avaliação em cardiologia

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AVALIAÇÃO EM CARDIOLOGIA Professora: Marcela Mihessen FACIPLAC

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Page 1: Avaliação em cardiologia

AVALIAÇÃO EM CARDIOLOGIAProfessora: Marcela Mihessen

FACIPLAC

Page 2: Avaliação em cardiologia

INTRODUÇÃO

Papel do fisioterapeuta:Prevenção primária – avaliação dos fatores de riscoPrevenção secundária – diagnóstico precoce

para diminuir a duração ou a gravidade de doenças e seqüelas. Prevenção terciária – avaliar para tentar diminuir o grau de incapacitaçao, promover a reabilitaçao e restaurar a funçao de pacientes com doenças irreversíveis.

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ANAMNESE

QUEIXA PRINCIPALIdentificação do paciente: idade, sexo, cor, procedência, profissãoHábitos de vida – fatores de riscoAntecedentes patológicosAntecedentes familiaresHistória da doença atual (sintomas)

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Inspeção Coloração da peleTipo de respiraçãoDados subjetivos

Exame físico FR IMC FC Relação abdomen-glúteos

PA Ausculta

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Pressão diastólica(mmHg)

Pressão sistólica (mmHg)

Classificação

< 85 < 130 Normal

85-89 130-139 Limítrofe

90-99 140-159 Hipertensão leve

100-109 160-179 Hipertensão moderada

≥110 ≥ 180 Hipertensão grave

PRESSÃO ARTERIALCLASSIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

De acordo com as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial2002

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IMC (Kg/m2):Peso/altura em metros ao quadrado

Classificação da obesidade baseado no IMC (índice de massa corporal):Classificação Kg/m2Normal 23 a 26Moderadamente Obeso 27 a 32Severamente obeso > 32

Classificação da obesidade baseado no IMC (índice de massa corporal):Classificação Kg/m2Normal 24 a 27Moderadamente Obeso 28 a 31Severamente obeso > 31

HOMENS

MULHERES

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tabela de relação abdomem-glúteosidade baixo moderado alto muito alto20-29 < 0,71 0,71 a 0,77 0,78 a 0,82 > 0,8230-39 < 0,72 0,72 a 0,78 0,79 a 0,84 > 0,8440-49 < 0,73 0,73 a 0,79 0,80 a 0,87 > 0,8750-59 < 0,74 0,74 a 0,81 0,82 a 0,88 > 0,8860-69 < 0,76 0,76 a 0,83 0,84 a 0,90 > 0,90

Relação cintura/quadril

tabela de relação abdomem-glúteosidade baixo moderado alto muito alto20 - 29 < 0,83 0,83 a 0,88 0,89 a 0,94 > 0,9430 - 39 < 0,84 0,84 a 0,91 0,92 a 0,96 > 0,9640 - 49 < 0,88 0,88 a 0,95 0,96 a 1,00 > 1,0050 - 49 < 0,90 0,90 a 0,96 0,97 a 1,02 > 1,0260 - 69 < 0,91 0,91 a 0,98 0,99 a 1,03 > 1,03

HOMENS

MULHERES

Page 8: Avaliação em cardiologia

AUSCULTA CARDÍACA

• Foco aórticono segundo espaço intercostaldireito, junto ao esterno

• Foco pulmonarno segundo espaço intercostalesquerdo, na margem esternal

• Foco tricúspidena parte baixa do esterno, juntoà linha paraesternal esquerda

• Foco mitralno local onde se identifica, pelapalpação, o choque da ponta

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Meios diagnósticos em Cardiologia• Exames Laboratoriais• Eletrocardiografia – ECG• Prova de Esforço• Ecocardiograma• Radiologia – Raio X• Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial – M.A.P.A.• Cateterismo / Angiografia• Ressonância Magnética• Medicina nuclear

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Exames Laboratoriais

• Hemograma • Lipidograma• Enzimas do soro

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Exames Laboratoriais• Colesterol total:< 200 mg/dL ................. Desejável200 – 239 mg/dL .......... Alto limítrofe> 240 mg/dL ................. Alto

• Colesterol LDL:< 100 mg/dL ................. Ótimo 100-129 mg/dL ............. Desejável130-159 mg/dL ............. Limítrofe160 – 189 mg/dL .......... Alto≥ 190 mg/dL ............... Muito alto

• Colesterol HDL:< 40 mg/dL .................... Baixo > 60 mg/dL .................... Desejável

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Exames Laboratoriais• Glicemia jejum: 60-114 mg/dL• Hemoglobina glicosada: 4,0-6,0% • Triglicerídeos séricos:< 150 mg/dL ............. normal150-200 mg/dL ......... limítrofe200-499 mg/dL ......... alto> 500 mg/dL ............. muito alto

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Exames Laboratoriais• Enzimas do soro:- CPK: creatino fosfoquinaseOs níveis aumentados indicam: infarto do miocárdio, lesão da musculatura cardíaca ou esquelética, doença muscularcardíaca congênita, acidente vascular cerebral, injeçõesintramusculares, hipotireoidismo, doenças infecciosas, embolia pulmonar, hipertermia maligna, convulsões generalizadas, neoplasias de próstata, vesícula, e trato gastrintestinal.

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Exames Laboratoriais- CK-MB: isoenzima MBNo infarto agudo do miocárdio os valores de CK-MBpodem estar superiores a 16 U/L e entre 4% a 25% dovalor de CPK total. A interpretação dos resultadospode ser a seguinte:A. Valores de CK-MB acima de 16 U/L mas inferiores a 4% dovalor do CPK total podem sugerir lesão de músculo esquelético;B. CK-MB acima de 25% do valor do CPK total pode indicarpresença de isoenzima, neste caso o indicado é dosar o CK-MB pormeio de metodologias alternativas, como no caso do CK-MB porquimioluminescência. A interpretação deste exame é a seguinte: oCK-MB encontra-se predominantemente no músculo cardíaco,sendo responsável por aproximadamente 10 a 40% dasmiocardites. Os danos no miocárdio originam a liberação transitóriade CKMB para a circulação. Esse aumento de CKMB atinge o augeentre 12 e 24 horas, depois regressa ao normal dentro de 48 a 72horas.

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Exames Laboratoriais

- TGO: Transaminase sérica glutâmico oxalacéticaNo IAM o aumento do TGO está ligado à necrose decélulas miocárdicas. A elevação é geralmente moderada raramente chegando a atingir 10 vezes o limite superior normal. A elevação da TGO aparece entre a 6ª e a 12ªhoras após o episódio de dor, atinge seu nível máximo em 24 a 48 horas, e o seu retorno ao normal se processa entre o 4º e o 7º dia após o episódio de dor.

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Exames Laboratoriais

- Troponina T- exame que começa a ser muitoutilizado no diagnóstico do IAM.Esta enzima é liberada nosangue a partir de 2 a 8 horas após a lesão do miocárdio. Os valores se elevam por um período de 2 horas a 14 dias após o infarto. O resultado negativo não permite excluir com segurança um infarto do miocárdio nas primeiras 8 horas após a aparição dos primeiros sintomas. Se a suspeita persistir, o exame deve ser repetido em intervalos apropriados.

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Exames Laboratoriais

- Proteína C-reativaprocessos inflamatórios agudos e crônicos, infecções, artrite reumatóide, Lúpus, D. de Crohn, tumores e neoplasias metastáticas, infarto agudo do miocárdio, queimaduras.

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EletrocardiogramaRegistro da atividade elétrica das células cardíacas em um gráfico de voltagem em relação ao tempo

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ELETROCARDIOGRAMA

Onda P - ativação atrialIntervalo PR - intervalo entre a ativação atrial e a ativação ventricularComplexo QRS - ativação ventricularSegmento ST Onda T - repolarização ventricular

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Eletrocardiograma• Detecção de um distúrbio do ritmo cardíaco• Identificar lesões isquêmicas do miocárdio• Identificar cargas das câmaras cardíacas• Identificar comunicação interauricular

– HOLTER (12 a 48 horas)– Investigação da síncope– Avaliação pós IAM– Avaliação do cardiopata de alto risco– Estratificação de risco– Avaliação pós cirurgia cardíaca– Diagnóstico de isquemia silenciosa– Diagnóstico de isquemia miocárdica suspeitada– Avaliação de terapia– Avaliação da variabililidade do ritmo cardíaco

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Prova de Esforço• Indicações- Pré-alta após IM- Pós-alta após IM, angioplastia, revascularização do

miocárdio- Diagnóstico- Teste funcional- Teste para gravidade e prognóstico da doença• TE ergométrico e TE com MIBI• TE ergoespirométrico• TE sem exercício - adenosina/dipiridamol- dobutamina

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Ecocardiograma- Tamanho e função das câmaras- Válvulas- Espessura das paredes e septo- Movimento das paredes- Aorta- Pericárdio- Artéria pulmonar- Trajeto de saída ventricular direito- Lesões comunicantes

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Ecocardiograma• Doppler:- Utiliza a direção e a velocidade do fluxo sanguíneo

para avaliar a hemodinâmica cardiovascular- Imagem com fluxo em cores: fornece a visualização

bidimensional do fluxo sanguíneo• Ecocardiograma de contraste:- Veias cavas- Cardiopatias congênitas complexas

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Ecocardiograma

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Ecocardiograma

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Radiologia• Problemas que podem ser sugeridos ou

diagnosticados pelo RX de tórax• ICC • Edema Pulmonar• Derrame Pleural• Hipertensão Pulmonar Severa• Malformações Congênitas • Shunt esquerda-direita• Doença Cardíaca Valvar • Pericardite construtiva calcificada• Grandes Derrames Pericárdicos• Cisto pericárdico• Miocardiopatia • Sobrecarga das câmaras cardíacas

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M.A. P.A. • Divergências entre cifras tensionais casuais e lesão

em órgãos-alvo• Hipertensão lábil variável ou limítrofe• Avaliação de ação terapêutica de medicamentos• Hipertensão episódica• Hipertensão do avental branco• Sintomas de hipotensão• Avaliação de alterações da PA na angina noturna • Nos portadores de disfunção autonômica• Com finalidade de pesquisa

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Cateterismo / AngiografiaRegistra pressão no interior do coração e dos grandes vasosAnomalias anatômicas ou funcionaisIntrodução de cateter para angioplastiaUsado também para colher amostra de tecido do endocárdio ou miocárdio

Indicações:- DAC suspeita ou conhecida- Doença cardíaca valvular- Doença cardíaca congênita- Miocardiopatia- Morte súbita cardíaca- Pós transplante cardíaco

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Cateterismo / Angiografia

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Angiografia/coronariografia

CORONÁRIA ESQUERDA

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Angiografia/coronariografia

CORONÁRIA DIREITA

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Ressonância Magnética• Avaliação da doença cardíaca congênita• Estruturas intracardíacas• Estruturas dos grandes vasos• Fornece avaliação tridimensional das estruturas

miocárdicas.• Identificar zonas lesadas• Identificar tumores• Estudos dos fluxos

sanguíneos

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Medicina nuclear: Cintilografia• Avalia fluxo sanguíneo miocárdico regional e

integridade celular dos miócitos. • O tecido suprido por fluxo coronário normal

irá mostrar captação miocárdioca regional• Avalia o território envolvido em um IM, sua

extensão e o grau de comprometimento• Associada à ergometria ou ao stress farmacológico

(dipiridamol) é o exame não invasivo mais sensível para a detecção da isquemia do miocárdio, sendo indicado tanto para o diagnóstico quanto para o seguimento de pacientes coronariopatas em tratamento.

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MENSAGEM

A avaliação do paciente, quando bem feita, torna a prescrição da terapia fisioterapêutica

100% eficiente. Dispenda pelo menosuma hora com o seu paciente para

avaliá-lo e ouví-lo.