destaques - 71° congresso brasileiro de...
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DESTAQUES
Curitiba, 09 de setembro de 2008 - Expotrade Convention Center
Conferência internacionalHarvey White (Nova Zelândia): 10h-10h30 - Auditório 1
Sessão conjunta SBC/Pulmonary Vascular Research Institute10h-10h30 - Auditório 5
Simpósio Luso-Brasileiro de Cardiologia10 de setembro, 11h-12h30 Auditório 2
Cuidados paliativos na insufi ciência cardíaca10 de setembro, 8h30-10h - Auditório 20
Como tratarProcure na livraria a coleção “Como tratar” lançada pela SBC
Bahia 2009Agende já o próximo congresso12 a 16 de setembro de 2009Salvador Bahia
SBC e ACC juntas pela Cardiologia
O Joint Simposium da Sociedade Brasileira de Cardiologia e do American College of Cardiol-ogy foi um momento muito im-portante do Congresso. Os temas tratados foram a “doença infecci-
osa do coração em 2008” e a “sín-drome coronariana aguda: uma visão contemporânea”. Participa-ram convidados internacionais, como W. Douglas Weaver, Marc Shelton, Clyde Yancy, e, do lado
brasileiro, Antonio Carlos Pa-landri Chagas, Maria de Lourdes Higuchi, José Antonio Marin Neto, Nadine Oliveira Clausell, José Carlos Nicolau e Leopoldo Soares Piegas.
“O 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia su-perou todas nossas expectativas pela organização e a impressionante qualidade da produção cientí-fi ca. As mesas foram de altíssima nível e de grande abrangência. É de se destacar a excelente integ-ração da SBC com as sociedades internacionais, como o American College of Cardiology, a SO-LACI, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e o Ministério da Saúde.Este sucesso confi rma nossa idéia de mudar a ma-neira de fazer um Congresso de Cardiologia, que deve ser imaginado e programado a partir das suges-tões de conteúdo vindas dos departamentos. Estes departamentos representam a base real da pesquisa e da prática da cardiologia e são responsáveis pela qualidade de nosso congresso de Curitiba.”
Antonio Carlos Palandri Chagas
63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 09 DE SETEMBRO DE 2008�
O conferencista americano Dr. Jack Lewin, em sua conferência sobre a qualidade no atendimento cardioló-gico nos Estados Unidos, proferida durante o fórum “O Desafio da Qua-lidade” alertou que “a principal ame-aça à autonomia do cardiolo-gista é a sua individualidade, por isolar-se dos seus pares deixando de compartilhar in-formações que poderiam re-sultar na melhoria dos servi-ços prestados ao paciente”.O Dr. Jack Lewin deu início a sua conferência lembrando que há vários anos os médi-cos norte-americanos defini-ram que a premissa básica para o sucesso no tratamento depen-de, prioritariamente, da informação precisa. Isto inclui, entre outros da-dos, a implementação de registros em todos os níveis do atendimento, total conhecimento do prontuário, definição de parâmetros e informa-ções completas sobre o perfil sócio-econômico do paciente.
Principal ameaça à autonomia docardiologista é a sua individualidade
A hipertensão refrátaria, que está crescendo no mundo, está sofren-do algumas alterações de definição, explicou o Dr. David Calhoun, professor da Uni-versity of Alaba-ma, Birmingham, e coordenador do Scientific Sta-tement 2008 da AHA sobre a hi-pertensão arterial.Em 2003, a hiper-tensão refrataria era definida como hipertensão resis-tente às doses máximas de 3 drogas, incluído um diurético. Agora, em 2008, a referência às 3 drogas per-
siste, mas apenas uma delas deve ser “idealmente” um diurético, e as doses utilizadas não são mais
“máximas”, mas “ótimas”. Deve ser usados 3 antihiper-tensivos de classes diferentes. Uma hi-pertensão controlada com 4 ou mais me-dicamentos deve ser considerada resisten-te. A prevalência da hipertensão resisten-te aumenta, segundo o estudo ALLHAT, que considera que
após 5 anos de tratamento, 51% dos pacientes precisam de pelo menos 3 drogas.
O tratamento sugerido pelo Dr. Ca-lhoun insiste, fora da perda de peso e a diminuição do sal alimentar, so-bre o uso dos diuréticos, preferen-cialmente a clortalidona 25 mg, no qual pode ser acrescido um BRA ou IECA e eventualmente um antago-nista do cálcio.O Dr. Calhoun estima que a preva-lência do aldosteronismo primário é importante, entre 17% e 22% dos casos de hipertensão refratária, o que justifica o uso de espironolactonas.Enfim a medida a mais importante seria o controle da ingestão alimen-tar de sal, sempre elevada demais. A diminuição do sal reduz a pressão sanguínea de 2,5 mmHg, incluído na hipertensão refratária.
O levantamento desses dados pos-sibilitou aos cardiologistas compar-tilharem informações para, a partir daí, desencadear um ambicioso pro-jeto de atenção cardiológica, através da campanha Quality First Atendi-
ment. Sua principal ferramenta foi a construção de um site que disponi-biliza informações completas sobre as várias etapas do tratamento de forma clara e objetiva. A filosofia da campanha, no entanto, não para aí. Através do site, o paciente pode também acompanhar novos estudos e esforços destinados a melhorar a
qualidade no atendimento, ser infor-mado sobre revisões de diretrizes e se realmente é o foco de todo o tra-tamento.Hoje sabemos que a população norte-americana concorda que os cardiolo-
gistas devem chamar para si a responsabilidade do controle de qualidade do atendimento – uma vez que o governo já demonstrou que não tem con-dições de exercer um trabalho objetivo nessa área. Porém, para continuarmos conquistan-do plenamente essa confiança depositada pela população, precisamos ter o entendimen-to de que somente unidos al-
cançaremos nossa autonomia e nossa força política. Esta mensagem vale também para os colegas brasileiros, num momento importante no qual a SBC também atua intensamente pelo fortalecimento e autonomia da clas-se, visando a melhoria da qualidade do atendimento da população.
Cardiologia brasileira falha pornão ter parâmetros de qualidadeA cardiologia brasileira tem im-portantes líderes e reconhecimento internacional. Em contrapartida, a assistência em cardiologia que se presta no país não tem parâmetro de qualidade. Esta disparidade pontuou a palestra do Dr. Evandro Tinoco Mesquita, durante o fórum “O Desa-fio da Qualidade”. Para ele, cardio-logia com qualidade significa “fazer a coisa certa, na hora certa, do jeito certo, seguindo diretrizes e propósi-tos, dentro de um determinado con-ceito e contexto”. O cardiologista brasileiro não está conseguindo tratar do seu pacien-te, na avaliação do Dr. Mesquita. A começar pela falta de um banco de informações sobre o tratamento re-alizado nos consultórios, clínicas, políclínicas e hospitais. Na área do SUS, esta assimetria é mais evidente e está comprovada por diversos es-tudos e pesquisas. A principal delas, conduzida pelo Ministério da Saú-de, comprova que a atenção à emer-gência cardiológica é o pior serviço público prestado no país. Somam-se a este levantamento preocupante, estudos e trabalhos científicos que demonstram falhas em outros níveis de atenção ao paciente, antes mesmo dele ser removido ao hospital e nas demais etapas do tratamento, segun-do o palestrante. Para ilustrar a gravidade dos pro-blemas enfrentados atualmente na assistência em geral, foram apre-sentados dois slides na palestra. No primeiro, uma obra de arte servia como exemplo da medicina baseada em evidências, que faz dos médicos brasileiros serem reconhecidos in-ternacionalmente. No outro, o fun-do de uma panela engordurada era mostrado para representar a obscu-ridade que representa o desafio a ser vencido, para se buscar uma cardio-logia de qualidade. Esta busca, no entender do Dr. Mesquita, deve ser uma bandeira a ser seguida todos os dias pelo cardiologista, como médi-co e cidadão.
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Produção científica bate recordeA produção cientí-fica da cardiologia brasileira contem-porânea bateu mais um recorde neste 63º Congresso Bra-sileiro, com o en-vio e submissão de 1.015 Temas livres. Pela quantidade e qualidade dos traba-lhos enviados, a Co-missão Científica e a Comissão Nacional Julgadora de Temas Livres terá um tra-balho redobrado, se esforçando ao máxi-mo para análise e se-leção dos referidos resumos.De acordo com os integrantes dessas comissões, devido ao elevado valor científico dos temas recebidos, mui-tos representativos dos Programas de Pós-Graduação brasileiros, hou-ve poucas reprovações. Somente na área da Medicina foram apresenta-dos 870 e 660 selecionados para a apresentação em 65 Sessões Orais. Para a exposição em murais durante
os três dias do evento 210 trabalhos mereceram destaque.Os melhores temas livres foram di-vididos em quatro categorias, cada uma delas homenageando expoentes da cardiologia nacional. Esses tra-balhos ganharam destaque e foram apresentados em sessões especiais no decorrer da programação do con-gresso. Confira, ao lado, a relação de
premiados. Os integrantes das comis-sões agradeceram a expressiva pro-dução científica dos cardiologistas, destacando, também, o brilhantismo dos trabalhos apresentados nas áreas de enfermagem, psicologia, nutrição e fisioterapia, que “com suas contri-buições, engrandeceram ainda mais o programa científico do Congresso Brasileiro de Cardiologia.”
Resultado dos temas livres orais
Prêmio João TranchesiCategoria: Métodos Diagnósti-cosTrabalho premiado: TLO298 – Fibrose miocárdica como fator de risco para morte súbita cardía-ca na cardiomiopatia hipertróficaAutor: Afonso Akio Shiozaki – InCOR (SP)
Prêmio Gastão Pereira da Cunha Categoria: Clínica/Epi-demiologiaTrabalho premiado: TLO308 – Custo-efetividade de desfibri-ladores implantáveis no Brasil: análise em prevenção primária no setor públicoAutor: Rodrigo Antonio Ribeiro – UFRGS (RS)
Prêmio Domingo Edgardo Junqueira de MoraesCategoria: Cirúrgica/IntervençãoTrabalho premiado: TLO571 – AKIN (Active Kidney Injury Network): disfunção al após cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extra-corpóreaAutor: Maurício de Nassau Ma-chado – Faculdade de Medicina de São José do rio Preto (SP)
Prêmio Eduardo Moacir Krie-ger Categoria: Pesquisa básica / experimentalTrabalho premiado: TLO579 – O poliformismo Glu298asp da eNOS causa atenuação na vaso-dilatação muscular reflexa indu-zida por exercício Autor: Rodrigo Gonçalves Dias, do InCor
A Irmandade da Santa Casa de Mi-sericórdia de Porto Alegre tornou-se um dos primeiros hospitais oficial-mente credenciados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia para a for-mação de médicos especialistas em coração.O credenciamento, até agora restrito a nove instituições de seis Estados brasileiros, começou a ser feito por treze professores de Cardiologia que integram a Comissão do Título de Especialista da SBC. Eles verificam se as instituições candidatas seguem normas semelhantes aos do pro-grama de residência médica, se há garantia das necessárias atividades de ensino seja teórico, seja prático, os recursos humanos e físicos para qualificar os futuros cardiologistas e, após uma avaliação acurada, con-cedem o credenciamento, válido por cinco anos.Foram credenciados o Hospital e Maternidade Angelina Caron, de Campina Grande do Sul, no Paraná, o Instituto Dante Pazzanese de Car-diologia – Fundação Adib Jatene, de
SBC dá início ao credenciamento de hospitaisSão Paulo, a Universidade Federal de São Paulo – EPM, de São Paulo, a Universidade Federal do Paraná, de Curitiba, o Hospital Santa Cruz – Sociedade Brasileira e Japonesa de Beneficência, de São Paulo, o Hospital Santa Maria, de Teresina, o Hospital Cardiológico Costantini, de Curitiba, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, no Paraná, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o Instituto de Pós-Graduação Médica do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, a Fun-dação Bahiana de Cardiologia, de Salvador, o Hospital Ana Nery, de Salvador e a Universidade Federal da Bahia – Hospital Universitário Professor Edgard Santos, de Salva-dor. Para o presidente da Comissão, João Fernando Monteiro Ferreira, o cre-denciamento das instituições capa-citadas é uma garantia da qualidade assistencial oferecida ao paciente brasileiro, que tem todo o direito de ser atendido por cardiologistas mui-
to bem preparados e atualizados.Justamente para garantir essa per-manente atualização, a Comissão promoveu um encontro com os pre-sidentes das Sociedades Estaduais de Cardiologia, cujo objetivo é dar uma nova formatação ao Curso Na-cional de Reciclagem, que tanto re-cicla os especialistas, atualizando-os sobre novas técnicas, procedimentos e medicamentos, como também ser-ve como uma espécie de curso pre-paratório para quem pretende fazer a Prova de Título.O resultado do debate com as enti-dades estaduais resultou num curso mais compacto, de Imersão Total em Cardiologia, padronizado e que pode ser assumido por qualquer sociedade dos Estados de forma acessível.As sociedades interessadas em rea-lizar o Curso, que até agora era li-mitado a 4 Estados, podem entrar no site w ww.cardiol.br e no ícone “Título de Especialista” está dispo-nível toda a informação sobre como se candidatar à montagem do curso em qualquer cidade.
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A formulação de um programa de transplante cardíaco exige ter aces-so a um centro de excelência em cirurgia cardiovascular que permi-ta selecionar os pacientes, realizar o transplante e acompanhá-los.“Hoje, a parte a mais difícil é a captação de órgãos”, explica o Dr. José Teles de Mendonça (Sergipe), presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, que abriu o primeira centro de trans-plante do Nordeste, em Aracaju, há 20 anos. “Por incrível que pa-rece, temos ainda de divulgar para os médicos os critérios da morte encefálica, porque eles não conhe-
Tempos difíceis para o transplante cardíacocem o momento da morte que per-mite efetuar o transplante em boas condições.”O segundo problema é a estrutura da urgência, no Brasil, que está pas-sando por uma fase difícil. “Quere-mos conscientizar as famílias, mas como convencer quando o doador morreu no hospital porque foi mal socorrido e atendido?”, disse.Esta falência da estruturas explica em boa parte o número relativa-mente pequeno de transplantes re-alizados no Brasil: hoje são apenas 100 a 120 intervenções por ano, mas precisaria de pelo menos 500 transplantes anuais.José Teles de Mendonça
SBC apóia proi-bição do fumo em locais fechadosA Sociedade Brasileira de Cardio-logia anunciou durante o Congresso que apóia veementemente a inicia-tiva do ministro da Saúde, José Go-mes Temporão, no sentido de proibir o hábito de fumar em locais fecha-dos. A preocupação da entidade com o tabagismo está expressa na exposi-ção inaugurada durante o evento, no Museu Oscar Niemeyer. No local, estudantes das escolas públicas são orientados sobre os fatores de risco para doenças cardíacas, entre eles, o tabagismo.O presidente da Funcor, Rui Fernan-do Ramos, reconhece que, embora o Brasil tenha conseguido uma grande vitória, em reduzir para 32% o índi-ce de fumantes feito único no mundo – é preciso continuar desenvolvendo campanhas que afastem os jovens do cigarro. “A primeira experiência com o tabaco tem sido muito precoce, por volta dos 14 de idade”, observa. Com efeito, a SBC acredita que todo o empenho deve ser efetivado para que os adolescentes não iniciem a de-pendência da nicotina e sofram suas conseqüências no futuro.
Somente 24% das mulheres rece-bem informações inerentes à pre-venção de doenças cardíacas pelo contato com os médicos. A grande maioria se informa por meio de re-vistas leigas, reportagens da TV ou jornais. O Dr. Habubac Val de Oli-veira destacou que, a partir dos 60 anos de idade, a doença cardiovas-cular, que nas faixas de idade an-teriores era mais prevalente entre os homens, se iguala. “Na casa dos setenta anos, a situação se inverte, pois o índice é ainda maior entre as mulheres”, constata. O especialista citou como exemplo, as mulheres americanas que reconhecem na do-ença cardíaca a principal causa de morte no país, mas também não se beneficiam dos programas de pre-venção. No Brasil, quando pergun-tadas sobre qual a doença que mais lhes causam preocupação, a maio-ria cita o câncer de mama como tal, desconhecendo que a DCV é a principal causa de óbitos no País.De acordo com o também pales-trante Dr. José Xavier de Melo Filho, muitas vezes, a paciente abre o quadro da doença já com o infarto. Antes disso, muitos sinto-mas são mascarados, confundindo o médico, por isso, no seu enten-der a menor acurácia. “67% delas sabem que dor no peito é fator de risco para DCV e apenas 10% tem conhecimento de que náuseas, in-digestão, fadiga e dispnéia, entre
DCV na mulher: tema atual e preocupanteoutros distúrbios, também são fa-tores que devem ser mais bem in-vestigados”, observa.A palestrante Dra. Maria Alayde Mendonça da Silva citou as in-tervenções no estilo de vida das mulheres que, comprovadamente, obtêm ganhos importantes, como abandono do tabagismo, ativida-de física de pelo menos 30 minu-tos diários, uma dieta que contem-ple a ingestão de, apenas, 10% de gorduras saturadas e o consumo de alimentos ricos em fibras e frutas, além do controle dos sintomas de depressão, caso seja necessário.Dentre as barreiras encontradas para que a mulher busque o auxí-
lio, os palestrantes citaram a falta de informação como principal obs-táculo, em seguida, constataram que muitas pacientes não suportam a idéia de mudar o estilo de vida e, boa parte delas, diz se preocupar mais com a saúde dos seus familia-res do que com a sua própria saúde. Finalizando, a coordenadora lem-brou que o profissional de saúde mais procurado pelas mulheres é o ginecologista. Assim, uma boa es-tratégia seria interagir com tais es-pecialistas, usando-os como “pon-tes” para alertas e difundir entre as mulheres os programas de preven-ção de doenças cardiovasculares.
O Dr. Edgard Niclewicz (Pa-raná) explicou que nos últimos anos, à luz do melhor conhe-cimento da fi-siopatologia do
paciente diabético, envolvendo outros hormônios além da insulina, como o aumento do glucagon e a diminuição do GLP-1, novas drogas têm sido de-senvolvidas com o objetivo não só de se atingir o controle metabólico ideal, mas também de preservar as células beta das ilhotas de Langerhans. O Dr. Edgard Niclewicz aprovou a platéia formada de cardiologistas, pela qua-lidade e a praticidade das perguntas. “Tem que fazer parte da medicina moderna um conhecimento melhor do diabetes pelos cardiologistas. Eles es-tão começando a entender...”, disse.
O atual sistema de pós-graduação na área médica foi criado na década de 70. Apesar disso, ainda é considerado um modelo de su-cesso, mas que precisa ser repensado para melhorar e aperfeiçoar o que já foi feito e para incorporar novos avanços. Esta foi a con-clusão a que chegaram os participantes do fórum “Pós-Graduação na Área Médica Avanços, problemas e perspectivas”. De acordo com o Dr. Francisco Rafael Laurindo, coordenador de Pesquisas da SBC e coordenador do Fórum, o sistema nacional de pós-gra-duação atualmente em vigor foi fundamental para alavancar a ci-ência, na área médica. Na primeira parte do Fórum, o Dr. José Ro-berto Lapa e Silva fez um apanhado sobre os principais critérios adotados pelo Capes na avaliação dos programas de pós-gradua-ção. Para o professor José Fernando Perez, a pós-graduação em medicina precisa integrar-se à Biotecnologia.
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Eduardo Novaes, gerente de Acomplia, participe ao Congresso porque é uma das grandes oportunidades de encontrar de fato médicos do Brasil inteiro, e criar eventos de comuni-cação e atualização. Sanofi visita os clínicos gerais e especialistas como endocrinologis-tas e cardiologistas, mas o cardiologista tem um lugar privilegiado porque é formador de opinião, inclusivo para o clínico geral.
“Não poderíamos nos furtar de expor nossos principais lançamentos neste que é o maior evento da cardiologia brasileira, afi nal nosso foco é voltado somente para esta especialidade”, enfatiza S. C. Capelli, vice-presidente com-ercial da Biolab. O laboratório é parceiro habitual da Sociedade Brasileira de Cardiologia nos eventos promovidos pela entidade durante todo o ano.
Prof. Dr. Fernando Fernandes, diretor médico; S. C. Capelli, vice-presidente comercial; e Airton de Magistris, diretor de marketing.
Para Flávio Pontual, gerente de produto do Zetsim e Zetia, e o Dr. Eduardo Tutihashi, gerente médico, a participação no Congresso Brasi-leiro de Cardiologia é um momento privilegiado para mostrar e reforçar a imagem da empresa frente aos cardiologistas, e uma oportunida-de para divulgar uma nova aborda-gem no tratamento da dislipidemia, através das atividades no estande. O Congresso oferece também a opor-tunidade de divulgar projetos insti-tucionais como o CLACC (Conselho Latino Americano para o Cuidado Cardiovascular), projeto de cunho científi co viabilizado pela Schering-Plough, cuja o objetivo é de educa-ção médica continuada, através de informações atualizadas e a elabo-ração de ferramentas que auxiliam o médico na sua prática clínica.
Pocket book e sala das diretrizes: aprovadosO índice de aprovação do pocket book das 10 diretrizes mais recentes da SBC foi signifi cativa, felicita-se o Dr. Jadelson Pinheiros de Andra-de. Os cardiologistas aprovaram a praticidade, a qualidade da edição e dos resumos, que tornam este li-vro de bolso uma obra de referência para o dia-a-dia do ambulatório. A SBC atinge com isso seu objetivo que é de divulgar as diretrizes para criar uma normatização e uma uni-formização das condutas. Já foram distribuídos 3 mil exemplares nos dois primeiros dias do congresso. A segunda edição, prevista para o pró-ximo congresso deverá contar com 15 diretrizes. A sala das diretrizes atingiu tam-bém plenamente seu objetivo: foi freqüentada por 400 cardiologistas nos 2 primeiros dias, que foram em contato com os próprios editores das diretrizes e resolver assim dúvidas.
O Dr. Audes Magalhães Feitosa (Pernambuco) participou dos estu-dos iniciais do rastreômetro brasilei-ro, idealizado pelo Dr. Marco Mota. Esse novo equipamento original de medida da PA, que será lançado em breve pela Omron, é destinado ao paciente e indica apenas se a PA é normal ou elevada. Mais barato, este equipamento apresenta a vantagem de diminuir o estresse do paciente em frente de números de PA muito elevados. O rastreômetro serve de sinal para consultar logo o médico, no caso de persistência de PA alta.
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EXPEDIENTE
Jornal do Congresso Brasileiro de CardiologiaPresidente da SBC: Dr. Antonio Carlos Palandri ChagasDiretor de Comunicação: Dr. Renato A. K. KalilDiretor Científico: Dr. Luiz Antonio de Almeida CamposPresidente do 63º Congresso: Dr. Paulo Roberto Ferreira RossiCoordenação editorial: Núcleo Interno de Publicações da SBCEditor: Dr. Jean-Louis PeytavinRedação: René Delpy, Luiz Claudio Massa, Jorge JavorskiDireção-Arte: Edson Lara (Criativa Design)Impressão: GPP CuritibaRealização: Medicina HojeRua Teodoro Sampaio, 2534/15 Pinheiros05406-200 São Paulo SPTel: (11) 8115 3636Diretor comercial: Mauricio Galvão Andersonemail: [email protected]
A Sociedade Brasileira de Cardiologia agradece o apoio de suas Grandes Parceiras
Actelion / Análises / Art Med / Art Medical / Atheneu / Bovespa / CCL / Ciclomed / Cobra / Col-gate / Cristália / Diagnóstico da América / DMS / Dr. Reddys / E. Tamussino / Edwards / El Sevier / Engemed / Esaote / Farmalab / Farmoquímica / For Medical / Geratherm / Glicomed / Inbras-port / INCL / Instramed / Johnson & Johnson / Josapar / Medical Mettler / Neurosoft / Pyramid / Roche / Salva Pé / SBHCI / Shima-dzu / Siemens / TEB / TKL Impor-tação / Trade Farma / Transform / Transmai / Unilever / X-Pro / Yoki
Abipecs / Bayer / Cardios / GE / HCOR / Janssen-Cilag / Manole / Medley / Medtronic / Merck S. A. / Micromed / Omron / Philips / Sandoz / Torrent / Toshiba
Ache / Boehringer / Daiichi-Sankyo / E.M.S. – Sigma Pharma / Libbs / Merck Sharp Do-hme / Novartis / Pfizer / Servier
AstraZeneca / Biolab / Sanofi-Aventis / Schering Plough
Categoria Diamante(investimentos acima de R$ 400.000,00)
Categoria Ouro
Categoria Prata
Categoria Bronze
(investimentos de R$ 150.000,00 a R$ 400.000,00)
(investimentos de R$ 40.000,00 a R$ 150.000,00)
(investimentos até R$ 40.000,00)
A morte súbita do atleta choca sempre por sua fatalidade, e as vezes pela improvisação dos so-corros. O Fórum de Fisioterapia organizou ontem uma mesa-re-donda sobre o tema da medici-na esportiva, privilegiando os temas do coração do atleta e da estratificação do risco.Para o Dr. Manoel Fernandes Canesin (Londrina), “não te-mos ainda uma preparação adequado para o atendimento ao atleta em situação de emer-
Fórum de fisioterapiaMorte súbita do atletagência”. E disse que é preciso criar uma corrente que “integra educação e treinamento, reco-nhecimento dos eventos, realiza-ção de manobras de compressão e ressuscitação, desfibrilação, su-porte avançado e reabilitação”. O fisioterapeuta é o profissional ideal para implantação de estru-turas de atendimento emergencial ao atleta por estar presente nos estádios, clubes e piscinas e que, por enquanto, não dispõem desta corrente.Dr. Manoel Fernandes Canesin (Londrina)
Durante o Congresso, dezenas de médicos, enfer-meiros e acadêmicos aproveitaram a possibilidade de participar do curso intensivo de ACLS, com duração de um dia, que será ministrado até hoje, utilizando o novo manual e diretrizes atualizadas da American Heart Association.
Durante o congresso as ferramentas do Consultório Digital, foram ensinadas para os médicos pela equipe detreinamento da área de informáticada SBC, quedesenvolveu este software.