financeira e noções de análise combinatória.

144CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5 ª SÉRIE

Números naturais:Operações ( adição, subtração multiplicação divisão, potenciação e raiz quadrada);Situações problemas;

Números decimais:Operações ( adição, subtração multiplicação divisão, potenciação e raiz quadrada);Situações problemas;

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Divisibilidade, números primos e M. M. C.;

Números Fracionários:Conceitos, noções e comparação;Operações;

Geometria:Figuras plana e espacial;

Medidas:Comprimento;Massa;Capacidade;Volume;Tempo;

1456ª SÉRIE

Geometria :Formas geométricas;Perímetro, áreas e volumes;Ângulos;

Conjuntos dos números inteiros; Números racionais ( 6 operações); Média aritmética e ponderada; Equações do 1º grau; Grandezas proporcionais:

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Razão, escala, regra de três simples e porcentagem.

1467ª SÉRIE

Conjuntos numéricos:Naturais inteiros e racionais e irracionais e reais ( complemento da circunferência);

Potenciação definição propriedades expoentes negativo e potência de dez;

Radiciação: raiz exata e aproximada; Polígonos e ângulos ; Cálculo algébrico: expressões algébricas, monômios e polinômios; Produtos notáveis; Fatoração; Frações algébricas;

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Plano cartesiano; Sistemas de equações (dois métodos):

Gráficos e tabelas (durante todo o ano); Estatística e Possibilidades.

1478ª SÉRIE

Potenciação; Radicais; Equações do 2º grau; Equações biquadradas; Equações irracionais; Semelhança de triângulos; Teorema de Tales; Relações métricas no triângulo retângulo; Teorema de Pitágoras; Trigonometria no triângulo retângulo; Razões trigonométricas; Área de figuras planas; Área do círculo;

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Volume.

148METODOLOGIA

O aluno deve construir seu conhecimento matemático a partir da situação problema, levando-o a pensar produtivamente e desenvolvendo o seu raciocínio, possibilitar a ele enfrentar situações novas. Oportunizando-lhe situações cotidianas e também científicas, para tanto se faz necessário utilizar os seguintes recursos:

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da educação Matemática que fundamentam a pratica docente, das quais destacamos:

resolução de problemas; modelagem matemática; investigações matemáticas; mídias tecnológicas; etno matemática;

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investigações matemáticas.

História da Matemática

Podemos abordar um conhecimento a partir dos resultados obtidos por aqueles que o desenvolveram. É possível, por exemplo, estudar a mecânica, parte da física, como um conjunto de equações associadas aos diversos tipos de movimentos: A queda de uma pedra, o movimento de um automóvel em curva, a órbita de um planeta... Mas quando estudamos a história que resultou na construção dessas equações, estamos tratando do assunto de uma maneira completamente diferente. Podemos saber como foi o confronto entre pensamentos em conflito – o geocentrismo e heliocentrismo, as condições de vida de cada época, os enganos cometidos, as disputas, as limitações que os filósofos e cientistas estavam sujeitos, etc. A aridez das expressões numéricas ganha vida, emergindo o significada de cada conquista.

149Metaforicamente, podemos dizer que se trata de uma diferença

entre o bagaço e a laranja. Ao comunicar seus resultados, os cientistas normalmente omitem os fatos e circunstâncias que influenciam seus trabalhos – ou porque consideram desnecessários relatá-los, ou porque não conseguem analisar os acontecimentos de um ponto de vista mais amplo, ou ainda, por uma questão da própria organização da linguagem formal, uma tradição da comunicação científica. Além disso, os cientistas escrevem para seus colegas, não para estudantes. Em nossa metáfora, os resultados são o bagaço do conhecimento, porque constituem a estrutura, mas não guardam o gosto da criação.

A abordagem histórica recupera o caldo da laranja. Estudando o processo de produção do conhecimento, mesmo de maneira incompleta, descobrimos as motivações envolvidas na construção dos conceitos e os esforços empreendidos para demonstrar teorias. Podemos descobrir ideias que representam ruptura, isto é, ideias ousadas que, em determinadas

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épocas, ultrapassaram as constatações experimentais já conquistadas e apontaram para o futuro.Podemos , também, recuperar informações sobre conceitos que adoramos no dia-a-dia, cuja origem em geral é desconhecida; encontrar ideias que existiram e foram superadas e hipóteses que os alunos criam, ou crenças que adoram de seu meio cultural.

Enfim a história permite compreender como a evolução do conhecimento é lenta, permanente, exige esforço e conta com a contribuição de vários povos. A verdade científica é provisória, porque é fruto de mentes humanas que estão sujeitas ao erro e as condições de cada época. cada um de nós pode participar dessa construção, porque ideias novas sempre podem surgir.

Modelagem Matemática

O ponto de partida são situações da realidade. O ensino desenvolve-se por meio de modelos matemáticos que se aplicam a essa situação . Por

150exemplo, numa escola a coleta seletiva de lixo pode ser o ponto de partida. Primeiro, reúnem-se dados sobre quantidades coletadas a cada dia da semana. Com isso, pode-se fazer uso de tabelas para mostrar as quantidades coletadas, de médias para calcular a quantidade média da semana e regras de três para estimar a coleta do ano todo. Essas ferramentas matemáticas constituem modelos da situação, permitindo fazer previsões , estimar lucros, etc.

Modelagem Matemática não deve ser utilizada apenas para justificar o conteúdo que está sendo ensinado, mas sim deve valorizar a razão, o motivo pelo qual, o aluno deve aprender matemática, e a importância que isto representa na formação dele como cidadão responsável e participativo na sua sociedade.

Podemos enumerar os diversos benefícios de trabalharmos com Modelagem matemática:

1. Motivação dos alunos e do próprio ;

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2. Facilitação da aprendizagem. O conteúdo matemático passa a ter significação, deixa de ser abstrato e passa a ser concreto;

3. Preparação para futuras profissões nas mais diversas áreas do conhecimento, devido a interatividade do conteúdo matemático com outras disciplinas;

4. Desenvolvimento do raciocínio, lógico e dedutivo em geral;5. Desenvolvimento do aluno como cidadão crítico e transformador

de sua realidade;6. Compreensão do papel sociocultural da matemática, tornando-a

assim, mais importante.

Abordagem Etnomatemáticas

Trata-se de valorizar e usar como ponto de partida os conhecimentos sistemáticos do grupo cultural ao qual os alunos pertencem, aproveitando o máximo possível o saber extraescolar.

151Jogos

Os jogos constituem outro excelentes recursos didáticos, pois levamos o aluno a desenvolver um papel ativo na construção do seu conhecimento. Envolve-se ainda a compreensão e a aceitação de regras, promovem o desenvolvimento sócio afetivo e cognitivo, desenvolve a autonomia, o pensamento lógico, exigem que os alunos interajam, tomem decisões e criem novas regras. Durante um jogo os alunos estão motivados a pensar e a usar constantemente conhecimentos prévios.

A Matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelos alunos e oferece aos homens em geral várias situações que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas. O ensino dessa disciplina pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades dos alunos de compreender e transformar a realidade.

Diálogo

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Essas praticas podem mostrar os significados que o conhecimento formal vai adquirindo para os alunos. Em função da valorização do envolvimento emocional nos processos de ensino aprendizagem.

Eixos Temáticos da Matemática

A alfabetização matemática, exigida para todo o cidadão do terceiro milênio, não se restringem a números e cálculos. Tão importantes quanto aos números e a geometria, que permite compreender: O espaço, sua ocupação e medida, trabalhando com as formas espaciais ou tridimensionais. As superfícies, suas formas, regularidades e irregularidades as linhas suas propriedades e medidas, as relações entre todas essas formas geométricas. Atualmente, igual importância tem a estatística que cuida da coleta e organização de dados numéricos em tabelas para facilitar a comunicação. Da mesma forma, a probabilidade que trata das previsões e das chances de algo ocorrer.

152Por outro lado, medir usando adequadamente instrumentos de

medida é uma atividade diária de qualquer cidadão. Finalmente a álgebra nos ajudam nas generalizações, nas

abstrações, na comunicação de ideias e fenômenos por meio da linguagem matemática e na resolução de problemas onde a aritmética é insuficiente. Por exemplo, o tema função, integrador por excelência, é um dos mais importantes da matemática, pois por meio delas e seus gráficos podemos entender melhor vários fenômenos das ciências naturais e fatos da atualidade.

Utilização das tecnologias da informação e da comunicação

Atualmente é consenso entre os educadores que o ensino da matemática, assim como outras áreas do conhecimento, devem aproveitar ao máximo os recursos tecnológicos. Uma educação tecnológica não significa apenas uma formação voltada para o uso de recursos (computadores, maquinas de calcular , televisão , jornais, etc.). Nem

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sempre esses recursos estão disponíveis em nossas escolas, mas especialmente uma sensibilização para o conhecimento para os recursos da tecnologia. As experiências escolares com o computador também tem mostrado que seu uso efetivo pode levar ao estabelecimento uma nova relação professor – aluno, marcada por uma maior proximidade, interação e colaboração. isso define uma nova visão do professor, que longe de considerar-se um profissional pronto ao final de sua formação acadêmica, tem de continuar em formação permanente ao longo de sua vida profissional. Quanto ao uso da calculadora, constata-se que ela é um recurso útil para a verificação de resultados, correção de erros, podendo ser um valioso instrumento de auto avaliação. A calculadora favorece a busca e a percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégia de resolução de situações problema, pois estimula a descoberta de estratégia e a investigação de hipóteses, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos. Assim, elas podem ser utilizadas como eficientes recursos, para promover a aprendizagem e os processos cognitivos.

153Resolução de Problemas

Um aspecto importante a considerar é de que um problema matemático é uma situação que demanda a realização de uma sequência de ações ou operações para se chegar a um resultado. Ou seja, a solução não está disponível de início, mas é preciso construí-la. portanto, é muito importante que se discuta com os alunos os procedimentos envolvidos na resolução de problemas, desde a leitura e a análise cuidadosa da situação até a elaboração de procedimentos de resolução que envolve hipóteses, simulações e tentativas.

É fundamental também que eles aprendam a comparar os resultados com os dos colegas e a avaliar os procedimentos que utilizaram. É necessário, portanto, desenvolver habilidades que permitem provar os resultados, testar seus efeitos, comparar diferentes caminhos para obter a solução. nessa forma de trabalho, importa menos a obtenção

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da resposta correta do que o processo de resolução. O fato de o aluno ser estimulado a questionar sua própria resposta,

a questionar o problema, a transformar um dado problema em uma fonte de novos problemas, a formular problemas com base em determinadas informações, a analisar problemas abertos – que admite diferentes respostas em função de certas condições – evidencia uma concepção de ensino aprendizagem que se norteia não pela mera reprodução de conhecimentos, mas pela via da ação refletida que constrói conhecimentos.

154 História e Cultura Afro - Brasileira e Indígenas

Na disciplina de Matemática, abordar conteúdos mediante a ideia de inseri-los numa perspectiva que contemple a História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena, encontra certas dificuldades devido o pouco material que fundamenta essas abordagens e dada a especificidade de cada conteúdo. No entanto, as tendências em  Educação Matemática presentes nas Diretrizes Curriculares do Estado possibilitam várias abordagens da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena no encaminhamento de conteúdos matemáticos, e também por meio de brincadeiras e jogos ensinados e praticados entre comunidades ou descendentes de africanos ou indígenas.

Meio Ambiente

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A situação ambiental tem originado preocupações de ordem científica e, ao mesmo tempo, políticas. Assim, parece natural utilizar a Matemática, uma disciplina em que a maioria apresenta dificuldades, para analisar e solucionar problemas referentes às questões ambientais. Dessa forma os conteúdos matemáticos surgem naturalmente para que seja possível compreender e analisar tais problemas, podendo levar os alunos a construir hipóteses, pesquisar e ver a Matemática de forma mais contextualizada e significativa .

A junção da Matemática com o meio ambiente deve converter-se num processo criativo que constitui a porta de intercâmbio e fertilização dos comportamentos cotidianos e da consciência dos valores culturais.

A Modelagem Matemática, entendida como uma estratégia de ensino-aprendizagem, na qual os alunos transformam problemas da realidade em problemas matemáticos através da investigação, ação e validação, possibilita trazer a realidade para a sala de aula, abordando problemas que estão relacionados ao cotidiano dos alunos, viabilizando a interação da Matemática na sala de aula com aquela existente na

155realidade. Ao trabalhar com situações reais, os alunos manipulam dados reais, havendo necessidade de coletar informações e interpretá-las. Como conseqüência, os alunos caminham para a construção do conhecimento, para o pensamento crítico e reflexivo.

A Modelagem possibilita a aprendizagem dos conteúdos de Matemática conectados a outras ciências, como, por exemplo, a Educação Ambiental, onde a Matemática é aprendida e entendida como um instrumento para a compreensão e possível modificação da realidade.

Espera-se que o envolvimento da Modelagem Matemática com a Educação Ambiental contribua para a formação de um indivíduo ético, criativo e crítico, e que possa viver em uma sociedade de forma participativa, com uma responsabilidade social.

Abaixo são destacados alguns temas e sugestões de problemas relacionados com as questões ambientais que podem ser explorados e trabalhados com a Matemática:

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Água (desperdício, consumo, alimentação, qualidade, saúde); Energia (consumo, fontes alternativas, desperdício,economia); Lixo (quantidade, tratamento, aterros sanitários, doenças, coleta

seletiva, reciclagem); • Poluição (água , camada de ozônio, uso de agrotóxicos);

156AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos princípios básicos da disciplina. Se encararmos a matemática sob um ponto de vista dinâmico, que leve em conta os percalços do seu desenvolvimento, então teremos que adotar, diante da avaliação, uma postura que considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhes são propostos, e procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo.

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o objetivo não é verificar (através de uma medição) a quantidade de informações “ retidas ” pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como “ transmissão de conhecimento “.

Ela deve servir como instrumento diagnóstico do processo de ensino

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e aprendizagem, oferecendo elementos para revisão de postura de todos os componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumentos de avaliação). Dessa forma, restringir a avaliação a um conceito obtido em uma prova não retrata com fidelidade o aproveitamento obtido.

O aluno não pode ser encarado como um receptáculo de informações. Ele é agente de cultura, um ser ativo e criador e, por isso, capaz de superar as convenções e promover transformações.

O conhecimento é construção humana e social e o nosso saber não é construído de um dia para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. cada indivíduo trabalha e re-elabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar, na avaliação, não somente o produto, mas principalmente o processo. Só a consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.

Em vez de ser um instrumento de penalidade, a avaliação será, nessa perspectiva, de grande valia para a continuidade e revisão do

157trabalho do professor, indicando os pontos que não estão bem claros para os alunos, e que, por isso deverá ser trabalhada com mais intensidade; e para os alunos será o momento de grande significação, situando-o em relação a seus progressos. Portanto, é necessário considerar a avaliação como um recurso a serviço do desenvolvimento do aluno que o leve a assumir um compromisso com a aprendizagem.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

Comunica-se matematicamente, oral e por escrito ( BURIASCO 2004);

compreende, por meio da leitura, o problema matemáticos; elabora um plano que possibilite a solução do problema; encontra meio diversos para a resolução de um problema

matemático;

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realiza o retrospecto da solução de um problema. O processo de observação deve ser acompanhado de cuidadoso

registro, a partir de objetivos propostos e critérios bem definidos. Onde serão utilizados os seguintes intrumentos:

Provas, testes e trabalhos; Entrevistas e conversas informais; Autoavaliação; Fichas avaliativas.

158REFERÊNCIAS

SARQUIS, EDUARDO. Coleção Matemática com Sarquis. Minas Gerais, Formato, 2001.

FRANÇA, ELIZABETH. Matemática na vida e na escola. São Paulo. Editora da Brasil, 2004.

DANTE, LUIZ ROBERTO. Tudo é Matemática. São Paulo, Ática, 2002.

SEED. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

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159LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento... Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania - direito inalienável de todos. Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornaram-se indispensáveis, seja dentro e/ou fora do ambiente escolar. A sociedade brasileira reconhece um valor educacional formativo na experiência de aprender outras línguas na escola. Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos

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suficientes a fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos, utilizando não apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas também seu conhecimento de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com isso, pretende-se um aluno ativo e participante que possa utilizar a língua como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.

“(...) ao aprender uma língua estrangeira (...) eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua ( e cultura) materna (...) quantas mais línguas eu souber, potencialmente maiores serão minhas possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transforma-lo” (JORDÃO, 2004, p. 164). O ensino de Língua Estrangeira, contempla como objeto de estudo dessa disciplina relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

Em determinados momentos da história do ensino de idiomas, valorizou-se o conhecimento do latim e do grego e o consequente acesso

160

à literatura clássica, enquanto, em outras ocasiões, privilegiou-se o estudo das línguas modernas. O marco inicial na história do ensino de línguas estrangeiras no Brasil ocorreu através do Decreto de 22 de junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal D. João VI, recém chegado ao Brasil, que mandava criar uma cadeira de língua francesa e outra de inglesa.  A década de 1930 representou um impulso no ensino de inglês no Brasil devido às tensões políticas no mundo que vieram a culminar na Segunda Guerra Mundial. Assim, em 1935 surgiu o primeiro acordo de cooperação entre a "Escola Paulista de Letras Inglesas" e o Consulado Britânico, dando origem à "Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa", precursora da atual Cultura Inglesa. Em 1938 surgiu, também em São Paulo, o primeiro instituto binacional com o apoio do consulado norte-americano: o "Instituto Universitário Brasil-Estados Unidos" que mais tarde foi renomeado "União Cultural Brasil-Estados Unidos". Foi só a partir da década de 1960 que iniciou a proliferação dos cursos comerciais operando em redes de franquia. Nas escolas do ensino médio embora a legislação

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da primeira metade deste século já indicasse o ensino das línguas estrangeiras vivas  nem sempre isso ocorreu. Pois em lugar de capacitar o aluno a falar, ler e escrever em um novo idioma , as aulas de Língua Estrangeira Moderna as escolas  acabaram por deixar de valorizar conteúdos relevantes à formação educacional dos estudantes. Portanto, mesmo quando a escola manifestava o desejo de incluir a oferta de outra língua estrangeira, esbarrava na grande dificuldade de não contar com profissionais qualificados. Agravando esse quadro, o país vivenciou a escassez de materiais didáticos que, de fato, incentivassem o ensino e a aprendizagem de Línguas Estrangeira No Estado do Paraná, a partir década de 1970,  uma das formas,  para manter a oferta de línguas estrangeiras na escolas públicas foi o parecer n. 581/76, bem como a tentativa de superar a hegemonia de um  idioma ensinado nas escolas.  O Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão , aos alunos no contra turno.  O reconhecimento da importância da diversidade

161

de idiomas também ocorreu na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no vestibular a língua espanhola, italiana e alemão. Esse fato estimulou a demanda de professores dessas línguas      Hoje Línguas Estrangeiras Modernas está  inseridas numa grande área — Linguagens, Códigos e suas Tecnologias assumem a sua função intrínseca que, durante muito tempo, esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao indivíduo uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólidas. As relações que se estabelecem entre as diversas formas de expressão e de acesso ao conhecimento justificam essa junção. Não nos comunicamos apenas pelas palavras; os gestos dizem muito sobre a forma de pensar das pessoas, assim como as tradições e a cultura

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de um povo esclarecem muitos aspectos da sua forma de ver o mundo e de aproximar-se dele. 

162

OBJETIVOS

Levar em conta o aluno, o sistema educacional e a função social da língua estrangeira em questão, decorrentes não apenas do papel formativo da língua estrangeira no currículo, mas principalmente de uma reflexão sobre a função social da língua estrangeira no país. Assim o aprendizado de uma língua estrangeira possibilita consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação humana, entendendo suas implicações político-ideológocas e comparando os procedimentos de construção de significados na língua materna e na língua estrangeira,  e tem a oportunidade de alargar horizontes (do educando) e expandir suas capacidades interpretativas e cognitivas.

Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue.

Vivenciar uma experiência de comunicação humana, refletindo no

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seu dia a dia, nos costumes e maneira de agir e interagir. Reconhecer que o acesso desta língua ou mais línguas, lhe

possibilita acesso a bem culturais da humanidade. Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e

sobre como e quando utilizar a linguagem, nas situações de comunicação, tendo como base os conhecimentos da língua materna.

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CONTEÚDOS

Será  trabalhado o conteúdo estruturante: O discurso enquanto prática social em todas as séries do ensino fundamental, sendo aprofundado o conhecimento a cada série.

Textos que abordem questões relativas à/ao :

Pluralidade cultural; Valorização da identidade nacional; Meio ambiente, ecologia e saúde; Educação, ética e cidadania; Folclore;

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História do Paraná;

5ªSÉRIE

Leitura (reading): Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de palavras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

164

Oralidade (speaking): Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições,

recursos semânticos.

Escrita (writing): Tema do texto ; Interlocutor; Finalidade do texto;

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Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes     

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.

Análise linguística: Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite

expressions, etc). Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e

irregulares). Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an).

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Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo. Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers). Verbo  to be (presente, passado e futuro). Verbos no presente contínuo ( Present Continuous). Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos. Adjetivos possessivos. Preposições (in, on, at, under, behind, in front of, between,beside,

from, by, with...). Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

how old, how much...). Verbo + there to be (presente e passado). Advérbios: formação do advérbio (ex: careful – carefully), sua

posição na oração e uso com alguns tempos verbais. Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar

permissão; informar habilidade/condição para realizar ações; oferecer/pedir ajuda).

Verbos modais:  SHOULD e MUST  nas suas diversas funções.

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Pedir/informar horas (What time is...?) Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few, a

little, much, many, few, little...). Verbo to have  ( ter, possuir) e have to (ter que...) Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy swimming...). Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de idéias nos

textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as, then, …)

166

6ª SÉRIE

Leitura (reading): Leitura; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Informações explicitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem.

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Oralidade (speaking): Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,

semântica.

167

Escrita (writing): Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes 

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.

Análise Lingüística: Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite

expressions, etc). Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e

irregulares).

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Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an). Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo. Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers). Verbo  to be (presente, passado e futuro). Verbos no presente contínuo ( Present Continuous). Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos. Adjetivos possessivos. Preposições (in, on, at, under, behind, in front of, between,beside,

from, by, with...). Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

how old, how much...). Verbo there to be (presente e passado).

168

Advérbios - formação do advérbio (ex: careful – carefully), sua posição na oração e uso com alguns tempos verbais.

Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar permissão; informar habilidade/condição para realizar ações; oferecer/pedir ajuda).

Verbos modais: SHOULD e MUST  nas suas diversas funções. Pedir/informar horas (What time is...?) Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few, a

little, much, many, few, little...). Verbo to have  ( ter, possuir) e have to (ter que...) Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy swimming...). Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de ideias nos

textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as, then, ...

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7ª SÉRIE

Leitura (reading): Leitura; Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Semântica: Operadores argumentativos; Ambiguidade; Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

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Expressões que denotam ironia e humor no texto. Léxico.

Escrita (writing): Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade;

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Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal; Semântica; Operadores argumentativos; Ambiguidade; Significado das palavras; Figuras de linguagem; Sentido conotativo e denotativo; Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade (speaking) Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,

corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero;

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Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,

repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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Análise linguística: Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite

expressions, etc). Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e

irregulares). Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an). Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo. Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers). Verbo to be (presente, passado e futuro). Verbos no presente contínuo ( Present Continuous). Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos. Adjetivos possessivos. Preposições (in, on, at, under, behind, in front of, between,beside,

from, by, with...). Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

how old, how much...). Verbo there to be (presente e passado). Advérbios - formação do advérbio (ex: careful – carefully), sua

posição na oração e uso com alguns tempos verbais. Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar

permissão; informar habilidade/condição para realizar ações; oferecer/pedir ajuda).

Verbos modais: SHOULD e MUST  nas suas diversas funções. Pedir/informar horas (What time is...?) Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few, a

little, much, many, few, little...). Verbo to have  ( ter, possuir) e have to (ter que...) Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy  swimming...).

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Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de idéias nos textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as, then, ...)

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8ª SÉRIE

Leitura (reading):Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem ) Léxico.

Escrita (writing): Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade

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Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade

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Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem Processo de formação de palavras Acentuação gráfica Ortografia Concordância verbal/nominal

Oralidade (speaking): Conteúdo temático Finalidade Aceitabilidade do texto Informatividade Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,

corporal e gestual, pausas ... Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Semântica.

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Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Analise Linguística:

Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite expressions, etc).

Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e irregulares).

Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an). Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo. Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers). Verbo  to be (presente, passado e futuro). Verbos no presente contínuo ( Present Continuous). Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos. Adjetivos possessivos. Preposições (in, on, at, under, behind, in front of, between,beside,

from, by, with...). Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

how old, how much...). Verbo there to be (presente e passado). Advérbios - formação do advérbio (ex: careful – carefully), sua

posição na oração e uso com alguns tempos verbais. Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar

permissão; informar habilidade/condição para realizar ações; oferecer/pedir ajuda).

Verbos modais: SHOULD e MUST  nas suas diversas funções. Pedir/informar horas (What time is...?)

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Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few, a little, much, many, few, little...).

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Verbo to have  ( ter, possuir) e have to (ter que...) Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy  swimming...). Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de idéias nos

textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as, then, ...)

Obs.: Seguem os mesmos conteúdos para todas as séries, com mais aprofundamento e textos mais complexos.

A gramática será explorada dentro do contexto e a cada série subsequente o aprendizado e os textos serão mais aprofundados.

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METODOLOGIA

Através de uma metodologia adequada é preciso que o processo de

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ensino e aprendizagem da língua forneça ao aluno um propósito, uma intenção comunicativa, uma necessidade de transmitir informação, de estabelecer vínculos e conviver de maneira solidária e harmoniosa com os outros de diferentes culturas.

O envolvimento do aluno na matéria e na abordagem de temas do cotidiano são os fatores que vão definir o procedimento metodológico, pois os dois estão interligados. Com isso, o conteúdo estruturante o discurso como pratica social vem salientar  que o aluno é parte integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem. Por isso, o ensino não pode ser considerado apenas transmissão de conhecimentos, mas acontecimentos nas interações sociais. De acordo com esta perspectiva, os alunos poderão ser envolvidos em tarefas diversificadas, que exijam negociação de significados; onde poderá ser privilegiada uma ou mais das atividades  linguísticas (ler, falar, ouvir, escrever).

Para se chegar a um trabalho com a língua que encaminha o aluno a se comunicar de forma adequada, será utilizada a seguinte estratégia de ensino:

Leitura individual e/ ou em grupos; Perguntar sobre os textos, sequência ordenada, escrevendo no

quadro-negro as respostas dadas, de modo a formar em resumo do texto;

Resolução de exercícios, individualmente; Correção de exercícios, coletivamente; Pesquisas em revistas, jornais, dicionários, Internet; Confecção e exposição de cartazes relacionando com o tema

apresentado; Debates;

176 A avaliação diagnóstica para saber em que ponto o aluno se 

encontra em relação ao aprendizado dos conteúdos de LEM; Trabalhos em grupo, principalmente para a resolução dos exercícios

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de vocabulário e compreensão dos textos; Trabalhos em Grupo visando a produção parcial de textos, com

auxílio de dicionários, orientação do professor; Reprodução escrita, falada e cantada de canções atuais; bem como

suas possíveis interpretações;

177

AVALIAÇÃO 

A avaliação da aprendizagem de L.E. está intrinsecamente atrelada

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à concepção e aos objetivos para o ensino de L.E. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos (Avaliação, Concepção de língua e objetivos de ensino) e o processo de ensino e de aprendizagem.

A avaliação deverá ser diagnostica.

Segundo Luckesi:

A avaliação da aprendizagem  necessita,   para   cumprir   o  seu   verdadeiro significado assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isto aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assume o papel de auxiliar o crescimento (2005,p.166) 

Diante do exposto, o aluno envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas. A explicação dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados pode favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de LE e permitir que toda a comunidade, não apenas a escolar, reconheça o valor desse conhecimento.

Além das atividades básicas no ensino de línguas, ler e compreender, ouvir e compreender, escrever e falar, o aluno deverá desenvolver estratégias de comunicação baseadas em seu conhecimento prévio na língua materna, fazendo uso de comparações, transferências, inferências, argumentações etc... isso será através de

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textos, exercícios, pesquisa. Diante do exposto espera que o aluno para prosseguir compreender em que medida os enunciados refletem a forma

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de ser, pensar, agir e sentir de quem os produz. Saiba escolher o registro adequado à situação, na qual se processa a comunicação, encontrar vocábulo que melhor reflita a ideia que pretenda comunicar e que compreenda de que forma determinada expressão pode ser interpretada em razão de aspectos sociais e /ou culturais. Que saiba usar seus recursos com clareza, coerência e coesão, elaborando e reelaborando textos de acordo com os ensinamentos do professor, conforme situações propostas. Também espera-se que aluno saiba utilizar adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral...

A recuperação será realizada paralela, após diagnosticar as maiores dificuldades dificuldades encontradas pelos alunos. Se necessário, serão revistos os conteúdos, refazendo a avaliação valendo-se de instrumentos diferenciados, objetivando a aprendizagem dos conteúdos pelos educandos.

179

REFERÊNCIAS

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CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994. 

JORDÃO, C.M. A língua Estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mimeo, 2004. 

LUCKESI, C.C. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. 

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna Inglês para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2006.

   

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Atividades de Complementação Curricular

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Programa Viva a Escola / Mais Educação

Título: A LEITURA É DIVERTIDA

Disciplina Contemplada: Língua Portuguesa

Núcleo de Conhecimento: Científico - Cultural

Atividade: Atividades Literárias

Justificativa:As histórias estão presentes em nossa cultura há muito tempo e o

hábito de contá-las e ouvi-las tem inúmeros significados. Está relacionado ao cuidado afetivo, à construção da identidade, ao desenvolvimento da imaginação, à capacidade de ouvir o outro e a de se expressar. Além disso, a leitura de histórias aproxima o aluno do universo letrado e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a escrita. Por isso, é importante favorecermos a familiaridade dos alunos com as histórias e a ampliação de seu repertório. Isso só é possível por meio do contato regular com os textos desde cedo e de sua participação freqüente em situações diversas de conto e leitura. Sabe-se que os professores são os principais agentes na promoção dessa prática, e a escola, o principal espaço para isso.

Conteúdos: Participação em situação de conto e leitura de histórias; Escuta atenta e interessada de histórias; Interpretação de textos; Produção de textos de gêneros diferentes. Produção de cartazes e informativos.

181Objetivos: Ampliar o repertório de histórias que nossos alunos conhecem;

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Familiarizá-los com as histórias; Fazer com que construam o hábito de ouvir histórias e de sentir

prazer nas situações que envolvem a leitura de histórias; Aproximá-los do universo escrito e dos portadores de escrita

(livros e revistas) para que possam manuseá-los, reparar na beleza das imagens, relacionar texto e ilustração, manifestar sentimentos, experiências, idéias e opiniões, definindo preferências e construindo critérios próprios para selecionar o que vão ler;

Encaminhamentos Metodológicos: Para despertar o gosto e interese pela leitura, inicialmente serão

realizadas contação de histórias, em seguida os alunos deverão começar suas leituras pelas histórias em quadrinhos, depois pelos contos e poesias até chegar aos livros de literatura.

Os alunos escolherão uma obra que farão leitura durante a semana e trocarão experiências com os colegas, fazendo declamações de poemas, contando um trecho interessante do livro, fazendo dramatização das histórias lidas ou leitura de textos produzidos.

Infraestrutura: Biblioteca da escola.

Resultados Esperados: Aumento da concentração e atenção; Ampliação do repertório literário por meio da leitura diária; Ampliação da qualidade e diversidade dos comentários sobre os

livros; 182

Elaboração de pensamentos crítico em relação às histórias contadas, para eleição dos livros prediletos e argumentação com

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os colegas; Sensibilidade diante das singularidades de cada livro, como

autores, ilustradores e gêneros literários, entre outros; Leitura ou contação de histórias, a partir da observação das

imagens e da lembrança do que haviam escutado, acompanhados pelos colegas ou sozinhos;

Articulação do texto com a imagem, apreciação das ilustrações, socialização de sentimentos e percepções a partir do texto;

Conhecer mais o universo letrado e formas lingüísticas de expressão.

Critérios de Participação: Alunos que apresentam defasagem série/idade em virtude de

dificuldades de aprendizagem; Alunos de anos onde são detectados índices de evasão e/ou

repetência; Alunos que se encontram em situação de risco; Alunos que apresentam problemas de indisciplina; Alunos que apresentam interesse em participar da atividade.

183Título: BANDA FANFARRA

Disciplina Contemplada: Artes

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Núcleo de Conhecimento: Científico - Cultural

Atividade: Músicas

Justificativa:A comunidade na qual está inserida nossa Escola, apresenta vários

problemas: altos índices de violência e tráfico de drogas, famílias desestruturadas, falta de orientação e limites por parte dos pais ou responsáveis. Devido a todos esses fatores, constatamos que nossos alunos necessitam de atividades que possibilitem uma formação integral.

Trabalhando com a música, buscamos despertar a sensibilidade de nossos alunos, bem com a concentração, a responsabilidade e disciplina, conceitos fundamentais, não só para a formação da banda fanfarra, quanto para as situações do nosso cotidiano.

Através da expansão do tempo escolar, os educandos terão a oportunidade de maior interação entre si e com a escola, além da possibilidade da aquisição de novos conhecimentos e ocupação produtiva de seu tempo ocioso.

Conteúdos: Elementos Formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade e

Densidade; Composição: Ritmo, Melodia, Escalas, Gêneros, Técnica:

instrumental e improvisação, Harmonia. Movimentos e Períodos: Oriental, Ocidental, Africana, Música

Popular, Étnica e Minimalista.

184Objetivos: Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos na

atividade de seu interesse;

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Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade;

Possibilitar a efetiva apropriaçao dos elementos que estruturam e organizam a música, visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social;

Desenvolver a coordenação motora.

Encaminhamentos Metodológicos:Para o desenvolvimento da atividade será utilizada uma metodologia

que priorize aspectos lúdicos, táticos, técnicos, criativos, improvisação e cooperativos, bem como privilegiar a vivência dos educandos e experimentação de diversas práticas.

Ao propor a atividade, deve-se partir da necessidade individual e regional da comunidade escolar, a fim de oportunizar a prática a um número maior de alunos. Será realizado através de aulas teóricas e prática, ensaios e reuniões estimulando a capacidade do educando.

Infraestrutura:Espaço na frente da escola (rua e calçada),

Resultados Esperados: Conhecimento e valorização da música e dos instrumentos

musicais; Formação da Banda Fanfarra da Escola Estadual Maria Vidal

Novaes; Melhora no rendimento escolar e na disciplina em sala de aula.

185Critérios de Participação: Alunos que apresentam defasagem série/idade em virtude de

dificuldades de aprendizagem;

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Alunos de anos onde são detectados índices de evasão e ou repetência;

Alunos que se encontram em situação de risco; Alunos que apresentam problemas de indisciplina; Alunos que apresentam interesse em participar da atividade.

186Título: GRAFITAGEM

Disciplina Contemplada: Artes

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Núcleo de Conhecimento: Científico - Cultural

Atividade: Artes Visuais

Justificativa:A comunidade na qual está inserida nossa Escola, apresenta vários

problemas: altos índices de violência e tráfico de drogas, famílias desestruturadas, falta de orientação e limites por parte dos pais ou responsáveis. Devido a todos esses fatores, constatamos que nossos alunos necessitam de atividades que possibilitem uma formação integral. Através da expansão do tempo escolar, os educandos terão a oportunidade de maior interação entre si e com a escola, além da possibilidade da aquisição de novos conhecimentos e ocupação produtiva de seu tempo ocioso.

Percebemos que nossos alunos, precisam de um projeto que possibilite um desenvolvimento artístico , intelectual e cultural, que influencie no dia o dia das pessoas , como uma nova visão de mundo. A atividade justifica-se pois promoverá a integração entre os alunos, além de capacitá-los para saber diferenciar o grafite da pichação, bem como o desenvolvimento de identidade coletiva e pela experiência que acumulam com a participação nessa atividade.

Conteúdos: Elementos Formais: Linha, Forma, Superfície, Volume, Cor e Luz; Composição: Bidimensional, Figura-fundo; Ritmo visual; Técnica: pintura e grafitte; Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano; Movimentos e Períodos: Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte

Latino-Americana, Hip Hop.187

Objetivos: OBJETIVO GERAL: Promover experiências artísticas e culturais como

formas de imagens desenvolvidas pelos participantes, que ficarão registradas no muro que rodeiam a escola.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Desenvolver técnicas de desenho; Desenvolver técnicas de pintura com grafite; Conhecer a história do grafite no Brasil e no mundo; Conhecer alguns grafiteiros profissionais; Conhecimento estético; Diferenciação entre grafite e pichação; Interação entre o hip- hop e o grafite; Desenvolvimento de uma linguagem própria e o conhecimento

de trabalho de outros artitas.

Encaminhamentos Metodológicos: Por meio de imagens e desenhos elaborados pelos próprios alunos,

acontecerá um processo de criação da identidade do trabalho individual e coletivo dos participantes. Realizar trabalhos em papéis e no próprio muro, para notarem as diferenças de cada suporte. Debate com os participantes, para as idéias principais para o grafismo do muro, temas. Interação com o ritmo do hip-hop . Vídeos de trabalhos feitos por grafiteiros conhecidos e desconhecidos do publico em geral.

Infraestrutura: Sala que tenha espaço para a criação das idéias, onde contenha tv,

dvd (ainda não disponível). Muros da escola para ser grafitado.

188Resultados Esperados: Espera-se formar um grupo que pratique o grafite como forma de

expressão artística e não como vandalismo. Que com o desenvolvimento dessa atividade, nossos alunos adquiram uma formação cultural, artística, estética e intelectual.

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Critérios de Participação: Alunos que apresentam defasagem série/idade em virtude de

dificuldades de aprendizagem; Alunos de anos onde são detectados índices de evasão e/ou

repetência; Alunos que se encontram em situação de risco; Alunos que apresentam problemas de indisciplina; Alunos que apresentam interesse em participar da atividade.

189Título: HORTA ESCOLAR E COMUNITÁRIA

Disciplina Contemplada: Ciências

Núcleo de Conhecimento: Científico - Cultural

Atividade: Investigação Científica

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Justificativa: Temos em nossa escola um espaço que resolvemos destinar a horta

escolar, onde com o desenvolvimento dessa atividade, buscamos promover hábitos alimentares saudáveis e conscientizar os alunos da importância do cultivo e dos cuidados com as hortaliças e leguminosas.

A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre sua própria qualidade de vida. Através de hábitos saudáveis não só os envolvidos com a horta, mas também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um direito e um recurso aplicável a vida cotidiana. Desta forma a horta torna-se um laboratório vivo para as diferentes atividades didáticas, ela proporciona uma grande variedade de alimentos para o lanche dos alunos, permite que parte da comunidade escolar tenha acesso a essa variedade de alimentos por doação ou compra, podendo envolver-se no programa de promoção a saúde.

Conteúdos:O solo e a saúde do corpo; Recursos naturais; Biosfera; Hidrosfera; Atmosfera; Problemas ambientais; Ecologia; Alimentação saudável; Conversando sobre a alimentação e a cozinha da escola; O que são e por que comer hortaliças.

190Objetivos: Utilizar o espaço escolar (horta) como um laboratório vivo para

desenvolver os conteúdos programados, bem como promover a reflexão sobre os hábitos alimentares existentes e a necessidade da adoção de hábitos alimentares saudáveis;

Desenvolver a observação dos alunos diante das transformações das hortaliças cultivadas;

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Compreender o processo de semeadura, cultivo, colheita e consumo dos produtos;

Desesenvolver a consciência dos educandos, quanto ao uso dos agrotóxicos nas hortas;

Compreender a diferença entre uma horta orgânica e inorgânica; Perceber a interferência do clima no cultivo as hortaliças; Compreender o funcionamento da compostagem no processo de

cultivo; Exercitar uma experiência concreta de cultivo e valorizar os

alimentos que são consumidos diariamente; Proporcionar aos alunos momentos de pesquisa e registro de

suas descobertas utilizando a metodologia científica.

Encaminhamentos Metodológicos: A horta escolar permite uma nova dinâmica para o desenvolvimento

das atividades, pois os alunos poderão vivenciar na prática os conteúdos trabalhados na teoria. O professor deve estar em constante pesquisa e estudo, buscando partir da realidade dos alunos, colocando em ação práticas pedagógicas alternativas, com conteúdos articulados e significativos para todos, de uma maneira mais atraente, mais eficiente e mais prazerosa.

Os alunos realizarão as seguintes atividades: Cultivo de sementes nas bandejas:cultivo protegido; Preparo dos canteiros;

191 Plantio das mudas: observação e manutenção dos canteiros e

mudas; Utilização da compostagem; Pesquisa na internet, livros e revistas; Trabalho em equipes; Produção de cartazes; Explanação da pesquisa realizada para a turma; Realização de lanches saudáveis;

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Produção de textos informativos; Elaboração de um diário alimentar.

Recursos Didáticos: Terreno nos fundos da escola; Material específico que será comprado com verbas da UEX; Consulta a internet, livros, revistas e jornais; Filmes e documentários relacionados ao tema.

Infraestrutura: Terreno existente no fundo da escola.

Resultados Esperados: Despertar a consciência na preservação do meio ambiente; Colheita do que será plantado na horta; Interferir nos indicadores de desempenho dos educandos da

escola; Reeducar e estimular um estilo de alimentação saúdavel; Fortalecer a relação escola-comunidade; Promover o compromentimento dos educandos com a escola de

forma geral; Promover estudos, pesquisas, debates e atividades sobre

questões ambientais, alimentares e nutricionais. 192

Critérios de Participação: Alunos que apresentam defasagem série/idade em virtude de

dificuldades de aprendizagem; Alunos de anos onde são detectados índices de evasão e/ou

repetência; Alunos que se encontram em situação de risco; Alunos que apresentam problemas de indisciplina; Alunos que apresentam interesse em participar da atividade.

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193Título: RÁDIO ESCOLAR

Disciplina Contemplada: Língua Portuguesa

Núcleo de Conhecimento: Científico - Cultural

Atividade: Mídias

Justificativa:

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A Rádio é um veículo de comunicação de massa capaz de informar, entreter e interagir. Através desta mídia, pessoas das mais diferentes classes sociais, níveis intelectuais, religiões e outras diferenças sociais, têm acesso à informação e entretenimento. É sem dúvida um veículo democrático e tem um papel importante na transmissão de conhecimentos.

A escola também tem esse papel social, no entanto, enquanto a linguagem da rádio é mais acessível ao seu público, muitas vezes isso não acontece na escola. Essa deficiência no processo de comunicação entre escola e aluno é tida como um dos entraves na concretização do processo ensino-aprendizagem. Assim esperamos que, utilizando as estratégias de comunicação da rádio, conseguiremos ampliar as possibilidades de melhora nesta comunicação.

Estratégias tais como uso adequado da voz, utilização de recursos de áudio para facilitar a transmissão de conhecimentos, adaptação de processos educativos com uso do rádio, além da criação de laboratório de comunicação o qual o aluno poderá mostrar sua capacidade criativa, de trabalhar em equipe, a possibilidade de mostrar seu talento, são algumas das vantagens que esta atividade poderá proporcionar aos alunos.

194Conteúdos: Gêneros radiofônicos: jornalístico, notícia, boletim, reportagem,

entrevista, comentário, editorial, crônica, debates, documentário, programa esportivo, policial, audiobiografia, entretenimento, musical, esporte, rádio conto, entre muitos outros;

Diversidade de Gêneros musicais; Jornal Falado; Debates; Textos Crônicas;

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Poemas; Entrevistas; Publicidade e Propaganda; Notícias.

Objetivos: Desenvolver a criatividade; Realizar um trabalho de combate a discriminação e preconceito; Discutir questões relacionadas a sexualidade, saúde e

atualidades; Divulgar informações referentes as disciplinas curriculares; Fortalecer as relações interpessoais; Estimular o trabalho em grupo; Desenvolver a capacidade de comunicação verbal.

195Encaminhamentos Metodológicos: Serão realizadas pesquisas (internet, revistas, jornais...) para

seleção dos temas que serão abordados na rádio. Também haverão entrevistas com membros da comunidade escolar e selecionadas músicas para tocar durante os programas.

A rádio será organizada em um espaço reservado ( inexistente na escola), ou na biblioteca com instrumentos enviados pelo FNDE e MEC.

Infraestrutura: Laboratório de informática para pesquisas na internet.A escola não possui local apropriado para a gravação dos

programas, sendo que provavelmente, será utilizada a biblioteca para

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realizar a essa atividade.

Resultados Esperados:Espera-se tornar o ambiente escolar mais agradável e gerador de

infomações, bem como fazer com que os alunos desenvolvem senso crítico em relação a programação ofertada, principalmente no que se refere a formação da cidadania.

Critérios de Participação: Alunos que apresentam defasagem série/idade em virtude de

dificuldades de aprendizagem; Alunos de anos onde são detectados índices de evasão e/ou

repetência; Alunos que se encontram em situação de risco; Alunos que apresentam problemas de indisciplina; Alunos que apresentam interesse em participar da atividade.

196Título: VOLEIBOL

Disciplina Contemplada: Educação Física

Núcleo de Conhecimento: Expressivo - Corporal

Atividade: Esportes

Justificativa:O esporte é uma ferramenta de auxílio no processo de

desenvolvimento educacional, social e de saúde do ser humano. Jovens e adultos de nossos dias, carentes de valores éticos e morais encontram no esporte incentivo a essas conquistas aliadas ao sentimento de cooperação e amizade.

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Com a realização dessa atividade, buscamos incentivar os alunos para a prática esportiva, mostrando que o esporte favorece não só o desenvolvimento físico, mas à saúde do corpo e da mente. Trabalhando com a modalidade voleibol, desejamos proporcionar aos alunos, maior integração, socialização, qualidade de vida e principalmente ocupá-los em seu tempo ocioso.

Conteúdos: Histórico do Voleibol; Fundamentos Básicos e Específicos do Voleibol; Regras do Voleibol; Sistemas; Influência do Esporte na Sociedade; Esporte e Lazer.

Objetivos: Trabalhar a prática esportiva através das atividades de iniciação

esportiva, bem como o melhoramento da qualidade de vida;

197 Promover o desporto educacional, através de jogos que envolvam

a modalidade esportiva escolhida, dando oportunidade de participação a um numero maior de alunos, despertando o gosto pela pratica do esporte com fins educativos e formativos;

Favorecer aos alunos a aquisição de experiências que venham enriquecer seus conhecimentos e facilitar sua relação com os meios, contribuindo dessa forma para o exercício da cidadania;

Promover a integração e a inserção social e reduzir o problema da evasão.

Encaminhamentos Metodológicos:As aulas serão pautadas no desenvolvimento das vivências e

intervenções que o educando recebe. Em todas as aulas haverão momentos das praticas corporais e momentos de discussão e reflexão

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sobre as práticas dentro e fora da escola.

Infraestrutura:Pátio da Escola Estadual Maria Vidal Novaes.

Resultados Esperados: Permanência dos alunos na escola; Estimulação do desenvolvimento motor; Melhora no rendimento escolar e disciplina dos alunos; Conhecimento geral do esporte.

Critérios de Participação: Alunos que apresentam defasagem série/idade em virtude de

dificuldades de aprendizagem; Alunos de anos onde são detectados índices de evasão e/ou

repetência; Alunos que se encontram em situação de risco; Alunos que apresentam problemas de indisciplina; Alunos que apresentam interesse em participar da atividade.

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ESCOLA ESTADUAL MARIA VIDAL NOVAESENSINO FUNDAMENTAL

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - 2010