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INFORMATIVO Nº 153 SEGUNDA QUINZENA DE JULHO/2017 BOAS PRÁTICAS FITOSSANITÁRIAS DO ALGODÃO www.ampasul.com.br A destruição química e/ou mecânica da soqueira do algodão é uma ação de responsabilidade dos cotonicultores do Estado. A Associação orienta a utilizar inseticida para combater o bicudo, junto com a aplicação para a destruição química. DESTRUIÇÃO DE SOQUEIRAS PARA O COMBATE AO BICUDO DO ALGODOEIRO

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Page 1: DESTRUIÇÃO DE SOQUEIRAS PARA O COMBATE AO ......inseticida para combater o bicudo, junto com a aplicação para a destruição química. DESTRUIÇÃO DE SOQUEIRAS PARA O COMBATE

INFORMATIVO Nº 153 SEGUNDA QUINZENA DE JULHO/2017

BOAS PRÁTICAS

FITOSSANITÁRIAS DO ALGODÃO

www.ampasul.com.br

A destruição química e/ou

mecânica da soqueira do algodão é

uma ação de responsabilidade dos

cotonicultores do Estado. A

Associação orienta a utilizar

inseticida para combater o bicudo,

junto com a aplicação para a

destruição química.

DESTRUIÇÃO DE SOQUEIRAS PARA O COMBATE AO BICUDO DO ALGODOEIRO

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Informativo Nº 153 Segunda Quinzena de Julho de 2017

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Chapadão do Sul

Em Chapadão do Sul, o processo de colheita do

algodão safra (Foto 1) já está na fase final, de acordo

com os levantamentos realizados a campo. Na última

semana, cerca de 90% (noventa por cento) da área de

algodão semeado nesta modalidade já havia sido

colhida, e até o momento a produtividade média do

algodão safra está em torno de 300@ (trezentas

arrobas) de algodão em caroço por hectare.

Em relação ao algodão de segunda safra e/ou safrinha

(Foto 2), a área colhida com algodão semeado nesta

modalidade é de aproximadamente 30% (trinta por

cento). Em relação a produtividade média, ela está em

torno de 230@ (duzentos e trinta arrobas) de algodão

em caroço, porém há muitos fardos de algodão na

lavoura que precisam ser transportados e pesados.

Estima-se que essa média aumente gradativamente,

pois essas primeiras áreas foram afetadas por

intempéries climáticas, como veranículo, que acabou

interferindo na produtividade, e as áreas menos afetada

ainda não foram colhidas.

A destruição química e/ou mecânica da soqueira do

algodão (Foto 3) é uma ação que deve ser realizada por

todos os cotonicultores do Estado. Essa operação dá a

oportunidade de o produtor combater mais uma vez o

bicudo do algodoeiro, antes que ele se dirija para as

áreas de refúgio de entressafra, por isso é importante

fazer uma vistoria minuciosa da área para ver o

momento ideal do controle dessa rebrota.

Além da redução populacional do bicudo-do-

algodoeiro, a correta destruição dos restos culturais

mais o cumprimento do Vazio Sanitário reduz outros

problemas fitossanitários na safra seguinte, como:

Foto 1. Algodão safra no município de Chapadão do Sul

apresentando adequado potencial produtivo.

Foto 2. Colheita do algodão de segunda safra em Chapadão

do Sul.

Foto 3. Soqueira de algodão safra com presença de

rebrota.

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Informativo Nº 153 Segunda Quinzena de Julho de 2017

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broca-da-raiz, broca-da-haste, trips, pulgão, doença-

azul, ácaro-rajado, mosca-branca, mancha-de-

ramulária, ramulose, bacteriose e lagarta-rosada.

Visando reduzir a população de bicudo de final de

safra, ficou acordado no Grupo de Trabalho do

Algodão (GTA - Chapadão do Sul) que todos os

cotonicultores realizariam aplicações de inseticidas

para o controle do bicudo no momento da desfolha e

destruição química da soqueira do algodão na mais alta

qualidade.

No período compreendido pela elaboração deste

Informativo, foi realizada a colheita do Campo

Demonstrativo de Cultivares Safra da AMPASUL. O

campo deste Núcleo foi semeado na fazenda Indaiá,

em Chapadão do Sul, onde foram semeados e colhidos

dez cultivares de algodão, dentre elas cultivares que

expressam tecnologias com resistência a herbicidas,

complexo de lagartas, tolerância a nematoide e

ramulária. Após a colheita, compilação dos dados de

produtividade e análises laboratoriais de todos os

campos demonstrativos, será elaborado um informe

disponibilizado aos interessados na AMPASUL.

Costa Rica e Alcinópolis

No período deste Informativo, as condições climáticas

foram favoráveis para a boa evolução da colheita do

algodão nos municípios de Costa Rica e Alcinópolis.

Com o clima seco e a baixa umidade relativa do ar, a

colheita segue em ritmo satisfatório. Devido as

condições climáticas estarem favoráveis, algumas

propriedades realizam a colheita do algodão safra em

dois turnos, aumentando a capacidade operacional dos

maquinários; no período noturno os técnicos

responsáveis pela colheita devem redobrar as atenções

e monitorar a umidade da pluma do algodão com

equipamento calibrado (Foto 4), já que a colheita

realizada com excesso de umidade leva a danos nas

qualidades intrínsecas da pluma.

No Núcleo de Costa Rica e Alcinópolis, a colheita do

algodão safra já foi realizada em 60% (sessenta por

centro) das áreas destinadas nesta modalidade, e a

produção média está em torno de 330@ (trezentas e

trinta arrobas) de algodão em caroço por hectare. Em

relação ao algodão de segunda safra e/ou safrinha

(Foto 5) estão na fase final de seu ciclo, e nas primeiras

áreas semeadas com algodão nesta modalidade já estão

sendo realizadas pulverizações de desfolhantes e

maturadores, estima-se que a colheita do algodão

segunda safra inicie-se na segunda quinzena de agosto.

Nesta região, 17% (dezessete por cento) do algodão

semeado é na modalidade de segunda safra.

Foto 4. Aparelho usado para

medir a umidade da pluma do

algodão.

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Informativo Nº 153 Segunda Quinzena de Julho de 2017

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Determinadas a reduzir a população de bicudo de final

de safra, as propriedades da região fizeram o

compromisso de utilizar inseticidas para o controle do

bicudo no momento da desfolha e na destruição

química da soqueira do algodão, além de utilizar

quaisquer outros recursos disponíveis para diminuir a

população da praga na entressafra (Foto 6).

Sidrolândia, Aral Moreira e Campo Grande

Em Aral Moreira e Sidrolândia estão finalizadas as

colheitas e também as operações de destruição dos

restos culturais do algodão; ambos os municípios estão

em pleno Vazio Sanitário, para o município de Aral

Moreira o Vazio Sanitário é entre os dias 16/06 e

30/08/2017. No Estado, este município é o primeiro a

iniciar a semeadura do algodão safra, estima-se que o

município irá cultivar aproximadamente 120 ha (cento

e vinte hectares) de algodão nesta modalidade na safra

2017/18. Em visita recente a propriedade (Foto 7), a

equipe de campo da AMPASUL disponibilizou

armadilhas e feromônios para o armadilhamento de

pré-safra do bicudo do algodoeiro.

Já em Sidrolândia, o período do Vazio Sanitário é

compreendido entre 01/08 a 15/10/2017, estima-se que

a área cultivada neste município seja aproximadamente

2000 hectares (Foto 8). Também foram entregues

armadilhas e feromônios para o armadilhamento de

pré-safra do bicudo do algodoeiro.

Foto 5. Aspecto de lavoura de algodão de segunda safra, uma

semana após desfolha no município de Alcinópolis.

Foto 6. Dispositivo do tipo atrai-e-mata “caseiro” para ajudar

no controle do bicudo de final de safra.

Foto 7. Área onde será realizada a semeadura do algodão

safra apresentando boa palhada de milheto.

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Informativo Nº 153 Segunda Quinzena de Julho de 2017

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Manejo de solos

Há muitos benefícios no plantio de coberturas outonais

para melhoria do perfil do solo (Fotos 9 e 10), usada

de maneira correta pode ajudar a minimizar perdas de

produtividades nas culturas principais de grãos e

plumas causadas por doenças de solo, nematoides,

compactação, entre outros. A AMPASUL está

realizando um trabalho sobre as espécies de plantas de

cobertura cultivadas na entre safra para melhoria da

qualidade do solo, já que o percentual de plantio de

algodão safra viabiliza essa prática. Algumas culturas

de inverno não têm alto valor agregado mas sabemos

que elas também trabalham como condicionador para

o solo, em nossa região há preferência para as culturas

de milho e sorgo as quais trazem maior rentabilidade,

por outro lado podem aumentar a população de

nematoides, deixando que a rotação de cultura se

limite entre soja, milho e algodão na maioria dos

casos.

Os levantamentos técnicos realizados pela AMPASUL

nas propriedades indicaram que 11,9% da área

amostrada do Estado não utilizou rotação de cultura,

sendo cultivado algodão sobre algodão; as coberturas

de inverno e pré-plantio foram: milheto com nabo

4,63%; consórcio milho com braquiária 4,63%; nabo

forrageiro 1,67%; braquiária 0,33%; aveia 0,28%;

crotalária 0,89%; milheto 67,84% (pré-plantio);

plantio direto de algodão nas restevas de soja e milho

ficou com 18,78%; e no sistema plantio convencional

algodão sobre algodão 0,95%. Resultados foram

obtidos em levantamentos feitos em 96% da área

cultivada no Mato Grosso do Sul na safra 2016/2017.

Foto 8. Lavoura de trigo semeada sobre resteva de

algodão.

Foto 9. Exemplo de cobertura outonal.

Foto 10: Cobertura vegetal com nabo forrageiro.

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Redação e ElaboraçãoEng.° Agr. ° Robson Santos

Tec. Agrícola Marcelo CairesAssist. Projetos Andressa Marks

Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.