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ISSN 2318-7263

SAEMI2014

SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA

CADERNO DE GESTÃO

Publicação anual do Sistema de Avaliação Educacional Municipal do Ipojuca, onde são contempladas informações educacionais relevantes, destinada principalmente a gestores da rede de ensino.

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PREFEITO DO IPOJUCAcarlos José de Santana

VICE-PREFEITO DO IPOJUCAPedro José Mendes filho

CHEFIA DE GABINETE DO PREFEITO antônio alberto cardoso Giaquinto

SECRETARIA DO GOVERNOPedro Henrique Santana de Souza leão

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOMargareth costa Zaponi

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PREFEITO DO IPOJUCAcarlos José de Santana

VICE-PREFEITO DO IPOJUCAPedro José Mendes filho

CHEFIA DE GABINETE DO PREFEITO antônio alberto cardoso Giaquinto

SECRETARIA DO GOVERNOPedro Henrique Santana de Souza leão

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOMargareth costa Zaponi

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CONTEÚDO

1. GESTÃO DE SISTEMAS DE ENSINO .................................................................................................8

2. EDUCAÇÃO INFANTIL ..........................................................................................................................10

3. ALFABETIZAÇÃO ....................................................................................................................................15

4. ENSINO FUNDAMENTAL .....................................................................................................................18

5. GESTÃO DEMOCRÁTICA .....................................................................................................................30

6. REFERÊNCIAS .........................................................................................................................................33

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ÍNDICE DOS GRÁFICOS

Gráfico 1. Série histórica da população (%) até 3 anos frequentes à escola por unidades geográficas .................................................. 11

Gráfico 2. Crianças (%) até 3 anos que frequentam escola por unidades geográficas ................................................................................ 12

Gráfico 3. Série histórica da população (%) de 4 a 5 anos de idade frequente à escola por unidades geográficas ........................ 13

Gráfico 4. Crianças (%) de 4 a 5 anos que frequentam a escola por unidades geográficas ....................................................................... 13

Gráfico 5. Pessoas (%) de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas por unidades geográficas ................................................................... 16

Gráfico 6. Pessoas (%) de 5 anos ou mais de idade alfabetizadas por grupos de idade em Ipojuca/PR ............................................... 16

Gráfico 7. População (%) de 7 a 14 anos e de 6 a 14 anos na escola por unidades geográficas ................................................................ 19

Gráfico 8. População (%) de 6 a 14 anos na escola por unidades geográficas ................................................................................................ 19

Gráfico 9. Taxa de aprovação nos anos iniciais da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas ............................. 20

Gráfico 10. Taxa de aprovação nos anos finais da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas............................... 21

Gráfico 11. Taxa de distorção idade-série dos anos iniciais EF nas redes municipais por unidades geográficas ................................ 22

Gráfico 12. Taxa de distorção idade-série dos anos finais EF nas redes municipais por unidades geográficas .................................. 22

Gráfico 13. Proficiência média em Língua Portuguesa no 5º EF da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas 23

Gráfico 14. Proficiência média em Matemática no 5º EF da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas ............. 24

Gráfico 15. IDEB do 5º ano EF da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas .............................................................. 25

Gráfico 16. Proficiência média em Língua Portuguesa no 9º EF da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas

26

Gráfico 17. Proficiência média em Matemática no 9º EF da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas .............. 26

Gráfico 18. Gráfico 18: IDEB do 9º ano EF da rede pública e municipal (Ipojuca) por unidades geográficas ........................................ 27

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ÍNDICE DAS TABELAS

Tabela 1. Matrículas na Educação Infantil por unidades geográficas ................................................................................................................... 14

Tabela 2. Resultados de desempenho em Língua Portuguesa por etapa ........................................................................................................ 17

Tabela 3. Padrões de Desempenho em Língua Portuguesa por etapa.............................................................................................................. 17

Tabela 4. Resultados de desempenho em Matemática por etapa ....................................................................................................................... 17

Tabela 5. Padrões de Desempenho em Matemática por etapa............................................................................................................................ 17

Tabela 6. Matrículas no Ensino Fundamental por unidades geográficas ........................................................................................................... 20

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GESTÃO DE SISTEMAS DE ENSINO

Olá, gestores!

Gostaríamos de convidá-los para ler o Caderno de Gestão do Sistema de Avaliação Educacional Municipal do Ipojuca (SAEMI). Essa publicação contém diversas informações que podem ajudá-los a tomar decisões mais fundamentadas, a partir do conhecimento dos dados referentes à sua rede e à sua(s) escola(s).

Proporcionar um ensino público de qualidade não é uma questão trivial: além da obrigação de garantir o direito à educação, previsto na Constituição, trata-se da necessidade de oferecer aos jovens a capacitação indispensável ao ingresso na vida adulta. Para auxiliar o planejamento e as intervenções que visam enfrentar esse dever, reunimos nesse documento informações educacionais de diversos institutos.

SAEMI 2014 8 CADERNO DE GESTÃO

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Selecionados criteriosamente os indicadores educacionais para essa publicação, nossa intenção é que os mesmos possam fornecer subsídios relevantes para a tomada de decisões. O objetivo dessa coleção de indicadores é desenhar um quadro sobre o contexto educacional de seu sistema de ensino, propiciando a intervenção através de políticas públicas que consigam impactar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes

“É a partir das estatísticas, traduzidas

por indicadores, modelos explicativos,

modelos preditivos e, até mesmo, por

estatísticas descritivas mais simples, mas, não

menos importantes, que os gestores podem

construir políticas públicas fundamentadas em

diagnóstico.”

Carlos Moreno, diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, em notícia publicada no dia 30 de junho

de 2008, no site do instituto.

Garantir o direito ao aprendizado é o objetivo último de qualquer agente envolvido no trabalho com a educação de crianças e jovens. Assim, monitorar os diferentes aspectos educacionais que estão envolvidos, ajuda a identificar os fatores relacionados à vida escolar que são passíveis de mudança, visando à melhora dos resultados individuais e do sistema de ensino.

Organizamos as seções de acordo com níveis e tópicos educacionais, sem alterar muito a lógica das edições anteriores, especialmente a do ano passado, onde o foco ficou sobre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Como vocês poderão ver, elas ainda estarão muito presentes, mas organizadas nos seguintes tópicos: Educação Infantil, Alfabetização, Ensino Fundamental e Gestão Democrática. As informações são provenientes das mais diversas fontes. Destacamos em gráficos e tabelas todas as informações que julgamos relevantes.

Esperamos que o material ajude!

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 9

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EDUCAÇÃO INFANTIL

2O desafio das secretarias de educação já começa quase que simultaneamente ao das famílias. A primeira tarefa de qualquer sistema de ensino é garantir o acesso à educação. Por essa razão, em 2009, foi redefinida a meta para a garantia do acesso. Para as crianças de até 3 anos de idade, os sistemas de ensino, em especial, as Redes Municipais, deverão garantir vagas para pelo menos 50% da população. Essa meta deve ser atingida até o final da vigência do PNE, em 2020.

A fim de monitorar o acesso à escola por essa faixa etária da população, vamos apresentar a série histórica com o percentual de crianças que frequentaram creches no período de 2001 a 2013. O indicador é calculado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), portanto, não temos dados para os municípios.

Esse indicador considera a população com até 3 anos de idade na escola, sem considerar a etapa em que as crianças se encontram. As estimativas utilizaram a idade escolar, ou seja, os anos completos até 31 de março. Abaixo, apresentamos a situação comparada entre as Unidades da Federação (UF), lembrando que até 2003 o IBGE não levantava dados de domicílios rurais na Região Norte, com exceção de Tocantins. A partir de 2004, todo o Brasil é pesquisado pelo IBGE nas Pnad’s, áreas urbana e rural.

SAEMI 2014 10 CADERNO DE GESTÃO

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Gráfico 1. SÉRIE HISTÓRICA DA POPULAÇÃO (%) DE 0 A 3 ANOS FREQUENTES À ESCOLA POR

UNIDADES GEOGRÁFICAS

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Brasil 13,8% 14,9% 15,5% 17,3% 16,7% 19,6% 21,4% 23,0% 23,2% 25,4% 25,7% 27,9%

Nordeste 14,5% 14,7% 15,7% 17,0% 16,6% 18,6% 19,6% 20,7% 21,5% 22,9% 23,7% 25,0%

Pernambuco 14,6% 15,8% 15,2% 18,2% 17,5% 19,9% 20,8% 21,2% 21,4% 20,4% 21,7% 25,8%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Porc

enta

gem

de

cria

nças

de

0 a

3 a

nos

na e

scol

a

Fonte: Pnad’s/IBGE.

Nota: até 2003 não há dados para a área rural da região Norte, exceto Tocantins.

É possível observar que a expansão do número de matrículas em creches deve aumentar consistentemente. Os valores não são muito diferentes para a região e o estado, e os dois estão pouco atrás quando consideramos a situação do país; mas é preciso atenção, pois ainda falta um bom número de crianças para atender, e quanto mais próximo do “teto” da meta, mais difícil fica de alcançá-la, especialmente considerando o ano para a consecução, 2020. Além das Pnad’s, onde encontramos apenas dados até o nível do estado, precisamos recorrer ao Censo Demográfico, pois só lá encontramos informação para o município, especificamente. Apresentamos, em seguida, os resultados para o país, estado e o município em 2010, com dados do Censo Demográfico, também realizado pelo IBGE. Em 2010, já podíamos ver que cerca de 16% das crianças com até 3 anos frequentavam creche/escola em Ipojuca, percentual inferior àqueles observados para o país e o estado de Pernambuco.

Uma estratégia para o cumprimento da meta seria a expansão da oferta de vagas em creches públicas. É preciso conhecer as demandas e articular a ação do governo estadual e prefeituras. Gestores responsáveis por essa etapa deverão fazer essa articulação, monitorar o crescimento do número de creches e também a quantidade de vagas que elas irão ofertar.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 11

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Gráfico 2. CRIANÇAS (%) DE ATÉ 3 ANOS QUE FREQUENTAM ESCOLA POR UNIDADES

GEOGRÁFICAS

23,5%22,1%

15,9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

2010

Brasil Pernambuco Ipojuca

Fonte: Censo Demográfico 2010/IBGE.

O desafio não para por aí, os gestores deverão se preocupar também com o atendimento das crianças de 4 a 5 anos de idade. O indicador que monitora o atendimento a essa faixa etária não é diferente do anterior. No próximo gráfico, consideramos o percentual da população de 4 a 5 anos que frequenta a escola. As estimativas consideraram a idade escolar, independentemente da etapa de ensino na qual a criança está. No gráfico destacamos o comparativo entre o país, a região, o estado e a região metropolitana de interesse.

É possível notar que no período analisado o percentual de crianças nessa faixa etária frequentando a escola aumenta consideravelmente, mas ainda falta um valor considerável para se atingir a meta de atendimento da população de 4 a 5 anos de idade. Esse percentual restante representa um grande desafio para os gestores, especialmente porque o prazo é curto. O acesso à pré-escola deverá ser universal já em 2016. O cumprimento dessa estratégia também exigirá articulação entre poderes locais e regionais, dividindo as responsabilidades da maneira mais eficiente possível, se quiserem alcançá-la.

Além da série histórica, que contempla diversas unidades geográficas, apresentamos os resultados para o município, especificamente, em 2010. É possível notar que os valores são muito próximos, mas é possível deduzir que o percentual de atendimento do município do Ipojuca é menor do que de Pernambuco. No entanto, os gestores devem se preocupar nesse ponto com o “efeito teto”, ou seja, quanto mais próximo da meta, mais difícil é o incremento anual dos indicadores.

SAEMI 2014 12 CADERNO DE GESTÃO

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Gráfico 3. SÉRIE HISTÓRICA DA POPULAÇÃO (%) DE 4 A 5 ANOS DE IDADE FREQUENTE À

ESCOLA POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Brasil 66,4% 67,6% 69,7% 71,8% 72,5% 76,7% 78,9% 81,1% 83,0% 85,6% 85,9% 87,9%

Nordeste 71,6% 73,1% 74,3% 76,8% 79,2% 82,0% 84,5% 86,8% 88,2% 90,5% 90,7% 92,6%

Pernambuco 68,7% 70,5% 71,3% 71,7% 75,5% 80,9% 81,5% 85,6% 83,1% 87,2% 90,5% 88,0%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Porc

enta

gem

de

cria

nças

de

4 a

5 an

os n

a es

cola

Fonte: Pnad’s 2001 a 2013/IBGE.Nota: até 2003 não há dados para a área rural da região Norte, exceto Tocantins.

Gráfico 4. CRIANÇAS (%) DE 4 A 5 ANOS QUE FREQUENTAM A ESCOLA POR UNIDADES

GEOGRÁFICAS

80,1%

83,4%

78,9%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010

Brasil Pernambuco Ipojuca

Fonte: Censo Demográfico 2010/IBGE.

A Tabela 1 traz o quantitativo de matrículas total na Educação Infantil em 2014. Desse total, a Rede Municipal de ensino de Ipojuca é responsável por 493 matrículas em creches (68%) e 2.064 matrículas na pré-escola (72%). No total, a Rede Municipal é responsável por 71% do atendimento nessas etapas. O atendimento das demais crianças fica por conta da rede privada.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 13

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Tabela 1. MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

Unidades Geográficas creche Pré-escola Total

Brasil 2.891.976 4.964.015 7.855.991

Pernambuco 85.428 239.204 324.632

Ipojuca 722 2.873 3.595

Rede Municipal 493 2.064 2.557Fonte: Censo Escolar 2014/INEP.

SAEMI 2014 14 CADERNO DE GESTÃO

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ALFABETIZAÇÃO

3O desenvolvimento das habilidades cognitivas fundamentais é muito importante para as etapas posteriores de ensino. Por essa razão, os gestores já devem se preocupar em monitorar indicadores educacionais no ciclo inicial de aprendizagem. A partir dessa preocupação é que se desenvolveram os testes cognitivos de leitura e escrita para o 3º ano do Ensino Fundamental, bem como definiu-se a meta 5 do PNE, que estabelece que todas as crianças devem estar alfabetizadas até essa etapa de ensino. Há também a preocupação com as taxas de analfabetismo e analfabetismo funcional em todas as faixas etárias. Fruto dessa preocupação foi o estabelecimento da meta 9 do PNE, que objetiva a elevação da taxa de alfabetização de maiores de 15 anos para 93,5% até 2015, a erradicação do analfabetismo absoluto, bem como a redução em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Os dois últimos objetivos citados devem ser cumpridos até o fim da vigência do PNE, em 2020.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) desenvolveu a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), direcionada para as unidades escolares e estudantes matriculados nessa etapa de escolaridade, fase final do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do EF). A ANA fornece informações sobre o nível de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e alfabetização em Matemática, e ainda sobre as condições de oferta e fatores contextuais. Infelizmente, os resultados ainda não estão abertos à consulta pública, apenas através de cadastro e senha é possível acessar o resultado da escola, individualmente.

É possível monitorar essa dimensão, indiretamente, a partir de outras fontes de dados. O IBGE levanta informações sobre a alfabetização com a Pnad. Essas pesquisas nos ajudam a estimar a proporção de pessoas alfabetizadas e traçar a série histórica para as unidades de interesse. Abaixo, apresentamos a série histórica da taxa de alfabetização para o país, a região e o estado.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 15

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Gráfico 5. PESSOAS (%) DE 5 ANOS OU MAIS DE IDADE ALFABETIZADAS POR UNIDADES

GEOGRÁFICAS

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Brasil 85,4% 85,9% 86,3% 86,3% 86,7% 87,6% 88,1% 88,5% 88,8% 90,2% 90,1% 90,3%

Nordeste 74,1% 75,0% 75,4% 75,8% 76,5% 77,9% 78,8% 79,7% 80,5% 82,6% 82,1% 82,6%

Pernambuco 75,8% 76,4% 75,9% 76,5% 77,6% 79,9% 80,2% 80,8% 81,2% 83,7% 83,2% 84,4%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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ano

s ou

mai

s

Fonte: Pnad’s 2001 a 2013/IBGE.

Nota: até 2003 não há dados para a área rural da região Norte, exceto Tocantins.

É possível notar que os resultados da região e do estado estão um pouco aquém, quando comparados aos do país. As estratégias devem ser pensadas a partir dos possíveis “alvos” de alguma medida ou ação que tenha por fim concretizar as conquistas em relação às metas 5 e 9 do PNE. Abaixo, o percentual de pessoas alfabetizadas em Ipojuca em 2010. O critério de pessoa alfabetizada é o do IBGE, pois os dados são do Censo Demográfico.

Gráfico 6. PESSOAS (%) DE 5 ANOS OU MAIS DE IDADE ALFABETIZADAS POR GRUPOS DE

IDADE EM IPOJUCA/PR

40,4%

69,4%

90,8%

96,5%93,7%

90,5%

83,0%

69,0%

61,7%

48,3%

34,9%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

2010

5 e 6 anos

7 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 anos ou mais

Fonte: Censo Demográfico 2010/IBGE.

SAEMI 2014 16 CADERNO DE GESTÃO

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Nesses casos é que a montagem de um sistema próprio de avaliação se mostra vantajoso, pois, além dos resultados para unidade geográfica (ou administrativa) de interesse, é possível também estabelecer os critérios e periodicidade dos dados. O SAEMI 2014 avaliou, em Língua Portuguesa e Matemática, os estudantes das primeiras etapas de escolarização na Rede Municipal de ensino. Os resultados são das avaliações de saída, independentemente do desenho da avaliação, seja ela longitudinal ou transversal. Os valores absolutos e relativos de participação, que indicam que não há necessidade de preocupação com a representatividade do teste, já que nas três etapas temos mais de 80% de participação. De maneira geral, notamos uma queda significativa no desempenho dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, quando os comparamos com os resultados do 1º e do 2º anos. Esse resultado sinaliza que é preciso focar a atenção no último ano do ciclo de alfabetização, pois só assim será possível alcançar a meta 5 traçada no PNE.

Tabela 2. RESULTADOS DE DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA POR ETAPA

Etapa Proficiência Média Desvio Padrão Estudantes Previstos Estudantes Efetivos Participação

1º Ano 578,4 127,6 1.212 1.015 83,7%

2º Ano 575,0 111,3 1.385 1.142 82,5%

3º Ano 461,4 103,8 1.264 1.050 83,1%

Fonte: SAEMI.

Tabela 3. PADRÕES DE DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA POR ETAPA

Etapa Padrão de Desempenho Elementar I Elementar II Básico Desejável

1º Ano Básico 9,9% 19,8% 24,8% 45,5%

2º Ano Básico 7,2% 19,3% 30,5% 43,1%

3º Ano Elementar II 32,6% 29,5% 24,0% 13,9%

Fonte: SAEMI.

Tabela 4. RESULTADOS DE DESEMPENHO EM MATEMÁTICA POR ETAPA

Etapa Proficiência Média Desvio Padrão Estudantes Previstos Estudantes Efetivos Participação

1º Ano 492,2 103,0 1.207 1.078 89,3%

2º Ano 501,6 95,0 1.388 1.170 84,3%

3º Ano 466,4 87,3 1.264 1.050 83,1%

Fonte: SAEMI.

Tabela 5. PADRÕES DE DESEMPENHO EM MATEMÁTICA POR ETAPA

Etapa Padrão de Desempenho Elementar I Elementar II Básico Desejável

1º Ano Básico 8,9% 24,8% 32,6% 33,8%

2º Ano Básico 6,9% 21,1% 38,6% 33,3%

3º Ano Elementar I 55,8% 24,7% 16,6% 2,9%

Fonte: SAEMI.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 17

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ENSINO FUNDAMENTAL

4São diversos os desafios enfrentados por técnicos, diretores, professores, alunos e pais nessa etapa. O primeiro deles é garantir o acesso e a frequência dos alunos à escola. Para cumprir essa tarefa, governos abrem novas escolas e aumentam o número de matrículas, assim como associam diferentes políticas sociais à obrigatoriedade de permanência das crianças nas escolas. Monitorar o acesso e frequência é essencial para que não ocorram retrocessos, bem como para indicar o foco para a busca ativa por crianças e jovens que ainda estão excluídos do sistema educacional.

Podemos notar que a universalização do Ensino Fundamental, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), será um desafio para os sistemas educacionais brasileiros. Assim como nos outros indicadores de acesso, podemos notar o típico caso de efeito teto, ou seja, quanto mais próximo da universalização de um bem educacional, mais difícil fica o incremento anual no indicador. As estratégias devem ser cada vez mais focalizadas, uma vez que a população fora da escola pertence a grupos específicos, em geral, trata-se de pessoas que moram em locais de difícil acesso, ou mais vulneráveis economicamente. Além disso, para cumprir o que está estabelecido na meta 2 do PNE, que consiste em universalizar o Ensino Fundamental para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa sem distorção idade-série até 2020, é necessário ter atenção também com o fluxo dos alunos no sistema.

O Ensino Fundamental de 9 anos, com ingresso nessa etapa de ensino aos 6 anos de idade, começou a ser implantado no Brasil em 2007. Por essa razão, a série de 6 a 14 anos se inicia nesse ano. Para a população de 7 a 14 anos, a taxa líquida de matrícula é calculada de 2001 a 2011. Ambos os indicadores são mostrados para cada unidade geográfica.

SAEMI 2014 18 CADERNO DE GESTÃO

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Gráfico 7. POPULAÇÃO (%) DE 7 A 14 ANOS E DE 6 A 14 ANOS NA ESCOLA POR UNIDADES

GEOGRÁFICAS

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Brasil (7 a 14) 94,5% 95,3% 95,4% 95,2% 95,8% 96,3% 96,8% 97,3% 97,5% 97,8%

Brasil (6 a 14) 95,2% 96,3% 96,7% 97,0% 97,0% 97,1%

Nordeste (7 a 14) 92,0% 93,2% 93,1% 92,9% 93,9% 94,9% 96,0% 96,9% 97,2% 97,4%

Nordeste (6 a 14) 94,7% 96,0% 96,2% 96,3% 96,4% 96,2%

Pernambuco (7 a 14) 91,1% 93,7% 93,7% 93,6% 94,1% 94,5% 96,1% 96,3% 96,4% 97,1%

Pernambuco (6 a 14) 95,1% 95,4% 95,8% 95,5% 96,1% 95,8%

90%

92%

94%

96%

98%

100%

Perc

entu

al d

e cr

ianç

as n

a es

cola

Fonte: Pnad’s 2001 a 2003/IBGE.

Nota: até 2003 não há dados para a área rural da região Norte, exceto Tocantins.

Com os dados do Censo Demográfico de 2010, temos os percentuais de crianças na escola, e para Ipojuca, a universalização está muito próxima (97%).

Gráfico 8. POPULAÇÃO (%) DE 6 A 14 ANOS NA ESCOLA POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

96,7% 96,4% 97,3%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2010

Brasil Pernambuco Ipojuca

Fonte: Censo Demográfico 2010/IBGE.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 19

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A Tabela 6 traz o quantitativo de matrículas total no Ensino Fundamental em 2014. Desse total, a Rede Municipal de ensino é responsável por 84% da oferta de matrículas nos anos iniciais e 83% da oferta de matrículas nos anos finais. No total, a Rede Municipal é responsável por 84% do atendimento nessas etapas.

Tabela 6. MATRÍCULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

Unidades Geográficas anos iniciais anos finais Total

Brasil 15.699.483 12.760.184 28.459.667

Pernambuco 750.817 600.059 1.350.876

Ipojuca 9.309 6.602 15.911

Rede Municipal 7.789 5.505 13.294

Fonte: Censo Escolar 2014/INEP.

A partir do momento em que o aluno está regularmente matriculado e não falta às aulas, é importante garantir que ele aprenda e avance. Após o desenvolvimento das primeiras habilidades, aquelas relativas à alfabetização – especialmente ligadas à aquisição do sistema de escrita, trabalho com números e operações etc. – o espectro de competências se expande. Torna-se necessário, então, acompanhar de perto o avanço da aprendizagem dos alunos e seu fluxo pelo sistema de ensino.

O gráfico 9 apresenta a evolução das taxas de aprovação nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os dados estão desagregados por unidade geográfica e cobrem o período 2005-2013. Nota-se que as taxas de aprovação observadas em Ipojuca são consistentemente mais baixas que as verificadas no nível nacional, contudo a partir do ano de 2009, é possível perceber um aumento abrupto no índice que começa convergir para o índice do país. Concretamente, a diferença entre a taxa de aprovação do Brasil e da Rede Municipal de Ipojuca era de 6,2% em 2005 e caiu para apenas 1,2% em 2013.

Gráfico 9. TAXA DE APROVAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DA REDE PÚBLICA E MUNICIPAL

(IPOJUCA) POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 80,0% 84,6% 87,3% 90,2% 91,8%

Nordeste 70,8% 77,8% 81,9% 85,8% 88,0%

Pernambuco 73,6% 77,1% 83,0% 86,5% 87,8%

Ipojuca 74,4% 80,4% 79,2% 88,1% 90,7%

Ipojuca RM 73,8% 79,8% 79,0% 88,0% 90,7%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Taxa

de

Apr

ovaç

ão 1

º ao

Ano

EF

Fonte: Saeb/INEP.

SAEMI 2014 20 CADERNO DE GESTÃO

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Para efeito de comparação, consideram-se agora as taxas de aprovação para os anos finais do Ensino Fundamental. Dois fatos podem ser depreendidos da observação do gráfico 10. Em primeiro lugar, é patente a diferença de nível das taxas de aprovação entre os anos Finais do Ensino Fundamental, em relação àquelas observadas para os anos iniciais. Essa diferença se mantém para qualquer uma das unidades geográficas consideradas. Assim, pode-se concluir que os anos iniciais do Ensino Fundamental apresentam um fluxo melhor quando comparado com os anos finais.

Outro fato notório, apresentado no gráfico 10, é que a tendência de aumento na taxa de aprovação em Ipojuca a partir de 2009, que já fora verificada nos anos iniciais do Ensino Fundamental, repete-se agora nos anos finais.

Gráfico 10. TAXA DE APROVAÇÃO NOS ANOS FINAIS DA REDE PÚBLICA E MUNICIPAL (IPOJUCA)

POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 75,0% 78,2% 79,7% 81,8% 81,8%

Nordeste 67,1% 71,0% 73,5% 75,7% 75,7%

Pernambuco 63,9% 65,6% 71,7% 76,0% 76,0%

Ipojuca 64,1% 66,9% 70,6% 79,1% 79,1%

Ipojuca RM 63,4% 62,7% 67,3% 77,4% 77,4%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Taxa

de

Apr

ovaç

ão 6

º ao

Ano

EF

Fonte: Saeb/INEP.

Outro indicador de fluxo, considerado nesta análise, é a distorção idade-série. O gráfico 11 mostra os dados relativos aos anos iniciais do Ensino Fundamental. Assim como ocorreu com o indicador de taxa de aprovação, o indicador de idade-série apresentou uma tendência de consistente melhora a partir de 2009. Essa tendência foi mais pronunciada para o município de Ipojuca.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 21

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Gráfico 11. TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE DOS ANOS INICIAIS EF NAS REDES MUNICIPAIS

POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 27,0% 26,3% 20,5% 21,8% 22,0% 21,3% 20,0% 18,7% 17,1%

Nordeste 37,3% 36,6% 26,4% 29,4% 29,8% 28,4% 26,6% 24,8% 22,7%

Pernambuco 32,9% 32,5% 25,3% 27,8% 27,4% 26,1% 24,8% 23,7% 22,5%

Ipojuca 41,6% 40,7% 29,1% 32,5% 30,8% 28,6% 25,8% 23,2% 20,9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Dis

torç

ão id

ade-

série

Ano

s In

icia

is E

F

Fonte: INEP.

O padrão de melhora contínua a partir de 2009 repete-se para os anos finais do Ensino Fundamental, como pode ser visto no gráfico 12. Note que, novamente, há uma diferença de nível relevante entre o índice dos anos iniciais e o índice dos anos finais. Confirmando o fato de que o fluxo escolar é melhor para os anos iniciais do Ensino Fundamental.

Gráfico 12. TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE DOS ANOS FINAIS EF NAS REDES MUNICIPAIS

POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 46,1% 43,8% 33,3% 35,9% 37,5 % 37,1% 36,5% 35,9% 35,8%

Nordeste 57,6% 54,1% 36,9% 41,8% 44,8% 44,1% 43,0% 41,6% 40,9%

Pernambuco 56,6% 53,2% 38,4% 42,0% 43,6% 42,5% 41,8% 40,7% 40,1%

Ipojuca 66,9% 63,0% 46,7% 51,4% 52,1% 47,6% 45,5% 41,4% 39,1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Dis

torç

ão id

ade-

série

Ano

s Fi

nais

EF

Fonte: INEP.

SAEMI 2014 22 CADERNO DE GESTÃO

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Voltamos nossa atenção agora para os indicadores de desempenho. O gráfico 13 mostra os resultados de proficiência média de Língua Portuguesa para o 5° ano do Ensino Fundamental. Dessa vez, os indicadores de Ipojuca se caracterizam não apenas por apresentarem um nível mais baixo do que as demais unidades geográficas consideradas, como também apresentam pior tendência. A partir de 2009, ocorre uma pequena queda no valor da proficiência para Ipojuca. Em contrapartida, as outras regiões analisadas apresentam um padrão de melhoria contínua no índice considerado.

Gráfico 13. PROFICIÊNCIA MÉDIA EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º EF DA REDE PÚBLICA E

MUNICIPAL (IPOJUCA) POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 167,6 171,4 179,6 185,7 189,7

Nordeste 149,6 157,3 165,3 170,9 173,1

Pernambuco 151,5 157,8 162, 9 167,0 173,6

Ipojuca 151,2 152,5 157,7 155,8 157,2

Ipojuca RM 150,2 152,6 158,6 155,2 157,2

125

150

175

200

225

Esca

la S

aeb

de L

íngu

a Po

rtug

uesa

Fonte: Saeb/INEP.

Os resultados de proficiência, em Matemática, para o 5° ano, são objeto do gráfico 14. Os dados relativos ao exame de Matemática reproduzem as diferenças de nível e de tendência verificados no exame de Língua Portuguesa. Com efeito, a proficiência no exame de Matemática em Ipojuca é mais baixa do que as outras regiões e apresenta tendência de declínio a partir de 2009. Uma diferença relevante dos dados da proficiência de Língua Portuguesa, em relação aos dados relativos à proficiência em Matemática, é que o padrão de declínio dessa última revelou-se mais acentuado do que o observado na primeira. Concretamente, enquanto no exame de Língua Portuguesa a diferença da proficiência entre o ano de 2009 e de 2013 é de apenas 0,5 pontos, no exame de Matemática essa diferença é de 8,2 pontos.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 23

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Gráfico 14. PROFICIÊNCIA MÉDIA EM MATEMÁTICA NO 5º EF DA REDE PÚBLICA E MUNICIPAL

(IPOJUCA) POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 177,1 189,1 199,5 204,6 205,1

Nordeste 156,4 174,4 182,0 186,8 186,1

Pernambuco 158,3 174,1 180,8 184,4 187,5

Ipojuca 159,2 169,2 174,7 170,1 166,5

Ipojuca RM 158,0 169,3 175,8 169,5 166,5

125

150

175

200

225

Esca

la S

aeb

de M

atem

átic

a

Fonte: Saeb/INEP.

Como se sabe, o IDEB é composto por indicadores de fluxo escolar e proficiência. Foi visto que, para o município de Ipojuca, os índices de fluxo escolar apresentaram contínua melhora a partir de 2009. Também vimos que o inverso ocorreu com os índices de proficiência. Considerando essas informações, não é possível, portanto, prever o comportamento do IDEB. A tendência desse índice pode variar de crescimento, declínio ou estabilidade a depender de qual fator se mostrou predominante.

O gráfico 15 revela que a tendência do IDEB no período para o município de Ipojuca foi, na verdade, de estabilidade a partir de 2009. Em contraste, houve melhoria contínua nas demais unidades geográficas consideradas. Esse último resultado não surpreende, tendo em vista o que foi mostrado até aqui em termos de evolução do fluxo escolar e desempenho para essas regiões.

SAEMI 2014 24 CADERNO DE GESTÃO

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Gráfico 15. IDEB DO 5º ANO EF DA REDE PÚBLICA E MUNICIPAL (IPOJUCA) POR UNIDADES

GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 3,6 4,0 4,4 4,7 4,9

Nordeste 2,7 3,3 3,7 4,0 4,1

Pernambuco 2,8 3,3 3,7 3,9 4,1

Ipojuca 2,8 3,3 3,3 3,6 3,6

Ipojuca RM 2,7 3,2 3,4 3,5 3,6

1

2

3

4

5

6

IDEB

Fonte: Saeb/INEP.

Consideraremos, a partir de agora, as mesmas variáveis de desempenho para o 9° ano do Ensino Fundamental. Assim como ocorreu com o 5° ano, é possível observar, na trajetória das notas de proficiência do 9° ano, um padrão de inflexão a partir de 2009. No que tange aos resultados do exame de Língua Portuguesa, mostrados no gráfico 16, após a inflexão no ano de 2009, que interrompeu uma tendência de aumento, os resultados da proficiência apresentaram diferentes comportamentos dependendo da unidade geográfica considerada. Para Pernambuco, Nordeste e Brasil como um todo, a proficiência em Língua Portuguesa se estabilizou a partir de 2009. No município de Ipojuca, por outro lado, ocorre uma pequena queda a partir de 2009.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 25

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Gráfico 16. PROFICIÊNCIA MÉDIA EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º EF DA REDE PÚBLICA E

MUNICIPAL (IPOJUCA) POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 225,4 228,9 238,7 238,8 239,4

Nordeste 212,9 216,0 226,0 225,2 227,9

Pernambuco 206,9 211,7 223,4 222,1 226,9

Ipojuca 201,6 200,0 215,0 209,8 210,7

Ipojuca RM 196,9 197,9 211,4 208,3 211,1

175

200

225

250

275

Esca

la S

aeb

de L

íngu

a Po

rtug

uesa

Fonte: Saeb/INEP.

Os padrões da nota de proficiência, verificados para Língua Portuguesa, repetem-se quando consideramos as proficiências do exame de Matemática. O gráfico 17 mostra ainda que a queda que se segue ao ano de 2009, em Matemática, é ligeiramente mais acentuada que a constatada para Língua Portuguesa.

Gráfico 17. PROFICIÊNCIA MÉDIA EM MATEMÁTICA NO 9º EF DA REDE PÚBLICA E MUNICIPAL

(IPOJUCA) POR UNIDADES GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 231,6 240,6 241,8 244,8 243,8

Nordeste 217,1 225,8 227,8 230,3 230,9

Pernambuco 214,7 221,9 226,3 228,0 231,9

Ipojuca 214,6 208,6 217,9 210,4 213,3

Ipojuca RM 211,3 207,0 215,6 206,7 213,3

175

200

225

250

275

Esca

la S

aeb

de M

atem

átic

a

Fonte: Saeb/INEP.

SAEMI 2014 26 CADERNO DE GESTÃO

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Veja, por fim, que o IDEB do munícipio de Ipojuca, do 9° ano, sintetiza o antagonismo demonstrado nas tendências de fluxo e desempenho, em um padrão de estabilidade, a partir de 2009.

Gráfico 18. GRÁFICO 18: IDEB DO 9º ANO EF DA REDE PÚBLICA E MUNICIPAL (IPOJUCA) POR

UNIDADES GEOGRÁFICAS

2005 2007 2009 2011 2013

Brasil 3,2 3,5 3,7 3,9 4,0

Nordeste 2,6 2,9 3,1 3,2 3,4

Pernambuco 2,4 2,6 3,0 3,2 3,4

Ipojuca 2,3 2,4 2,8 2,9 2,8

Ipojuca RM 2,2 2,2 2,6 2,8 2,8

1

2

3

4

5

6

IDEB

Fonte: Saeb/INEP.

Essas informações sobre o desempenho e o fluxo são tão importantes para a tomada de decisões, que notamos a expansão da avaliação educacional em grande escala no país. Como vimos, os resultados são de 2013 e para as séries de conclusão do Ensino Fundamental. A adoção de um sistema próprio se fundamenta na necessidade de acesso mais rápido às informações, bem como na necessidade de uma avaliação mais adequada à realidade local. Para completar essas informações, podemos ver agora os resultados do SAEMI, para o 1º, 2º, 4º, 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental em 2014, e os resultados do SAEPE para o 3º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental no mesmo ano, considerando as disciplinas avaliadas.

A tabela 7 apresenta o resultado de Língua Portuguesa por etapa de escolaridade. O primeiro aspecto que merece destaque na tabela é a participação. Os percentuais e os números absolutos, em geral, são altos e nos permitem fazer generalizações para a população-alvo em várias das etapas. É preciso, no entanto, ver com mais cautela os resultados do 6º e 7º anos, já que eles não alcançaram o patamar de 80%. Vemos um desempenho abaixo do esperado em todas as etapas avaliadas.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 27

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TABELA 7: PARTICIPAÇÃO E DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA POR ETAPA DE ESCOLARIDADE

Etapa Estudantes Avaliados ParticipaçãoProficiência

MédiaDesvio Padrão

4º Ano 1.735 82,9% 517,7 102,1

5º Ano 1.376 82,9% 159,6 41,3

6º Ano 1.178 75,9% 169,7 38,9

7º Ano 1.149 77,1% 171,3 33,6

8º Ano 1.055 80,8% 177,0 35,7

9º Ano 973 80,1% 190,7 47,9

Fonte: SAEMI.

As informações relativas à distribuição de alunos, por Padrão de Desempenho, são apresentadas na tabela 8. Nota-se que o percentual de alunos nos padrões elementares e básico é muito alto. Os gestores devem se preocupar com alternativas para enfrentar os déficits de aprendizagem que mantêm esses alunos nesses padrões. É possível afirmar que tais alunos podem ser considerados como dotados de alto risco pedagógico, ou seja, com grande chance de reprovação e evasão escolar. O desempenho desses alunos afeta diversos indicadores em diversas metas de acesso, permanência, fluxo e qualidade considerados no PNE. Por isso, é importante uma atenção especial nesses casos. Uma sugestão para os gestores é a implementação de políticas, programas e projetos de recuperação da aprendizagem.

TABELA 8: PADRÕES DE DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA POR ETAPA DE ESCOLARIDADE

EtapaPadrão de

DesempenhoAbaixo do

BásicoBásico Adequado Avançado

4º Ano Elementar I 79,5% 8,8% 9,3% 2,5%

5º Ano Elementar II 22,5% 45,1% 20,5% 11,9%

6º Ano Elementar II 12,2% 45,6% 28,4% 13,8%

7º Ano Elementar II 6,1% 53,0% 27,9% 13,1%

8º Ano Elementar I 75,5% 17,6% 5,7% 1,1%

9º Ano Elementar I 58,4% 22,5% 12,9% 6,2%

Fonte: SAEMI.

A taxa de participação e a proficiência média são mostradas na tabela 9. Naturalmente, os percentuais de participação para o exame de Matemática são idênticos aos constatados para o exame de Língua Portuguesa, pois ambos foram aplicados no mesmo dia. Ademais, em Matemática a menor proficiência foi observada para o 6° ano, enquanto em Língua Portuguesa essa posição havia sido alcançada pelo 5° ano.

SAEMI 2014 28 CADERNO DE GESTÃO

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TABELA 9: PARTICIPAÇÃO E DESEMPENHO EM MATEMÁTICA POR ETAPA DE ESCOLARIDADE

EtapaEstudantes Avaliados

ParticipaçãoProficiência

MédiaDesvio Padrão

4º Ano 1.735 82,9% 446,0 99,6

5º Ano 1.377 82,9% 171,0 39,9

6º Ano 1.178 75,9% 157,2 43,3

7º Ano 1.149 77,1% 180,5 41,7

8º Ano 1.055 80,8% 197,4 33,4

9º Ano 973 80,1% 203,8 39,5

Fonte: SAEMI.

Em relação à proficiência, Matemática apresenta um quadro semelhante ao observado para Língua Portuguesa, qual seja, a de que os alunos apresentam rendimento aquém do desejável, pois na média o desempenho pode ser considerado básico ou elementar. No caso do 8º e 9º anos, o diagnóstico se agrava, pois a maioria dos estudantes está no padrão mais baixo de desempenho. Nesse caso, será preciso não somente recuperar o aprendizado dos alunos, mas também aprofundar o desenvolvimento das habilidades e competências desejáveis no grupo que está com desempenho considerado básico.

TABELA 10: PADRÕES DE DESEMPENHO EM MATEMÁTICA POR ETAPA DE ESCOLARIDADE

EtapaPadrão de

DesempenhoAbaixo do

BásicoBásico Adequado Avançado

4º Ano Elementar I 53,5% 29,8% 14,9% 1,8%

5º Ano Elementar II 32,3% 33,7% 22,1% 11,9%

6º Ano Elementar II 46,6% 29,0% 14,9% 9,5%

7º Ano Elementar II 24,5% 31,6% 25,8% 18,2%

8º Ano Elementar I 78,9% 13,0% 6,8% 1,3%

9º Ano Elementar I 72,3% 12,4% 11,4% 3,9%

Fonte: SAEMI.

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 29

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GESTÃO DEMOCRÁTICA

5A gestão escolar tem como características marcantes a construção de uma referência de liderança para a administração da unidade. Essa referência é o(a) gestor(a), que possui, em maior ou menor medida, o direito-dever de decidir, criar e sustentar metas e objetivos educacionais, bem como garantir a obediência às normas necessárias ao funcionamento da instituição. A gestão da escola diz respeito a valores diretamente relacionados à excelência acadêmica, o compromisso com bons resultados, o apoio ao trabalho dos professores e estudo dos estudantes. Para a realização dessas atividades, o(a) gestor(a) pode, ou não, recorrer à maior participação da comunidade escolar nos processos decisórios, procurando, assim, respeitar princípios democráticos de gestão.

Em razão da importância e extensão desse tema, além da dificuldade de obtermos estatísticas oficiais sobre essa dimensão, sempre optamos por captar algum aspecto dela em nosso instrumento contextual. O impacto desse aspecto, da gestão nos resultados, não é invariante ao contexto dado por outras dimensões, sobre isso encontramos vários trabalhos onde a democracia na gestão implica melhora dos resultados, mas outros, onde a democracia parece não afetar, ou ter até um impacto negativo. Mas, práticas democráticas não podem ser vistas apenas sob uma perspectiva instrumental, elas são, muitas vezes um fim em si mesmo, haja vista a Meta 19 do PNE que procura “assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão democrática da Educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.”

Nessa ocasião, captamos a percepção de professores e diretores. Há alguns itens em comum nos questionários, e utilizamos a escala de concordância em todos eles. A depender das respostas, é possível ter uma noção do “grau de democracia” na gestão. Os itens levantam informações sobre a transparência da gestão, sobre a participação dos diversos setores nos processos decisórios, sobre a participação da comunidade em eventos escolares, sobre o subsídio administrativo para decisões coletivas etc. Olhando de maneira geral as respostas, podemos concluir que há, na percepção desses atores, um bom grau de democracia na gestão das escolas de Ipojuca.

Os gráficos 19 e 20 apresentam, em maior detalhe, as respostas dos professores e diretores, respectivamente. Pouco mais da metade dos professores concordam totalmente com a afirmação de que a equipe gestora da escola informa e incentiva a informação dos pais. Sobre a direção não precisar prestar contas, pouco mais de 60% discordam totalmente.

SAEMI 2014 30 CADERNO DE GESTÃO

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Quase a metade dos professores diz que concordam totalmente com as afirmações sobre o planejamento ser feito coletivamente e sobre a direção consultar o colegiado da escola. Aproximadamente um terço concorda totalmente com a afirmação sobre o gestor consultar outras pessoas na escola antes de tomar suas decisões e discordam totalmente da afirmação sobre o diálogo e a participação não ser valorizado pela gestão.

GRÁFICO 19: PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES ACERCA DA GESTÃO

15,1%

35,7%

45,3%

48,7%

11,8%

56,3%

26,2%

41,4%

27,1%

30,5%

10,7%

31,7%

26,2%

12,9%

18,5%

13,0%

15,6%

8,2%

32,6%

10,0%

9,1%

7,8%

62,0%

3,8%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

O diálogo e a participação de outros atores escolaresnão são valorizados pela gestão desta escola.

O gestor desta escola só toma suas decisões depoisde ouvir outros atores envolvidos com a escola.

O planejamento anual das atividades é feitocoletivamente.

O diretor desta escola tem por hábito consultar oColegiado da Escola e ouvir as pessoas interessadas

pelas questões da escola.

A direção não precisa prestar contas de todos osresultados, decisões e providências da escola.

A equipe gestora informa e incentiva a informação aospais sobre o desempenho dos estudantes.

Concordo totalmente. Concordo mais que discordo. Discordo mais que concordo. Discordo totalmente.

Fonte: SAEMI.

A maioria dos diretores concorda totalmente com a afirmação sobre o planejamento ser feito coletivamente e ter por norma consultar o colegiado. Eles(as) discordam totalmente das afirmações sobre a dificuldade de trazer os pais para a escola a fim de discutir os resultados escolares, e de não conseguir prestar contas para a comunidade escolar. Pouco mais da metade discorda totalmente que seja função dos pais buscar informações sobre os resultados, e não da gestão informá-los; e concorda totalmente com a afirmação sobre só tomar decisões após ouvir os demais atores envolvidos com a escola. Mais de 70% diz que discorda totalmente da afirmação sobre nem todas as decisões e providências precisarem ser informadas. A distribuição das respostas é um pouco menos concentrada no item sobre o possível atraso nas decisões que o diálogo e a participação podem gerar.

No questionário do diretor encontramos um alto grau de concordância/discordância em quase todos os itens. Esse fenômeno pode se dar pelo que a literatura chama de “resposta automática”, “concordância acrítica” ou “resposta desejável”. Apesar dos percentuais inflados nas categorias de resposta concordo totalmente e discordo totalmente, podemos deduzir que, mesmo descontado o efeito da distorção pelos fenômenos citados, as

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 31

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respostas indicam com certo grau a mesma tendência do outro questionário, ou seja, a existência de elementos democráticos na gestão das escolas de Ipojuca

GRÁFICO 20: PERCEPÇÃO DOS DIRETORES ACERCA DA GESTÃO

20,8%

54,2%

8,5%

15,3%

70,8%

5,6%

85,9%

20,8%

15,3%

14,1%

9,7%

27,8%

6,9%

12,5%

11,3%

16,7%

12,5%

5,6%

19,4%

1,4%

2,8%

5,6%

1,4%

41,7%

18,1%

71,8%

55,6%

90,3%

76,4%

1,4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

O diálogo e a participação de outros atores escolaresatrasam a tomada de decisões.

Só tomo minhas decisões depois de ouvir outrosatores envolvidos com a escola.

Nem todos os resultados, decisões e providênciasalcançados pela escola precisam ser informados.

É obrigação dos pais, e não da equipe gestora, buscarinformações sobre o desempenho dos estudantes.

Tenho por norma consultar o Colegiado da Escola eouvir as pessoas sobre as questões da escola.

Não consigo prestar contas das providências,melhorias e resultados alcançados.

Tenho dificuldade de trazer os pais à escola paradiscussão do desempenho dos alunos.

O planejamento anual das atividades é feitocoletivamente

Concordo totalmente. Concordo mais que discordo. Discordo mais que concordo. Discordo totalmente.

Fonte: SAEMI.

SAEMI 2014 32 CADERNO DE GESTÃO

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REFERÊNCIAS

CAEd – Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação <http://institucional.caed.ufjf.br/>

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística <http://www.ibge.gov.br/home/>

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira <http://portal.inep.gov.br/>

SAEMI - Sistema de Avaliação Educacional de Ipojuca <http://www.saemi.caedufjf.net/>.

UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora <http://www.ufjf.br/portal/>

INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS DESTINADAS AOS GESTORES DA REDE DE ENSINO 33

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdlina Kátia Mesquita de oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira rezende

Coordenação de Design da Comunicaçãorômulo oliveira de farias

Coordenação de Gestão da Informaçãoroberta Palácios carvalho da cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de Avaliaçãorenato carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e Indicadoresleonardo augusto campos

Coordenação de Operações de Avaliaçãorafael de oliveira

Coordenação de Processamento de Documentosbenito Delage

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdlina Kátia Mesquita de oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira rezende

Coordenação de Design da Comunicaçãorômulo oliveira de farias

Coordenação de Gestão da Informaçãoroberta Palácios carvalho da cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de Avaliaçãorenato carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e Indicadoresleonardo augusto campos

Coordenação de Operações de Avaliaçãorafael de oliveira

Coordenação de Processamento de Documentosbenito Delage

ficha catalográfica

IPOJUCA. Secretaria Municipal de Educação do Ipojuca.

SAEMI – 2014/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

V. 5 Jan./Dez. 2014, Juiz de Fora, 2014 – Anual.

Conteúdo: Caderno de Gestão.

ISSN 2318-7263

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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