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Desenvolvimento e avaliaçãoparticipativa de sistemas

agroflorestais

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – InpaU.F. da instituição: Amazonas, AMCoordenação: Johannes van LeeuwenE-mail do coordenador: [email protected] ou [email protected]

EquipeJohannes van Leeuwen; Charles R. Clement; João Batista Moreira Gomes; Joanne Régis da

Costa; Patrícia Miranda Dresch; Paulino Viana Filho; José Maria Thomaz Menezes; RaimundoCajueiro Leandro; Ricardo Shirota; Mário Jorge C. dos Santos; Lenoir A. dos Santos; NewtonPaulo de Souza Falcão; Flávio Jesus Luizão; Davi Said Aidar; Rosalee Albuquerque Coelho

Netto; Luís Augusto Gomes de Souza; Eva Stukenbrock; Pieter Vranckx.

SumárioObjetivando desenvolver propostas

agroflorestais adequadas à realidade dosagricultores, trabalhou-se com pesquisaparticipativa, implantando, em áreas de pequenosprodutores, plantios agroflorestais piloto,delineados em conjunto por pesquisadores eprodutores, e executados pelos últimos. Osplantios piloto se encontram em 90 propriedades

de três regiões (terra-firme e várzea, do Estado doAmazonas, e terra-firme do Estado de Rondônia),representam diferentes sistemas agroflorestais eavaliam o potencial de mais de 70 espécies.Ensaiou-se o uso de leguminosas para a coberturado solo e para a produção de adubo verde. Foramvisitados agricultores e comerciantes para estudaro cultivo e aproveitamento de diferentes espéciespouco conhecidas.

IntroduçãoA maioria dos solos de terra-firme da Ama-

zônia são quimicamente muito pobres e têm bai-xa capacidade de retenção de nutrientes, o queos torna pouco aptos às culturas anuais e ao pas-to sem árvores. A riqueza química do meio am-biente encontra-se armazenada na floresta(biomassa) e não no solo (Jordan, 1987). Os plan-tios agroflorestais, com grande quantidade debiomassa por unidade de superfície, são adap-tados a essas condições e constituem, em mui-tos casos, a única opção de uso sustentável daterra. A várzea da Amazônia também apresentagrande interesse para sistemas agroflorestais(Padoch et al., 1987). Nesse ambiente, o cultivo

de árvores é menos arriscado que o de espéciesanuais e semiperenes, enquanto a intensiva ex-ploração madeireira aumentou a atração por essecultivo.

No fim dos anos 80, surgiu um grande inte-resse por plantios agroflorestais e começaram osprojetos promovendo-os (Smith et al., 1998).Muitos plantios não deram bons resultados umavez que não estavam adaptados às condições dosprodutores. O projeto aqui apresentado desenvol-ve tecnologia agroflorestal que se coaduna com ouso da terra pelos habitantes da Amazônia e é acontinuação do projeto PPD “Desenvolvimento eAvaliação de Sistemas Agroflorestais para a Ama-zônia” do período 1996-1999 ( anônimo, 1999).

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MetodologiaAs atividades centrais do projeto foram o

delineamento, a instalação, o acompanhamentoe a avaliação de plantios agroflorestais pilotosem estabelecimentos agrícolas, numa colabora-ção criativa entre agricultores e pesquisadores.Os agricultores se beneficiam das informaçõesda pesquisa sobre novas espécies e técnicas,enquanto os pesquisadores se enriquecem comos conhecimentos, critérios, preferências e téc-nicas dos produtores. Para cada propriedade,pesquisadores e agricultores delinearam umaproposta para o plantio agroflorestal, cabendoas decisões finais aos agricultores. Estes últi-mos disponibilizaram o terreno e a mão-de-obra.Esse aspecto foi importante para forçar adapta-ções dos plantios às realidades. Quando neces-sário, parte das mudas foram doadas aos agri-cultores. Os plantios foram visitados periodica-mente para a avaliação do desenvolvimento emanejo, com o produtor, que ficou responsável

pela tomada das decisões e pela execução domanejo (anônimo, 1999). Em parte dos planti-os, estudaram-se a fertilidade do solo, apedologia e os aspectos econômicos.

Novas espécies foram testadas em áreasde agricultores, entre elas, onze espécies nati-vas de várzea e de igapó de interesse potencialpara a piscicultura e o manejo da pesca. A intro-dução experimental do uso de leguminosas paramelhorar a fertilidade do solo, técnica desconhe-cida pelos agricultores, precisou de maior apoioinicial. Aos agricultores com plantios piloto soli-citou-se autorização para instalar essasleguminosas, o que foi aceito pela maioria. Oprojeto cuidou do plantio e da manutenção inici-al, o manejo foi entregue ao agricultor.

Visitas a outros agricultores e a comer-ciantes permitiram estudar o cultivo e o apro-veitamento de diferentes espécies arbóreaspouco conhecidas.

ResultadosSistemas e espécies agroflorestais

O método de pesquisa participativa, pormeio de plantios agroflorestais pilotos em áreasde produtores, mostrou-se eficaz para adaptar aspropostas agroflorestais à realidade do agricul-tor. Os resultados obtidos permitem formular re-comendações para programas agroflorestaisadaptados à realidade dos produtores, que po-dem optar por uma diversidade de sistemas eespécies. Algumas espécies como castanheira

(Bertholletia excelsa ) ,sorvinha (Couma utilis),bacabinha (Oenocarpusmapora ssp. mapora) etucumã (Astrocaryumvulgare) mostraram bomdesenvolvimento no solopobre de terra-firme, es-gotado pela cultura damandioca (Manihotesculenta). O crescimen-to da castanheira nosplantios foi muito bom.Além de produzir casta-nhas, essa espécie é aalternativa mais interes-sante para a produção demadeira de lei.

Em Rondônia, o açaí (Euterpe oleracea eE. precatoria) apenas sobreviveu à seca do ve-rão quando se encontrava no meio da capoeiraemergente. Para o bom desenvolvimento, é ne-cessário o desbaste da capoeira ao redor.

Numa amostra de 36 agricultores, o inte-resse no plantio de árvores na várzea apresentouas seguintes prefe rências: (Cedrela odorata) 64%;louro-inamuí (Ocotea cymbarum ) 61%;jacareúba (Calophyllum brasiliense ) 50%;macacaúba (Platimiscium duckei) 33%; andiroba(Carapa guianensis) 22%; ucuúba (Virolasurinamensis) 22%; jenipapo (Genipa america-na) 11%. A obtenção de sementes de algumasespécies foi difícil pela quase inacessibilidadedas matrizes remanescentes. As perdas nos plan-tios piloto da várzea, em razão das grandes en-chentes anuais e das dificuldades de acompa-nhamento, foram muito maiores que as de terra-firme. Os plantios de várzea, nas capoeiras e nopasto, perderam-se. Os plantios nos pomares,campos agrícolas e divisas entre terrenos tive-ram mais êxito. As árvores que restaram têm umcrescimento rápido e desenvolvem um fuste reto.Apenas a macacaúba mostra problemas na for-ma do fuste. A possibilidade de financiar o reflo-restamento da várzea, por intermédio do projetoProVárzea do PPG7, aumentou a procura para aexperiência do projeto com as espécies para esseambiente.

O agricultor aproveita as folhas deGliricidia sepium para adubar suas

hortaliças. Ele está aumentando seuplantio desta leguminosa arbórea

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As visitas aos agricultores mostraram quea produção de tucumã não é tanto extrativista,como informa a literatura (FAO, 1987), mas agrí-cola. O produto ganhou maior importância coma popularização do sanduíche de tucumã, umainovação recente que surgiu nos cafés regionaisde Manaus (Costa, 2000). Para novos plantios, éfundamental usar sementes selecionadas, umavez que, em função da qualidade dos frutos, opreço pode variar com fator cinco. Com a ajudade agricultores, iniciou-se a identificação dematrizes de alta qualidade.

Leguminosas para a cobertura do solo ea produção de adubo

O método usado para a introdução deleguminosas nas propriedades mostrou-se eficaz.As espécies de cobertura tiveram, geralmente,boa aceitação, especialmente Desmodiumovalifolium. A continuidade das pesquisas per-mitirá definir as espécies e o manejo adequadospara as diferentes situações. A introdução deleguminosas arbóreas para produção de aduboverde, por meio da poda drástica, mostrou-se maisdifícil. O investimento de mão-de-obra na podafoi aceito apenas para culturas de grande valor.A Gliricidia sepium, geralmente recomendadapara a Amazônia, desenvolveu-se bem apenasem locais adubados, por exemplo, onde o agri-cultor produzia hortaliças. Ingá-de-metro (Ingaedulis) mostrou boa adaptação em solos pobres.

Três produtores de Rondônia, com plantiosde café consorciados com leguminosas arbóreas,mostraram-se satisfeitos com o resultado: a produ-ção do café foi mais uniforme, com plantas maisviçosas.

Com a introdução de leguminosas, surgiua necessidade de entender como o agricultor ma-neja a matéria orgânica. Certos produtores capi-nam os plantios perenes com a enxada, elimi-nando as invasoras. Outros usam o terçado, cor-tando a vegetação não desejada, em vez deeliminá-la, mantendo mais matéria vegetal so-bre o solo. As leguminosas de cobertura levaramà troca do uso da enxada pelo terçado, melho-rando o manejo do solo.

Abelhas sem ferrãoA criação de abelhas sem ferrão, que pre-

cisa de insumos extremamente simples, permiteaumentar a produção de frutos e fornece mel,que tem preço alto e é de fácil armazenamento etransporte. Alguns agricultores já criam essasabelhas, mas, por falta de técnica, perdem mui-tas colônias e produzem mel de baixa qualidade.As técnicas disponíveis para difusão mostram-se sofisticadas demais para o pequeno produtorda Amazônia. Em colaboração com esses cria-dores tradicionais, o projeto iniciou o desenvol-vimento de técnicas adaptadas a suas condições.

Treinamento/CapacitaçãoNoventa famílias de agricultores, em 33 co-

munidades de 10 municípios, que possuem plan-tios agroflorestais piloto, foram treinadas nas di-ferentes técnicas introduzidas nas propriedades.Para um treinamento mais formal, está sendo pre-parado o programa de ensino agroflorestal de umaescola da Associação da Casa Familiar Rural.

O projeto apoiou o ensino agroflorestal doCurso de Mestrado de Ciências em Florestas Tro-picais do Inpa e da Escola Agrotécnica Federalde Manaus, ligando a ciência à realidade dosagricultores com aulas teóricas e práticas sobre:os sistemas e as espécies agroflorestais para aAmazônia; como escolher entre eles; como ana-lisar o uso da terra do agricultor; como delinear

A transferência de um ninho de abelhas sem ferrão para uma caixa.Essas abelhas constituem uma fonte promissora de alimento e renda parao homem do interior

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propostas agroflorestais. Quatro estudantes deinstituições de ensino superior européiasestagiaram no projeto.

Os plantios agroflorestais pilotoconstituem um elo de ligação da pesquisa coma realidade agrícola. Pesquisadores podemutilizar os plantios para estudos em condiçõesreais da produção e interpretar seus dados à luzde informações detalhadas sobre o uso do local.Assim, não ficam limitados aos ensaios

agroflorestais das estações experimentais, quecostumam ser diferentes das condições dosprodutores em relação ao uso anterior do local,composição das espécies, maior intensidade damanutenção e muito maior uso de insumosexternos. Dois estudantes de doutoradodesenvolvem as teses com dados do projeto: umsobre o desenvolvimento dos plantios piloto deRondônia; outro sobre os aspectos econômicosde treze plantios piloto do Amazonas.

Publicações geradasANÔNIMO, 2000. A volta do verde na Amazônia. Despertai!, 22 de novembro de 2000: 24-27 (tira-

gem de 20.381.000 exemplares em 82 idiomas).___, 2000. Sistemas agroflorestais têm êxito. Rondônia Rural, edição de lançamento: p.19.CLEMENT, C.R.; VAN LEEUWEN, J., 2001. Por que o fruto da pupunheira (Bactris gasipaes Kunth,

Palmae) é subutilizado após 25 anos de pesquisa no Brasil? Resumos do 52o Congresso Nacionalde Botânica, julho de 2001. João Pessoa, PB: Soc. Bras. Botânica: 322-323.

COSTA, J.R.D.; PEREIRA, M.M. e VAN LEEUWEN, J., 2000. Aproveitamento do babaçu (Orbignyaphalerata Martius) para uso caseiro. Resumos expandidos, III Congresso Brasileiro de SistemasAgroflorestais, novembro de 2000. Manaus, Embrapa: 416-417.

DisseminaçãoParticipantes do projeto foram procurados com freqüência por técnicos e agricultores à procura de

informações sobre espécies e sistemas agroflorestais. Os plantios piloto receberam visitas de pessoas e insti-tuições de dentro e fora do Estado. Diversas publicações sobre sistemas e espécies agroflorestais estão empreparação.

Agricultores, técnicos e pesquisadores durante um dia de campo

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COSTA, J.R.D. 2000. O tucumã (Astrocaryum aculeatum G.F.W. Meyer): uma espécie de potencialagroflorestal para a terra-firme do Estado do Amazonas-Brasil. Resumos expandidos, III Congres-so Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, novembro de 2000. Manaus: Embrapa: 232-234.

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GOMES, J.B.M.; VAN LEEUWEN, J.; FERREIRA, S.A.N., 2000. Espécies frutíferas da várzea e doigapó para cultivo associado à criação de tambaqui, matrinxã e tartaruga. Resumos expandidos, IIICongresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, novembro de 2000. Manaus: Embrapa: 165-167.

GOMES, J.B.M.; OLIVEIRA, L.A.D.; VAN LEEUWEN, J., 2000. Produtividade e rendimento econômi-co de pupunheira consorciada com algumas espécies semiperenes em SAFs na região de Manaus,AM. Resumos expandidos, III Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, novembro de 2000.Manaus: Embrapa: 258-260.

LUIZÃO, F.J.; LUIZÃO, R.C.C.; DESJARDINS, T.; SARRAZIN, M.; PALHETA, C. 2000. Qualidade dosolo sob sistemas agroflorestais instalados em áreas de florestas e de capoeira na Amazônia Cen-tral. Resumos expandidos, III Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, novembro de 2000.Manaus: Embrapa: 271-273.

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VALERI, S.V.; MENEZES, J.M.T.; PAULA, R.C.D.; CRUZ, M.C.P.D. (no prelo). Análise de trilha entrecaracterísticas físicas e químicas do solo e crescimento do cedro em sistemas agroflorestais. Resu-mos expandidos, IV Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, Ilhéus, BA, outubro de 2002.

VAN LEEUWEN, J.; MOTA, M.D.S.S.D.; ALFAIA, S.S.; GOMES, J.B.M.; COSTA, F.C.T.D.; PEREIRA,M.M.; CATIQUE, F.A.; DRESCH, P.M.; VIANA FILHO, P. 2000. Variability in farmer-managedagroforestry pilot (Manacapuru, AM, Brazil). Resumos expandidos, III Congresso Brasileiro deSistemas Agroflorestais, novembro de 2000. Manaus, Embrapa: 403-404.

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