dermatoscopia das doencas do couro cabeludo e dos cabelos

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Este atlas mostra como a dermatoscopia abre uma nova dimensão no diagnóstico de doenças do couro cabeludo e dos cabelos. A dermatoscopia do couro cabeludo não apenas facilita o diagnóstico dos distúrbios dos cabelos como também fornece indícios quanto ao estágio e à progressão da doença.

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Dermatoscopia das Doenças do Couro Cabeludo e dos Cabelos

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Dermatoscopia das Doenças do Couro Cabeludo e dos Cabelos com correlações clínicas e histopatológicas

Antonella TostiDepartamento de DermatologiaUniversity of BolognaBolonhaItália

Page 6: DERMATOSCOPIA DAS DOENCAS DO COURO CABELUDO E DOS CABELOS

Dermatoscopia das Doenças do Couro Cabeludo e dos Cabelos – ISBN 978-85-8053-067-4com correlações clínicas e histopatológicas

Copyright © 2014 by Di Livros Editora Ltda.

Rua Dr. Satamini, 55 – TijucaRio de Janeiro – RJ/BrasilCEP 20270-232Telefax: (21) [email protected]

Tradução:Carlos Henrique de a raujo Cosendey

Médico – RJ

Supervisão da tradução:juan Manuel Piñeiro MaCeira

Pós-Doutorado em DermatologiaArmed Forces Institute of Pathology – Washington, D.C., USA

Edição original: stDermoscopy of Hair and Scalp Disorders 1 Edition ISBN-13: 9780415404891

which is authored/edited by Antonella Tosti

Copyright © 2007 by Informa HealthcareAuthorised translation from the English language edition published by CRC Press, a member of the Taylor & Francis Group. All rights reserved.

Impresso no Brasil – Printed in Brazil

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, total ou parcialmente, por quaisquer meios, sem autorização, por escrito, da Editora.

NotaA medicina é uma ciência em constante evolução. As precauções de segurança padronizada devem ser seguidas, mas, à medida que novas pesquisas e a experiência clínica ampliam o nosso conhecimento, são necessárias e apropriadas modificações no tratamento e na farmacoterapia. Os leitores são aconselhados a verificar as informações mais recentes fornecidas pelo fabricante de cada produto a ser administrado, a fim de confirmar a dose recomendada, o método e a duração do tratamento e as contraindicações. Ao profissional de saúde cabe a responsabilidade de, com base em sua experiência e no conhecimento do paciente, determinar as doses e o melhor tratamento para cada caso. Para todas as finalidades legais, nem a Editora nem o(s) Autor(es) assumem qualquer responsabilidade por quaisquer lesões ou danos causados às pessoas ou à propriedade em decorrência desta publicação.

A responsabilidade, perante terceiros e a Editora Di Livros, sobre o conteúdo total desta publicação, incluindo ilustra-ções, autorizações e créditos correspondentes, é inteira e exclusivamente do(s) autor(es) da mesma.

A Editora

Page 7: DERMATOSCOPIA DAS DOENCAS DO COURO CABELUDO E DOS CABELOS

SUMÁRIO

Colaboradores ...................................................................................................................... vii

Prefácio ................................................................................................................................. ix

Agradecimentos ................................................................................................................... xi

Capítulo 1 Padrões de doença do couro cabeludo e dos cabelos detectados por

videodermatoscopia ........................................................................................... 1

Antonella Tosti e Elizabeth K Ross

Capítulo 2 Alopecia androgenética ...................................................................................... 15

Capítulo 3 Alopecia areata .................................................................................................. 26

Capítulo 4 Alopecia areata incógnita ................................................................................... 45

Capítulo 5 Distúrbios das hastes dos pelos ........................................................................... 51

Capítulo 6 Psoríase do couro cabeludo ................................................................................ 70

Capítulo 7 Dermatite seborreica .......................................................................................... 86

Capítulo 8 Tricotilomania ..................................................................................................... 92

Capítulo 9 Alopecia triangular congênita ............................................................................. 96

Capítulo 10 Líquen plano pilar ............................................................................................... 98

Capítulo 11 Alopecia fi brosante frontal ................................................................................. 105

Capítulo 12 Foliculite decalvante ........................................................................................... 108

Capítulo 13 Doenças do tecido conectivo .............................................................................. 116

Capítulo 14 Alopecia pós-irradiação ...................................................................................... 124

Capítulo 15 Parasitoses do couro cabeludo ............................................................................ 126

Giuseppe Micali e Francesco Lacarrubba

Capítulo 16 Distúrbios dos pelos corporais ............................................................................ 136

Capítulo 17 Correlações histopatológicas .............................................................................. 141

Antonella Tosti e Cosimo Misciali

Índice remissivo .................................................................................................................... 155

v

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Page 9: DERMATOSCOPIA DAS DOENCAS DO COURO CABELUDO E DOS CABELOS

COLABORADORES

Francesco Lacarrubba MD

Department of Dermatology

University of Catania

Catania

Italy

Giuseppe Micali MD PhD

Department of Dermatology

University of Catania

Catania

Italy

Cosimo Misciali MD

Department of Dermatology

University of Bologna

Bologna

Italy

Elizabeth K Ross MD

Dermatology & Laser Center, NW

Bellingham, WA

USA

Antonella Tosti MD

Department of Dermatology

University of Bologna

Bologna

Italy

Colombina Vincenzi MD

Department of Dermatology

University of Bologna

Bologna

Italy

vii

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PREFÁCIO

Dermatoscopia é um recurso diagnóstico não invasivo que permite o exame de estruturas morfoló-

gicas não visíveis a olho nu.

Hoje em dia, a maioria dos dermatologistas acredita que a dermatoscopia é a técnica-padrão

para diferenciar entre melanomas e outras lesões cutâneas pigmentadas.

Este atlas mostra como a dermatoscopia abre uma nova dimensão no diagnóstico de doenças

do couro cabeludo e dos cabelos.

Os pacientes com queda capilar geralmente mostram-se muito preocupados e comumente acre-

ditam que não foram adequadamente examinados. O exame com o dermatoscópio pode assegurar

ao paciente que houve um exame detalhado do couro cabeludo e fornecer ao médico informações

in vivo sobre o que realmente está acontecendo com o couro cabeludo examinado.

A dermatoscopia do couro cabeludo não apenas facilita o diagnóstico dos distúrbios dos cabelos

como também fornece indícios quanto ao estágio e à progressão da doença. Tenho certeza de que,

nos próximos anos, esse recurso simples e útil será utilizado na prática clínica diária por todos os

dermatologistas que cuidam e tratam pacientes com queda capilar.

Antonella Tosti

ix

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AGRADECIMENTOS

• O Capítulo 1 foi escrito em parceria com Elizabeth K Ross, Bellingham, Washington, EUA.

• O Capítulo 15 foi escrito por Giuseppe Micali e Francesco Lacarrubba, Catânia, Itália.

• As imagens de histopatologia foram fornecidas por Cosimo Misciali, Bolonha, Itália.

• A arte gráfi ca original foi feita por Luca Lionello, Bolonha, Itália.

xi

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Dermatoscopia das Doenças do Couro Cabeludo e dos Cabelos

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1

Padrões de doença do couro

1 cabeludo e dos cabelos detectadospor videodermatoscopia

Antonella Tosti e Elizabeth K Ross

IntroduçãoAs técnicas tradicionais utilizadas para diagnosticar doenças do couro cabeludo e dos cabelos (p.

ex., inspeção clínica simples, teste da tração e biópsia) têm sensibilidade, reprodutibilidade e inva-

sividade variáveis. A videodermatoscopia é um recurso novo e valioso nesse arsenal. As imagens

microscópicas da superfície e das estruturas situadas sob a superfície fornecem uma perspectiva

clínica signifi cativa e até então desconhecida das doenças. As anormalidades sutis percebidas a

olho nu são visivelmente ampliadas e novos padrões de doença com signifi cado diagnóstico ine-

quívoco são revelados.

Este capítulo apresenta uma revisão dos padrões videodermatoscópicos detectados no couro

cabeludo normal e em vários distúrbios não neoplásicos do couro cabeludo e dos cabelos (Tabela

1.1). Quanto à sua origem, os padrões são classifi cados em interfoliculares ou foliculares. Os padrões

interfoliculares também são subdivididos em vasculares ou associados ao compartimento pigmentar.

A Tabela 1.2 resume esses padrões.

TABELA 1.1 CONDIÇÕES E DISTÚRBIOS AVALIADOS POR VIDEODERMATOSCOPIA

Couro cabeludo normal

Psoríase

Dermatite seborreica

Alopecia areata

Focal

Ofíase

Difusa (incógnita)

Total/universal

Alopecia androgenética

Efl úvio telógeno crônico

Tricotilomania

Alopecias cicatriciais primárias

Lúpus eritematoso discoide

Líquen plano pilar

Foliculite decalvante

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DERMATOSCOPIA DAS DOENÇAS DO COURO CABELUDO E DOS CABELOS

2

MétodosAs imagens apresentadas foram obtidas por videomicroscopia de luz polarizada computadorizada

®(FotoFinderdermoscope , Teachscreen Software, Bad Birnbach, Alemanha) utilizando lentes com

fatores de ampliação de 20–70, com incrementos de 10×. A técnica utilizada foi de epiluminescência

ou sem epiluminescência e a solução de interface foi álcool (Kodan® , Schulke & Mayr, Viena,

Áustria). As imagens obtidas eram digitalizadas e exibidas em tempo real em um monitor de alta

resolução; as imagens selecionadas eram armazenadas em um computador.

1Padrões vascularesOs padrões vasculares são examinados com mais detalhes por videodermatoscopia utilizando o modo

de operação com epiluminescência. A compressão direta fi rme (diascopia) da estrutura provoca seu

clareamento. Três padrões característicos são encontrados com regularidade.

1Alças capilares vermelhas simples interfoliculares (Figura 1.1a,b)

As alças capilares vermelhas simples interfoliculares são encontradas no couro cabeludo normal e na

maioria dos distúrbios infl amatórios do couro cabeludo, com exceção do lúpus eritematoso discoide

avançado. O padrão de alças capilares simples caracteriza-se por inúmeras estruturas vasculares verme-

lhas, fi nas, com formato de grampo de cabelo ou laço, que se encontram espaçadas a intervalos regula-

res (Figura 1.1a). Esses capilares são detectados isoladamente ou conectados com um plexo subjacente

de vasos vermelhos mais calibrosos (Figura 1.1b). A observação ideal é conseguida com aumento de

50× ou mais e com o bocal da câmera angulado tangencialmente. Quando são examinados de cima,

esses capilares parecem minúsculos pontos vermelho-claros. A distribuição pode ser focal ou difusa.

1Alças capilares vermelhas espiraladas interfoliculares (Figura 1.1c–e)

Várias alças capilares vermelhas espiraladas a intervalos relativamente regulares são típicas da pso-

ríase e da foliculite decalvante aguda. Também são encontradas em cerca de 20% dos pacientes

com dermatite seborreica infl amatória. A distribuição é difusa na psoríase e na dermatite seborreica,

TABELA 1.2 PADRÕES VIDEODERMATOSCÓPICOS EVIDENCIADOS NO COURO

CABELUDO NORMAL E/OU ANORMAL

Padrões interfoliculares

Padrões vasculares

Alças capilares vermelhas simples

Alças capilares vermelhas espiraladas

Linhas vermelhas ramifi cadas

Padrão de pigmentação: pigmentação em favo de mel

Padrões foliculares

Pontos amarelos

Pontos brancos

spray

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capítulo 1: padrões de doença do couro cabeludo e dos cabelos detectados por videodermatoscopia

3

Figura 1.1 Capilares vermelhos simples e espiralados; linhas vermelhas ramificadas. (a,b) Pele normal: apenas capilares vermelhos simples [(a) e seta superior em (b)] e interligados às linhas verm lhas ramificadas subjacentes [seta inferior em (b)]. [Ampliação de 70× em (a) e 50× em (b), com epiluminescência].

(b)

(a)

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Dermatoscopia Das DoeNÇas Do couro cabeluDo e Dos cabelos

Figura 1.1

4

(c,d) Veja descrição na página ao lado.

(c)

(d)

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capítulo 1: padrões de doença do couro cabeludo e dos cabelos detectados por videodermatoscopia

5

mas é centrada ao redor dos folículos ativamente afetados na foliculite decalvante. A conformação

espiralada dos capilares é detectada mais facilmente quando o bocal da câmera é angulado tangen-

cialmente à superfície do couro cabeludo (Figura 1.1c). Quando o bocal é posicionado perpendicu-

larmente à superfície do couro cabeludo, esses capilares parecem pontos vermelhos minúsculos com

uma configuração marcante em menor aumento (Figura 1.1d), mas se apresentam como linhas e

círculos pontilhados polimórficos em maior ampliação (Figura 1.1e). A quantidade de capilares e sua

visibilidade correlacionam-se com a gravidade da doença. O grau de enovelamento dos capilares é

mais acentuado na psoríase grave. O couro cabeludo normal dos pacientes com psoríase apresenta

poucos vasos espiralados. O tratamento eficaz da psoríase resulta no retorno ao padrão de estruturas

capilares simples. Quando resquícios da anormalidade capilar persistem, é provável que haja recidiva.2

Com base em estudos utilizando outros modelos de microscopia subsuperficial2-4 e exames his-

topatológicos correspondentes, os capilares simples e espiralados representam alças capilares locali-

zadas na derme papilar. Ryan3 sugeriu que a morfologia dessas alças capilares correlacionava-se com

o estado da epiderme sobrejacente (Figura 1.2). Desse modo:

1. Os capilares simples estão associados à epiderme normal. O couro cabeludo normal e outros

distúrbios do couro cabeludo e dos cabelos caracterizados por epiderme normal apresentam esse

tipo de capilares.

2. Os capilares apagados ou ausentes são encontrados nas doenças que causam atrofia da epider-

me. Os capilares estão ausentes nos pacientes com lúpus eritematoso discoide avançado, quando

a epiderme é mais fina.

(e)

Figura 1.1 Capilares vermelhos simples e espiralados. (c) Psoríase moderada: capilares vermelhos espiralados com distribuição extensiva, conforme observados ao exame tangencial (ampliação de 70× com epiluminescência). (d,e) Psoríase grave na linha frontal dos cabelos, examinada perpendicularmente. Os capilares aparecem como pontos vermelhos com evidente distribuição difusa com baixa ampliação (d) (ampliação de 20× sem epiluminescência) e como círculos e linhas com constrições polimórficas com ampliação maior (e). Os capilares parecem representar alças capilares das papilas dérmicas: os capilares simples são encontrados nos indivíduos normais, enquanto os capilares espiralados estão presentes nos distúrbios em que há hiperplasia epidérmica (p. ex., psoríase). As linhas vermelhas ramificadas parecem representar o plexo subpapilar.

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Dermatoscopia Das DoeNÇas Do couro cabeluDo e Dos cabelos

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3. Os capilares espiralados estão presentes quando há hiperplasia da epiderme e seu número é

proporcional ao grau de hiperplasia. Os capilares espiralados são encontrados na psoríase e nas

formas de dermatite seborreica semelhantes à sebopsoríase – distúrbios caracterizados por hi-

perplasia epidérmica psoriasiforme.5 A presença de capilares espiralados na foliculite decalvante

aguda reflete a acantose folicular e perifolicular – um achado histopatológico novo, que pode 1representar um fenômeno reativo à supuração subjacente.

A visibilidade mais acentuada dos capilares espiralados parece ser um sinal de congestão 1 5capilar – e correspondendo na videodermatoscopica às “papilas em esguicho”.

Ainda não está claro se as alterações da arquitetura capilar causam a alteração epidérmica so -

brejacente, ou se são uma consequência desse processo.6 Com base em um modelo experimental

do fenômeno de Koebner da psoríase e utilizando ampliação de 200 a 400×, que mostra os

capilares espiralados com mais detalhes morfológicos, Strumia e Califano2 detectaram capilares

tortuosos e alongados semelhantes a uma “bola de lã” vários dias antes que a doença se tornasse

clinicamente detectável.

1Linhas vermelhas ramificadas (Figura 1.1b)

As linhas vermelhas ramificadas são mais calibrosas que as alças capilares. Com a observação tangen -

cial, essas linhas parecem estar situadas abaixo dos capilares e interligadas a eles em graus variáveis

no couro cabeludo normal e nas doenças do couro cabeludo de todas as etiologias. Essas linhas são

examinadas mais facilmente com ampliação de 20× ou mais. Em geral, esse padrão é focal.

Com base em imagens semelhantes obtidas por videocapilaroscopia intravital, esse padrão pro-4vavelmente corresponde ao plexo subpapilar.

1Padrão de pigmentação em favo de mel (Figura 1.3)O padrão de pigmentação em favo de mel consiste em um mosaico homogêneo de anéis marrons

(cuja tonalidade varia de castanho-dourado a castanho-médio) contíguos, que são detectados no

couro cabeludo exposto ao sol de alguns indivíduos de pele clara e cabelos ralos (em geral, quando

o cabelo é cortado curto) ou quando há alopecia total, mas também nos indivíduos normais com

pele de tonalidades mais escuras. A área afetada mais comumente é a região central do couro cabe -

ludo, onde os raios solares incidem mais diretamente. A observação ideal é conseguida com amplia -

ção de 30× ou mais, utilizando epiluminescência. Em geral, a extensão desse padrão correlaciona-se

com o grau da queda dos cabelos: é difuso no couro cabeludo calvo e focal quando restam alguns

cabelos na região (Figura 1.3a). A exceção a essa regra ocorre nos indivíduos com áreas calvas afeta -

(a) (b) (c)

Figura 1.2 Ilustração esquemática mostrando as diferenças das redes de capilares cutâneos nas seguintes condições: (a) epiderme 3atrófica; (b) epiderme normal; e (c) epiderme hiperplástica. (Adaptada com autorização. )

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capítulo 1: padrões de doença do couro cabeludo e dos cabelos detectados por videodermatoscopia

7

Figura 1.3 (a) Padrão pigmentar extensivo em favo de mel castanho-dourados e pontos brancos, detectado na região central do couro cabeludo de um homem de pele clara com foliculite decalvante, nas áreas com doença avançada (ampliação de 40× com epiluminescência). (b) Distribuição focal da pigmentaçã em favo de mel em um paciente com lúpus eritematoso discoide avançado (ampliação de 20× sem epiluminescência). O padrão de pigmentação em favo de mel parece representar a deposição de melanina induzida pela exposição ao sol, que predomina nas cristas interpapilares. Os “buracos” mais claros correspondem presumivelmente à epiderme relativamente hipomelanótica que recobre as pontas das papilas dérmicas, o que é substanciado pela detecção adicional de pontos minúsculos – sinais de alças capilares – presentes em seu interior [seta inferior ao centro em (a)]. A destruição parcial da epiderme pigmentada, como pode ocorrer no lúpus eritematoso discoide, resulta no padrão de pigmentação focal ou irregular em favo de mel. Os pontos brancos provavelmente representam tratos foliculares fibróticos cicatriciais [seta à direita em (a)]; o ponto branco grande com centro castanho-rosado [seta à esquerda em (a)] é atípico e poderia representar um folículo em processo de cicatrização, com alguma evidência de persistência de uma concavidade orificial.

(b)

(a)

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Dermatoscopia Das DoeNÇas Do couro cabeluDo e Dos cabelos

8

das pelo lúpus eritematoso discoide avançado ou por fotodano crônico (exemplificado por homens

idosos de pele clara com alopecia androgenética avançada), na qual o padrão é focal em vez de

difuso (Figura 1.3b).

Esse padrão de pigmentação correlaciona-se com a pele bronzeada ou danificada pela ex-

posição ao sol (lesão actínica). A configuração do pigmento assemelha-se ao observado na rede

pigmentada7 das lesões melanocíticas evidenciadas à dermatoscopia. Na rede pigmentada, a

grade de linhas irregulares representa a melanina nas cristas interpapilares. 7 A epiderme supra-

papilar mais fina, que recobre as pontas das papilas dérmicas, contém menos melanina e, por

essa razão, é relativamente hipomelanótica, explicando as áreas mais claras ou “buracos”. 7 Essa

mesma compartimentalização do pigmento ocorre com o padrão em favo de mel. A homogenei -

dade de cor é atribuída presumivelmente à indução sincronizada da melanização da epiderme

exposta ao sol. A distribuição focal ocorre quando os cabelos são rarefeitos, em razão de algum

grau de fotoproteção conferida pelos cabelos restantes, ou quando o compartimento pigmentar

epidérmico é rompido ou destruído pouco a pouco, como é sugerido clinicamente pela discromia

mosqueada associada ao lúpus eritematoso discoide avançado e na pele com fotoenvelhecimen -

to avançado.

1Padrões folicularesOs padrões perifoliculares (peripilares) típicos são observados mais claramente à videodermatoscopia

quando se utiliza o modo de operação em epiluminescência.

1Pontos amarelos (Figura 1.4)

Os pontos amarelos são alterações encontradas na maioria dos casos de alopecia areata (95%),

de todos os tipos e estágios de atividade, e menos comumente (8%), nos pacientes com alopecia

androgenética avançada (moderada a grave).1 A videodermatoscopia de epiluminescência possi-

bilita o exame mais nítido desse padrão; as escamas e o contorno protuberante são percebidos

mais claramente no modo sem epiluminescência. Esse padrão caracteriza-se por uma configuração

evidente, monótona de pontos arredondados ou policíclicos, amarelos ou amarelo-rosados, com

diâmetros variáveis, que podem ser detectados com todos os níveis de ampliação (Figura 1.4). Nes -

sas duas doenças, os pontos amarelos são mais evidentes nas áreas de alopecia onde não existem

pelos, ou estes estão miniaturizados ou (no caso da alopecia areata) cadavéricos 8 ou distróficos

(Figura 1.4a,b,c). Entretanto, os pontos amarelos também são detectados no couro cabeludo com -

prometido mas com pelos terminais da alopecia incógnita (Figura 1.4d) e na zona de transição da

alopecia androgenética de alguns pacientes. Nos indivíduos com diagnóstico simultâneo de alope -

cia areata e psoríase (Figura 1.4e) ou tricotilomania, os padrões de cada doença parecem ocorrer

nas mesmas áreas.

O ponto amarelo provavelmente representa a distensão do infundíbulo folicular afetado por

material ceratótico e sebo. Essa hipótese é reforçada pelos achados da microscopia óptica1,9-13 e pela

redução do diâmetro dos pontos conseguida com a “remoção da gordura” da área com acetona. O

pelo terminal provavelmente ajuda a trazer à superfície esses restos oleosos originados no infundíbu -

lo folicular; isso poderia explicar por que o ponto amarelo é mais nítido nas áreas de alopecia, onde

os pelos terminais são escassos. Na alopecia areata, a degeneração dos ceratinócitos foliculares11-13 1parece formar a maior parte do ponto amarelo.

Lacarruba et al 14. descreveram “tampões ceratóticos” em um subgrupo de pacientes com alo-

pecia areata crônica, que podem ser os equivalentes dos pontos amarelos observados no modo de

operação sem epiluminescência, embora os pontos amarelos possam ser encontrados em todos os

estágios desta doença. As diferenças de instrumentação e a técnica de epiluminescência podem

explicar essa discrepância.

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capítulo 1: padrões de doença do couro cabeludo e dos cabelos detectados por videodermatoscopia

9

Figura 1.4 (a,b) (a) Padrão de pontos amarelos monomorfos encontrados geralmente na alopecia areata (variante focal, ampliação de 20× com epiluminescência). Os pontos amarelos parecem representar ceratina e sebo foliculares degenerados dentro dos folículos distendidos e afetados pela doença. Na borda que ainda contém pelos terminais em atividade (à esquerda) notam-se por algumas unidades foliculares contendo hastes de pelos uniformemente adelgaçados, o que difere da grande variação no diâmetro das hastes dos pelos observada na alopecia androgenética. Os sinais patológicos das hastes dos pelos da alopecia areata, inclusive pelos

8cadavéricos (pontos negros) e pelos distróficos (b), estão presentes perceptivelmente dentro dos pontos amarelos [ampliação de 70× (b) com epiluminescência].

(b)

(a)

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Dermatoscopia Das DoeNÇas Do couro cabeluDo e Dos cabelos

10

Figura 1.4 (c,d) Veja descrição na página ao lado.

(c)

(d)

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capítulo 1: padrões de doença do couro cabeludo e dos cabelos detectados por videodermatoscopia

1Pontos brancos (Figura 1.3a)

11

Numerosos pontos brancos perifoliculares com diâmetros variáveis podem ser detectados com am-

pliação de 20× em alguns pacientes com alopecia avançada causada por líquen plano pilar ou folicu -

lite decalvante – sempre associados ao padrão de pigmentação em favo de mel.

Os pontos brancos parecem assinalar as áreas de destruição folicular focal – uma anor -

malidade que define as alopecias cicatriciais primárias. Utilizando um dermatoscópio manual,

Kossard e Zagarella15 descreveram um padrão semelhante (pontos pálidos homogêneos) em uma

mulher negra com líquen plano pilar avançado que, ao exame histopatológico, correlacionava-se

com a perda focal de melanina sobre os trajetos fibrosos cicatrizados. O contraste entre o folículo

despigmentado e a epiderme pigmentada adjacente parece ser necessário para que os pontos

tornem-se visíveis: apenas os pacientes de pele pigmentada, ou os indivíduos de pele clara bron -

zeada ou exposta repetidamente ao sol (representada pelo padrão de pigmentação em favo de

mel, conforme descrito anteriormente), têm pontos brancos visíveis. Desse modo, a ausência de

pontos brancos no lúpus eritematoso discoide é previsível, porque essa doença causa destruição

dos folículos pilosos e da epiderme pigmentada adjacente, dificultando a detecção dessas estru -

turas por contraste de cor.

Figura 1.4 Os sinais patológicos das hastes dos pelos da alopecia areata, inclusive pelos em ponto de exclamação (c), estão claramente perceptíveis dentro dos pontos amarelos [ampliação de 20× (c) com epiluminescência]. (d) Padrão de pontos amarelos da alopecia areata incógnita [ampliação de 20×]. (e) Coexistência de psoríase de grau leve e alopecia total no couro cabeludo, evidenciada por distribuição difusa de pontos vermelhos escuros e pontos amarelos, respectivamente [ampliação de 50× com epiluminescência].

(e)

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Dermatoscopia Das DoeNÇas Do couro cabeluDo e Dos cabelos

12

Acentuação da visibilidade das anormalidades detectadas a olho nu: o contexto dos padrões

Algumas anormalidades clínicas detectadas a olho nu, inclusive escamas epidérmicas e perifolicu-

lares, óstios foliculares, diversidade de diâmetro das hastes dos pelos e distrofia, têm sua visibilida-

de acentuada quando se utiliza videodermatoscopia.1,2,14,16 Essas anormalidades constituem indícios

adicionais que ajudam a firmar o diagnóstico clínico no contexto do reconhecimento dos padrões

descritos anteriormente.

A descamação epidérmica – detectada mais claramente com ampliação de 20× ou mais e no

modo de operação sem epiluminescência – ocorre nos indivíduos normais e nos pacientes com todas

as doenças que afetam o couro cabeludo.1 As escamas são brancas ou, como se observa comumente

nos pacientes com psoríase e dermatite seborreica, amarelas (Figura 1.1d). A hiperceratose perifoli-

cular branca é detectada em alguns casos de lúpus eritematoso discoide,1 líquen plano pilar1 e pseu-

dopelada de Brocq.2 Strumia e Califano2 ressaltaram a miniaturização e o clareamento gradativos e

finalmente o desprendimento dos cabelos à medida que a pseudopelada de Brocq desenvolve-se.

Os óstios foliculares estão claramente ausentes nos pacientes com alopecias cicatriciais primárias

examinadas no modo sem epiluminescência com todos os graus de ampliação. Como seria esperado,

a diversidade de diâmetro das hastes dos pelos ocorre em todos os pacientes com alopecia andro-1,14,16genética e também é comum nos pacientes com alopecia areata variegada que, quando não

apresentam também alopecia androgenética, mostram miniaturização homogênea dentro de cada

unidade folicular afetada1 (Figura 1.4a). O efeito do tratamento pode ser avaliado (p. ex., depois de

iniciar finasterida oral ou minoxidil tópico) pela monitoração do grau de normalização do diâmetro

das hastes dos pelos ao longo do tempo.16 As hastes dos pelos distróficos também podem ser exami -

nadas com detalhes, inclusive pelos em pontos de exclamação e pelos cadavéricos na alopecia areata;

tricorrexe nodosa na tricotilomania1,2,14 (Figura 1.5); e pelos com constrições na moniletrix2 – que

constituem indícios diagnósticos úteis.

Figura 1.5 Tricorrexe nodosa em paciente com tricotilomania associada a um padrão de capilares simples [ampliação de 70× com epiluminescência].

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capítulo 1: padrões de doença do couro cabeludo e dos cabelos detectados por videodermatoscopia

13

ResumoCom a utilização da videodermatoscopia, padrões característicos podem ser detectados no couro

cabeludo normal e em alguns distúrbios não tumorais do couro cabeludo e dos pelos corporais. Al-

guns padrões predominam em determinadas doenças ou estados patológicos e podem até sugerir o

diagnóstico em casos clinicamente inconclusivos. Dois exemplos ilustram esse ponto.

Primeiramente, a detecção de inúmeros capilares espiralados distribuídos uniformemente deve

levar a consideração do diagnóstico de psoríase. Independentemente do seu estágio, todos os casos

de psoríase apresentam essa anormalidade, em comparação com 20% dos pacientes com dermatite

seborreica e nenhum dos casos de lúpus eritematoso discoide – distúrbios que podem ser confundi-

dos clinicamente com psoríase. Esses dados obtidos “à beira do leito” podem ser usados para estrei -

tar as possibilidades do diagnóstico diferencial, avaliar a atividade da psoríase, monitorar a resposta

ao tratamento e determinar as chances de recidiva. Em segundo lugar, o padrão de pontos amarelos

confirma o diagnóstico de alopecia areata quando o exame clínico permite excluir a coexistência de

alopecia androgenética. Uma situação comum é a necessidade de diferenciar entre alopecia areata

incógnita e tricotilomania ou eflúvio telógeno; nesses casos, a observação de pontos amarelos confir-

ma definitivamente o diagnóstico de alopecia areata. As crianças são afetadas comumente por esses

dois distúrbios – alopecia areata e tricotilomania – e podem ser poupadas do trauma de uma biópsia

do couro cabeludo quando o diagnóstico clínico está em dúvida.

Além disso, existem evidências experimentais convincentes sugerindo uma correlação direta en-

tre os diagnósticos firmados por videodermatoscopia e a biópsia do couro cabeludo.1,2 Em conjunto,

essas informações podem ser usadas para firmar o diagnóstico com mais certeza. Alternativamente,

os dados fornecidos pela videodermatoscopia poderiam evitar a necessidade de uma biópsia do

couro cabeludo, que nem sempre permite estabelecer o diagnóstico definitivo. Estudos prospectivos

duplo-cegos formais, inclusive com o emprego de ampliações maiores, ajudarão a determinar até

que ponto a videodermatoscopia pode facilitar o diagnóstico e a abordagem terapêutica dos distúr-

bios do couro cabeludo e dos pelos corporais.

Em resumo, a videodermatoscopia é uma metodologia recente disponível para examinar pa-

cientes com distúrbios do couro cabeludo e dos pelos corporais. Essa técnica revela aspectos clínicos

da doença, que são importantes sob os pontos de vista diagnóstico e prognóstico. As implicações

patogenéticas são inequívocas. É apenas uma questão de tempo até que possamos incorporar esse

recurso diagnóstico à forma como “avaliamos” esses distúrbios e colher as recompensas oferecidas

por esse método de exame.

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Dermatoscopia Das DoeNÇas Do couro cabeluDo e Dos cabelos

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