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DESAFIOS DO SETOR DOS RESÍDUOS URBANOS NO PÓS-2020 PROPOSTA do PERSU2020+

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DESAFIOS DO SETOR DOS RESÍDUOS URBANOS NO PÓS-2020

PROPOSTA do PERSU2020+

2

Sumário

• Processo de construção do PERSU2020+

• Análise e diagnóstico do PERSU2020

• Alinhamento estratégico no Pós-2020

• Propostas de medidas e ações

• Próximos passos

3

Processo de construção do PERSU2020+

APA (2 elementos)

ANMP (2 elementos)

OE (1 elemento)

ESGRA (1 elemento)

APESB (1 elemento)

FLUXOS (1 elemento)

GRUPO DE TRABALHO OUTRAS ENTIDADES

ERSAR CCDR

GAG CAGER

FCT EGF

QUERCUS

DECO

SMARTWASTE

CONFAGRI

AVALER

AEPSA

AHRESP

CIP CAP

AVE

APED

AEPR

4

Quanto produzimos de RU?

Produção total RU (Mt)

2012 2016

4,525 4,610

VAB (M€) 147 362 162 266

Capitação de RU (kg/hab.ano) 456 469

Recolh

a Diferenciada (%)

Indiferenciada (%)

12 14

88 86

2017

4,75

168 677

484

16,5

83,5

Tonelada de RU produzida por unidade de VAB (t/M€) 30,7 28,4 28,2

5%

14%

4,5 pp

Infra-estruturas em Portugal Continental

(1) A capacidade do aterro é a capacidade de aterro disponível em 2016 reportada pela ERSAR menos a quantidade encaminhada para aterro em 2017.

(2) As capacidades apresentadas para a Triagem correspondem a se se considerar um ou dois turnos respetivamente. As capacidades foram obtidas tendo em atenção a capacidade horária de cada instalação assumindo-se para um turno 52 semanas, 5 dias e 6 horas e para dois turnos o mesmo de um turno exceto no número de horas que neste caso é igual a 12 horas

Caracterização Física dos RU

7

Desempenho metas

Nota: Pós 2020 o cálculo será efetuado pelo Método 4 da Decisão da Comissão 2011/753/UE

Análise por região - Norte

1,5Mt32%

85% R Ind.

9% RS MM

3% RS Bio

3% Outras Rec.

443 kg/hab.ano

39%Deposição de RUB em aterro

37%Preparação para reutilização e reciclagem

829 247t(7 anos)

Aterro

396 629t(100%)

Incineração (VE)

286 087t(> 100%)

Trat. biológico

-

Preparação CDR

27 741t(90%/ 45%)

Triagem

- biomassa florestal- produtores de CDR

industrial

Destinos alternativos

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Potenciais destinos alternativos8

R Ind. – recolha indiferenciadaRS MM – recolha seletiva multimaterialRS Bio – recolha seletiva de biorresíduosOutras Rec. – outras recolhas diferenciadas

9

Análise por região - Centro

0,75Mt16%

88% R Ind.

8% RS MM

0% RS Bio

4% Outras Rec.

413 kg/hab.ano

29%Deposição de RUB em aterro

61%Preparação para reutilização e reciclagem

530 078t(12 anos)

Aterro

-

Incineração (VE)

266 960t(~ 100%)

Trat. biológico

0(0%)

Preparação CDR

12 812t(69%/ 35%)

Triagem

- biomassa florestal- produtores de CDR

industrial- utilizadores de CDR

Destinos alternativos

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Potenciais destinos alternativos

R Ind. – recolha indiferenciadaRS MM – recolha seletiva multimaterialRS Bio – recolha seletiva de biorresíduosOutras Rec. – outras recolhas diferenciadas

10

Análise por região – Lisboa e Vale do Tejo

1,8Mt38%

79% R Ind.

8% RS MM

2% RS Bio

11% Outras Rec.

505 kg/hab.ano

27%Deposição de RUB em aterro

32%Preparação para reutilização e reciclagem

732 967t(6 anos)

Aterro

396 629t(100%)

Incineração (VE)

183 051t(63%)

Trat. biológico

0(0%)

Preparação CDR

37 096t(119%/ 59%)

Triagem

Destinos alternativos

- biomassa florestal- produtores de CDR

industrial- utilizadores de CDR

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Potenciais destinos alternativos

R Ind. – recolha indiferenciadaRS MM – recolha seletiva multimaterialRS Bio – recolha seletiva de biorresíduosOutras Rec. – outras recolhas diferenciadas

11

Análise por região – Alentejo

0,26Mt5%

85% R Ind.

8% RS MM

0% RS Bio

7% Outras Rec.

523 kg/hab.ano

37%Deposição de RUB em aterro

55%Preparação para reutilização e reciclagem

175 604t(6 anos)

Aterro

-

Incineração (VE)

54 710t(52%)

Trat. biológico

379(0,36%)

Preparação CDR

4 913t(42%/ 21%)

Triagem

- utilizadores de CDR

Destinos alternativos

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Potenciais destinos alternativos

R Ind. – recolha indiferenciadaRS MM – recolha seletiva multimaterialRS Bio – recolha seletiva de biorresíduosOutras Rec. – outras recolhas diferenciadas

12

Análise por região – Algarve

0,39Mt8%

71% R Ind.

9% RS MM

4% RS Bio

16% Outras Rec.

881 kg/hab.ano

83%Deposição de RUB em aterro

21%Preparação para reutilização e reciclagem

328 301t(3 anos)

Aterro

-

Incineração (VE)

19 928t(48%)

Trat. biológico

-

Preparação CDR

7 259t(76%/ 39%)

Triagem

- produtores de CDR industrial

- utilizadores de CDR

Destinos alternativos

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Potenciais destinos alternativos

R Ind. – recolha indiferenciadaRS MM – recolha seletiva multimaterialRS Bio – recolha seletiva de biorresíduosOutras Rec. – outras recolhas diferenciadas

Taxa de concretização PERSU2020

Análise relativa ao ano de 2016

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Alinhamento estratégico Pós-2020

ANO PREPARAÇÃO PARA REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

(1)

DEPOSIÇÃO EM ATERRO (2)

RECICLAGEM DE EMBALAGENS

2025 55% -Global: 65%;

Plástico: 50%; Madeira: 25%; Metais ferrosos: 70%; Alumínio: 50%;

Vidro: 70%; P/C: 75%

2030 60% -Global: 70%;

Plástico: 55%; Madeira: 30%; Metais ferrosos: 80%; Alumínio: 60%;

Vidro: 75%; P/C: 85%

2035 65% < 10% -

(1)Método 4 da Decisão da Comissão de 18 de novembro (2011/753/UE)(2)Quant. RU encaminhada para aterro/ Quant. RU produzida

15

Alinhamento estratégico Pós-2020

• Incrementar a preparação para reutilização e reciclagem:

– Implementar a recolha seletiva de biorresíduos

– Incrementar a recolha seletiva de embalagens

– Aplicar o regime de responsabilidade alargada do produtor a todas as

embalagens a partir de 2023

– Implementar a recolha seletiva de outros resíduos

• Reduzir o consumo de plástico no âmbito da nova Diretiva Single Use Plastics

(SUP): sistemas de depósito e reciclabilidade das embalagens de plástico

• Otimizar e adequar as infraestruturas existentes

• Organizar o setor para a mudança

16

Alinhamento estratégico Pós-2020

17

Alinhamento estratégico Pós-2020 - Norte

Capacidade de resposta regional em 2025

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Capacidade extra necessária Capacidade total disponível utilizada

Incineração (VE)

Tratamentobiológico

n.a.

Preparação CDR

Triagem Aterro

MM – Multimaterial (recolha seletiva resíduos embalagens e papel e cartão não embalagem)Outros – outros resíduos multimaterial que não embalagens, têxteis e resíduos perigososTM MM + Escórias – recicláveis provenientes do Tratamento Mecânico e, escórias

18

Alinhamento estratégico Pós-2020 - Centro

Capacidade de resposta regional em 2025

n.a.

Incineração (VE)

Tratamentobiológico

Preparação CDR

Triagem Aterro

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Capacidade extra necessária Capacidade total disponível utilizada

MM – Multimaterial (recolha seletiva resíduos embalagens e papel e cartão não embalagem)Outros – outros resíduos multimaterial que não embalagens, têxteis e resíduos perigososTM MM + Escórias – recicláveis provenientes do Tratamento Mecânico e, escórias

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Alinhamento estratégico Pós-2020 – Lisboa e Vale do Tejo

Capacidade de resposta regional em 2025

Incineração (VE)

Tratamentobiológico

Preparação CDR

Triagem Aterro

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Capacidade extra necessária Capacidade total disponível utilizada

MM – Multimaterial (recolha seletiva resíduos embalagens e papel e cartão não embalagem)Outros – outros resíduos multimaterial que não embalagens, têxteis e resíduos perigososTM MM + Escórias – recicláveis provenientes do Tratamento Mecânico e, escórias

Alinhamento estratégico Pós-2020 – Alentejo

20

Capacidade de resposta regional em 2025

n.a.

Incineração (VE)

Tratamentobiológico

Preparação CDR

Triagem Aterro

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Capacidade extra necessária Capacidade total disponível utilizada

MM – Multimaterial (recolha seletiva resíduos embalagens e papel e cartão não embalagem)Outros – outros resíduos multimaterial que não embalagens, têxteis e resíduos perigososTM MM + Escórias – recicláveis provenientes do Tratamento Mecânico e, escórias

Alinhamento estratégico Pós-2020 – Algarve

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Capacidade de resposta regional em 2025

n.a.

Incineração (VE)

Tratamentobiológico

n.a.

Preparação CDR

Triagem Aterro

Capacidade insuficiente Capacidade excedentária Capacidade extra necessária Capacidade total disponível utilizada

MM – Multimaterial (recolha seletiva resíduos embalagens e papel e cartão não embalagem)Outros – outros resíduos multimaterial que não embalagens, têxteis e resíduos perigososTM MM + Escórias – recicláveis provenientes do Tratamento Mecânico e, escórias

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Medidas e ações – transversal a todo o território

• Recolha seletiva de resíduos de embalagens / resíduos biodegradáveis

(biorresíduos)

– Embalagens – Incremento da recolha seletiva por ecopontos / Porta-

a-porta (sempre que sustentável) e por sistema de depósito, sendo

desejáveis estudos e projetos inovadores.

– Biorresíduos – Implementação da recolha seletiva (obrigatória a partir

de 31/12/2023), apostando-se na produção de composto / fertilizante

de qualidade com a mais-valia de garantia de colocação no mercado e

aplicação agroflorestal.

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Medidas e ações – transversal a todo o território

• Fração Resto (das unidades de Tratamento Mecânico (TM)) / Combustível Derivado de Resíduos

(CDR)

– Aposta na qualidade do CDR (a recolha seletiva de biorresíduos será determinante)

– Análise da viabilidade de investimento em unidades de secagem de CDR e/ou sinergias com

as centrais de biomassa e outras unidades de valorização energética, evitando-se a sua

deposição em aterro;

– Avaliação da necessidade de reforço da capacidade de valorização energética existente

• Reavaliação do processo remuneratório da produção de eletricidade a partir de 2020 em função

da eficiência da recolha seletiva.

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Medidas e ações – transversal a todo o território

• Incentivo a economias de escala através da partilha de equipamentos e infraestruturas, a

melhoria da articulação SGRU / municípios, a aposta no desenvolvimento de plataforma de

transação (de subprodutos e de matérias primas secundárias)

• Sistema tarifário justo para os cidadãos, incluindo a recuperação dos custos pelos municípios e a

reavaliação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR)

• Aposta na definição de um Plano de ação nacional de comunicação e sensibilização e na

promoção da educação ambiental dos cidadãos e do Canal Horeca, em articulação com a

Estratégia Nacional para a Educação Ambiental (ENEA) e a Estratégia de Combate ao Desperdício

Alimentar

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Medidas e ações – particular por região

• Região Norte: reforço triagem multimaterial; reforço do tratamento biológico; reforço davalorização energética

• Região Centro: escoamento de CDR para cimenteiras ou outras unidades

• Região Lisboa e Vale do Tejo: reforço triagem; reforço do tratamento biológico; escoamentode CDR para cimenteiras ou outras unidades

• Região Alentejo: Avaliação da possibilidade de adaptação da Central Termoelétrica da EDP(em Sines) para tratamento (por gaseificação ou processo análogo) dos refugos das regiõesdo Alentejo e Algarve.

• Região Algarve: Reforço do tratamento biológico

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Medidas e ações – Governança

• Reavaliação das competências de licenciamento no sentido da sua harmonização e simplificação

assim como as competências de fiscalização e de apoio ao planeamento em matéria de resíduos

• Integração das Regiões Autónomas no processo de planeamento e de monitorização

• Ajustamento do GAG por forma a garantir os objetivos a que esta estrutura tem associado

• Reforço da CAGER enquanto fórum de discussão, apresentação de propostas e auscultação

estratégica em matéria de resíduos.

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Medidas e ações – Governança

• Atualização de normas como as da caracterização de resíduos urbanos e especificações técnicas

dos materiais de embalagem

• Desenvolvimento de uma plataforma de transação de subprodutos e de matérias -primas

secundárias que permitam, sob a égide da economia circular, proceder de forma ágil à

desclassificação de resíduos

• Capacitação das Autoridades e outras entidades para que de acordo com as boas práticas do setor

alavancar o seu desenvolvimento de modo sustentado

• Reforço do acompanhamento, pelos stakeholders, dos processos negociais de adoção de

Regulamentos e de Diretivas Europeias e respetiva regulamentação

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Próximos passos

1• Consulta pública

2• Análise de contributos

3• Aprovação da proposta PERSU 2020+