destaques das normas brasileiras de contabilidade (nbcs)

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# MRE – Oficial de Chancelaria 2015/2016 # Noções de Contabilidade Geral – Aula Extra III Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 20 Pessoal, queria ter disponibilizado antes esse material, mas como diz o ditado “antes tarde do que nunca”, não é mesmo? Alguns alunos preocupados com o item do edital “Normas Brasileiras de Contabilidade” me enviaram e-mail solicitando maiores orientações sobre esse ponto e qual a expectativa em relação à prova para Oficial de Chancelaria a ser realizada no próximo dia 31/01 pela FGV. Nesse item do edital pode ser exigido praticamente qualquer ponto da disciplina... é isso mesmo: QUALQUER ponto. Mas, como o edital fala em "Noções", seria incoerente a banca exigir detalhes específicos das normas, não é mesmo? Nós estudamos diversos pontos das Normas durante todo o nosso curso... isso é fato e me deixa mais tranquilo quanto a esse ponto do edital. Para que nós pudéssemos ver tudo, teríamos que ter umas 20 Aula Extra III: Destaques das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs)

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Pessoal, queria ter disponibilizado antes esse material, mas como diz

o ditado “antes tarde do que nunca”, não é mesmo?

Alguns alunos preocupados com o item do edital “Normas Brasileiras

de Contabilidade” me enviaram e-mail solicitando maiores

orientações sobre esse ponto e qual a expectativa em relação à prova

para Oficial de Chancelaria a ser realizada no próximo dia 31/01

pela FGV.

Nesse item do edital pode ser exigido praticamente qualquer ponto

da disciplina... é isso mesmo: QUALQUER ponto. Mas, como o edital

fala em "Noções", seria incoerente a banca exigir detalhes

específicos das normas, não é mesmo?

Nós estudamos diversos pontos das Normas durante todo o nosso

curso... isso é fato e me deixa mais tranquilo quanto a esse ponto do

edital. Para que nós pudéssemos ver tudo, teríamos que ter umas 20

Aula Extra III: Destaques das Normas Brasileiras de

Contabilidade (NBCs)

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aulas (sem exagerar...), aí você pode perceber que o custo-benefício

não compensa. Sendo assim, com o que vimos podemos realizar uma

boa prova, pois diversos pontos estão contemplados no nosso curso,

desde que a banca seja coerente com o termo "noções"... e é

justamente esse o risco que corremos. Mas, infelizmente (ou

felizmente) todos vão correr esse risco... ninguém vai estudar todas

as normas e se fizer isso estará atrás de todos, pois o risco é maior

ainda...

Nessa aula extra vamos abordar alguns destaques bastante exigidos

por todas as bancas e que podem ser exigidos pela FGV.

Vamos ao que interessa!

Tenha uma ótima jornada de estudos!

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Ponto 1 NBC TG 00 (Estrutura Conceitual)

Essa é a principal Norma que deve ser focada nesse concurso para

Oficial de Chancelaria. Por isso nós separamos uma aula específica do

nosso curso para tratar dela. Logo, não vamos entrar em detalhes.

Para revisar, você poderia também utilizar o artigo que

disponibilizamos sobre o CPC 00 (que possui o mesmo teor da NBC

TG 00).

Acesse o artigo aqui.

O que esperar da FGV...

Utilizando nossa milagrosa bola de cristal,

acreditamos ser interessante focar nessa reta

final:

Conceitos dos elementos patrimoniais;

Características qualitativas da informação;

Bases de Mensuração.

Exemplos de questões que podem ser exigidas:

1. (FGV/Técnico/Contabilidade/AL-BA/2014) Em relação aos ativos

de uma entidade, assinale a afirmativa correta.

a) São representados por todos os bens e direitos da entidade.

b) A mensuração a valor de mercado é proibida.

c) A entidade deve ter a posse para reconhecê‐los.

d) Os ativos representam a origem de recursos próprios da entidade.

e) A entidade deve ter a expectativa de que eles irão trazer benefícios

futuros para ela

Segundo a Estrutura Conceitual, Ativo é um recurso controlado pela

entidade como resulta de eventos passados e do qual se espera que

fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.

Vamos analisar os itens:

a. Errado. Nos termos da Estrutura Conceitual, um ativo deve ser

reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que

benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a

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entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com

confiabilidade. Logo, nem todos os bens e direitos serão

considerados Ativos, mas somente aqueles que se enquadram

nos critérios de reconhecimento estabelecidos pela Estrutura

Conceitual.

b. Errado. A Estrutura Conceitual permite o uso do valor de

mercado.

c. Errado. A Estrutura Conceitual estabelece a Primazia da Essência

sobre a Forma e deixa claro que a propriedade não é essencial. O

que deve prevalecer é a essência, ou seja, se a entidade possui o

controle e os riscos associados ao elemento patrimonial e esse

elemento possui os requisitos para reconhecimento, deve ser

reconhecido como ativo da entidade, mesmo sem ter a propriedade

desse ativo. O exemplo clássico dessa situação são os bens

adquiridos por meio de arrendamento mercantil financeiro.

d. Errado. O ativo representa a aplicação dos recursos da entidade. É

o passivo que representa as origens de recursos.

e. Certo. A expectativa de geração de futuros benefícios econômicos

é uma das características essenciais para que um elemento se

enquadre como ativo, conforme definição acima descrita.

Gabarito: E

2. (FGV/Analista/Contador/DPE-MT/2015) De acordo com o

Pronunciamento Técnico CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para

Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, assinale a

opção que indica a característica qualitativa da informação contábil

que foi retirada da condição de aspecto da representação fidedigna,

por ser inconsistente com a neutralidade.

a) Prudência

b) Compreensibilidade

c) Comparabilidade

d) Verificabilidade

e) Tempestividade

Segundo a Estrutura Conceitual,

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A característica prudência (conservadorismo) foi também retirada

da condição de aspecto da representação fidedigna por ser

inconsistente com a neutralidade.

Pessoal, cabe destacar que o fato de a Estrutura Conceitual informar

que a característica da Prudência foi retirada da condição de aspecto

da representação fidedigna não inviabiliza o princípio da Prudência.

Assim, na hora da prova, temos que estar atentos para o seguinte:

a) A questão se refere à Estrutura Conceitual a característica da

Prudência não deve ser considerada como aspecto da representação

fidedigna, por ser inconsistente com a neutralidade.

b) A questão se refere aos Princípios de Contabilidade (Resolução CFC

nº 750/93) o Princípio da Prudência é perfeitamente válido.

Gabarito: A

3. (FGV/Auditor do Tesouro Municipal/Recife/2014) O Princípio do

Registro pelo Valor Original determina que os componentes do

patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais

das transações, expressos em moeda nacional. Ao longo do tempo,

diferentes bases de mensuração podem ser utilizadas, entre elas o

Custo Corrente.

Em relação ao Custo Corrente, assinale a afirmativa correta.

a) Reconhece os ativos pelos valores em caixa ou equivalentes de

caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos

equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das

demonstrações contábeis.

b) Reconhece os ativos pelos valores em caixa ou equivalentes de

caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma

ordenada.

c) Reconhece os ativos pelo valor presente, descontado do fluxo

futuro de entrada líquida de caixa que se espera ser gerado pelo item

no curso normal das operações da entidade.

d) Reconhece o ativo pelo valor pelo qual ele pode ser trocado entre

partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem

favorecimentos.

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e) Reconhece os ativos pelos valores pagos, a serem pagos em caixa

ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são

entregues para adquiri-los na data da aquisição.

Pessoal, esse é o típico exemplo de questão que devemos resolver

por meio das palavras-chaves. Veja que esse assunto pode ser

explorado tanto em Princípios de Contabilidade como na Estrutura

Conceitual. Sempre que isso ocorre, a probabilidade de ser exigido

em prova é enorme, pois o examinador consegue “bater” dois pontos

do edital como uma questão só...

Veja que a questão exige conhecimentos do custo corrente. Logo,

devemos identificar a opção que fala em “teriam” e “seriam”... essas

são as palavras-chaves dessa base de mensuração.

Pessoal, isso é que eu denomino de “inteligência resolutiva”. Trata-se

de usar a inteligência na hora de resolver questões extremamente

teóricas.

Base Ativo Passivo

Custo Histórico montantes pagos;

data da aquisição montantes recebidos;

montantes serão necessários p/

liquidar

Custo Corrente montantes teriam de ser

pagos;

data do balanço

montantes seriam necessários

Valor Realizável

venda em forma ordenada montantes de liquidação

Valor Presente descontado Descontado

Valor Justo

pode ser trocado em

transação sem favorecimentos

Pode ser liquidado em

transação sem favorecimentos

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Vamos identificar em cada opção a qual base de mensuração que ela

está se referindo.

a. Certo. Reconhece os ativos pelos valores em caixa ou equivalentes

de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos

equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das

demonstrações contábeis. CUSTO CORRENTE

b. Errado. Reconhece os ativos pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em

uma forma ordenada. VALOR REALIZÁVEL

c. Errado. Reconhece os ativos pelo valor presente, descontado do

fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera ser gerado pelo

item no curso normal das operações da entidade. VALOR PRESENTE

d. Errado. Reconhece o ativo pelo valor pelo qual ele pode ser

trocado entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma

transação sem favorecimentos. VALOR JUSTO

e. Errado. Reconhece os ativos pelos valores pagos, a serem pagos

em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos

que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. CUSTO

HISTÓRICO

Gabarito: A

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Ponto 2 NBC TG 01 (Redução ao Valor Recuperável de

Ativos)

Não vou tratar especificamente desse ponto aqui, pois também você

pode acessar o básico sobre o assunto no artigo disponibilizado no

blog.

Acesse o artigo aqui.

Ponto 3 NBC TG 04 (Ativo Intangível)

Pessoal, nesse ponto é importante saber a parte que trata sobre os

custos de aquisição. Objetivamente, é o seguinte:

Custos de Aquisição (Intangível)

Preço de Compra

(+) impostos de importação e impostos não recuperáveis

(+) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo

para a finalidade proposta

(-) Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes

A própria Norma nos informa alguns exemplos do que entra como

custo e o que não faz parte do custo do ativo intangível. O quadro

abaixo descreve esses exemplos:

Custos diretamente atribuíveis (exemplos)

Custos de benefícios aos incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento);

Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo

fique em condições operacionais

Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando

adequadamente.

Não fazem parte do custo de ativo intangível

Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais)

Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento)

Custos administrativos e outros custos indiretos

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Cabe destacar, ainda, os seguintes pontos:

O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível

cessa quando esse ativo está nas condições operacionais

pretendidas pela administração.

Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser

reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos

como despesa quando incorridos.

O custo de ativo intangível gerado internamente que se qualifica

para o reconhecimento contábil (...) se restringe à soma dos

gastos incorridos a partir da data em que o ativo intangível

atende aos critérios de reconhecimento (...)

Vamos ver como a FGV já exigiu isso?

4. (FGV/Técnico Judiciário/TJ-GO/2014) A Empresa Narizentupido

tenta desenvolver remédios para combater gripes e resfriados. Na

intenção de ganhar participação no mercado, a empresa está sempre

em busca de novidades. Na fase de pesquisa de um remédio,

utilizando escamas de sardinha, foram investidos $50.000,00. Após a

pesquisa indicar que é viável a produção e comercialização desse

remédio, foram gastos $120.000,00. Além desses valores, foram

ainda desembolsados $15.000,00 para treinar todos os consultores

de venda, de modo a recuperar o mais rápido possível os recursos já

investidos em pesquisa e desenvolvimento.

Considerando que a empresa Narizentupido possui ações negociadas

na Bolsa de Valores de São Paulo, a operação acima deve ser

evidenciada nas suas demonstrações contábeis da seguinte forma:

a) $120.000,00 como ativo intangível e $65.000,00 como despesa no

exercício, sendo que nas notas explicativas a empresa deve divulgar

o investimento de $50.000,00 em pesquisa;

b) $135.000,00 como ativo intangível e $50.000,00 como despesa no

exercício, e sem nenhuma obrigatoriedade especifica de divulgar em

nota explicativa;

c) $170.000,00 como ativo intangível e $15.000,00 como despesa no

exercício e sem nenhuma obrigatoriedade especifica de divulgar em

nota explicativa;

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d) $185.000,00 como ativo intangível e sem nenhuma

obrigatoriedade especifica de divulgar em nota explicativa;

e) $185.000,00 como despesa no exercício e, somente quando for

possível identificar que o investimento gerará retorno, é que o valor

pode ser transferido para o ativo. Nas notas explicativas a empresa

deverá divulgar o valor de $185.000,00 como gasto em pesquisa e

desenvolvimento.

Trata-se de aplicação do disposto no CPC 04 – Ativo Intangível, senão

vejamos:

Referido Pronunciamento estabelece que os gastos com pesquisa

devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos, pois

nessa etapa a entidade ainda não está apta a demonstrar a existência

de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos

futuros, fator essencial para o reconhecimento de um ativo.

Logo, o valor de $ 50.000,00 gasto com pesquisa deverá ser

reconhecido como despesa do exercício. Ademais, os gastos com

treinamento também devem ser reconhecidos como despesa do

exercício. Assim, temos um reconhecimento de $ 65.000,00 como

despesa. Com isso já poderíamos “matar” a questão, pois somente a

alternativa “a” apresenta esse valor.

No entanto, vejamos o porquê dos demais valores evidenciados na

alternativa “a”.

Na fase de desenvolvimento, um ativo intangível deve ser

reconhecido se a entidade puder demonstrar, dentro outros

requisitos, a viabilidade técnica de produção e capacidade de usar ou

vender o ativo. Logo, o valor de $ 120.000,00 gastos após a pesquisa

indicar que é viável a produção e comercialização do remédio deverá

ser ativado (ativo intangível).

Por fim, o CPC 04 estabelece que a entidade deve divulgar nas notas

explicativas o valor investido em pesquisa.

Gabarito: A

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Ponto 4 NBC TG 16 (Estoques)

Pontos que considero importantes:

Segundo o CPC 16, os estoques devem ser mensurados pelo valor

de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O valor de custo do estoque deve incluir todos Custo do Estoque

os custos de aquisição e de transformação, bem como outros

custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização

atuais.

Aqui, pessoal, é a mesma ideia do que vimos no CPC 04.

Custos de Aquisição (Estoques)

Preço de Compra

(+) impostos de importação e outros tributos (exceto os

recuperáveis junto ao fisco)

(+) custos de transporte, seguro, manuseio

(+) outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de

produtos acabados, materiais e serviços

(-) Descontos comerciais, abatimentos e outros itens

semelhantes

Custos de Transformação

Custos diretamente relacionados com as unidades produzidas

(+) alocação sistemática de custos indiretos de produção,

fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os

materiais em produtos acabado

A própria Norma nos informa alguns exemplos do que entra como

custo e o que não faz parte do custo dos Estoques. O quadro abaixo

descreve esses exemplos:

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Itens não incluídos no custo dos estoques (reconhecidos como despesa)

Valor anormal de desperdício

Gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao

processo produtivo

Despesas administrativas que não contribuem para trazer o

estoque ao seu local e condição atuais

Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos

bens e serviços aos clientes.

Outras formas para mensuração do custo Outras formas para

mensuração do custo de estoque, tais como o custo-padrão ou o

método de varejo, podem ser usadas por conveniência se os

resultados se aproximarem do custo.

O não inclui as custo dos estoques de prestador de serviços

margens de lucro nem os gastos gerais não atribuíveis que são

frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos

prestadores de serviços.

Ponto 5 NBC TG 27 (Ativo Imobilizado)

Pessoal, mais uma vez destacamos os custos de aquisição.

Objetivamente, é o seguinte:

Custos de Aquisição (Imobilizado)

Preço de Compra

(+) impostos de importação e impostos não recuperáveis

(+) qualquer custo diretamente atribuível para colocar o ativo no local

e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar

(+) estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e

de restauração do local (sítio) no qual este está localizado.

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A própria Norma nos informa alguns exemplos do que entra como

custo e o que não faz parte do custo do ativo imobilizado. O quadro

abaixo descreve esses exemplos:

Custos diretamente atribuíveis (exemplos)

Custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente

da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado

Custos de preparação do local

Custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);

Custos de instalação e montagem;

Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando

corretamente

Honorários profissionais.

Não fazem parte do custo de ativo imobilizado

Custos de abertura de nova instalação; custos administrativos e

outros custos indiretos.

Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço

(incluindo propaganda e atividades promocionais)

Custos da transferência das atividades para novo local ou para

nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento);

Veja que as três Normas (NBC TG 04, NBC TG 16 e NBC TG 27)

possuem a mesma ideia...

Aqui também acho interessante saber os conceitos de depreciação,

amortização e exaustão.

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E um “plus” seria saber contabilizar a Depreciação pelo Método

Linear (cotas constantes/linha reta). Vamos ver objetivamente como

efetuar esse cálculo:

Alguns conceitos importantes “para início de conversa”:

Valor Depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que

substitua o custo, menos o seu valor residual.

Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade

obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de

venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o

fim de sua vida útil.

Vida Útil É:

(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o

ativo; ou

(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes

que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

Taxa de depreciação corresponde a um percentual fixado em

função do tempo de vida útil do bem.

Assim, o valor da depreciação resulta da aplicação da taxa sobre o

valor depreciável.

Método Linear consiste na aplicação de taxas constantes durante

o tempo de vida útil estimado para o ativo. É o método mais comum.

Também denominado de método das quotas constantes.

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Assim, por exemplo, se o tempo de vida útil de um determinado ativo

tenha sido estimado em 10 anos, a taxa anual de depreciação será de

10%.

100%/tempo de vida útil = Taxa de Depreciação

No nosso exemplo, teríamos: 100%/10 anos = 10% a.a.

Vamos a um exemplo:

Dados:

Valor Contábil = 1.300,00

Valor residual = 300,00

Vida útil: 5 anos

Efetuando os cálculos, chegamos no seguinte cenário:

O que a banca pode exigir?

Exemplos:

a) Qual o valor contábil ao final do 3º ano? 700,00

b) Qual a depreciação acumulada ao final do 4º ano? 800,00

c) Qual a depreciação acumulada em junho de X3, considerando que

a depreciação iniciou em Janeiro de X1? Como são dois anos e meio a

depreciação acumulada será de 500,00.

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Dica: se a banca exigir um mês específico, que não seja fácil

visualizar o cálculo (setembro de X3, por exemplo) transforme a

depreciação anual em depreciação mensal. Assim, temos:

Depreciação mensal = depreciação anual/12

Depreciação mensal = 200/12 = 16,67 (valor aproximado)

Janeiro de X1 a Setembro de X3 = 33 meses

33 meses x 16,67 = 550

Por fim, para finalizar a NBC TG 27, creio também ser interessante

saber os aspectos temporais da depreciação/amortização e exaustão.

O esquema a seguir resume a ideia:

Vamos ver como a FGV pode exigir esses assuntos estudados?

Reitero que acho incoerente a FGV entrar nesse nível de detalhe

em uma prova de Noções...

Mas, para ficarmos com a alma tranquila... não custa ao menos

visualizar, não é mesmo? Se você não entender direito (o que é

perfeitamente normal, pois muitos nunca estudaram Contabilidade),

não vai se “atucanar” (ficar transtornado) com isso, ok?

Estou disponibilizando esse material extra tendo em vista que alguns

alunos (mais atucanados ) solicitaram...

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5. (FGV/Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal/Cuiabá/2014)

Em 01/01/2011, uma entidade adquiriu móveis para seu escritório no

valor de R$ 50.000,00. Os móveis têm vida útil estimada em seis

anos e, ao final do sexto ano, a entidade pretende doá-los. Na data,

são estimados gastos de R$ 2.000,00 (a valor presente) com a

remoção.

O frete para a entrega dos móveis é de R$ 500,00, e os custos de

montagem, de R$ 400,00. No entanto, no momento em que a

entrega foi feita, o funcionário da loja arranhou a parede, e a

entidade incorreu em gastos de R$ 1.000,00 para pintá-la

novamente. Como pedido de desculpas, o funcionário não cobrou pela

montagem dos móveis.

O valor contábil dos móveis, em 31/12/2013, era de

a) R$ 25.250,00.

b) R$ 26.250,00.

c) R$ 26.950,00.

d) R$ 26.450,00.

e) R$ 23.750,00.

Conforme estudamos acima, o custo de um item do ativo imobilizado

compreende:

Custos de Aquisição (Imobilizado)

Preço de Compra

(+) impostos de importação e impostos não recuperáveis

(+) qualquer custo diretamente atribuível para colocar o ativo no local

e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar

(+) estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e

de restauração do local (sítio) no qual este está localizado.

Logo, de posse dos dados informados pela questão, temos:

Preço de Aquisição 50.000,00 (+) frete 500,00

(+) custo de remoção 2.000,00 (=) Custo de aquisição 52.500,00

Observação: o custo de montagem também entraria, mas a questão

informa que “no momento em que a entrega foi feita, o funcionário

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da loja arranhou a parede, e a entidade incorreu em gastos de R$

1.000,00 para pintá-la novamente. Como pedido de desculpas, o

funcionário não cobrou pela montagem dos móveis”. Logo, esse

valor não entra como custo. Nesse caso, o gasto com a pintura (R$

1.000,00 será reconhecido como despesa).

Bem... agora que sabemos o custo do imobilizado, temos que calcular

a depreciação, pois a questão quer saber o valor contábil dos móveis,

em 31/12/2013. Efetuando os cálculos, temos:

Valor Contábil = 52.500,00

Valor residual = 0,00 (a empresa pretende doar os móveis)

Vida útil = 6 anos

Valor depreciável = Valor contábil – valor residual

Valor depreciável = 52.500,00 – 0,00 52.500,00

Logo, a depreciação anual será: 52.500,00/6 anos = 8.750,00

Ou poderíamos usar a taxa = 100%/6 anos = 16,67% (mas, nesse

caso complica mais para calcular na hora da prova).

De posse do valor da depreciação acumulada, podemos efetuar o

cálculo do valor contábil em 31/12/13.

Observe que os móveis foram adquiridos em 01/01/11. Assim, temos

3 anos de depreciação acumulada. Portanto:

Valor Contábil (31/12/13) = 52.500,00 – 26.250,00 (8.750 x 3 anos)

Valor Contábil (31/12/13) = 26.250,00

Gabarito: B

Pessoal, não se assuste com o nível de dificuldade. É praticamente

certo que a FGV não virá nesse nível na sua prova. Ok? Esse seria o

pior cenário, mas que pode perfeitamente ser resolvido, não é

mesmo? Para vocês terem uma ideia esse concurso para Auditor

Fiscal Tributário da Receita Municipal de Cuiabá não completou nem

as vagas, pois a FGV pegou muito pesado! Inserimos a questão

apenas para ilustrar como a FGV já exigiu o assunto...

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Agora vamos ver uma questão mais tranquila sobre os aspectos

temporais da depreciação que estudamos acima:

6. (FGV/Técnico Superior/Ciências Contábeis/DPE-RJ/2014) A

Companhia Lentidão S.A. adquiriu uma máquina para fabricação de

meias para vender junto com os tênis que a empresa já vende. A

máquina foi entregue na sede da empresa no dia 05/05/X1. No dia

12/05/X1 a máquina foi instalada e ficou pronta para ser utilizada.

Como demorou para chegar a matéria- prima, a máquina só foi

utilizada pela primeira vez em 20/05/X1. A produção na capacidade

máxima só ocorreu a partir do dia 01/06/X1. As vendas ficaram

acima do esperado. Então a administração da empresa, no dia

14/07/X1, decidiu terceirizar a produção e desativar a máquina. A

produção do último lote de meias ocorreu no dia 30/07/X1, porém a

máquina permaneceu instalada para atender pedidos adicionais até o

dia 15/08/X1, quando a administração decidiu que o melhor negócio

seria vender a máquina. A máquina permaneceu na empresa até o

dia 20/11/X1, quando finalmente foi vendida e a propriedade foi

repassada para outra empresa.

Considerando os fatos acima e que a empresa utiliza o critério de

período de tempo para estimar a vida útil de seus imobilizados, a

data inicial e a data final em que a empresa depreciou o ativo,

respectivamente, são

a) 05/05/X1 e 14/07/X1

b) 05/05/X1 e 30/07/X1

c) 12/05/X1 e 15/08/X1

d) 20/05/X1 e 20/11/X1

e) 01/06/X1 e 20/11/X1

Trata-se de aplicação da NBC TG 27 – Ativo Imobilizado.

Segundo a NBC TG 27, a depreciação do ativo se inicia quando este

está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição

de funcionamento na forma pretendida pela administração.

Logo, a data inicial que a empresa depreciou o ativo é 12/05/X1.

Além disso, segundo a NBC TG 27, a depreciação de um ativo deve

cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para

venda ou, ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer

primeiro.

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Logo, a data final que a empresa depreciou o ativo é 15/08/X1.

Gabarito: C

Pessoal, existe mais uma infinidade de pontos das Normas que a

banca pode exigir... mas, conforme comentei no início, creio que já

estamos com um “plus” acima do que entendemos ser coerente a

banca exigir como “Noções”.

Com essas 5 Normas que destacamos, mais tudo o que vimos no

curso, creio que estamos preparados para realizar uma boa prova de

“Noções de Contabilidade”.

Um forte abraço!

Gilmar Possati [email protected]