desenho e pintura

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Módulo: Técnicas de Animação Comunicação e Expressão Não Verbal Formadora: Patricia Quintino Outubro 2009 Trabalho elaborado por: Fátima Pinto Lina Luz Neide Correia

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Técnicas, materiais e suportes de desenho e de pintura.

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Módulo: Técnicas de Animação – Comunicação e Expressão Não Verbal

Formadora: Patricia Quintino

Outubro 2009

Trabalho elaborado por: Fátima Pinto

Lina Luz

Neide Correia

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Desenho & Pintura

Lápis de grafite – É dos instrumentos riscadores mais utilizados em desenho.

Se pretendermos explorar os esfumados podemos usar os próprios dedos para

esborratar os traços de grafite e transformá-los em manchas (degrades).

Para as grafites mais moles, será útil, depois do trabalho terminado, passar uma camada

de spray fixante.

Os suportes utilizados são: o papel de máquina, papel de cenário, papel Cavalinho, car-

tolinas, tela, papel vegetal, tecido, madeira, papelão, entre outros.

Lápis de carvão – é um instrumento riscador natural.

Os suportes para esta técnica de traços e manchas negras devem

ser texturados para se obter melhores resultados e mais aderência, como a

tela por exemplo. Como alternativa pode ser utilizado um material texturado por

detrás do suporte (cartolina canelada, lixa, parede rugosa, cortiça, esferovite). O car-

vão não tem na sua composição qualquer aglutinador (cola) pelo que é necessário fixá-lo com

verniz em spray ou um fixador.

Pelas suas características próprias, é muito utilizado a técnica do esfumado para esbater

áreas e fazer gradações tonais de preto até branco.

Existem no mercado borrachas específicas para apagar o carvão, designada como Bor-

racha-pão. Talvez tenha este nome porque veio substituir o miolo de pão amassado utilizado

para apagar desenhos feitos em carvão, grafite ou pastel.

As barras de carvão permitem tirar partido da sua espessura, podendo-se utilizar deita-

das de forma a criar manchas e preenchendo grandes áreas com rapidez.

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Outros suportes utilizados são o papel Cavalinho, papel de máquina, cartão, cartolina,

papel de cenário, etc.

Canetas de feltro/marcadores – Têm basicamente um uso

reservado a trabalhos e fins mais breves ou como meio para fazer

esboços em fases de projectos. No entanto, as canetas de feltro

podem ser muito vantajosas para certos trabalhos específicos, pois produzem traços homogé-

neos quer em espessura quer em cor, como a técnica do pontilhismo.

Os suportes utilizados nesta técnica são o papel de máquina ou Cavalinho, cartolina,

tecido, cartão, entre outros.

Técnicas de pastel seco – Pode se considerar uma técnica para

pintura e desenho. É utilizado deixando perceber o riscado das linhas

ou através do esfregado. Esta técnica exige fixação final.

O suporte deve ser texturado (com cartolina canelada, lixa, parede rugosa, cortiça, esfe-

rovite por detrás) para permitir maior aderência e expressividade como a tela. Outras possibi-

lidades são o suporte em papel (papel Cavalinho, cartolina, cartão, etc.).

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Técnica de pastel de óleo – A técnica do pastel de óleo é em tudo

semelhante à técnica do lápis de cera.

Os suportes podem ser os mesmos do pastel seco. No entanto, a tela

é um suporte muito utilizado para esta técnica.

O pastel de óleo não necessita de fixação, embora o tempo de seca-

gem possa ser relativamente longo.

Tinta-da-china, aguarela, guache – A escolha dos suportes depen-

de da objectividade do trabalho. Na tinta-da-china usa-se papel liso e pou-

co absorvente (papel de máquina, papel vegetal, cartolina, papel de cenário,

etc.) em trabalhos de desenho técnico (com muitos detalhes). Papeis mais granulados e textu-

rados, com percentagens acentuadas de algodão (papel Cavalinho, papelão, tela, barro, etc.)

são mais aconselháveis a trabalhos artísticos (mais abstractos) em aguarela, guache e tinta-da-

china. O papel de aguarela preenche estes requisitos, assim como o papel Fabriano, Canson ou

Ingrés (têm um aspecto de linho). Os pincéis podem ser cilíndricos ou espatulados para permi-

tir um maior arrastamento de tinta, para trabalhos mais pormenorizados.

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Possibilidades técnicas do guache:

Misturados com pouca água, para produzir cores opacas, limpas e

precisas; cujo colorido é vivo e uniforme, embora sem brilho;

Com muita água, para um trabalho solto e rápido, muito semelhante à

técnica da aguarela;

Sem água, espesso, tal como sai do tubo, produzindo efeitos de relevo.

Húmido sobre húmido: consiste na sobreposição (uma cor em cima de outra) e fusão

(mistura) de cores ainda frescas no próprio suporte molhado. Pode executar-se um desenho

prévio na folha. O papel pode ser fixo à mesa inclinada ou estirador (mesa de arquitecto).

Humedece-se com água limpa todo o papel, ou a zona que se pretende trabalhar. De seguida

aplicam-se as cores, das mais claras e só depois as mais escuras, excepto nas áreas reservadas

ao branco. Deve pintar-se rápida e expressivamente, aproveitando a humidade do papel. Desta

forma as cores fundem-se. Vai-se escurecendo, pouco a pouco, os tons iniciais, com novas

camadas menos diluídas mas rapidamente aplicadas. Finalmente, pode-se pintar os tons mais

escuros e, caso se deseje podem-se definir pormenores.

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Estirador

A aguarela seca rapidamente. É importante ser rápido nas decisões. No caso

de se pretender aplicar um tom numa área grande, deve ter-se o cuidado de prepa-

rar tinta mais do que suficiente, pois é difícil reproduzir o mesmo tom, tal como

no guache.

Os suportes utilizados são: papel de aguarela, papel de máquina, papel Cavalinho, carto-

lina, papelão, etc.

Acrílico – Caracterizam-se pela sua plasticidade, flexibilidade e

pela sua relativa simplicidade de utilização, uma vez que é suficiente

a água para dissolver e diluir os pigmentos.

As técnicas do acrílico são semelhantes às do guache. Estas técnicas, regra geral não

necessitam de muita água e assim, o pincel não necessita de ter um grande reservatório para a

tinta diluída. Não necessita de uma posterior fixação.

Os suportes utilizados nesta técnica são têxteis, tela, papel de cenário, plásticos, madei-

ra, paredes, barro, etc.

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Óleo – As tintas de óleo são compostos por pigmentos, óxidos e cro-

matos. O aglutinante (substância que funciona como cola) é, regra geral, o

óleo de linho ou linhaça. A diluição é feita com essência de terebintina ou

aguarrás.

O suporte mais usual é a tela, pano-cru ou tipos de sarjas. Podem ser utilizados outros

suportes (de madeira ou aglomerados, embora a sua preparação seja fundamental).

Os pincéis dependem muito das características do pintor e do tipo de suporte. O seu

tamanho deve variar com a superfície a pintar e assim serão tanto maiores quanto a superfície.

Aconselham-se os pincéis espatulados embora haja vários tipos para determinados efei-

tos. Os de cerdas curtas dão força à pincelada, os de cerda longa permitem pinceladas mais

fluidas, os pincéis cilíndricos de pelo sintético permitem pormenores e traços delgados.

As espátulas mais utilizadas têm a lâmina plana em forma de pêra embora existam

outras formas. Os tamanhos variam, mas são necessárias, tanto as de lâmina curta como as de

lâmina comprida.

Técnica – A pintura a óleo caracteriza-se pelo uso de pinceladas fortes ou então mistu-

ras suavizadas que não as deixam ver as pinceladas. A técnica da mistura ou fusão das cores

próximas proporciona gradações que resultam melhor do que com outro material.

As primeiras camadas de tinta a aplicar devem ser bastante diluídas em terebintina, pois

secam com rapidez e permitem um trabalho faseado e mais metódico. À medida que o traba-

lho vai evoluindo, a tinta deve ter cada vez menos diluente, para não arrancar as camadas

anteriores.

O efeito das cores empastadas obtém-se com pinceladas feitas com muita tinta que pro-

duzem texturas em relevo de grande expressividade. Normalmente utiliza-se a paleta para a

mistura de cores. Essa mistura também pode ser feita no próprio suporte. As tintas podem ser

inclusivamente aplicadas sem se misturarem,

Obtêm-se outras texturas interessantes pressionando e retirando o pincel com rapidez.

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Outro efeito é o pontilhismo que se caracteriza pela aplicação da cor com pequenos

toques distintos, fazendo-se a mistura de forma óptica.

O efeito das velaturas a óleo (camada de tinta) é muito agradável e resulta de uma pelí-

cula que não é mais que uma mistura de duas ou mais cores, ou, uma simples sobreposição de

cores diluídas em terebintina. Podem ser realizados trabalhos só com esta técnica específica,

mas é necessário que as camadas iniciais sejam feitas com maioria de diluição em terebintina

e as posteriores com diluição em óleo de linhaça. Ainda com as últimas camadas húmidas,

pode ser usado um pincel seco ou pano, algodão ou papel absorvente para limpar, controlar,

retirar e alisar a superfície da pintura.

Nota: Qualquer material (lápis, pastel, guache) anteriormente descrito, depende de

aspecto perante a pressão exercida contra o tipo de suporte (papel, tela, madeira).

Para conhecer outros tipos de suporte utilizados na Pintura & Desenho, visi-

tem o site:

http://portaldasartesgraficas.com/papel/tipos_papeis.htm