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Desenvolvimento sustentável é um conceito sistémico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental . [1] [2] Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland , um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento , criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas . [3] A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é: Relatório Brundtland [4] . [5] Índice [esconder ] 1 História 2 Âmbito e definições de aplicação 3 Indicadores de desenvolvimento sustentável 4 Os três componentes do Desenvolvimento sustentável o 4.1 Sustentabilidade ambiental o 4.2 Sustentabilidade económica o 4.3 Sustentabilidade sócio-politica 5 Estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável o 5.1 Agenda 21 local 6 Referências 7 Ver também [editar ] História Ao longo das ultimas décadas, vários têm sido os acontecimentos que marcam a evolução do conceito de desenvolvimento sustentável, de acordo com os progressos

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Page 1: Desenvolvimento sustentável é um conceito sistémico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental

Desenvolvimento sustentável é um conceito sistémico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental.[1][2] Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas.[3]

A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é:

— Relatório Brundtland[4]

.[5]

Índice

[esconder]

1 História 2 Âmbito e definições de aplicação 3 Indicadores de desenvolvimento sustentável 4 Os três componentes do Desenvolvimento sustentável

o 4.1 Sustentabilidade ambiental o 4.2 Sustentabilidade económica o 4.3 Sustentabilidade sócio-politica

5 Estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável o 5.1 Agenda 21 local

6 Referências 7 Ver também

[editar] História

Ao longo das ultimas décadas, vários têm sido os acontecimentos que marcam a evolução do conceito de desenvolvimento sustentável, de acordo com os progressos tecnológicos, assim como do aumento da consciencialização das populações para o mesmo.

  A criação do Clube de Roma, em 1968, reuniu pessoas em cargos de relativa importância em seus respectivos países e visa promover um crescimento económico estável e sustentável da humanidade. O Clube de Roma tem, entre seus membros principais cientistas, inclusive alguns prémios Nobel, economistas, políticos, chefes de estado e até mesmo associações internacionais.[6]

O Clube de Roma publicou o relatório Os limites do crescimento, preparada a seu pedido por uma equipa de pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology. Este relatório apresenta os resultados da simulação em computador, da evolução da população humana com base na exploração dos recursos naturais, com projecções para 2100. Mostra que, devido à prossecução do crescimento económico durante o

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século XXI é de prever uma redução drástica da população devido à poluição, a perda de terras aráveis e da escassez de recursos energéticos.[7]

Em 16 de Junho de 1972 inicia-se a Conferência sobre o Ambiente Humano das Nações Unidas (Estocolmo). É a primeira Cimeira da Terra. Ocorre pela primeira vez a nível mundial preocupação com as questões ambientais globais.[8]

Em 1979 o filósofo Hans Jonas exprime a sua preocupação no livro Princípio responsabilidade.

Em 1980, A União Internacional para a Conservação da Natureza publicou um relatório intitulado "A Estratégia Global para a conservação", onde surge pela primeira vez o conceito de" desenvolvimento sustentável ".[9]

O Relatório Brundtland, Our Common Future, preparado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987, onde foi pela primeira vez formalizado o conceito de desenvolvimento sustentável.[9][10]

De 3 a 14 de Junho de 1992, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente eo Desenvolvimento (segunda "Cimeira da Terra"), onde nasce a Agenda 21, e são aprovadas a Convenção sobre Alterações Climáticas, Convenção sobre Diversidade Biológica (Declaração do Rio), bem como a Declaração de Princípios sobre Florestas.[8][11]

Em 1993 acontece o V Programa Acção Ambiente da União Europeia: Rumo a um desenvolvimento sustentável. Apresentação da nova estratégia da UE em matéria de ambiente e as acções a serem tomadas para alcançar um desenvolvimento sustentável para o período 1992-2000.[12]

27 de maio de 1994 - Primeira Conferência sobre Cidades Europeias Sustentáveis. Aalborg (Dinamarca), de onde surgiu a Carta de Aalborg.[13][14]

8 de Outubro de 1996 - Segunda Conferência sobre Cidades Europeias Sustentáveis. Plano de Acção de Lisboa: da Carta à acção.[13][15]

1997 - 3 ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, em Quioto, onde se estabelece o Protocolo de Quioto.[16]

8 de Setembro de 2000 - Após os três dia da Cimeira do Milénio de líderes mundiais na sede das Nações Unidas, a Assembleia Geral aprovou a Declaração do Milénio.[17]

2000 - Terceira Conferência Europeia sobre Cidades Sustentáveis.[4][18]

De 26 a 4 de Setembro de 2002 - Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio +10), em Joanesburgo, onde reafirmou o desenvolvimento sustentável como o elemento central da agenda internacional e se deu um novo impulso à acção mundial para combater a pobreza assim como a protecção do ambiente.[19]

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Fevereiro de 2004 - A sétima reunião ministerial da Conferência sobre Diversidade Biológica foi celebrado com a Declaração Kuala Lumpur, que gerou descontentamento entre os países pobres e não satisfez plenamente as nações ricas.

2004 - Conferência Aalborg +10 - Inspiração para o futuro. Apelo a todos os governos locais e regionais da Europa para participar na assinatura do compromisso de Aalborg e fazerem parte da Campanha Europeia das Cidades Sustentáveis e Cidades.[20]

11 de Janeiro de 2006 - Comunicação da Comissão Europeia ao Parlamento Europeu sobre a Estratégia temática sobre o ambiente urbano. É uma das sete estratégias do Sexto Programa de Acção Ambiental para o Ambiente da União Europeia, desenvolvido com o objectivo de contribuir para uma melhor qualidade de vida através de uma abordagem integrada e centrada nas zonas urbanas e para tornar possível um elevado nível de qualidade de vida e bem-estar social para os cidadãos, proporcionando um ambiente em que níveis da poluição não têm efeitos adversos sobre a saúde humana e o ambiente assim como promover o desenvolvimento urbano sustentável.[21]

2007 - Carta de Leipzig sobre as cidades europeias sustentáveis.[4][22]

2007 - Cimeira de Bali, com o intuito de criar um sucessor do Protocolo de Quioto, com metas mais ambiciosas e mais exigente no que diz respeito às alterações climáticas.[23]

Julho de 2009 - Declaração de Gaia, que implanta o Condomínio da Terra no I Fórum Internacional do Condomínio da Terra.[24][25]

[editar] Âmbito e definições de aplicação

A terra como um planeta frágil, a ser protegido pela Humanidade.

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O conceito de desenvolvimento sustentável é um conceito que abrange várias áreas, assentando essencialmente num ponto de equilíbrio entre o crescimento económico, equidade social e a protecção do ambiente.[26][27]

A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural adiciona um novo enfoque na questão social, ao afirmar que "… a diversidade cultural é tão necessária para a humanidade como a biodiversidade é para a natureza" torna-se "as raízes do desenvolvimento entendido não só em termos de crescimento económico mas também como um meio para alcançar um mais satisfatório intelectual, emocional, moral e espiritual ". Nessa visão, a diversidade cultural é a quarta área política do desenvolvimento sustentável.[28]

A Divisão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável enumera as seguintes áreas como incluídas no âmbito do desenvolvimento sustentável:[29]

O conceito inclui noções de sustentabilidade fraca, de sustentabilidade e ecologia profunda. Diferentes concepções revelam também uma forte tensão entre ecocentrismo e o antropocentrismo. O conceito permanece mal definido e contém uma grande quantidade de debates a respeito de sua definição.

Durante os últimos dez anos, diversas organizações têm tentado medir e monitorizar a proximidade com o que consideram a sustentabilidade através da aplicação do que tem sido chamado de métricas e indicadores de sustentabilidade.[30]

O desenvolvimento sustentável é dito para definir limites para o mundo em desenvolvimento. Enquanto os actuais países de primeiro mundo, poluído significativamente durante o seu desenvolvimento, os mesmos países incentivam os países do terceiro mundo a reduzir a poluição, o que, por vezes, impede o crescimento. Alguns consideram que a implementação do desenvolvimento sustentável implica um retorno à estilos de vida pré-modernos.[31]

[editarCada um destes temas encontra-se dividido em diversos sub-temas, indicadores padrão e outros indicadores.

Além das Nações Unidas, outras entidades elaboram ainda outros modelos de indicadores, como no caso da Comissão Europeia, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do Global Environment Outlook (GEO).[35]

[editar] Os

[editar] Sustentabilidade ambiental

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Como evoluir do tempo e dos conhecimentos técnicos, o desenvolvimento sustentável foi crescendo como resposta às assimetrias globais, e aos problemas locais e intertransfronteiriços.

As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de desenvolvimento do milénio procura garantir ou melhorar a sustentabilidade ambiental,[40] através de quatro objectivos principais:[41]

1. .

[editar

Neste sentido, foram desenvolvidos dois grandes planos: a agenda 21 e as metas de desenvolvimento do milénio.

A Agenda 21 é um plano global de acção a ser tomada a nível global, nacional e local, por organizações das Nações Unidas, governos, e grupos locais, nas diversas áreas onde se verificam impactes significativos no ambiente. Em termos práticos, é a mais ambiciosa e abrangente tentativa de criação de um novo padrão para o desenvolvimento do século XXI, tendo por base os conceitos de desenvolvimento sustentável.[49][50]

As Metas de Desenvolvimento do Milénio (MDM) surgem da Declaração do Milénio das Nações Unidas, adoptada pelos 191 estados membros no dia 8 de Setembro de 2000. Criada em um esforço para sintetizar acordos internacionais alcançados em várias cúpulas mundiais ao longo dos anos 1990 relativos ao meio-ambiente e desenvolvimento, direitos das mulheres, desenvolvimento social, racismo, entre outras, a Declaração traz uma série de compromissos concretos que, se cumpridos nos prazos fixados, segundo os indicadores quantitativos que os acompanham, deverão melhorar o destino da humanidade neste século. Esta declaração menciona que os governos "não economizariam esforços para libertar nossos homens, mulheres e crianças das condições abjectas e desumanas da pobreza extrema", tentando reduzir os níveis de pobreza, iliteracia e promovendo o bem estar social.[51][52] Estes projectos são monitorizados com recurso ao Índice de Desenvolvimento Humano, que é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida.[53]

[editar] Estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável

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Lista dos Objectivos do Milénio das Nações Unidas na sua sede em Nova Iorque.

O capítulo 8 da Agenda 21 incentiva os países a adoptarem estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável (ENDS), estimulando-os a desenvolver e harmonizar as diferentes políticas sectoriais, económicas,crimes, sociais e ambientais e de planos que operam no país.[54] O apelo à elaboração destes documentos estratégicos, que devem reforçar e harmonizar as políticas nacionais para a economia, as questões sociais e o ambiente, foi reforçado na Sessão Especial da Assembleia das Nações Unidas de 1997 (Rio+5), na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de 2002 em Joanesburgo (Rio+10).[55]

A primeira revisão para estabelecer os elementos básicos de boas práticas foi um "Manual para NSDS" preparado por Carew-Reid et al. (1994) partindo das experiências compartilhadas por vários países, através de relatórios nacionais e regionais, durante um projecto liderado pela IUCN e IIED. Este trabalho preparou o terreno para a obra mais posteriores. Foi construído em cima pelo CAD da OCDE no seu trabalho para produzir orientações para ENDS (CAD 2001), que estabeleceu os princípios acordados para a ENDS, mais tarde ecoou na UNDESA orientação desenvolvido na sequência de um workshop internacional (UNDESA 2002).[56]

estratégia conjunta, e com um plano de acção que vise melhorar a qualidade de vida a nível local.[60] Têm como objectivo aplicar as recomendações da Agenda 21, ao nível local, envolvendo as entidades governamentais locais, sector empresarial e industrial e sociedade civil.[61]

Referências

1. ↑ WWF Brazil - O que é desenvolvimento sustentável?. www.wwf.org.br. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

2. ↑ What Is Sustainable Development?. www.menominee.edu. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

3. ↑ Background. www.usda.gov. Página visitada em 17 de Agosto de 2010.4. ↑ a b c A21 - Desenvolvimento Sustentável - C.M. Amadora. www.cm-amadora.pt.

Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

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5. ↑ nssd: Sustainable Development Concepts and Approaches. www.nssd.net. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

6. ↑ THE CLUB OF ROME - The Story of the Club of Rome. www.clubofrome.org. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

7. ↑ Fair Warning?: The Club of Rome Revisited, by Keith Suter. www.abc.net.au. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

8. ↑ a b Earth_Summit. www.un.org. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.9. ↑ a b A brief history of sustainable development · About sustainable development ·

Sustainable Development Commission. www.sd-commission.org.uk. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

10. ↑ Europa - Sustainable Development - History. ec.europa.eu. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

11. ↑ Rio Declaration on Environment and Development. habitat.igc.org. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

12. ↑ EUROPA - Environment - Title: The 5th Environmental Action programme. ec.europa.eu. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

13. ↑ a b Aalborg Charter Ceremony - Aalborg Plus 10. www.aalborgplus10.dk. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.

14. ↑ http://www.aalborgplus10.dk/media/charter_portuguese.pdf15. ↑ Welcome to the aalborg commitments SIGNING website - Aalborg Plus 10.

www.aalborgplus10.dk. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.16. ↑ Protocolo de Quioto relativo às alterações climáticas. europa.eu. Página visitada

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17 de Agosto de 2009.20. ↑ Introduction - Aalborg Plus 10. www.aalborgplus10.dk. Página visitada em 17 de

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17 de Agosto de 2009.23. ↑ United Nations Climate Change Conference, 3-14 December, Nusa Dua, Bali,

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24. ↑ Portal UNEB. www.uneb.br. Página visitada em 17 de Agosto de 2009.25. ↑ Earth Condominium. Página visitada em 04 de Novembro de 2009.26. ↑ http://www.un.org/esa/sustdev/publications/nsds_guidance.pdf27. ↑ http://www.who.int/hiv/universalaccess2010/worldsummit.pdf28. ↑ http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127160m.pdf29. ↑ DSD   :: Resources - Documents - Sustainable Development Topics . www.un.org.

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33. ↑ http://www.un.org/esa/sustdev/csd/csd14/documents/bp2_2006.pdf34. ↑ http://www.un.org/esa/sustdev/natlinfo/indicators/factsheet.pdf35. ↑ http://www.mofa.go.jp/policy/economy/eismap/k_seminar/Round-2-3.pdf36. ↑ Terms Beginning With "E". www.epa.gov. Página visitada em 2009-07-09.37. ↑ Environmental sustainability. www.acdi-cida.gc.ca. Página visitada em 2009-07-09.38. ↑ What is Environmental Sustainability. www.ces.vic.gov.au. Página visitada em

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Página visitada em 28 de Novembro de 2009.48. ↑ A DIMENSÃO POLÍTICA DA SUSTENTABILIDADE NA FORMULAÇÃO DE

POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇÃO. CASO: . 209.85.229.132. Página visitada em

O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. È o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:

Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural mesmo com uma massiva intervenção humana e outras espécies do planeta, incluindo toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites.

Recursos e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo, que não se originam de atividades humanas.

Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: "O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas."[2]

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida pela Lei 6938 de 1981, define meio ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas". [1]

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O ambiente natural se contrasta com o ambiente construído, que compreende as áreas e componentes que foram fortemente influenciados pelo homem.

Índice

[esconder]

1 Composição 2 Atividade geológica 3 Água na Terra

o 3.1 Oceanos o 3.2 Rios

3.2.1 Córrego o 3.3 Lagos

3.3.1 Lagoa 4 Atmosfera, clima e tempo

o 4.1 Camadas atmosféricas 4.1.1 Efeitos do aquecimento global

o 4.2 Clima o 4.3 Tempo

5 Vida 6 Ecossistema 7 Biomas 8 Ciclos biogeoquímicos 9 Desafios 10 Referências 11 Ver também 12 Ligações externas

[editar] Composição

Ver artigo principal: Ciências da Terra

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As ciências da Terra geralmente reconhecem quatro esferas, a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera,[2] correspondentes às rochas, água, ar e vida. Alguns cientistas incluem, como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo) como uma porção distinta da hidrosfera, assim como a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa.

Ciências da Terra é um termo genérico para as ciências relacionadas ao planeta Terra.[3] Há quatro disciplinas principais nas ciêncais da Terra: geografia, geologia, geofísica e geodésia. Essas disciplinas principais usam física, química, biologia, cronologia e matemática para criar um entendimento qualitativo e quantitativo para as áreas principais ou esferas do "sistema da Terra".

[editar] Atividade geológica

Ver artigo principal: Geologia

A crosta da Terra, ou litosfera, é a superfície sólida externa do planeta e é química e mecanicamente diferente do manto do interior. A crosta tem sido gerada largamente pelo processo de criação das rochas ígneas, no qual o magma (rocha derretida) se resfria e se solidifica para formar rocha sólida. Abaixo da litosfera se encontra o manto no qual é aquecido pela desintegração dos elementos radioativos. O processo de convecção faz as placas da litosfera se moverem, mesmo lentamente. O processo resultante é conhecido como tectonismo.[4][5][6] Vulcões se formam primariamente pelo derretimento do material da crosta da zona de subducção ou pela ascensão do manto nas dorsais oceânicas e pluma mantélica.

[editar] Água na Terra

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[editar] Oceanos

Ver artigo principal: Oceano

Um oceano é um grande corpo de água salina e um componente da hidrosfera. Aproximadamente 71% da superfície da Terra (uma área de 361 milhões de quilômetros quadrados) é coberta pelo oceano, um contínuo corpo de água que é geralmente dividido em vários oceanos principais e mares menores. Mais da metade dessa área está numa profundidade maior que três mil metros. A salinidade oceânica média é por volta de 35 partes por milhar (ppt) (3,5%), e praticamente toda a água do mar tem uma salinidade de 30 a 38 ppt. Apesar de geralmente reconhecidos como vários oceanos 'separados', essas águas formam um corpo global interconectado de água salina por vezes chamado de Oceano Global.[7][8] Esse conceito de oceano global como um corpo contínuo de água com um intercâmbio relativamente livre entre suas partes é de fundamental importância para a oceanografia.[9] As principais divisões oceânicas são definidas em parte pelos continentes, vários arquipélagos, e outros critérios: essas divisões são (em ordem decrescente de tamanho) o Oceano Pacífico, o Oceano Atlântico, o Oceano Índico, o Oceano Antártico e o Oceano Ártico.

[editar] Rios

Ver artigo principal: Rio

Um rio é um curso de água natural, geralmente de água doce, fluindo em direção a um oceano, lago, mar, ou outro rio. Em alguns poucos casos, o rio simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de alcançar outro corpo de água. Rios pequenos podem ser conhecidos por vários outros nomes, incluindo córrego, angra e ribeiro. Nos Estados Unidos um rio é classificado como curso de água se tiver mais de dezoito metros de largura. A água do rio geralmente está em um canal, formado por um leito entre bancos. Em rios mais largos há também muitas zonas sujeitas a inundações formadas pelas águas de enchente atingindo o canal. Essas zonas podem ser bem largas em relação ao tamanho do canal do rio. Rios são parte do ciclo da água. A água do rio é geralmente coletada da precipitação através da bacia hidrográfica e por reabastecimento da água subterrânea, nascentes e liberação da água armazenada nas geleiras e coberturas de neve.

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[editar] Córrego

Ver artigo principal: Correnteza

Um córrego é um corpo de água fluindo com uma corrente, confinado entre um berço de córrego e bancos. Em alguns países ou comunidades um córrego pode ser definido por seu tamanho. Nos Estados Unidos um córrego é classificado como um curso de água se tiver menos que dezoito metros de largura. Córregos são importantes corredores que conectam habitats fragmentados e assim conservam a biodiversidade. O estudo de córregos e caminhos de água em geral é conhecido como hidrologia de superfície.[10] Os córregos incluem angras, os afluentes, que não alcançam um oceano e não se conectam com um outro córrego ou rio, os ribeiros, que são pequenos córregos geralmente originários de uma nascente ou escoam para o mar.

[editar] Lagos

Ver artigo principal: Lago

O lago (do latin lacus) é um acidente geográfico, um corpo de água que está localizado no fundo de uma depressão. O corpo de água é considerado um lago quando está cercado por terra, não faz parte de um oceano, é mais largo e mais profundo que uma lagoa e é alimentado por um rio.

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Lagos naturais da Terra são geralmente encontrados em áreas montanhosas, riftes, e áreas com glaciação em andamento ou recente. Outros lagos são encontrados em bacias endorreicas ou ao longo do curso de rios maduros. Em algumas partes do mundo, há muitos lagos por causa do caótico padrão de drenagem deixado pela última Era do Gelo. Todos os lagos são temporários em relação a escalas geológicas de tempo, pois eles são lentamente preenchidos com sedimentos ou são liberados da bacia que os contém.

[editar] Lagoa

Ver artigo principal: Lagoa

Uma lagoa é um corpo de água estagnada, natural ou criada pelo homem, que é geralmente menor que um lago. Uma grande variedade de corpos de água feitos pelo homem podem ser classificados como lagoas, incluindo jardins de água criados para ornamentação estética, lagoas de pesca criadas para reprodução comercial de peixes, e lagoas solares criadas para armazenar energia térmica. Lagoas e lagos podem se diferenciar de córregos pela velocidade da corrente. Enquanto a corrente de córregos são facilmente observadas, lagos e lagoas possuem microcorrentes guiadas termicamente e correntes moderadas criadas pelo vento.

[editar] Atmosfera, clima e tempo

A atmosfera da Terra serve como um fator principal para sustentar o ecossistema planetário. A fina camada de gases que envolve a Terra é mantida no lugar pela gravidade do planeta. O

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ar seco consiste em 78% de nitrogênio, 21% oxigênio, 1% árgon e outros gases inertes como o dióxido de carbono. Os gases restantes são geralmente referenciados como "trace gases",[11]

entre os quais se encontram os gases do efeito estufa como o vapor d'água, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozônio. O ar filtrado inclui pequenas quantidades de muitos outros compostos químicos. O ar também contém uma quantidade variável de vapor d'água e suspensões de gotas de água e cristais de gelo vistos como nuvens. Muitas substâncias naturais podem estar presentes em quantidades mínimas em amostras de ar não filtrado, incluindo poeira, pólen e esporos, maresia, cinzas vulcânicas e meteoroide. Vários poluentes industriais também podem estar presentes, como cloro (elementar ou em compostos), compostos de flúor, mercúrio na forma elementar, e compostos de enxofre como o dióxido de enxofre [SO²].

A camada de ozônio da atmosfera terrestre possui um importante papel em reduzir a quantidade de radiação ultravioleta (UV) que atinge a superfície. Como o DNA é facilmente danificado pela luz UV, isso serve como proteção para a vida na superfície. A atmosfera também retém calor durante a noite, assim reduzindo os extremos de temperatura durante o dia.

[editar] Camadas atmosféricas

Ver artigo principal: Atmosfera terrestre

Principais camadas

A atmosfera terrestre pode ser dividida em cinco camadas principais. Essas camadas são determinadas principalmente pelo aumento ou redução da temperatura de acordo com a altura. Da mais alta a mais baixa, essas camadas são:

Exosfera Termosfera Mesosfera Estratosfera Troposfera

Outras camadas

Ozonosfera Ionosfera Homosfera e heterosfera Camada limite atmosférica

[editar] Efeitos do aquecimento global

Ver artigo principal: Aquecimento global

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O perigo potencial do aquecimento global está sendo estudado cada vez mais por um grande consórcio global de cientistas, que estão cada vez mais preocupados com os efeitos em potenciais a longo prazo do aquecimento global em nosso ambiente natural e no planeta. De especial preocupação é como a mudança climática e o aquecimento global causado por antropogênicos, ou liberação de gases do efeito estufa feitos pelo homem, mais notavelmente o dióxido de carbono, podem interagir, e ter efeitos adversos sobre o planeta, seu ambiente natural e a existência humana. Esforços tem sido cada vez mais focados na mitigação dos gases estufa que estão causando mudanças climáticas, no desenvolvimento de estratégias de adaptação para o aquecimento global, para ajudar homens, espécies de animais e plantas, ecossistemas, regiões, e nações em se adequar aos efeitos do aquecimento global. Alguns exemplos de colaboração recente em relação a mudança climática e aquecimento global incluem:

O tratado e convenção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima sobre Mudança Climática, para estabilizar as concentrações de gases estufa na atmosfera em um nível que iria prevenir uma perigosa interferência antropogênica no sistema climático.[12]

O Protocolo de Quioto, que é o protocolo para o tratado internacional Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, também com o objetivo de reduzir os gases estufa em um esforço de prevenir mudanças climáticas antropogênicas.[13]

A Western Climate Initiative, para identificar, avaliar, e implementar meios coletivos e cooperativos para reduzir os gases estufa na região, se focando em um sistema de mercado em mercado de captação-e-troca.[14]

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Um desafio significante é identificar as dinâmicas do ambiente natural em contraste com as mudanças ambientais que não fazem parte das variações naturais. Uma solução comum é adaptar uma visão estática que negligencia a existência de variações naturais. Metodologicamente, essa visão pode ser defendida quando olhamos processos que mudam lentamente e séries de curto prazo, apesar do problema aparecer quando processos rápidos se tornam essenciais no objeto de estudo.

[editar] Clima

Ver artigo principal: Clima

O clima incorpora as estatísticas de temperatura, umidade, pressão atmosférica, vento, chuva, contagem de partículas atmosféricas e muitos outros elementos meteorológicos em uma dada região por um longo período de tempo. O clima pode se opor ao tempo, na medida em que esse é a condição atual dos mesmos elementos em períodos de no máximo duas semanas.

O clima de um local é afetado pela sua latitude, terreno, altitude, cobertura de gelo ou neve, assim como corpos de água próximos e suas correntezas. O clima pode ser classificado de acordo com o valor média e típico de diferentes variáveis, as mais comuns sendo temperatura e precipitação. O método mais usado de classificação foi desenvolvido originalmente por Wladimir Köppen. O sistema Thornthwaite,[15] em uso desde 1948, incorpora evapotranspiração em adição à informação sobre temperatura e precipitação e é usado para estudar no estudo da diversidade de espécies animais e os impactos potenciais das mudanças climáticas. Os sistemas de classificação de Bergeron e o Spatial Synoptic Classification se focam na origem de massas de ar definindo o clima em certas áreas.

[editar] Tempo

Ver artigo principal: Tempo (clima)

Tempo é o conjunto de fenômenos ocorrendo em uma dada atmosfera em um certo tempo.[16] A maioria dos fenômenos de tempo ocorrem na troposfera,[17][18] logo abaixo da estratosfera. O tempo se refere, geralmente, a temperatura e atividade de precipitação no dia-a-dia, enquanto o clima é um tempo para as condição atmosférica média em um longo período de tempo.[19] Quando usado sem qualificação, "tempo" é entendido como o tempo da Terra.

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O tempo ocorre pela diferença de densidade (temperatura e mistura) entre um local e outro. Essa diferença pode ocorrer por causa do ângulo do sol em um local específico, que varia de acordo com a latitude dos trópicos. O forte contraste de temperaturas entre o ar polar e tropical dá origem a correntes de ar. Sistemas de temperatura em altitudes medianas, como ciclones extratropicais, são causados pela instabilidade no fluxo das correntes de ar. Como o eixo da Terra é inclinado relativo ao seu plano de órbita, a luz solar incide em diferentes ângulos em diferentes épocas do ano. Na superfície da terra, a temperatura normalmente varia de ±40 °C anualmente. Ao passar de milhares de anos, mudanças na órbita da Terra afetou a quantidade e distribuição de energia solar recebida pela Terra e influenciou o clima a longo prazo.

A temperatura da superfície difere, por sua vez, por causa de diferença de pressão. Altas altitudes são mais frias que as mais baixas por causa da diferença na compressão do calor. A previsão do tempo é uma aplicação da ciência e tecnologia para predizer o estado da atmosfera da Terra em uma determinada hora e lugar. A atmosfera da Terra é um sistema caótico, então pequenas mudanças em uma parte do sistema podem causar grandes efeitos no sistema como um todo. Os homens tem tentado controlar o clima ao longo da história, e há evidências que atividades humanas como agricultura e indústria tenham inadvertidamente modificado os padrões climáticos.

[editar] Vida

Ver artigos principais: Vida, Biologia e Biosfera.

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As evidências sugerem que a vida na Terra tenha existido a 3.7 bilhões de anos.[20] Todas as formas de vida compartilham mecanismos moleculares fundamentais, e baseando-se nessas observações, teorias sobre a origem da vida tem tentado encontrar um mecanismo explicando a formação do organismo de célula única primordial de onde toda a vida se originou. Há muitas hipóteses diferentes sobre o caminho que pode ter levado uma simples molécula orgânica, passando por vida pré-celular, até protocelular e metabolismo.

Na biologia, a ciência dos organismos vivos, "vida" é a condição que distingue organismos ativos da matéria inorgânica, incluindo a capacidade de crescimento, atividade funcional e a mudança contínua precedendo a morte.[21][22] Um diverso conjunto de organismos vivos (formas de vida) pode ser encontrado na biosfera da Terra, e as propriedades comuns a esses organismos - plantas, animais, fungos, protistas, archaea e bactéria - são formas celulares baseadas em carbono e água com uma complexa organização e informações genéticas hereditárias. Organismos vivos passam por metabolismo, mantém homeostase, possuem a capacidade de crescimento, responder a estímulo, reprodução e, através da seleção natural, se adaptar ao seu ambiente em sucessivas gerações.[23] Organismos de vida mais complexa podem se comunicar através de vários meios.

[editar] Ecossistema

Ver artigo principal: Ecossistema

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Um ecossistema é uma unidade natural consistindo de todas as plantas, animais e micro-organismos (fatores bióticos) em uma área funcionando em conjunto com todos os fatores físicos não-vivos (abióticos) do ambiente.[24]

Um conceito central do ecossistema é a ideia de que os organismos vivos estão continuamente empenhados em um conjunto altamente interrelacionado de relacionamentos com cada um dos outros elementos constituindo o ambiente no qual eles existem. Eugene Odum, um dos fundadores da ciência da ecologia, afirmou: "Any unit that includes all of the organisms (ie: the "community") in a given area interacting with the physical environment so that a flow of energy leads to clearly defined trophic structure, biotic diversity, and material cycles (ie: exchange of materials between living and nonliving parts) within the system is an ecosystem."[25]

O conceito humano de ecossistema é baseado na desconstrução da dicotomia homem / natureza, e na promessa emergente que todas as espécies são ecologicamente integradas com as outras, assim como os constituintes abióticos de seu biótipo.

Um maior número ou variedade de espécies ou diversidade biológica de um ecossistema pode contribuir para uma maior resiliência do ecossistema, porque há mais espécies presentes no local para responder a mudanças e assim "absorver" ou reduzir seus efeitos. Isso reduz o

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efeito antes da estrutura do ecossistema mudar para um estado diferente. Esse não é sempre o caso e não há nenhuma prova da relação entre a diversidade de espécies em um ecossistema e sua habilidade para prover um benefício a nível de sustentabilidade. Florestas tropicais úmidas produzem muito pouco benefício e são extremamente vulneráveis a mudança, enquanto florestas temperadas rapidamente crescem de volta para seu estado anterior de desenvolvimento dentro de um lifetiome após cair ou a floresta pegar fogo.[carece de fontes?] Algumas pradarias tem sido exploradas sustentavelmente por milhares de anos (Mongólia, turfa européia, e mooreland communities).[carece de fontes?]

O termo ecossistema pode também ser usado para ambientes criados pelo homem, como ecossistemas humanos e ecossistemas influenciados pelo homem, e pode descrever qualquer situação na qual há uma relação entre os organismos vivos e seu ambiente. Atualmente, existem poucas áreas na superfície da terra livres de contato humano, apesar de algumas áreas genuinamente wilderness continuem a existir sem qualquer forma de intervenção humana.

[editar] Biomas

Ver artigo principal: Bioma

Bioma é, terminologicamente, similar ao conceito de ecossistemas, e são áreas na Terra climática e geograficamente definidas com condições climáticas ecologicamente similares, como uma comunidades de plantas, animais e organismos do solo, geralmente referidos como ecossistemas. Biomas são definidos na base de fatores como estrutura das plantas (como árvores, arbustos e grama), tipo de folha (como broadleaf e needleleaf), e clima. Ao contrário das ecozonas, biomas não são definidos pela genética, taxonomia, ou similaridades históricas. biomas são normalmente identificados com padrões particulares de sucessão ecológica e vegetação clímax.

[editar] Ciclos biogeoquímicos

Ver artigo principal: Ciclo biogeoquímico

Um ciclo biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo) da biosfera e, às vezes, pode se acumular durante um longo período de tempo em um mesmo lugar. É por meio dos ciclos

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biogeoquímicos que os elementos químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e entre diferentes partes do planeta.

Os mais importantes são os ciclos da água, oxigênio, carbono, nitrogênio e fósforo.[26]

O ciclo do nitrogênio é a transformação dos compostos contendo nitrogênio na natureza. O ciclo da água, é o contínuo movimento da água na, sobre e abaixo da superfície da Terra. A

água pode mudar de estado entre líquido, vapor e gelo em suas várias etapas. O ciclo do carbono é o ciclo biogeoquímico no qual o carbono é passado entre a biosfera,

pedosfera, geosfera, hidrosfera e a atmosfera. O ciclo do oxigênio é o movimento do oxigênio dentro e entre os três maiores reservatórios:

a atmosfera, a biosfera e a litosfera. O principal fator do ciclo do oxigênio é a fotossíntese, que é responsável pela composição atmosférica e pela vida na Terra.

O ciclo do fósforo é o movimento do fósforo pela litosfera, hidrosfera e biosfera. A atmosfera não possui um papel significativo no movimento do fósforo porque o fósforo e componentes fosfóricos são normalmente sólidos nos níveis mais comuns de temperatura e pressão na Terra.

Ciclos biogeoquímicos

Ciclo do nitrogênio

Ciclo da água

Ciclo do carbono

Ciclo do oxigênio

[editar] Desafios

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O ambientalismo é um largo movimento político, social, e filosófico que advoca várias ações e políticas com interesse de proteger a natureza que resta no ambiente natural, ou restaurar ou expandir o papel da natureza nesse ambiente.

Objetivos geralmente expressos por cientistas ambientais incluem:

Redução e limpeza da poluição, com metas futuras de poluição zero; Reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis [27]; Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de

energia renovável; Conservação e uso sustentável dos escarsos recursos naturais como água, terra e ar; Proteção de ecossistemas representativos ou únicos; Preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção; O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos de proteção; e, mais

geralmente, a proteção da biodiversidade e ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra dependem.

Grandiosos projetos de desenvolvimento - megaprojetos - colocam desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e centrais energéticas são alguns dos casos a citar. O desafio para o ambiente com esses projetos está aumentando porque mais e maiores megaprojetos estão sendo construídos, em nações desenvolvidas e em desenvolvimento.[28]

Referências

1. ↑ [1]Política Nacional do Meio Ambiente2. ↑ Earth's Spheres. ©1997-2000. Wheeling Jesuit University/NASA Classroom of the Future.

Retrieved November 11, 2007.3. ↑ Wordnet Search: Earth science4. ↑ Simison par. 75. ↑ Smith 13-17,218,G-66. ↑ Oldroyd 101,103,1047. ↑ "Ocean". The Columbia Encyclopedia. 2002. New York: Columbia University Press8. ↑ "Distribution of land and water on the planet". UN Atlas of the Oceans9. ↑ Spilhaus, Athelstan F. 1942 (Jul.). "Maps of the whole world ocean." Geographical Review

(American Geographical Society). Vol. 32 (3): pp. 431-5.10. ↑ http://ga.water.usgs.gov/edu/hydrology.html/ [ligação inativa]

11. ↑ Trace Gases. Página visitada em 16 de Junho de 2010.

A Engenharia ambiental é um ramo da engenharia que estuda os problemas ambientais de forma integrada nas suas dimensões ecológica, social, econômica e tecnológica, com vista a promover o desenvolvimento sustentável.

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Índice

[esconder]

1 Sobre Enquadramentos e Títulos 2 Resolução de criação 3 Competências do engenheiro ambiental dentre as engenharias

o 3.1 Atividades previstas para o Engenheiro Ambiental 4 Atuação do engenheiro ambiental 5 Matérias Aprendidas na faculdade de Engenharia Ambiental 6 Histórico

o 6.1 Brasil o 6.2 Portugal

7 Áreas de actuação o 7.1 Brasil

8 Referências 9 Ver também 10 Ligações externas

[editar] Sobre Enquadramentos e Títulos

Segundo a resolução do CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia)[1]a Engenharia Ambiental se enquadra no:

Grupo: 01 - ENGENHARIA Modalidade: 01 - CIVIL Nível:01 - GRADUAÇÃO Código de curso: 111-01-00

Os títulos atribuídos aos profissionais da Engenharia Ambiental previstos na legislação do CONFEA são:

Profissionais do sexo masculino: TÍTULO DE ENGENHEIRO AMBIENTAL abreviação Eng. Amb.

Profissionais do sexo feminino: TÍTULO DE ENGENHEIRA AMBIENTAL abreviação Eng. Amb.

A Engenharia Ambiental é um curso novo mas que, devido a desestruturação que tem vindo a ocorrer no meio ambiente, tende a ser uma profissão bastante cotada e principalmente no Brasil, que é um dos países que vem sendo mais afetado devido ao aquecimento global, e por ser um pais com intenso fluxo industrial.O engenheiro ambiental tem como função ajudar em projetos para diminuição do aquecimento global, evitando o envio dos gases ricos em CO2 para a camada de ozônio.Não só essas mas a reestruturação de rios e afluentes, controlar e amenizar a poluição da água, entre inúmeras outras funções, que colocam a engenharia ambiental como a "profissão do futuro".

[editar] Resolução de criação

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O curso de Engenharia Ambiental foi criado pela RESOLUÇÃO Nº 447, DE 22 DE SETEMBRO DE 2000 que Dispõe sobre o registro profissional do engenheiro ambiental e discrimina suas atividades profissionais.

Estação de tratamento de esgotos na Austrália.

Poluição na Galiza, Espanha.

[editar] Competências do engenheiro ambiental dentre as engenharias

Compete ao engenheiro ambiental o desempenho das atividades 1 a 14 e 18 do art. 1º da Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, referentes à administração, gestão e ordenamento ambientais e ao monitoramento e mitigação de impactos ambientais, seus serviços afins e correlatos.

[editar] Atividades previstas para o Engenheiro Ambiental

Supervisão, coordenação e orientação técnica; Estudo, planejamento, projeto e especificação; Estudo de viabilidade técnico-econômica; Assistência, assessoria e consultoria; Direção de obra e serviço técnico; Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e Parecer técnico; Desempenho de cargo e função técnica; Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Elaboração de orçamento; Padronização, mensuração e controle de qualidade; Execução de obra e serviço técnico;

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Fiscalização de obra e serviço técnico; Produção técnica e especializada; Condução de trabalho técnico; Execução de desenho técnico.

[editar] Atuação do engenheiro ambiental

No Brasil, o Engenheiro Ambiental tem por função resolver problemas concretos de prevenção e remediação (atividade corretiva) diante das ações antrópicas mediante aplicações da tecnologia disponível, pontual e localmente apropriada. De modo geral, tanto no âmbito público como privado, sua atuação deve atender aos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente,[1] em obediência ao Artigo Nº 225 da Constituição Federal. Além disso, deve também atender às preocupações ambientais mais amplas, consideradas em tratados internacionais como exigências relativas ao clima da Terra, entre outros.

São exemplos as determinações das Cartas de Estocolmo (1972), do Rio de Janeiro (ECO-92), a Convenção de Viena (1985), o Protocolo de Montreal (1987), relativo à camada de Ozônio, o Protocolo de Quioto (1997), o Protocolo de Annapolis e a Conferência promovida pela ONU em Bali (2007) quanto às mudanças climáticas.

Restos de munições militares

Poluição nas margens do Mar Vermelho, no Sinai.

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Rio poluído nos Himalaias indianos.

De modo geral, sua atuação tem em vista condições de contorno ambientais próprias do entorno circundante. Deve também preocupar-se com o efeito abrangente por sobre a extensão territorial afetada - exemplificada pela bacia hidrográfica quanto às águas e, o potencial da emissão atmosférica potencialmente carregada pelos ventos para local distante. Evidentemente também prevenir sobre possibilidade de outros vetores capazes de provocar alterações de natureza diversa.

De outra parte, o planejamento e a antevisão dos impactos ambientais expandem a responsabilidade da análise prospectiva (atividade preventiva) por sobre o "vir a ser" das coisas. E torna-se agente do próprio desenvolvimento econômico em termos da ética vinculada ao progresso e bem estar da coletividade, tal como de modo claro estabelece o Código Ético Profissional em seu primeiro Artigo. E pela competência instituída pela lei (5.194/66) e atribuições pelo CONFEA - Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia, deverá fixar as exigências técnicas a serem atendidas em relação aos empreendimentos tanto de natureza pública como privada. Por este motivo, o seu mercado de trabalho é bastante heterogêneo e distribuí-se por: administração central, seus serviços descentralizados a nível regional, administração local, empresas indústriais, empresas de consultoria, empresas de serviços, ONGs, instituições de investigação e ensino superior.

Uma das aptidões que devem ser desenvolvidas pelo engenheiro ambiental é a avaliação da duração, magnitude e reversibilidade das alterações causadas pela atividade humana no meio ambiente, independentemente de sua natureza adversa ou benéfica.

[editar] Matérias Aprendidas na faculdade de Engenharia Ambiental

"De acordo com a Portaria nº 1693, 5 de dezembro de 1994, o Ministério da Educação e do Desporto, as ementas das matérias do curso de engenharia ambiental devem conter os seguintes conteúdos...."

Biologia — Origem da vida e evolução das Espécies. A célula. Funções celulares. Nutrição e respiração. Código genético. Reprodução. Os organismos e as espécies. Fundamentos da microbiologia. Organismos patogênicos e decompositores. Ecologia microbiana.

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Geologia — Características físicas da Terra. Minerais e rochas, Intemperismo. Solos. Hidrogeologia. Ambientes geológicos da erosão e deposição. Geodinâmica. Tectônica. Geomorfologia.

Climatologia — Elementos e fatores climáticos. Tipos de classificação de climas. Hidrologia — Ciclo biológico. Balanço hídrico. Bacias hidrográficas. Escoamento

superficial e subterrâneo. Transporte de sedimentos. Ecologia Geral e Aplicada — Fatores ecológicos. Populações. Comunidade.

Ecossistemas. Sucessões ecológicas. Ações antrópicas. Mudanças globais. Hidráulica — Hidrostática e hidrodinâmica. Escoamento sob pressão. Escoamento em

canais. Hidrometria. Cartografia — Cartografia. Topografia. Fotogrametria. Sensoriamento remoto. Recursos Naturais — Recursos renováveis e não renováveis. Caracterização e

aproveitamento dos recursos naturais. Poluição Ambiental — Qualidade ambiental. Poluentes e contaminantes. Critérios.

Padrões de emissão. Controle. Impactos Ambientais — Conceituação. Fatores ambientais. Instrumentos de

identificação e análise. Os Impactos ambientais. Avaliação de Impactos Ambientais. Sistemas de Tratamento de Água e de Resíduos — Processos físico-químicos e

biológicos do tratamento da água e dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Legislação e Direito Ambiental — Evolução do direito ambiental. História da

legislação ambiental. Legislação Básica Federal, Estadual e Municipal. Trâmite e práticas legais.

Saúde Ambiental — Conceito de Saúde. Saúde Pública. Ecologia das doenças. Epidemiologia. Saúde ocupacional.

Planejamento Ambiental — Teoria de planejamento. Planejamento no sistema de gestão ambiental.

Sistemas Hidráulicos e Sanitários — Sistema de abastecimento de água. Sistemas de esgotos sanitários. Sistemas de drenagem. Sistemas de coleta, transporte e disposição de resíduos sólidos.

Física E Matemática — os cálculos são fundamentais no curso.Pois antes de tudo ele é um curso de engenharia, o profissional terá que construir projetos,então os essas matérias estão integradas no curso de Engenharia Ambiental.

Poluição no Lago de Maracaibo, Venezuela.

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Unidade de tratamento de resíduos.

[editar] Histórico

[editar] Brasil

O primeiro curso de Engenharia Ambiental criado no Brasil foi o da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), campus de Canoas (RS), pela Resolução Consun/ULBRA n. 45, de 31 de outubro de 1991, subsidiada pelo Parecer n. 1.031, de 6 de dezembro de 1989, que somente foi iniciado em 1 de março de 1994. Já o primeiro curso que entrou em funcionamento foi o da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em 9 de março de 1992, que foi criado pela Resolução CESu n 118, de 19 de dezembro de 1991 (BRASIL, 2004a; UFT, s.d.).

A Universidade Estadual Paulista (UNESP), por sua vez, criou seu curso em junho de 2001, pela Resolução UNESP n. 38/01 de primeiro de junho de 2001, no campus de Presidente Prudente. Há também o excelente curso da Escola de Minas de Ouro Preto, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), muito bem conceituada no último ENADE. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criou este curso em 2004 e as Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros, o criou com a nova nomenclatura (Engenharia Ambiental), em 2005. Alguns cursos mais antigos no Brasil, como o da UFRJ, derivam da Engenharia Sanitária, e adotaram o nome de "Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental". No ano de 2000, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) criou o curso de Engenharia Ambiental, obtendo por duas vezes o conceito máximo do ENADE. Outra referência no cenário nacional é a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), que divide com a UFV os maiores reconhecimentos, devido aos bons resultados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE).Também recentemente foi implantado o curso na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG),campus de Pombal - PB. Em Sete Lagoas-MG o Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm) implantou o curso de Engenharia Ambiental autorizado pela Portaria nº 1.193 de 23 de junho de 2006, com duração de 5 anos. Em 2000 a Pontifícia Universidade Católica do Paraná deu início ao Curso de Engenharia Ambiental como pioneira no Estado, com duração de 5 anos. Em 2003, foi criado o curso de Engenharia

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Ambiental também na Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo. No ano seguinte, em 2006, foi criado o curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário do Maranhão (UniCEUMA), sendo o primeiro curso de Engenharia Ambiental desse estado, tendo no seu quadro de professores o Engenheiro Civil, Sanitarista e Ambiental Lúcio Alves de Macêdo referência regional na área de Gestão de Recursos Hídricos. Em 2006 também foi a vez da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) criar seu curso de Engenharia Ambiental, que é fruto de um projeto comum entre o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) e a Escola de Engenharia, unidades integradas à UFRGS e tem como objetivo principal o suprimento desta lacuna acadêmica e profissional. Ainda em 2006 no segundo semestre a FUNCESI - Fundação de Ensino Superior de Itabira MG implantantou o curso de Engenharia Ambiental. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Campus Campo Mourão e Campus Londrina criou em janeiro de 2007/2008 o curso de Engenharia Ambiental com duração de 10 períodos (5 anos). No segundo semestre do ano de 2007, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (atual Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE), no Campus Maracanaú, dá início a primeira turma de engenheiros ambientais do estado do Ceará. O curso foi criado pela Resolução Nº11 do Conselho Diretor do CEFETCE em 6 de dezembro de 2006. No estado de São Paulo faculdades como a Fundação Educacional de Fernandópolis, já mantem o curso a mais de 5 anos e vem obtendo exelentes índices de aprovação. O bacharelado tem duração de 5 anos (10 semestres).Mais recentemente (2008), O Centro Universitário de Caratinga/M.G.abriu o curso no campi II de Caratinga(Leste Mineiro),com duração de 10 períodos (05 anos)e os formandos detêm a titulação de Engenheiro Sanitarista e Ambiental.

Segundo o INEP, existem 110 cursos regulamentados de engenharia ambiental no Brasil.

[editar] Portugal

A primeira licenciatura em Engenharia do Ambiente foi lançada no ano lectivo de 1977/78 na Universidade Nova de Lisboa e no ano posterior foi também criada na Universidade de Aveiro. A Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias foi, em 1993, a terceira universidade portuguesa a lançar um curso de Engenharia do Ambiente, tendo sido a primeira universidade privada do país a fazê-lo. Atualmente, há mais de 15 licenciaturas em engenharia do ambiente e várias pós-graduações. Algumas destas são a Licenciatura em Engenharia do Ambiente do Instituto Superior Técnico, na Universidade Técnica de Lisboa, a Licenciatura em Engenharia do Ambiente da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, a Licenciatura em Engenharia do Ambiente da Universidade de Coimbra , a Licenciatura em Engenharia do Ambiente Universidade do Algarve e o Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

[editar] Áreas de actuação

Algumas das áreas de atuação do engenheiro ambiental são:

Análise de riscos ambientais Auditorias e diagnósticos ambientais Avaliação de impactos ambientais Contabilidade ambiental

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Controle de qualidade ambiental - sistemas de monitoramento e vigilância Detecção remota aplicada a ambiente e ordenamento do território Ecodesign e análise do ciclo de vida Educação e sensibilização ambiental Geologia Ambiental Diagnósticos e Investigações de Passivos Ambientais Gestão ambiental Gestão de recursos naturais e conservação da natureza (Meio Urbano, Rural e

Costeiro) Gestão de resíduos sólidos Licenciamento Ambiental Modelagem ambiental Ordenamento do território (uso do solo), planeamento regional e urbano Planejamento energético e energias renováveis Poluição da água , poluição atmosférica, poluição do solo e ruído Redes de saneamento, (tratamento de água e de efluentes) Emissários submarinos e sub-fluviais Hidrologia e hidrogeologia Remediação de Áreas Degradadas Regulamentação e normalização ambiental Seguros e ambiente Sistemas de informação ambiental Tecnologia/Produção limpa Tratamento de águas residuárias e de abastecimento Redução e controle das emissões de material particulado (poluição atmosférica)

[editar] Brasil

No Brasil, a Engenharia Ambiental obedece aos conceitos adotados nos demais países do mundo e uma de suas principais atribuições é o levantamento e redução dos danos ocasionados pelo ser humano nos meios biológicos e físicos. A criação de novos meios para combater os efeitos causados pelo ser humano é um grande objetivo dessa profissão. Uma das principais causas mais comentadas e trabalhadas atualmente é o aquecimento global e seus respectivos danos ao meio ambiente. Estudos estão sendo feitos para que essa catástrofe seja evitada e conscientizada pela população.

A Engenharia sanitária é o ramo da engenharia que trata da exploração e do uso da água, dos projetos e das obras de saneamento básico e de saneamento geral, tais como sistemas de abastecimento de água, de esgotos sanitários , de limpeza urbana, aí incluídos os sistemas de tratamento.

O engenheiro sanitarista deve ter ampla formação nas áreas ambiental, de Hidráulica, de Hidrologia e de recursos hídricos, pois planeja e orienta o uso da água de bacias hidrográficas, elaborando Planos Diretores de Abastecimento de Água, de Esgotos Sanitários e de Bacias Hidrógráficas. Ele também elabora projetos de redes de água e de esgotos, irrigação e drenagem, além de projetar canais de escoamento. Este profissional também pode gerenciar a operação de Estações de Tratamento de Águas (ETA) e de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE), que tratam águas poluídas ou contaminadas.

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A organização, a iniciativa e o interesse por questões sociais, ambientais e ecológicas são alguns traços de personalidade que podem ajudar o profissional a ter sucesso no mercado de trabalho.

O engenheiro sanitarista pode atuar em empresas de consultoria voltadas à estudos e projetos de obras sanitárias (água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos), na criação de sistemas de irrigação, drenagem, saneamento e bombeamento, inclusive em emissários submarinos ou subfluviais.Pode ainda desenvolver Estudos de Impactos Ambientais (EIA-RIMA), em conjunto com uma equipe multidisciplinar.

Índice

[esconder]

1 Engenharia Sanitária no Brasil 2 Engenharia Sanitária na Europa 3 Ver também 4 Ligações externas

[editar] Engenharia Sanitária no Brasil

Trabalhadores realizando manutenção do saneamento, na avenida do Contorno, em Belo Horizonte.

O Patrono da Engenharia Sanitária no Brasil é o sanitarista Francisco Saturnino de Brito. O Brasil possuiu ou produziu alguns dos engenheiros sanitaristas e hidráulicos bastante respeitáveis, tais como Saturnino de Brito, Saturnino de Brito Filho, Lucas Nogueira Garcez, Pedro Parigot de Sousa, José Martiniano de Azevedo Neto, Enaldo Cravo Peixoto, Adilson Serôa da Motta, Jorge Paes Rios, Fernando Botafogo, Theóphilo Benedicto Ottoni Netto, etc.

No Brasil, o exercício da profissão exige inscrição no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).

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[editar] Engenharia Sanitária na Europa

Em Portugal as primeiras publicações sobre sanitária e saúde pública foram desenvolvidas por Ricardo Jorge em 1884, mais tarde, os engenheiros António Lobato Faria, Pedro Celestino da Costa, entre outros, contribuíram para o desenvolvimento da Engenharia Sanitária em Portugal.

A escola mais antiga de Engenharia Sanitária em Portugal é a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, esta faculdade confere actualmente o grau de Doutor em Engenharia Sanitária. Os primeiros engenheiros sanitaristas a surgir em Portugal formaram-se nesta Faculdade sob a forma de pós-graduação.

Um dos principais centros de desenvolvimento de investigação aplicada em Engenharia Sanitária é o Núcleo de Engenharia Sanitária do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

A Engenharia Sanitária tem como associação a APESB (Associação Portuguesa de Estudos de Saneamento Básico).

O IRAR (Instituto Regulador de Água e Resíduos) é um instituto que garante o cumprimento das regras impostas pelas legislação Portuguesa às entidades gestoras nos dominios das águas de abastecimento, residuais e residuos sólidos urbanos, industriais e hospitalares, sendo a maioria da legislação em vigor actualmente em Portugal decorrente de directivas comunitárias (Legislação da União Europeia). António Lobato Faria foi o primeiro presidente deste instituto.

A engenharia hidráulica é o ramo da engenharia civil que se ocupa do fluxo e do transporte de fluidos, especialmente de águas e esgotos. A sua atividade também se relaciona intimamente com a da engenharia sanitária e com a da engenharia do ambiente.

Este ramo da engenharia civil é responsável pela realização de projetos como os de sistemas de esgotos, de redes de abastecimento de água, de sistemas de irrigação, de sistemas de drenagem, de obras portuárias, de barragens e de hidrovias. A engenharia hidráulica aplica os princípios da mecânica dos fluídos aos problemas ligados à recolha, armazenamento, controlo, transporte, regulação, medição e uso das águas. Uma característica destes sistemas é a do uso extensivo da gravidade como força motriz para provocar a movimentação dos fluídos. A engenharia hidráulica também se preocupa com as correntes de água, com o transporte de sedimentos através dos cursos de água, e com a interação da água com os seus limites aluviais.

Índice

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1 História 2 O engenheiro hidráulico 3 Engenharia hidráulica no Brasil 4 Referências 5 Ver também

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[editar] História

Os primeiros projetos de engenharia hidráulica foram desenvolvidos há milhares de anos no Médio Oriente e destinavam-se à irrigação dos campos agrícolas. Desde então, têm sido constantes as obras para o controlo e abastecimento de água para a produção de alimentos. As primeiras máquinas hidráulicas - das quais a primeira foi o relógio de água - apareceram no início do segundo milénio a.C.. Outros exemplos de sistemas que faziam uso da gravidade para fazer mover a água eram o sistema Qanat na antiga Pérsia e o semelhante sistema Turpan na antiga China, bem como os canais de irrigação no Peru.

Na China antiga, a engenharia hidráulica estava altamente desenvolvida, sendo construídos enormes canais com diques e barragens para canalizar a água para irrigação, e eclusas que permitiam o atravessamento de navios. De entre os projetistas destes canais, notabilizou-se Sunshu Ao, considerado o primeiro engenheiro hidráulico chinês. A Ximen Bao - outro importante engenheiro hidráulico chinês - foi creditado o início da prática da irrigação em larga escala através de canais, durante o Período dos Reinos Combatentes (481 a.C. a 221 a.C.). Ainda hoje, os engenheiros hidráulicos são alvo de uma grande respeito na China, um exemplo sendo o seu atual presidente, Hu Jintao que foi um antigo engenheiro hidráulico.

No século VI a.C., foi construído o Tunel de Eupalinos pelo engenheiro grego Eupalinos de Mégara, um enorme feito tanto de engenharia civil como de engenharia hidráulica. Em termos de engenharia civil, o aspeto notável foi o fato do túnel ter sido escavado a partir de ambas as estremidades, o que obrigou a um trabalho de grande precisão de modo a permitir que os dois troços do túnel se encontrassem um com o outro e de modo a garantir um pendente suficiente para a água fluir.

A engenharia hidráulica tornou-se altamente desenvolvida no Império Romano, onde foi especialmente aplicada à construção e à manutenção de aquedutos para o fornecimento de água e a drenagem de esgotos urbanos. Além de proverem as necessidades dos cidadãos em termos de água, os engenheiros romanos usaram meios hidráulicos de mineração, para a prospeção e extração de depósitos aluviais de ouro e de outros minérios como o estanho e o chumbo.

Posteriores avanços na engenharia hidráulica ocorreram no mundo islâmico, entre os séculos VIII e XVI, no período que é conhecido como a "Idade de de Ouro do Islão". De particular importância era o sistema tecnológico de gestão da água, fulcral para a Revolução Agrícola Árabe e um precussor da moderna tecnologia. Os vários componentes deste sistema foram desenvolvidos em diferentes regiões da Europa, Ásia e África, dentro e fora do mundo islâmico. Contudo, foi nas regiões islâmicas medievais que o sistema de gestão da água foi montadoe e padronizado, sendo subsequentemente difundido para o resto do mundo. Sob o domínio unificado do Califado islâmico, diferentes tecnologias hidráulicas regionais foram montadas num sistema tecnológico de gestão da água que viria a ter um impacto global. Nos vários componentes de várias origens regionais deste sistema incluiam-se canais, barragens, o sistema Qanat persa, aparelhos de elevação de água como a nora, o shaduf e a bomba de parafuso do Egito, o moinho de vento do Afeganistão, saqiya da Espanha muçulmana, a bomba recíproca do Iraque e o sistema hidráulico com engrenagens da Síria.

[editar] O engenheiro hidráulico

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O engenheiro hidráulico ou de recursos hídricos planeja e orienta o uso da água de bacias hidrográficas, elaborando Planos Diretores de Bacias Hidrógráficas. Ele também desenvolve planos de redes de água e de esgotos, irrigação e drenagem, além de projetar canais, portos, molhes, diques, quebra-mares, píers e barragens. O profissional também pode acompanhar a exploração de lençóis subterrâneos e o tratamento de águas contaminadas.

A organização, a iniciativa e o interesse por questões sociais, ambientais e ecológicas são alguns traços de personalidade que ajudam o profissional a ter sucesso no mercado de trabalho.

O engenheiro hídráulico ou de recursos hídricos pode atuar em laboratórios de hidráulica ou em empresas de consultoria voltadas à estudos hidrológicos, projetos de obras fluviais ou marítimas, criação de sistemas de irrigação, drenagem, saneamento, bombeamento e desenvolvimento de canais, portos e barragens, projeto de grandes ou pequenas centrais hidrelétricas (PCH). Pode ainda desenvolver projetos de investigação e remediação de solos e águas subterrâneas contaminadas.

[editar] Engenharia hidráulica no Brasil

O Brasil desde Maurício de Nassau possuiu ou produziu respeitados engenheiros sanitaristas e hidráulicos, tais como Saturnino de Brito, Saturnino de Brito Filho, Hildebrando Góis, Lucas Nogueira Garcez, Pedro Parigot de Sousa, José Martiniano de Azevedo Neto, Flavio Lyra, Díocles Rondon, Marco Siciliano, Jorge Rios, André Balança ,Theóphilo Benedicto Ottoni Netto etc.

No Brasil, o exercício da profissão exige inscrição no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

[editar] Referências

PRASUHN, Alan L. Fundamentals of Hydraulic Engineering, Nova Iorque: Holt, Rinehart, and Winston, 1987.

BURKE, Edmund, "Islam at the Center: Technological Complexes and the Roots of Modernity", Journal of World History, University of Hawaii Press, junho de 2009

HILL, Donald Routledge, "Mechanical Engineering in the Medieval Near East", Scientific American, maio de 1991

HILL, Donald Routledge, A History of Engineering in Classical and Medieval Times, Routledge, 1996

GANCHY, Sally, GANCHER, Sarah, Islam and Science, Medicine, and Technology, The Rosen Publishing Group, 2009

TURNER, Howard, Science in Medieval Islam: An Illustrated Introduction, University of Texas Press, 1997

A água é uma substância química composta de hidrogênio e oxigênio, sendo essencial para todas as formas conhecidas de vida.[2]

É frequente associar a água apenas à sua forma ou estado líquido, mas a substância também possui um estado sólido, o gelo, e um estado gasoso, designado vapor de água. A água cobre 71% da superfície da Terra.[3] Na Terra, ela é encontrada principalmente nos oceanos. 1,6%

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encontra-se em aquíferos e 0,001% na atmosfera como vapor, nuvens (formadas de partículas de água sólida e líquida suspensas no ar) e precipitação.[4][5] Os oceanos detêm 97% da água superficial, geleiras e calotas polares detêm 2,4%, e outros, como rios, lagos e lagoas detêm 0,6% da água do planeta. Uma pequena quantidade da água da Terra está contida dentro de organismos biológicos e de produtos manufaturados.

A água na Terra se move continuamente segundo um ciclo de evaporação e transpiração (evapotranspiração), precipitação e escoamento superficial, geralmente atingindo o mar. A evaporação e a transpiração contribuem para a precipitação sobre a terra.

A água é essencial para os humanos e para as outras formas de vida. Ela age como reguladora de temperatura, diluidora de sólidos e transportadora de nutrientes e resíduos por entre os vários órgãos. Bebemos água para ajudar na diluição e funcionamento normal dos órgãos para em seguida ser eliminada pela urina e por evaporação nos poros, mantendo a temperatura corporal e eliminando resíduos solúveis, como sais e impurezas. As lágrimas são outro exemplo de eliminação de água.

Na indústria ela desempenha o mesmo papel de diluidora, transportadora e resfriadora nos vários processos de manufatura e transformações de insumos básicos em bens comerciais.

O acesso à água potável tem melhorado continuamente e substancialmente nas últimas décadas em quase toda parte do mundo.[6][7] Existe uma correlação clara entre o acesso à água potável e o PIB per capita de uma região.[8] No entanto, alguns pesquisadores estimaram que em 2025 mais de metade da população mundial sofrerá com a falta de água potável.[9] A água desempenha um papel importante na economia mundial, ja que ela funciona como um solvente para uma grande variedade de substâncias químicas, além de facilitar a refrigeração industrial e o transporte. Cerca de 70% da água doce do mundo é consumida pela agricultura.[10]

Índice

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1 Propriedades físicas e químicas o 1.1 Fases

2 Distribuição de água na natureza o 2.1 Água no universoo 2.2 Distribuição na Terra

2.2.1 Ciclo hidrológico 3 Impacto na vida 4 Impacto na sociedade humana

o 4.1 Religião e filosofia 5 Poluição e contaminação

o 5.1 Embalagens de plásticoo 5.2 Transporte e o problema ambiental

6 Referências 7 Ver também 8 Ligações externas

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[editar] Propriedades físicas e químicas

Ver artigo principal: Água (substância)Esta secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde setembro de 2010).Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus. Veja como referenciar e citar as fontes.

O impacto de uma gota de água provoca uma repercussão "para cima" circular rodeado por ondas capilares.

Flocos de neve por Wilson Bentley, 1902.

Uma característica incomum da água é a sua dilatação anômala. Ela se contrai com a queda de temperatura, mas a partir de 4°C recomeça a se expandir, voltando a se contrair após sua solidificação. Isso explica porque a água congela primeiro na superfície, pois a água que atinge a temperatura de 0 °C se torna menos densa que a água a 4 °C, consequentemente ficando na superfície. Esse fenômeno também é importante para a manutenção da vida nas águas frias, pois faz com que a água a 4 °C fique no fundo e mantenha mais aquecidas as criaturas que ali vivem.

Cerca de dois terços da superfície da Terra está coberta por água. Os cinco oceanos contêm 97,2% da água do planeta. O aglomerado de gelo do Antártico (região mais a sul do globo)

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contém cerca de 90% de toda a água potável existente no planeta. A água em forma de vapor pode ser vista nas nuvens, contribuindo para o albedo da Terra.

A água possui muitas propriedades incomuns que são críticas para a vida, nomeadamene é um excelente solvente e possui alta tensão superficial (0,07198 N m-1 a 25 °C). A água pura tem sua maior densidade a 3,984°C (999,972 kg/m³) e tem valores de densidade menor ao arrefecer que ao aquecer. Por ser uma substância estável na atmosfera, desempenha um papel importante como absorvente da radiação infravermelha, crucial na atenuação do efeito estufa da atmosfera. A água também possui um calor específico peculiarmente alto (75,327 J mol-1 K-1 a 25 °C), que desempenha um importante papel na regulação do clima global.

A água dissolve vários tipos de substâncias polares e iônicas, como sais e açúcares, facilitando as interações químicas entre as diferentes substâncias fora e dentro dos organismos vivos, principalmente nos de metabolismo complexo.

Apesar disso, algumas substâncias não se misturam bem com a água, entre elas os óleos, podendo ser classificadas como insolúveis e, em alguns casos, hidrofóbicas. As membranas celulares, compostas por lipídios e proteínas, levam vantagem das propriedades hidrofóbicas para controlar as interações entre os seus conteúdos e o meio externo.

[editar] Fases

Água em três estados: líquido (mar), sólido (gelo) e vapor (invisível no ar). As nuvens são a acumulação das gotículas condensadas do vapor.

A água pode ser encontrada na natureza sob a forma sólida, líquida e gasosa (vapor de água). Este último, pode ser encontrado na atmosfera, proveniente da evaporação de mares, rios e lagos.

A água pode mudar de estado físico como, por exemplo, ir do estado sólido para o líquido. Um exemplo disso é quando deixamos o gelo (estado sólido da água) fora da geladeira e ele derrete passando a líquido.

A mudança de estado sólido para líquido recebe o nome de fusão, enquanto que a do estado líquido para o sólido de solidificação. Do estado líquido para a forma vapor, temos o fenômeno de vaporização e, da forma de vapor para a líquida, de condensação ou liquefação.

A evaporação da água no seu ciclo natural ocorre à temperatura ambiente e é lenta. O ponto de ebulição da água está relacionado à pressão atmosférica.

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[editar] Distribuição de água na natureza

[editar] Água no universo

Grande parte da água do universo pode ser um subproduto de formação estelar. O nascimento das estrelas é acompanhado por um forte vento de gás e poeira. Quando esse fluxo de material impacta o gás circundante, as ondas de choque que são criadas comprimem e aquecem o gás, produzindo água.[11]

A água tem sido detectada em nebulosas na nossa galáxia, a Via Láctea. Provavelmente existe água em abundância em outras galáxias porque os seus elementos, hidrogênio e oxigênio, estão entre os mais abundantes no universo. Por vezes, nuvens interestelares condensam em nébulas solares e sistema solares como o nosso.

[editar] Distribuição na Terra

A água cobre 71% da superfície da Terra, os oceanos contêm 97,2% da água da Terra. A camada de gelo da Antártida, que contém 90% de toda água doce da Terra, é visível na parte inferior. A água condensada na atmosfera pode ser observada como nuvens, contribuindo para o albedo da Terra.

A hidrologia é o estudo do movimento, distribuição e qualidade da água em toda a Terra. O estudo da distribuição de água é a hidrografia. O estudo da distribuição e circulação de águas subterrâneas é hidrogeologia, das geleiras é glaciologia, das águas interiores é limnologia e da distribuição dos oceanos é a oceanografia. A ecohidrologia é o estudo dos processos ecológicos relacionados com hidrologia.

O coletivo de massa de água encontrado sobre e abaixo da superfície de um planeta é chamado de hidrosfera. O volume aproximado de água na Terra é de 1 360 000 000 km³.

A água subterrânea e doce são úteis ou potencialmente úteis para os seres humanos como recursos hídricos.

A água líquida é encontrada em corpos de água, como oceanos, mares, lagos, rios, riachos, canais, lagoas ou poças. A maioria da água na Terra é do mar. A água também está presente

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na atmosfera no estado sólido, líquido e gasoso. Também existem águas subterrâneas nos aquíferos.

A água é importante em muitos processos geológicos. As águas subterrâneas são onipresentes nas rochas e a pressão da água subterrânea afeta os padrões de falhas geológicas. A água no manto é responsável pela fusão que produz vulcões em zonas de subducção. Na superfície da Terra, a água é importante em ambos os processos químicos e físicos de meteorização. A água, tanto no estado líquido, como, em menor escala, no estado sólido (gelo), é também responsável pelo transporte de uma grande quantidade de sedimentos que ocorre na superfície da terra. A deposição de sedimentos transportados formam muitos tipos de rochas sedimentares, que compõem o registro geológico da história da Terra.

[editar] Ciclo hidrológico

Ver artigo principal: Ciclo hidrológico

Esquema do Ciclo Hidrológico (ou ciclo da água).

O ciclo da água, conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico, refere-se à troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas. A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituíndo os seguintes processos de transferência:

Evaporação dos oceanos e outros corpos de água no ar e transpiração das plantas terrestres e animais para o ar.

Precipitação , pela condensação do vapor de água do ar, que cai na terra ou no mar. Escoamento da terra geralmente atingem o mar.

A maior parte do vapor de água sobre os oceanos retorna aos oceanos, mas os ventos transportam o vapor de água para a terra com a mesma taxa de escoamento para o mar, a cerca de 36 t por ano.[necessário esclarecer] Sobre a terra, a evaporação e transpiração contribuem com outros 71 t de água por ano. A chuva, com uma taxa de 107 t por ano sobre a terra, tem várias formas: mais comumente chuva, neve e granizo, com alguma contribuição em nevoeiros e orvalho. A água condensada no ar também podem refratar a luz solar para produzir um arco-íris.

O escoamento das águas, muitas vezes recolhe mais de bacias hidrográficas que correm para os rios. Um modelo matemático utilizado para simular o fluxo de um rio ou córrego e calcular os parâmetros de qualidade da água é o modelo de transporte hidrológico. Parte da água é desviada para irrigação. Rios e mares são importantes para viagens e para o comércio.

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Através da erosão, o escoamento molda o ambiente criando vales e deltas fluviais que fornecem um solo rico para o estabelecimento de centros de população. Uma inundação ocorre quando uma área de terra, geralmente de baixa altitude, é coberta com água; acontece quando um rio transborda das suas margens ou o mar invade a costa. A seca é um período de meses ou anos durante o qual uma região registra uma deficiência no seu abastecimento de água. Isto ocorre quando precipitação de uma região recebe níveis sistematicamente abaixo da média.

[editar] Impacto na vida

A hidrosfera, o conjunto de locais onde a água fica na Terra, permite a existência de vida e influi no equilíbrio do ecossistema.

Todas as formas conhecidas de vida precisam de água. Os humanos consomem "água de beber" (água potável, ou seja, água compatível com as características de nosso corpo).

No corpo humano a água é o principal constituinte (entre 70% a 75%) e sua quantidade depende de vários fatores estabelecidos durante a vida do indivíduo, entre eles a idade, o sexo, a massa muscular, o aumento ou perda de peso, o tecido adiposo, e até mesmo a gravidez ou lactação.[12] A água é um componente essencial para o bom funcionamento geral do organismo, ajudando em algumas funções vitais, tais como o controle de temperatura do corpo, por exemplo.

[editar] Impacto na sociedade humana

[editar] Religião e filosofia

A água é considerada como purificadora na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo, Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Xintoísmo e Wicca. O exemplo do batismo nas igrejas cristãs é praticado com água, simbolizando o nascimento de um novo ser, purificado com remissão dos pecados. Verifica-se que, nas mitologias politeístas, os deuses vinculados à água — Yemanjá, Vishnu, Enki e Poseidon (Netuno), para citar alguns exemplos —, em regra, possuem mais seguidores, gozam de maior prestígio ou ocupam graduação mais elevada em relação às demais divindades representantes de outros fenômenos naturais.[carece de

fontes?]

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A ablução hindu, tal como praticada no estado de Tamil Nadu.

Seguindo um princípio semelhante, em outras religiões, incluindo o Judaísmo e o Islamismo, é ministrado aos mortos um banho de água purificada, simbolizando a passagem para a nova vida espiritual eterna. Ainda no Islão, os fiéis apenas podem praticar as cinco orações diárias após a lavagem do corpo com água limpa, no ritual de ablução denominado abdesto (ou wudu). No Xintoísmo e na Wicca, a água é usada em quase todos os rituais de limpeza dos praticantes. Na Nova Versão Internacional da Bíblia, o termo "água" é mencionado 442 vezes.[carece de fontes?]

Na mitologia Celta, Sulis é a deusa das nascentes termais. No Hinduísmo, o rio Ganges é personificado como uma deusa, enquanto que Sarasvati é referida como a deusa dos Vedas. A água é também um dos tatvas (cinco elementos básicos da natureza segundo o Hinduísmo, onde se incluem o fogo, a terra, o akasha e o ar). Em outras tradições, deuses e deusas são mencionados como patronos locais de nascentes, rios ou lagos, como no exemplo da mitologia grega e romana, onde Peneus era o deus do rio. Na religião Wicca a água é tida como um dos símbolos da Grande-Deusa, assim como o cálice e o caldeirão.[carece de fontes?]

O antigo filósofo grego Empédocles, defendia que a água era um dos quatro elementos da natureza básicos, em conjunto com o fogo, terra e ar, sendo respeitada como a substância básica do Universo, denominada ylem. Nas antigas tradições chinesas, a água era um dos cinco elementos, em conjunto com a terra, o fogo, a madeira e o metal. Nas religiões neopagãs, como é o caso da Wicca, também existe a crença na existência de cinco elementos constituintes do Universo, sendo eles: o fogo, o ar, a água e a terra e o akasha(a manifestação da energia divina).[carece de fontes?]

[editar] Poluição e contaminação

Ver artigo principal: Poluição da águaEsta secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde dezembro de 2009).Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus. Veja como referenciar e citar as fontes.

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Poluição hídrica de um córrego em uma das favelas indianas.

A poluição da água prejudica o seu uso, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, higiene pessoal, lavagem de roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação agrícola. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de micro-organismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da recolha nos rios até à chegada nas residências urbanas ou rurais. A água é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez micro-organismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifoide, hepatite, leptospirose, poliomielite). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve evitar-se sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais ou sedimentos provenientes da erosão.

Sobre a contaminação agrícola há a considerar os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, que envia grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No primeiro caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que é tóxico quando a concetração é elevada. Isso também afeta as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que são impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.

Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas podem ser sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. As impurezas geradas pelas cidades, como resíduos, entulhos e produtos tóxicos são carregados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos podem carregar poluentes orgânicos que, em pequena quantidade, são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos. As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado chorume, um líquido que requer segundo tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo resíduos e pelo esgoto.

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A poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica (descarga de efluentes as altas temperaturas), poluição física (descarga de material em suspensão), poluição biológica (descarga de bactérias patogênicas e vírus), e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e também eutrofização.

A eutrofização é causada por alguns processos de decomposição que fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica, permitindo proliferações periódicas de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento, aumentando sua toxicidade para os organismos que nela vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).

A poluição de águas nos países ricos é resultado da forma como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.[parcial?]

Quanto maior é a qualidade da água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Novas técnicas vem sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público.[parcial?]

A água da distribuição pública em países desenvolvidos é tratada, sendo por isso normalmente muito boa para consumo e até mais controlada que a água engarrafada, sendo uma fonte mais ecológica e muito mais barata. Por vezes nalguns países a própria água engarrafada provém da torneira, sendo apenas filtrada.[13][14] No entanto, normalmente nalguns países com problemas de poluíção ou sem fácil acesso a água potável, pode suceder ser contaminada por substâncias químicas tóxicas ou por microorganismos prejudiciais à saúde pública. Mesmo algumas substâncias, consideradas indispensáveis ao consumo, podem ser tóxicas se a sua concentração for excessiva, como é o caso do flúor, que pode causar a fluorose. Pode ocorrer excesso de concentração cloro, flúor ou outras substâncias utilizadas no tratamento. No entanto, devido às baixas dosagens utilizadas no tratamento e ao controle do processo de tratamento esse tipo de ocorrência tende a ser pequeno.

As formas mais comuns de contaminação decorrem da presença de poluentes ou de microorganismos despejados nos mananciais. Esse tipo de contaminação é mais frequente em localidades que não possuem tratamento de água, mas em alguns casos, podem ocorrer mesmo em água tratada, devido a falhas no processo de abastecimento ou pela presença de poluentes que não possam ser removidos pelo processo de tratamento normal.

Em muitos casos os contaminantes podem estar presentes mesmo em águas minerais engarrafadas — as fontes de água mineral podem encontrar-se em regiões sujeitas à presença de poluentes que se infiltram no lençol freático e, mesmo após a filtração das rochas, podem ainda estar presentes no ponto de coleta.

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Entre os contaminantes, podem ser encontradas bactérias, protozoárioss e fungos patogênicos, toxinas produzidas por algas ou por decomposição de animais ou resíduos (chorume) como os nitratos. Além disso, toda a espécie de compostos químicos que são agressivos à vida, decorrentes de despejos industriais, podem ocorrer, tais como fenóis, compostos clorados utilizado na indústria papeleira, hidrocarbonetos presentes em solventes e tintas e muitos outros. Enfim também podem ser encontrados Metais pesados dissolvidos na água, formando íons como crômio(VI), que são altamente cancerígenos e compostos de chumbo e de mercúrio, que podem provocar diversos tipos de doenças.

[editar] Embalagens de plástico

O plástico tem como matéria-prima o petróleo e o gás natural, dois recursos não renováveis. Para além disso, são usadas mais de 1,5 milhões de toneladas de plástico só para fabricar garrafas de água.

O plástico liberta algumas toxinas e, contrariamente ao que muitos pensam, algumas substâncias podem ser mais difíceis de controlar na garrafa do que na torneira, uma vez que estas se armazenam durante períodos mais longos e a temperaturas mais altas, aumentando até níveis tóxicos a concentração de microorganismos que em pequenas concentrações não são prejudiciais à saúde.[13]

Quando as garrafas de plástico não são recicladas, podem ir para aterros sanitários. O mundo está cheio de aterros sanitários e, como as garrafas de plástico se decompõem a uma velocidade muito baixa, permanecerão nos aterros por muitas centenas de anos. Atualmente o processo de reciclagem de resíduos movimenta uma grande indústria, evitando que este problema se acentue. Há, no entanto, deposição de garrafas de água em zonas mais inacessíveis à sociedade ocidental, o que se revela um problema de poluição grave.[15][16]

[editar] Transporte e o problema ambiental

Um quarto da água engarrafada em todo o mundo é consumida fora do país de origem. O seu transporte é geralmente feito por caminhões e veículos de combustão interna através de rodovias. Esse tipo de transporte agrava o problema das emissões de dióxido de carbono. Os gases emitidos encontram-se entre as causas do aquecimento global e do efeito estufa. Ainda assim, cerca de 75% da água produzida é consumida à escala regional, limitando essas emissões nocivas.

Apesar do plástico ser um elemento reciclável, tanto a sua produção como até mesmo a sua reciclagem são poluentes, provocando danos no ambiente e sendo preferível evitar a sua utilização, exceto em situações necessárias, isto é, zonas sem água potável.

A Hidrologia (do grego Yδωρ, hydor, "água"; e λόγος, logos, "estudo") é a ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da água no planeta Terra. A definição atual deve ser ampliada para incluir aspectos de qualidade da água, ecologia, poluição e descontaminação.

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Ciclo da água.

Índice

[esconder]

1 Introdução 2 Definições 3 Histórico 4 Campos de aplicações da Hidrologia 5 Campos de ação da geografia nos recursos hídricos

o 5.1 Quantidade de água o 5.2 Qualidade da água

6 Resposta de uma bacia hidrográfica 7 Balanço hídrico 8 Bibliografia 9 Ver também 10 Ligações externas

[editar] Introdução

Hidrologia é, em um sentido amplo, a ciência que se relaciona com a água. Como ela se relaciona com a ocorrência primária de água na Terra, é considerada uma ciência natural. Por razões práticas, no entanto, a hidrologia restringe-se a alguns de seus aspectos, por exemplo, ela não cobre todo o estudo sobre oceanos (oceanografia) e também não se preocupa com usos médicos da água (hidrologia médica).

O termo tem sido usado para denotar o estudo do ciclo da água ou ciclo hidrológico na Terra, enquanto que outros termos como hidrografia e hidrometria têm sido usados para denotar o estudo da água na superfície ou sua medição. No entanto, esses termos têm agora significados específicos:

Hidrologia se refere à ciência da água.

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Hidrografia é a ciência que descreve as características físicas e as condições da água na superfície da Terra, principalmente as massas de água para navegação.

A hidrologia não é uma ciência inteiramente pura; ela tem muitas aplicações práticas. Para enfatizar-lhe a importância prática, o termo "hidrologia aplicada" tem sido comumente usado. Como numerosas aplicações dos conhecimentos em hidrologia ocorrem também no campo das engenharias hidráulica, sanitária, agrícola, de recursos hídricos e de outros ramos da engenharia, o termo "engenharia hidrológica" tem sido também empregado.

É uma disciplina considerada ampla, abrangendo grande parte do conhecimento humano. Geralmente, esta disciplina faz parte dos cursos de engenharia civil, engenharia hidráulica,engenharia sanitária,geografia, engenharia ambiental.

Algumas áreas em que a Hidrologia, foi subdividida são as seguintes:

Hidrometeorologia - é a parte da ciência que trata da água na atmosfera; Limnologia - refere-se ao estudo dos lagos e reservatórios artificiais; Potamologia ou Fluviologia - trata do estudo dos arroios e rios; Glaciologia ou Criologia - é a área da ciência relacionada com a neve e o gelo na

natureza; Hidrogeologia - é o campo científico que trata das águas subterrâneas.

[editar] Definições

Várias definições de hidrologia já foram propostas. O Webster's Third New International Dictionary (Merrian Webster, 1961) descreve hidrologia como sendo "a ciência que trata das propriedades, distribuição e circulação da água; especificamente, o estudo da água na superfície da Terra: no solo, rochas e na atmosfera, particularmente com respeito à evaporação e precipitação". O Painel Ad Hoc em Hidrologia do Conselho Federal para Ciência e Tecnologia dos Estados Unidos, 1959 recomendou a seguinte definição: "hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físico-químicas e sua relação com o meio ambiente, incluindo sua relação com a vida. O domínio da hidrologia abraça toda a história da água na Terra."

Entre as definições que enfatizam a importância prática da hidrologia no que concerne aos recursos hídricos na Terra, Wisler e Brater oferecem a seguinte: "hidrologia é a ciência que trata dos processos que governam a depleção e recarga dos recursos hídricos nas superfícies sobre o mar. Trata do transporte de água através do ar, sobre e abaixo da superfície e através da Terra. É a ciência das várias partes do Ciclo hidrológico."

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A Água cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

[editar] Histórico

A Hidrologia é uma ciência relativamente jovem e praticamente teve seu maior impulso de desenvolvimento no século XX, devido à necessidade das grandes obras hidráulicas.

Os insucessos que vinham acontecendo anteriormente com as obras nas calhas dos rios, resultantes principalmente de estimativas insuficientes de vazões de enchentes, traziam conseqüências desastrosas que se agravam com a ampliação do porte das obras e o crescimento das populações ribeirinhas, bem como, com as repercussões do colapso operacional desses empreendimentos sobre a economia das nações.

Entretanto, as primeiras notícias sobre a preocupação dos homens com os fenômenos hidrológicos remontam ao Antigo Egipto, à Mesopotâmia, à Índia e à China, há alguns milhares de anos antes de Cristo. Aproximadamente no ano 3000 a.C., os egípcios construíram no rio Nilo, a mais ou menos 30 quilômetros ao sul da atual cidade do Cairo, a barragem de Sadd-el-Kafara, em alvenaria de pedra, com cerca de 100 metros de extensão e dez metros de altura, presumivelmente para abastecimento de água potável, finalidade rara entre as obras da época, cuja quase totalidade consistia em canais e endicamentos, com o objetivo de promover a irrigação das terras pelo aproveitamento das enchentes dos rios. Essas obras de engenharia hidráulica eram realizadas em bases totalmente empíricas; as que tinham um bom desempenho eram copiadas, as que sofriam desastres eram alteradas naquilo que se julgasse ser a causa do erro.

A idéia predominante, na época, entre os gregos, incluindo-se Platão, Aristóteles (384 - 322 a.C.) e Tales de Mileto, era a de que as fontes e os mananciais existentes nos continentes, inclusive no alto de serras e cordilheiras, eram abastecidos por reservatórios subterrâneos inesgotáveis, existentes a grandes profundidades.

Sabe-se que Aristóteles interpretou os processos de evaporação e condensação atmosférica como intimamente relacionados à precipitação e admitiu que parte da chuva contribuísse para os rios, superficialmente, e que outra se infiltrasse e pudesse chegar às nascentes. Essa contribuição, segundo ele, seria, todavia, muito pequena e a maior responsabilidade pela surgência de água nos continentes seria o resultado da condensação da umidade atmosférica

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em profundas cavernas subterrâneas, uma dupla analogia com as cavernas calcárias do litoral do Mediterrâneo, com as quais os gregos estavam muito familiarizados.

Foi Marcus Vitruvius Pollio, engenheiro e arquiteto romano que viveu na época de Cristo, quem admitiu que a chuva que caía nas altas montanhas, infiltrava-se e ressurgia no sopé das elevações, formando os rios. Foi a primeira teoria de infiltração que rompeu os tabus dos conceitos antigos consolidados na época.

Esses preconceitos e essas teorias dominaram o pensamento humano até fins do século XVII, apresentando como únicas honrosas exceções, Leonardo da Vinci e Bernard Palissy. Da Vinci (1542-1519) explicou a salinidade dos mares pela ação das águas continentais que se infiltravam, dissolviam e carreavam os sais do subsolo para os oceanos, onde esses sais permaneciam. Palissy concebeu uma teoria da infiltração como hoje é aceita, pela qual as águas infiltradas iam formar as fontes e nascentes, todas as águas tendo como origem as precipitações. Essas idéias revolucionárias somente foram confirmadas e consagradas pelos estudos de Pierre Perrault (1608-1680), Edmé Mariotte (1620-1684) e Edmond Halley (1656-1742), franceses os dois primeiros, sendo o último o célebre astrônomo inglês. Foram eles os primeiros que puderam demonstrar, quantitativamente, as idéias de Palissy e Da Vinci, criando, dessa forma, uma hidrologia conceitualmente científica, libertando-a do subjetivismo a que, até então, estava subordinada.

Perrault mediu, durante três anos, as chuvas na bacia do rio Sena até Burgundy e, estimando suas vazões, pôde concluir que as chuvas produziam um deflúvio seis vezes maior do que o que transitava pelo rio no mesmo tempo. Além disso, Perrault estudou o fenômeno da evaporação e constatou que, através dela, imensos volumes de água podiam se perder para a atmosfera. Mariotte mediu as vazões do rio Sena em Paris por meio de flutuadores, confirmando os resultados de Perrault, e observou que as vazões das nascentes aumentavam por ocasião das chuvas. Halley mediu a evaporação no Mediterrâneo e verificou, por métodos mais ou menos grosseiros, que o volume evaporado do mar Mediterrâneo compensava a soma dos deflúvios de todos os rios que nele deságuam, justificando a permanência de seu nível de água.

Esses três pesquisadores podem ser considerados os fundadores da Hidrologia, mas não se devem esquecer figuras notáveis, como Galileu Galilei e Torricelli, ou, depois deles, Daniel Bernoulli, Henri Pitot, Antoine de Chézy, Giovanni Venturi, Henry Darcy, Jules Dupuit, Henry Bazin, Gunter Thiem, Julius Weissbach, T. Bergeron e A. Schoklitsch, os quais colaboraram, teórica ou praticamente, para o desenvolvimento da Hidrologia e da Hidráulica.

Na segunda metade do século XIX e no século XX, os Estados Unidos trouxeram uma notável contribuição para o desenvolvimento da ciência hidrológica, como conseqüência ou necessidade de seu desenvolvimento econômico e tecnológico. Podem-se citar nomes como os de Robert Manning, Allen Hazen, Adolph F. Meyer, Oscar E. Meinzer, Le Roy K. Sherman, Hans Albert Einstein, W. E. Fuller, R. E. Horton, R. K. Linsley, F. F. Snyder, Ven Te Chow, entre outros.

Entre as organizações e entidades européias que se destacaram no desenvolvimento da Hidráulica e de Hidrologia pode-se mencionar o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa; o Institute of Hidraulic Engineering (IHE), em Delft, Holanda; o Wallingford Experimental Station (WES) em Wallingford, Inglaterra; o Laboratoire National d’Hydraulique (LNH) em Chatou, França; o Institut de Mécanique de Grenoble (IMG); a

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Societé Grénobloise d’Amenagéments Hydrauliques (SGAH) em Grenoble, França; dentre outros.

Nos Estados Unidos pode-se citar o Bureau of Reclamation do Ministério do Interior, a Colorado State University e o Corps of Engineers do USA Army, dentre outros.

No Brasil, diversas organizações públicas e privadas se destacaram, principalmente no século XX e contribuíram para o desenvolvimento dos estudos, projetos e pesquisas nas áreas relacionadas com a Hidráulica, em geral, e com a Hidrologia, em particular, podendo-se citar: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES); Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH); Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS); Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID); Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS); Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS); Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE); Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM); ELETROBRÁS; e as Companhias de Energia Elétrica (FURNAS, Companhia Hidrelétrica do São Francisco, Eletrosul, Eletronorte, Itaipu Binacional, CESP, COPPE – UFRJ, bem como, os principais laboratórios de hidráulica do país (HIDROESB - Laboratório Saturnino de Brito, o primeiro da América Latina, INPH, IPH-UFRGS, IPH-UFPR, Laboratórios de Hidráulica da USP e de FURNAS).

O Brasil desde Maurício de Nassau possuiu ou produziu alguns dos hidrólogos e hidráulicos mais respeitados no Mundo, tais como Saturnino de Brito, Saturnino de Brito Filho, Hildebrando Góes, Lucas Nogueira Garcez, Marco Siciliano, Jorge Paes Rios, André Balança , Pedro Parigot de Sousa, José Martiniano de Azevedo Neto, Teófilo Benedito Ottoni etc.

[editar] Campos de aplicações da Hidrologia

O aproveitamento dos recursos hídricos requer concepção, planejamento, projeto, construção e operação de meios para o domínio e a utilização das águas. Os problemas relativos aos recursos hídricos interessam a aquacultores, economistas, especialistas no campo das ciências políticas, geólogos, geógrafos, engenheiros ambientais, engenheiros mecânicos e eletricistas, florestais químicos, biólogos, agrônomos, técnico em hidrologia (Hidrotécnicos) e outros especialistas em ciências sociais e naturais.

Cada projeto de aproveitamento hídrico supõe um conjunto específico de condições físicas, às quais deve ser condicionado, razão pela qual dificilmente podem ser aproveitados projetos padronizados que conduzam a soluções simples e estereotipadas. As condições específicas de cada projeto devem ser satisfeitas através da aplicação integrada dos conhecimentos fundamentais de várias disciplinas.

[editar] Campos de ação da geografia nos recursos hídricos

A água pode ter seu uso regulado para satisfazer a uma ampla gama de propósitos. A atenuação dos danos das enchentes, drenagem de terras, disposição de esgotos e projetos de bueiros são aplicações da Engenharia Hidráulica para o controle das águas, a fim de que não causem danos excessivos a propriedades, não tragam inconveniências ao público, ou perda de vidas. Abastecimento de água, irrigação, aproveitamento do potencial hidrelétrico e obras

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hidroviárias são exemplos do aproveitamento da água para fins úteis. A poluição prejudica a utilização da água e diminui seriamente o valor estético dos rios; portanto, o controle da poluição ou a manutenção da qualidade da água passou a ser um setor importante da engenharia sanitária ou de recursos hídricos.

Lista de campos de atuação da Hidrologia:

Gerenciamento de bacias Inventário energético Navegação Irrigação Geração de energia Drenagem Abastecimento de água Controle de cheias Controle de poluição Controle de erosão Recreação Piscicultura Reservatórios Previsão hidrológica Barragem

[editar] Quantidade de água

É necessário fazer estimativas para garantir a vazão da água.

Embora com risco de excessiva simplificação, o trabalho dos engenheiros com os recursos hídricos pode ser condensado em um certo número de perguntas essenciais. Como as obras de aproveitamento dos recursos hídricos visam ao controle do uso da água, as primeiras perguntas referem-se naturalmente às quantidades de água. Quando se pensa na utilização da água, a primeira pergunta geralmente é: Que quantidade de água será necessária? Provavelmente é a resposta mais difícil de se obter com precisão, dentre as que se pode propor em um projeto, porque envolve aspectos sociais e econômicos, além dos técnicos. Com base em uma análise econômica, deve ser também tomada uma decisão a respeito da vida útil das obras a serem realizadas.

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Quase todos os projetos de aproveitamento dependem da resposta à pergunta: com quanta água pode-se contar? Os projetos de um plano para controle de enchentes baseiam-se nos valores de pico do escoamento, ao passo que em plano que vise a utilização da água, o que importa é o volume escoado durante longos períodos de tempo. As respostas a essa pergunta são encontradas pela aplicação da Hidrologia, ou seja, o estudo da ocorrência e distribuição das águas naturais no globo terrestre.

Todos os projetos são feitos para o futuro, e o projetista não pode ter certeza quanto às exatas condições a que estarão sujeitas as obras. Como o exato comportamento dos cursos de água nos anos futuros não pode ser previsto algo precisa ser dito acerca das variações prováveis da vazão, de modo que o projeto possa ser elaborado mediante a admissão de um risco calculado. Lança-se mão, então, de métodos de estimativa de probabilidades relativas aos eventos hidrológicos. Faz-se a utilização dessas probabilidades no estudo de problemas como exemplificados na lista do tópico anterior. O estudo probabilístico requer como condição prévia a coleta de dados da natureza, na forma de séries históricas. A avaliação de eventos raros requer o estudo de uma função de distribuição de probabilidades que represente o fenômeno. Problemas de reservação de água em barragens requer que se tracem considerações acerca das seqüências de vazões nos cursos d’água que somente séries de dados muito extensas podem fornecer.

Poucos projetos são executados exatamente nas seções onde se fizeram medidas de vazão. Muitas obras são construídas em rios nos quais nunca se mediu vazão. Três métodos alternativos têm sido usados para calcular a vazão na ausência de registros. O primeiro método utiliza fórmulas empíricas, que transformam valores de precipitação em vazão, considerando as características hidrográficas da bacia de contribuição. Uma segunda possibilidade é analisar a série de precipitações (chuvas) e calcular as vazões através da aplicação dos modelos computacionais que simulam o comportamento hidrológico da bacia. A terceira alternativa consiste em estimar as vazões a partir de registros obtidos em postos próximos de outra bacia. As bacias devem ser muito semelhantes para se estabelecer uma correlação aceitável entre ambas.

Os sistemas de abastecimento de água, de irrigação, ou hidroelétricos que contassem somente com as águas captadas diretamente dos cursos d’água, sem nenhuma regularização, não seriam capazes de satisfazer a demanda de seus usuários durante as estiagens, sobretudo se forem intensas. Muitos rios, apesar de em certas épocas do ano terem pouca ou nenhuma água, transformam-se em correntes caudalosas durante e após chuvas intensas, constituindo-se em flagelo no tocante às atividades ao longo de suas margens. A principal função de um reservatório é a de ser um regulador ou volante, visando a regularização das vazões dos cursos d’água ou atendendo às variações de demanda dos usuários.

As diferentes técnicas para a obtenção dos parâmetros a serem utilizados para o planejamento, projeto ou operação dos sistemas de recursos hídricos podem ter seu uso feito isolada ou conjuntamente. Isso se dará, em função da quantidade de dados hidrológicos disponíveis, dos recursos de tempo e financeiros alocados, da importância da obra e dos estágios do estudo (projeto em nível básico, técnico ou executivo).

[editar] Qualidade da água

Além de ser suficiente em quantidade, a água deve satisfazer certas condições quanto à qualidade.

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[editar] Resposta de uma bacia hidrográfica

Ver artigo principal: Bacia hidrográfica

[editar] Balanço hídrico

Ver artigo principal: Balanço hídrico

[editar] Bibliografia

Garcez, Lucas N. - Hidrologia - Ed. Edgard Blucher - SãoPaulo, 1970. Chow, Ven T. - Handbook of Applied Hydrology. Wisler, O. C.; Brater, E. F. - Hidrologia. Braga, Benedito P.F.; Conejo, J.G.L. - Balanço Hídrico no Estado de São Paulo. Hjelmfelt, A. T. - Hydrology for Engineers and Planners. Ward, R. C. - Principles of Hydrology. Baumgarter, A. - The World Water Balance, 1975. Boletins Técnicos DAEE. Lencastre, Armando - Lições de Hidrologia - Lisboa, 1990.

Engenharia urbana é o ramo da engenharia que foca em questões urbanas utilizando processos de planejamento urbano, intervenção e gestão para uma melhoria da qualidade de vida nos centros urbanos, tendo como parâmetros a questão da preservação ambiental e a racionalidade/otimização na solução dos problemas urbanos.

[editar] Áreas de estudo

Adequação das construções urbanas Gestão de transporte urbano Uso do solo e planejamento urbano Gestão de resíduos sólidos urbanos Gestão de água (tratamento de água e de efluentes urbanos) Poluição atmosférica no meio urbano

A engenharia ambiental urbana também aborda as questões relacionadas a gestão de água, resíduos e poluição.