descoberta do dna - parte i

45
Biologia – Geologia (11コ ano) Escola Secundária c/ 3コ ciclo D. Manuel I by Ana Kastro

Upload: ana-castro

Post on 03-Jul-2015

6.961 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Descoberta do dna - parte I

Biologia – Geologia (11º ano)

Escola Secundária c/ 3º ciclo D. Manuel I

by Ana Kastro

Page 2: Descoberta do dna - parte I

by Ana Kastro

E entre tanta diversidade, existiráalgo em comum nos seres vivos?

Todos são formados por células e estas por moléculas!HÁ UMA UNIDADE EM COMUM A NÍVEL CELULAR E

MOLECULAR!

Page 3: Descoberta do dna - parte I

Tem de existirinformação

distinta nas célulasdestes seres!!!

(e que por isso lhes conferemas diferenças)

by Ana Kastro

Tem de existirinformação

distinta nas célulasdestes seres!!!

(e que por isso lhes conferemas diferenças)

Page 4: Descoberta do dna - parte I

E asparecençasentre pais efilhos…?

by Ana Kastro

E asparecençasentre pais efilhos…?

Kirk Douglas e seu filho,Michael Douglas

Page 5: Descoberta do dna - parte I

ZIGOTO

by Ana Kastro

ZIGOTO

O ser humano é formado por biliões (1014)de células , todas elas resultantes de uma única – o ovo ouzigoto. Esta célula já possui toda a informação necessária

para o nosso crescimento e desenvolvimento.

Page 6: Descoberta do dna - parte I

Informação … ?

Onde está armazenada?

E como se transmite àdescendência?

Que informação é essa ?

by Ana Kastro

E como se transmite àdescendência?

Qual o seu suporte físico?

Page 7: Descoberta do dna - parte I

by Ana Kastro

Page 8: Descoberta do dna - parte I

1 - Acetabularia experiments

by Ana Kastro

Page 9: Descoberta do dna - parte I

Joachim Hämmerling(botânico)

by Ana Kastro

A Acetabularia é uma alga unicelular de grandes dimensõesconstituída por um pé, onde se localiza o núcleo, e um caulículona extremidade do qual se diferencia um “chapéu”. Há váriasespécies destas algas, entre elas a Acetabularia mediterranea e aAcetabularia crenulada que apenas diferem na forma do “chapéu”.

Page 10: Descoberta do dna - parte I

Experiência A – corte da Acetabularia

by Ana Kastro

A ZONA BASAL CONTÉM ALGO RESPONSÁVELPELA VIDA E REGENERAÇÃO DAS PORÇÕES

PERDIDAS DA ACETABULÁRIA !!!

Page 11: Descoberta do dna - parte I

Experiência B – Troca de núcleos daAcetabularia

Acetabulariacrenulata

Acetabulariamediterranea

É O NÚCLEO QUE DETERMINAO FORMATO DO CHAPÉU

REGENERADO !!!

by Ana Kastro

Page 12: Descoberta do dna - parte I

O que existirá assim detão importante no núcleo

das células…??

by Ana Kastro

Page 13: Descoberta do dna - parte I

E o que será aquela “massa”que se encontradispersa no citoplasma das células

procarióticas…?

by Ana Kastro

Page 14: Descoberta do dna - parte I

Frederick Griffith(médico inglês)

2 – Griffith’s experiments (1928)

by Ana Kastro

Diplococcus pneumoniae(trabalhou com bactérias causadoras

de pneumonia humana)

Page 15: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experimentsGriffith reparou que existiam 2 estirpes diferentes de bactérias Diplococcus pneumoniae:

by Ana Kastro

Tipo S (do inglês, smooth) (patogénica): possuíam uma cápsula (daí

serem “lisas”/smooth) feitas depolissacarídeos e, por isso eram mais

resistentes à acção do sistema imunitário.

Tipo R (do inglês, rough) (nãopatogénica): não possuíam cápsula e, porisso, tinham um aspecto rugoso/rough. Pornão terem cápsula eram mais “frágeis“ esusceptíveis à acção do sistema imunitário.

Page 16: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experiments

E como nãopodia deixar

de ser…Griffith usou

ratos comocobaias!!!

by Ana Kastro

E como nãopodia deixar

de ser…Griffith usou

ratos comocobaias!!!

Page 17: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experimentsInoculando bactérias da estirpeS (com cápsula) em ratos, todos

eles morriam.

Inoculando bactérias da estirpe R(desprovidas de cápsula) em ratos,

todos eles sobreviviam.

by Ana Kastro

Inoculando bactérias da estirpe R(desprovidas de cápsula) em ratos,

todos eles sobreviviam.

Ao aquecer uma solução contendobactérias da estirpe S com posterior

inoculação da mesma nos ratos, todoseles sobreviviam!

Page 18: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experiments

1ª ConclusãoApenas as bactérias S provocam a

morte dos pobres ratos…!

by Ana Kastro

2ª ConclusãoAs bactérias S, submetidas

ao calor, morrem e perdem ocarácter virulento…

Page 19: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experimentsUma mistura de bactérias da forma S mortas pelo calore bactérias da forma R vivas foi injectada em ratos. Osratos morrem! E mais: ao analisar o sangue dos ratos

mortos nesta experiência, Griffith encontrou bactérias Re … bactérias vivas do tipo S!!!

by Ana Kastro

A única explicação possível para esta situaçãoseria que alguma informação teria passado das

bactérias S mortas para as bactérias R vivas, de talforma que estas foram capazes de formar uma

cápsula tornando-se patogénicas!!! As bactérias Rforam transformadas !!!

Amostrasanguínea

Page 20: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experiments

… “algo” das bactérias S mortas tinhapassado para as bactérias R, transformando-

as e tornando-as virulentas.

A esse algo (que Griffith não sabiao que era) chamou-lhe:

Princípio Transformante!

Bactérias S

by Ana Kastro

A esse algo (que Griffith não sabiao que era) chamou-lhe:

Princípio Transformante!Bactérias R

(TORNAM-SEVIRULENTAS)

(Permitia transformar um tipo de bactériasnoutro!)

Page 21: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experiments

http://nortonbooks.com/college/biology/animations/ch12a01.htm

by Ana Kastro

Page 22: Descoberta do dna - parte I

2 – Griffith’s experiments

Infelizmente, Griffith não pôdecontinuar a desenvolver as suasinvestigações e nunca chegou a

identificar qual a natureza química domaterial genético!

Em 1941, e no decorrer da II GuerraMundial, Londres foi bombardeado e

o edifício onde se encontrava atrabalhar foi atingido, provocando a

sua morte e a de muitos outroscidadãos…

by Ana Kastro

Infelizmente, Griffith não pôdecontinuar a desenvolver as suasinvestigações e nunca chegou a

identificar qual a natureza química domaterial genético!

Em 1941, e no decorrer da II GuerraMundial, Londres foi bombardeado e

o edifício onde se encontrava atrabalhar foi atingido, provocando a

sua morte e a de muitos outroscidadãos…

Page 23: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

Colin MacLeod(geneticista canadiano)

Maclyn McCarty(geneticista americano)

by Ana Kastro

… desde sempre ficaram intrigados com asdescobertas de Griffith e tentaram tudo por tudo

para descobrir o que era afinal o princípio“transformante” …

Page 24: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

by Ana Kastro

Page 25: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

Esta foi uma das experiências flagrantes…

Apenas o extractocontendo DNA

provocou a morte dosratos – no seu sangue

surgiram bactériascapsuladas vivas!!!

by Ana Kastro

Apenas o extractocontendo DNA

provocou a morte dosratos – no seu sangue

surgiram bactériascapsuladas vivas!!!

Page 26: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

E esta comprovou…!!!

Meio de culturacom bactérias R

+DNA da

bactérias S

Meio de cultura combactérias R

+DNA da bactérias S

tratado comenzimas que

degradam o RNA

by Ana Kastro

Meio de culturacom bactérias R

Meio de culturacom bactérias R

+DNA da

bactérias S

Meio de cultura combactérias R

+DNA da bactérias S

tratado comenzimas que

degradam o DNA

Meio de cultura combactérias R

+DNA da bactérias S

tratado comenzimas que

degradam o RNA

Meio de cultura combactérias R

+DNA da bactérias S

tratado comenzimas que degradam

proteínasTransformaram-se em S

Transformaram-se em S

Page 27: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

AFINAL O QUE É QUE ACONTECEU ???PORQUE MOTIVO O RATO MORREU?

by Ana Kastro

O DNA das bactérias S detém informação para a produção decápsulas… O DNA destas bactérias passou para as R fazendo

com que estas produzissem, por si mesmas, uma cápsula

Transformaram-se em S, daí surgir este tipo debactéria na análise sanguínea do pobre rato!

Page 28: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

REPARA BEM NA IMAGEM…

by Ana Kastro

Page 29: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

by Ana Kastro

Page 30: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

MALDITO

DNA

by Ana Kastro

MALDITO

DNA

Page 31: Descoberta do dna - parte I

3 – Avery, MacLeod e McCarty experiments(1944)

Avery e os seus colaboradores, bem tentaramprovar que era o DNA o material que continha a

informação genética, mas a comunidadecientífica da altura não aceitou as evidências

destas experiências…

Na altura os cientistas eram fãs dasproteínas - queriam a todo o custo

acreditar que estas é que detinham ainformação genética já que:

As proteínas possem maior massa molecular queo DNA; As proteínas são quimicamente mais complexasque o DNA.

by Ana Kastro

Na altura os cientistas eram fãs dasproteínas - queriam a todo o custo

acreditar que estas é que detinham ainformação genética já que:

As proteínas possem maior massa molecular queo DNA; As proteínas são quimicamente mais complexasque o DNA.

Page 32: Descoberta do dna - parte I

Qual a natureza do material genético?

DNA PROTEÍNAS

by Ana Kastro

DNA PROTEÍNAS

Page 33: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)Alfred Hershey

(microbiólogo norte-americano)Martha Chase

(geneticista norte-americana)

by Ana Kastro

Page 34: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Hershey eChase

trabalharamcom

bacteriófagos

by Ana Kastro

Hershey eChase

trabalharamcom

bacteriófagos

Vírus (designados T2) queinfectam bactérias

Page 35: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Na verdade, os vírus NÃO SÃOseres vivos!

Eles não têm metabolismopróprio e são tão simples quenão se reproduzem entre si!

by Ana Kastro

Eles não têm metabolismopróprio e são tão simples quenão se reproduzem entre si!

Dependem de bactérias (ou outros) para sereproduzirem! São parasitas obrigatórios!

Page 36: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Cápsulaproteica DNA

Constituição dos vírus T2

by Ana Kastro

Vírus observado ao Microscópioelectrónico

Page 37: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Como é que os vírus infectam as bactérias?

by Ana Kastro

Quando os vírus infectam uma célula não penetram nela!!! Eles injectam materialgenético para o seu interior; esta passa a ser autenticamente escravizada, sendo“obrigada” a produzir novas cápsulas e novos vírus… A célula acaba por sofrer

lise, libertando os novos vírus que rapidamente infectam outras células…!!!

Page 38: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Hershey e Chase decidiram marcar radioactivamentedois lotes de bacteriófagos!!!

Uns foram marcados com 35S e outroscom 32P …

Sabiam, à partida, que as proteínas dascápsulas dos vírus continham S (enxofre)mas não tinham fósforo (P)

by Ana Kastro

Sabiam, à partida, que as proteínas dascápsulas dos vírus continham S (enxofre)mas não tinham fósforo (P)

Sabiam também que o DNA dos vírustinha fósforo (P) mas as proteínas dascápsulas dos vírus, não!

Ao marcar radioactivamente uma substância, consegue-se seguiro seu trajecto!!!

Page 39: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Cápsula radioactivacom35S DNA radioactivo com

32P

by Ana Kastro

Infecção de bactérias com cadaum destes vírus e observar o que é

que é introduzido para o seuinterior: proteínas… ou DNA …

Page 40: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

by Ana Kastro

O DNA marcado com 32P encontrava-se no interior da bactériaenquanto que as proteínas marcadas com 35S foram detectadas

apenas no exterior.

Page 41: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

by Ana Kastro

O DNA marcado com 32P encontrava-se no interior da bactériaenquanto que as proteínas marcadas com 35S foram detectadas

apenas no exterior.

Page 42: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Na verdade, o T2 fixa-sesobre a bactéria e injecta o

seu DNA para o interior,permanecendo a cápsula

no exterior! O DNA viral iráagora obrigar a bactéria a

produzir todos oscomponentes necessários àprodução de novos vírus

(inclusivé as proteínas dascápsulas), os quais são

libertados para o exteriordevido ao rebentamento

bacteriano!

http://recursos.cnice.mec.es/biosfera/profesor/animaciones/ciclo_litico.swf

by Ana Kastro

Na verdade, o T2 fixa-sesobre a bactéria e injecta o

seu DNA para o interior,permanecendo a cápsula

no exterior! O DNA viral iráagora obrigar a bactéria a

produzir todos oscomponentes necessários àprodução de novos vírus

(inclusivé as proteínas dascápsulas), os quais são

libertados para o exteriordevido ao rebentamento

bacteriano!O material genético destes vírus é o DNAe não as proteínas!!!

Page 43: Descoberta do dna - parte I

4 – Alfred Hershey e Martha Chase experiments(1952)

Pág. 17 do manual

http://highered.mcgraw-hill.com/olc/dl/120076/bio21.swf

by Ana Kastro

… Quando semarcaram

radioactivamente asproteínas, os vírusdescendentes nãotinham cápsulasradioactivas!!!

Page 44: Descoberta do dna - parte I

Todas as atençõesse voltaram agora

para o DNA!!!!

by Ana Kastro

Como seria o seu …“aspecto” e estrutura?

Page 45: Descoberta do dna - parte I

by Ana Kastro