capa · 2016-03-15 · capa – páginas 6 e 7 do – página 4 resolução do banco central...

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J O R N A L S eções Editorial ................................................... 2 Cartas ...................................................... 2 Fiscalização ............................................ 3 Legislação ............................................... 4 Educação .................................. 5 Eventos .............................................. 8 e 9 Internacional ..................................... 8 e 9 Pioneiros da Contabilidade .................... 10 Notícias Contábeis .................. 11 Conselheiros em Destaque .................... 12 Informativo do Conselho Federal de Contabilidade Brasília-DF – Ano 7, N 0 71 – maio/junho de 2004 Distribuição gratuita J O R N A L J O R N A L Além de participar dos principais temas envolvendo a contabilidade, os profissionais da área poderão realizar negócios durante o Congresso. Prova disso é a Feira de Produtos e Negócios que vai ocorrer paralelamente ao evento. O lançamento foi no último dia 19 de maio, no CRCSP. Já o Portal do 17º CBC foi reformulado e, com layout diferenciado, ficou mais dinâmico e moderno. Normas editadas pelo CFC são reconhecidas em Resolução do BC Legislação “Contabilizando o Sucesso” apresenta nova metodologia Educação página 5 Coordenadores do projeto participaram de encontro que abordou, entre outros assuntos, o método “Empreender”, que consiste, por exemplo, na organização de núcleos setoriais. O programa já conta com mais de 850 alunos. 17º CBC ganha novos atrativos Capa – páginas 6 e 7 do do do página 4 Resolução do Banco Central reconhece Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) como fio condutor nas relações entre auditores independentes e instituições, cujo funcionamento depende de autorização da Autarquia.

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Page 1: Capa · 2016-03-15 · Capa – páginas 6 e 7 do – página 4 Resolução do Banco Central reconhece Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) como fio condutor nas relações

JORNAL

Seções

Editorial ................................................... 2Cartas ...................................................... 2Fiscalização ............................................ 3Legislação ............................................... 4Educação .................................. 5

Eventos .............................................. 8 e 9Internacional ..................................... 8 e 9Pioneiros da Contabilidade .................... 10Notícias Contábeis .................. 11Conselheiros em Destaque .................... 12

Informativo do Conselho Federal de ContabilidadeBrasília-DF – Ano 7, N0 71 – maio/junho de 2004 – Distribuição gratuitaJ

ORNAL

JORNAL Além de participar dos principais temas envolvendo a contabilidade, os profissionais

da área poderão realizar negócios durante o Congresso. Prova disso é a Feira deProdutos e Negócios que vai ocorrer paralelamente ao evento. O lançamento foi noúltimo dia 19 de maio, no CRCSP. Já o Portal do 17º CBC foi reformulado e, com layoutdiferenciado, ficou mais dinâmico e moderno.

Normas editadas pelo CFC sãoreconhecidas em Resolução do BC

Legislação“Contabilizando o Sucesso”apresenta nova metodologia

Educação – página 5

Coordenadores do projeto participaram de encontroque abordou, entre outros assuntos, o método“Empreender ”, que consiste, por exemplo, naorganização de núcleos setoriais. O programa já contacom mais de 850 alunos.

17º CBC ganha novos atrativosCapa – páginas 6 e 7

dododo– página 4

Resolução do Banco Central reconhece NormasBrasileiras de Contabilidade (NBCs) como fio condutornas relações entre auditores independentes einstituições, cujo funcionamento depende deautorização da Autarquia.

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2 maio/junho 2004Jornal do CFC

Este espaço per tence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que será feita a interação entre a vontade doleitor e os editores do Jornal. Para incentivar este diálogo, cartas, opiniões e pedidos serão bem-vindos. Cartas

Palavra do Presidente

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - SAS - QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033 - CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFwww.cfc.org.br - [email protected]

Expediente

ErrataRetificamos a informação publicada no “Expediente” do Jornal do CFC nº 70 –referente ao bimestre março/abril –, relativa à tiragem do referido veículo de co-municação. O número correto de exemplares impressos é de 62 mil, e não de 65mil unidades, como foi publicado.

EDITORIAL

Plenário do CFCPresidenteContador José Mar tonio Alves CoelhoVice-presidentesContador Antônio Carlos DóroContador Irineu De MulaContador João de Oliveira e SilvaContador Sergio FaracoContador Sudário de Aguiar Cunha

ConselheirosContador Alcedino Gomes BarbosaContador Antônio Carlos DóroContador Hugo Rocha BragaContador Irineu De MulaContador João de Oliveira e SilvaContador José Justino Perini ColledanContador José Mar tonio Alves CoelhoContadora Maria Clara Cavalcante BugarimContador Sergio FaracoContador Sudário de Aguiar CunhaTéc. Cont. Bernardo Rodrigues de SouzaTéc. Cont. José Odilon FaustinoTéc. Cont. Mauro Manoel NóbregaTéc. Cont. Miguel Ângelo Mar tins LaraTéc. Cont. Paulo Viana Nunes

Conselho ConsultivoZilmar Bazerque VasconcellosYnel Alves de CamargoOlivio KoliverAntônio Lopes de SáSérgio Approbato MachadoAntonio Carlos NasiJosé Serafim AbrantesJosé Maria Mar tins MendesJoão Verner JuenemannAlcedino Gomes Barbosa

Jornal do CFCAno 7 - N° 71 - maio/junho 2004EDIÇÃO/JORNALISTA RESPONSÁVEL:Andréa Mota - DF 02226JPREDAÇÃO: Fabrício Santos e William PassosPROJETO GRÁFICO: Fabíola Rech e Silvia NevesDIAGRAMAÇÃO: Silvia NevesREVISÃO: Glória B. VilaANÚNCIOS: Tel: (61) [email protected],[email protected]: 62.000 exemplares

Permitida a reprodução de qualquermatéria, desde que citada a fonte.

Envie um e-mail para [email protected] e dê sugestões de matérias para aspróximas edições do Jornal do CFC. A sua opinião é muito impor tante para nós!

Made in China. Por vários anos,esta frase vem chancelando umamiríade crescente de produtos queaportam no Brasil, provenientes di-retamente da China ou, de forma in-direta, via mercados atravessadores,como é o caso do Paraguai. Nemsempre os brinquedos, os eletroele-trônicos e outros produtos chineses,que chegam ao território brasileiro,são sinônimos de boa qualidade. En-tretanto, quase sempre acirram aconcorrência com os similares na-

cionais e, na maioria das vezes, ganham a preferência do consumidor pelomenor preço comercializado, graças à menor tributação sofrida na suaorigem.

Esse comércio sempre foi visto sob o olhar desconfiado do Governobrasileiro, pois suas transações vêm incentivando a nossa (já agigantada)economia informal. Mas, a República da China, enquanto parceira comer-cial, não é apenas uma fornecedora de mercadorias supérfluas para consu-mo. Trata-se, também, de uma apreciável consumidora dos produtos Madein Brazil. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, as relações comerciais sino-brasileiras, nos últimos cinco anos,cresceram três vezes e meia, saltando de U$ 1,9 bilhão para U$ 6,7 bilhões.

Esses dados comprovam a perspicácia de um país como a China que,nos últimos 25 anos, investiu em seu potencial, priorizando setores essen-ciais para o crescimento econômico, como o da indústria. Os númerosdemonstram ainda que parte desse crescimento, comumente medido peloaumento da renda per capita e da produção de serviços e mercadorias, sedeu por meio da adoção de políticas internas eficientes. Uma delas é aadoção da baixa carga tributária – existem somente 14 impostos aplicadosàs empresas estrangeiras interessadas em investir na China, contra 80, noBrasil. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de PlanejamentoTributário (IBPT), em maio de 2002, já denunciava o contra-senso da reali-dade tributária brasileira desde 2001. As empresas nacionais, na época,

arcavam com cerca de 61 tributos, entre impostos, taxas e contribuições.Além disso, já existiam cerca de 93 obrigações acessórias a cumprir pelaempresa que tentasse manter-se em dia com o Fisco.

Há três anos, o custo que os empresários teriam, para cumprir apenasas suas obrigações acessórias, equivalia a 1% do seu faturamento; ouseja, em 2001, eles tiveram um acréscimo, nos custos de geração dosseus produtos/serviços, de mais de R$ 6 bilhões, somente para o cumpri-mento da burocracia exigida pelo Poder Público. Esse estado de coisasempurra o pequeno empreendedor para a informalidade e desestimula aimplantação e/ou a expansão de grandes negócios. Também a sonega-ção, em decorrência, tornou-se inevitável. De acordo com a mesmapesquisa do IBPT, os tributos mais sonegados em 2001, pela ordem,foram: Imposto de Renda, ICMS, PIS e Cofins, Contribuição Social sobreo Lucro, ISS, IPI, INSS, Imposto de Importação, IOF e CPMF – a maioria,foco da voracidade do Governo atual.

Se formos comparar a carga tributária brasileira, em relação ao ProdutoInterno Bruto (PIB), do ano de 2001 (35,48%) com a do primeiro semestrede 2003 (37,57%), é possível verificar o disparate em que se tornou o siste-ma tributário brasileiro. Tem-se uma devastadora e abusiva prática de nor-mas direcionadas à arrecadação de mais e mais tributos, e a contra-partidaperversa de uma histórica má aplicação dos recursos financeiros obtidos.Em suma: o nosso Estado tem sido cada vez mais esperto na arrecadaçãoe lerdíssimo na prestação dos serviços reclamados pela sociedade.

A ida do Governo brasileiro e de uma seleta comitiva de empresários àPequim, no último dia 23 de maio, está criando excelente expectativa. Éimpossível que tão expressiva equipe não tenha constatado in loco o quan-to a adoção de políticas tributárias menos prolixas e mais inteligentes –como vem praticando o governo chinês – pode contribuir para a prospe-ridade econômica do País. Que essa investida no Oriente sirva para orien-tar as nossas autoridades tributárias. Esperamos que esse esforço torne-seum grande negócio, do tamanho da China, para todos nós!

José Martonio Alves CoelhoPresidente do CFC

[email protected]

ComunicadoO Conselho Federal de Contabilidade (CFC), assim como os 27 Conselhos Regi-onais (CRCs) espalhados pelo País, está sendo bastante requisitado pelos profis-sionais da Contabilidade, por entidades, por estudantes e pelo público em geral,quanto ao envio de publicações editadas pelo CFC, no ano de 2003. O ConselhoFederal informa ainda que, a partir deste mês, estará encaminhando a todos osCRCs uma quantidade específica de livros e manuais, para atender às demandasde pedidos. O CFC também informa que as publicações estão disponíveis emseu site, na internet, no seguinte endereço eletrônico: www.cfc.org.br. Vale lem-brar que algumas publicações já estão esgotadas e que o formato on line é aúnica forma de acesso às obras.

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3maio/junho 2004Jornal do CFC

FFFFFiscalização

CRCPR apresenta resultados positivos comos novos procedimentos de fiscalização

As novas regras adotadaspelo Sistema CFC/CRCs, no

setor de fiscalização, desde o iní-cio deste ano, têm gerado efeitos signifi-

cativos. A iniciativa vem sendo elogiada porvários Conselhos Regionais de Contabilidade(CRCs). Um deles é o Conselho Regional deContabilidade do Paraná (CRCPR), que já ob-teve resultados positivos com a adoção dasnovas medidas. Segundo o vice-presidente deFiscalização do CRCPR, contador César Pon-te Dura, “os novos critérios de fiscalização, nesseprimeiro momento, estão perfeitos. Possivel-mente, até o fim do ano, teremos alguns ajus-tes ou até mesmo alguns aprimoramentos”.

Diante do cenário atual, o CRCPR, impla-cável quanto à exigência da Contabilidade detodos os clientes, demonstra a evolução nosprocessos de fiscalização. Segundo dadosapresentados pelo Conselho, o número deempresas que não mantiveram a escrituraçãocontábil regular, em 2001, foi de 1.007 estabe-lecimentos. Já em 2004, os autos de infração

aplicados, neste caso, totalizaram 265.Outro dado importante revela que, em 2001,

293 empresas forneceram a Decore inidônea e,em 2004, apenas 68 empresas. Os resultadosapresentados no ano de 2004 referem-se ape-nas aos primeiros cinco meses do ano em cur-so. A queda, no entanto, está atribuída às no-vas medidas adotadas pelo Sistema CFC/CRCs.A meta do CRCPR, no entanto, é que, até o fimdo ano, essas infrações sejam reduzidas.

Desde a aplicação dos novos parâmetros,o CRCPR – como os demais Conselhos Regi-onais – tem conseguido diminuir as infraçõescometidas pelos contabilistas, melhorando osserviços prestados pelos escritórios de Conta-bilidade. A intenção também é a de esclarecero empresário sobre a importância de utilizar aContabilidade como um sistema de informa-ção para o seu negócio. “Alguns contabilistasgostariam que a fiscalização fosse ainda maisintensa, pois eles entendem que, dessa forma,inibiriam o mal profissional, evitando, assim, aconcorrência desleal e o aviltamento de hono-

rários, que é uma das práticas que mais preju-dicam os integrantes da classe contábil. Aque-le que é pago para fazer, e não o faz, deve serpunido!”, diz César.

Orientação – Para orientar ainda maisos órgãos, os empresários e os contabilis-tas do Paraná, sobre os procedimentos queestão sendo adotados, o CRCPR encami-nhou um ofício, informando sobre os traba-lhos que serão executados. “Avisamos, comantecedência, como e quando vai ser reali-zada a fiscalização. É uma forma de garan-tirmos a melhor qualidade do serviço queserá prestado”, revela o vice-presidente deFiscalização do CRCPR, César Ponte Dura.

Para ele, os novos parâmetros de fisca-lização criados pelo CFC possibilitarão umaproteção maior para a sociedade. “O retor-no social torna o contabilista como peçaimprescindível, aproximando os profissio-nais capacitados da comunidade em queatuam”, reforça.

INFRAÇÕES COMETIDAS

TOTAL TOTAL

* Não foram objeto de auto de infração.Tabela referente ao período de janeiro a maio de 2004

Não informar responsável técnico 23

RCI - Não averbar alteração de endereço 37

Deixar de averbar alteração contratual 41

Sem RCI - Registro de Cadastro Individual 42

RCI – baixado 7

Denúncia 7

Não averbar a alteração de endereço 4

Manter sócio de forma irregular 2

Auditoria (*)

Perícia (*)

TOTAL GERAL 840

Foram fiscalizados 60 municípios no Estado do Paraná.

AUTOS DE INFRAÇÃO 2001 2002 2003 2004

Não manter a escrituração contábil regular 1.007 1.097 947 265Deixar de registrar o Livro-diário 472 604 634 171Fornecer Decore inidônea 293 339 232 68

Fonte: CRCPR

Não manter a escrituração contábil regular 265

Fornecer Decore inidônea 68

Deixar de arquivar a 2ª via da Decore 12

Utilizar Decore inidônea 20

Utilizar Decore de outro contador 2

Deixar de elaborar as demonstraçõescontábeis conforme as NBCs 22

Deixar de fazer contrato deprestação de serviços profissionais 17

Deixar de registrar o Livro-diário 165

Deixar de escriturar o Livro-inventário 52

Sem registro cadastral 10

Sem registro profissional 8

Registro baixado 16

Manter funcionário inabilitado 20

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4 maio/junho 2004Jornal do CFC

Ministério Públicoacata solicitação doCFC e altera edital deconcurso

LLLLLegislação

A Comissão de Concursopara Servidor do Ministério Pú-blico de Santa Catarina aco-lheu, no início de maio, porunanimidade, a alteração pro-posta pelo Conselho Federalde Contabilidade (CFC) noedital nº 002/2004, que visa acontratação de servidores parao quadro permanente do refe-rido MP, por meio de concur-so público.

O CFC, em ofício enviadoao procurador-geral de Justi-ça do Estado de SantaCatarina, solicitou a revisãodo item 2.2.1.2 do edital, que,na sua forma original, não exi-gia do Técnico em Contabili-dade o devido registro noConselho Regional de Conta-bilidade (CRC), como requi-sito para a investidura no car-go. De acordo com o promo-tor de Justiça e membro daComissão, Cid Luiz RibeiroSchmitz, a retificação já foiencaminhada aos órgãoscompetentes, para as devidasprovidências, tornando por-tanto obrigatório o registropara a finalidade citada.

O Conselho Federal deContabilidade também reque-reu ao procurador-geral que asvagas abertas para o cargo deAuditor fossem exclusivas paracontadores. O CFC argumen-tou que o referido cargo estáíntima e diretamente ligado aocampo do exercício profissio-nal contábil. “No desempenhodas atividades a ele atribuídas,haverá necessidade da aplica-ção dos conhecimentos ine-rentes à Ciência Contábil”, jus-tificou o presidente do Conse-lho Federal de Contabilidade(CFC), José Martonio AlvesCoelho, no expediente envia-do ao Ministério Públicocatarinense. No entanto, aComissão de Concurso deci-diu manter o teor original des-ta parte do edital.

O Banco Central deu nova-mente demonstração de reconhe-cimento às Normas Brasileiras deContabilidade (NBCs), editadaspelo Conselho Federal de Conta-bilidade, ao publicar resoluçãoque altera e consolida a regula-mentação relativa à prestação deserviços de auditoria independen-te para as instituições financeiras,cujo funcionamento depende desua autorização. Nessa mesmanorma, a maior autoridade finan-ceira do País também valoriza oexame de certificação, organiza-do pelo CFC em conjunto com oInstituto Brasileiro dos AuditoresIndependentes do Brasil (Ibracon).

O reconhecimento e a valori-zação das NBCs veio por meioda Resolução nº 3.198, editadano último dia 27 de maio. Deacordo com a nova norma, de-vem ser auditados por auditoresindependentes registrados naComissão de Valores Mobiliários(CVM) as demonstraçõescontábeis, inclusive notasexplicativas das instituições finan-ceiras, como bancos e consórci-os. A medida é válida tambémpara as instituições financeirasautorizadas a funcionar pelo BC,que tenham dependência ou par-ticipação societária no exterior.

Banco Central reconhece normaseditadas pelo CFC

“Essa resolução é impor-tante para o sistema, numcontexto de que a maior au-toridade financeira do Paísmais uma vez cita nossasnormas”, comemora o Vice-presidente Técnico do CFC,Irineu De Mula. Ele lembraainda que, nessa mesma re-solução, a autarquia tam-bém oficializa o exame dequalificação profissional aoexigir que os auditores inde-pendentes cumpram deve-res e responsabilidades nes-se sentido. “Isso é mais umreconhecimento, por partedo Banco Central, às nor-mas e programas emanadospor nós”, complementa De Mula.

Além do exame de qualifica-ção técnica, o Banco Central vaiexigir que os profissionais da au-ditoria participem dos programasde controles interno e externo, ede educação continuada.

A resolução é rígida com o pra-zo para que os auditores, aoconstatarem evidências de fraudeou de erro nas demonstraçõescontábeis, informem à autorida-de competente. Caso uma des-sas situações seja verificada, oprofissional tem três dias úteispara fazer a devida comunicação

formal ao Banco Central. Maisuma vez para o BC, os conceitosde erro e fraude são aqueles es-tabelecidos pelo CFC ou peloIbracon.

Por último, as entidadesauditadas, bem como os auditoresindependentes, devem manter à dis-posição do Banco Central, peloprazo mínimo de cinco anos, osreferidos relatórios contábeis. Tam-bém devem ser guardados por esteperíodo os contratos de prestaçãode serviços, papéis de trabalho eoutros documentos relacionadoscom o trabalho de auditoria.

SSSSSaiba mais Livro aborda normas sobre auditoria

Os contabilistas podem co-nhecer um pouco mais sobre asNormas Brasileiras de Contabi-lidade para a área de auditoriapor meio do livro “PrincípiosFundamentais e Normas Brasi-leiras de Contabilidade – Audi-toria e Perícia”, publicado peloCFC no ano passado. A obraapresenta as resoluções edita-das pelo Conselho, aborda oCódigo de Ética do ProfissionalContabilista, conceitos sobrefraude e erro, auditoria interna,entre outros tópicos que permi-

tem ao profissional uma profundaimersão nas normas e controlesque permeiam a Contabilidade ea Auditoria no Brasil.

A publicação serve como ma-nual para os profissionais que que-rem aprofundar-se sobre os Prin-cípios Fundamentais de Contabi-lidade e conhecer um pouco maissobre o Programa de EducaçãoContinuada e o Exame de Com-petência Profissional. Além disso,o livro traz as principais resoluçõessobre normas profissionais para oauditor.

Irineu De Mula comemora resolução do Banco Central

Eugenio Novaes

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5maio/junho 2004Jornal do CFC

EEEEEducação

Capacitação mobiliza coordenadores do“Contabilizando o Sucesso”

Em destaque

Representantes dos Estadosque aderiram ao “Contabilizandoo Sucesso” – projeto realizadopelo Conselho Federal de Conta-bilidade (CFC), em parceria como Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas(Sebrae Nacional) – estiveram reu-nidos durante uma semana, emBrasília (DF), para trocar experiên-cias e receber informações sobrea iniciativa. Durante o encontro, re-alizado entre os dias 3 e 8 de maio,os participantes também conhece-ram a metodologia “Empreender”,que consiste na organização denúcleos setoriais, em que o aspec-to associativo é valorizado. Foi aprimeira vez que o grupo se reu-niu para receber orientações so-bre o assunto.

“Contabilizando o Sucesso” jáatingiu a marca de 40 turmas, reu-nindo, aproximadamente, 850 alu-nos em todo o território nacional.O programa foi criado com o ob-jetivo de implantar e de capacitaruma rede de profissionais de Con-tabilidade, para assessorar asmicro e pequenas empresas emsua gestão, focando o desen-volvimento da ResponsabilidadeProfissional e Social do Conta-bilista. “É um projeto ousado e di-ferente. O que me encanta nele,fora a responsabilidade que temosde zelar pelo desenvolvimento pro-fissional, é o cunho social conti-

do”, destacou o coordenador na-cional do programa pelo CFC,

Juarez Domingues Carnei-ro, durante sua palestra.

O também conse-lheiro suplente doCFC explicou que ocunho social está in-serido no objetivo doprojeto: reduzir o ín-dice de mortalidadedas empresas de pe-

queno porte, o que,conseqüentemente,

implica na redução do fe-chamento de postos de tra-

balho.A orientação recebida pelos

coordenadores do projeto, pelosConselhos Regionais de Contabi-lidade e pelo Sebrae nos Estadosserá levada aos contabilistas, pormeio das turmas já iniciadas. Osprofissionais da Contabilidade, porsua vez, repassarão osensinamentos aos empresáriosque eles assessoram.

O diferencial para as outrasmetodologias é que no “Empreen-der” os empresários são orientadosa buscar, juntos, soluções para asdificuldades. “Eles podem, porexemplo, encontrar uma saída paraproblemas com tributos locais”, ex-plicou um dos instrutores do Sebrae,José Maria Melim. A metodologiaadotada, segundo Melim, é usadapela entidade há 13 anos, e aplica-da com sucesso em mais de 700cidades brasileiras.

Para o coordenador do progra-ma no Paraná, contador OrlandoChiqueto Rodrigues, o aprendiza-do adquirido não lhe foi vendidoapenas como um curso decapacitação, mas, sim, comouma proposta de mudança com-por-tamental. “Essa forma de visua-lização dos problemas nos permi-te mostrar dificuldades comuns.Assim, podemos ter ações conjun-tas para a efetiva solução nessesentido”, afirmou Chiqueto.

“Aprendemos aqui a utilizar maisuma ferramenta para auxiliar o microe o pequeno empresário”, come-morou a vice-presidente de Desen-

O Projeto de Lei nº 2.485/03– que dispõe sobre o Exame deSuficiência – foi o assunto prin-cipal do encontro do presiden-te do Conselho Regional deContabilidade de Rondônia(CRCRO), João Altair dos San-tos, com o deputado federalAgnaldo Muniz (PPS-RO). Osdois estiveram reunidos emBrasília (DF), no último dia 7 demaio, na Câmara dos Deputa-dos. O presidente do CRCROtambém apresentou ao parla-mentar o Projeto de Lei nº2.674/03, que trata da represen-tatividade das unidades da Fe-deração na composição plená-ria do CFC. O deputadogarantiu o seu apoio à trami-tação de ambos os projetos naCasa e acrescentou: “qualquerinvestida do Sistema CFC/CRCs, nesta Casa, terá meu to-tal apoio”.

Deputado Federal apóiaprojetos do Sistema

O Comitê Gestor do Projeto“Contabilizando o Sucesso” temdois novos integrantes: os conta-dores Raimundo Neto de Carva-lho e Antônio Augusto de Sá Co-lares. Eles foram apresentados nareunião realizada no dia 20 de

maio, na sede doCFC. “Os novoscomponentes se-rão de grande im-portância para oProjeto”, antecipao conselheiro daCâmara de De-senvolvimento

Profissional do CFC e coordena-dor do Projeto, Juarez DominguesCarneiro.

Participaram ainda da reunião,o Vice-presidente de Desenvolvi-mento Profissional do CFC, con-tador Sudário de Aguiar Cunha, eo coordenadordo Projeto peloSebrae Nacio-nal, EvandroManzano. A pró-xima reuniãoacontecerá noCFC, no dia 18de junho.

Comitê Gestor conta com novos membros

Raimundo Netode Carvalho

Antônio Augustode Sá Colares

Presidente do CRCRO, João Altair dos Santos, e oDeputado Federal Agnaldo Muniz(PPS-RO)

Mar

len

Lim

a

volvimento Profissional do Conse-lho Regional de Contabilidade doRio Grande do Norte (CRCRN), Ma-ria do Rosário de Oliveira.

Análise do evento – O coorde-nador nacional do programapelo Sebrae, Evandro Manzano,aval iou como posit iva acapacitação realizada na CapitalFederal. “As pessoas estãoempolgadas, motivadas e vislum-bradas com o programa”, afir-mou. “A metodologia aplicadavai ajudar os apoiadores (conta-bilistas) das micro e pequenasempresas no cumprimento dasmetas do “Contabilizando o Su-cesso”, completou.

Além de receberem expli-cações sobre a metodologia “Em-preender”, os participantes tiraramdúvidas, receberam orientação so-bre prestação de contas com osgestores do programa e conhece-ram as diversas ferramentas dispo-níveis no site do programa.

Por meio do endereço eletrô-nico www.contabilizando.com.br , os coordenadores pude-ram aprender como participar defóruns de discussão on-line ,como enviar sugestões de notí-cias e boas práticas utilizadasnos seus Estados.

William Passos

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6 maio/junho 2004Jornal do CFC

DDDDDestaque da capa

Mais informação e interatividade com os congressistas

Lançada no dia 19 de maio,no Conselho Regional de Conta-bilidade de São Paulo – CRCSP,a Feira de Produtos e Negóciosserá realizada em paralelo ao Con-gresso, no pavilhão de exposi-ções do Mendes ConventionCenter – local que sediará o 17ºCBC, em Santos (SP). Na ocasião,a planta baixa do espaço reserva-do à montagem dos estandes foiapresentada para os convidados,

no CRCSP. Os espaços, inclusive,já estão sendo comercializadosdesde a data do lançamento. Aexpectativa é atrair, em um únicoambiente, visitantes de todos osEstados brasileiros, para prestigiaros expositores e suas novidadesdirecionadas ao setor contábil.

As empresas relacionadas coma profissão contábil terão a oportu-nidade de expor e oferecer aos pro-fissionais seus produtos e serviços,

nos diversos tipos de estandes. Otamanho e os custos dos estandes,assim como os benefícios ao ex-positor, podem ser consultados naseção “Serviços”, do portal do Con-gresso – http://congresso.cfc.org.br. No ambiente, também se-rão montados os estandes dosConselhos Federal e Regionais deContabilidade (CFC e CRCs), deempresas, cujas atividades estejamvoltadas para a Contabilidade, e daFundação Brasileira de Contabilida-de (FBC), uma das organizadorasdo Congresso.

Estandes – Os exposito-res poderão escolher seis ti-pos de estandes, divididospor categorias: Master, Ouro,Prata, Bronze, Expositor A eExpositor E. Com ótima lo-calização, os estandes esta-rão distribuídos em um espa-ço de 10 mil metros quadrados,possuindo uma infra-estrutura ne-cessária para que todos os expo-

Desde o dia 18 de maio, fi-cou mais interessante navegarpelo portal desenvolvido para o17º Congresso Brasileiro deContabilidade, na Internet (http://congresso.cfc.org.br) . Oevento, que acontecerá em San-tos (SP), nos dias 24 a 28 deoutubro, é um dos mais aguar-dados pelos profissionais daContabilidade. Por este motivo,tornou-se necessário criar umcanal de comunicação mais efi-ciente e atrativo, o qual buscaorientar e fornecer informações

Acesse o nosso site!atualizadas aos contabilistas,estudantes e demais interessa-dos em participar.

O novo portal substituiu owebsite que estava publicado naInternet desde outubro de 2003,quando foi feito o lançamento doCongresso, na cidade de SãoPaulo (SP). O projeto atual trazseções interativas com o usuário,como o chat . Este é um serviçode atendimento on line, pelo qualo público poderá solicitar infor-mações, junto à Secretaria doevento e em tempo real, a res-

peito da organização e da rea-lização do 17º CBC. O horáriodo atendimento on line é o se-guinte: segunda, quarta e sex-ta-feira, das 9h às 10h; e terça e

quinta-feira, das 16h às 17h.Fora desta programação, os in-teressados poderão obter ou-tras informações pelo [email protected].

sitores possam demonstrar seusprodutos para os congressistas evisitantes.

A Feira promete trazer aindaoutras atrações aos visitantes,como um cyber café, com acessoà rede mundial de computadores,e uma mostra do rico acervo doMuseu Brasileiro de Contabilidade,instalado permanentemente nasede do Conselho Federal de Con-tabilidade (CFC), em Brasília (DF).

Maria Clara entre Luiz Carlos Vaini e Pedro FabriJosé Danguesi, representante da Alcântara MachadoPúblico par ticipa da aber tura da Feira

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Julio Linuesa Perez, José Heleno Mariano, FlavioGonçalves Pacheco e Jair Gomes de Araujo

Atenção!O prazo para inscrição dos

Trabalhos Técnicos, que serãoapresentados no 17º CBC, foi

prorrogado para o dia15 de julho de 2004.

Mais informações:http://congresso.cfc.org.br

Atenção!

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7maio/junho 2004Jornal do CFC

s do 17º Congresso Brasileiro de Contabilidade

Medalha João Lyra

Mais uma vez um contabilista será home-nageado com a medalha João Lyra, duranteo Congresso Brasileiro de Contabilidade. Amedalha é a mais alta comenda entregue aum profissional da área contábil. Instituída pelaResolução CFC nº 440, de 1976, a medalhadestina-se a homenagear o profissional quese destacou de forma notável pelos serviçosprestados à Contabilidade. Os Conselhos Re-gionais de Contabilidade encaminham lista,sugerindo o nome do futuro agraciado, parao Conselho Federal, que escolherá o home-nageado em Reunião Plenária.

Veja, no quadro ao lado, os contabilis-tas que já foram agraciados com a Meda-lha João Lyra.

Governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto entre o presidente do CFC,José Mar tonio, e o presidente da Fenacon, Pedro Coelho Neto

O governador do Rio Grande do Sul, GermanoRigotto (PMDB), irá proferir palestra durante o 17o.Congresso Brasileiro de Contabilidade (Santos/SP – 24 a 28 de outubro de 2004). A notícia foidada pelo próprio governador, que acolheu pron-tamente o convite feito pelo Sistema CFC/CRCs.Rigotto recebeu, no último dia 3 de maio, emseu gabinete, no Palácio Piratini, sede do Gover-no, o presidente do Conselho Federal de Conta-bilidade, José Martonio Alves Coelho; o presiden-te do CRCRS, Enory Luiz Spinelli; e o presidenteda Fenacon, Pedro Coelho Neto. Vários temas jáforam definidos para serem apresentados no Con-gresso, entre eles: “A Contabilidade e o Setor Pú-blico”, “A Contabilidade e o Sistema Tributário”,“A Contabilidade e a Governança Corporativa”, “AContabilidade na Era Digital” e o “Papel do Con-tabilista no Terceiro Setor”.

17º CBC terá palestra do Governador Germano Rigotto

Nome CBC Data

Hilário Franco Fortaleza 1976

Ulisses Celestino Fortaleza 1976

Zilmar Barzerque de Vasconcellos Fortaleza 1976

Ynel Alves de Camargo Curitiba 1980

Olivio Koliver Recife 1984

Antônio Lopes de Sá Cuiabá 1988Militino Rodrigues Martinez Salvador 1992

Sérgio Approbatto Machado Salvador 1992

Ivan Carlos Gatti Fortaleza 1996

Antonio Carlos Nasi Goiânia 2000

Faltam poucos meses para o fim das inscriçõesOs futuros congressistas do 17º CBC precisam atentar para a data final de inscrição no

Congresso: 31 de agosto. Todo o processo de participação no evento é realizado somente pelo portal do Con-gresso na internet: http://congresso.cfc.org.br, e o pagamento deve ser efetuado em até dois dias úteis, em qualquer agência

bancária. Vale lembrar que estão sendo aguardados cerca de 4,5 mil congressistas e que as inscrições são limitadas.O valor das inscrições, até o dia 30/6, é de R$300,00 para profissionais, e de R$ R$150,00 para estudantes.

Após esta data, até o dia 31/8, o valor será de R$350,00 e de R$175,00, respectivamente.

Alguns dos homenageadoscom a Medalha João Lyra

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8 maio/junho 2004Jornal do CFC

Academia Brasileira de Ciências Contábeis tem novo presidenteNovidades

“A Contabilidade Pública brasi-leira virou samba de crioulo doido,que mistura regime de caixa comregime de competência”. Com es-tas palavras, o presidente da Aca-demia Brasileira de CiênciasContábeis, contador e empresáriode Auditoria, Consultoria e Educa-ção, Antoninho Marmo Trevisan, emseu discurso de posse, realizado nodia 7 de maio, defendeu a mudan-ça da contabilidade pública brasi-leira como forma de atrair investi-mentos. Para Trevisan, “se o FMInão autorizar o Brasil a extinguir asdespesas das estatais de cálculo dosuperávit primário, não há como re-tomar o crescimento”.

Segundo Trevisan, o País estáimpossibilitado de crescer, visto queo investimento, hoje existente noBrasil, é tido como despesa, tor-

nando o gestor público incapaz derealizar suas ações. O contador su-gere que seja encaminhado para oCongresso um projeto de revisãoda Contabilidade Pública – projetosemelhante está sendo desenvolvi-do pelo Conselho Federal de Con-tabilidade, a pedido da Vice-presi-dência da República. “Essa deci-são depende de vontade política.Investimento não é uma despesaque empobrece um país, e sim umgasto que vai beneficiar futuras ge-rações”, revela Trevisan.

O presidente do Conselho Fe-deral de Contabilidade (CFC), JoséMartonio Alves Coelho, esteve pre-sente à cerimônia de posse, reali-zada no salão nobre da Federaçãodas Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp). Autoridades e parla-mentares também compareceram

à cerimônia; entre eles, o Diretorda CVM, Luiz Leonardo Canti-diano, o senador Ramez Tebet(PMDB-MS), o ministro da Casa Ci-vil, José Dirceu, e do Planejamen-to, Guido Mantega; o novo presi-dente da Academia, Antoninho

EEEEEventos

Os interesses da classecontábil brasileira têm sido leva-dos, constantemente, para discus-sões fora do Brasil. O intercâm-bio de informações com outrospaíses ocorre durante reuniões eencontros em que o Conselho Fe-deral de Contabilidade (CFC) par-ticipa no exterior. Nos meses demarço e abril, representantes doCFC esteviram na RepúblicaDominicana, Costa Rica, Nicará-gua, Índia e França.

Na Índia, durante o encontro

dos membros da Federação Inter-nacional dos Contadores (Ifac, si-gla em inglês), os participantesdiscutiram, por exemplo, a harmo-nização internacional das normascontábeis. Foi reforçado o com-promisso dos países-membros daentidade de acompanharem asnormas editadas pela Ifac. Segun-do o diretor-presidente do Institu-to dos Auditores Independentesdo Brasil (Ibracon) e representan-te do CFC, Guy Almeida Andrade,foram aprovadas ainda sete obri-

gações a serem obedecidas pe-los signatários, inclusive o Brasil,nas áreas de Auditoria e Contabi-lidade, como o uso do Código deÉtica da Ifac na forma de balizadordas questões internas de cadapaís.

Para Guy, a participação doBrasil nos comitês da entidadesignifica que o País ajuda na cons-trução das normas e não, simples-mente, as aceita “prontas”.

Em Santo Domingo, na Repú-blica Dominicana, o conselheiro

do CFC, Alcedino Gomes Barbo-sa, esteve no “2º CongressoIbero-americano de Administra-ção Empresarial e Contabilidade”e no “V Congresso DomenicoCubano de Contabilidade, Audi-toria e Tributação”, nos dias 25 a27 de março.

Alcedino esteve ainda na em-baixada do Brasil naquele país,participou da reunião com o pre-sidente e diretores do Instituto deContadores Públicos da Repúbli-ca Dominicana e promoveu um

CFC presente em reuniões no exteriorInternacional

Da esquerda para direita: Luiz Leonardo Cantidiano, Ramez Tebet, José Dirceu, Antoni nho Marmo Trevisan, Horácio Lafer Piva, Antonio Lopes de Sá, Guido Mantega e José Martonio Alves Coelho

Presidente do CFC integra Conselho Editorial de revista

A revista “Razão Contábil” tratará de assuntosespecializados para a classe contábil. Nela, os contabilis-tas poderão conferir reportagens sobre as tendências daárea contábil, de auditoria e gestão financeira, além detemas que abordam a conjuntura econômica e financei-ra do País. O Conselho Editorial será presidido pelocontador Antoninho Marmo Trevisan, e terá como mem-bro efetivo o presidente do Conselho Federal de Con-tabilidade (CFC), José Martonio Alves Coelho.

Marmo Trevisan; o presidente doCFC, José Martonio Alves Coelho;o presidente da Fiesp, HorácioLafer Piva; e o ex-presidente daAcademia, Antonio Lopes de Sá.

Antoninho Marmo Trevisan

Auditor e consultor de empre-sas desde 1970, graduado em Ci-ências Contábeis pela PUC de SãoPaulo, Trevisan fundou a TrevisanAuditores e Consultores, empresacom mais de 1.400 clientes e 800profissionais distribuídos em 20 es-critórios do Brasil Em 1998, fun-dou a Faculdade Trevisan, tornan-do-se referência nacional pelatecnologia instalada e a metodo-logia diferenciada em cursos de gra-duação, extensão, pós-graduaçãoe MBA. Trevisan é membro do Con-selho de Desenvolvimento Econô-mico e Social da Presidência da Re-pública e membro da Comissão daReforma Tributária do Conselho Fe-deral de Contabilidade (CFC).

Divulgação

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9maio/junho 2004Jornal do CFC

EEEEEventos

encontro com o presidente daAssociação de Contadores e Eco-nomistas de Cuba.

Costa Rica – Na capital dopaís, San José, Alcedino esteve nareunião do Comitê de Coordena-ção Internacional da AssociaçãoInteramericana de Contabilidade(AIC), entidade de que faz partecomo vice-presidente para Assun-tos Técnicos. Como resultado destareunião, foi assinada a declaraçãode San José, em que seus signa-

tários, entre eles o Brasil, se com-prometeram a organizar um FórumMundial, a fim de serem estudadasas exigências e as necessidadesdas pequenas e médias empresasde contabilidade e de seus execu-tores individualmente.

O Fórum ainda visa buscar aintegração dos contadores e de-cidir sobre a criação de uma novaentidade mundial que represente,de forma abrangente, os interes-ses da profissão. Para isso, os sig-natários da Carta reconhecem a

importância de envolver os orga-nismos da profissão dos cincocontinentes.

Durante o encontro, foram dis-cutidos os temas a figurarem na26ª Conferência Interamericana deContabilidade, a ser realizada en-tre os dias 23 e 26 de outubro de2005, em Salvador (BA). “Gosta-ria de registrar a importante con-tribuição brasileira nesse proces-so histórico, que poderá ser o ali-cerce de significantes mudançasna profissão contábil mundial”,

disse Alcedino. Por fim, ele tam-bém visitou a embaixada do Bra-sil na Costa Rica e participou deum encontro com os presidentese diretores dos Colégios de Con-tadores Públicos e Privados lo-cais.

Em Paris, na França, o CFCesteve representado pelo seu ex-presidente, contador José MariaMartins Mendes, na reunião doComitê de Integração de PaísesLatinos-Europa-América (Cilea),no dia 19 de março.

Sistema Contábil Brasileiro apresenta ao Governo proposta de desburocratização

O Sistema CFC/CRCs e a Fe-deração Nacional das Empresas deServiços Contábeis e das Empre-sas de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas (Fenacon)apresentaram, em Brasília (DF),durante os dias 19 a 21 de maio,uma proposta conjunta em queapontaram as dificuldades paraabertura, alteração e fechamento deempresas no Brasil.

Foi durante o Workshop sobreSimplificação do Registro e da Le-galização de Empresas, realizadopelos Ministérios da Fazenda e doDesenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior, na Escola de Ad-ministração Fazendária (Esaf). Oobjetivo foi fazer um diagnósticosobre como funciona esse proces-so em todo o País. Participaramainda do Workshop representantesde seis ministérios, de juntas comer-ciais de várias partes do País, deprefeituras, da Receita Federal e deSecretarias de Fazenda. No total,foram 24 órgãos e entidades envol-vidas.

Os contabilistas estão entre osprofissionais que mais ouvem recla-mações sobre o excesso de buro-cracia, já que são o elo entre o con-tribuinte e os demais órgãos respon-sáveis pelo processo de registrocomercial. Por isso, foram convida-dos a apresentar um estudo paraapontar esses problemas.

Na análise dos contabilistas edos empresários, o excesso deburocracia envolvendo os órgãos

de registro, alteração e baixa de fir-mas acarreta em prazos excessivos,com altos custos e desgastes des-necessários para o contribuinte epara os próprios órgãos envolvidos.“Eu compreendo que se não hou-ver essa desburocratização a quese propõe, a coisa vai pro ralo”, afir-mou o presidente do Conselho Re-gional de Contabilidade do Ceará(CRCCE), Amândio Ferreira. Ele éum dos integrantes do Grupo deEstudo do CFC que, ao lado daFenacon, elaborou o documentocontendo os principais entravesburocráticos.

Durante apresentação da pro-posta, o vice-presidente para a re-gião Sudeste da Fenacon, NivaldoCleto, mostrou ao público o perfildas duas entidades e a luta travadapor elas na busca pela racionaliza-ção e simplificação, nas relaçõesentre empresas e a máquina esta-tal. “Cada um aqui terá que pensarem como fazer para desburo-cratizar”, propôs.

No diagnóstico apresentado, foiconstatado que o excesso de bu-rocracia tem origem nadisformidade, na complexidade ena repetição de normas produzidasao longo dos anos. O levantamen-to também apontou que a falta daconsolidação da legislação quedisciplina as obrigações de regis-tro, regularização e baixa das em-presas, nas esferas municipal, esta-dual e federal, acaba criando regraspróprias nos órgãos envolvidos,que resultam no constante aumen-to do caos.

Na avaliação da coordenadorado Grupo de Trabalho da ReformaTributária do CFC, Marta Arakaki,que também participou do evento,a simplificação dos processos deregistro e de legalização de firmaspode trazer para a formalidade cer-ca de 13 milhões de empresas. Elase baseia em números apresenta-dos pelo Serviço Brasileiro de Apoioàs Micro e Pequenas Empresas(Sebrae). “O governo tem que se

conscientizar de que é somente pormeio da micro e da pequena em-presa que será possível gerar osmilhões de empregos prometidosem campanha”, disse.

Na proposta apresentada peloSistema CFC/CRCs e pela Fenacon,foi sugerido ainda que os proces-sos de abertura, de alteração e debaixa das empresas fossem unifor-mizados e realizados pela internet.Pelo sistema vigente, o contabilis-ta precisa enviar a cada um dos ór-gãos as informações e o pedido deautorização para o registro da em-presa.

As propostas apresentadas du-rante os três dias do workshop se-rão consolidadas pelo Ministério daFazenda. De acordo com o asses-sor da Secretaria de Políticas Eco-nômicas do Ministério, MarceloFerreira,a inten-ção é re-enviar omaterialcompila-do aospartici-pantesdo even-to. “O Governo ainda não definiu seserá elaborado um projeto de lei ouvários projetos de lei. O certo é queteremos que fazer muitas parceriase diversos convênios”, adiantou. OGrupo de Estudo, formado pelo CFCe pela Fenacon, acompanhará to-das as etapas deste processo.

Durante três dias, profissionais da contabilidade sugerem propostas de simplificação

Presidente da Fenacom representacontabilistas na abertura do evento

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10 maio/junho 2004Jornal do CFC

da Contabilidade

Especialista em Análise Eco-nômico-financeirae Tributária, a Téc-nica em Contabili-dade Ioledes MariaPereira Pimentel foiaprovada no Exa-me de Suficiência,em 2003, comocontadora, apóster se formado emCiências Contábeispela UniversidadeFederal do Espíri-to Santo. Por to-

dos os serviços que já realizou naárea contábil, a profissional daContabilidade resume, em uma sófrase, a importância da profissão:“valorizo o meu trabalho, zelandoa minha imagem e a dos meus cli-entes”.

No início de sua carreira, Ioledestrabalhou em vários escritórios deContabilidade até ser aprovada em

Os dados mais positivos sobrea história da Contabilidade foramencontrados na civilização grega.A forma de governo eramonárquica e o rei deliberava emconjunto com a assembléia dopovo. As decisões eram sempreao arrepio das leis, porque oscostumes eram toscos. Os gregosproduziam pão, vinho e industri-alizavam a madeira, o cobre, obronze, o ouro, a prata, o marfim;fabricavam armas, utensíliosagrícolas e domésticos, tecidos eoutros artigos.

O comércio bancário sedesenvolveu, realizando váriasoperações financeiras. Osrecursos para a movimentaçãobancária se originavam dos fundosacumulados nos templos de Deloe Delfo. Sobre os empréstimos,eram calculados juros que

A Contabilidade dos Gregos e da Roma Antiga

PPPPPioneiros

HHHHHistória da Contabilidade

Espírito Santo Pernambucoum concurso público, para traba-lhar na Prefeitura de Vila Velha (ES).“Como servidora, comecei a traba-lhar diretamente com tributação”,lembra. Depois de algum tempoprestando serviços ao Estado,Ioledes decidiu montar o próprioescritório. “Deixei o emprego parame dedicar exclusivamente à Con-tabilidade das empresas no Esta-do. Aos poucos, fui conquistandoclientes”, diz.

Ioledes aproveita para fazeruma crítica ao sistema tributário noPaís. “Acho que, da forma que aReforma Tributária está sendo pro-posta pelo Governo, o processoficará sendo o mesmo. Nós sabe-mos das dificuldades que pesamno bolso do contribuinte”, justifi-ca. Sobre o Exame de Suficiên-cia, a contadora enfatiza que “esteveio para selecionar os melhoresprofissionais”. E complementa:“Percebo que o problema maiornão é a criação de instituições deensino, mas a falta de maturidadee de interesse do aluno”.

Formado pela UniversidadeFederal de Pernambuco nos anos70, o contador José Ulisses daSilva, em sua trajetória profissio-nal, fez da Contabilidade Públicaa porta de entrada para o seu su-cesso. O contador lembra do seuprimeiro emprego no Departa-mento Pessoal da Usina deCucaú, no Estado de Pernam-buco. “Foi lá que tive o primeirocontato com a Contabilidade”,lembra.

Depois de formado e já resi-dindo em Recife (PE), o contadortrabalhou em várias empresas,sempre se dedicando à Contabi-lidade Pública. “Ela representa osistema financeiro das empresas.Criada pela Lei nº 4.320/64, elaveio dar suporte na parte deliquidez do País, reorganizando ocofre do Governo daquela época”,conta.

Para Ulisses, a Contabilidade,

nas mais diversas áreas, é impres-cindível para a tomada de deci-sões nas grandes empresas. “Éuma conseqüência natural da pro-fissão contábil.O profissionalda Contabilida-de do futuro iráexpor aquiloque ele manipu-la; o que ele re-aliza”, diz. Se-gundo Ulisses,“a Contabilida-de em si não éum problema,mas, sim, as de-cisões dos mausgestores públicos”.

Contador do Conselho Regio-nal de Contabilidade de Pernam-buco (CRCPE) por dez anos,Ulisses é consultor contábil de en-tidades não-governamentais, con-sultor de entidade da profissãoregulamentada, auditor indepen-dente e professor da Universida-de Federal de Pernambuco.

Ioledes Maria Pimentel

variavam de 12 a 18%. Oscoletores de tributos eramchamados de mastroi oucolacretai. A arrecadação dareceita e a prestação de contasao Tesouro Público eramfiscalizadas por inspetores emagistrados.

Já os revisores de contas eramchamados de logistas, logigestesou logotetas. O controle para aprestação de contas era muitorigoroso. Os gregos, no entanto,preferiam os escravos para arealização desse serviço, porque,por meio de torturas, facilmenteas contas eram prestadas. AContabilidade era indispensávelpara registrar e controlar tãocomplexo mecanismo, prove-niente das operações existentes.

Já os romanos dominavam,naquela época, os três

continentes existentes: o Asiático,o Africano e o Europeu. Competiaao Senado discutir e deliberarsobre os negócios públicos. Noperíodo de 753 a 510 a.C., opoder sacerdotal, o judiciário, omilitar e, principalmente, ofinanceiro tiveram fundamentalimportância para o desenvol-vimento da civilização romana.Saques e cobranças de tributosdos povos dominados constituíamnovas fontes de receita.

Grande parte dessa receitaorçamentária destinava-se àcompra de armas, a fim deaparelhar os exércitos, assim comopara obras públicas. Os registroscontábeis eram apresentados aoTribunal e ao Senado, para prestarcontas da administração dospatrimônios privados ou da gestãodo dinheiro público.

Os romanos escreviam emtábuas de madeira, depoisgravavam no mármore e, quandodesejavam perpetuar as suasescritas, as mesmas eram feitas emlâminas de cobre. O sistemamétrico dos romanos era compostodas medidas lineares, de peso e decapacidade, tais como polegada,pé, passo, milha, onça, libra, etc.

Ulisses da Silva

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11maio/junho 2004Jornal do CFC

CRCRS

NNNNNotícias CCCCContábeis

Recebe o “TroféuDestaque” do Jornaldo Comércio

O Conselho Regional deContabilidade do Rio Grandedo Sul (CRC) recebeu, no dia25 de maio, o “Troféu Des-taque” do Jornal do Comér-cio/ 2003, na categoria En-tidade. O prêmio foi con-cedido pelo Jornal do Co-mércio de Porto Alegre.

O troféu é o reconhe-cimento desse veículo decomunicação, pelo excelen-te trabalho do CRC, que con-tribuiu para o desenvolvimen-to, o crescimento e o aprimo-ramento da comunidade gaú-cha e brasileira. A cerimônia foirealizada no salão de conven-ções da Federação das Indús-trias do Estado do Rio Grandedo Sul (Fiergs). O troféu, cria-do pelo escultor XicoStockinger, é tradicionalmenteentregue durante as comemo-rações do aniversário do Jor-nal do Comércio, que este anocompletou 71 anos, e do Diada Indústria (25 de maio).

RRRRRepresentantes do Sistema CFC/CRCs reúnem-se com o deputado Átila Lira

O presidente do CFC, JoséMartonio Alves Coelho, esteveem Brasília (DF), no dia 20 demaio, com o deputado Átila Lira(PSDB-PI). O parlamentar é au-tor do Projeto de Lei que dis-põe sobre a representatividadedos Estados na composiçãoplenária do CFC. Eles trataramdo andamento da propostaque, atualmente, está na Comis-são de Trabalho, de Administra-ção e Serviço Público da Câmarados Deputados. O relator da ma-téria é o deputado Vicentinho (PT-SP), representado na ocasião pelochefe de Gabinete, Paulo César de

Luiz Antonio Bala Minut, vice-presidente do CRCSP;Luiz Enory Spinelli, presidente do CRCRS; e Lourival

Pereira Amorim, vice-presidente do CRCSC

Irineu De Mula, Zulmir Ivânio Breda, Silvia Mara, José Martonio, Átila Lira e Raimundo Neto

Mello. Também participaram doencontro os vice-presidentes Téc-nico do CFC e de Controle In-terno do CRCRS, Irineu De Mulae Zulmir Ivânio Breda, respecti-

vamente; a conselheira do CFC,Silvia Mara Cavalcanti ; e o ex-vice-presidente de Controle Inter-no do CFC, Raimundo Neto deCarvalho.

O Conselho Federal de Contabi-lidade–CFC, como caixa de resso-nância dos seus vinte e sete Conse-lhos Regionais – regulamentandomais de trezentos mil profissionais emtodo o território Nacional –, vem depúblico manifestar sua solidarieda-de à laboriosa Classe Contábil, ofen-dida pelas declarações do MinistroAntônio Palocci, quando atribuiu,indevi-damente, as dificuldades daspequenas empresas aos elevadoscustos dos serviços contábeis.

Acreditamos que a imputaçãodessa culpa, que tanta indignaçãocausou em nosso meio, deva-se auma visão distorcida ou informaçãointempestiva, passada ao Senhor Mi-nistro por alguma assessoria mal in-formada.

A realidade é bem outra, e o pró-prio Governo Federal já começa aperceber, quando o Ministério do De-senvolvimento, Indústria e ComércioExterior e o Ministério da Fazenda,recentemente, promoveram junto àEscola de AdministraçãoFazendária, em Brasília, o Workshop“Simplificação e Racionalização doRegistro e Legalização de Empresas”,partindo da premissa – contida empesquisa do Banco Mundial e ampla-mente divulgada pela mídia nacional– de que os custos da burocracia noBrasil são exorbitantes. O nosso Paísestá colocado em posição vergonho-sa e vexatória no ranking mundial dasexigências burocráticas descabidas.

Culpa mal atribuídaTendo em vista a recente declaração do Ministro da Fazenda, Antonio

Palocci, que, durante encontro com empresários na Ilha de Comandatuba-BA, atribuiu “as dificuldades enfrentadas pelas pequenas empresas bra-sileiras aos altos custos cobrados pelos profissionais da Contabilida-de”, o Conselho Federal de Contabilidade resolve divulgar, nos principaisjornais do País e no site do CFC, a seguinte Carta Aberta:

A propósito, o profissional da Con-tabilidade há muito vem sendo obri-gado a arcar com o trabalho infrutífe-ro, decorrente do aumento constantedas obrigações acessórias impostaspela Administração Pública (federal,estadual e municipal) às suas empre-sas clientes. Estas, por sua vez, jásubmetidas a uma carga tributáriaimpagável, submetem os seus pres-tadores de serviço a índices deinadimplência insustentáveis.

Feitas estas considerações – senos calássemos, as pedras gritariam!–, queremos expressar nosso apoioirrestrito à Classe Contábil, ao tempoem que oferecemos ao Governo a ex-periência e o conhecimento de quemlabora, diuturnamente, na realidadedas empresas, para colaborar numesforço coletivo de melhoria das re-lações do cidadão empreendedorcom a máquina estatal. Queremos,como o Governo, que as empresassaiam da informa-lidade e venhamcontribuir, às claras, para o cresci-mento da economia, gerando maisempregos e renda. Quando isso acon-tecer, os profissionais da Contabili-dade terão o ensejo de negociar comos seus clientes a paga justa e rece-ber uma remuneração mais condi-zente com os relevantes e imprescin-díveis serviços que prestam à socie-dade brasileira.

José Martonio Alves CoelhoPresidente do CFC

CFC em um DiaParticiparam da Reunião Plenária do dia 21/5, na sede do CFC,

em Brasília: a delegada de Itabaiana/SE, Patrícia Souza Dantas(1); adelegada de Angra dos Reis/RJ, Sirlei Vieira dos Santos(2); Ilton VanderRibeiro, delegado de São Luis dos Montes Belos/GO(3); e o presi-dente do Sindicato dos Contabilistas e Técnicos em Contabilidadede Toledo/PR, Ivo Destefeni(4). A visita faz parte do projeto “CFC emum Dia”, onde os convidados, além de assistirem à reunião, conhe-cem as instalações do prédio e o Museu Brasileiro de Contabilidade.

“CFC em um Dia”

1 2 3 4

Organizado pela Frente Par-lamentar das Micro e PequenasEmpresas (MPEs), pelo Institutopela Produção, Emprego e De-senvolvimento Social (Iped) epelo Serviço Brasileiro de Apoioàs Micro e Pequenas Empresas(Sebrae), o seminário “A Lei Ge-ral das Micro e Pequenas Empre-sas” teve a participação do CFC.No evento, realizado em 18 demaio, em Brasília (DF), a coor-denadora do Grupo de Estudopara Reforma Tributária do CFC,Marta Arakaki, participou do pai-nel “Propostas do segmento paraa Lei Geral das MPEs”. Esteveainda no encontro o presidenteda Fenacon, Pedro Coelho Neto.

Seminário debateLei Geral das MPEs

Carta Aberta ao Ministro da Fazenda

Iderlon Alves

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12 maio/junho 2004Jornal do CFC

Hugo já foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), no biênio 1990-1991, e atuou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Também já passou pelo Banco Central. Na áreaacadêmica, coordenou cursos até chegar à diretoria da Faculdade Moraes Júnior. O contador foi ainda represen-tante do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), no Rio de Janeiro. Hoje, Hugo Rocha Bragaé consultor independente.

O conselheiro do CFCBernardo Rodrigues de Souza(gestão 1º/1/2002 a 31/12/2005)uniu o conhecimento adquiridocomo Técnico em Contabilida-de com o de historiador. “A Con-tabilidade é a profissão maisbela do Brasil e do mundo. Es-teve presente na origem do ho-mem, nos dias atuais e terá fun-damental importância no futuro”,garante.

Auntonio Carlos DóroBBBBBernardo Rodrigues de Souza “A profissão mais bela do Brasil”

Em 1989,o conselheiro Bernardo obteve licenciatura plena em História, pela Escola Superior de Guerra. Nogoverno do Amapá, entre os anos de 1964 e 1969, foi secretário de Finanças de Macapá e, um ano depois, chefeda Contabilidade-geral do Hospital-escola São Camilo e São Luís. Por cinco anos (1985-1990), foi secretário deFinanças do Território Federal do Amapá. Atuou também como chefe do Núcleo Setorial de Planejamento, naSecretaria de Segurança Pública (1997-2000), e trabalhou como conselheiro e vice-presidente de Fiscalização,no Conselho Regional de Contabilidade do Amapá (1999-2002).

HHHHHugo Rocha Braga “A falta da Contabilidade é como um barco sem bússola”

“Objetivamente, eu sempre lideicom Contabilidade”. A frase doconselheiro do CFC, Hugo RochaBraga (gestão 1º/1/2004 a 31/12/2007), resume sua trajetória profis-sional, cuja carreira se iniciou hámais de 40 anos. Formado pelaFaculdade de Ciências ContábeisMoraes Júnior, no Rio de Janeiro,o contador lembra que o primeirocontato com a Contabilidade ocor-reu no final da década de 50, quan-

CCCCConselheiros em Destaque

Com especialidade em Con-tabilidade Pública, a trajetóriadeste profissional é exemplar. Ini-ciou-se com sua formação pelaEscola Técnica de Comércio doAmapá, em 1964. Seis anos de-pois, Bernardo viria a obter licen-ciatura em Organização Social ePolítica pela Faculdade de Filo-sofia do Pará. “Em todos essesanos, conquistei o respeito e aadmiração dos profissionais da

área”, justifica. Com experiênciano magistério, Bernardo criticaa quantidade de cursos de Ciên-cias Contábeis existentes noPaís. “Nem todas as faculdadesestão preparadas para formarbons profissionais. Infelizmente,elas visam o lucro”, analisa.

Bernardo lembra ainda da fal-ta de prestígio, por parte do Go-verno Federal, com relação à pro-fissão contábil. “Quando é ela-

borado um plano econômico,esquecem que nós, contabi-listas; somos quemaplicam o referi-do plano, masq u a n d oalgo sai er-rado, nóssomos osc u l p a -d o s ! ” ,critica.

do fez o curso de nível médio, naEscola Técnica do Comércio Cân-dido Mendes (RJ). Ele tambémguarda no currículo acadêmico di-plomas do curso de Administraçãoe de Pós-graduação em Finanças.

Decidido a atuar como servidor,Hugo Rocha Braga foi aprovado emconcurso público do Banco do Bra-sil, sendo designado a trabalhar naagência do Centro carioca. À noi-te, aproveitava para aprimorar seu

aprendizado, prestando trabalhoextra num escritório da Candelária.

No Banco do Brasil, o conta-dor passou pelas áreas de Tesou-raria, de concessão de crédito paraempresas, de auditoria; e partici-pou da elaboração de um manualem que constam as instruções dainstituição para a concessão deempréstimos. Em paralelo, eledava aulas em instituições de ensi-no superior. Na Fundação Getúlio

Detalhes da carreira

Vargas (FGV), saiu diplomado paralecionar duas matérias: Contabili-dade Bancária e Análisede Balanço.

O contador tam-bém é autor de algunslivros. O primeiro foilançado em 1977. Ea mais recente obrafoi publicada em se-tembro do anopassado.

Detalhes da carreira

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