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Material de Consulta Prof o Geraldo Sales dos Reis Joinville 2014 - 1ª Edição Desenho Técnico I

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Material de Consulta

Prof o Geraldo Sales dos Reis

Joinville 2014 - 1ª Edição

Desenho

Técnico I

Índice dos Temas

Pág.

1 Normalização ................................................................................................01

2 Representação em Perspectiva ....................................................................19

3 Representação Ortogonal .............................................................................35

4 Sistemas de Cotagem ..................................................................................50

5 Representações em Corte

5.1Corte Total .....................................................................................................60

5.2 Mais de um Corte Total ................................................................................69

5.3 Corte Composto ............................................................................................72

5.4 Meio-Corte ....................................................................................................75

5.5 Corte Parcial .................................................................................................82

6 Representação de seções ............................................................................86

7 Representação por Encurtamento ................................................................92

8 Representação por Vistas Auxiliares ............................................................94

9 Representação de Tolerâncias Dimensionais ..............................................96

10 Representação de Acabamento Superficial ...............................................101

11 Representação de Tolerância Geométrica .................................................109

12 Desenhos de Conjunto e de Detalhe ..........................................................119

13 Representação de alguns Elementos Mecânicos .......................................129

22/01/2014

1

Desenho Técnico INormalização

22/01/2014

2

Principais Normas Técnicas de Desenho Técnico

ABNT

NBR – 8196 Escalas em Desenho Técnico

NBR – 8402 Caracteres para a Escrita

NBR – 8403 Linhas em desenhos

NBR – 8404 Estado de Superfícies

NBR – 8993 Representação de partes Roscadas

NBR – 10067 Vistas e Cortes

NBR – 10068 Leiaute e Dimensões

NBR – 10126 Cotagem

NBR – 10582 Conteúdo das folhas de Desenhos

NBR – 10647 Norma Geral

22/01/2014

3

1189

84

1

Normalização - ABNT

NBR –10068 Leiaute e Dimensões

Margens

Formato Dimensões Esquerda Direita

AO 841 x 1189 25 10

A1 594 x 841 25 10

A2 420 x 594 25 7

A3 297 x 420 25 7

A4 210 x 297 25 7

AO = 1 m2

Normalização - ABNT

NBR –10068 Leiaute e Dimensões

Margens

Formato Dimensões Esquerda Direita

AO 841 x 1189 25 10

A1 594 x 841 25 10

A2 420 x 594 25 7

A3 297 x 420 25 7

A4 210 x 297 25 7

Exemplo: A3

420

29

7

25

Legenda: É o espaço reservado à informações complementares como:

Identificação, número, título, origem, escala, datas, nome, etc ...

22/01/2014

4

Normalização - ABNT

NBR –10068 Leiaute e Dimensões

Margens

Formato Dimensões Esquerda Direita

AO 841 x 1189 25 10

A1 594 x 841 25 10

A2 420 x 594 25 7

A3 297 x 420 25 7

A4 210 x 297 25 7

Exemplo: A4

210

29

7

25

Legenda: É o espaço reservado à informações complementares como:

Identificação, número, título, origem, escala, datas, nome, etc ...

Normalização - ABNT

NBR –10068 Leiaute e Dimensões

Relatividade entre os

formatos

22/01/2014

5

MATERIAL NECESSÁRIO

22/01/2014

6

22/01/2014

7

Normalização - ABNT

Posicionamento do desenho no papel

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8

22/01/2014

9

a

b

c

a ed

h

h

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10

Normalização - ABNT

NBR – 8402 Escrita

Forma de escrita inclinada, ângulo de 15o para a direita Forma de escrita vertical

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Escala é a proporção definida existente entre as dimensões de uma peça e

as do seu respectivo desenho.

O desenho de um elemento de máquina pode estar em:

- escala natural 1 : 1

- escala de redução 1 : 5

- escala de ampliação 2 : 1

Medida do desenho 1 : 5 Medida real da peça

Na representação através de desenhos executados em escala natural (1:1),

as dimensões da peça correspondem em igual valor às apresentadas no

desenho.

Normalização - ABNT

NBR – 8196 Escalas

Categoria Escalas recomendadas

Escalas de Ampliação 50:1, 20:1, 10:1, 5:1, 2:1

Escala Natural 1:1

Escalas de Redução 1:2, 1:5, 1:10, 1:20, 1:50

1:100, 1:200, 1:500, 1:1000

1:2000, 1:5000, 1:10.000

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As maiorias dos desenhos são feitos em tamanho reduzido.

Escala de Redução

Escala de Redução 1:5.

( MR )Peça – dimensão real

( MD )Desenho – dimensão no papel

Medida do desenho 1 : 5 Medida real da peça

Peça Real

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Peças menores são desenhadas com seu tamanho ampliado.

Escala de Ampliação

Escala de Ampliação 2:1.

( MR )Peça – dimensão real

( MD )Desenho – dimensão no papel

Medida do desenho 2 : 1 Medida real da peça

Peça Real

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O valor indicativo das cotas, refere-se sempre às medidas reais

da peça, e nunca às medidas reduzidas ou ampliadas que

aparecem no desenho.

Os ângulos não se alteram pelas escalas do desenho.

Em todo desenho deve-se, obrigatóriamente, indicar a escala

em que o mesmo foi executado.

Quando numa mesma folha tivermos desenhos com escalas

diferentes, estas devem ser indicadas junto aos desenhos a que

correspondem.

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15

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16

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18

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Desenho Técnico IRepresentação em Perspectiva

Sistemas de Representação

Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo.

As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais

distantes aparentam ser menores.

A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho

humano, pois transmite a idéia de três dimensões: comprimento, largura e

altura.

O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo

especial de representação gráfica: . Ela representa graficamente as

três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia

de profundidade e relevo.

Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de

um cubo em três tipos diferentes de perspectiva:

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Sistemas de Representação

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21

Perspectiva Isométrica

Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três formas de

representação, você pode notar que a perspectiva isométrica é a que dá a idéia

menos deformada do objeto.

Iso quer dizer mesma; métrica quer dizer medida. A perspectiva isométrica

mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do

objeto representado. Além disso, o traçado da perspectiva isométrica é relativa-

mente simples.

Por essas razões, neste curso, vamos estudar esse tipo de perspectiva.

Em desenho técnico, é comum representar perspectivas por meio de esboços, que são

desenhos feitos rapidamente à mão livre.

Os esboços são muito úteis quando se deseja transmitir, de imediato, a idéia de um

objeto.

Lembre-se de que o objetivo deste curso não é transformá-lo num desenhista.

Mas, exercitando o traçado da perspectiva, você estará se familiarizando com

as formas dos objetos, o que é uma condição essencial para um bom desempenho na

leitura e interpretação de desenhos técnicos.

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Para estudar a perspectiva isométrica, precisamos saber o que é um ângulo e a

maneira como ele é representado.

Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas de mesma

origem. A medida do ângulo é dada pela abertura entre seus lados.

Uma das formas de medir o ângulo consiste em

dividir a circunfrência em 360 partes iguais.

Cada uma dessas partes corresponde

a 1 grau (1º)

A medida em graus é indicada pelo numeral

seguido do símbolo de grau. Exemplo: 45º (lê-se:

quarenta e cinco graus).

Perspectiva Isométrica

O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi- retas

que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120°. Veja:

Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isométricos. Cada

uma das semi-retas é um eixo isométrico.

0s eixos isométricos podem ser representados em posições variadas, mas sempre

formando, entre si, ângulos de 120°. Neste curso, os eixos isométricos serão

representados sempre na posição indicada na figura acima.

0 traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos.

Observar a Nomenclatura

Padrão usada nos eixos:

x, y e z

Perspectiva Isométrica

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Perspectiva Isométrica

Perspectiva isométrica é o processo de representação tridimensional em que o

objeto se situa num sistema de três eixos coordenados (axonometria).

Estes eixos, quando perspectivados, fazem entre si ângulos de 120°:

Perspectiva Isométrica

Por razões práticas costuma-se utilizar, na construção das perspectivas, o

prolongamento dos eixos X e Y a partir do ponto O, no sentido contrário,

formando ângulos de 30° com a horizontal, enquanto o eixo Z (vertical) permanece

inalterado.

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Cada eixo coordenado corresponde a uma dimensão dos objetos:

Perspectiva Isométrica

MALHA ISOMÉTRICA

A malha isométrica é um artifício de

desenho cuja finalidade é possibilitar a

produção de rascunhos gráficos muito

próximos da perspectiva isométrica

precisa (feita com instrumentos).

Consiste na malha de triângulos

eqüiláteros formada por retas paralelas

aos eixos

Perspectiva Isométrica

Enquadramento do objeto dentro da malha isométrica:

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Agora você vai conhecer outro elemento muito importante para o traçado da

perspectiva isométrica: as linhas isométricas.

Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica.

Observe a figura abaixo:

As retas r, s, t e u são linhas isométricas:

r e s são linhas isométricas porque são

paralelas ao eixo y;

t é isométrica porque é paralela ao eixo z;

u é isométrica porque é paralela ao eixo x.

Perspectiva Isométrica

As linhas não paralelas aos eixos isométricos são

linhas não isométricas. A reta y, na figura ao lado, é

um exemplo de linha isométrica.

Linha v é uma linha não isométrica

Você já sabe que o traçado da

perspectiva é feito, em geral, por

meio de esboços à mão livre.

Para facilitar o traçado da perspectiva

isométrica à mão livre, usaremos um

tipo de papel reticulado que

apresenta uma rede de linhas que

formam entre si

ângulos de 120º. Essas linhas

servem como guia para orientar o

traçado do ângulo correto da

perspectiva isométrica.

Papel Isométrico

Perspectiva Isométrica

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Traçando a perspectiva de um Prisma ( elemento paralelo )

Para aprender o traçado da perspectiva isométrica você vai partir de um sólido

geométrico simples: o prisma retangular.

Prisma retangular, com dimensões

básicas:

c= comprimento

l= largura

h= altura

Perspectiva Isométrica

1a fase - Trace levemente, à mão

livre, os eixos isométricos e indique

o comprimento, a largura e a

altura sobre cada eixo

Traçando a perspectiva de um Prisma

2a fase - A partir dos pontos onde você

marcou o comprimento e a altura, trace duas

linhas isométricas que se cruzam. Assim ficará

determinada a face da

frente do modelo.

Perspectiva Isométrica

3a fase - Trace agora duas linhas isométricas

que se cruzam a partir dos pontos onde você

marcou o comprimento e a largura. Assim ficará

determinada

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Traçando a perspectiva de um Prisma

4a fase -E, finalmente, você encontrará a face

lateral do modelo. Para tanto, basta traçar duas

linhas isométricas a partir dos pontos onde você

indicou a

Perspectiva Isométrica

5a fase (conclusão) -Apague os excessos das

linhas de construção, isto é, das linhas e dos eixos

isométricos que serviram de base para a

representação do modelo. Depois, é só reforçar os

contornos da figura e está concluído o traçado da

perspectiva isométrica do prisma retangular.

Traçando a perspectiva de um Prisma Vazado

Prisma retangular vazado, com

Dimensões básicas:

c= comprimento

l= largura

h= altura

Perspectiva Isométrica

1a fase - Esboce a perspectiva isométrica

do prisma auxiliar utilizando as medidas

aproximadas do comprimento, largura e

altura do prisma com rebaixo

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Traçando a perspectiva de um Prisma Vazado

2a fase - Na face da frente, marque o

comprimento e a profundidade do rebaixo e trace

as linhas isométricas que o determinam.

Perspectiva Isométrica

3a fase - Trace as linhas isométricas que

determinam a largura do rebaixo. Note que a

largura do rebaixo coincide com a largura do

modelo

Traçando a perspectiva de um Prisma Vazado

4a fase - Complete o traçado do rebaixo.

Perspectiva Isométrica

5a fase (conclusão) -Finalmente, apague as

linhas de construção e reforce os contornos do

modelo

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Traçando a perspectiva de peças ( elemento paralelos e oblíquos )

Os modelos prismáticos também podem apresentar elementos oblíquos. Observe

os elementos dos modelos abaixo:

Esses elementos são oblíquos porque têm linhas que não são paralelas aos eixos

isométricos.

Nas figuras anteriores, os segmentos de reta: AB, CD, EF, GH, IJ, LM, NO,

PQ e RS são linhas não isométricas que formam os elementos oblíquos

Perspectiva Isométrica

Traçando a perspectiva de peças ( elemento diversos )

Algumas peças apresentam partes arredondadas, elementos arredondados ou

furos, como mostram os exemplos abaixo:

Mas antes de aprender o traçado da perspectiva isométrica de modelos com

essas características você precisa conhecer o traçado da perspectiva

isométrica do círculo. Dessa forma, não terá dificuldades para representar

elementos circulares e arredondados em perspectiva isométrica.

Perspectiva Isométrica

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Traçando a perspectiva de peças ( elemento diversos )

Um círculo, visto de frente, tem sempre a forma redonda. Entretanto, você já

observou o que acontece quando giramos o círculo?

É isso mesmo! Quando imprimimos um movimento de rotação ao círculo, ele

aparentemente muda, pois assume a forma de uma elipse

O círculo, representado em perspectiva isométrica, tem sempre a forma parecida

com uma elipse. O próprio círculo, elementos circulares ou partes

arredondadas podem aparecer em qualquer face do modelo ou da peça e sempre

serão representados com forma elíptica.

Perspectiva Isométrica

Traçando a perspectiva de peças ( elemento diversos )

Para facilitar o traçado da perspectiva isométrica você deve fazer um

quadrado auxiliar sobre os eixos isométricos da seguinte maneira:

trace os eixos isométricos (fase a);

lmarque o tamanho aproximado do diâmetro do círculo sobre os eixos z

e y, onde está representada a face da frente dos modelos em perspec-

tiva (fase b);

a partir desses pontos, puxe duas linhas isométricas (fase c), conforme mos-

tra a ilustração abaixo:

Perspectiva Isométrica

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Traçando a perspectiva de peças ( círculo )

1a fase - Trace os eixos isométricos e o

quadrado auxiliar

2a fase - Divida o quadrado auxiliar em quatro

partes iguais

Perspectiva Isométrica

3a fase - Comece o traçado das linhas curvas,

como mostra a ilustração

Traçando a perspectiva de peças ( círculo )

4a fase - Complete o traçado das linhas curvas

Perspectiva Isométrica

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Traçando a perspectiva de peças ( círculo )

5a fase (conclusão) -Apague as linhas de

construção e reforce o contorno do círculo

Perspectiva Isométrica

Traçando a perspectiva de peças ( círculo )

Você deve seguir os mesmos procedimentos para traçar a perspectiva

isométrica do círculo em outras posições, isto é, nas faces superior e lateral.

Observe nas ilustrações a seguir que, para representar o círculo na face

superior, o quadrado auxiliar deve ser traçado entre os eixos x e y. Já

para representar o círculo na face lateral, o quadrado auxiliar deve

Ser traçado entre o eixo x e z.

Perspectiva Isométrica

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Traçando a perspectiva de peças ( cilindro )

O traçado da perspectiva isométrica do cilindro também será desenvolvido em

cinco fases. Para tanto, partimos da perspectiva isométrica de um prisma de

base quadrada, chamado prisma auxiliar

c= comprimento

l= largura

h= altura

Prisma Auxiliar

Perspectiva Isométrica

Traçando a perspectiva de peças ( cilindro )

A medida dos lados do quadrado da base deve ser igual ao diâmetro do

círculo que forma a base do cilindro. A altura do prisma é igual à altura do

cilindro a ser reproduzido.

O prisma de base quadrada é um elemento auxiliar de construção do

cilindro. Por essa razão, mesmo as linhas não visíveis são representadas por

linhas contínuas.

1a fase - Trace a perspectiva isométrica do

prisma auxiliar.

Perspectiva Isométrica

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Traçando a perspectiva de peças ( cilindro )

2a fase - Trace as linhas que dividem os quadrados

auxiliares das bases em quatro partes iguais

3a fase - Trace a perspectiva isométrica do

círculo nas bases superior e inferior do prisma.

Perspectiva Isométrica

Traçando a perspectiva de peças ( cilindro )

4a fase - Ligue a perspectiva isométrica do

círculo da base superior à perspectiva

isométrica do círculo da base inferior, como mostra

o desenho

5a fase - Apague todas as linhas de construção

e reforce o contorno do cilindro. A parte invisível

da aresta da base inferior deve ser representada

com linha tracejada

Perspectiva Isométrica

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35

Desenho Técnico ISistema de Representação Ortogonal

As formas de um objeto representado em perspectiva isométrica

apresentam certa deformação, isto é, não são mostradas em verdadeira

grandeza, apesar de conservarem as mesmas proporções do comprimento,

da largura e da altura do objeto.

Além disso, a representação em perspectiva isométrica nem sempre mostra

claramente os detalhes internos da peça.

Na indústria, em geral, o profissional que vai produzir uma peça não recebe o

desenho em perspectiva, mas sim sua representação em projeção ortográfica

Projeção Ortogonal

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Projeção Ortogonal

A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente objetos

tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas características

com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza.

Para entender bem como é feita a projeção ortográfica você precisa conhecer

três elementos: o modelo, o observador e o plano de projeção.

Modelo

É o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer objeto pode

ser tomado como modelo: uma figura geométrica, um sólido geométrico, uma

peça de máquina ou mesmo um conjunto de peças.

O modelo geralmente é representado em posição que mostre a maior parte

de seus elementos. Pode, também, ser representado em posição de trabalho,

Isto é, aquela que fica em funcionamento.

Quando o modelo faz parte de um conjunto mecânico, ele vem representado

União de eixos (conjunto)

União de eixos

(componentes

Projeção Ortogonal

O observador

É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo.

Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador deve

analisá-lo cuidadosamente em várias posições.

As ilustrações a seguir mostram o observador vendo o modelo de frente, de

cima e de lado.

Vendo o modelo de frente

Vendo o modelo de cima

Vendo o modelo de lado

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37

Projeção Ortogonal

Em projeção ortográfica deve-se imaginar o observador localizado a uma distância

infinita do modelo. Por essa razão, apenas a direção de onde o

observador está vendo o modelo será indicada por uma seta, como mostra a

ilustração abaixo:

Projeção Ortogonal

Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço.

Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções

de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que se cortam

perpendicularmente

Plano de projeção

É a superfície onde se projeta o modelo.

A tela de cinema é um bom exemplo de

plano de projeção:

SPVS - semiplano vertical superior

SPVI - semiplano vertical inferior

SPHA - semiplano horizontal anterior

SPVP - semiplano horizontal posterior

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Diedros

Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si.

Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário

Ao do movimento dos ponteiros do relógio

Projeção Ortogonal

Projeção Ortogonal

O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares

entre si, criado por Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano.

Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam

a projeção ortográfica no 1o diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a

representação no 1o diedro.

Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá,

representam seus desenhos técnicos no 3o diedro.

Chamaremos o semiplano vertical superior

de plano vertical. O semiplano horizontal

anterior passará a ser chamado de plano horizontal.

Para simplificar o entendimento da

projeção ortográfica passaremos a

representar apenas o 1º diedro, o que é

normalizado pela ABNT.

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39

Projeção Ortogonal

No Brasil, onde se adota a representação no 1° diedro, além do plano vertical

e do plano horizontal, utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral.

este plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao

plano horizontal.

Projeção Ortogonal

O símbolo abaixo indica que o desenho técnico está representado no 1o diedro,

Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos

técnicos, dentro da legenda,

Quando o desenho técnico estiver representado no 3o diedro, você verá

este outro símbolo:

22/01/2014

40

Todos os elementos que aparecem no desenho técnico - linhas, símbolos,

números e indicações escritas - são normalizados.

É a ABNT, por meio da norma NBR 8403, que determina quais tipos de linhas

devem ser usadas em desenhos técnicos, definindo sua largura e demais

características.

Cada tipo de linha tem uma função e um significado.

Além disso, vamos verificar como se faz a projeção ortográfica de sólidos

geométricos com elementos paralelos e oblíquos.

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

Elementos Paralelos

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41

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

Linha contínua larga

A linha usada para representar arestas e contornos visíveis é a linha contínua

larga.

Agora, veja a aplicação da linha contínua larga na

representação da projeção ortográfica do prisma com

rebaixo.

Observando o modelo de frente, você terá uma vista

frontal projetada no plano vertical.

Todos os pontos do modelo estão representados na

vista frontal, mas apenas as arestas visíveis ao

observador deverão ser desenhadas com a

linha contínua larga.

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

reta.

Observando o modelo de cima você terá a vista

superior projetada no plano horizontal.

Todas as arestas visíveis ao observador são

desenhadas na vista superior.

A face do prisma, indicada pela letra A, é um

retângulo perpendicular ao plano horizontal.

Logo, a projeção da face A no plano hori-

zontal reduz-se a um segmento de reta.

22/01/2014

42

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

E observando o modelo de lado,

Voc terá a vista lateral esquerda

projetada no plano lateral.

A face B do prisma, que forma

o rebaixo, é um retângulo perpen-

dicular ao plano lateral.

No desenho, a projeção da face

B é representada por uma linha

contínua larga.

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

Veja agora a projeção do modelo

nos três planos de projeção ao

mesmo tempo.

22/01/2014

43

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

Linha contínua estreita

Imagine que o modelo tenha sido retirado.

Observe suas vistas representadas nos planos

de projeção.

As linhas contínuas estreitas, que aparecem

no desenho ligando as arestas das vistas, são

chamadas de linhas projetantes auxiliares.

Essas linhas são importantes para quem está

iniciando o estudo da projeção

ortográfica, pois ajudam a relacionar os

elementos do modelo nas diferentes vistas.

Elas são imaginárias, por isso não são

representadas no desenho técnico

definitivo.

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

Imagine o rebatimento dos planos de

projeção, como mostram as ilustrações

Abaixo, observe a disposição das vistas

ortográficas

22/01/2014

44

Projeção Ortogonal com elementos paralelos e Oblíquos

No desenho técnico identificamos cada vista pela posição que ela ocupa no conjunto.

Não há necessidade, portanto, de indicar por escrito seus nomes. As linhas projetantes

auxiliares também não são representadas. Abaixo está a

representaçào final do prisma paralelo vazado e das suas vistas ortográficas.

Projeção Ortogonal com elementos diversos

A execução de modelos que apresentam furos, rasgos, espigas, canais,

partes arredondadas etc., requer a determinação do centro desses elementos.

22/01/2014

45

Projeção Ortogonal com elementos diversos

Analise o desenho representado ao lado

Este modelo prismático tem dois rasgos

paralelos, atravessados por um furo passante.

No desenho técnico deste modelo, é

necessário determinar o centro do furo.

Observe que a linha de centro aparece nas

três vistas do desenho

Projeção Ortogonal com elementos diversos

Linha de Centro

Na vista superior, onde o furo é representa-

do por um círculo, o centro do furo é

determinado pelo cruzamento de duas linhas

de centro.

Sempre que for necessário usar duas linhas de

centro prara determinar o centro de um

elemento, O cruzamento é representado por

dois traços.

Nas vistas lateral esquerda e frontal o furo é representado por

Linhas tracejadas estreitas, que correspondem a arestas não visíveis.

22/01/2014

46

Projeção Ortogonal com elementos diversos

Observe a aplicação da linha de centro no

modelo com furos e partes arredondadas.

Acompanhe as explicações analisando o modelo

representado ao lado.

Este é um modelo prismático com partes

arredondadas e três furos redondos passantes.

Projeção Ortogonal com elementos diversos

Vamos definir as vistas do desenho técnico com base na posição em que o

modelo está representado na perspectiva isométrica.

Neste caso, dois furos estão

na posição horizontal e um furo está na posição vertical.

Os contornos das partes arredondadas são representados, nas vistas

ortográficas, pela linha para arestas e contornos visíveis.

Observe, a vista frontal do modelo. As projeções dos dois furos horizontais

Coincidem na vista frontal.

Esses furos têm a forma de círculos. Para determinar seu Centro, usamos duas

linhas de dentro que Se cruzam

Como não enxergamos o furo vertical quando olhamos nesta vista, logo ele é

representado pela linha para arestas e contornos não visíveis ( linha tracejada

estreita )

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47

Projeção Ortogonal com elementos diversos

Observando o modelo de cima,

o furo vertical é o único visível e seu

centro é indicado por duas linhas

de centro que se cruzam.

Os outros dois furos são representados

pela linha para arestas e contornos não

visíveis, e seus centros são indica-

dos por uma linha de centro.

Por último, analise a vista lateral esquerda.

Observando o modelo de lado constatamos

que nenhum dos furos fica visível,

portanto todos são representados pela

linha para arestas e contornos não visíveis.

As linhas de centro que aparecem no

desenho determinam os centros dos

três furos.

Projeção Ortogonal de elementos simétricos

A figura ao lado é um modelo prismático,

com furo passante retangular.

Agora se dividir-mos o modelo ao meio. As

Duas partes em que ele ficou dividido sào

Iguais. Dizemos que este modelo é simétrico,

Em relaçào a um eixo horizontal que passa

Pelo centro da peça.

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Projeção Ortogonal com elementos simétricos

Imagine o mesmo modelo dividido ao meio

verticalmente.

As duas partes que resultam da divisão

vertical também são iguais entre si. Este

modelo, portanto, é simétrico em relação a

um eixo vertical que passa pelo centro da

peça.

Em desenho técnico, quando o modelo é

simétrico também deve ser indicado pela

linha estreita traço e ponto, que você já

conhece. Neste caso, ela recebe o nome de

linha de simetria.

Desenho Técnico ISistema de Cotagem

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COTAGEM

Cotagem de elementos básicos:

- Rebaixo

- Rasgos

- Furos

Por tamanho ou por localização

Pçs com mais de 1 elemento

Elementos angulares

Cotagem Especiais:

- Raios

- Elementos esféricos

- pequenos diâmetros

- espaçamentos

- parte oblíquas

- Inlcinações

Sistemas de Cotagem:

Em Cadeia

Por elemento de referência

Por linha básica

COTAGEM – REGRAS BÁSICAS

- Todas as cotas necessárias à caracterização da forma e da grandeza do objeto

devem ser indicadas diretamente sobre o desenho de modo a não exigir

posteriormente, o cálculo ou a estimativa de medidas.

- A cotagem deve ser executada considerando a função, fabricação e a inspeção

do objeto.

- As cotas devem ser indicadas com a máxima clareza de modo a admitir uma

única interpretação.

- Deve ser evitada a repetição de cotas.

- Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a forma do

elemento cotado.

- As cotas maiores são colocadas por fora das menores, a fim de evitar cruzamentos.

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50

COTAGEM – REGRAS BÁSICAS

Linhas de Chamada

5 a 6 de comprimento

1,5 a 2,5 de altura

COTAGEM – REGRAS BÁSICAS

Se necessário, cotas precisas

Sentido de orientação da cotagem

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COTAGEM – REGRAS BÁSICAS

Cotagem de Elementos básicos - Rebaixos

Rasgos com simetria

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Rasgos sem simetria

Cotagem de furo

Cotagem de Elementos básicos

Cotagem de Elementos básicos - Por tamanho ou por localização

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Cotagem de elementos básicos - Focando elementos com simetria

Cotagem de elementos básicos - Focando elementos sem simetria

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Cotagem de rasgos

Cotagem de Elementos básicos

Cotagem de elementos básicos - peças com elementos angulares

Cotas lineares

Cotas angulares

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Cotagem de elementos básicos - peças com elementos angulares

Cotas de chanfros

Cotas com elementos

angulares

Cotagem Especiais - RaiosObservação: A letra R é sempre usada

Cotagem Especiais – Elementos Esféricos

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Cotagem Especiais – Espaços Reduzidos

Cotagem Especiais – Pequenos diâmetros

Sistemas de Cotagem

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Sistemas de Cotagem

Sistemas de Cotagem

Face de referência

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Sistema de Cotagem – Por Referência em Paralelo

Sistema de Cotagem – Linha Básica

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Desenho Técnico IRepresentação em Corte - Total

Representação em Perspectiva e por Vistas Ortográficas

Nem sempre é possível representar desta forma

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CORTE TOTAL

Existem determinadas peças que a representação fica muito prejudicada em função da

quantidade de detalhes necessários para a completa interpretação da peça.

Por exemplo: Se tivermos que representar a peça abaixo, teríamos:

Com todos os recursos de

Linha ( cheia, construção,

Tracejada, etc ... )

CORTE TOTAL

Cortar quer dizer dividir, secionar, separar partes de um todo. Corte é um recurso

utilizado em diversas áreas do ensino, para facilitar o estudo do interior dos objetos

Sem tais cortes, não seria possível analisar os detalhes internos dos objetos

mostrados

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CORTE TOTAL

Na indústria, a representação em corte só é utilizada quando a complexidade

dos detalhes internos da peça torna difícil sua compreensão por meio da

representação normal, como você viu no caso do registro de gaveta.

Mas, para que você entenda bem o assunto, utilizaremos modelos mais

simples que, na verdade, nem precisariam ser representados em corte.

Corte Total: é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão atingindo suas partes

maciças, como mostra a figura.

CORTE TOTAL

Lembre-se que em desenho técnico mecânico os cortes são apenas imaginários.

Os cortes são imaginados e representados sempre que for necessário mostrar

elementos internos da peça ou elementos que não estejam visíveis na posição em que

se encontra o observador. Você deve considerar o corte realizado por um plano de

corte, também imaginário.

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Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do desenho técnico

mecânico. A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elementos que

se quer destacar e da posição de onde o observador imagina o corte.

CORTE TOTAL

Corte na vista frontal - VF

Nesta posição, o observador não vê os furos redondos nem o furo quadrado

da base. Para que estes elementos sejam visíveis, é necessário imaginar o corte

Imagine o modelo secionado, isto é, atravessado por um plano de corte, como é

mostrado abaixo.

CORTE TOTAL

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CORTE TOTAL

O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é chamado plano longitudinal

vertical.

Este plano de corte divide o modelo ao meio, em toda sua extensão, atingindo todos

os elementos da peça.

Veja como ficou dividido o modelo

CORTE TOTAL

Assim, você poderá analisar com maior

facilidade os elementos atingidos pelo

corte.

Acompanhe a projeção do modelo

secionado no plano de projeção vertical.

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CORTE TOTAL

Na projeção do modelo cortado, no plano vertical, os elementos atingidos pelo corte

são representados pela linha para arestas e contornos visíveis.

A vista frontal do modelo analisado, com corte, deve ser representada como visível.

As partes maciças do modelo, atingidas pelo plano

de corte, são representadas hachuradas.

Neste exemplo, as hachuras são formadas por

linhas estreitas inclinadas e paralelas entre si.

As hachuras são formas convencionais de

representar as partes maciças atingidas pelo

corte. A ABNT estabelece o tipo de hachura para

cada material.

HACHURAS

Hachuras são uma espécie de pintura que serve para salientar a parte onde a peçaefetivamente foi cortada.

Pode também acrescentar informações sobre o tipo de material constituinte da peça que estásendo representada – neste caso utilizam-se hachuras específicas.

Pode se classificar as hachuras em:• genéricas;• específicas.

As hachuras genéricas são compostas de linhasestreitas, eqüidistantes e paralelas entre si e inclinadas a 45° comos contornos principais da peça, deverão ser usadas narepresentação geral de qualquer material.

NBR 12.298 / abril 1995, da ABNT

CORTE TOTAL

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CORTE TOTAL

Na projeção do modelo cortado, no plano vertical, os elementos atingidos pelo corte

são representados pela linha para arestas e contornos visíveis.

A vista frontal do modelo analisado, com corte, deve ser representada como visível.

O tipo de hachura usado no desenho indica que o

material empregado na confecção deste modelo é

metal.

Os furos não recebem hachuras, pois são partes

partes ocas que não foram atingidas pelo plano

de corte.

Os centros dos furos são determinados pelas

linhas de centro, que também devem ser

representadas nas vistas em corte

CORTE TOTAL

Indicação do plano de corte

A vista superior e a vista lateral esquerda não devem ser representadas em corte

porque o observador não as imaginou atingidas pelo plano de corte.

A vista frontal está representada em corte porque o observador imaginou o corte

vendo o modelo de frente.

Sob a vista representada em corte, no caso a vista frontal, é indicado o nome do

corte: Corte AA.

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CORTE TOTAL

Corte na vista superior - VS

CORTE TOTAL

Corte na vista superior - VS

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CORTE TOTAL

Corte na vista lateral - VLE

CORTE TOTAL

Corte na vista lateral - VLE

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Desenho Técnico IRepresentação em Corte – Mais de um corte

MAIS DE UM CORTE EM VISTAS ORTOGRÁFICAS

Dependendo da complexidade do modelo ou peça,um único corte pode não ser

Suficiente para mostrar todos os elementos ou detalhes internos que queremos

analisar.

Observe por exemplo, o modelo a seguir

Imagine este modelo visto de frente, secionado por um plano de corte

longitudinal vertical que passa pelo centro da peça.

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Imagine que a parte anterior do modelo, separada pelo plano de corte, foi removida e

analise a vista frontal correspondente, em corte.

MAIS DE UM CORTE EM VISTAS ORTOGRÁFICAS

Analisemos de novo o mesmo modelo representado em perspectiva, imagine-o

Visto de lado seccionado por um plano transversal.

MAIS DE UM CORTE EM VISTAS ORTOGRÁFICAS

Neste caso, a vista atingida pelo corte é a lateral esquerda. Veja a representação da

vista lateral esquerda em corte.

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MAIS DE UM CORTE EM VISTAS ORTOGRÁFICAS

Desenho Técnico ICorte em Desvio ou Corte Composto

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CORTE COMPOSTO OU EM DESVIO

Certos tipos de peças possuem os seus elementos internos, fora de alinhamento ePrecisam de uma outra maneira de se imaginar o corte.

O tipo de corte utilizado para mostrar elementos internos fora de alinhamento éChamado de corte composto oo também conhecido como corte em desvio.

Imaginemos na Fig. A, se fossemos utilizar o corte reto por plano paralelo,Conforme já visto, teríamos:

CORTE COMPOSTO OU EM DESVIO

1ª Opção: Passando pelo furo retangular

Neste tipo de corte, podemos ver a representação do furoQuadrado, porém não podemos ver os furos redondos.

2ª Opção: Passando pelos furos redondos

VF

Neste outro corte, é o contrário podemos ver a representação dos furos, porém não vemos a do furoQuadrado.

VF

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CORTE COMPOSTO OU EM DESVIO

Em desenho técnico a única maneira de representar todos os cortes reunidos é Utilizando o corte em desvio.

CORTE COMPOSTO OU EM DESVIO

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CORTE COMPOSTO OU EM DESVIO

Corte composto por mais de 2 planos de corte

Desenho Técnico IMeio-Corte

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MEIO-CORTE

Em peças em que o a simetria é apenas longitudinal ou apenas transversal,

Ou até mesmo não existir a simetria, não é possível aplicar o meio-corte.

MEIO-CORTE

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MEIO-CORTE

MEIO-CORTE

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MEIO-CORTE

MEIO-CORTE

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77

MEIO-CORTE

MEIO-CORTE

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78

MEIO-CORTE

MEIO-CORTE

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Comparação entre Cortes

1 plano

Mais de 1 plano

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Corte Composto ( desvio )

Meio Corte

Desenho Técnico ICorte Parcial

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CORTE PARCIAL

Nos Cortes Parciais ou Rupturas como também são chamados, apenas uma parte da peça é cortada visando mostrar algum detalhe interno.

Quando os detalhes estão concentrados numa determinada parte da peça não haverá necessidade de utilizar um corte completo e, assim sendo, para facilitar a execução do desenho deve-se utilizar o corte parcial.

Nos cortes parciais o plano secante atinge apeça somente até aonde se deseja detalhar e olimite do corte é definido por uma linha deruptura.

A linha de ruptura é uma linha irregular,contínua e de espessura fina.

Nos cortes parciais são representadas todas asarestas invisíveis, ou seja, se colocam todas aslinhas tracejadas.

CORTE PARCIAL

Representação do corte parcial

Observe um modelo em perspectiva, com aplicação de corte parcial.

A linha contínua estreita irregular e à mãolivre, que você vê na perspectiva, é a linha deruptura.

A linha de ruptura mostra o local onde o corteestá sendo imaginado, deixando visíveis oselementos internos da peça.

A linha de ruptura também é utilizada nasvistas ortográficas.

Veja agora uma outra maneira de representar a linha de ruptura, na vista ortográfica, através de uma linha contínua estreita, em ziguezague.

As partes hachuradas representam as partesmaciças do modelo, atingidaspelo corte.

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Mais de um corte parcial na mesma vista de um desenho técnico

Podemos agora imaginar mais de um corte parcial na mesma vista do desenho técnico.

CORTE PARCIAL

CORTE PARCIAL

O corte parcial também pode ser representado em qualquer das vistas de um desenho técnico.

Na vista superior

Na vista lateral

Observações: a) na representação em corte parcial, não aparece o nome do corte.b) Não é necessário, também, indicar o corte parcial em outras vistas.

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DIFERENÇAS ENTRE CORTES

CORTE PARCIAL

HACHURAS

Hachuras são uma espécie de pintura que serve para salientar a parte onde a peçaefetivamente foi cortada.

Pode também acrescentar informações sobre o tipo de material constituinte da peça que estásendo representada – neste caso utilizam-se hachuras específicas.

Pode se classificar as hachuras em:• genéricas;• específicas.

As hachuras genéricas são compostas de linhasestreitas, eqüidistantes e paralelas entre si e inclinadas a 45° comos contornos principais da peça, deverão ser usadas narepresentação geral de qualquer material.

NBR 12.298 / abril 1995, da ABNT

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CORTE PARCIAL

HACHURAS ESPECÍFICAS

As hachuras específicas padronizadas

pela norma, são mostradas na tabela.

Outras hachuras poderão ser utilizadas

desde que identificadas

Em todos os desenhos e vistas secionadas utilizados na representação de uma mesma peça

adota-se sempre o mesmo tipo de hachura.

Já quando se tem peças diferentes representadas em um desenho de conjunto utilizam-

se,obrigatoriamente, hachuras diferentes para cada uma das peças, de forma a salientar que

tratam-se de peças distintas.

Para tanto, quando se está utilizando hachuras genéricas, pode se trocar a orientação e/ou o espaçamento entre as linhas como forma de

diferenciar peças distintas.

CORTE PARCIAL

HACHURAS - REPRESENTAÇÕES

Mesma peça

Peças diferentes

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Desenho Técnico IRepresentação de Seções

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

Em desenho técnico busca-se, sempre, a forma mais simples, clara e prática derepresentar o maior número possível de informações.

A representação em corte facilita a interpretação de elementos internos ou deelementos não visíveis ao observador. Mas, às vezes, o corte não é o recursoadequado para mostrar a forma de partes internas da peça.

Nestes casos, devemos utilizar a representação em seção, que é a maneira maissimplificada de representar estas partes da peça.

As representações em seção também são normalizadas pela ABNT(NBR10067/1987).

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REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

Representação em seção

Secionar quer dizer cortar. Assim, a representação em seção também é feitaimaginando-se que a peça sofreu corte.

Mas existe uma diferença fundamental entre a representação em corte e arepresentação em seção.

Você vai compreender bem essa diferença,analisando alguns exemplos.

Imagine o modelo representado ao lado secionado por um plano de corte transversal.

Analise a perspectiva do modelo, atingidapelo plano de corte e, embaixo, as suas vistas ortográficas com a representação do corte na vista lateral.

Veja agora a comparação do desenho técnico do mesmo modelo, com representação em corte e em seção.

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

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REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

Veja outro exemplo e compare as vistas ortográficas desta peça em corte e em seção.

Semelhanças: Em ambos os casos imaginaram-se cortes na peça; eles apresentamindicação do plano de corte e as partes maciças atingidas pelo corte são hachuradas.

Diferenças: No desenho em corte, a vista onde o corte é representado mostra outroselementos da peça, além da parte maciça atingida pelo corte, enquanto que odesenho em seção mostra apenas a parte cortada; a indicação do corte é feita pelapalavra corte, seguida de duas letras maiúsculas repetidas, enquanto que aidentificação da seção é feita pela palavra seção, também seguida de duas letrasmaiúsculas repetidas.

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

SEÇÕES DENTRO DA VISTA

A seção pode ser representada rebatida dentro da vista, desde que não prejudique ainterpretação do desenho.Observe a próxima perspectiva em corte e, ao lado, sua representação em vista ortográfica,com a seção representada dentro da vista ( Seção sobre a vista ).

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Para se obter uma nova seção transversal, utiliza-se um plano de corte imaginário,

perpendicular ao eixo principal da peça ou da parte a ser secionada.

Depois, faz-se o plano girar num ângulo de 90, mostrando assim a verdadeira forma

da seção no plano. ( Seções giradas ).

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

Utiliza-se a Seção na Interrupção da Vista quando há necessidade de mostrar o perfil

da peça na própria vista.

Contudo, mesmo utilizando esse tipo de seção, o comprimento da peça deve ser

mantido.

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REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

SEÇÕES FORA DE VISTA

Em desenho técnico, quando queremos indicar que uma superfície é plana, obtida a partir desuperfície cilíndrica, utilizamos essas duas linhas cruzadas. Veja, a seguir, outra maneira deposicionar a seção fora da vista

Neste caso, a seção aparece ligada à vista por uma linha traço e ponto estreita, que indica olocal por onde se imaginou passar o plano de corte.

Uma vez que a relação entre a seção e a parte da peça que ela representa éevidente por si, não é necessário dar nome à seção.

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

SEÇÕES FORA DE VISTA

Quando se tratar de uma peça com vários elementos diferentes, é aconselhável imaginar váriasseções sucessivas para analisar o perfil de cada elemento.

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REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

No desenho técnico, as seções sucessivas também podem ser representadas:

a) próximas da vista e ligadas por linha traço e ponto;

b) em posições diferentes mas, neste caso, identificadas pelo nome.

Desenho Técnico IRepresentação por Encurtamento

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Certos tipos de peças, que apresentam formas longas e constantes, podem ser representadasde maneira mais prática.

O recurso utilizado em desenho técnico para representar estes tipos de peças é oencurtamento.

A representação com encurtamento, além de ser mais prática, não apresenta qualquerprejuízo para a interpretação do desenho.

Nem todas as peças podem ser representadas com encurtamento.

O encurtamento só pode ser imaginado no caso de peças longas ou de peçasque contêm partes longas e de forma constante.

ENCURTAMENTO

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

Veja o exemplo de um eixo com duas espigas nas extremidades e uma parte central longa, deforma constante.

Imagine o eixo secionado por dois planos de corte, como mostra a ilustração.

REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

ENCURTAMENTO

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REPRESENTAÇÃO DE SEÇÃO

ENCURTAMENTO - REPRESENTAÇÃO

Nas representações com encurtamento, as partes imaginadas cortadas são limitadas por linhas de ruptura, que são linhas contínuas estreitas, desenhadas à mão-livre.

Nos desenhos técnicos pode-se optar pela linha contínua estreita irregular ou pela linhacontínua estreita em ziquezaque para representar os encurtamentos.

Desenho Técnico IVistas Auxiliares

22/01/2014

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Devido à utilização de projeções ortogonais, em nenhuma das vistas principais as superfíciesinclinadas aparecem representadas em suas verdadeiras grandezas.

A figura abaixo mostra três vistas de um objeto com superfície inclinada, observe que emnenhuma das três vistas aparece, em verdadeira grandeza, a forma completa da parteinclinada do objeto.

VISTAS AUXILIARES

A representação da forma e da verdadeira grandeza de uma superfícieinclinada só será possível fazendo a sua projeção ortogonal em um plano paralelo à parteinclinada.

Ou seja, faz-se o tombamento da peça perpendicularmente à superfície inclinada, comomostra a Figura abaixo.

VISTAS AUXILIARES

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As vistas auxiliares são empregadas para mostrar as formas verdadeiras das superfícies inclinadascontidas nos objetos representados.

Como o desenho técnico tem como objetivo representar com clareza as formas espaciais dosobjetos, não tem sentido prático desenhar as partes das vistas que aparecem com dimensõesfora das suas verdadeiras grandezas.

Desta forma, a ABNT recomenda a utilização de vistas parciais, limitadas por linhas de rupturas,que representam somente as partes que aparecem as formas verdadeiras dos objetos, conformemostra a Figura abaixo.

VISTAS AUXILIARES

B

Vista de B

VISTAS AUXILIARES

A Figura abaixo mostra que as vistas auxiliares, além de representar a forma do objeto commaior clareza, permite que as cotas sejam referenciadas às verdadeiras grandezas dasdimensões cotadas.

B

Vista de B

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Desenho Técnico IRepresentação de Tolerâncias Dimensionais

Tolerância Básica

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Tolerância Básica

Tolerância Básica

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97

Tolerância Básica

Tolerância Básica

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98

Tolerância Básica

Tipos de Afastamentos

a) Superior e Inferior são positivos – Isso garante uma dimensão maior que o

valor nominal

b) Superior e Inferior são negativos – Isso garante uma dimensão menor que o

valor nominal

c) Superior e Inferior de mesmo valor porém com sentidos diferentes.

d) Superior positivo e Inferior negativo ou vice-versa.

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Exemplo:Diam. Nominal 34,00 mm

Afastam Sup + 34

Afastam Inf - 26

Media Super. 34,34 mm

Medida Inf 33,74 mm

Tolerância 0,60 mm

34 + 34

- 26

Desenho Técnico IAcabamento Superficial

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100

Estado da Superfície em desenho técnico

O desenho técnico, além de mostrar as formas e as dimensões das peças, precisa

conter outras informações para representá-las fielmente. Uma dessas informações é a

indicação dos estados das superfícies das peças.

Acabamento

Acabamento é o grau de rugosidade observado na superfície da peça. As superfícies

apresentam-se sob diversos aspectos, a saber: em bruto, desbastadas, alisadas e

polidas.

Superfície em bruto é aquela que não é usinada, mas limpa com a eliminação de

rebarbas e saliências.

Superfície desbastada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são

bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é facilmente percebida.

Superfície alisada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são pouco

visíveis, sendo a rugosidade pouco percebida.

Superfície polida é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são

imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada somente por meio de aparelhos.

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101

Estado da Superfície em desenho técnico

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102

Estado da Superfície em desenho técnico

Estado da Superfície em desenho técnico

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103

O símbolo significa que a peça deve manter-se sem a retirada de

material

ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, com

retirada de material, válido para todas as superfícies, aonde está

sendo posicionado.

N8 indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de

3,2μm (0,0032mm).

o acabamento geral não deve ser indicado nas superfícies.

Estado da Superfície em desenho técnico

Estado da Superfície em desenho técnico

22/01/2014

104

Estado da Superfície em desenho técnico

Exigência de rugosidade

geral para a peçaVários graus de rugosidade exigidos

Estado da Superfície em desenho técnico

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106

22/01/2014

107

Desenho Técnico ITolerâncias Geométricas

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108

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

AS TOLERÂNCIAS ASSOCIADAS À GEOMETRIA DAS PEÇAS DEVEM SER

DEFINIDAS QUANDO:

•AS TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS NÃO FORAM SUFICIENTES PELAS

NECESSIDADES E EXIGÊNCIAS DO PROJETO

•HOUVER PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E DISPONIBILIDADE DE

EQUIPAMENTOS

•OS CUSTOS DE FABRICAÇÃO FOREM COMPATÍVEIS AOS CUSTOS DO

PRODUTO

58,8

4O

58,8

4O

ASSIM, SE A FALTA DE LINEARIDADE CAUSAR UM PROBLEMA NA

MONTAGEM, ENTÃO DEVE SER INDICADO UMA TOLERÂNCIA

GEOMÉTRICA DE RETILINEIDADE.

ERRO DE ORIENTAÇÃO

ERRO DE PLANICIDADE

ERRO DE FORMA

ERROS APÓS USINAGEM

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

22/01/2014

109

AS TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS PODEM SER ASSOCIADAS A DESVIOS:

MACROGEOMÉTRICOS: RETILINEIDADE, CIRCULARIDADE,

CILINDRICIDADE, PLANICIDADE

MICROGEOMÉTRICOS: RUGOSIDADE

AS TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS SÃO DEFINIDAS PELAS:

NORMA ABNT NBR 6409 (TOLERÂNCIAS DE FORMA E DE POSIÇÃO) E

NORMA ABNT NBR 6405 (RUGOSIDADE DAS SUPERFÍCIES)

BASEADAS NAS NORMAS DIN 620 E 7184).

AS TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS SÃO CLASSIFICADAS COMO:

• TOLERÂNCIAS DE FORMA

• TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

TOLERÂNCIAS DE FORMA

AS TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS DE FORMA ESTÃO ASSOCIADAS AOS

DESVIOS ADMISSÍVEIS NA GEOMETRIA DE UMA PEÇA

ESSAS TOLERÂNCIAS SÃO REPRESENTADAS POR:

SÍMBOLO DATOLERÂNCIA

VALOR DATOLERÂNCIA

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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110

t

t 0,03A LINHA INDICADA DEVE SITUAR-

SE ENTRE DUAS RETAS

PARALELAS DISTANCIADAS DE

0,03 mm, MEDIDA NO PLANO

INDICADO E SIMÉTRICAS À LINHA

IDEAL

A LINHA INDICADA DEVE SITUAR-

SE DENTRO DE UM CILINDRO COM

DIÂMETRO DE 0,03 mm COM LINHA

DE CENTRO COINCIDENTE COM A

LINHA IDEAL

TOLERÂNCIA DE RETILINEIDADE DE UM EIXO OU CONTORNO

EXEMPLOS: EIXOS QUE DEVEM TRABALHAR COM GUIAS PRECISAS

t O 0,03

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

t

e 0,03

O CONTORNO INDICADO DEVE

SITUAR-SE DENTRO DE UMA COROA

CIRCULAR DE 0,03 mm DE

ESPESSURA COM CENTRO

COINCIDENTE COM O DO CÍRCULO

IDEAL

TOLERÂNCIA DE CIRCULARIDADE DE UMA LINHA OU CONTÔRNO

EXEMPLO: ASSENTO DE MANCAL DE ROLAMENTO

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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111

t

r 0,03A SUPERFÍCIE INDICADA DEVE

SITUAR-SE ENTRE DOIS PLANOS

PARALELOS ENTRE SI DISTANTES

DE 0,03 mm E SIMÉTRICOS À

SUPERFÍCIE IDEAL

TOLERÂNCIA DE PLANICIDADE DE UMA SUPERFÍCIE

EXEMPLO: SUPERFÍCIES QUE DEVEM GRANTIR VEDAÇÃO

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

t

j 0,03 A SUPERFÍCIE INDICADA DEVE

SITUAR-SE ENTRE DOIS

CILINDROS COAXIAIS DISTANTES

DE 0,03 mm COM EIXOS

COINCIDENTES COM O DO

CILINDRO IDEAL

TOLERÂNCIA DE CILINDRICIDADE DE UMA SUPERFÍCIE

EXEMPLO: COLUNA GUIA COM AJUTE DESLIZANTE

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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112

t

m 0,03 O PERFIL INDICADO DEVE SITUAR-

SE ENTRE DUAS LINHAS

TANGENTES A CÍRCULOS DE 0,03

mm COM CENTROS SOBRE O

PERFIL IDEAL

TOLERÂNCIA DE FORMA DE UM PERFIL QUALQUER

EXEMPLO: PERFIL DE UM CAME

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO

AS TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS DE POSIÇÃO ESTÃO ASSOCIADAS AOS

DESVIOS ADMISSÍVEIS ORIENTAÇÃO, POSIÇÃO E BATIMENTO DOS

COMPONENTES GEOMÉTRICOS DE UMA PEÇA

ESSAS TOLERÂNCIAS DEVEM SER INDICADAS SEMPRE EM RELAÇÃO A

UMA REFERÊNCIA DA PRÓPRIA PEÇA COTADA

ESSAS TOLERÂNCIAS SÃO REPRESENTADAS POR:

VALOR DATOLERÂNCIA

SÍMBOLO DATOLERÂNCIA

REFERÊNCIA

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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t A

i O 0,03 A

A

O EIXO INDICADO DEVE SITUAR-SE

DENTRO DE UM CILINDRO DE 0,03 mm

DIÂMETRO, PARALELO AO EIXO

INFERIOR (REFERÊNCIA A)

TOLERÂNCIA DE PARALELISMO

EXEMPLO: FUROS PARA ASSENTOS DE DOIS ROLAMENTOS

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

t A

A

n 0,03 A

A SUPERFÍCIE INDICADA DEVE

SITUAR-SE ENTRE DUAS

SUPERFÍCIES DISTANTES DE 0,03 mm

E PERPENDICULARES AO EIXO

INFERIOR (REFERÊNCIA A)

TOLERÂNCIA DE PERPENDICULARIDADE

EXEMPLO: SUPERFÍCIES PARA APOIOS LATERAIS

DE ROLAMENTOS

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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t A

A

g 0,03 A

100°

A SUPERFÍCIE INDICADA DEVE

SITUAR-SE ENTRE DUAS

SUPERFÍCIES DISTANTES DE 0,03

mm PARALELAS ENTRE SI E A UM

PLANO INCLINADO NO ÂNGULO

INDICADO, EM RELAÇÃO AO EIXO

INFERIOR (REFERÊNCIA A)

TOLERÂNCIA DE INCLINAÇÃO

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

t A

A

l O 0,03 A

100

50

O EIXO DO FURO DEVE SITUAR-SE

ENTRE DENTRO DE UM CILINDRO

DE DIÂMETRO 0,03 mm CUJO EIXO

SITUA-SE NA POSIÇÃO

GEOMÉTRICA IDEAL INDICADA

PELAS COTAS EM RELAÇÃO AO

FURO (REFERÊNCIA A)

TOLERÂNCIA DE LOCALIZAÇÃO

EXEMPLO: POSIÇÃO DE FUROS EM MNTAGEM DE CARCAÇAS

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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t A

d 0,03 AA

100

O PLANO MÉDIO DO RASGO DEVE

SITUAR-SE ENTRE DOIS PLANOS

DISTANTES DE 0,03 mm,

PARALELOS ENTRE SI DE FORMA

SIMÉTRICA EM RELAÇÃO AO PLANO

MÉDIO DA REFERÊNCIA A

TOLERÂNCIA DE SIMETRIA

EXEMPLO: RASGOS DE CHAVETAS EM EIXOS E

EM ENGRENAGENS

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

t A

100

A

a 0,03 A

O EIXO DEVE SITUAR-SE NO

INTERIOR DE UM CILINDRO DE

DIÂMETRO IGUAL A 0,03 mm, CUJO

EIXO COINCIDE COM O EIXO IDEAL

DA REFERÊNCIA A

TOLERÂNCIA DE CONCENTRICIDADE e COAXILIDADE

EXEMPLO: ASSENTOS DE DOIS ROLAMENTOS

SITUADOS EM UM MESMO EIXO

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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t A100

A^ 0,03 A

AO GIRAR-SE O EIXO EM RELAÇÃO

À REFERÊNCIA A, O MOVIMENTO NA

DIREÇÃO RADIAL DE QUALQUER

REGIÃO DO CILINDRO COTADO,

NÃO DEVE ULTRAPASSAR 0,03 mm

(LTI)

AO GIRAR-SE O EIXO EM

RELAÇÃO À REFERÊNCIA A, O

MOVIMENTO NA DIREÇÃO AXIAL

DE QUALQUER REGIÃO DO

CILINDRO COTADO, NÃO DEVE

ULTRAPASSAR 0,03 mm (LTI)

TOLERÂNCIA DE BATIMENTO RAIAL100

A

^ 0,03 A

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

t A TOLERÂNCIA DE BATIMENTO RAIAL

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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OUTRO EXEMPLO:

ROLAMENTOS INA (http://www.ina.com/) INDICA AS SEGUINTES TOLERÂNCIAS

GEOMÉTRICAS PARA ASSENTOS DE ROLAMENTOS:

CLASSE DE

TOLERÂNCIA

DO ROLAMENTO

SUPERFÍCIE DE ASSENTO

TOLERÂNCIA DIMENSIONAL

TOLERÂNCIA

DE CIRCULARIDADE

t1

TOLERÂNCIA

DE PARALELISMO

t2

TOLERÂNCIA

DE

BATIMENTO

AXIAL

t3

PN

EIXO IT 6 (IT 5)

CARGA

ROTATIVA

IT 4/2

IT 4

IT 4

CARGA FIXA

IT 5/2IT 5

CAIXA IT 7 (IT 6)

CARGA

ROTATIVA

IT 5/2

IT 5

IT 5

CARGA FIXA

IT 6/2IT 6

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

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Desenho Técnico IDesenho de Conjunto e de Detalhe

Desenho de conjunto

É o desenho da máquina, dispositivos ou estrutura, com suas partes

montadas.

As peças são representadas nas mesmas posições que ocupam no conjunto

mecânico, ou seja mostram a posição relativa dos diferentes elementos.

Suas vistas podem representar partes externas ou em corte.

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Usaremos para ilustrar a representação de um

desenho de conjunto um grampo fixo.

O grampo fixo é uma ferramenta utilizada para

fixar peças temporariamente.

As peças a serem fixadas ficam no

espaço “a”.

Esse espaço pode ser reduzido ou

ampliado, de acordo com o movimento

rotativo do manípulo (peça nº 4) que

aciona o parafuso (peça nº 3) e o

encosto móvel (peça nº 2).

Quando o espaço “a” é reduzido, ele

fixa a peça e quando aumenta, solta a

peça.

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O desenho de conjunto é

representado, normalmente, em

vistas ortográficas.

Cada uma das peças que

compõem o conjunto é

identificada por um numeral.

Também podemos ter uma

identificação dentro de um círculo.

O algarismo do número deve ser

escrito em tamanho facilmente

visível.

A numeração das peças segue o

sentido horário.

Os numerais são ligados a cada peça

por linhas de chamada.

As linhas de chamada são

representadas por uma linha

contínua estreita.

Sua extremidade termina com um

ponto, quando toca a superfície do

objeto.

Quando toca a aresta ou contorno do

objeto, termina com seta

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Uma vez que as peças são

desenhadas da mesma maneira como

devem ser montadas no conjunto, fica

fácil perceber como elas se relacionam

entre si e assim deduzir o

funcionamento de cada uma.

Geralmente, o desenho de conjunto em

vistas ortográficas não aparece cotado.

Mas, quando o desenho de conjunto é

utilizado para montagem, as cotas

básicas podem ser indicadas.

O desenho de conjunto, para montagem,

pode ser representado

em perspectiva isométrica, como mostra

a ilustração ao lado.

Por meio dessa perspectiva você tem a

idéia de como o conjunto será montado.

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Outra maneira de representar o conjunto

é através do desenho de perspectiva não

montada.

As peças são desenhadas separadas,

mas permanece clara a relação que elas

mantêm entre si.

Esse tipo de representação é também

chamado perspectiva explodida.

Observar a linha traço e ponto que

determina a sequência da montagem.

Geralmente, os desenhos em perspectiva são raramente usados para

fornecer informações para a construção de peças.

O uso da perspectiva é mais comum nas revistas e catálogos técnicos

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Interpretação da Legenda

O desenho de conjunto é normalmente desenhado numa folha de papel

normalizada.

No desenho para execução, a legenda é muito importante. A legenda fornece

informações indispensáveis para a execução do conjunto mecânico.

A legenda é constituída de duas partes: rótulo e lista de peças.

A disposição e o número de informações da legenda podem variar.

Geralmente, as empresas criam suas próprias legendas de acordo com suas

necessidades.

A NBR 10068/1987 normaliza

apenas o comprimento da legenda.

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Desenho de Componente

É o desenho de uma peça isolada que compõe um conjunto mecânico.

Desenho de Detalhe

É o desenho de um elemento, de uma parte de um elemento, de uma parte de

um componente ou de parte de um conjunto montado.

O desenho de componente dá uma descrição completa e exata da forma,

dimensões e modo de execução da peça.

O desenho de componente deve informar, claramente sobre a forma, o

tamanho, o material e o acabamento de cada parte.

Deve esclarecer quais as operações de oficina que serão necessárias,

que limites de precisão deverão ser observados etc.

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Cada peça que compõe o conjunto mecânico deve ser representada em

desenho de componente.

Apenas as peças padronizadas, que não precisam ser executadas pois são

compradas de fornecedores externos, não são representadas em desenho de

componente.

Essas peças aparecem representadas apenas no desenho de conjunto e

devem ser requisitadas com base nas especificações da lista de peças.

Os desenhos de componentes também são representados em folha

normalizada.

A folha do desenho de componente também é dividida em duas partes:

espaço para o desenho e para a legenda.

A interpretação do desenho de componente depende da interpretação da

legenda e da interpretação do desenho propriamente dito.

Veja, a seguir, o desenho de

componente da peça 2 do grampo

fixo.

A legenda do desenho de

componente é bastante parecida

com a legenda do desenho de

conjunto.

Ela também apresenta rótulo e lista

de peças.

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A interpretação do rótulo do desenho de componente é semelhante à do

rótulo do desenho de conjunto.

Uma das informações que varia é a indicação do tipo de desenho:

componente em vez de conjunto.

Os desenhos de componente e de detalhe podem ser representados em

escala diferente da escala do desenho de conjunto.

Nesse exemplo, a peça 2 foi desenhada em escala de ampliação (2:1),

enquanto que o conjunto foi representado em escala natural (1:1).

A lista de peças apresenta informações sobre a peça representada

Importância do preenchimento da Legenda

70 x 50 x 30 mm

4,50 Kg

SAE 1045

1 : 1

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Desenho Técnico IElementos Mecânicos - Representações

Rôscas

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TIPOS DE ROSCAS

Rosca Tipo Sigla Medida Exemplos

Americana Unificada Rosca Normal UNC Qtd filetes/polegada ¼ - 20 - UNC

Rosca fina UNF “ ¼ - 28 – UNF

Rosca Extra fina UNEF “ ¼ - 32 - UNEF

Métrica Rosca Normal M Passo da Rosca M12 ( 1,75 )

Rosca fina M “ M12x1,25

Rosca fina esq. M “ M12x1,25 RE

Whitworth Rosca Normal BSW Qtd filetes/polegada ¼ - 20 – BSW

Rosca fina BSF “ ¼ - 26 - BSF

Métodos de medida

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Parafusos

Representação de Porcas e Parafusos

Parafuso Cabeça Sextavada

Os parafusos são

representados com

estas proporções

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Representação de Porcas e Parafusos

Chavetas

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Polias para

Correias em V

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Conicidade

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Conicidade

Recartilhado

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Recartilhado

Ex: NBR 14957 RGE 0,8