desligamento da escola: como lidar com as expectativas dos alunos de ensino médio universidade...
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Desligamento da Escola:Como Lidar com as
Expectativas dos Alunos de Ensino Médio
Universidade Federal do Rio GrandeInstituto de Ciências Humanas e da Informação
Curso de PsicologiaPsicologia Educacional
João Carlos R. C. Junior - 45911Lauro Demenech - 45904Matheus Mattos - 45902
Psicologia Educacional• A PE aborda todas as problemáticas referentes
à educação e aos processos de ensino e aprendizagem nas crianças e adultos.
• Cabe ao psicólogo educacional analisar a eficácia das estratégias educacionais, desenvolver projetos educativos, bem como desenvolver as capacidades das crianças com dificuldades de aprendizagem, em instituições educativas. Estuda também o funcionamento da própria instituição enquanto organização.
O Trabalho do Psicólogo Escolar
• A abordagem aplicada da PE;• Agente de mudanças - Mudanças sociais;• Uma reflexão crítica sobre a instituição;• Elaboração de projetos pedagógicos • Processo ensino-aprendizagem;• Dificuldades de Aprendizagem e
Motivação;
Conhecendo as Variáveis que podem Influenciar as Expectativas...
• Medos• Fracasso na Escola• Fracasso no Vestibular• Fracasso na Vida Pessoal• Fracasso Social• Auto-imagem• Sexualidade• Impulsividade• Onipotência• Curiosidade• Cultura• Falta de um Ambiente Estimulante• Pobreza• Distúrbios Familiares• Limitações Físicas• Estigmas• Preconceitos• ...
EXPECTATIVAS
Expectativas Futuras como fator de Resiliência e Coping
• Entende-se a resiliência como um processo e não com um produto pronto e estático. Desta forma, a resiliência não é ainda colocada como uma “capacidade”, mas como um “processo dinâmico envolvendo adaptação positiva em um contexto de significativa adversidade”.
Expectativas Futuras como fator de Resiliência e Coping
• Coping refere-se a um processo que resulta da interação do indivíduo com o ambiente, onde ocorre situações estressantes com as quais o indivíduo precisa lidar. Ou seja, um moderador entre eventos de vida negativos e o impacto de tais eventos no bem-estar físico e psicológico do indivíduo (Câmara & Carlotto, 2002). Coping gera uma adaptação positiva a eventos estressantes que é uma fonte de orgulho e auto-estima porque eles ajudam (...) a superar desafios (Palinkas e Suedfeld, 2008).
Luthar (1993) aponta 3 tipos de resiliência:• Acadêmica; • Emocional; • Social.
• Social – Delinqüência, grupo de amigos, vinculo com escola e relacionamentos íntimos.
• Emocional - Relaciona-se a experiencias positivas que levam a sentimento de auto-eficácia, autonomia e auto-estima, capacidade de lidar com mudanças e adaptações, e solução de problemas.
• Acadêmica – a escola pode facilitar o aumento e o fortalecimento de habilidades de resolução de problemas e aprendizagem de novas estratégias.
• Foram encontradas evidências de que expectativas estão relacionadas ao desenvolvimento de resiliência em crianças, influenciando de forma positiva no subseqüente crescimento (Neiva-Silva, 2003)
• Educandos com alto índices de expectativas futuras são mais bem ajustadas emocionalmente, apresentam menos ansiedade e depressão (RE), mostram-se mais competência e são descritas por professores como sendo mais engajadas nas tarefas (RA); e desenvolvem-se de maneira mais equilibrada socialmente (RS) (Neiva-Silva, 2003).
3 Tipos de Resiliência
• Expectativas futuras agem protetivamente (Adaptação positiva ao estresse - Salutogênese).
• Há influência recíproca entre as expectativas futuras e a resiliência acadêmica.
• Crianças oriundas de famílias de nível sócio-econômico muito baixo conseguem desenvolver projetos futuros de uma forma melhor quando vivenciam experiências positivas na escola (Neiva-Silva, 2003). Em pesquisa de Wyman (1993) as crianças em situação de risco com melhores expectativas futuras eram aquelas descritas como sendo mais competente na escola.
3 Tipos de Resiliência
Esperança
Aspirações FuturasCrianças e adolescentes são capazes de superar
grandes obstáculos, como pobreza, distúrbios familiares e limitações físicas, se suas
condições de vida ajudarem a desenvolver expectativas futuras e crenças de que elas são
competentes (Werner & Smith, 1992).
• Segundo Sarriera e colaboradores (2000, p. 42 apud. Neiva-Silva, 2003), “o profissional da intervenção psicossocial deva estar em sintonia com as necessidades e expectativas da população-alvo, respeitando e solicitando a participação desta, enquanto integrantes ativos."
• Como manejar as expectativas dos Pais?• Como manejar as expectativas dos
Professores?• Como manejar as expectativas da Direção?• Como manejar as expectativas da Sociedade?
É possível?• Ou é preferível manejar as respostas do
educando a esse sistema de pressão social? Ajudá-lo a lidar com as expectativas alheias?
Motivação• Motivação é definida como um “estado
endógeno” que estimula, dirige e mantém determinados comportamentos.
• As varáveis pesquisadas por psicólogos que trabalham com este tema são relacionadas:
• Ao que faz uma pessoa persistir ou desistir de uma atividade;
• Qual o nível de envolvimento na atividade escolhida;• O que sente o indivíduo durante esse envolvimento;
Como a motivação é trabalhada na Psicologia Educacional?
• O educando aprende melhor e mais de pressa se estiver interessado pelo assunto. Uma pessoa motivada tem uma atitude ativa e empenhada no processo de aprendizagem.
• Aprendizagem e motivação têm uma relação dinâmica: a motivação pode ocorrer durante o processo de aprendizagem.
• Foco do educando a considerar as atividades acadêmicas como significativas e a tentar tirar delas os benefícios pretendidos. Os elementos que compõem a motivação para aprender são:– planejamentos;– concentração no objetivo;– consciência do que se quer aprender e como fazê-lo (meta
cognição);– orgulho, satisfação, ausência de ansiedade ou medo do
fracasso;– busca ativa de novas informações;– discernimento eficaz do feedback;
Não basta só querer aprender!
Como a motivação é trabalhada na Psicologia Educacional?
Relação Motivação X Necessidade
• Necessidade pode ser definida como um requisito biológico ou psicológico ou um estado de privação que motiva uma pessoa a agir em direção a um objetivo. Como as nossas necessidades raramente são satisfeitas totalmente, somos motivados a movermo-nos em direção os objetivos de satisfação das mesmas.
Técnicas e abordagens sugeridas...
Acompanhamento da vida escolar em vista ao desligamento com a escola:
Início: adolescência Término: desligamento escolar
Objetivos primários:
• Desenvolver a consciência individual – a razão dos papéis que o indivíduo desempenha e de suas tarefas além do que se espera dele e o porquê;
• Que o indivíduo conheça:
• A origem e função das instituições, das religiões, da cultura, da ciência, das leis e dos costumes;
• O funcionamento da sociedade onde está inserido, bem como o funcionamento social em geral;
• O papel individual tangente ao trabalho e a conduta da vida;
• Suas habilidades, potencialidades, interesses e aptidões profissionais, intelectuais e pessoais.
Técnicas e abordagens sugeridas...
• Objetivos superiores:– Autonomia intelectual e profissional após o
desligamento com a escola;– Adaptação ao sistema social, econômico e
político;– Satisfação e sucesso pessoal, profissional e
social
Multidisciplinaridade:
• Formação e orientação dos docentes de disciplinas como Geografia, Sociologia, Psicologia, Filosofia e História para que trabalhem seus conteúdos e abordagens focados nos objetivos primários.
• Trabalho conjunto com a psicopedagogia e a assitência social.
Técnicas e abordagens sugeridas...Capazes de gerar expectativas futuras positivas:
• Gerar reflexão sobre o conteúdo de aula, e principalmente sobre as metas e objetivos para sua vida pessoal e profissional.– Compor uma redação sobre seus objetivos e metas de
vida, e como fará para alcançar esses objetivos (pode favorecer meta-cognição e elaboração de estratégias de enfrentamento);
– Feira de ciências (contato com múltiplas formas aplicadas de ciências);
– Exposições de arte e música;– Feira de Profissões (facilita contato com profissões
impensadas e profissionais que relatam os seus trabalhos);– Todo o tipo de palestras;– Um psicólogo com quem conversar sobre medos;– Usar a estrutura física e arquitetônica da escola para
espalhar exemplos e modelos de diversos profissionais (emparelhamento);
Andrade, E. G. C. (2005) Novos Paradigmas na Prática do Psicólogo Escolar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(2), pp.196-199
Luthar, S. S. (1993) Annotation: Methodological and conceptual issues in research on childhood resilience. Jornal of Child Psychology and Psychiatric, 34, 441-453.
Neiva-Silva, L. (2003) Expectativas futuras de Adolescentes em Situação de Rua: Um estudo Autofotográfico.
Martins, J. B. (2003) A Atuação do psicólogo Escolar: Multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45
Câmara, S. G. & Carlotto, M. S. (2007) Coping e gênero em adolescentes. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 1, p. 87-93, jan./abr.
Carvalho, R. G. (2008) A Dimensão Relacional da Intervenção dos Serviços de Psicologia nas Escolas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21(1), 119-124.
Vasconcelos, A. A., Silva A. C., Martins J. S, Soares, L. J. (2005) A presença do diálogo na relação professor-aluno. V Colóquio Internacional Paulo Freire – Recife, 19 a 22-setembroWyman, P., Cowen, E., Work, W. & Kerley, J. (1993). The role of children’s future expectations in self-system functioning and adjustment to life stress: A prospective study of urban at-risk children. Development and psychopathology, 5, 649-661.
Werner, W. & Smith, R. (1992) Overcoming the odds: High risk children from birth to adulthood. Ithaca: Cornell University Press.
Palinkas, L. A., & Suedfeld, P. (2008). Psychological effects of polar expeditions. The Lancet, 371(9607), 153-163.
Referência Bibliográfica
Muito obrigado