depreciações
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DEPRECIAÇÕES
Depreciações
Critérios rígidos quando todas as quotas de depreciação são
fixadas à data da aquisição dos activos. Têm apenas em atenção o factor tempo.
Critérios elásticos
quando a fixação das quotas de depreciação se efectua no fim de cada período a que respeitam, e em função de determinados acontecimentos (grau de utilização, preços de mercado, etc.)
Depreciações
Em termos contabilísticos: NCRF 7 – Activos fixos tangíveis
§ 43 a § 62 NCRF – PE
§ 7.13 a § 7.21
Em termos fiscais:
C.I.R.C. Art.ºs 29º a 34º
Decreto - Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro
Critérios rígidos
1.1 Método da linha recta (quotas constantes)
O desgaste é directamente proporcional ao tempo, ou seja, é constante o valor das quotas anuais de depreciação.
Vantagens: Grande simplicidade. Aceite fiscalmente.
Critérios rígidos
1.1 Método da linha recta (quotas constantes)
Inconvenientes: Como a quota anual de depreciação é constante, não existe
qualquer variação ao longo da vida útil do bem, não diferenciando os primeiros anos (em que o desgaste é maior, por força de uma maior utilização) dos últimos, em que problemas de obsolescência e avarias, originam uma menor utilização dos equipamentos.
Por outro lado, uma vez que as despesas de conservação crescem à medida que o activo vai envelhecendo, o somatório da depreciação com estas despesas sobrecarrega em maior grau os últimos períodos de vida útil dos bens, precisamente a fase em que estes menos trabalham.
Método da linha recta
Equipamento 1
Ano AquisiçãoDepreciações
Valor líquidoPeríodo Acumuladas
n 7.200 € 900 € 900 € 6.300 €
n+1 900 € 1.800 € 5.400 €
n+2 900 € 2.700 € 4.500 €
n+3 900 € 3.600 € 3.600 €
n+4 900 € 4.500 € 2.700 €
n+5 900 € 5.400 € 1.800 €
n+6 900 € 6.300 € 900 €
n+7 900 € 7.200 € 0 €
Valor de aquisição: 7.200 €Vida útil:8 anosTaxa de depreciação: 12,5%
Critérios rígidos
1.2 Quotas decrescentes
A utilização dos bens é maior no início da sua vida útil, pelo que a depreciação deverá afectar mais os primeiros anos de utilização do que os últimos.
A menor utilização dos bens nos últimos anos da sua vida útil resulta de: Maior desgaste, logo maior número de
paragens por avaria; Existência de novos equipamentos, que
estarão a ser mais utilizados, por estarem em início de vida.
Critérios rígidos
1.2.1 Quotas variáveis em progressão aritmética decrescente Critério da soma dos dígitos (Método de Cole)
Vantagens:
Elimina os inconvenientes referidos para a linha recta. Ao sobrecarregar os primeiros anos com quotas mais
elevadas, consegue-se um equilíbrio de custos durante toda a vida útil.
De referir ainda que sendo maiores as depreciações nos primeiros exercícios, os lucros tendem a ser mais afectados por custos nos primeiros exercícios e menos nos últimos. Desta forma consegue-se que o pagamento de impostos seja diferido para períodos posteriores, constituindo esse facto um processo de financiamento para a empresa.
Critérios rígidos
1.2.1 Quotas variáveis em progressão aritmética decrescente Critério da soma dos dígitos (Método de Cole)
Inconvenientes: Não previsto fiscalmente, pelo que a sua
aceitabilidade carece de prévia autorização. Obriga a cálculos laboriosos para a
determinação das quotas de depreciação. Se o número de bens a depreciar for muito elevado, este critério origina perdas de tempo incomportáveis.
Método de Cole (soma dos dígitos) Equipamento 2
AnoValor
depreciávelFracção
DepreciaçõesValor líquido
Período Acumuladas
n 10.000 € 5/15 3.333 € 3.333 € 6.667 €
n+1 4/15 2.667 € 6.000 € 4.000 €
n+2 3/15 2.000 € 8.000 € 2.000 €
n+3 2/15 1.333 € 9.333 € 667 €
n+4 1/15 667 € 10.000 € 0 €
Valor de aquisição: 10.000 €Vida útil:5 anosDenominador da fracção: 15 (1+2+3+4+5)
Critérios rígidos
1.2.2 Taxa linear ponderada por um coeficiente Critério puro
Vantagens:
As já referidas para o critério das quotas
variáveis em progressão aritmética
decrescente (critério da soma dos dígitos).
Critérios rígidos
1.2.2 Taxa linear ponderada por um coeficiente Critério puro
Inconvenientes:
Além do apontado no caso anterior (não aceitação
fiscal directa, cálculos laboriosos para a
determinação das quotas de depreciação) neste critério
o valor a depreciar nunca será nulo, conduzindo
invariavelmente à existência de um valor residual, não
depreciado, e portanto não contabilizado como gasto.
Taxa linear ponderada por um coeficienteCritério puro
Equipamento 3
AnoValor
depreciávelTaxa
DepreciaçõesValor líquido
Período Acumuladas
n 10.000 € 40,0% 4.000 € 4.000 € 6.000 €
n+1 6.000 € 40,0% 2.400 € 6.400 € 3.600 €
n+2 3.600 € 40,0% 1.440 € 7.840 € 2.160 €
n+3 2.160 € 40,0% 864 € 8.704 € 1.296 €
n+4 1.296 € 40,0% 518 € 9.222 € 778 €
Valor de aquisição: 10.000 €Vida útil:5 anosTaxa de depreciação: 20%Taxa a aplicar: 40%
Valor residual
Vida útil Coeficiente< 5 anos 1,5
5 ou 6 anos 2> 6 anos 2,5
Critérios rígidos
1.2.3 Taxa linear ponderada por um coeficiente Critério misto ou fiscal (nº 2 artº 30º CIRC / artº 6º
DR 25/2009)
Vantagens:
As já referidas para o critério das quotas variáveis em progressão aritmética decrescente (critério da soma dos dígitos).
Aceite fiscalmente. Não fica qualquer valor residual, já que nos últimos
anos a quota de amortização passa a constante, possibilitando a integral depreciação dos bens.
Critérios rígidos
1.2.3 Taxa linear ponderada por um coeficiente Critério misto ou fiscal (nº 2 artº 30º CIRC /
artº 6º DR 25/2009)
Inconvenientes:
Cálculos laboriosos para a determinação das quotas de depreciação.
Perdas de tempo consideráveis, caso o número de bens a depreciar seja muito elevado.
Taxa linear ponderada por um coeficienteCritério misto ou fiscal
Equipamento 4
AnoValor
depreciávelTaxa
DepreciaçõesValor líquido
nº2 artº 6º DR 25/2009Período Acumuladas
n 10.000 € 40,0% 4.000 € 4.000 € 6.000 € 6.000 / 4 = 1.500
n+1 6.000 € 40,0% 2.400 € 6.400 € 3.600 € 3.600 / 3 = 1.200
n+2 3.600 € 40,0% 1.440 € 7.840 € 2.160 € 2.160 / 2 = 1.080
Valor de aquisição: 10.000 €Vida útil:5 anosTaxa de depreciação: 20%Taxa a aplicar: 40%Quota mínima: 1.000 € (10.000 x 10%)
Vida útil Coeficiente< 5 anos 1,5
5 ou 6 anos 2> 6 anos 2,5
n+3 2.160 € 40,0% 864 € 8.704 € 1.296 €
n+3 2.160 € 1.080 € 8.920 € 1.080 € Passa a taxa constante
n+4 1.296 € 1.080 € 10.000 € 0 €
Não pode ser porque: a) Valor a amortizar menor que quota mínima (864 < 1.000) b) Valor a amortizar menor que valor pendente (864 < 1.080) - nº 2 artº 6º DR 25/2009
Até ao final da
vida útil
Critérios elásticos
2.1 Unidades de produção (desgaste funcional) Neste critério, as quotas de depreciação são
proporcionais à utilização dos Activos. São determinadas com base em unidades que exprimem a actividade desenvolvida pelo activo, durante os sucessivos exercícios da sua vida útil ou económica.
Vantagens:
A principal vantagem deste critério é a de proporcionar a contabilização anual de um gasto (depreciação) que se aproxima do grau de utilização (desgaste físico) do activo.
Critérios elásticos
2.1 Unidades de produção (desgaste funcional)
Inconvenientes:
Não previsto fiscalmente, pelo que a sua aceitabilidade carece de prévia autorização.
O facto de as quotas de depreciação serem calculadas em função de um coeficiente, cujo valor é estimado com base na actividade prevista para o bem imobilizado, pode conduzir a importantes distorções, se a estimativa se afastar demasiado da realidade.
Por este critério não haverá depreciação no período em que o bem imobilizado esteja inactivo.
Unidades de produção
Equipamento 5
Ano Aquisição Horas reaisDepreciações
Valor líquidoPeríodo Acumuladas
n 18.000 € 3.000 1.800 € 1.800 € 16.200 €
n+1 4.000 2.400 € 4.200 € 13.800 €
n+2 6.000 3.600 € 7.800 € 10.200 €
n+3 7.000 4.200 € 12.000 € 6.000 €
n+4 5.000 3.000 € 15.000 € 3.000 €
n+5 3.000 1.800 € 16.800 € 1.200 €
n+6 2.000 1.200 € 18.000 € 0 €
Valor de aquisição: 18.000 €Actividade estimada: 30.000 horasCoeficiente de depreciação: 0,60 € / hora
Critérios elásticos
2.2 Base dupla
Resulta da combinação dos critérios da linha recta e unidades de produção.
A quota anual de depreciação em cada período é igual à diferença entre a maior das depreciações acumuladas no período e a maior das depreciações acumuladas no período anterior, calculadas de acordo com cada um dos critérios citados.
Vantagens:
Conjuga o desgaste provocado pela utilização (resultante da actividade desenvolvida) com o decorrente do factor tempo.
Critérios elásticos
2.2 Base dupla
Inconvenientes:
Não previsto fiscalmente, pelo que a sua aceitabilidade carece de prévia autorização.
Os cálculos laboriosos a que obriga.
Base dupla
Equipamento 6Valor de aquisição: 15.000 €Actividade estimada: 37.500 horasCoeficiente de depreciação: 0,40 € / horaVida útil: 6 anosTaxa de depreciação: 16,66%
Ano
DepreciaçõesLinha recta Unidades de produção Base dupla
Período Acumuladas Horas reais Período Acumuladas Período Acumuladas
n 2.500 € 2.500 € 4.000 1.600 € 1.600 € 2.500 € 2.500 €
n+1 2.500 € 5.000 € 6.000 2.400 € 4.000 € 2.500 € 5.000 €
n+2 2.500 € 7.500 € 8.000 3.200 € 7.200 € 2.500 € 7.500 €
n+3 2.500 € 10.000 € 8.000 3.200 € 10.400 € 2.900 € 10.400 €
n+4 2.500 € 12.500 € 6.000 2.400 € 12.800 € 2.400 € 12.800 €
n+5 2.500 € 15.000 € 5.500 2.200 € 15.000 € 2.200 € 15.000 €
DR 25/2009
Definição de código e taxa de depreciação Empresa vitivinícola:
Tractor agrícola
Cuba inox para a produção de vinho
Computador
Mobiliário administrativo
Viatura comercial
2240 – 33,33%
0075 – 16,66%
2430 – 12,50%
2375 – 25,00%
0120 – 12,50%
DR 25/2009
Definição de código e taxa de depreciação Restaurante:
Talheres e utensílios de cozinha
Balcão frigorífico
Computador
Mobiliário
Reclamo luminoso
1675 – 25,00%
2240 – 33,33%
1655 – 12,50%
2415 – 12,50%
1680 – 14,28%
DR 25/2009
Definição de código e taxa de depreciação Gabinete de Contabilidade:
Computadores e impressoras
Mobiliário administrativo
Aparelhos de ar condicionado
Programas de computadores
Viatura ligeira de passageiros
2430 – 12,50%
2210 – 12,50%
2440 – 33,33%
2375 – 25,00%
2240 – 33,33%