departamento de taquigrafia, revisÃo e redaÇÃo · está no art. 38 do regimento interno, não...
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DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO
SESSÃO: 033.4.54.O
DATA: 27/02/14
TURNO: Matutino
TIPO DA SESSÃO: Deliberativa
Extraordinária - CD
LOCAL: Plenário Principal - CD
INÍCIO: 9h
TÉRMINO: 12h13min DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO Hora Fase Orador
Obs.:
Ata da 33ª Sessão da Câmara dos Deputados, Delibera tiva Extraordinária,
Matutina, da 4ª Sessão Legislativa Ordinária, da 54 ª Legislatura, em 27 de
fevereiro de 2014.
Presidência dos Srs.:
Gonzaga Patriota, 1º Suplente de Secretário.
Luiz Couto, Amauri Teixeira, Fábio Trad,
Inocêncio Oliveira, nos termos do § 2º do artigo
18 do Regimento Interno.
ÀS 9 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:
Henrique Eduardo Alves
Andre Vargas
Fábio Faria
Marcio Bittar
Simão Sessim
Maurício Quintella Lessa
Biffi
Gonzaga Patriota
Wolney Queiroz
Vitor Penido
Takayama
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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I[CD1][CD2] - ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) - A lista de presença registra na Casa o
comparecimento de 70 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos
trabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.
II - LEITURA DA ATA
O SR. AMAURI TEIXEIRA , servindo como 2° Secretário, procede à leitura da
ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.
III - EXPEDIENTE
(Não há expediente a ser lido)
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[CD3] O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) - Passa-se às
IV - BREVES COMUNICAÇÕES
Nestes 30 minutos iniciais, passamos para o tempo concedido aos
Parlamentares que queiram dar como lido seus pronunciamentos.
O primeiro orador inscrito é o Deputado Amauri Teixeira, que permuta com o
Deputado Edinho Bez, que vai viajar. V.Exa. disporá do tempo regimental.[CD4]
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[CD5]O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, meus caros colegas, na qualidade de Deputado Federal por Santa
Catarina aqui na Câmara dos Deputados, falo nesta oportunidade sobre um caso de
imprudência no trânsito ocorrida, há 30 dias, em Florianópolis, em que estava
envolvido um juiz aposentado, que se recusou a fazer o teste do bafômetro — mau
exemplo.
Sabemos que os magistrados têm algumas prerrogativas, tais como: não ser
preso senão por ordem do Tribunal ou órgão especial competente para o
julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará
imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a
que esteja vinculado.
Não sou contra, acho que tem que realmente haver esse reconhecimento, o
que não pode é haver abuso.
[CD6]A avenida mais movimentada de Florianópolis, a Beira-Mar Norte, é
rotineiramente cheia de acidentes de trânsito, tanto na marginal como na principal.
Segundo a Guarda Municipal, desde que os radares foram instalados, em
junho deste ano, os acidentes têm diminuído, mas nos dias de chuva os acidentes
aumentam.
O caso que envolve esse magistrado aposentado, que não teve seu nome
divulgado nas reportagens, provocou constrangimento e um engavetamento de três
veículos, e o magistrado estava com sinais visíveis de embriaguez, chegando a
discutir com uma das vítimas, segundo informações das testemunhas, conforme
veiculado.
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Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada, mas ele se recusou a fazer o teste
do bafômetro.
Eu entendo que o magistrado tenha que ter algumas prerrogativas pela
função que exerce, nós também temos algumas, mas o que não dá para aceitar são
abusos. Pelo amor de Deus, está na hora de o Poder Judiciário começar a dar
exemplo.
O tratamento aplicado ao juiz aposentado — que tem imunidade de só ser
preso em flagrante em casos de crimes inafiançáveis — foi completamente diferente
ao aplicado a um cidadão comum desde o endurecimento da Lei Seca, que autoriza
a prisão em flagrante se verificados sinais de embriaguez. Ao juiz coube apenas
multa e a suspensão da CNH, pois só poderia ser levado se cometesse um crime
inafiançável.
Espero que o Poder Judiciário dê exemplo sugerindo a nós, Parlamentares,
um projeto de lei, se for o caso, para mudarmos a legislação, que teria muito mais
força aqui nesta Casa para mudarmos.
Será que precisamos de mais Joaquim Barbosa em cada esfera do Poder
Judiciário?
Vale a pena refletirmos sobre este assunto.
Era o que tinha a dizer.[CD7]
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O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) - O segundo orador inscrito é este
Parlamentar, que permuta com a Deputada Jô Moraes, que vai viajar e precisa falar
neste momento. Tem S.Exa. a palavra.
A SRA. JÔ MORAES (PCdoB-MG. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente,
agradeço a V.Exa. pela permuta.
Em um período e em um País como o nosso, em que acordamos só com
notícias ruins apresentadas pela grande mídia, eu queria que fosse registrada nesta
Casa a notícia positiva que a PETROBRAS divulgou acerca do recorde que ela
bateu com a produção de 407 mil barris/dia na província do pré-sal nas Bacias de
Campos e Santos. Isso[CD8], porque, Sr. Presidente, a empresa PETROBRAS se
incorpora à história de luta pela independência e pelo desenvolvimento do nosso
País.
Surgiu uma denúncia, ainda não comprovada, de que haveria troca de
propinas de funcionários com uma empresa holandesa. O Governo holandês já
instaurou a fiscalização, o PCdoB propôs aqui que nós convocássemos a Presidente
Graça Foster, da PETROBRAS, para que ela nos desse imediatas informações
acerca de como está a instauração do inquérito e a apuração que a PETROBRAS
também já está realizando no seu interior.
Isso porque nós consideramos que a proposta de Comissão Externa, como
está no art. 38 do Regimento Interno, não tem apenas o papel de fiscalizar, e não
lhe compete fiscalizar; a ela compete, pelo Regimento Interno, fazer uma visita
quando convidada e comparecer representando a Câmara.
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Por isso, quero concluir dizendo que tenho a certeza de que essa apuração
será feita pelo Governo brasileiro, pelo Ministério Público e pela própria
PETROBRAS.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) - Obrigado, Deputada Jô Moraes, a quem
desejo uma boa viagem e um bom carnaval.[CD9]
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[CD10]O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Rubens Bueno. S.Exa., também, tem necessidade de viajar para cuidar do
Bloco do Povo, lá do Paraná.
V.Exa. disporá de até 3 minutos, Deputado Rubens Bueno.
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Luiz Couto, Sras. e Srs. Deputados, tenho acompanhado com
apreensão a evolução dos acontecimentos na Ucrânia, país do leste europeu,
geograficamente distante de nós, mas ao qual estamos ligamos por laços de
amizade, de cooperação e, por que não dizer, de família, uma vez que o Brasil é
hoje a pátria de cerca de 500 mil descendentes de ucranianos que para cá vieram
em busca de uma vida melhor. E o Paraná é a maior colônia de ucranianos do
Brasil.
As imagens de um cenário de guerra, com baixas de ambos os lados e uma
divisão tão profunda quanto difícil de superar entre os povos do leste e do oeste, só
servem para reforçar a certeza de que ao Brasil — principal parceiro político e
comercial da Ucrânia na América Latina — cabe papel preponderante nos esforços
de construção e consolidação da democracia naquele país.
Não é uma tarefa fácil. A julgar pela forma omissa como o Governo brasileiro
vem tratando de questão semelhante na Venezuela, não temos muitos indícios de
que o Brasil se esforçará para fazê-lo.
A este Parlamento, no ano passado, se dispôs a receber o Deputado
Oleksander Turchinov, ex-Presidente do Parlamento da Ucrânia e atual Presidente
da República, com a finalidade de estabelecer canais de cooperação
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interparlamentar, cabe apoiar irrestritamente que se faça a vontade do povo daquele
país.
É preciso que o Brasil, companheiro da Rússia no BRICS, demande do
governo daquele país uma posição isenta no desenrolar dos acontecimentos na
Ucrânia, que, pelo bem dos seus 45 milhões de habitantes, deve tornar-se
verdadeiramente independente, sem precisar submeter-se a exigências que só
tornarão ainda mais distante o dia em que o povo ucraniano poderá clamar-se
genuinamente livre para escolher o seu próprio destino, quer ele esteja na União
Europeia, quer esteja na Rússia.
[CD11]Fraternidade e solidariedade são acima de tudo respeito aos valores e às
escolhas daqueles a quem apoiamos. Por isso, venho a esta tribuna pronunciar meu
apoio à soberania do povo ucraniano e repudiar toda e qualquer intervenção que
possa vir a desrespeitar seu direito de escolher seu próprio destino.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) - Muito obrigado, Deputado Rubens
Bueno.[CD12]
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[CD13]O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) - Agora retornamos ao tempo de 1
minuto.
Concedo a palavra ao Deputado Jesus Rodrigues, do PT do Piauí. V.Exa.
disporá de até 1 minuto.
O SR. JESUS RODRIGUES (PT-PI. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr.
Presidente.
Eu queria informar aos Deputados e à sociedade em geral que solicitei da
minha assessoria jurídica do meu gabinete, que pudéssemos analisar a realização
de um concurso para a Câmara Federal. Está lançado edital para duas funções,
entre elas a de agente de segurança, com salário inicial em torno de 12 mil reais.
Estou pedindo à assessoria jurídica do meu gabinete que possamos pedir à
Mesa que suspenda a realização desse concurso para agente de segurança. E o
faço considerando a desproporcionalidade do salário de um agente de segurança da
Câmara dos Deputados em relação aos agentes de segurança de outras instituições
ou do povo em geral. Não é compatível que um agente de segurança da Câmara
possa ganhar mais que um professor universitário, um agrônomo, um médico ou
qualquer agente de segurança das outras forças, das Forças Armadas, do Exército,
da Polícia Militar, da Polícia Civil.
Então[CD14], acho um descompasso e uma desproporção que esta Casa
realize um concurso para essa função com tão alto salário. Por isso, solicitei da
assessoria jurídica do meu gabinete que apresentemos requerimento à Mesa da
Câmara para suspender, até ampla discussão nesta Casa, a realização desse
concurso.
Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.
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O Sr. Luiz Couto, nos termos do § 2º do art. 18 do
Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é
ocupada pelo Sr. Gonzaga Patriota, 1º Suplente de
Secretário.[CD15]
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[CD16]O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Eminente Deputado Luiz
Couto, do PT da Paraíba, V.Exa. disporá do tempo regimental, 1 minuto.
O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.
Deputados, eu queria agradecer ao jornalista Vladimir Chaves pela matéria intitulada
Frei Anastácio e Luiz Couto, lideranças que ainda resistem a “delícia do poder”.
“O Deputado Estadual Frei Anastácio está entre os
poucos militantes do Partido dos Trabalhadores da
Paraíba que não cedeu as ‘delicias do poder’, mantendo a
tradição de luta que outrora dava visibilidade e
credibilidade ao partido, com sua incansável militância em
defesa do homem do campo.
Militantes como Cozete Barbosa, Chico Lopes,
Kleber Freire e tantos outros que atuavam na linha de
frente, liderando e dando voz aos servidores públicos,
estudantes, trabalhadores do campo e da cidade, é uma
raridade no PT da Paraíba, das lideranças que ainda se
mantêm em defesa dos princípios que originaram o PT,
destaque para o Deputado Federal Luiz Couto, na sua
incansável luta em defesa dos direitos humanos e o
Deputado Estadual Frei Anastácio, na defesa do homem
do campo.”
Então, Sr. Presidente, eu gostaria de registrar essa matéria mostrando que
efetivamente aqueles que trabalham corretamente sabem do reconhecimento
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daqueles que trabalham também na comunicação e que acompanham a vida, a luta
e o compromisso desses Parlamentares.
[CD17]O Frei Anastácio é uma referência do PT da Paraíba na luta em defesa
da reforma agrária, em defesa da vida, em defesa da dignidade do ser humano. Ele
merece, com certeza, ser reconduzido à assembleia, porque faz um trabalho digno.
Até aquele que tem posição diferente da dele diz que Anastácio é o melhor
Deputado paraibano, porque, na realidade, não fica pedindo a “A” ou a “B”, tem a
sua posição firme, combatendo um bom combate, guardando a sua dignidade.
Então, quero agradecer ao jornalista Vladimir Chaves por essa matéria
publicada, que tem como título: Frei Anastácio e Luís Couto, lideranças que ainda
resistem a “delícia do poder”.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD18]
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[CD19]O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra o eminente
Senador do Ceará Raimundo Gomes de Matos — assim eu o chamo há muito
tempo; vai terminar sendo Senador.
O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB-CE. Sem revisão do orador.)
- Srs. Parlamentares, telespectadores e telespectadoras da TV Câmara, há poucos
dias, a Presidente Dilma afirmou no Piauí que era fácil conviver com a seca. Ela
afirmou que depois iria recuperar tudo.
Eu creio que o Ceará está muito diferente do Piauí. Recebemos vários e-mails
solicitando à CONAB a liberação do milho, uma coisa básica, para pelo menos
convivermos com a questão da estiagem.
Essa afirmativa populista da Presidente Dilma, ao dizer que é fácil conviver
com a seca, que é fácil viver no Semiárido não é realidade. Vá ao Ceará: há carros-
pipa entregando água contaminada, o rebanho morrendo. Há 3 meses a CONAB
ficou de enviar milho, e não foi. Na remessa passada, foi o Governador Cid que
alugou um navio para levar o milho. É essa burocracia.
[CD20]Então, esse nosso pronunciamento é no sentido de que haja
efetivamente ações concretas no combate à estiagem. O rebanho está dizimado.
Não há forragem. Há sempre esse discurso: “Agora, não. Existem 5 mil pessoas
trabalhando na transposição.” Vamos ver se em novembro ou dezembro isso
continua. Na eleição passada, o ex-Presidente Lula colocou 3 mil pessoas na
transposição, e depois tirou.
Isso não pode ficar acontecendo com o Nordeste. A bancada do Nordeste
precisa se posicionar mais firmemente neste Parlamento.
Era esse nosso pronunciamento.[CD21]
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[CD22]O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra o eminente
Deputado, Presidente, Amauri Teixeira — daqui a pouco ele senta aqui na minha
cadeira —, do PT da Bahia, de Jacobina.
O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI - Ele já é Presidente lá da Comissão.
O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Parlamentares, ontem, nós assumimos a Presidência da Comissão de
Seguridade Social e Família desta Casa. Já tivemos reunião com o Ministro
Garibaldi Alves ontem mesmo. Estou pedindo agenda com o Ministro da Saúde, com
a Ministra do Desenvolvimento Social, para dialogarmos sobre a pauta da Comissão.
Já estou marcando reunião com os Parlamentares, com as Lideranças envolvidas na
área, para que possamos, no ano de eleição e de Copa, ter o funcionamento da
Comissão regularizado e produtivo.
[CD23]Ontem, na conversa com o Ministro Garibaldi Filho, que é sempre
atencioso, sensível aos nossos pedidos, definimos uma estratégia para dialogar
sobre a pauta relativa à Previdência. Aproveitamos para cobrar do Ministro a
abertura da gerência do INSS em Jacobina, que já foi criada, e o Ministro ficou de
buscar uma solução em curto prazo. Também pedimos a abertura da agência da
Previdência em Piritiba, e ele nos assegurou que, no máximo, em junho, será aberta.
Essa agência foi construída com uma emenda nossa de 500 mil reais. Vai ser aberta
a agência de Piritiba. Solicitamos, ainda, ao Ministro, empenho para a contratação
dos concursados excedentes do INSS, para garantir a abertura da agência de
Piritiba, a gerência de Jacobina e as demais. O Ministro disse que vai se empenhar
para chamar os concursados excedentes do INSS.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra a Deputada Carmen
Zanotto, do PPS de Santa Catarina. V.Exa. dispõe do tempo regimental.
A SRA. CARMEN ZANOTTO (PPS-SC. Sem revisão da oradora.) - Sr.
Presidente, solicito seja dado como lido e divulgado nos veículos de comunicação da
Casa o pronunciamento que faço.
Nós estamos nas festividades de carnaval, que vão se iniciar na próxima
semana, neste final de semana mais intensamente, mas País afora já estamos
brincando o carnaval. Este é o momento em que a precisamos fazer uma reflexão
muito profunda, especialmente em relação à exploração sexual de crianças e
adolescentes no período do carnaval.
[CD24] É comum ainda a leitura de que as pessoas que vêm de outros países vêm
para fazer algo mais do que brincar o carnaval. E aí nossas crianças e adolescentes
ficam vulneráveis. Então, quero fazer um apelo aqui a todos os que estão brincando
o carnaval, organizando o carnaval, para que tenham um olhar atento a qualquer
situação de vulnerabilidade das nossas crianças e adolescentes País afora.
Também quero registrar que neste momento nós, de Santa Catarina — eu, o
Deputado Onofre, o Deputado Esperidião Amin, o Deputado Edinho Bez, enfim, toda
a bancada —, estamos muito felizes porque o Governador Raimundo Colombo está
no meu Município de Lages, inaugurando o prédio da engenharia ambiental, com
novas tecnologias, que é da nossa Universidade do Estado de Santa Catarina. Esta
universidade, pelos seus cursos de Agronomia e Veterinária, é reconhecida
nacionalmente. Então, hoje ele está em Lages, numa série de inaugurações, mas
especialmente nessa do nosso prédio da engenharia ambiental, no Centro de
Ciências Agroveterinárias de Lages.
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Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - O pronunciamento de V.Exa. será
encaminhado nos termos regimentais, e V.Exa. está convidada para o Galo da
Madrugada, lá em Recife.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os tamborins e os foliões estão
tomando conta das ruas e ruelas de todo o Brasil. É o carnaval, que mais uma vez
traz suas músicas, cores e movimentações.
Turistas de todo o mundo chegam para ver de perto as escolas de samba, os
maracatus, os blocos de carnaval que por todo o território ocupam todos os espaços.
É a hora do acirramento da luta de entidades ligadas à proteção e ao
enfrentamento à violência, ao abuso e à exploração sexual praticada contra nossas
crianças e adolescentes.
A campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes foi aberta
no dia 26, com desfile de blocos de “carnaval” que tem o objetivo de sensibilizar a
população sobre a importância da denúncia dos crimes e da proteção dessa parcela
da nossa população.
Entidades do Governo Federal e dos governos estaduais e municipais foram
conclamadas a atuar intensamente durante os festejos de Momo. Campanhas do
Disque 100 estão sendo veiculadas em todos os Estados alertando a sociedade
para a importância da denúncia de abusos e crimes de exploração sexual.
As Comissões Parlamentares de Inquérito da Exploração Sexual de Crianças
e Adolescentes e do Trabalho Infantil estão atuando, com suas representantes nos
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Estados, no objetivo do fortalecimento dos trabalhos desenvolvidos pelos CREAS e
conselhos tutelares.
A CPI do Trabalho Infantil realizou audiências públicas nas cidades de
Salvador, Recife e Rio de Janeiro, Estados onde a indústria do carnaval é maior,
para discutir o uso de mão de obra de crianças e adolescentes durante o carnaval.
Dentre os temas discutidos, estão o trabalho infantil nas escolas de samba, a
presença de crianças em barracas de comércio de rua e a exploração sexual.
As cidades escolhidas pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência
da República para a edição da quinta campanha de enfrentamento da exploração
sexual de crianças e adolescentes foram Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo
Grande, Corumbá, Florianópolis, Fortaleza, Manaus, Porto Velho, Recife, Salvador,
São Paulo e Vitória. A escolha das cidades foi baseada no número de denúncias do
Disque 100, na abrangência metropolitana, na tradição carnavalesca e na atração
turística durante o período.
Conforme veiculado pela imprensa, foram mais de 1 milhão as peças
publicitárias da campanha. O material inclui peças educativas, outdoors, bonés,
adesivos, bandanas, fitas de pulso e até tatuagens temporárias.
Também foi veiculado que a Polícia Federal distribuirá folhetos em inglês e
espanhol para os turistas estrangeiros.
A campanha que eu aqui parabenizo mais uma vez tem como slogan
“Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes É Crime. Denuncie. Procure o
Conselho Tutelar de sua Cidade ou Disque 100”.
Ao tempo em que parabenizo, não posso deixar de aqui colocar
preocupações que trago já de algum tempo, como a necessidade de que os Estados
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possam dar condições especiais de atendimento a crianças filhas de vendedores de
rua, como creches e locais de acomodação, pois muitas das crianças levadas para
as áreas carnavalescas os pais não têm onde deixar, então levam com eles, e elas
acabam ficando horas soltas na rua.
Era o que tinha a dizer.[CD25]
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[CD26]O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Eminente Deputado, que mais
fala nesta Casa, Onofre Santo Agostini. Os catarinenses estão sempre perto um do
outro.
O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, hoje nós, — os Deputados Carmen, Esperidião e eu — queremos
parabenizar Xanxerê, Município que comemora seu aniversário. Foi emancipado em
27 de fevereiro de 1954.
Capital estadual do milho, Xanxerê é um dos Municípios do Estado que está
em pleno desenvolvimento. Localizado em ponto estratégico da região do oeste de
Santa Catarina, Xanxerê possui hoje uma população de mais ou menos 45 mil
habitantes. Destaca-se pela hospitalidade e dedicação de seu povo. Foi
emancipado, como eu disse, em 27 de fevereiro de 1954. Seu nome vem da língua
indígena caingangue e significa campina da cascavel.
O Município possui uma economia diversificada, que tem como base a
produção de cereais como soja, trigo, feijão e principalmente o milho, que é o
campeão.
Na[CD27] pecuária agroindustrial, há destaque também para a produção de
aves, suínos, gados de leite, etc. Outros setores expressivos no Município são o da
metal-mecânica, indústria, comércio, transformação de plásticos.
No turismo, Xanxerê conta com o Museu do Milho, com um acervo rico em
peças, objetos e fotos, destacando antigos métodos de cultivo. Os visitantes
encontrarão também belezas naturais como a Cascata S. Manella, de propriedade
particular; Casa da Cultura Maria Rosa, Praça Tiradentes e áreas de lazer como
pesque-pague.
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Por isso, queremos daqui cumprimentar nosso Prefeito Ademir Gasparini e
toda a população de Xanxerê pelo belo trabalho que faz no desenvolvimento do
Estado de Santa Catarina.
Parabéns, Xanxerê.
O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido nos termos
regimentais.[CD28]
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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao Deputado
Valtenir Pereira.
O SR. VALTENIR PEREIRA (Bloco/PROS-MT. Sem visão do orador.) - Sr.
Presidente, gostaria de dar como lidos dois discursos, um referente à necessidade
de proceder a reparações na BR-163/364, principalmente na cidade de Juscimeira,
minha terra natal. Os caminhões estão desviando da BR e entrando na cidade,
provocando um caos.
Também gostaria de fazer um registro, Sr. Presidente, sobre o cadastro de
reserva dos policiais rodoviários federais, que prestaram concurso público e
passaram. Teremos a Copa do Mundo e precisamos preparar a segurança do
evento. Portanto, é extremamente importante que o planejamento possa agilizar o
chamamento dos concursados que estão nessa reserva de vaga.
Quero deixar esses dois discursos como lidos e pedir que seja feita ampla
divulgação deles nos meios de comunicação da Casa.
Muito obrigado.
Agradeço a oportunidade.
[CD29] O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido. Deputado
Valtenir Pereira, agradeço a V.Exa. e desejo também, com a permissão do orador
que está na tribuna, dizer a V.Exa. que ontem estivemos com a Diretora-Geral da
Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice, tratando desse assunto. Fomos com o
Foletto, lá do Espírito Santo, e ela está exatamente pedindo a este Parlamento que
reforce o pedido junto ao Ministério do Planejamento, porque a Polícia Rodoviária
Federal, que tem mais de 13 mil policiais no quadro, está com menos de 9 mil. Este
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ano, irão se aposentar 2 mil policiais rodoviários federais. O pronunciamento de
V.Exa. terá todo o nosso apoio.
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Estado de Mato Grosso, como
todos sabem, é um fenômeno no agronegócio. A atividade agropecuária é a
locomotiva do desenvolvimento deste País. A balança comercial brasileira deve
muito a Mato Grosso.
A sociedade e, em especial o Governo Federal, deveria agradecer ao meu
Estado por ajudar no equilíbrio econômico do País, sobretudo nos períodos de maior
turbulência.
Esse agradecimento deveria vir através de infraestrutura. Afinal, de nada
adianta bater recordes de produção, se não houver uma logística competente para o
escoamento da safra.
O Estado de Mato Grosso necessita de armazéns, de estradas, de pontes, de
ferrovias, de hidrovias, enfim, necessita de um sistema modal eficiente, que permita
baratear os custos de produção.
Se esses custos baratearem, o Brasil ganha competitividade no mercado
global de commodities. Os preços dos produtos agrícolas, por sua vez, deixarão de
subir, contribuindo para manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo
Governo.
É bom para todo mundo. Certo? Errado! Como prêmio para esse “bom”
comportamento, apesar de reconhecer os esforços da Presidenta Dilma, Mato
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Grosso é penalizado com uma estrutura logística arcaica, ultrapassada e insuficiente
para dar conta do escoamento de sua estupenda produção agropecuária.
Tudo conspira contra! As obras demoram a sair do papel, e as situações de
precariedade perpetuam anos após anos. No caso específico da manutenção das
estradas mato-grossenses, a situação chegou ao limite.
Para se ter uma ideia, um trecho de apenas 28 quilômetros, no entorno da
grande Cuiabá, na Rodovia dos Imigrantes, por onde passam 10 mil caminhões por
dia, levando a produção do Norte e Oeste de Mato Grosso para os portos do sul do
País, pasmem, leva 3 horas para ser percorrido. Vou repetir: 3 horas para percorrer
28 quilômetros! E olha que o trecho é asfaltado...
Recentemente essa rodovia foi federalizada, e espera-se agora que o DNIT
proceda de imediato à sua recuperação. Posteriormente, passado o período das
chuvas, o Governo Federal terá que reconstruir a estrada, duplicando-a para que
possa suportar a intensidade do tráfego. Parece que há previsão nesse sentido.
Vamos aguardar.
Caso contrário, se ficar fazendo apenas ações pontuais de tapa-buracos,
teremos um eterno problema para ser administrado, com reflexos nefastos no
chamado Custo Brasil.
Mas o que me motivou a vir até esta tribuna foi a calamidade pública que se
instalou na BR-364, na altura da cidade de Juscimeira. Os buracos simplesmente
tomaram conta da rodovia. Os caminhoneiros, os mesmos 10 mil que passam por
Cuiabá, num completo desespero, passaram a utilizar a rua marginal, paralela à
rodovia, e que serve ao fluxo de veículos da cidade.
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O poder público local, diante da situação, até mesmo para preservar a via
urbana que não foi projetada para o tráfego pesado, e, ainda, para não colocar a
população sob risco de acidentes, fechou a rua para passagem dos caminhões.
Sabem o que ocorreu? Filas quilométricas nos dois sentidos da rodovia. Um
completo caos: motoristas estressados; população com medo de acidentes e
caminhões quebrados. Apenas meia pista está funcionando. Somente estando lá
para saber do que relatamos aqui. Tudo o que aqui dissermos será pouco para
descrever a gravidade da situação.
Urge, portanto, uma solução para o problema. O DNIT precisa urgentemente
recuperar esse trecho da estrada. Não dá para esperar as obras de duplicação.
A população de Jaciara, Juscimeira, Santa Elvira e São Pedro da Cipa exige a
recuperação da estrada. O povo de Mato Grosso também exige.
Afinal, o País deve isso ao meu Estado.
Muito obrigado.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, recentemente me reuni com membros
da Comissão Nacional do Cadastro de Reserva do Concurso do ano 2013 da Polícia
Rodoviária Federal.
Vi nos olhos daqueles jovens imensa vontade de lutar pelos seus direitos e,
sobretudo, de servir ao País, na qualidade de policiais rodoviários federais.
Para entender o problema, cumpre assinalar que o Ministério da Justiça
realizou em 2013 concurso público para preenchimento de vagas no cargo de
Policial Rodoviário Federal, devidamente autorizado pela Portaria MPOG nº 100, de
09 de abril de 2013.
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A realização do certame, nas próprias palavras do Ministro José Eduardo
Cardozo, “foi medida indispensável para recomposição dos quadros de policiais
sobremaneira defasados ao longo dos últimos anos”, pois, disse o mesmo Ministro,
“subsiste uma necessidade premente de recomposição de quadros da PRF em
todas as regiões do País, em especial nas regiões de fronteiras”, como é o caso do
meu querido Estado de Mato Grosso.
Informações dão conta de que, nos próximos 12 meses, cerca de 1.358
policiais rodoviários federais vão se aposentar. Portanto, a nomeação dos
excedentes do concurso de 2013, cerca de 800 candidatos, significa mera reposição
parcial de vacâncias, lembrando que hoje a PRF apresenta um déficit da ordem de
30% em seu quadro de pessoal. Novos concursos terão que ser brevemente feitos
para cobrir e estancar esse déficit.
Nunca é demais lembrar que nomear policiais não é “despesa”, mas sim
investimento, com reflexos positivos na melhoria da segurança pública.
O fortalecimento da PRF permitirá ao Ministério da Justiça dar sequência, por
exemplo, à Política de Proteção das Fronteiras do Governo Federal, de modo a
combater com mais vigor o narcotráfico e o contrabando. Também possibilitará a
concretização do Projeto RODOVIDA, que tem por objetivo a redução da violência e
da letalidade nas rodovias federais.
Não se pode descurar, ainda, que o Brasil vai sediar dois megaeventos: a
Copa do Mundo e as Olímpiadas. O aumento do efetivo policial é condição sine qua
non para a implementação do Plano Nacional de Segurança em Grandes Eventos e
do fortalecimento da segurança viária e da educação para o trânsito.
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Caso o Governo Federal, de modo urgente, não proceda à nomeação dos
excedentes do concurso público de 2013, o Brasil não terá efetivo suficiente para
atender às demandas do País, em especial àquelas ligadas aos grandes eventos
que aqui sediaremos.
E aí, sabe qual será a solução? A pior possível, pois o Ministério da Justiça, a
exemplo do que já vem infelizmente fazendo, se verá obrigado a continuar fechando
unidades operacionais em todas as regiões do País. Lamentável!
Outro ponto que merece destaque é a qualidade técnica dos candidatos tidos
como “excedentes” do último concurso. Basta dizer que, entre a nota do último
classificado dentro do número de vagas e do último aprovado que aqui se quer
chamar, a variação é de apenas 4,3%. Praticamente empatados.
No que concerne à legalidade da convocação, nenhuma dúvida subsiste, eis
que a Advocacia-Geral da União, através da Consultoria Jurídica junto ao Ministério
da Justiça, opinou pela inexistência de óbice jurídico para prosseguimento do feito;
todavia, alertou para o prazo de encaminhamento formal da proposta ao Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão. Esse prazo, conforme consta da IN/MP nº
03/2010, vence no dia 31 de maio do corrente ano. O tempo, portanto, urge!
Enfim, sirvo-me desta tribuna para solicitar ao Governo Federal que, em
regime de urgência urgentíssima, autorize a convocação dos habilitados no cadastro
de reserva do Concurso de 2013.
O não chamamento tempestivo dos candidatos poderá comprometer a
capacidade operacional da Polícia Rodoviária Federal e, por consequência, fragilizar
ainda mais a segurança das nossas fronteiras, sem contar o aumento que
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provavelmente haverá no número de acidentes viários nas estradas federais do
País.
O comprometimento dessa capacidade operacional por certo também causará
a deterioração da qualidade dos serviços de segurança pública durante os eventos
globais da Copa e das Olímpiadas, colocando em risco a vida das pessoas e
comprometendo indelevelmente a imagem do Brasil perante o mundo.
Nomeação já!
Muito obrigado.[CD30]
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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao Deputado
Cesar Colnago, do PSDB do Espírito Santo.
O SR. CESAR COLNAGO (PSDB-ES. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, quero dar como lido um discurso em que retrato que o Governo é
pródigo em anunciar, com pompa e circunstância, as obras do PAC 1, PAC 2 e
agora também as do PAC 3, mas elas não saem do papel. O PAC 3 é mais um
campeão de ineficiência. Eu gostaria de dar meu discurso como lido e que ele fosse
divulgado no programa A Voz do Brasil.
Eu também gostaria, neste momento, de me solidarizar com um colega
médico, ex-Secretário de Saúde, que foi neste domingo atropelado e teve lesões
expostas. Fraturou a tíbia, o úmero e a coluna cervical, numa motocicleta, mesmo
completamente equipado e preparado.
Vendo o mapa de violência, os acidentes com motociclistas cresceram 932%
no nosso País. Saímos de mil e poucas mortes para 18 mil mortes e precisamos
tomar algumas providências, inclusive quanto aos equipamentos que dão segurança
ao motociclista e que, neste País, não são exigidos das indústrias.
O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nunca antes na história, tivemos um
Governo tão pródigo em anunciar, com pompa e circunstância, obras que jamais se
tornam realidade. A estratégia está desgastada pelo uso intensivo que dela faz o PT.
Mas eles insistem. Parafraseando um velho bordão da TV, vem aí mais um campeão
de ineficiência: o PAC 3.
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A notícia saiu na edição do jornal O Globo deste domingo. De tão
inverossímil, parece até escárnio. Mas lá está escrito que a Presidente-candidata
prepara para abril o lançamento de uma terceira etapa do Programa de Aceleração
do Crescimento. Mas como, se a maior parte do que vem sendo prometido pelos
governos petistas desde 2007 até hoje não saiu do papel?
A gestão do PT administra uma ficção. Onde estão as obras estruturantes que
há 7 anos são anunciadas pela propaganda oficial, como o passaporte definitivo do
País para uma nova era de prosperidade? Alguém viu, alguém encontrou? Aqui não
é necessário gastar muita saliva e tinta: é só olhar em torno e constatar que as
principais obras prometidas não aconteceram.
Transposição das águas do Rio São Francisco? Até hoje nenhuma gota
beneficiou os brasileiros que convivem com a terrível seca do Semiárido nordestino.
A obra deveria ter ficado pronta em 2010, mas até agora nem metade foi feita. O
custo já praticamente dobrou, pulando de R$4,5 bilhões para R$8,2 bilhões. Nem no
atual mandato a transposição — que já tem muitos trechos em ruínas — será
concluída.
Ferrovia Norte-Sul? Prometida para 2010, tem apenas 700 quilômetros dos
4,1 mil quilômetros previstos concluídos. Dois anos atrás, Dilma prometeu entregar
todo o trecho entre Açailândia (MA) e Estrela d’Oeste (SP) até 2014. Nada disso vai
acontecer: a nova previsão de término é setembro de 2016 — e olhe lá! Assim como
a transposição, trechos da Norte-Sul nem foram inaugurados e já se transformaram
em ruína, mato e erosão. Não transportam nada.
Refinaria Abreu e Lima? O compromisso era inaugurá-la em 2010, mas a
previsão atual é terminá-la, quiçá, em fins deste ano. Será? O custo da refinaria
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pernambucana partiu de R$4 bilhões iniciais e já chegou a R$35,8 bilhões —
incluindo um beiço da estatal venezuelana PDVSA, que seria responsável por 40%
do projeto, mas pulou fora devido à debacle da economia chavista. Com tudo isso, a
Abreu e Lima se transformará na mais cara refinaria já feita até hoje em todo o
mundo.
Os exemplos pontuais são eloquentes, mas o balanço agregado ajuda a dar
contornos definitivos ao fiasco. Em 2013, o PAC teve o melhor desempenho da era
Dilma: dos R$53 bilhões previstos no Orçamento Geral da União para o ano, R$16,6
bilhões foram efetivamente investidos até 31 de dezembro último. Ou seja, a melhor
marca não passa de 31,2% da dotação prevista para o ano, de acordo com o SIAFI.
Alguns dos Ministérios que concentram as maiores verbas tiveram execução
ainda mais vexatória. A poderosa Pasta dos Transportes investiu R$4,6 bilhões dos
R$14,8 bilhões reservados, acompanhando a média geral do programa no ano. No
entanto, descontada a inflação, no ano passado o Ministério investiu menos do que
o gasto em 2012 e bem menos até que o valor nominal aplicado em 2011.
A contabilidade oficial exibe números diferentes, bem mais vistosos. O
Governo afirma que já fez 67% do que prometeu no PAC 2. Entretanto, a maior
parte do valor (exato um terço do total) vem de financiamentos concedidos para
beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. É dinheiro que foi emprestado e terá que
ser pago pelos mutuários, mas o Governo petista computa como investimento. O
setor privado responde por outros 20% do total. Assim fica fácil...
Além destas espertezas, a estratégia petista em torno do PAC envolve outras
mandracarias. Obras anunciadas nas etapas anteriores que não ficam prontas são
reempacotadas, ganham nova roupagem e um prazo elástico para acabar. É a
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mágica da reciclagem das promessas. O PAC lançado em 2007, por exemplo, sumiu
do mapa sem apresentar um balanço final de suas “realizações”. Ninguém soube,
ninguém viu. Na estratégia petista, o que vale é o espetáculo. Qualquer verdadeiro
compromisso com o interesse da população é conto da carochinha.[CD31]
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[CD32] O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Meu Líder Ronaldo Caiado, tem
V.Exa. a palavra.
O SR. RONALDO CAIADO - Bom dia, Sr. Presidente. Peço o tempo da
Liderança do Democratas, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. terá o tempo regimental.
O SR. RONALDO CAIADO (DEM-GO. Como Líder. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, acabamos de receber informação sobre
o crescimento do PIB em 2013. A projeção do Governo era de 4,5%. O resultado
final, apresentado agora, foi 2,3%.
O que é importante em relação a isso, Sr. Presidente? O ponto de
sustentação, o que fez com que o Brasil não entrasse numa crise maior, foi
exatamente o setor da agropecuária. O setor da agropecuária cresceu 7%; serviços,
2%; a indústria ficou estagnada em 1,5%. Isso mostra exatamente a capacidade
desse setor produtivo primário em, com todas as dificuldades que enfrenta, ainda ser
o único segmento econômico deste País capaz de sustentar todos os desmandos e
erros da política econômica do atual Governo.
É importante que possamos frisar, neste momento, que os investimentos por
parte do Governo, em 2012, foram exatamente 18,4%; este ano, 18,2%. Isso[CD33]
significa o quê? Nós não tivemos nenhum avanço de investimentos nem melhorias
na infraestrutura em nosso País.
Se o setor da agropecuária é o único que ainda alavanca o crescimento do
Brasil, nós estamos vendo o quanto ele está se ressentindo da falta de rodovias,
portos, hidrovias que a cada vez mais torna o transporte, o deslocamento dos
nossos produtos mais caros em relação aos produtos de outros países.
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Por isso, é importante que possamos dizer claramente a todo o País que hoje
os investidores estão fugindo de investimentos neste País por falta de uma
segurança jurídica, por falta de regras claras, em que hoje o cidadão fica
dependente do humor e da vontade da Presidenta da República, que edita medidas
provisórias que desestabilizam totalmente as regras e a certeza do investidor a
longo prazo.
Esse quadro de insegurança, junto com a incapacidade do Ministro da
Fazenda em poder definir uma política econômica com um balizamento claro, faz
com que o Brasil hoje perca a importância diante dos demais países que compõem o
BRICS.
Essa é a grande realidade e o diagnóstico do que nós estamos passando
neste momento.
[CD34] Sr. Presidente, é fundamental que possamos trazer essa discussão à tona. É
inadmissível que o Governo, por reagir às privatizações que deram certo no
passado, queira implantar um modelo de privatização agora, sendo que ela é 100%
feita à base de empréstimos do BNDES e também dos fundos que nós sabemos são
manipulados 100% pelo Governo.
Essa é a política da Presidenta Dilma. Com isso, nós estamos vendo uma
coisa que ficou bem clara: este regime esgotou; este modelo chegou, sem dúvida
alguma, ao seu ponto final; e nós precisamos, neste processo eleitoral, rediscutir um
novo modelo. Sobre tudo aquilo que a Presidenta afirmou que iria implantar, como a
diminuição da taxa de juros, estamos vendo hoje exatamente o quê?
COPOM eleva para 10.75% a taxa de juros, o mesmo patamar de quando
Dilma assumiu o Governo; ou seja, esse é o resultado real. O Governo cada dia
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mais se fragiliza diante de uma política que não teve alicerces para poder sustentar
o crescimento econômico do País.
Prevaleceu a demagogia, o populismo, a “venezualização” do processo
macroeconômico do nosso País.
Muito obrigado, Sr. Presidente, pelo tempo que me foi concedido.
O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido nos termos
regimentais.[CD35]
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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra o eminente
Deputado Mauro Benevides.
O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhores telespectadores da TV Câmara e da
TV Assembleia, no Estado do Ceará, a Assembleia Legislativa do Ceará, em sua
sessão matutina, que começou há poucos instantes, deverá apreciar a indicação da
ex-Senadora Patrícia Saboya para vaga no Tribunal de Contas do Estado, em face
da aposentadoria do Conselheiro Pedro Timbó, que, ali, atuou proficientemente,
resguardando o interesse público.
Ressalte-se que subscreveram apoio à ilustre candidata praticamente todos
os seus eminentes pares, que nela viram sempre uma líder autêntica de nossa
Unidade Federada.
No Parlamento Nacional, a que chegou para ocupar vaga que, no passado, foi
preenchida pelo seu preclaro avô, Senador Plínio Pompeu de Saboya Magalhães,
ela se destacou por iniciativas de larga ressonância, a julgar pela proteção à criança
e ao adolescente, dirigindo Comissão Especial para apurar distorções então
constatadas no cenário do nosso País.
A projeção que alcançou deveu-se, sem dúvida, à sua obstinação de
patronear causas nobres, fazendo-o com exemplar devotamento, o que lhe valeu
reconhecimento de importantes segmentos da opinião pública nacional.
Em algumas oportunidades, na tribuna da Câmara destaquei a sua porfia
incessante à frente da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Exploração Sexual,
iniciativa que lhe garantiu amplos espaços nos órgãos de divulgação, em apoio a
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uma ampla campanha que sensibilizou o Congresso e entidades civis de nossa
Nação.
Alçando-se, como se espera, ao TCE, ela terá, certamente, como meta
inarredável a exação do dispêndio efetuado pelo poder público, preservando a sua
imagem de correção, voltada para o inconspurcável interesse da coletividade.
Confio em que, chancelada a indicação, ela se guindará à função de
preeminência na vida pública do Ceará, ampliando currículo brilhante, que a torna
uma cidadã de méritos incontáveis.
Com o presente registro, auguro à nova magistrada de Contas um proficiente
desempenho naquela Corte, para a qual fui indicado, em décadas passadas,
declinando da honrosa missão, por definir-se pela presença no cenário político, hoje
já no cumprimento do 11º mandato, em todos os graus de hierarquia legislativa.
Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.[CD36]
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[CD37]O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Em razão do tempo das
Breves Comunicações, e por haver ainda seis oradores, peço aos Deputados
Valadares Filho e Luiz Carlos Hauly que falem rapidamente, para darmos
continuidade aos Deputados inscritos.
Com a palavra o Deputado Valadares Filho.
O SR. VALADARES FILHO (PSB-SE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na tarde de ontem, tive oportunidade de me
despedir da Comissão de Turismo e de Desporto, que, a partir deste ano, foi
desmembrada para a Comissão de Turismo e Comissão do Esporte.
Fiz um relato de todo o trabalho que fizemos durante o ano passado. Foram
mais de 70 eventos promovidos pela Comissão. Nós tivemos a oportunidade,
através do nosso trabalho com o Deputado Romário e com todos os que fazem parte
da Comissão, de realizar visitas técnicas a todas as cidades-sede. Realizarmos
audiências públicas para debater o fortalecimento do turismo e a geração de
emprego para que o turismo e o desporto estejam em seu devido lugar, através dos
grandes eventos que teremos pela frente. O povo brasileiro tem um grande legado.
Parabenizo o Presidente Renato e o Presidente Damião. Que eles possam ter
sucesso e sorte em suas gestões.[CD38]
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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra o eminente
Deputado Luiz Carlos Hauly.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o Paraná pede à Presidenta Dilma e ao
Ministro Mantega que liberem os seus empréstimos.
O Paraná apresentou, no ano passado, um superávit primário de R$2 bilhões,
293 milhões, de uma receita de R$ 32,9 bilhões e uma despesa de R$30,6
bilhões.[CD39] O Paraná cumpre com as suas obrigações. Seu cadastro, suas contas
estão limpinhos, a despesa de pessoal está dentro da Lei de Responsabilidade
Fiscal. O Paraná é um Estado que contribui com o País, paga mais impostos do que
recebe. O Paraná é doador de energia ao País, porque não tem nenhum centavo da
energia elétrica. O Paraná tem suas empresas estatais em grande funcionamento. O
Paraná pede, clama por que liberem o empréstimo.
Tirem a mão pesada do Paraná, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann!
O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido.[CD40]
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[CD41] O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra o Deputado Fábio
Trad.
O SR. FÁBIO TRAD (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, duas proposições que necessariamente deverão ser
enfrentadas por esta Casa, até porque a pressão só faz aumentar, são as Propostas
de Emenda à Constituição nºs 555/2006 e 300/2008. Ambas, é verdade, implicam
impactos fiscais, mas é certo que as duas são absolutamente legítimas e têm amplo
esteio jurídico-constitucional, sem olvidar-se da oportunidade e conveniência social
que as embalam.
A PEC 555 tem caráter revisional. Este Parlamento precisa corrigir um erro
que a Emenda Constitucional nº 41 protagoniza. Afinal de contas, hoje, os
aposentados e os pensionistas brasileiros são vítimas de tunga oficial, pois não há
juridicamente a figura da contribuição sem a perspectiva da restituição, a não ser
que se admita e se confesse o confisco.
[CD42] A PEC 300 é a expressão mais lídima de uma imperiosa necessidade. As
Polícias brasileiras, a Civil e a Militar, e os Corpos de Bombeiros não podem
continuar sendo objeto da crescente degradação do serviço público. O piso que
reclamam é justo e compatível com a magnitude da função que exercem. Se não
enfrentarmos essas duas demandas nesta legislatura, perderemos a oportunidade
de afinar a sintonia entre a ordem jurídica e as prioridades do povo brasileiro.
Sr. Presidente, eu solicito que o meu pronunciamento seja divulgado em A
Voz do Brasil.
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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - O pronunciamento de V.Exa.,
Deputado Fábio Trad, será divulgado por todos os órgãos de comunicação da
Casa.[CD43]
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[CD44] O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Pela Liderança da Minoria, o nosso
grande Líder Sandro Alex.
O SR. SANDRO ALEX (PPS-PR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, muito obrigado.
Senhores e senhoras, um bom-dia ao Brasil que nos acompanha!
É com grande preocupação que venho a esta tribuna falar sobre uma questão
que diz respeito a todos nós brasileiros. Falo do peso dos impostos em nosso País.
Nossa carga tributária alcança níveis históricos que faz com que os cidadãos
estejam, cada vez mais, à mercê do peso insuportável dos tributos.
Aqueles que nos ouvem e nos assistem em todo o Brasil têm o direito de
saber as razões de o Brasil ter uma carga tributária tão alta. Nós precisamos saber:
a que serve ou a quem serve essa quantidade enorme de recursos? O que podemos
fazer para reverter essa situação? Por que nossos produtos são tão caros? Por que
pagamos tantos impostos?
Nós sentimos diariamente o peso da alta carga tributária praticada em nosso
País. Para termos ideia do tamanho da fome do Leão, no ano passado, a
arrecadação com tributos chegou a quase R$ 2 trilhões. Mais um recorde que
deverá ser deixado para traz quando tivermos os dados da arrecadação deste ano.
É recorde após recorde, ano após ano.
[CD45] Para termos noção do tamanho do problema, o trabalhador brasileiro precisou
de 150 dias, ou quase 5 meses do ano, somente para pagar impostos, taxas e
contribuições aos cofres públicos, conforme demonstra o estudo do Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário — IBPT, entidade que há mais de 20 anos se
dedica ao estudo de temas tributários, que o tempo de quase 5 meses é necessário.
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E, apesar de contribuir cada vez mais com essa arrecadação tributária do
País, os brasileiros continuam não vendo a adequada aplicação desses recursos em
serviços públicos de qualidade, principalmente nos setores de educação, saúde,
segurança e outros fundamentais para que a sociedade se desenvolva econômica e
socialmente.
Em abril do ano passado, inclusive, o Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário publicou outro estudo em que relaciona os 30 países com a maior carga
tributária e o retorno desses recursos à população em termos de qualidade de vida.
Infelizmente, o estudo chega à triste conclusão de que o Brasil, com uma carga
tributária na ordem de 36% do PIB, é o país que proporciona o pior retorno dos
valores arrecadados em prol do bem-estar do povo.
Entre os países do BRIC, por exemplo, o Brasil é o país que tem a maior
carga tributária. Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China é de 20% e na Índia,
país cuja estrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, o total da
arrecadação corresponde a 12,1% do PIB.
Mas para onde vai esse dinheiro? Qual a destinação desses recursos?
Basicamente existem dois grandes grupos nos quais os recursos são gastos. O mais
importante deles é a previdência e a assistência social. Temos[CD46] uma despesa
com previdência de 12% do PIB, quase o dobro do que seria esperado pela nossa
estrutura etária. Só para pagar os servidores públicos ativos, aposentados e
pensionistas serão necessários mais de R$ 160 bilhões neste ano.
O segundo grande ralo pelo qual escoam os recursos públicos são os juros da
dívida pública. Quase 15% do total arrecadado, ou 5,7% do PIB, vai para o
pagamento dos juros e encargos da dívida. Ou seja, a cada ano, cerca de R$ 250
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bilhões são destinados ao pagamento da dívida pública brasileira. Isso significa que
gastamos, anualmente, mais de 14 vezes o que é gasto com o Programa Bolsa
Família, apenas para cumprir o compromisso com os juros e encargos da dívida
pública.
E qual a consequência disso para a formação dos preços dos produtos e
serviços em nosso País? A consequência é que estamos covivendo com preços
absurdos em quase todas as atividades econômicas. Eu, que sou da área de
ciência, tecnologia e inovação, cito alguns exemplos da área de tecnologia. Na linha
Apple, o iPhone mais caro do mundo. O iPod, por exemplo, é produzido na China e
vendido aqui, nos Estados Unidos e na Europa, enfim, em todo lugar. Em tese,
deveria custar quase igual em todos esses mercados, já que ele é importado do
mesmo local. Mas não. A versão básica custa R$ 800 nos Estados Unidos, não
passa de R$ 1.000 na Europa e, no Brasil, ele custa por volta de R$ 1.800. Item de
inovação: um novo produto Sony. Um Playstation custa no Brasil R$ 4 mil e é
vendido nos Estados Unidos por 400 dólares.
Poderíamos falar sobre a linha Android, Samsung, tablets, enfim, carros e até
mesmo remédios. Poderíamos passar aqui horas e horas listando as diferenças de
preços praticados entre produtos e serviços semelhantes que são cobrados aqui e
no exterior. Os brasileiros sabem do que estou falando e reconhecem nos preços a
alta carga tributária aliada às distorções na definição dos tributos, complementando-
se para formar a face mais cruel da questão tributária brasileira. Os tributos no Brasil
pesam muito mais sobre os pobres do que sobre os ricos. Ou seja, o Estado, através
de sua estrutura arrecadatória, tira dinheiro dos mais pobres e os transfere para os
mais ricos.
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Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, prezados cidadãos que nos ouvem e
nos veem, esta situação não pode continuar. Esta estrutura tributária é algo que
mina os valores democráticos, que atenta contra o bom senso e que ofusca os
suados avanços que temos feito em prol de nosso povo.
[CD47] Gostaria, antes de finalizar, de pedir a todos que não deixem de cobrar de
seus representantes nos seus Estados e nesta Casa, enfim, em todos os níveis, o
compromisso com a simplificação da nossa estrutura e a diminuição da carga
tributária. Esta é uma luta de todos nós que desejamos que o nosso País alcance o
desenvolvimento econômico e social que o nosso povo merece. Essa não é uma
tarefa simples e que se consiga sem a contribuição de todos. É necessário o
engajamento de todos, para que isso se torne uma prática. Por isso, nós lutamos por
essa reforma tributária, por uma simplificação, porque a cada dia os brasileiros se
deparam com preços totalmente desproporcionais comparados aos de outros
países, e nós temos que dar um basta nisso.
Muito obrigado a todos. Desejo-lhes um bom-dia!
Durante o discurso do Sr. Sandro Alex, o Sr.
Gonzaga Patriota, 1º Suplente de Secretário, deixa a
cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Amauri
Teixeira, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento
Interno.
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O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Concedo a palavra ao Deputado Zé
Geraldo, que permutou com o Deputado Chico Lopes. V.Exa. dispõe de 1 minuto.
O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero
parabenizar os Municípios de Tailândia, Uruará, Santana do Araguaia e Breu
Branco, que terão agências da Caixa Econômica Federal, bem como Ananindeua,
Benevides, Abaetetuba e Belém, que terão novas agências. Quero pedir a V.Exa.
que determine aos veículos de comunicação desta Casa a ampla divulgação deste
pronunciamento, inclusive no programa A Voz do Brasil.
Estou me empenhando para que nós possamos abrir mais prédios da Caixa
Econômica Federal no Estado do Pará, que tem Municípios grandes e distantes, e a
Caixa Econômica e o Banco do Brasil precisam se estruturar mais no Pará.
O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Autorizo a divulgação, inclusive no
programa A Voz do Brasil.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários e todos
aqueles que nos acompanham pelos veículos de comunicação da Casa, quero aqui
parabenizar os moradores das cidades de Breu Branco, Santana do Araguaia,
Tailândia e Uruará, que brevemente contarão com uma agência da Caixa
Econômica Federal em seus Municípios. Isso significará um avanço para os
habitantes destas cidades, tanto aqueles que recebem benefícios diretos do
Governo Federal — sejam eles advindos de aposentadorias ou de programas
sociais —, quanto para o empresariado local, que poderá contar com uma empresa
100% pública, que vem despontando cada dia mais na promoção da cidadania e do
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desenvolvimento sustentável do País como instituição financeira, agente de políticas
públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro.
Da mesma forma, as cidades de Abaetetuba, Benevides, Ananindeua e
Belém terão também novas agências da Caixa, que somarão às já existentes,
ampliando ainda mais o bem-estar das pessoas e incrementando o comércio e os
negócios locais.
Recentemente destaquei a inauguração da Agência-Barco Ilha do Marajó, no
dia 16 de janeiro. A Agência-Barco Ilha do Marajó já está fornecendo atendimento
bancário às populações ribeirinhas que vivem em 10 Municípios da Ilha, ampliando a
oferta de produtos e serviços do banco, promovendo o desenvolvimento
socioeconômico da região e a inclusão bancária dos moradores.
A Agência-Barco Ilha do Marajó contribui para a interiorização do atendimento
e ampliação da presença da Caixa na Região Norte. O objetivo é suprir as carências
de atendimento bancário impostas pelas dificuldades naturais da região e reduzir os
riscos e os custos envolvidos no deslocamento das populações até os centros
urbanos.
A Agência-Barco atenderá à população de mais de 348 mil habitantes dos
Municípios que compõem a Ilha: Soure, Salvaterra, Ponta de Pedras, Muaná, São
Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Bagre, Breves, Melgaço e Portel. A unidade
disponibilizará todos os produtos do portfólio da Caixa, com exceção daqueles que
envolvem numerário. O horário de funcionamento é o mesmo de uma unidade
comum, em terra, cumprindo as regras estabelecidas pelo BC.
Além disso, importantes parcerias foram firmadas. A agência-barco também
viabiliza o suporte a ações de promoção à saúde, educação, de proteção ambiental
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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e de cidadania. Na Agência-Barco Ilha do Marajó, a Caixa fechou parceria com o
Tribunal de Justiça do Estado do Pará para o funcionamento de um Juizado Especial
Itinerante Ribeirinho. Outro parceiro da Caixa é a Secretaria de Políticas para as
Mulheres, que atua na promoção de programas de enfrentamento à violência contra
as mulheres.
A Unidade-Barco realiza os serviços e comercializa todos os produtos
disponíveis no portfólio Caixa, com exceção daqueles que envolvem numerário, com
destaque para abertura de conta: operação 001/003/013/022 e 023;
cadastramento/desbloqueio de senhas do cartão do cidadão/bolsa família/conta;
solicitação/desbloqueio de cartão — cidadão e conta; entrega e desbloqueio de
cartão — cidadão e conta; cadastramento/regularização do PIS; cartão de crédito PF
(propostas); inscrição/regularização CPF; liberação/pagamento de FGTS;
certificação conectividade social; cadastro de microempresa individual (MEI);
pagamento de seguro-desemprego/defeso (crédito em conta), pagamento benefício
Bolsa Família; crédito consignado; CONSTRUCARD; crédito rotativo — PF; cheque
empresa Caixa; empréstimo PJ (microempresa e MEI), cartão PJ; credenciamento
de estabelecimento; seguro residencial, previdência; seguro vida PF/PJ;
capitalização; cadastramento de senha; pagamento de abono/quotas PIS e INSS;
crédito direto Caixa — CDC; microcrédito produtivo orientado — PF e PJ; e prova de
vida.
Era o que tinha a dizer.
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O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Concedo a palavra ao Deputado
Gonzaga Patriota, por permuta com o Deputado João Paulo Lima, por 1 minuto.
O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, enquanto a centenária Catedral de Petrolina
está se preparando para uma grande reforma, registramos que a Catedral de
Juazeiro reabriu agora o Santuário, depois de 4 anos de reforma — a Catedral de
Dom José Rodrigues.
E o nosso outro pronunciamento, Sr. Presidente, relata que Cabrobó realiza a
1ª Conferência Municipal de Proteção e Defesa Civil. Essa conferência começa hoje,
dia 27, no Alvorada Clube. Ela é muito importante, até porque é uma parceria com a
Universidade de Petrolina, a UNIVASF.
Queremos aproveitar a oportunidade para cumprimentar todo o povo de
Cabrobó, que tem feito um trabalho extraordinário no desenvolvimento daquele
Município, colocando-nos, mais uma vez, à disposição desse povo de Cabrobó.
E, como amanhã vamos estar aqui ainda no plantão da sexta-feira, que é a
abertura do carnaval, queremos aproveitar para desejar a todos um ótimo carnaval.
Sempre começamos por Petrolina, vamos a Trindade, onde há um grande carnaval;
Salgueiro, com a Bicharada do Mestre Jaime; Belém do São Francisco. E foi lá,
Fernando Ferro, que nasceram aqueles grandes mamulengos de Olinda. Eles
nasceram em Belém do São Francisco.
E vamos a Bezerros, vamos a Sertânia, a minha terra, no bloco As Virgens,
brincar esse carnaval, porque ninguém é de ferro, mas vou ficar aqui até amanhã, no
plantão.
Bom carnaval, muita cana, muito cuidado!
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PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Catedral de Juazeiro será reaberta e
elevada a Santuário.
Após 4 anos de reforma, a Catedral de Juazeiro, no Sertão baiano, voltará a
ser aberta ao povo logo após o carnaval da cidade. As informações são do Bispo
Diocesano, Dom José Geraldo da Cruz.
Outra novidade é a inauguração oficial do templo, com a conclusão da
reforma externa, com data marcada para o dia 21 de junho, quando o prédio
religioso será elevado ao título de Santuário.
A reforma foi feita para valorizar o templo. Foram adquiridos uma grade de
proteção, novas portas, bancos, pintura, capela do Santíssimo, sala para confissões,
polimento do piso e uma nova iluminação interna e externa.
“Atualmente, está sendo colocada a barra de pedra na parede exterior e está
sendo completada a extensão da grade. A iluminação externa está em fase de
acabamento”, disse o Bispo. A inauguração será no dia da Dedicação da Catedral,
que é solenidade na Diocese.
Nesse dia serão acesas todas as luzes da iluminação interna e externa e será
lido o decreto de criação do Santuário Nossa Senhora das Grotas.
Parabéns ao povo de Juazeiro pela reabertura de sua Catedral!
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Cabrobó realiza 1ª Conferência
Municipal de Proteção e Defesa Civil.
Mapear detalhadamente áreas de risco e estabelecer estratégias de
monitoramento. Eis os objetos da 1ª Conferência Municipal de Proteção e Defesa
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Civil que será realizada em Cabrobó, no Sertão de Pernambuco. O evento está
programado para começar hoje, dia 27 de fevereiro, no Alvorada Clube, a partir das
8 horas.
A iniciativa segue uma orientação do Governo Federal, que em 2012 lançou o
Plano Nacional de Gestão de Riscos e Desastres. À época, foi divulgada uma lista
com os 821 Municípios prioritários em ações de proteção e defesa civil. Em
Pernambuco foram selecionadas 53 cidades, entre elas, Cabrobó.
São esperados no encontro, de acordo com a organização, representantes da
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Exército Brasileiro,
Polícia Militar (PM) e Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (CODECIPE).
Para o Presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC), Paulo
Teógens, Sr. Presidente, a iniciativa visa fortalecer a participação e o controle social
nas políticas públicas do setor. “Nosso Município é muito organizado, e há 13 anos
temos uma comissão que está preparada para ajudar em eventuais casos de
emergência”, ressalta Paulo.
Parabéns a Cabrobó pela iniciativa![CD48]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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[CD49] O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Tem a palavra o Deputado Fernando
Ferro, do PT de Pernambuco.
O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
eu trago aqui uma manifestação da Câmara Municipal de Itaquitinga, Pernambuco,
cidade localizada no Agreste pernambucano, em relação a uma dívida do
Governador Eduardo Campos com o povo de Pernambuco. O Governador Eduardo
Campos prometeu que iria construir um presídio para transferir os detentos da
penitenciária de Itamaracá.
Itamaracá é uma belíssima ilha, um local aprazível, muito bonito, de valor
turístico, cultural e histórico. A província de Itamaracá foi uma das primeiras áreas
ocupadas pelos portugueses na Região Nordeste. Essa ilha hoje é tomada por um
presídio, o que desvaloriza os seus terrenos. Não é agradável a vivência próxima de
uma área conflagrada como aquela, com muitas rebeliões, inclusive.
Nós estamos aqui a cobrar a responsabilidade do Sr. Governador, que firmou
uma PPP — parceria público-privada com um grupo privado. A construção desse
presídio em Itaquitinga está paralisada há 4 anos. Foi gasto dinheiro com a obra, e
está abandonada. E a população de Itamaracá espera até hoje a transferência dos
detentos daquele presídio e a consequente liberação da ilha para uso mais
adequado nas áreas de turismo, lazer e cultura.
Aqui fica, portanto, o nosso apelo, inclusive para que o Governador receba
uma representação da Câmara Municipal de Itaquitinga, que pretende levar a S.Exa.
suas preocupações em face do abandono da obra. É um exemplo de má gestão e
de péssima articulação com grupos privados para realização das tais PPPs, que não
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funcionaram e trazem enormes prejuízos para o povo de Pernambuco e da cidade
de Itaquitinga.
Sr. Presidente, gostaria que o meu pronunciamento fosse divulgado no
programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Trad) - Será divulgado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna denunciar o
enorme descaso e a grave situação que está acontecendo em Pernambuco, em
relação à paralisação das obras de construção do novo presídio estadual na cidade
de Itaquitinga, na zona da mata norte do nosso Estado, a cerca de 70 quilômetros do
Recife. Esse fato lamentável repercute negativamente nas áreas de segurança
pública e turismo em Pernambuco e, principalmente, vem acarretando grandes
problemas e graves prejuízos à população e aos comerciantes da região.
Tal problema decorre das obras de construção do Centro Integrado de
Ressocialização de Itaquitinga, cujo contrato de financiamento foi lançado com
grande estardalhaço em novembro de 2009, pelo Governador Eduardo Campos, que
à época destacava que essa seria um das grandes obras de seu Governo, por meio
de uma Parceria Público-Privada.
Pelo contrato inicial, a obra estava orçada em 287 milhões de reais. A
empresa ganhadora da respectiva licitação, o Consorcio Reintegra Brasil, foi
encabeçado pela empresa Advance Engenharia, que além de construir o presídio,
também passaria a administrá-lo por 33 anos.
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A capacidade desse presídio seria de 3.200 vagas, as quais estariam
destinadas principalmente aos atuais presos das penitenciarias existentes no
Município de Itamaracá, importante cidade turística do litoral norte de Pernambuco.
O discurso oficial do Governador de Pernambuco era de que, com esse novo
presídio, se poderia tanto desativar o conjunto penitenciário atualmente localizado
na cidade de Itamaracá, possibilitando expandir o turismo nessa importante ilha do
litoral norte do Estado, quanto, em contrapartida, promover ações efetivas para o
desenvolvimento da cidade de Itaquitinga, como a implantação inclusive de uma
escola técnica e de melhorias nas áreas da saúde e da educação nessa região.
Ocorre que, passados cerca de 5 anos, o Centro Integrado de
Ressocialização de Itaquitinga não recebeu ainda um preso sequer. E o que é pior,
apesar de ter sido anunciada pelo Governo Eduardo Campos, do PSB, como “a
maior e mais completa PPP prisional do Brasil”, as obras desse presídio já estão
totalmente paralisadas há mais de 1 ano, sendo que já deveriam ter sido concluídas
desde maio de 2011.
O problema é ainda maior, pois essa obra, apesar de ser definida como sendo
uma PPP, é quase totalmente financiada pelo Banco do Nordeste, o BNB, que, por
conta de um aditivo, já disponibilizou cerca de 320 milhões de reais do Governo
Federal para a execução dessa obra, tendo o próprio Governo de Pernambuco como
interveniente.
Além disso, a principal empresa responsável pela construção do presídio e
líder do consórcio, a empresa Advance, com sede em Salvador, encontra-se desde
maio de 2013 em estado de insolvência, já tendo inclusive dispensado os 1.500
trabalhadores que atuavam na obra.
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E o mais grave é que o consórcio deixou de cumprir com seus compromissos
financeiros perante mais de 60 empresas e fornecedores da região, resultando num
prejuízo de mais de 50 milhões de reais para os comerciantes e empresários da
região, além de ter gerado graves problemas trabalhistas e sociais a toda a
população da mata norte de Pernambuco.
Mesmo diante desta situação caótica, foi divulgado há poucos meses atrás,
tanto pela própria Advance Engenharia como pelo Governo do Estado, que outra
empresa, também da Bahia, conhecida como DAG Construtora, iria assumir
diretamente as responsabilidades do consórcio, reiniciando as obras e se
comprometendo com a retomada dos pagamentos às empresas e fornecedores
prejudicados.
O mais estranho disso tudo é que essa transferência de responsabilidades iria
ocorrer sem que houvesse qualquer nova licitação e sem que o Governo de Estado
de Pernambuco tivesse esclarecido objetivamente como, diante dos contratos e
compromissos já assumidos anteriormente, se dariam as condições dessa transação
empresarial e quais as medidas que a equipe do Governador Eduardo Campos
estaria tomando para solucionar esse grande problema.
O que é ainda mais grave é que recentemente, já em 2014, devido aos
prejuízos que foram constatados posteriormente também no próprio
empreendimento, a empresa DAG Construções anunciou que havia efetivado o
distrato com a Advance Engenharia e que, portanto, não iria mais assumir a
retomada das obras de construção do Presídio de Itaquitinga.
Essa empresa chegou, inclusive, a divulgar que a partir de março
abandonaria definitivamente o pátio de construção do presídio e dispensaria até
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mesmo os seguranças contratados para a proteção da área e equipamentos
existentes. Isso representa que as obras permanecerão totalmente paralisadas por
quase 2 anos e com risco de degradação.
Infelizmente, até o momento, na prática, essa obra só vem resultando em
angústias e frustrações às populações dos Municípios de Itaquitinga e Itamaracá,
que há anos aguardam que o Governador de Pernambuco cumpra o prometido,
assim como só vem desencadeando graves prejuízos e grande desespero para
dezenas de comerciantes locais, os quais precisam ser urgentemente sanados.
Portanto, de imediato, o Governo do Estado de Pernambuco está devendo
urgentemente explicações sobre esse grave problema a toda a população do Estado
de Pernambuco, assim como a devida apresentação de soluções rápidas para a
retomada dos pagamentos aos comerciantes e fornecedores prejudicados por estas
empresas.
Esperamos ainda que, diante dessa realidade, as autoridades federais e
estaduais, inclusive os Tribunais de Contas e os Ministérios Públicos competentes,
tomem as medidas cabíveis o mais rápido possível, pois essa situação não pode ser
mais postergada, pelo bem do Erário e de toda a população de Pernambuco.
Solicito ainda à Presidência desta Casa Legislativa a divulgação deste
pronunciamento em A Voz do Brasil.
Durante o discurso do Sr. Fernando Ferro, o Sr.
Amauri Teixeira, nos termos do § 2º do art. 18 do
Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é
ocupada pelo Sr. Fábio Trad, nos termos do § 2º do art.
18 do Regimento Interno.[CD50]
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[CD51] O SR. PRESIDENTE (Fábio Trad) - Concedo a palavra ao Deputado Chico
Lopes, do PCdoB do Ceará.
O SR. CHICO LOPES (PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
gostaria que V.Exa. autorizasse a publicação da minha preocupação no programa A
Voz do Brasil.
O Ceará tem uma das praias mais bonitas deste País. Não quer dizer que os
outros Estados não tenham bonitas praias. O Instituto Chico Mendes foi criado nesta
Casa exatamente para defender a ecologia no Brasil. Jericoacoara é uma das praias
mais conhecidas, não só no Brasil como também no exterior, pela sua beleza natural
e pela dificuldade de se chegar até lá, porque não se chega com qualquer carro.
Tem que baixar a quantidade de ar do pneu do carro para poder chegar lá.
Mas, infelizmente, o Instituto Chico Mendes — e acho que o Chico Mendes, lá
no outro plano, deve estar horrorizado — está sendo encarregado de fazer a
privatização das nossas praias, principalmente a de Jericoacoara.
Sr. Presidente, nós não somos contra o desenvolvimento. Nós queremos
empregos, mas não com sacrifício da natureza. E outra, o capital estrangeiro nas
praias do Ceará é um fato, principalmente o capital português.
Portanto, quero fazer um apelo ao novo Presidente da Comissão de Meio
Ambiente para averiguar isso.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD52]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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[CD53] O SR. PRESIDENTE (Fábio Trad) - Com a palavra o Deputado Amauri
Teixeira, do PT da Bahia.
O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, nós vivemos no mundo um momento de
desaceleração da economia. Nós não estamos vivendo, no mundo inteiro,
crescimento econômico. Nós estamos vivendo em economias desaceleradas, com
recessão e desemprego acentuados em vários países do mundo. No Brasil, não. O
Brasil tem um alto índice de empregabilidade.
Nós ouvimos aqui o discurso de um Líder da Oposição que disse: “O Brasil
está estagnado”. Ora, o PIB do último ano, meus senhores, cresceu 2,3% —
cresceu! Se cresceu, não está estagnado. E cresceu bem, porque o resultado do
PIB do último ano foi 0,9% maior do que o de 2012. Cresceu mais do que em 2012!
E cresceu em todos os setores da economia! Não há nenhum setor da economia
que não tenha crescido. A indústria cresceu; o setor de serviços cresceu; a
agropecuária cresceu. Então, cresceram todos os setores, todas as áreas
econômicas. O Brasil está no caminho certo.
Nós estamos vivendo dificuldades no mercado internacional. Nós vivemos um
momento excepcional da economia internacional, mas a Presidente Dilma e o
Ministro Guido Mantega continuam conduzido bem a economia brasileira. Estão
mantendo a inflação controlada, a empregabilidade em alta e fazendo crescer a
economia.
[CD54] Sr. Presidente, eu também quero registrar a minha satisfação de ter
encontrado nesta semana por duas vezes com um grande dirigente público, Elmo
Vaz, que está dirigindo a CODEVASF. Nós nos encontramos em Juazeiro, numa
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solenidade em que estavam presentes o Governador Jaques Wagner e o Ministro
César Borges.
Na ocasião, tratamos com o Ministro César Borges da ordem de serviço para
iniciar imediatamente a obra da BR-324, trecho Capim Grosso-Umburanas.
Nós tratamos com o Elmo da ordem de serviço, que inclusive foi assinada,
para a revitalização da Barragem Olhos D’Água, no Distrito de Caatinga do Moura.
Lá, nós nos sentamos com o Elmo e tratamos da revitalização da cultura da fruta e
da banana em Caatinga do Moura, através de um projeto chamado Corredor da
Fruta. Vamos revitalizar a barragem e vamos revitalizar as culturas.
Tratamos também com o Elmo da implantação imediata do escritório da
CODEVASF em Jacobina, o que está sendo acelerado.
E tratamos, ainda, da distribuição de cisternas. Ele nos deu a notícia de que
está distribuindo cisternas, e nós indicamos vários Municípios: Brotas de Macaúbas,
Central, Feira da Mata, Ibipeba, Ibitiara, Irecê, João Dourado, Jussara, Malhada,
Novo Horizonte, Piatã, Presidente Dutra, São Gabriel, Xique-Xique, Catolândia,
Cotegipe, Formosa do Rio Preto, Casa Nova, Jacobina, Juazeiro, Miguel Calmon,
Mirangaba, Ourolândia, Várzea Nova, Boquira, Caetité, Ibotirama, Morro do Chapéu
e Umburanas. Nós[CD55] indicamos a distribuição de cisternas em todos esses
Municípios e estamos sendo atendidos.
Eu solicito a divulgação deste pronunciamentos no programa A Voz do Brasil,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Fábio Trad) - Está autorizada a divulgação em A Voz
do Brasil do pronunciamento de V.Exa.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ocupo esta tribuna para elogiar o
trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Presidente da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba — CODEVASF, Elmo
Vaz.
Esta semana tivemos a satisfação de encontrá-lo duas vezes. Na segunda-
feira passada estivemos em Juazeiro, anunciando uma série de ações da
CODEVASF na Bahia, entre elas a assinatura da ordem de serviço para a
revitalização da Barragem Olhos D’Água, no Distrito de Caatinga do Moura. E hoje
tivemos uma audiência com Elmo para tratar da implantação do Mercado do
Produtor de Jacobina, que tem recursos da CODEVASF e de emenda orçamentária
de nossa autoria. Essa emenda será executada pela Secretaria de Desenvolvimento
Urbano, que já está na fase final de elaboração do projeto executivo.
Tratamos também da implantação do escritório da CODEVASF em Jacobina,
uma reivindicação nossa, e também está próximo de ser instalado.
Sr. Presidente, quero aqui enaltecer o trabalho feito pelo Presidente Elmo,
principalmente pelo olhar sensível à população do Semiárido nordestino, sobretudo,
o povo baiano, levando os produtos da CODEVASF para minorar os problemas da
região, como, por exemplo, a distribuição de cisternas. Inclusive, nós indicamos
vários Municípios para serem contemplados, entre eles: Brotas de Macaúbas,
Central, Feira da Mata, Ibipeba, Ibitiara, Irecê, João Dourado, Jussara, Malhada,
Novo Horizonte, Piatã, Presidente Dutra, São Gabriel, Xique-Xique, Catolândia,
Cotegipe, Formosa do Rio Preto, Casa Nova, Jacobina, Juazeiro, Miguel Calmon,
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Mirangaba, Ourolândia, Várzea Nova, Boquira, Caetité, Ibotirama, Morro do Chapéu,
Umburanas.
Muito obrigado.[CD56]
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O SR. PRESIDENTE (Fábio Trad) - Com a palavra o Deputado Jesus
Rodrigues. V.Exa. dispõe de 3 minutos.
O SR. JESUS RODRIGUES (PT-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Obrigado, Sr. Presidente. Eu queria aqui fazer um rápido pronunciamento a respeito
da situação da PETROBRAS. A Oposição tem vindo aqui, reiteradamente, criticar a
política do Governo a respeito de como vem gerindo a nossa estatal que é a
PETROBRAS.
Eu queria aqui fazer um comparativo entre o que se faz numa gestão que
governou este País, a gestão demo-tucana, quando se privatizaram as empresas
estatais e não se queria a privatização da PETROBRAS, da Caixa Econômica, do
Banco do Brasil — isso porque compreendem que o zelo pelas empresas deve ser
executado pela iniciativa privada, e não pelo Governo — e o que se faz no Governo
atual.
Eu sou do setor bancário, convivi muitos anos com o setor estatal e o setor
privado, sem nenhum problema. Mas[CD57] a questão da PETROBRAS que hoje
quero ressaltar é que ela vem recentemente tendo uma recuperação, em função da
recuperação de preços. Mas o zelo dos tucanos e democratas pela questão do lucro
das empresas é tão grande, que não leva em consideração que o setor estatal deve
existir justamente para poupar as pessoas de taxas de juros ou de preços
escorchantes. É um direito do Governo usar da estatal como política de preço de
combustível ou como política de controle da inflação.
O Banco do Brasil foi chamado, há algum tempo, a baixar seus juros para que
a população não precisasse pagar juros tão altos e pudesse estabelecer uma
disputa, uma concorrência entre o setor público e o setor privado, com o objetivo de
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baixar preço. É um direito do Estado também fazer uma política de redução de juros,
através do seu setor estatal. Mas o zelo demo-tucano pelo lucro das empresas é tão
grande, que eles não conseguem ver pelo lado do consumidor, que teve, durante
todo esse período, uma inflação menor, um preço de combustível mais acessível. É
o zelo pela empresa, é o zelo pelo lucro, em detrimento do cidadão.
Por isso estou chamando a atenção do nosso ouvinte da TV Câmara, para o
fato de que o Governo do PT e de seus aliados prefere que o grosso da população
tenha o preço de combustível e os juros mais baixos possíveis, e não o lucro alto
das empresas e do setor financeiro, embora o setor financeiro esteja lucrando, mas
sem a presença do Governo...
(O microfone é desligado.)
O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Nós vamos manter os 3 minutos,
porque hoje é dia de vários Parlamentares viajarem.
Eu vou considerar V.Exa. em transição.
O SR. JESUS RODRIGUES - Só para concluir, Sr. Presidente, há uma
diferença entre o modo de trabalhar do atual Governo, que prefere defender o povo
com preço de combustível mais justo e juro mais baixo, e o do outro Governo, que
preferia dar o lucro para as empresas.
Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado pela tolerância.
Durante o discurso do Sr. Jesus Rodrigues, o Sr.
Fábio Trad, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento
Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada
pelo Sr. Amauri Teixeira, nos termos do § 2º do art. 18 do
Regimento Interno.[CD58]
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[CD59] O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Está combinado. Vão ser 3 minutos
para cada um, sem prorrogação. Deputados Luiz Couto, Jô Moraes e Ronaldo
Caiado.
Deputado Luiz Couto, V.Exa. vai falar em breves comunicações.
O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na realidade nós temos amigos na Paraíba,
amigos no PT. Eu queria registrar aqui um documento do nosso grande líder e
fundador do PT, Elias Candido do Nascimento. É um homem comprometido com as
causas dos trabalhadores, com a justiça e a verdade.
Ele fez um texto, intitulado Democracia no PT Paraibano, que passo a ler:
“Como se não bastassem toda a problemática
causada com o lançamento da candidatura do PT, Nadja
Palitot ao Governo do Estado, onde os princípios
democráticos foram esquecidos, o movimento sindical
apresentou o nome de Marcos Henriques, presidente do
Sindicato dos Bancários da Paraíba e Diretor da CUT-PB,
para disputar o mesmo cargo, como alternativa ao nome
apresentado. No dia 23 de janeiro Marcos nega sua
desistência de candidatar-se ao Governo do Estado, mas
no dia seguinte confirma sua desistência após conversa
com o presidente nacional do PT justificando ser
necessário manter a unidade no PT.
[CD60]Perguntamos como manter a unidade
partidária se o processo de escolha de Nadja Palitot foi
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totalmente autoritário e tampouco a executiva do partido
se reuniu para tomar tal decisão e os filados muito
menos? Será que a candidata é de fato petista e quais
critérios foram utilizados com vistas a garantir essa
unidade partidária? Como construir unidade com a
candidata se manifestando que Luiz Couto tem que ser
punido pelo partido? Qual o projeto político o PT tem para
apresentar a população paraibana, e que nos apresente
como alternativa à unidade?
Precisamos dar um basta ao coronelismo em
partidos políticos e principalmente no PT onde sua história
e trajetória de luta e participação popular dos filiados e
militantes foi praxe. Precisamos urgentemente de
plenárias onde poderemos construir de fato a tão
propagada unidade partidária e candidaturas com a
participação popular e um projeto político que sensibilize a
população paraibana e a militância petista.”
Sr. Presidente, eu não preciso responder às provocações da pré-candidata
porque temos amigos que pensam como nós e que vêm aqui dizer o que pensam.
(O microfone é desligado.)
O SR. LUIZ COUTO - Na realidade, é isso. Precisamos cuidar para que o PT
possa recuperar as suas bandeiras históricas, a sua forma de relação com os
movimentos e as lutas sociais.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD61]
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[CD62] O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Concedo a palavra ao Deputado
Cesar Colnago, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB.
O SR. CESAR COLNAGO (PSDB-ES. Como Líder. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, antes de ontem, dei uma entrevista à TV Câmara sobre um projeto
meu que altera o art. 1º da Lei Complementar 105, no que diz respeito à importância
de a população brasileira saber das operações com o dinheiro público do FAT, do
PIS, da COFINS e daquilo que é captado por títulos que o Governo emite. Isso vai
montar o caixa do BNDES, que faz, então, seus empréstimos. Capta a um custo e
empresta a outro.
Veio em boa hora esse programa. Esse projeto está tramitando na Comissão
de Finanças e Tributação, porque nós temos, neste momento, no Senado, parecer à
medida provisória do BNDES, de autoria do Senador Ricardo Ferraço, que acolhe 17
emendas.
[CD63] E ele cita aquilo que eu venho falando há tempos. No seu relatório, ele diz:
“Contudo, vários têm sido vários os questionamentos sobre a política de
transferência de recursos do Tesouro Nacional para o BNDES”.
Ao telespectador: quando se fala de Tesouro Nacional, é recurso público, é
recurso do povo brasileiro, do Orçamento.
Ele citou os seguintes pontos polêmicos atualmente, ao relatar essa medida
provisória:
“As principais críticas relacionam-se aos seguintes
pontos:
(i) O volume elevado e a pouca transparência dos
subsídios implícitos (...);
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(ii) O efeito sobre a perda da eficácia da política
monetária (...);
(iii) As distorções que introduz no mercado de
capitais de longo prazo no Brasil, o que dificulta o seu
desenvolvimento;
(iv) O impacto incerto da política de empréstimos
do BNDES sobre a atividade econômica (...);
(v) Seu impacto distributivo, haja vista” — aqui vem
o mais grave — “que transfere recursos subsidiados a
grandes empresas” — a megaempresas —, “as quais, em
tese, poderiam captar no mercado privado doméstico ou
internacional e também se proteger das oscilações
econômicas.”
Parabéns porque acatou várias emendas de outros Senadores e Deputados
Federais.
Eu queria ir além e dizer que no BNDES, além da escolha dos campeões,
além da questão do subsídio, falta transparência, porque — e isso está no editorial
de hoje do jornal Folha de S.Paulo — só 9% dos recursos subsidiados do Governo
Federal, da União, têm transparência e passam por esta Casa.
E se vê que, entre esses privilegiados, entre esses ditos campeões — o
Presidente Luciano Coutinho esteve aqui conversando com Senadores e Deputados
Federais —, vários deles, com certeza, resultaram em um tiro n’água, porque o
empréstimo para vários deles deu completamente errado.
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[CD64] Vou citar o exemplo da LBR, do setor de lácteos, que recebeu 700 milhões de
reais. Ela fechou 11 das suas 31 empresas. Outro exemplo é o grupo do Sr. Eike
Batista, que recebeu 11 bilhões e 400 milhões de reais em recursos do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, recursos do povo brasileiro. Há
ainda as operações da Oi, da Marfrig, da JBS e a junção do Carrefour com o Pão de
Açúcar, que só não aconteceu por denúncia da mídia, por pressão da sociedade.
Por isso, a Folha de S.Paulo, no editorial Orçamento paralelo, expõe, na
manhã de hoje, que: “Assegurar aos cidadãos o direito de conhecer e influenciar os
destinos dos impostos que pagam é uma saudável maneira de reforçar a
legitimidade das políticas públicas implementadas pelo governo”.
Não dá para admitir emprestar-se o dinheiro do povo, dos trabalhadores, não
se ter transparência e ficar protegido atrás de sigilo bancário, num órgão público que
tem um programa de incentivo, de investimento de recursos públicos que nem
passam por esta Casa.
Continua o editorial:
“No Brasil, contudo, isso nem sempre ocorre. O
Orçamento da União, além de não constituir descrição fiel
dos gastos que serão efetuados, ainda deixa de
contemplar dispêndios dos mais relevantes.
Os inúmeros incentivos que o Executivo concede
ao setor privado na forma de renúncias tributárias e
subsídios financeiros e creditícios não constam da
programação de despesas do poder central.”
E[CD65] esta Casa não pode ficar ajoelhada e abrir mão de suas prerrogativas.
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“Compromete-se, assim, a transparência da
alocação de recursos públicos, dificultando a análise do
custo-benefício de cada iniciativa.
As renúncias ocorrem quando se decide diminuir os
impostos de um determinado segmento, como no caso do
IPI para os automóveis. Já os subsídios financeiros
decorrem de empréstimos a juros menores que os do
mercado, cuja diferença é bancada pelo governo” — e
isso diz respeito à diferença entre captar com um custo, a
TJLP, e emprestar com outro, a SELIC. “Em ambos os
casos, o objetivo é estimular a atividade econômica.
O estudo ‘Benefícios Fiscais Concedidos (e
Mensurados) pelo Governo Federal’, de Érica Diniz e José
Roberto Afonso, consolida esses gastos nos últimos
anos.”
Srs. Deputados, olhem as cifras:
“São cifras astronômicas. Segundo os autores, o
montante em 2014 chega a R$ 323 bilhões, dos quais
apenas 9% transita diretamente pelo Orçamento.
Tal valor só é inferior às despesas com a
Previdência Social (R$ 401,5 bilhões); supera, por
exemplo, em 67% os dispêndios dos ministérios da Saúde
e da Educação.”
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Caro brasileiro, isso significa que, se juntarmos o orçamento da educação
com o orçamento da saúde, dessa soma 67% equivalem ao total de subsídios que
este Governo está dando e que nem por esta Casa passam.
“Verdade que, nos últimos anos, houve avanços
para explicitar os incentivos, em parte por exigência do
Tribunal de Contas da União. Permanece, porém, a
questão de fundo: 91%” — vou explicar: de cada 100
reais, estamos falando de 91 reais — “dos recursos
passam ao largo da peça orçamentária” — ou seja,
passam longe desta Casa — “e são concedidos pelo
Executivo sem que haja avaliação sistemática a respeito
da eficácia de cada decisão.
[CD66] No caso dos subsídios dos financiamentos do
BNDES, o país gastará R$ 14,8 bilhões em 2014.”
Só este ano, 14,8 bilhões de reais de recursos do brasileiro — por mais pobre
que seja, porque paga imposto no consumo, paga impostos nesta Nação — serão
transferidos para esses megaempresários.
“Para quem e com qual objetivo?
Algumas informações se tornarão conhecidas caso
a Folha consiga acesso a relatórios internos sobre
grandes empréstimos feitos pelo banco — o jornal, que já
obteve vitórias nas várias instâncias judiciais, aguarda
decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal. (...)”
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Assim como pedi informações e não as obtive na forma que queria, o jornal
também teve dificuldades. O BNDES me deu várias informações, mas outras ficaram
protegidas pela questão do sigilo bancário. Também o Ministério Público Federal foi
para a Justiça Federal pedir informações ao banco. Esse banco é um banco público.
Tem que se sujeitar à Lei de Acesso à Informação, tem que se sujeitar à
transparência.
O Congresso Nacional não pode se submeter a isso e abrir mão de suas
prerrogativas de discutir um orçamento realista, de analisar receitas e despesas, de
colocar dentro desse continente esse conteúdo, para que possamos, aí, sim,
entender para quem vão os recursos do povo brasileiro.
A gente sabe, por estudos feitos por vários especialistas, que muitos desses
recursos não chegam aos mais pobres, não chegam aos miseráveis, mas chegam,
sim, para beneficiar privilegiados, os amigos do rei, com empréstimos, como já falei
nesta Casa, de pai para filho, muitas vezes dando com os burros n’água, dando
prejuízo ao banco, porque, com certeza, muitas dessas empresas que se
transformariam em grandes empresas multinacionais estão com problemas, dando
prejuízo a esse banco.
O BNDES tem uma história belíssima, desde 1952, e não pode se submeter a
interesses de grandes empresários, deixando muitas vezes as áreas mais
estratégicas do País a ver navios.
Muito obrigado.[CD67]
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O[CD68] SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Fernando Ferro, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT.
O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, nós estamos assistindo a um processo de tentativa de
desestabilização do governo da Venezuela, um plano que vem desde 2002, com a
primeira tentativa de golpe contra o Presidente Hugo Chávez e que teve apoio da
Embaixada americana, num claro intento de intervir em outros países,
principalmente considerando que a Venezuela possui hoje as maiores reservas de
petróleo do mundo hoje, provavelmente maiores do que as dos países árabes.
Essa operação consta de uma sofisticada intervenção, que passa por
manipulação de grupos opositores, manipulação de mídia e um processo de
financiamento de grupos políticos de oposição, para promover uma estratégia de
combate ao governo da Venezuela.
O foco dessa estratégia é fortalecer as chamadas instituições democráticas
de oposição ao governo; infiltrar-se na base política do chavismo; dividir o chavismo
e os aliados do Presidente Maduro; proteger negócios dos Estados Unidos; e isolar
internacionalmente o governo venezuelano.
Essa[CD69] operação, que recentemente foi retomada, com diversos episódios
de enfrentamento de rua, trouxe um fato curioso e que está sendo desmascarado: a
imprensa internacional — e ontem tivemos acesso, inclusive, a uma parte desse
material — divulgou arruaças na Venezuela que, curiosamente, Deputado Amauri,
Deputado Jesus, eram acontecimentos ocorridos na Síria, na Líbia e até nas
mobilizações de junho, no Brasil. Fotografias daquelas mobilizações foram utilizadas
como demonstração de enfrentamentos de rua na Venezuela, em processos
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promovidos por emissoras de TV como a CNN e outras que fazem parte desse
processo de divulgação. Há fotos de escaramuças acontecidas na Ucrânia, no Chile
e que foram apresentadas como processos ocorridos dentro da Venezuela.
Então, vejam, é uma situação inaceitável! É uma tentativa de se desestabilizar
um regime democrático. Pode-se dizer tudo da Venezuela, menos que não há
eleição lá. A população tem-se manifestado. Lá existe o referendo revogatório, a
possibilidade de, 2 anos depois de eleito o Presidente, a população revogar o seu
mandato.
Recentemente, fomos tomados pela trágica notícia do assassinato de uma
misse da Venezuela. Srs. Deputados, quem assassinou essa misse? Foi dito que
teriam sido partidários do Presidente Maduro. Mas foi descoberto, e está preso, um
conjunto de delinquentes pagos para fazer arruaça e que tiveram o infortúnio de
acertar essa jovem, de atingi-la mortalmente, numa tentativa de criar um clima de
conflagração, de comoção nacional, para desmoralizar a ação do governo da
Venezuela.
É preciso que nós todos tenhamos a responsabilidade de compreender o que
está em curso. [CD70]O Brasil hoje possui grandes reservas de petróleo com o pré-sal.
E toda a fúria na América Latina se vira contra a Venezuela. Por quê, Deputado
Amauri? Porque a Venezuela era um quintal dos Estados Unidos, era uma colônia
americana, até a chegada do Presidente Chávez, que passou a tratar seus recursos
naturais e o petróleo, principalmente, como um bem a serviço dos seus
compatriotas. Colocou a PDVSA para trabalhar e gerar recursos prioritariamente
para os interesses venezuelanos. Daí a revolta, a raiva, a ira do império americano,
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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na época comandado pelo Sr. Bush, para desestabilizar e atacar o governo da
Venezuela. É, portanto, motivo de preocupação.
O continente latino-americano vive experiências democráticas. É inegável que
é reconhecido internacionalmente que os países da América do Sul superaram as
décadas de ditaduras e hoje implantam um processo de consolidação de regimes
democráticos. Aí a fúria, porque esses regimes democráticos estão mobilizando os
países e o fazem com autonomia, autodeterminação e priorização de sua economia
para o interesse dos compatriotas. É o caso de Brasil, Venezuela, Argentina,
Uruguai, Peru, Bolívia, Equador, países que estão tomando para si os interesses de
seus recursos naturais, para geri-los para o bem da população, numa política de
convivência e de cooperação para construir instrumentos como o MERCOSUL, a
UNASUL, que são efetivamente espaços de consolidação de regimes democráticos
neste continente.
[CD71] Mas o império não aceita que esses países cresçam livres, com
autodeterminação e com regimes próprios a serviço de suas nações. Há,
deliberadamente, uma intenção de retomar a pressão política e o domínio desses
países. Por isso, nós temos que reagir.
O ataque que se faz hoje contra a Venezuela, amanhã, será contra a
Argentina, contra o Equador e, posteriormente, contra o Brasil. Ninguém se iluda:
nós temos imensas reservas de petróleo que estão na mira da cobiça do
conglomerado e da geopolítica de controle da energia no mundo. Então, nós não
podemos desconsiderar que há essa ação, essa intenção golpista, que se reveste
de uma vontade de atacar os interesses daquela nação.
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Nós estamos aqui manifestando, em nome da bancada do Partido dos
Trabalhadores, nossa solidariedade ao governo democrático da Venezuela, governo
eleito pelo povo venezuelano. Quem pode tirar o Presidente da Venezuela é o seu
povo, através do voto. Isso tem que ser respeitado.
No entanto, nós estamos assistindo, lamentavelmente, a uma tentativa de
desestabilização, de implantação de um regime de terror, de baderna nas ruas, para
poder justificar intervenções outras que modifiquem a intenção e a vontade
democrática e soberana do povo daquela nação.
Sr. Presidente, este momento para nós é preocupante. É necessário nos
manifestarmos e nos solidarizarmos com a consolidação da democracia na
Venezuela. Nós já assistimos a mais de 18 eleições praticadas, desde 2002,
naquele país, todas elas com observadores internacionais, que registram a lisura
dos pleitos que ali são realizados. Não[CD72] existe nenhuma objeção, nenhuma
crítica aos processos que fazem com que aquele país caminhe com a democracia.
E, é claro, os estilos de cada país, as lideranças de cada país são próprias da sua
construção.
O Presidente Chávez é uma liderança que surgiu do meio militar, dos militares
venezuelanos que se rebelaram contra a tirania e contra a entrega dos interesses
daquele país. As Forças Armadas da Venezuela têm um profundo sentimento de
democracia e de amor ao seu país. Hoje são soldados a serviço do povo, e não a
serviço de interesses econômicos empresariais de outras nações, que têm a
histórica tentação de querer dominar os países para acudir os seus interesses de
mercado, os interesses das suas empresas, para poder manter a hegemonia
política, à custa da intervenção econômica e militar, como é o caso.
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O que nós vemos agora, o que aconteceu na Líbia, o que tentaram fazer na
Síria, o que fizeram no Iraque são claras manifestações de que não se trata da
busca da democracia nesses países. Está aí a Líbia numa conflagração e numa
guerra civil. Está aí o Iraque, pegando fogo, com agressões, com bombas
explodindo a cada semana, um país que foi levado a essa situação por uma
intervenção cujo objetivo central era exatamente se apropriar das reservas de
petróleo daquela nação. É esse o interesse, também, que existe em relação à
Venezuela. E nós não podemos admitir que essa situação se concretize no nosso
continente.
A América Latina experimenta momentos de democracia como nunca viveu
na sua história, com a consolidação de governos democráticos, experiências de
construção de cidadania, de aprofundamento e de fortalecimento das instituições
democráticas, com a sociedade civil se manifestando, o Poder Judiciário
funcionando, os Poderes Legislativo e Executivo agindo e, principalmente, com a
participação da população, mesmo nas suas manifestações claras, demonstrando a
necessidade de ampliar a participação popular na gestão da vida pública desses
países.
[CD73] Portanto, aqui manifestamos a nossa integral solidariedade ao governo da
Venezuela, porque ele foi soberanamente eleito e está dentro dos marcos da
democracia do nosso continente.
Nós, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores, aqui expressamos
o nosso compromisso, a nossa solidariedade e a nossa ação militante em defesa
daquele país, daquela nação, daquele bravo povo que está construindo o seu
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caminho, está consolidando a democracia e ajudando na unificação da América
Latina.
Presidente Amauri Teixeira, foi motivo de muita satisfação para nós
recebermos o Embaixador da Venezuela e com ele debater, discutir e reconhecer a
importância do presença do Governo do Brasil junto ao governo da Venezuela, para
conhecermos de fato o que está acontecendo naquele País.
O serviço de inteligência da Venezuela identificou infiltrações promovidas por
grupos externos importados. Recentemente foi preso na Venezuela um elemento
que vinha da Ucrânia, especialista em explosivos. Esse elemento chegou à
Venezuela, curiosamente, no auge dessa agitação praticada e promovida em
algumas partes do país.
É evidente que se noticia o que ocorre ali como se a Venezuela estivesse
numa convulsão. Não é verdade. Há montagem de fotografias e de instrumentos de
mídia para caracterizar aquela situação no país e transformá-la em situação de
pânico e de rebelião. Não é esse o cenário.
Por isso que nós aqui estamos a nos manifestar solidariamente ao governo da
Venezuela, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores.
[CD74] Para concluir, Sr. Presidente, eu ouvi, há pouco, uma manifestação de um
Deputado da Oposição sobre tributos no Brasil. Eu gostaria que nós fizéssemos um
debate sério, responsável, sobre a nossa carga tributária. Quem paga imposto neste
País são os trabalhadores, a classe média, aqueles que vivem de salário. O sistema
financeiro no Brasil paga imposto em montante irrisório, e a maioria dos empresários
não paga imposto.
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Nós temos aqui declarações, manifestações de alguns que conseguem
sonegar, conseguem elisão fiscal e outros mecanismos, e a sua carga tributária é
baixa. E lamento, inclusive, que existam setores do movimento sindical participando
de articulações nesse tema, criando um impostômetro. Isso é de um cinismo
monumental! Imposto é pago pelos assalariados no País.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, existe uma crítica contra o imposto,
mas nós temos de discutir, primeiro, a justiça tributária, como deve ser distribuída a
carga tributária; segundo, a gestão adequada, correta, competente desses recursos.
Curiosamente, onde estão as menores cargas tributárias do mundo, Deputado
Amauri Teixeira? Os países africanos têm a menor carga tributária, de 12% a 15%. E
vejam a situação de miséria, de dificuldade, de pobreza desses países. Enquanto
isso, os países mais ricos têm carga tributária maior.
É evidente que, quando se vai fazer a gestão de uma sociedade como a
nossa, tem que haver partilha e participação. E os que ganham mais,
obrigatoriamente, têm que contribuir mais, para se fazer justiça social, justiça fiscal e
justiça tributária, a fim de que a sociedade se desenvolva de forma mais uniforme,
mais equânime, mais justa.
[CD75] O debate sobre reforma tributária no Brasil é um debate enviesado. Quem
aqui reclama de imposto alto, na maioria das vezes, são exatamente os que não
pagam, os que sonegam. Porque o assalariado, o trabalhador que tem o imposto
descontado na folha salarial, esse, sim, contribui com a sua parte.
A verdade é que a grande estrutura do sistema financeiro e do grande
empresariado do País não paga essa carga tributária que eles dizem que pagam. É
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uma mentira, um cinismo e uma hipocrisia sem precedentes, que, inclusive, utilizam
para os mais pobres do País.
Para esses, sim, nós achamos que temos uma carga tributária alta, para o
assalariado e para a classe média. Nós temos que reduzir, sim, o tributo para essa
faixa, mas temos que aumentá-lo para as grandes fortunas. Temos que instituir
instrumentos de justiça tributária, para que aquele que ganha muito pague mais
imposto. E aqui temos que combater esse discurso cínico de se criar um
impostômetro.
Lamento que haja centrais sindicais, como a Força Sindical, que participem
dessa farsa. Em vez de fazer um debate certo sobre a justiça tributária, sobre a
equidade na cobrança de tributos, fazem coro com os ricos deste País que querem
reduzir a carga tributária, como se todos pagassem 35% de tributos neste País. Isso
não é verdade! Isso é uma farsa, é uma mentira que tem que ser combatida!
Nós precisamos, sim, de uma reforma tributária, na qual quem trabalha, quem
ganha a vida com o suor do seu rosto tenha reduzidos os seus tributos. Mas quem
sonega, os agiotas deste País e aqueles que ganham mais devem pagar, porque é
assim que se faz justiça e é assim que se constrói um País mais justo, mais
equilibrado e que pode, efetivamente, avançar nas conquistas sociais, a fim de que
se desenvolva e construa de fato uma democracia com justiça social e com justiça
tributária e fiscal, para que mereça o nome de nação e mereça o nome de
democracia.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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Durante o discurso do Sr. Fernando Ferro, o Sr.
Amauri Teixeira, nos termos do § 2º do art. 18 do
Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é
ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, nos termos do § 2º
do art. 18 do Regimento Interno.[CD76]
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[CD77] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra o Sr. Deputado
Amauri Teixeira.
O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, quero me somar a todos os pronunciamentos, explicitamente ao do
Deputado Fernando Ferro, em apoio ao Governo da Venezuela.[CD78]
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma Comunicação de
Liderança, pelo PDT, concedo a palavra ao ilustre Líder Paes Landim.
S.Exa. dispõe de até 4 minutos na tribuna.
O SR. PAES LANDIM (PTB-PI. Como Líder. Sem revisão do orador.) -
DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO ORADOR
PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.
(Discurso a ser publicado na Sessão nº 105, de 24/04/14.)
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[CD79] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Ságuas Moraes. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, quero dizer que, por fim, ontem, constituímos as Comissões
na Casa.
Eu voltei para a Comissão de Educação, da qual eu já havia participado em
2011, como titular, e como suplente da Comissão de Seguridade Social e Família.
Este ano é muito importante para a educação brasileira, e principalmente para
esta Casa, Sr. Presidente, porque nós temos o PNE — o Plano Nacional de
Educação, que foi debatido no Congresso, na CONAE de 2010, está nesta Casa
desde 2011, recebeu aproximadamente 2.900 emendas, foi para o Senado e
retornou a esta Casa no final do ano passado, praticamente na última semana do
ano legislativo.
Agora a Comissão Especial já está trabalhando nas audiências públicas para
poder colocar em apreciação o Plano Nacional de Educação, que, sem dúvida
nenhuma, vai criar condições para que possamos avançar ainda mais na qualidade
da educação.
Fui Secretário de Estado de Educação por duas vezes, em Mato Grosso, 3
anos no Governo Blairo Maggi e 2 anos agora no Governo Silval Barbosa.
Nós[CD80] percebemos que, com o apoio do Ministério da Educação, desde o
período do Ministro Haddad, do Presidente Lula, da Presidenta Dilma agora, tivemos
avanços importantes. Houve uma ampliação significativa do financiamento. Saímos
de 19 bilhões para 107 bilhões em investimentos na educação para 2014. Porém,
ainda carecemos de algumas ações. Precisamos da escola em tempo integral.
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Precisamos ampliar ainda mais a atenção na educação infantil, que prevê, no Plano
Nacional de Educação, até 2016, que 100% das crianças entre 5 e 6 anos estejam
em creches e 50% das crianças de zero a 3 anos, em tempo integral, até 2020.
Precisamos também de mais investimentos nas universidades públicas deste País.
Sr. Presidente, temos que priorizar o que deverá ser o projeto mais importante
aprovado nesta Casa: o Plano Nacional de Educação. Precisamos aprová-lo antes
do período eleitoral. Eu confio que isso irá acontecer.[CD81]
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[CD82] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao Deputado
Fábio Trad, do PMDB de Mato Grosso do Sul. S.Exa. tem a palavra por 3 minutos.
O SR. FÁBIO TRAD (PMDB-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a descrença popular nos políticos é fruto de
múltiplos fatores. Há, em verdade, uma crise da própria representatividade nas
democracias. Importa, porém, lembrar que nenhum político se faz por decreto, visto
que a delegação popular coexiste em ato de vontade: o voto. Se existem maus
políticos, a lógica impõe concluir que devem existir desavisados eleitores.
[CD83] É verdade que o sistema normativo que rege o processo eleitoral precisa ser
modificado. Afinal, são muitas as distorções que favorecem os que têm mais
recursos financeiros em detrimento dos que têm ideias e propostas. Entretanto, não
podemos esperar a reforma política para começar a operar a verdadeira e mais
urgente mudança que o Brasil precisa fazer para aprimorar o nível da representação
política: faço alusão, Sr. Presidente, à mudança das consciências, de conceitos, de
concepções e de percepção crítica do eleitorado brasileiro.
Essa transformação não é repentina, súbita ou instantânea, mas fruto de um
processo progressivo que parte da educação como ferramenta indispensável para o
exercício responsável da cidadania ativa. Ela, a cidadania ativa, é aquela que
distingue política dos políticos, reservando sua carga crítica aos maus
representantes, jamais confundindo a prática com os praticantes, pois não há
sociedade organizada sem política, mas é possível política sem políticos que viciam
comportamentos e corrompem costumes.
É nesta linha que proponho uma nova abordagem. É preciso acentuar com
grande ênfase o grau de responsabilidade cívica dos responsáveis diretos pela
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escolha dos políticos. Vã será qualquer tentativa de aperfeiçoar a democracia
representativa brasileira a partir dos políticos. A verdadeira transformação se dará
mesmo a partir dos eleitores. Quanto mais críticos, informados, participativos e
vigilantes, menor será o desgaste da própria democracia com os ataques que
injustamente recebe. Sentir-se responsável pelo seu voto como se fosse a própria e
fundamental decisão sobre os destinos da coletividade, com a consciência de que
ser cidadão é também ser responsável pelos outros, em ato que desafia o altruísmo
de uma cidadania madura e politizada, é a maior característica do perfil intelectual e
moral de um eleitor capaz de fazer e construir um país à altura das virtudes da
democracia.
Sr. Presidente, solicito que o meu pronunciamento seja divulgado no
programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.[CD84]
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[CD85] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Paulo Feijó, do Bloco PR/RJ.
Parabenizo V.Exa. pela eleição à Presidência da Comissão de Agricultura,
Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
O SR. PAULO FEIJÓ (Bloco/PR-RJ. Sem revisão do orador.) - Muito
obrigado, Presidente Inocêncio Oliveira.
O meu pronunciamento é sobre essa eleição que aconteceu ontem. Eu quero
aqui fazer agradecimentos. Agradeço ao Líder Anthony Garotinho, que acreditou em
nosso trabalho para presidir essa Comissão, ao Líder Bernardo Santana de
Vasconcellos, a V.Exa., que sempre me ofereceu todo o incentivo, aos Deputados
do Partido da República, aos Deputados da Frente Parlamentar da Agricultura e aos
Deputados que compõem a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural.
[CD86] Presidente, o Partido da República fez jus à indicação de uma Comissão. A
nossa responsabilidade é muito grande, mas sabemos que iremos nos dedicar e
daremos conta dessa enorme responsabilidade.
Nessa Comissão, uma das mais importantes da Câmara dos Deputados,
vamos mediar muitos conflitos, mas, acima de tudo, vão prevalecer os interesses do
povo brasileiro, os interesses para que tenhamos uma agricultura forte, valorizando
aqueles que produzem.
Mediaremos ali os conflitos do segmento ruralista com os ambientalistas, o
movimento da reforma agrária, a questão dos sem-terra, mas iremos contar com a
boa vontade dessa Comissão. Que ela tenha ali Deputados com história muito
marcante e de muitos conhecimentos voltados para a agricultura brasileira.
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Priorizaremos as matérias que serão discutidas de forma consensual por toda a
Comissão em função, prioritariamente, dos interesses do nosso País.
Nós faremos uma agenda muito positiva para este início de ano legislativo,
até porque iremos presidir essa Comissão em um ano atípico. A partir de junho,
teremos a Copa do Mundo e, depois, as eleições. Então, a partir do carnaval, nós
temos que consolidar, materializar uma agenda com os projetos que realmente
venham a contribuir para que a agricultura brasileira apresente números melhores.
[CD87] A expectativa deste ano é boa em relação à produção de grãos, mas nós
temos que nos colocar a favor daqueles produtores que produzem, principalmente
os pequenos produtores do nosso País, os quais, com muita dedicação, com muito
sofrimento, contribuem efetivamente para que a agricultura, para que o agronegócio,
continue sendo um dos principais pilares da economia do nosso Brasil.
Nós vamos, juntos, com todos os segmentos afins, priorizar essas matérias e
as levaremos à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural para que ela possa oferecer essa contribuição, agilizando
todo esse tipo de discussão e procurando sempre uma boa relação com o Governo
Federal para que os resultados sejam ainda melhores.
Esses os nossos agradecimentos, Presidente.
Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores aqui presentes,
crianças, jovens, senhoras senhores e pessoas com deficiência que me ouvem,
veem e leem pela Rádio e TV Câmara, Internet, redes sociais, inclusive pela Língua
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Brasileira de Sinais — LIBRAS e, em particular, os ilustres cidadãos do meu Estado,
Rio de Janeiro, a quem tenho o orgulho de aqui representar, quero usar da tribuna
desta insigne Casa de Leis para agradecer aos companheiros de meu Partido da
República, aos demais Parlamentares e Líderes partidários pela escolha de meu
nome para a Presidência da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural da Câmara Federal.
Estou em meu quarto mandato como Deputado Federal, representando o
Estado do Rio de Janeiro, que em sua história apresenta ligações fortes com a
economia rural, um dos principais motores do desenvolvimento dos Municípios do
interior fluminense ao longo de décadas.
Entendo e sei da importância do campo para a vida do cidadão comum, de
nosso Estado do Rio e de todos os demais Estados da Federação.
Sabemos dos empregos gerados, da indução do desenvolvimento social a
partir da fixação do homem em seu meio rural, do crescimento econômico com a
produção agrícola e de todos os desmembramentos possíveis dessa atividade digna
e edificante.
Tenho também a noção do desafio que representa agora assumir a
Presidência da Comissão de Agricultura da Câmara Federal, pela expressão das
matérias que tramitam nesta Casa de Leis a respeito do tema e, igualmente, pela
dimensão das medidas que ainda se fazem necessárias, notadamente pelo Governo
Federal, para que a atividade rural no Brasil supere os gargalos, os limites que
sufocam seu melhor desempenho.
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Iremos contar com o diálogo aberto com todos os nossos colegas Deputados
e Deputadas, para que possamos exercer, da forma mais aberta possível, a
Presidência da Comissão da Agricultura.
É ao mesmo tempo necessário ainda expandir os mecanismos de diálogo
com a representação da sociedade civil organizada e com o terceiro setor, para que
possamos ouvir propostas e sugestões, promover debates e obter os elementos
mais amplos possíveis para alcançarmos a melhor compreensão dos fatos e dos
temas em pauta.
Este é um momento em que o Brasil deve se preparar para a expansão da
atividade rural. No início da semana, na segunda-feira, a Presidente Dilma Rousseff
afirmou que a produção brasileira de grãos será recorde em 2014 e deve atingir
mais de 193 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB).
Esperamos que essas projeções se confirmem, por sabermos que isso
representa mais postos formais de trabalho, mais divisas para o País, mais famílias
mantidas pelo trabalho a partir do campo, mais pessoas alimentadas e uma
economia mais funcional e próspera.
Queremos que esta Câmara Federal possa propor medidas e soluções para
ampliar esses resultados. A Presidente Dilma afirmou que foram oferecidos R$136
bilhões para os médios e grandes produtores rurais para a safra 2013/2014 e mais
R$21 bilhões para a agricultura familiar.
Segundo a Presidente, dos R$ 136 bilhões para o agronegócio, mais de R$
91 bilhões de crédito já foram contratados pelos produtores, o que representa,
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colegas Parlamentares, uma evolução de 50% em relação ao que foi contratado no
mesmo período de 2012.
Queremos que seja possível ir além e dentro dos limites de atuação dessa
Comissão legislativa. Iremos procurar o caminho da união, tendo como meta a
melhoria da qualidade de vida da população, como um todo.
Ao término deste pronunciamento, agradeço a todos que apoiaram meu nome
e me coloco à disposição para fazermos da Comissão de Agricultura um celeiro de
ideias e de ações em defesa da economia rural.
Muito obrigado.[CD88]
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[CD89] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma breve intervenção,
concedo a palavra ao ilustre Deputado João Pizzolatti, do Bloco PP/PROS de Santa
Catarina.
O SR. JOÃO PIZZOLATTI (Bloco/PP-SC. Sem revisão do orador.) -
Obrigado, Sr. Presidente. É uma honra poder me manifestar com V.Exa. na
Presidência.
Sou de Santa Catarina e fui convidado, pelo nosso Vereador Kelvis Borges,
de Capinzal, do meio-oeste do nosso Estado, para visitar o Hospital do Câncer de
Barretos, no Estado de São Paulo. Ele insistiu tanto que eu acabei visitando o
hospital.
Sr. Presidente, conheci o Hospital do Câncer, humanizado, que tem 120 mil
metros quadrados de área, que atende 3 mil pessoas, comandado pelo Sr. Henrique
Prata, que tem as melhores instalações do mundo, que tem os melhores
profissionais no mundo, com as melhores tecnologias, com as instalações
diferenciadas, com 100% de utilização do SUS.
Eu fiquei extremamente encantado. Disse ao Diretor Henrique Prata que ele
não tem...
(O microfone é desligado.)
O SR. JOÃO PIZZOLATTI - ...o direito de manter esse hospital só para
Barretos. Cada Unidade da Federação brasileira precisa ter uma unidade dessas,
principalmente no que se refere à prevenção, Sr. Presidente, e à humanização na
relação paciente com o hospital e os funcionários, médicos e profissionais.
Então, nós estamos levando uma carreta para fazer a prevenção. Eles têm
uma carreta que atende a duzentas pessoas por dia, estamos levando duas
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unidades de prevenção e tratamento para pequeno câncer, como o de mama,
próstata, pele, para que possamos transferir essa tecnologia de humanização para
Santa Catarina.
(O Sr. Presidente faz soarem as campainhas.)
O SR. JOÃO PIZZOLATTI - Quem já sofreu de câncer ou teve alguém da
família com câncer sabe o que é um sofrimento, pelo envolvimento com essas
pessoas, pela dor do paciente e a dor da família que o ama.
Então, eu faço questão de fazer esse registro...
(O microfone é desligado. O Sr. Presidente faz soarem as campainhas.)
O SR. JOÃO PIZZOLATTI - Só para terminar, Sr. Presidente.
...pela importância desse hospital e pela importância da cultura da gestão do
Hospital do Câncer de Barretos.
Aqui eu quero deixar um grande abraço a todos os que efetivamente auxiliam,
colaboram, são parceiros dessa unidade tão importante para a saúde brasileira.
Obrigado, Sr. Presidente.[CD90]
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[CD91] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Assis do Couto, do PT do Paraná, a quem parabenizo pela eleição para a
Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
O SR. ASSIS DO COUTO (PT-PR. Sem revisão do orador.) - Obrigado,
Presidente Inocêncio.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores, todos os que nos
acompanham pelos meios de comunicação desta Casa, neste dia eu quero
aproveitar para, em primeiro lugar, agradecer a minha bancada, a bancada do
Partido dos Trabalhadores, a confiança de me indicar para a Presidência da
Comissão de Direitos Humanos. Agradeço em especial ao nosso Líder, o Deputado
Vicentinho, que está iniciando sua liderança na bancada e ontem esteve conosco no
momento da eleição disputada dentro da Comissão de Direitos Humanos, na qual
nos elegemos Presidente.
Eu[CD92] queria falar sobre a importância dessa Comissão, não só para o
Partido dos Trabalhadores, que fez todo o esforço para que presidíssemos a
Comissão, mas também para a sociedade brasileira.
Direitos humanos se tornou um tema fundamental nos debates neste País,
um país que cresce, um país que gera empregos, um país que distribui renda,
nesses últimos 12 anos, como nunca fez na sua história. No entanto, é um país de
dimensões continentais, um país de uma diversidade sociocultural extraordinária e
que convive com contradições de sul a norte.
Por isso, Deputado Fernando Ferro, nós, com muito orgulho, com muita garra
e com muita determinação — e também quero aqui agradecer ao Deputado Nilmário
Miranda, que é o nosso 1º Vice-Presidente —, vamos conduzir o debate sobre
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direitos humanos, olhando para essa diversidade, para essa pluralidade e, em
especial, fazendo a Comissão retornar ao seu devido papel, a sua devida missão,
que é a defesa das pessoas mais desprotegidas deste País, das minorias, no campo
e nas cidades. Nós queremos construir, dentro da Comissão, esse caminho de
retorno para uma ação a serviço, à disposição das pessoas que sofrem violência aos
seus direitos neste País.
Queremos também construir ali um espaço que possa ensejar um momento
de paz, porque nós vemos que, muitas vezes, as disputas políticas nos levam a um
caminho que enseja a violência. [CD93]E nós — eu em especial, que era da Comissão
de Agricultura —, nessa Comissão, além de todos os temas que queremos tratar lá,
como estamos no Ano Internacional da Agricultura Familiar e tivemos recentemente
a aprovação de emenda à Constituição Federal sobre o direito humano à
alimentação, à segurança alimentar e nutricional, queremos fazer esse debate com
os povos indígenas, os quilombolas, os agricultores familiares, os assentados da
reforma agrária.
Queremos também levar à Comissão, além desse grande debate, outros
temas, como os direitos da mulheres, da pessoa com deficiência, das organizações
LGBT, enfim, de todos aqueles que têm, nessa Comissão, um espaço de defesa dos
seus direitos, da sua cidadania.
Nós queremos trabalhar conjuntamente, com diálogo, com debates, para que
a Comissão de Direitos Humanos volte a cumprir a sua função, volte a atender à sua
missão.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD94]
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[CD95] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Chico Alencar, pelo PSOL do Rio de Janeiro. S.Exa. dispõe de 3 minutos
na tribuna.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, encaminho discurso sobre Vinícius Romão de Souza, um jovem carioca,
comerciário. É um brasileiro, negro.
Ontem ele saiu de 16 dias encarcerado, da maneira mais torpe e injusta, que
revela bem como o nosso sistema judicial, policial e prisional é falho, é deficiente.
Quero também deixar registrado nos Anais da Casa um belíssimo texto que o
professor e historiador Luiz Antônio Simas ofereceu, inclusive num pequeno guia
dos blocos do Carnaval autêntico de rua, onde ele analisa essa festa popular de
maneira muito aguda, muito interessante, muito rica.
Esse momento de libertação, de alívio de certos sofrimentos, de alegria, que é
um componente da vida, mas que também não vai nos tirar os compromissos
permanentes para depois da quarta-feira de Cinzas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todo(a)s o(a)s que assistem a esta
sessão ou nela trabalham, tenho a satisfação de registrar, nos Anais da Casa, texto
do Prof. Luiz Antônio Simas, folião, compositor, historiador e escritor, sobre o
Carnaval de rua do Rio de Janeiro. Ele foi elaborado como apresentação do Guia
dos blocos carnavalescos, publicado anualmente pelo PSOL.
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“Carnaval de rua: tempo de subversão da cidadania
roubada.
A experiência carnavalesca é uma pequena morte.
Durante os dias de Momo, a máscara prevalece e todas
as inversões sociais são urgentes e necessárias.
Esquecimento, eis a essência da folia. O legítimo folião
não programa o Carnaval com rigidez cartesiana ou como
se a vida devesse funcionar feito um sistema tático do
futebol de resultados. Ele sabe apenas que vai para a rua
imolar-se nos blocos e cordões e morrer até a quarta-feira
de cinzas, quando ressuscitará como burocrata, marido,
mulher, amante, namorada, operário, empregada
doméstica, pai, mãe, professor ou escriturário.
O espaço para o esquecimento necessário é a rua.
E é na rua que este folião – amante da festa e das
libações – anda tendo que driblar, feito um Garrincha à
sorrelfa, as multidões coreografadas, os materiais de
propaganda de empresas que acham que o Carnaval é
apenas um evento, as celebridades duvidosas que usam
a festa como forma de promoção e os compradores de
abadás que serão usados em futuras sessões de
musculação. Vez por outra, há que se encarar, ainda,
algum agente da ordem disposto a exigir autorização por
escrito para que um sujeito sozinho possa cantar uma
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100
marchinha e bater panela na esquina. Mas o folião, como
a madeira que cupim não rói do pernambucano Capiba,
dá nó em pingo d´água e sobrevive para soltar a voz.
É para este folião — comandante de alguma
armada de piratas, faraós, colombinas, beduínos, índios e
árabes — que este guia dos blocos é feito há quinze
anos. Com ele temos uma dimensão da importância da
festa como um verdadeiro rito civilizatório carioca;
bordada, de preferência, pelos sons das marchinhas,
marchas-rancho e sambas que construíram a
peculiaridade da cidade e a sofisticação da música da
nossa gente. Como se não bastasse, há ainda dicas
sobre livros, CDs, livrarias e bares onde o Rio de Janeiro
é tratado em sua dimensão cultural mais profunda: como
um espaço constante de reinvenção do mundo.
É necessário lembrar que o Carnaval, para os
cariocas, sempre teve a dimensão de ser um tempo de
subversão da cidadania roubada. Inventamos na rua a
cidade negada nos gabinetes poderosos. Entrudos,
corsos, batalhas de confetes e flores, blocos de arenga,
rodas de pernada, ranchos, cordões, grandes sociedades,
bailes de mascarados, escolas de samba, onças do
Catumbi e caciques de Ramos, simpatias e suvacos
balzaquianos, bate-bolas suburbanos e centenárias bolas
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pretas, dão pistas para se entender como as tensões
sociais – disfarçadas ou exacerbadas em festas – bordam
as histórias desse terreiro de São Sebastião / Oxossi e
podem ser reviradas em alegria; a prova dos nove do
povo daqui.
Não encarem, todavia, estas dicas como um
manual de conduta que pretende dizer como cada um
deve se comportar no Carnaval. Ele presta, sobretudo, um
serviço à população do Rio, com a compreensão política
de que a cidade deve ser pertencimento de sua gente. E
uma cidade, não custa lembrar, só é boa para um turista
se for, antes de tudo e prioritariamente, boa para o seu
habitante cotidiano. Os envolvidos na elaboração deste
guia sabem perfeitamente disso e militam por esta causa.
O que temos aqui não deixa de ser, também, uma
louvação ao folião do ‘bloco do eu sozinho’: aquele que se
comoverá com uma marcha-rancho velha de marre-de-si;
cantará, depois de alguns chopes, a Jardineira; e descerá
o malho nos sambas-enredo acelerados, evocando um
lalalaiá do Silas de Oliveira. Depois de se esbaldar com
essas dicas, ele procurará, fora da programação oficial e
fora dessas páginas, com a leve desesperança dos
pierrôs tristes, algum pequeno bloco de esquina — com
fanfarras improvisadas, ciganas desvalidas, colombinas
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assanhadas, piratas tortos e ébrios faraós — onde possa
experimentar a beleza maior da pequena morte de três
dias; aquela que torna suportável o intervalo entre um
Carnaval e outro.
Evoé!”
Agradeço a atenção.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todo(a)s o(a)s que assistem a esta
sessão ou nela trabalham, Vinícius Romão de Souza é um jovem carioca,
comerciário. Já trabalhou em teatro, fez algumas pontas em programas televisivos. É
um brasileiro, negro.
Ontem ele saiu de 16 dias encarcerado, da maneira mais torpe e injusta, que
revela bem como o nosso sistema judicial, policial e prisional é falho, é deficiente.
Quero registrar aqui as palavras desse brasileiro comum, que revela uma grandeza
humana infelizmente não muito comum entre nós.
Vinícius foi injustamente preso, confundido com um assaltante – e o fato de
ser negro é evidente que contribuiu para isso, neste País onde há ainda muito
racismo velado ou escancarado. Diz ele: “Na delegacia, nem fui ouvido. Fui logo
levado para uma cela e só pude ligar para o meu pai um dia após a prisão”. Já é
uma gravíssima ilegalidade da nossa cultura e prática autoritária.
Na cadeia pública Patrícia Acioli (aliás, o nome é homenageando uma grande
juíza morta pela polícia corrupta, a quem combatia, muitas vezes cometendo essa
polícia assassinatos sob a capa de auto de resistência, matéria, aliás, que ainda não
conseguimos votar aqui), Vinícius dividiu a cela com outras 14 pessoas. Ele disse
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que dormiu esses dias todos no chão, em cima de um papelão, pois havia apenas
três beliches para todos.
E Vinícius, com a sua sabedoria, diz: “Na cadeia, a gente, com o cabelo
cortado, usa um uniforme com a palavra 'ressocialização'. Não vejo como as
pessoas podem sair de lá melhores do que entraram. Não havia nada para fazer.
Improvisamos até jogos de dominó e dama com papel, para que pudéssemos nos
distrair”. E ele diz também, continuando nessa verdadeira lição para todos nós: “O
que aprendo de tudo isso é aproveitar cada minuto da vida, cada coisa simples,
como abrir a geladeira e beber um copo d’água”.
O sofrimento, nesse sentido, nos ajuda a ser melhores. A injustiça que ele
sofreu, que merece inclusive uma indenização do Estado responsável por essa
prisão absolutamente injusta, não deve ser esquecida.
Vinícius encerra dizendo que há outros Vinícius nas prisões brasileiras, e ali
as pessoas precisam receber um tratamento digno. Infelizmente, casos como esse
não são isolados: as violações aos direitos humanos dos quase 600 mil presos pelo
Brasil são sistemáticas. Basta lembrar as atrocidades ocorridas na penitenciária de
Pedrinhas, no Maranhão, que vieram a público no início deste ano.
O Brasil tem, hoje, seis vezes mais presidiários do que em 1990, e essa
política de encarceramento em massa, dirigida em especial contra nossa juventude
pobre e negra, não tem solucionado o problema da violência crônica no nosso País.
É preciso construir alternativas. O inchaço arbitrário dos presídios só tem gerado
barbáries cada vez mais frequentes e absurdas.
Agradeço a atenção.[CD96]
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[CD97] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Gostaria de parabenizar o
jornalista Tarcísio Holanda que foi eleito Presidente da Associação Brasileira de
Imprensa, onde era o seu 1º Vice-Presidente desde 2010.
Então, ao jornalista Tarcísio Holanda, que convive conosco todos os dias, os
mais efusivos cumprimentos e os votos de uma profícua administração. [CD98]
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[CD99] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Amauri Teixeira, do PT da Bahia. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
Em seguida, falará o Deputado Dudimar Paxiuba.
O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ouvimos hoje neste plenário alguns
membros da Oposição falarem do PIB brasileiro. Falaram meio timidamente, porque
sabem que estão falando bobagem. O PIB brasileiro é o de terceiro maior
crescimento do mundo, Deputado Berzoini, Deputado Fernando Ferro. Nosso
crescimento foi apenas inferior ao da China e ao da Coreia do Norte. Crescemos
mais do que os Estados Unidos, crescemos mais do que o Reino Unido,...
O SR. RICARDO BERZOINI - Coreia do Sul.
O SR. AMAURI TEIXEIRA - ...crescemos mais do que o Japão. Ou seja,
diante de um quadro de recessão internacional, diante de um quadro de estagnação
internacional, o Brasil conseguiu crescer 1,9% a mais do que no ano anterior,
conseguiu crescer acima de 2%. E não cresceu apenas em um setor, não; o
comércio cresceu, os serviços cresceram, a indústria cresceu e a agropecuária
cresceu. Isso é crescimento sustentável, significa economia saudável. Não tem
nenhum setor que não tenha crescido. É claro que alguns setores têm o crescimento
maior, em função do dinamismo, da conjuntura internacional, mas o Brasil cresceu,
teve o terceiro maior crescimento de PIB do mundo. O[CD100] Brasil é um dos países
que tem o menor desemprego do mundo.
Estavam falando aqui de taxa de juros. É claro que a taxa de juros não está
como queremos, mas a Presidenta Dilma foi a que mais enfrentou essa questão,
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botou nossa taxa de juros em patamares menores do que, historicamente falando,
qualquer outro Governo.
Então, estamos bem na economia. A Presidenta tem administrado esse setor
muito bem.
Sr. Presidente, solicito que determine a publicação do meu pronunciamento
no programa A Voz do Brasil, destacando que o Brasil tem o terceiro crescimento do
PIB em todo o mundo.
Muito obrigado.[CD101]
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O SR. MIRO TEIXEIRA - Sr. Presidente, gostaria de aproveitar a
oportunidade, já que V.Exa. falou no Tarcísio Holanda.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - V.Exa. tem a palavra, Deputado
Miro Teixeira.
O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PROS-RJ. Sem revisão do orador.) - É o
mesmo assunto. Eu fui conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa — ABI nos
períodos do Maurício Azêdo, o saudoso Maurício Azêdo. E V.Exa. fez muito bem ao
prestar essa homenagem ao Tarcísio Holanda, porque ele é um jornalista militante,
repórter militante; acompanha os trabalhos legislativos há décadas, é testemunha
dos fatos e da história ou, como se dizia à época do Repórter Esso, da Rádio
Nacional, testemunha ocular da história! Tarcísio Holanda é essa pessoa, tanto ele
quanto o seu irmão.
É uma família que marcou presença, o Haroldo Holanda e o Tarcísio. Os dois
marcaram presença no jornalismo e sucedem o Maurício Azêdo, que recuperou a
ABI, recuperou as finanças, impediu o leilão do prédio e acabou descuidando da
saúde, tamanha era a sua dedicação.
[CD102] Então, eu homenageio também a memória do Maurício Azêdo nesta
oportunidade. Quem conhece a história do jornalismo sabe que Maurício era um
ícone. O irmão dele, Raul Azêdo, era um ícone. E hoje há aqui no Correio
Braziliense um filho de Raul Azêdo, Luiz Carlos Azêdo, que é outro brilhante
jornalista.
Então, eu acho que no jornalismo — é claro que deixam saudades essas
mortes, esses desaparecimentos — há uma reposição que garante a qualidade da
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informação. E existem estes, como Tarcísio Holanda, que estão aí atuantes e ainda
estarão durante muitas décadas.
Eu cumprimento o jornalista Tarcísio Holanda e desejo a ele uma boa gestão.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD103]
O[CD104] SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Eu também quero me somar a V.Exa. e ao Deputado Miro Teixeira e
parabenizar Tarcísio Holanda, pois tenho aprendido muito com ele, especialmente
no Brasil em Debate, nesta Casa. Queremos parabenizá-lo e desejar-lhe sucesso
em sua gestão. Temos certeza de que ele vai continuar o trabalho frente à
Associação Brasileira de Imprensa — ABI, recuperando ainda mais o prestígio dessa
instituição.[CD105]
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[CD106] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao Deputado
Mauro Benevides.
O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa cearense divulga, hoje,
versão segundo a qual o início da Refinaria Premium II, em sua fase de efetiva
construção, poderia experimentar adiamento, dentro do plano de trabalho dado a
conhecer por setores da PETROBRAS, o que principia a suscitar imensa
preocupação por parte da classe política e de todos os segmentos conscientizados
do nosso Estado.
[CD107] Como sabido, aguardava-se, para o mês de abril, a largada de construção da
Premium II, sonho acalentado por sucessivas gerações de cearenses, sequiosos
pela implantação de um empreendimento de larga monta, objeto de aspiração,
acalentada, há algumas décadas, por lideranças políticas e empresariais de nossa
unidade federada.
Já mencionei, em algumas oportunidades, que ainda em 1975, quando Chefe
de nossa Nação o General Ernesto Geisel, os três Senadores Virgílio Távora, Wilson
Gonçalves e eu próprio fizemos entrega de circunstanciado memorial ao então
Primeiro Magistrado do País, dele ouvindo ampla exposição sobre o tema e a sua
significação para os rumos econômicos e sociais de qualquer unidade federada.
Decorridas, assim, quase 4 décadas, Presidente Inocêncio Oliveira, daquela
primeira investida, esperávamos ver a concretização de tal anseio, a qual sofre,
agora, pela notícia veiculada, perspectiva de ser protelada, o que gera clima de
natural insatisfação por parte dos nossos coestaduanos.
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Acreditando interpretar os sentimentos de nossa bancada e dos estamentos
conscientizados da opinião pública alencarina, entendi de trazer o tema ao
conhecimento deste Plenário, na expectativa de que a Presidente Graça Foster
manterá a agenda sobre essa temática, tantas vezes veiculada, sem o que se
frustrará esperança acalentada há 4 décadas.
Qualquer procrastinação que possa vir a registrar-se significará uma
subestimação à nossa ânsia de progresso e desenvolvimento, para a qual
contribuiria a sonhada Refinaria Premium II, assegurada, inclusive, pela própria
titular do Executivo, Dilma Rousseff, em seguidas declarações à mídia nacional e
regional.
Apelo à Presidente Graça Foster para que não concretize aquilo que os
técnicos estão pretendendo: adiar mais uma vez a sonhada, a aspirada Refinaria
Premium II.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD108]
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[CD109] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Dudimar Paxiuba, do Bloco PP/PROS do Pará.
S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. DUDIMAR PAXIUBA (Bloco/PROS-PA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, assomo esta tribuna para registrar um fato que
ocorreu, na semana passada, no Estado do Pará, mais propriamente no Município
de Itaituba, que entristeceu a todos nós. Refiro[CD110]-me ao bárbaro assassinato de
uma advogada e procuradora do Município de Itaituba, Dra. Leda Marta, que foi
assassinada a facadas juntamente com sua filha e uma funcionária.
Além de externar nossas condolências às famílias enlutadas, gostaria nesta
oportunidade de cobrar do Governo do Estado o empenho máximo, através das
Polícias Civil e Militar, para que o mais rapidamente possível possamos ver atrás
das grades o autor ou autores desse crime que chocou toda a comunidade dos
advogados de Itaituba, do Estado do Pará, e toda a sociedade itaitubense.
Infelizmente Itaituba ocupa, mais uma vez, as manchetes da mídia nacional,
numa notícia nada enobrecedora. Isso só vem a comprovar que nós ainda temos
que avançar muito com relação à segurança pública no Estado do Pará e,
principalmente, no Município de Itaituba.
Portanto, mais uma vez cobramos das autoridades competentes o máximo
empenho e as diligências necessárias para que a população, a sociedade do Pará e,
principalmente, do Município de Itaituba possam ver esse criminoso atrás das
grades, para que esse crime não fique impune, infelizmente como muitos que já
ocorreram na nossa região e principalmente no nosso Município.
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[CD111] A OAB estará atenta para acompanhar as investigações e ver a justiça ser
feita neste presente caso.
Peço, portanto, Sr. Presidente, que este meu pronunciamento seja divulgado
no programa A Voz do Brasil e nos meios de comunicação da Casa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD112]
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[CD113] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Jesus Rodrigues, pelo PT do Piauí. Em seguida, o Deputado Reguffe,
pelo PDT do Distrito Federal.
O SR. JESUS RODRIGUES (PT-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, subo mais uma vez à tribuna para tratar desse relatório da
autoridade monetária dos Estados Unidos sobre os países em risco. Nesse
documento eles fazem referência à situação de risco da economia brasileira,
colocando-nos atrás apenas da Turquia.
Quero dizer que, na verdade, não tenho como dar grande credibilidade a um
documento dessa natureza, feito pelos Estados Unidos, até porque, em 2008, esse
país deixou estourar uma bolha imobiliária que colocou em risco todo o sistema
financeiro internacional, por conta de falta de controle e de regulação do Estado para
as atividades financeiras, permitindo a criação de correntes, de débitos por pessoas
que não tinham respaldo financeiro nem patrimônio para contraírem dívidas e que
assim o fizeram graças à facilidade que os Estados Unidos lhes deram ou à
desregulamentação do setor financeiro daquele país.
Como[CD114] é que um país, que permitiu a cadeia de empréstimos que
estourou na bolha, no final de 2008, pode vir dizer ao mundo que o Brasil está em
situação difícil? Os americanos perderam a condição técnica e moral de falar nesse
assunto. E agora nós estamos vendo a sua presença na Venezuela, tentando
desestabilizar um governo, o que também demonstra um excesso de participação e
de atividades daquele País no resto do mundo.
Nós sabemos que os americanos têm, fora da regra, da ética, grampeado a
nossa Presidenta Dilma Rousseff, a Primeira-Ministra Angela Merkel, da Alemanha.
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Como é que um País que usa dessas artimanhas, desses artifícios, pode vir ao
mundo anunciar situação de risco do Brasil? Em risco estão os Estados Unidos da
América.
Por isso, eu quero dizer que o seu relatório, para mim e também para o povo
do Brasil, não deve representar nada, porque eles não têm moral para tratar das
questões financeiras do nosso País, quando, no seu próprio país, dentro da sua
própria casa, deixaram estourar uma bolha, por falta de regulamentação, por falta de
presença. Então, não podem vir ao Brasil querer insinuar coisas que não são de sua
competência.[CD115]
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[CD116] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma breve intervenção,
concedo a palavra ao ilustre Deputado Fernando Ferro, por 1 minuto.
O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente Inocêncio Oliveira, trago aqui um documento da representação dos
agricultores do Projeto Senador Nilo Coelho, em Petrolina, trazido pelo Vereador
Geraldo Ferreira, o Geraldo da Acerola, sobre preocupação no que diz respeito aos
Projetos Bebedouro, Nilo Coelho e Maria Tereza, relativa a recursos que foram
contraídos para a aquisição de equipamentos de irrigação.
[CD117] Eles se mostraram inadequados porque a diversificação daquela produção
agrária os levou a praticar outros cultivos. Nesse processo, os equipamentos que ali
foram financiados ficaram inócuos. Por conta disso, os trabalhadores ficaram com
essa dívida.
Estamos negociando junto à CODEVASF no sentido de que seja reparado o
direito desses irrigantes ao acesso aos fundos, para atividade daquela região.
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O[CD118] SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Reguffe, do PDT do Distrito Federal. S.Exa. dispõe de 3 minutos na
tribuna. Em seguida, falará o Deputado Ricardo Berzoini.
O SR. REGUFFE (PDT-DF. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Parlamentares, eu já vim a esta tribuna diversas vezes fazer críticas a ações do
Governo Federal, como por exemplo a não retirada dos impostos dos remédios.
Inclusive comparei a retirada de impostos de automóveis, para baixar o preço,
com a não retirada de impostos dos remédios para que a população compre remédio
por um preço mais acessível.
Hoje venho a esta tribuna para elogiar e dar força à Presidenta da República
nesse embate que está havendo entre alguns partidos com representação nesta
Casa. Parece que buscam cargos e espaços no Governo, nem sempre colocando
pessoas com qualificação técnica devida.
[CD119] A Presidenta tem que ter a liberdade de escolher aqueles que considerar os
que melhor podem servir à sociedade brasileira, independente de filiação partidária,
seja de que partido for, seja até quem não tem filiação partidária. É muito triste ter
um governante e esse governante não poder escolher os melhores para servirem ao
País. Coloca-se sempre uma faca no pescoço do governante, dizendo: “Você tem
que nomear A, tem que nomear B. Se não nomear, nós vamos prejudicar isso...”
Isso não é correto.
Eu não sei de todos os bastidores a respeito disso, mas sim o que leio nos
jornais e ouço aqui na Casa. Porém acho que a política, por mais que alguns
considerem ingênua essa visão, tem de visar mais às ideias do que simplesmente
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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uma disputa por espaços. Tem que discutir políticas públicas grandes, tem que
discutir política com P maiúsculo.
Quero aqui prestar a minha solidariedade à Presidenta e pedir-lhe que não
transija. Ideias, a gente debate ao extremo, mas princípios, a gente não pode
transigir. Temos que ser firmes, até para o bem do contribuinte deste País que quer
ver o Estado brasileiro prestando serviços públicos de melhor qualidade do que os
que ele tem recebido hoje.
Então, quero prestar aqui a minha solidariedade à Presidenta e dizer: não
transija, porque o que a sociedade brasileira quer é um serviço público com pessoas
qualificadas que sirvam ao contribuinte e não ao partido A ou ao partido B.
Muito obrigado.[CD120]
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[CD121] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Ricardo Berzoini, do PT de São Paulo. S.Exa. dispõe de 3 minutos na
tribuna.
O SR. RICARDO BERZOINI (PT-SP. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Inocêncio Oliveira, companheiros Parlamentares, esta semana, o
Senador Aécio Neves promoveu no Senado Federal a comemoração dos 20 anos do
Plano Real e convidou o Presidente Fernando Henrique Cardoso, Presidente de
1995 à 2002, para participar. Isso ensejou uma memória da minha parte, porque
exatamente assumi a Presidência do Sindicato dos Bancários de São Paulo em
março de 1994, 20 anos atrás.
Na minha posse estiveram presentes, entre outros, o então Deputado José
Dirceu, pré-candidato ao Governo de São Paulo naquela época, o então Senador
Mário Covas, também pré-candidato ao Governo de São Paulo, o companheiro Luiz
Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência da República, e o Ministro do
Trabalho Walter Barelli. Naquele momento, nós aproveitamos a posse para fazer um
pequeno debate sobre o Plano Real.
Isso me trouxe à memória que, naquele período de 1994, quando assumi a
Presidência do sindicato, de 1998, quando fui candidato a Deputado Federal pela
primeira vez, tivemos um quadro tenebroso para a classe trabalhadora, que se
perpetuou de 1999 até 2002. Um quadro em que, a despeito da estabilização
relativa de preços, que ocorreu naquele período, nós tivemos um brutal arrocho
salarial, demissões de milhões de trabalhadores pelas privatizações e pela política
monetária do Governo, e a redução dos direitos sociais dos trabalhadores.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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Na[CD122] maior parte das negociações sindicais, os trabalhadores lutavam
para tentar segurar o que já tinham, mas não podiam lutar por aumento real nem
expansão dos seus direitos sociais.
O que acontece é que, lamentavelmente, faz-se um debate extremamente
superficial sobre o impacto que teve o Plano Real na economia brasileira em termos
sociais, de perda de empregos, de perda de renda e, principalmente, da mudança da
situação patrimonial do Estado brasileiro. Com o endividamento interno, a
dolarização da dívida interna, o crescimento da dívida externa e a fragilização da
economia brasileira, chegamos ao final de 2002 com uma situação em que o dólar
estava próximo a 4 reais e a inflação já beirava 16%, 17% ao ano.
Portanto, a estabilização de preços em bases não sustentáveis leva
justamente a essa situação, à precarização da vida nacional, à redução da
capacidade do Estado e, principalmente, à fragilidade da vida dos trabalhadores.
Felizmente, a partir de 2003, uma nova política se inaugurou e, com ela,
combatemos o endividamento interno, desdolarizamos a dívida interna, reduzimos a
dívida externa ao ponto de que, do ponto de vista técnico, não há mais dívida
externa. A quantidade de reservas que temos é suficiente para honrar todos os
compromissos brasileiros no exterior, públicos e privados.
Portanto, Sr. Presidente, há que se discutir, sim, 20 anos depois, o que
aconteceu com o Brasil do Plano Real e o que aconteceu, principalmente, com a
classe trabalhadora. E eu, como sindicalista daquela época, posso testemunhar que
o Plano Real representou para a classe trabalhadora brasileira perda de emprego,
de renda e de esperança.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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E a eleição do Presidente Lula significou o resgate da esperança para
trabalhadores e para o conjunto da população brasileira.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD123]
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[CD124] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Roberto Freire, Presidente do PPS.
O SR. ROBERTO FREIRE (PPS-SP. Sem revisão do orador.) - O dia de hoje
é sempre um dia em que se pode ter um mínimo de debate. Esta Casa perdeu um
pouco a característica de ser das polêmicas, dos embates, por uma série de
circunstâncias. O fato é que perdemos essa capacidade.
E o Deputado Ricardo Berzoini ofereceu essa oportunidade ao relembrar os
20 anos do Plano Real, que foi comemorado recentemente no Senado. Ele estava
sendo empossado no Sindicato dos Bancários. Eu era Líder do Governo Itamar na
Casa, quando do lançamento do Plano Real.
Existem os petistas que ainda continuam não querendo dar o braço a torcer.
Até Lula, que é a metamorfose ambulante, reconheceu o que significou o Plano Real
para a economia brasileira, para o País, inclusive dando-lhe a dignidade de ter uma
moeda.
Mas existem os petistas que continuam querendo reescrever a história a seu
bel-prazer. Não vão conseguir mais. Esses 20 anos, que foram comemorados no
Senado, representam aquilo que a memória histórica do Brasil vai marcar. Não são
os pequenos arroubos dos lula-petistas, porque esses não vão reescrever a história
da economia brasileira, porque não foram eles que descobriram o Brasil.[CD125]
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[CD126] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Izalci, do PSDB do Distrito Federal.
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Parlamentares, vim agora de uma audiência pública no Senado, na qual
tratamos das questões das Forças Armadas — principalmente dos militares
aposentados e pensionistas, que não receberam até hoje os 28,86%, apesar de
decisão do Supremo — e também de uma série de dificuldades por que passam os
militares no Brasil.
Infelizmente, por falta de planejamento, ou talvez até mesmo por falta de
competência, de gestão, no Brasil valoriza-se muito o poder da mobilização. Os
nossos militares não podem fazer greve e, com isso, são deixados à margem, em
termos de reajuste e valorização. Aí se cria toda essa dificuldade que vem
acontecendo no Brasil, em especial aqui em Brasília, onde há os nossos militares, a
Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros.
O Exército Brasileiro, as Forças Armadas, de modo geral, estão passando por
seríssimos problemas. Por isso, nós vamos fazer aqui, dia 11 de março, às 10 horas,
uma Comissão Geral, para tratar das questões das Forças Armadas brasileiras,
principalmente, as relacionadas aos seus projetos estratégicos. Nós precisamos,
acima de tudo, valorizar um pouco mais os nossos militares, que já há algum tempo
não recebem a valorização que merecem.
Primeiramente, temos o pré-sal para cuidar e temos as fronteiras que são
imensas. Precisamos desenvolver e apoiar os projetos estratégicos, não só do
Exército, mas também da Marinha e da Aeronáutica.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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[CD127] Chamo a atenção desta Casa: os militares, por não poderem se mobilizar,
não poderem fazer greve, há algum tempo, estão sendo prejudicados,
principalmente com relação à reestruturação, à carreira e à própria questão salarial.
Eu não poderia também, Sr. Presidente, deixar de lamentar aqui a falta de
votação nesta Casa nestes últimos dias. Nós temos a PEC 290, da qual sou Relator,
que vai mudar este País em termos de ciência, tecnologia e inovação.
Estamos adiando, já há algumas semanas, essa votação. A última, agora, foi
em função do requerimento de uma Comissão Especial para tratar da questão da
PETROBRAS.
Ora, se não há nada acontecendo na PETROBRAS, se não tem o que
esconder, qual é o problema? Vamos aprovar a Comissão! Nós aprovamos
Comissão aqui para tudo, por que não se aprova? Aí, em função desse
requerimento, não se vota mais nada.
Na quinta-feira não vamos votar nada, ontem não votamos nada, em função
de um simples requerimento de transparência. Nós precisamos de transparência
neste País![CD128]
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Weverton Rocha. S.Exa. dispõe de 3 minutos.
O SR. WEVERTON ROCHA (PDT-MA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, telespectadores da TV Câmara, gostaria de registrar que na última
quinta e sexta-feira, dias 20 e 21 de fevereiro, esteve presente na cidade de São
Luís, Capital do Maranhão, comitiva liderada pelo Ministro do Trabalho e Emprego,
Manoel Dias, recebido com um jantar oferecido pelo Prefeito Edivaldo Holanda
Júnior, para cumprir extensa agenda na cidade.
[CD129] Na ocasião, teve a oportunidade de participar do Fórum de Aprendizagem, no
auditório da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão — FIEMA, onde
centenas de jovens que já fazem parte do Programa Aprendiz, da Lei de
Aprendizagem, puderam ouvir o Ministro e todas as autoridades presentes.
Eu gostaria, Sr. Presidente, de fazer esta referência importante ao Programa
Aprendiz, que atende jovens de 15 a 24 anos que têm a oportunidade, durante 2
anos, de ter acesso ao seu primeiro emprego, a sua primeira oportunidade: não é
estágio, é emprego, com carteira assinada, com inclusão.
Nós precisamos, colegas Parlamentares, mais do que nunca divulgar a Lei de
Aprendizagem, para que estes jovens do Brasil possam ter acesso ao emprego.
Este é o verdadeiro caminho do desenvolvimento no nosso País: acesso ao
emprego e à educação.
No último sábado, Sr. Presidente, tive a oportunidade de participar também de
agenda muito importante do Prefeito Edivaldo Holanda Júnior, com o jovem
Secretário Adjunto de Urbanismo, Diogo Diniz Lima, que tem um futuro brilhante
pela frente e que tem feito um grande trabalho para a nossa população.
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O jovem Diogo, por determinação do Prefeito Edivaldo Holanda Júnior,
retomou um grande programa de regularização fundiária que já atendeu quase mil
famílias em São Luís do Maranhão. Só na última sexta-feira, na Vila Mauro Fecury,
300 famílias receberam o documento, a garantia da posse de sua casa. Esse
documento dá dignidade e autoestima a esses moradores.
O Prefeito Edivaldo Holanda Júnior anunciou que, além desses mil títulos de
regularização fundiária que já entregou em seu primeiro ano de gestão, tem mais
dois mil, também de regularização, até o final deste ano.
Parabéns, Prefeito! Parabéns, Secretário! Continuem trabalhando, porque
São Luís precisa.
Um grande abraço.[CD130]
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Roberto de Lucena, do PV de São Paulo.
O SR. ROBERTO DE LUCENA (PV-SP. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uma pauta de interesse da sociedade foi
sepultada no Senado Federal no último dia 19 de fevereiro. A Comissão de
Constituição e Justiça do Senado encerrou a discussão sobre a redução da
maioridade penal nesta Casa Legislativa por ora.
Mais de 90% da população brasileira é favorável à redução da maioridade
penal de 18 para 16 anos. A questão é que, cada vez mais, um número maior de
crimes contra a vida é praticado por menores de 18 anos, e esses homens menores
de 18 anos estão amparados pela capa, pelo manto da inimputabilidade.
[CD131] Ainda não se encontrou, Sr. Presidente, ilustre Deputado Lincoln Portela,
grande liderança mineira nesta Casa, a fórmula para a redução da maioridade penal.
A não ser que se mexa na Constituição Federal, isso não é possível. E, se esse é o
caso, que seja pelo menos discutida, Sr. Presidente Inocêncio Oliveira, a questão. E,
se não for o caso de se alcançar o que se pretende, que pelo menos seja
aumentada a pena dos crimes cometidos por esses “ditos menores”.
O Brasil tem outros problemas vários, inclusive na área de segurança pública
— problemas de toda sorte. Eu não quero aqui parecer monotemático, mas não é
possível que um homem, menor de 18 anos de idade, mate, sequestre, estupre, saia
por aí ateando fogo às pessoas e seja considerado relativamente incapaz.
É claro e óbvio que a discussão não pode e nem deve se prender ao
encarceramento de menores de 18 anos. Políticas públicas que protejam esses
jovens do aliciamento do estado paralelo do crime devem ser implementadas,
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ofertando a eles oportunidades de educação, cultura, emprego e perspectivas de
avanço social.
Essa discussão, Sr. Presidente, é muito séria, grave, complexa, não pode ser
feita com ódio, com destempero, de maneira irresponsável e inconsequente. Mas
precisa ser feita e um caminho precisa ser encontrado para protegermos nossos
jovens, corrigirmos distorções e promovermos a justiça.
Muito obrigado.
Que Deus abençoe o Brasil![CD132]
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[CD133] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com a palavra o Deputado
Weverton Rocha.
O SR. WEVERTON ROCHA (PDT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, há evidente falta de quórum no painel da Casa. V.Exa. vai cancelar a
Ordem do Dia?
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Vou cancelá-la daqui a
pouco.[CD134]
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[CD135] O SR. PRESIDENTE(Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Lincoln Portela, do PR de Minas Gerais.
O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, além de milhares de vidas ceifadas e dos
dolorosos traumas familiares que desencadeia, a violência, há décadas disseminada
no País, tem custos econômicos gigantescos. Esse não é o aspecto mais
importante, pois nada supera a dor da perda trágica de um ser humano, mas precisa
também ser conhecido e divulgado, para estimular a indispensável reação da
sociedade e do poder público.
Conforme o Mapa da Violência 2013, entre os anos de 1980 e 2010, quase
800 mil pessoas foram mortas por arma de fogo no Brasil. Dessas, mais de 450 mil
eram jovens entre 15 e 29 anos. E isso não é apenas o tráfico.
Estudos diversos, incorporando as mortes provocadas com o uso de outras
armas, e chegando até o ano de 2011, apontam o total de um milhão de homicídios
desde 1980.
Em geral, os números indicam que mais recentemente a violência está sendo
contida e, em alguns casos, até reduzida nas grandes cidades, mas alcança o
interior e se espalha por localidades menores, de modo que o total se mantém.
Assim, de 2000 a 2010, foram registradas anualmente no País em torno de 35 mil a
40 mil mortes por armas de fogo, forma esta usada em sua maioria, fora
espancamentos, estrangulamentos e pessoas desaparecidas.
São[CD136] números chocantes que, a par dos impactos sobre pessoas,
famílias e comunidades, implicam acentuadas perdas econômicas para o conjunto
da sociedade. Há custos diretos, como os de hospitais, médicos, transporte de
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pacientes, remédios, consultas, policiamento, prisões, processos judiciais,
segurança privada, e custos indiretos, como perda de produtividade, redução da
qualidade de vida, seguros, entre outros.
Especialistas apontam que os custos indiretos costumam superar os diretos.
Somados os dois, em 2008, o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento divulgou um relatório apontando que a violência armada custava
anualmente ao Brasil nada mais nada menos do que 15 bilhões de dólares, mais de
37 bilhões de reais, considerando o câmbio atual.
O mesmo levantamento, feito em outros dois países, evidenciava, pela
comparação, o quanto já era preocupante a situação brasileira: na Jamaica, o custo
da violência atingia anualmente 415 milhões de dólares, e, na Tailândia, 473 milhões
de dólares.
Um ano antes, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada — IPEA divulgara
um estudo, coordenado pelo economista Daniel Cerqueira, com dados referentes a
2004, indicando que o custo da violência era de 92 bilhões, representando 5,09% do
Produto Interno Bruto, ou seja, 519 reais por ano para cada brasileiro.
Recentemente, o mesmo especialista divulgou novo trabalho, atualizando os
dados e concluindo que a violência custa ao País pelo menos 6,08% do PIB a cada
ano.
Em artigo publicado na revista do Conselho Regional de Medicina de São
Paulo, em 2005, o pesquisador Luís Mir, autor de um livro sobre o assunto, afirmava
que as vítimas de trauma, representando 20% do total de pacientes internados,
consumiam até 40% dos recursos da rede pública de saúde e, em alguns Estados,
até 80%. Segundo ele, “o impacto do custo do atendimento médico das vítimas da
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violência em todo o País criou uma demanda de prontos-socorros, serviços de
urgência e emergência, hospitais, unidades de saúde e institutos de medicina legal”.
Como[CD137] se vê, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apesar de
eventuais diferenças nos dados e estimativas, que decorrem principalmente dos
critérios e períodos de referência utilizados, os estudiosos concordam que a
violência representa um enorme custo para o Brasil. Também por isso é preciso
enfrentá-la corajosamente, com políticas públicas bem delineadas e ampla
mobilização da sociedade.
O Brasil continua violento, e é preciso mudar, é preciso deixar a leniência e
avançarmos. É importante que cada Parlamentar participe, se pronuncie, não se
conforme, e que haja uma revolta, uma indignação por parte desta Casa, para que
problemas maiores do que esses não tenhamos nos próximos 5 anos, causando ao
Brasil uma convulsão nacional de difícil recuperação. É preciso mudar isso
rapidamente
Muito obrigado.[CD138]
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[CD139] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Maurício Quintella Lessa, anteriormente chamado.
O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (Bloco/PR-AL. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente Inocêncio Oliveira, agradeço a concessão da palavra.
Sras. e Srs. Deputados, eu raramente uso a tribuna para fazer condolências
nem registrar falecimentos, para evitar que outras interpretações sejam feitas.
[CD140]Mas desta vez é uma verdadeira exceção.
Foi assassinada, ontem, brutalmente, em Maceió e, ontem à noite mesmo
sepultada, uma pessoa muito querida na nossa cidade, o empresário Guilherme
Brandão, um empreendedor, um cara da melhor qualidade, querido em toda a
cidade de Maceió, um visionário, um homem do entretenimento da nossa cidade,
proprietário da casa de shows Maikai. Quem é de Maceió, ou quem, pelo menos, já
tenha passado pela cidade, se não foi, ouviu falar no Maikai, que é o ponto de
encontro da juventude sadia, daqueles que vão buscar a alegria e o divertimento na
cidade de Maceió.
Guilherme saiu de casa para trabalhar, às 7 horas, e, às 8 horas, quando
estava entrando no seu estabelecimento, foi surpreendido por dois bandidos que
assaltaram o seu estabelecimento e, não bastasse levar o dinheiro, atiraram na
cabeça do Guilherme matando-o instantaneamente.
Maceió foi tomada por uma comoção, como eu nunca vi, Sr. Presidente, como
eu nunca vi. O Guilherme, que deixou dois filhos, um legado para toda a nossa
cidade, era uma pessoa admirada por todos. Eu não conheço uma pessoa em
Maceió que diga que não gostava do Guilherme Brandão.
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Guilherme deixou o seu legado, mas com ele morreu também um pouco da
nossa cidade, do nosso Estado, que vive, Sr. Presidente Inocêncio, dias muito
sombrios. Alagoas[CD141] está vivendo hoje uma carnificina. Nesse último final de
semana foram assassinadas mais de 20 pessoas em Maceió. Foram mais de 300
pessoas, já em 2014, no Estado de Alagoas, e mais de mil em 2013.
Maceió está no topo das cidades mais violentas do mundo: a quinta ou sexta
cidade mais violenta do mundo. Uma cidade conhecida como Paraíso das Águas,
onde eu nasci, cresci, indo para a praia ou indo para o lazer e deixando a porta do
carro aberta ou o vidro aberto, porque a gente não tinha esse tipo de crime. A
violência urbana nunca fez parte do cotidiano de nossa cidade.
Infelizmente, nos últimos anos, perdeu-se o controle da violência. Sabemos
que não é uma questão só de Maceió, de Alagoas, é do Brasil inteiro. Mas lá a
questão está muito mais grave, muito mais séria.
É preciso realmente que todos nós, enquanto sociedade civil organizada,
autoridades, políticos, Judiciário, Legislativo, empresários, todos nós repensemos
um pouquinho nossas vidas e como é que vamos enfrentar esse momento.
É um caso de estudo. Porque a pobreza, a falta de educação, de saúde, isso
está afeito a vários lugares do mundo, mas isso não é desculpa para se ter um
índice de violência como estamos tendo hoje em Maceió.
É preciso que se repense, com certeza, para Alagoas, para Maceió, o modelo
de segurança pública que queremos.
(O microfone é desligado.)
O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA - Mas é preciso também que essa
cultura do crime seja, de uma vez por todas, afastada das nossas cidades.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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Aqui fica o meu registro de profundo pesar pela morte do Guilherme. Não
adianta aqui fazer discurso político e apontar A ou B como responsável, porque
responsáveis somos todos nós pela sociedade perversa que construímos.
Fica[CD142] aqui a lição. É preciso que o Brasil enfrente rapidamente essa
escalada do crime.
O Estado de Alagoas tem uma parceria com o Governo Federal, Deputado
Inocêncio Oliveira, no programa Brasil Mais Seguro, programa do Governo Federal
que está lá implantado há 1 ano. Pelos nossos índices, nós viramos o laboratório de
combate ao crime organizado no Brasil.
Infelizmente, depois de 1 ano de Brasil Mais Seguro e de todos os esforços
do Governo, nós não conseguimos diminuir esses índices de violência. Então, é
preciso repensar a segurança pública no Brasil.
Muito obrigado.[CD143]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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[CD144] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Há apenas 179 Deputados na
Casa, registrados no painel eletrônico. Fica cancelada a Ordem do Dia.[CD145]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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[CD146] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Emanuel Fernandes. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. EMANUEL FERNANDES (PSDB-SP. Sem revisão do orador.) - Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O IBGE acaba de divulgar o resultado das contas nacionais de 2013. O
crescimento do PIB, em 2013, foi de 2,3%. A taxa de investimentos foi de 18,4%.
Um crescimento de 2,3% é um crescimento muito baixo para padrões do Brasil.
No Governo Dilma, nós tivemos crescimento de 2,7%, no primeiro ano; no
segundo ano, 0,6%, que depois adaptaram para 0,9%; e agora, em 2013, 2,3%. É
uma média pequena, uma média baixa. Essa média é explicável, em parte, porque
se está pagando um pouco da conta do período de Governo do Presidente Lula.
O[CD147] Presidente Lula esticou o crédito para combater a crise de 2009,
esticou um monte de dinheiro que não tinha, colocou um monte de projetos nas
costas da Presidente, e o resultado concreto está aí.
Não venham me falar que 2,3% é um PIB alto perto da crise. O Peru cresceu
5%. Do Chile e da Colômbia ainda não temos os dados, mas ambos cresceram
acima de 4%. Isso sem falar da China. Quer dizer, é um crescimento pequeno.
Alguma coisa está errada, sendo 3 anos de crescimento pequeno. Mas o que é mais
grave é que a tendência é permanecer desse jeito. A formação bruta de capital fixo,
a tal taxa de investimento no Brasil deu uma melhorada de leve, de 18,2% passou
para 18,4%, só que foi fruto muito mais de investimento estrangeiro direto. A taxa de
poupança nacional caiu quase 1% no ano passado.
O que isso tem a ver com o crescimento? Isso aponta um novo crescimento.
O mercado já aponta que neste ano de 2014 nosso crescimento deve ser de 1,7%.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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Já há quem fale que, em função desse crescimento baixo e também da
desvalorização cambial, o Brasil vai cair para a 9ª posição na economia mundial.
Alguma coisa está errada. É preciso valorizar a taxa de investimentos. O Governo
precisa fazer o dever de casa. Estão se acumulando muitas dívidas que o próximo
Presidente terá que pagar. Portanto, nós, no futuro, teremos que pagar. E o Governo
está levando em banho-maria unicamente por perspectiva eleitoral.
(O microfone é desligado.)
O SR. EMANUEL FERNANDES - Peço mais 30 segundos, Sr. Presidente.
[CD148] Espero que o Governo faça o dever de casa. Dilma deve isso ao Brasil. Existe
uma conta a ser paga. Já tungaram o FGTS em quase 20% do seu valor; estão
tungando os 10% para fazer o Minha Casa, Minha Vida, e o Governo não faz os
ajustes que deveria fazer.
Nós estamos em véspera de eleição, e o Governo está empurrando com a
barriga. O próximo Presidente irá ter sérias dificuldades com a economia
brasileira.[CD149]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Vicentinho, do PT de São Paulo, Líder do partido, pelo prazo de 3
minutos.
O SR. VICENTINHO (PT-SP. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr.
Presidente.
Gostaria de informar que sou autor do projeto de lei que põe o Fundo de
Garantia num patamar de acordo com o INPC, acrescido de 3% ao ano, para
proteger esse valor, esse patrimônio dos trabalhadores.
Em segundo lugar, eu acho tão triste ver algumas pessoas falando. Tem
gente que parece que deseja que o Brasil não cresça, que fica feliz com isso. Não
estou nem me referindo ao nobre Deputado que acabou de se manifestar.
De fato, gostaríamos que o PIB do Brasil crescesse muito mais. Um PIB de
um pouco mais de 2% está aquém do que nós queremos. Essa é uma grande
verdade. Mas o País cresceu mais do que todos os países ricos, com exceção da
China.
Mas, independentemente de o PIB crescer muito ou pouco, qual é a grande
diferença, a diferença básica nessa questão do crescimento do PIB? É que, no
passado, podia crescer 8%, 10%, 6%, mas crescia para os ricos, não para os
pobres.
[CD150] Por isso, o pobre não sente essa sensação, porque o pobre, quase 2 milhões,
mesmo com o PIB baixo, ganhou escola pública de qualidade, ganhou o PROUNI;
porque o índice de emprego é o maior da história do Brasil; porque mais de 95% dos
trabalhadores tiveram reajuste acima da inflação.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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Então, é verdade, nós queremos um crescimento maior do PIB. Mas de que
adianta crescer o PIB se não tem distribuição de renda, como ocorria no passado?
Agora nós temos distribuição de renda. Vamos deixar de pessimismo, Deputado,
vamos torcer para que o Brasil cresça e cresça bem, independentemente de eleição.
Veja, quando Lula entrou na Presidência da República, os juros da taxa
SELIC estavam em 26%. Hoje estão altos? Estão. Mas são 10%.
Então, é preciso sempre fazer as boas comparações e torcer por um Brasil
que está estabilizado economicamente, vigilante no controle da inflação, distribuindo
renda, o que é fundamental. A distribuição de renda no Brasil garantiu um mercado
que fez aguentar a economia, mesmo com crise nos Estados Unidos ou na Europa.
Por isso, reafirmo: nós queremos um crescimento maior do PIB, agora, mais
importante do que o PIB é que o crescimento venha para o povo e não para o povo
rico e para os cálculos aleatórios dos economistas de elite.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD151]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Ronaldo Fonseca, do Bloco Parlamentar PP/PROS do Distrito Federal.
V.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. RONALDO FONSECA (Bloco/PROS-DF. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu venho a esta tribuna fazer uma reflexão
sobre a segurança pública do Distrito Federal. Todos sabem que eu apoio o
Governo Agnelo Queiroz, e eu preciso trazer uma reflexão sobre o relacionamento
do GDF com a segurança pública do Distrito Federal.
O Brasil todo sabe da crise, do problema que nós estamos vivendo no Distrito
Federal, do impasse criado entre GDF, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar.
Como é que nós vamos sair desse imbróglio?
Vejam bem, quem está sofrendo? A população. Nós estamos vivendo uma
insegurança permanente. Agora, eu quero me posicionar aqui, Sr. Presidente, como
um político que faz política com resultado, não politicagem. Eu estou vendo alguns
aproveitando a onda e jogando gasolina no fogo. Eu não estou aqui para isso, estou
aqui para tentar apaziguar os ânimos, porque nós já temos mais de dez policiais
presos — prisão administrativa. Eu acho que isso não contribui, não ajuda. Então,
nós temos resistência dos dois lados.
Agora, Sr. Presidente, veja: injustiça perpetuada gera indignação. A tropa, no
Distrito Federal, os praças, os bombeiros militares estão realmente vivendo uma
injustiça perpetuada. Você pergunta: como assim injustiça? Eu vou declinar alguns
exemplos.
[CD152]Por que um oficial da Polícia Militar — pelo menos, dados que tenho —
recebe auxílio de 4.200 reais para fardamento e um praça recebe 1.300. Por que
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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essa diferença? O que tem esse fardamento de tão diferente? Por que não é o
mesmo valor? Igual à alimentação, que é igual para todos. Por que, então, não tem
essa isonomia? Auxílio-natalidade: o neném que nasce, de um oficial, tem um valor
lá em cima; o neném que nasce, de um praça, tem um valor irrisório.
Então, existe injustiça, embora eu tenha que reconhecer que o GDF tenha
chegado ao seu limite. Agora mesmo, o Governador baixou decreto dando aumento
em alguns auxílios para ajudar os praças e também os oficiais. Mas algum tiro no pé
está sendo dado. É incrível!
Como é que pode uma assembleia, Sr. Presidente, com mais de 10 mil
praças, recusar uma proposta, e, depois, uma assembleia feita pelos oficiais, talvez
3 mil, aceitar a proposta do Governo, que é, então, publicada? Nós não podemos
fazer assim. Nós temos que apaziguar, nós temos que buscar os dois lados para
conversar. Aliás, já são três: GDF, praças e oficiais.
A população do Distrito Federal, Sr. Presidente, senhoras e senhores do
Distrito Federal que estão me ouvindo, merece realmente uma política com
altruísmo. Não politicagem, aproveitar a onda. Eu me proponho a ajudar a conciliar,
a que tenhamos uma reestruturação na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros
Militar, que venha para a Presidenta Dilma, que ela mande para o Congresso, para
que nós possamos alcançar uma solução. Reestruturação já! Isonomia já! [CD153]Não
podemos continuar mais assim.
Precisamos falar a verdade. Está na hora de olhar no olho e falar a verdade,
GDF, praças, oficiais. Eu fico preocupado com as famílias dos policiais presos. Nós
vivemos numa democracia, a prisão que seja administrativa, tem que ser no
extremo. Não podem ficar prendendo policial que está reivindicando seus direitos.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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Por outro lado, temos que olhar até onde pode ir o GDF, qual é o limite que tem. Não
adianta querer ir além do limite, que não vai conseguir. Há um limite que precisa ser
respeitado.
Portanto, Sr. Presidente, reestruturação já para a Polícia Militar e para o
Corpo de Bombeiros. Que venham para cá. Não vamos tapear ninguém, vamos falar
a verdade. Essa reestruturação precisa ser feita de forma equilibrada, ouvindo os
praças, os oficiais, e que a mandem para a Presidenta Dilma. Essa é a minha
defesa. Vamos falar a verdade. Precisamos mandar para a Casa Civil, para a
Presidenta Dilma, que ela mande para o Congresso e aqui vamos votar a
reestruturação, como já foi feito em alguns Estados, por exemplo, no Tocantins.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD154]
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma Comunicação de
Liderança, concedo a palavra ao ilustre Deputado Wellington Fagundes, do PR de
Mato Grosso. V.Exa. dispõe de 6 minutos na tribuna.
O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco/PR-MT. Como Líder. Sem revisão
do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero primeiramente entregar à
Mesa requerimento que faço pedindo prioridade para as obras de duplicação do
trecho de Rondonópolis, do Posto Gil ao Terminal Ferroviário da ALL, Ferrovia
Vicente Vuolo ou FERRONORTE, visto que, com o incremento da produção, esse
está se tornando um dos trechos mais perigosos de Mato Grosso.
O nosso requerimento também pede prioridade para as obras do Contorno de
Cuiabá, ou seja, a Rodovia dos Imigrantes, a BR-070, que também está em situação
dramática. Em um trecho de 28 quilômetros, chega-se a demorar de 4 a 6 horas
para fazer sua travessia. E muitas carretas já estão desviando, passando pelo centro
de Várzea Grande, incomodando, levando transtornos, acidentes. É uma situação
realmente muito calamitosa.
Há aquilo que é bom para Mato Grosso, como o incremento da produção.
Hoje somos o maior produtor do Brasil de grãos e um dos Estados de maior
produtividade. Mas, infelizmente, a infraestrutura necessária está demorando muito.
Ainda, com relação ao trecho de toda a duplicação, da divisa de Mato Grosso
do Sul até a cidade de Sinop — inclusive temos aqui a presença do Deputado Nilson
Leitão —, conseguimos incluir também a Travessia Urbana de Sinop, estendendo-se
até o encontro com a MT. Esse[CD155] trecho de 28,1 quilômetros, em Cuiabá,
incluído na concessão — isso é muito importante — precisa ainda das licenças
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ambientais, para que a empresa possa iniciar as obras tão logo assine o contrato,
previsto para o dia 06.
O trecho de Cuiabá a Várzea Grande até Rosário Oeste foi licitado há 2 ou 3
meses pelo DNIT, mas fracassou. Ou seja, nenhuma empresa conseguiu chegar ao
preço mínimo estabelecido pelo órgão. Já avisávamos isso ao DNIT, dado o custo
médio por quilômetro. Era o valor menor de todo o trecho da duplicação. A
duplicação desse trecho é uma das mais complicadas.
Por isso, estamos apresentando requerimento para que seja incluso também,
na obrigação da concessionária, a construção da duplicação do trecho de Cuiabá a
Várzea Grande até Rosário. Isso evitaria um novo certame de licitações, que, quem
sabe, novamente, poderia fracassar.
É este o nosso requerimento. Esperamos que a Mesa o aprove e que seja
encaminhado o mais rapidamente possível ao Ministro dos Transportes, bem como
ao Presidente da ANTT, Jorge Bastos, que foi reconduzido agora. Quero aproveitar
para parabeniza-lo. Ele tem feito um trabalho brilhante à frente da Agência, tanto
que essa concessão da divisa de Mato Grosso do Sul até Sinop foi vitoriosa, como
todas as outras. Essa, em especial, teve o maior deságio de todas as concessões,
ou seja, 54%. Isso cria mais perspectivas para todos nós de Mato Grosso no sentido
de que essa obra saia rapidamente, evitando tantos acidentes. O[CD156] trecho de
Rondonópolis a Posto Gil é o que tem mais acidentes frontais, segundo a Polícia
Federal, e acidente frontal normalmente representa perda de vidas.
Por isso, faço um apelo ao Ministério dos Transportes e ao DNIT para que
deem atenção especial neste momento em que a Operação Arranca Safra —
inclusive a Presidenta Dilma esteve em Lucas do Rio Verde fazendo seu lançamento
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— está a todo vapor. Mas infelizmente a infraestrutura da estrada deixa a desejar, e
todos nós lá é que sofremos as consequências.
Além disso, quero dizer que o Tribunal de Contas da União liberou o Governo
Federal para licitar o primeiro trecho de ferrovia do programa de concessão, essa
ferrovia denominada Ferrovia da Soja, que liga o Município de Campinorte, em
Goiás, a Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso.
A região é importante porque, além do status de principal produtora de grãos,
terá também, por consequência dessas concessões, seu encontro com a Ferrovia
Norte-Sul, ou seja, a possibilidade de fazer com que Lucas do Rio Verde tenha a
opção de escoar sua produção pelo Porto de Itaqui, no Maranhão, evitando a
sobrecarga tão grande nas nossas estradas.
Faço ainda apelo para que o trecho da ferrovia que está parado hoje em
Rondonópolis possa seguir a Cuiabá, indo até Santarém, outra alternativa. A gente
poderia também ligar porto a porto: Porto de Santos a Santarém; a estrada de Lucas
do Rio Verde até Itaqui, fazendo a verdadeira ligação intermodal.
[CD157] Quero destacar, Sr. Presidente, que toda essa região terá capacidade de
incrementar muito sua produção. Só na região do Araguaia, temos mais de 2
milhões de hectares prontos para produzir, sem nenhum problema ambiental, sem
ter que derrubar nenhuma árvore. Só essa região representa produzir tudo que hoje
produz Mato Grosso, sendo o maior produtor de grãos.
Mato Grosso é o campeão na produção e na produtividade de algodão,
respondendo por 54% da produção. Somos os maiores produtores de carne bovina
e grandes produtores de carne suína, de aves. Enfim, a vocação do Estado é o
agronegócio. Nós temos terras férteis. São 900 mil quilômetros quadrados com
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menos de 3,5 milhões de habitantes. Então, é um Estado de oportunidade para o
Brasil, um Estado de oportunidade para todos que lá chegam.
Eu que sou nascido em Mato Grosso tenho esperança de ver o Estado
continuar produzindo. Todos que foram para lá foram com sonhos de realizar, de
crescer, de desenvolver. Agora o Governo precisa dar uma resposta mais urgente,
principalmente a essa questão da infraestrutura.
Entretanto, quero registrar aqui que o Ministro César Borges, do nosso
partido, tem feito todos os esforços. Mas, infelizmente, os recursos não chegam a
tempo e a hora. Trinta dias é o momento certo para que as obras na Amazônia,
principalmente em Mato Grosso, possam voltar a ter ritmo. Então, não podem as
licitações e as situações de licenciamento ambiental emperrarem tanto a nossa
situação.
[CD158] Quero inclusive fazer um apelo ao Tribunal de Contas para que tenha mais
cuidado ao mandar um técnico para averiguar, porque suspender uma obra,
principalmente a partir de março, pode representar quase 1 ano de obra parada no
Estado.
Por isso, em nome do meu partido, em nome de toda a bancada de Mato
Grosso e do Governador Silval Barbosa, que tem hoje essa preocupação, faço este
apelo exatamente para que o Governo tenha atenção, a fim de que seja reduzido o
número de acidentes e perdas de vida no nosso Estado.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Tribunal de Contas da União por fim
liberou o Governo Federal a licitar o primeiro trecho de ferrovias do programa de
concessões. A Ferrovia da Soja, como é chamada, liga o Município de Campinorte,
no Goiás, a Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. A região é importante porque
detém o status de principal produtora de grãos, e terá por consequência dessas
concessões seu encontro à Ferrovia Norte-Sul.
Minha satisfação não vem só de articular o trecho ferroviário para escoamento
da produção de soja na região, mas também por ser um dos Deputados atuantes na
expansão da malha para outras regiões do Estado.
É o caso de Rondonópolis, onde, em dezembro de 2013, participei de visita
após a inauguração do Terminal Ferroviário Vicente Vuolo. O complexo começou a
operar com capacidade de carregar até 120 vagões graneleiros a cada 3 horas e
meia. Além disso, descarrega até 1.500 caminhões por dia, ou seja, 66 mil toneladas
de grãos.
Como citei em outra ocasião, assim que tudo estiver nos conformes com
essas concessões, poderemos ter o privilégio de escolher por onde exportar a nossa
produção.
Dou como exemplo a situação rodoviária do mercado de soja em Mato
Grosso do Sul: com a obrigatoriedade do agendamento de caminhões e as intensas
filas, os produtores mudam a rota para escoar a safra. É quando estes ficam de
mãos atadas por não terem esse privilégio de escolher.
Já no caso da malha ferroviária de Mato Grosso, quando desenvolvida,
poderemos escoar a produção optando pelo Porto de Itaqui, no Maranhão, pelo
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Porto de Santarém, no Pará, ou pelo Porto de Santos, em São Paulo. Isso melhora a
logística e, por consequência, a competitividade.
Sempre utilizei desta tribuna para falar dos altos custos de produção, efeitos
da deficitária infraestrutura de escoamento das safras. Mesmo com agricultores
competentes, com material e tecnologia, a nossa produção continua concorrendo
com a do exterior. Por isso, ressalto a necessidade de diálogo constante entre
Executivo e Legislativo também para colocar em prática os planos de conceder
outros dez trechos de ferrovias que ainda não têm projeto definitivo.
Por fim, peço à Casa que olhe também pelo trecho que ligaria Mato Grosso
ao Pará. A linha sai do Município de Água Boa, com destino a Barcarena, no
nordeste paraense. Pode ser ainda que a ferrovia vá até Marabá, sudeste do Pará. A
ligação teria como base a construção de dois ramais, um até o Porto de Vila do
Conde, em Barcarena, e outro até o Porto de Espadarte, em Curucá, Pará, que está
já em processo de implantação. Tudo pela competitividade, pelo fortalecimento e
pelo reconhecimento dos nossos produtores rurais, transportadores e
armazenadores.
Era o que eu tinha a dizer.
Obrigado.[CD159]
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[CD160] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Nilson Leitão, do PSDB de Mato Grosso. S.Exa. dispõe de 3 minutos na
tribuna.
O SR. NILSON LEITÃO (PSDB-MT. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna para fazer justamente um paralelo em
relação ao que está acontecendo com os investimentos no nosso País,
principalmente no Estado de Mato Grosso.
Eu acredito e escuto sempre, atentamente, as falas da Liderança do Governo,
da Liderança do próprio Partido dos Trabalhadores.
Vamos recordar que, há pouco tempo, há 20 anos, o Plano Real deu um novo
momento para o Brasil. O Plano Real se transformou no maior programa de
transferência de renda que este País já teve. Ou seja, antes do Plano Real, naquele
período, a dona de casa tinha 50 reais para ir ao mercado e, quando chegava, à
tarde, ao mercado, aqueles 50 reais valiam 25, 30 reais. O Plano Real consolidou e
estabilizou a moeda e deu oportunidade para o brasileiro poder planejar sua vida.
Com[CD161] isso, o brasileiro começou a consumir aquilo que não podia antes,
como os eletrodomésticos, que eram luxo antigamente, distante da mão do
trabalhador assalariado. Este pôde comprar o micro-ondas, a geladeira, a
motocicleta, o carro. Pôde ter uma vida melhor e financiar sua casa, porque seu
dinheiro tinha valor.
O assalariado, que iniciava o mês ganhando salário mínimo, terminava o mês
com a metade do salário corroído pela inflação. O Plano Real mudou a vida dos
brasileiros. Esse impacto foi tão violento e grande que acabou dando o primeiro
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apagão. Esse apagão, Presidente Inocêncio, foi devido ao aumento do número de
eletrodomésticos, que aumentou o consumo de energia.
O Brasil estabilizado foi entregue, em 2002 e 2003, para o Partido dos
Trabalhadores. Um país que tinha um futuro para se organizar com uma moeda
forte, acima de tudo poderia olhar para frente de forma planejada, organizada.
O Partido dos Trabalhadores perdeu uma grande oportunidade para o Brasil e
para os brasileiros. Durante 10 anos preferiu criar programas que só têm porta de
entrada como o Bolsa Família, mas que não capacitou e qualificou essas pessoas
que estavam à margem da sociedade. Achou que se pagasse uma cesta básica ou
desse um salário estaria melhorando a vida da sociedade. Esse seria um bom
começo, mas precisava complementar, Presidente Inocêncio. Precisava qualificar e
capacitar, mas isso o Partido dos Trabalhadores não fez.
[CD162] Vejo, hoje, o Líder do PT dizendo que o Brasil tem o menor índice de
desemprego. Mas se tem o menor índice de desemprego, por que aumenta tanto a
quantidade de bolsa família? O programa Bolsa Família é para o desempregado. Se
tivesse realmente menor índice de desemprego, estaria reduzindo a quantidade de
bolsa família e não aumentando cada vez mais.
O Governo faz uma maquiagem nesses números e engana os brasileiros. O
Brasil precisa crescer para todos. O brasileiro quer oportunidade, não quer esmola,
quer dignidade, quer ter a própria profissão, quer ganhar o dinheiro com seu suor e
não apenas com favor de governo, para que o governo seja beneficiado na urna com
o favor que fez.
Brasileiros e brasileiras, programa de governo é dinheiro público. Dinheiro
público é de todos, não é do partido A ou B. Por isso, com certeza absoluta, nesse
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novo momento que o Brasil precisa ter e esse momento perdido por que o Brasil
passou, devemos lembrar que, no Estado de Mato Grosso, nos investimentos que
estão sendo feitos pelo Governo Federal, em praticamente todos, 99%, o dinheiro é
financiado.
A arrecadação bate recorde, todo mês, todo ano, e não se sabe o que se faz
com esse recurso, não se sabe para aonde vai esse dinheiro. Não tem uma só
rodovia construída com recursos a fundo perdido, quando ela está na mão da
concessão. A nossa BR-163 será uma concessão e será melhorada com dinheiro
privado, com dinheiro arrecadado de pedágio. É um dinheiro novo no bolso dos
brasileiros, e não dinheiro que estará no caixa do Governo.
Por isso, peço ao Brasil para que preste mais atenção a esse momento e o
Governo enxergue o que está acontecendo, porque nós podemos mais, o Brasil
pode muito mais do que ter um governo que investe em Cuba, e não no próprio
Brasil.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO À MESA PARA PUBLICAÇÃO
A SRA. IRACEMA PORTELLA (Bloco/PP-PI. Pronunciamento encaminhado
pela oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o combate às drogas e, em
especial, ao crack tem sido uma das prioridades do meu mandato. Ao lado de vários
Parlamentares também engajados nessa causa, venho procurando participar, com
intensidade, das mais importantes discussões e ações direcionadas ao
enfrentamento de um dos nossos maiores problemas sociais e de saúde pública.
É certo que, nos últimos anos, já conseguimos avanços significativos nessa
luta. Recentemente, tivemos mais uma boa notícia, um alento para as famílias que
convivem, no seu dia a dia, com o drama da dependência química.
A Prefeitura de São Paulo colocou em prática uma política pública que tem
produzido bons resultados até agora. Trata-se do Programa De Braços Abertos, que
oferece ajuda aos dependentes químicos da região que ficou conhecida como
Cracolândia.
Segundo o Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o programa conseguiu
reduzir o consumo médio de crack entre os cadastrados em até 70% no primeiro
mês de sua vigência. De acordo com Haddad, o número médio de pedras de crack
consumidas por cada usuário passou de 10 a 15 para cerca de 5 ao dia, o que dá
uma média de 50% a 70% de diminuição no consumo.
O Programa De Braços Abertos conta atualmente com 386 beneficiários. Eles
estão fazendo cursos de capacitação e atuando em frentes de trabalho da
Prefeitura, onde ganham cerca de R$15,00 por dia.
A Secretária de Assistência Social, Luciana Temer, explicou à imprensa que
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89% dos participantes do projeto têm conseguido manter a frequência regular nas
frentes de trabalho e nos cursos de capacitação.
“Nós estamos monitorando, caso a caso, todos os cadastrados no programa.
Há pessoas que estão há 30 dias sem usar drogas e outros que tiveram pequenas
recaídas. Mas, na média, conseguimos reduzir no mínimo 50% da dependência, e é
uma grande vitória para a retomada da vida dessas pessoas”, disse à imprensa o
Prefeito Fernando Haddad ao fazer o balanço dos primeiros 30 dias da iniciativa.
“Às vezes, quando você fala em sucesso em um empreendimento, o sucesso
é 100%. Então, se tiver ali três pessoas ou dez consumindo, vai se enxergar a
operação como não bem-sucedida. Eu sou mais humilde diante do objeto. É um
objeto difícil, complexo de resolver. Se nós avançamos 70%, acho que tem espaço
para avançar mais”, declarou Haddad.
De acordo com o balanço da Prefeitura, nos 30 dias de operação do
Programa De Braços Abertos foram feitas mais de 3 mil abordagens pelos agentes
de saúde e 355 atendimentos médicos para o tratamento dos usuários de droga da
região. Ao todo, 149 pessoas iniciaram tratamento de saúde com médicos
especialistas para se livrarem da droga.
Apesar dos avanços, as recaídas são inevitáveis. Por isso, a Prefeitura de
São Paulo ampliará nos próximos dias o atendimento aos usuários e a oferta de
lazer e atividades na região, que terminavam por volta das 17 horas. Agora
funcionarão até 22 horas.
"Ao oferecer mais atividades, nosso objetivo é fazer com que a noite não
contamine o esforço que é feito durante o dia para ajudar essas pessoas”, explicou o
Prefeito Fernando Haddad.
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A ampliação do Programa De Braços Abertos também inclui a criação de 80
novas vagas para dependentes químicos na iniciativa da Prefeitura chamada de
Fábrica Verde, que possibilitará aos usuários a capacitação na criação de plantas e
cultivo de áreas verdes.
O Fábrica Verde funcionará fora da região central da cidade. “A intenção é
que eles rompam o vínculo com aquele território, não fiquem aprisionados naquele
quadrilátero onde são expostos às drogas. É uma maneira de facilitar a
emancipação dessas pessoas da sua condição atual”, anunciou Fernando Haddad.
Nos 30 dias de operação na Cracolândia, mais de 4 mil pedras de crack foram
apreendidas e 25 traficantes presos, com o trabalho conjunto da Polícia Militar, da
Polícia Civil e da Guarda Civil Metropolitana. "Quanto mais os agentes de saúde
aprofundam o trabalho, mais fácil fica para identificar quem está ali apenas como
vítima da droga e quem está ali explorando aquela situação e vendendo droga",
afirmou o Prefeito.
O Programa De Braços Abertos é, com certeza, uma importante iniciativa na
área do enfrentamento às drogas. Embora seja um projeto restrito à região da
Cracolândia e ainda recente, é possível perceber que suas ações coordenadas
indicam um caminho interessante para a recuperação dos dependentes químicos.
Para ser bem-sucedida, uma política pública nessa área deve
necessariamente lançar mão de várias ações em diversos campos. Não adianta
apenas tirar as pessoas das ruas se o Estado não for capaz de oferecer
perspectivas para que elas construam um novo projeto de vida.
Portanto, o enfrentamento às drogas precisa contar com ações na prevenção,
na recuperação dos usuários, no apoio às famílias, na reinserção social e no
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 033.4.54.O Tipo: Delibe rativa Extraordinária - CD Data: 27/02/2014 Montagem: 4176
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combate ao tráfico para diminuir cada vez mais a oferta. Só assim seremos capazes
de avançar nessa batalha.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigada.
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V[CD163][CD164] - ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Nada mais havendo a tratar, vou
encerrar a sessão.
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Encerro a sessão, lembrando que
foi convocada Sessão Não Deliberativa de Debates para hoje, quinta-feira, dia 27 de
fevereiro, às 14 horas.
Boa tarde ao povo brasileiro.